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FACULDADE FAVENI PÓS GRADUAÇÃO JOSE AILTON DE MORAES EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS NO AMBIENTE ESCOLAR E NAS PRÁTICA DE ENSINO DOURADOS MS 2022 FACULDADE FAVENI PÓS GRADUAÇÃO JOSE AILTON DE MORAES EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS NO AMBIENTE ESCOLAR E NAS PRÁTICA DE ENSINO Artigo Científico Apresentado Faculdade Faveni, como requisito parcial para a obtenção do título de Pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva com Ênfase em Deficiência Intelectual e Múltipla DOURADOS MS 2022 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS NO AMBIENTE ESCOLAR E NAS PRÁTICA DE ENSINO Jose Ailton de Moraes1 2022 Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). Resumo Este artigo discute às dificuldades encontradas em um ambiente escolar de educação inclusiva e os diferentes problemas enfrentados em tal ambiente, considerando a diferença entre integração e inclusão, de modo a estabelecer uma separação clara entre às duas, de modo a alcançar a qualidade de todos os envolvidos: alunos com deficiência e suas famílias, professores e funcionários da escola e a comunidade, em geral. Portanto, é necessária uma mudança, na prática. A incorporação de alunos com deficiência no sistema escolar formal é um grande desafio, não apenas os inserindo na sala de aula, mas dando-lhes oportunidades de se desenvolverem de acordo com suas necessidades e personalidades. Alguns impactos, como planejamento, prática docente e organização educacional, também são discutidos. Palavras-chave: Escola, Inclusão Escolar, Planejamento. Abstract This article discusses the difficulties encountered in a school environment of inclusive education and the different problems faced in such an environment, considering the difference between integration and inclusion, in order to establish a clear separation between the two, in order to achieve the quality of all involved: students with disabilities and their families, teachers and school staff and the community in general. Therefore, a change is needed, in practice. The incorporation of students with disabilities into the formal school system is a major challenge, not only inserting them into the classroom, but giving them opportunities to develop according to their needs and personalities. Some impacts, such as planning, teaching practice and educational organization, are also discussed. 1 FAVENI – Faculdade – AILTONMORAIS2010@HOTMAIL.COM Keywords: School, School Inclusion, Planning Introdução Demonstrar que as dificuldades encontradas na inclusão vão desde a falta de estruturas escolares adequadas e preparo dos professores até a falta de amor, apoio e amor familiar para com essas crianças. Educação Inclusiva: Desafios no ambiente escolar e nas práticas de ensino, como deve se dar a aprendizagem dos alunos e suas relações, famílias, escolas e sociedade? Analisa também os desafios enfrentados pela educação inclusiva, onde as crianças com deficiência encontram barreiras que as impedem de crescer com outras crianças devidas à falta de informação, preconceito e exclusão dos próprios professores e familiares. Há muitos obstáculos e muitos desafios a serem superados. Não é apenas a deficiência que causa dificuldades de aprendizagem, mas, mais importante, as atitudes da sociedade em relação às dificuldades. Nesse sentido, diante de todos esses preconceitos, as crianças sofrem, as famílias sofrem e muitas vezes as famílias não recebem muito apoio em suas instituições. Nas rotinas escolares, a criatividade e o do professor são uma das principais armas para o ensino e aprendizagem de crianças com necessidades especiais, por isso é necessária alguma ação instrucional ao longo do caminho. Portanto, o objetivo deste trabalho é compreender a importância atual da inclusão de alunos especiais no ensino regular e o papel do professor nas estruturas escolares para alcançar a homogeneidade e não a diversidade. Este artigo discute o deficit do nosso sistema educacional no desenvolvimento humano geral, discutimos o fracasso acadêmico, o TDAH e os problema que se concentram na incompetência do aluno. Essa é a cultura da escola, as pessoas não pensam em como acontece esse processo de ensino e qual o papel do professor nesse processo. FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Um dos principais espaços de convivência do ser humano é a escola. É nela que é construída a consciência de cidadania e direitos. A escola inclusiva é aquela que respeita as especificidades de seu aluno, suas necessidades e potencialidades, que acolhe a diversidade, equiparando oportunidades, buscando um desenvolvimento que ofereça qualidade (BRASIL, 2004). Conforme Stainback etal (1999). Se realmente desejamos uma sociedade justa e igualitária, em que todas as pessoas tenham valor igual e direitos iguais, precisamos reavaliar a maneira que operamos em nossas escolas, para proporcionar aos alunos com deficiência as oportunidades e as habilidades de participar da nova sociedade que está surgindo. (STAINBACK etal, 1999, p. 29). Para ter um sistema de educação inclusiva de qualidade são necessárias algumas transformações nos saberes e nas práticas de todos os sujeitos envolvidos no âmbito educacional. Nessa perspectiva, o Ministério da Educação, juntamente com a secretaria de Educação especial, elaborou um material sobre “Educação Inclusiva - A Fundamentação Filosófica” (2004), que chama atenção para alguns pontos fundamentais para conseguir efetivar com qualidade, a inclusão escolar dos alunos com necessidades educacionais específicas. Alguns pontos fundamentais são descritos nesse material, tais como: 1. Os professores devem pensar e discutir suas tarefas com o objetivo de ressignificar os conceitos, teorias, construindo coletivamente propostas para efetivar a adequação ou inadequação; 2. É imprescindível o trabalho interdisciplinar para decidir sobre as estratégias para a aprendizagem; 3. Escola deve estar organizada com políticas educacionais que contemplem a atuação interdisciplinar, rompendo com a exclusão, com a fragmentação dos saberes; 4. O professor especialista em educação especial deve ser um facilitador da proposta de educação inclusiva tendo como papel fundamental articular a prática educativa dos professores nas escolas. Este especialista e o conjunto de professores do ensino regular, após a análise de cada situação, deverão propor metodologias para o trabalho pedagógico. Assim, um trabalho cooperativo entre ambos só vem somar na busca de um ensino de qualidade para todos os alunos. Conforme Carvalho (2005), a inclusão escolar exige a reflexão acerca de fatores como: a individualidade-que significa não perder no todo a satisfação das necessidades e interesses de cada um; a identidade – o que significa reconhecer-se, aceitando suas próprias características distintas das demais pessoas. E, no caso de pessoas com deficiência, significa não negá-las ou mascará-las, possibilitando o desenvolvimento da personalidade dos alunos, conferindo-lhes autonomia e autoestima positiva; os ideais democráticos – o que significaa busca de equidade, isto é, da equiparação de oportunidades, oferecendo-se de direito e de fato o que todos e cada um necessita para o exercício da cidadania; a remoção de barreiras para a aprendizagem e para a participação de todos - o que significa pensar nas barreiras enfrentadas pelos alunos e naquelas experimentadas pelos educadores e pelas famílias, interferindo no processo de construção dos conhecimentos pelos alunos. (CARVALHO, 2005, p.155). Para a construção de uma escola inclusiva a interação de uma equipe interdisciplinar é essencial. Assim, o professor do ensino comum e especialista em educação especial, com o auxílio de outros profissionais da área da saúde se complementam entre si tanto nas políticas de atendimento, quanto na originalidade dos saberes (BRASIL, SEESP/MEC, 2004). Essa interação que o MEC descreve é o início para se conseguir a efetivação da inclusão educacional que todos almejam, mas, para isso, é necessário destacar, além dos pontos já discutidos, outros aspectos para propiciar o acesso ao conhecimento, dentre eles, destacam-se: Disponibilidade de professor ou instrutor de língua de sinais, para ensino de alunos surdos; Disponibilidade de professor de braile para favorecer o ensino de alunos cegos; Disponibilidade de equipamentos e materiais especiais para o ensino de alunos cegos (reglete, sorobã), livro didático em braile, máquina de datilografia em braile, computador, softwares especializados para a deficiência visual, tais como leitores de tela. Disponibilidade de equipamentos e materiais especiais para o ensino de alunos com baixa visão (lupas, livros didáticos com letras ampliadas, etc.). Disponibilidade de equipamentos de informática e de ‘softwares’ educacionais, para o ensino de alunos com dificuldade de comunicação oral. Disponibilidade de outros recursos didáticos para o ensino de alunos com dificuldades de comunicação oral (dicionários de língua brasileira de sinais - LIBRAS e outros). Disponibilidade de mobiliário adaptado para alunos com dificuldades motoras. Destaca-se também o suporte técnico-científico que o professor necessita na prática diária. O suporte para professores do ensino regular que recebem alunos com necessidades educacionais específicas, em sua sala de aula, deve ser ministrado pela coordenação Pedagógica (ou equipe técnica, quando contar com uma), a qual deve ter conhecimento dos conteúdos curriculares, dos métodos de ensino, dos recursos didático-pedagógicos e estimular a criatividade do professor. Para isso, a coordenação pedagógica precisa ser ativa e participativa no cotidiano da sala de aula, da escola e das relações com a comunidade. Assim, é através do conhecimento e do seguimento dos quesitos necessários para uma prática inclusiva, que a escola conseguirá desenvolver um trabalho que dê uma significação a escolarização e aprendizagem de sujeitos que possuem alguma limitação. (BRASIL, SEESP/MEC, 2004). Conforme Schaffner e Buswell (1999, p. 69 in STAINBACK et al, 1999) “boas escolas são boas escolas para todos os alunos”. E é isso que buscamos! Escolas que propiciem a qualidade de ensino a todo seu alunado. Ainda, segundo os autores acima citados, alguns elementos são característica de uma escola inclusiva, e estes, contribuem para o sucesso dos alunos, são eles: o estabelecimento de uma filosofia escolar baseada nos princípios da inclusão; uma direção forte que defenda as políticas de inclusão; tornar a escola uma comunidade acolhedora; buscar instituir uma cultura de inclusão na comunidade escolar; desenvolver uma rede de apoio que auxilie os professores e estimulem os alunos; formação de um grupo de profissionais que atuem na assistência técnica aos professores, buscando implementar práticas educativas no âmbito escolar; manter a flexibilidade para lidar com as dificuldades encontradas em sala de aula; reavaliar as práticas de ensino, adotando práticas mais efetivas; aprender com os desafios e comemorar os sucessos; estar atento ao processo de mudança, não deixando que este estacione. Acreditando no educando, na sua capacidade de aprender, descobrir, criar soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e assumir as consequências de sua escolha. Mas isso não será possível se continuarmos bitolando os alfabetizando com desenhos pré-formulados para colorir, com textos criados por outros para copiarem, com caminhos pontilhados para seguir, com histórias que alienam, com métodos que não levam em conta a lógica de quem aprende“ (FUCK, p. 14 e 15, 1994). A educação inclusiva qualifica a escola como um ambiente de todos, no qual os alunos constroem o conhecimento de acordo com suas capacidades, manifestam suas ideias sem limitações, participam de forma ativa das tarefas de ensino e se desenvolvem como cidadãos, nas suas desigualdades. Nas escolas inclusivas, nenhuma pessoa é acordante a padrões que a redefinição e a aplicação de alternativas e práticas pedagógicas e educacionais compatíveis com a inclusão. A inclusão escolar impõe uma escola onde todos os alunos têm acesso à escola sem quaisquer condições, dependendo de suas habilidades, podem limitar seu direito de participar ativamente do processo escolar e ninguém se torna uma pessoa diferenciada que será excluída Razão de serem provenientes de sua classe. Essa situação nos faz pensar que é necessário compreender o processo de inclusão escolar como resultado das lutas expressas pelas minorias sociais excluídas contra o processo de exclusão. Assim, como educadores, precisamos contribuir para que a escola seja um espaço de aprendizagem para todos os alunos, questionando o currículo escolar, o processo de avaliação, os momentos de formação, o planejamento, as relações construídas no dia a dia, o apoio que precisamos para todos os alunos, parcerias e políticas públicas necessárias para garantir o acesso, a duração e a qualidade da educação a todos os alunos identificam os alunos como especiais, normais e comuns. Todos se tornam igual pelas suas dessemelhanças! A adesão das novas práticas não é fácil e nem imediata, uma vez que ela depende de mudanças que vão acima da escola e da sala de aula. Para que essa escola possa se consolidar é explícito à necessidade de modernização e avanços de novos conceitos, assim como Com isso, ao invés de tentar culpar os educadores pela transformação educacional, pensamos que para as instituições de políticas públicas em educação, precisamos reconhecer as contribuições daqueles que vivenciam os problemas que os alunos trazem diariamente. Onde os educadores são fundo. Por isso, precisamos nos sentir engajados e desconfortáveis com o processo de isolamento e exclusão dos alunos do ambiente e da vida escolar. As reflexões sobre as escolas emancipatórias, no sentido proposto por Paul Freire, não excluem ou hierarquizam as disciplinas, mas buscam incluí-las na medida em que todos são oprimidos em uma sociedade de classes e todos superam as resultantes Contradições injustas lutam pela liberdade por meio da produção e distribuição desiguais de bens materiais e simbólicos. A transição da escola da diferença para a escola da diferença requer conhecimento, determinação e tomada de decisão. As propostas de mudança variam e dependerão das disposições, discussões, pesquisas, coleta de dados e advocacia compartilhada por seus membros, em suma, da governança democrática das escolas que apoiam tais mudanças. São muitas as decisões que as escolas precisam tomar ao preparar seus programas de políticas de ensino, das quais destacamos algumas que estão diretamente relacionadas às mudanças que atendem ao propósito da inclusão: fazer da aprendizagem o eixo da escola, garantir que tenham o tempo necessário para aprender; repetir o fracasso; Proporcionar aos professores, gestores, funcionários e alunos um espaço aberto à colaboração, ao diálogo, à solidariedade,à criatividade e ao pensamento crítico, pois estas são as competências mínimas necessárias para o exercício da verdadeira cidadania; continuamente valorizar e formar o professor para que ele possa renovar-se e proporcionar educação de qualidade. É importante destacar que uma educação inclusiva de qualidade está fundamentada, no direito de todos os alunos receberem uma educação de qualidade que satisfaça suas necessidades básicas de aprendizagem e enriqueça suas vidas, pontua Fávero ETAL (2009). “Um dos princípios fundamentais da escola com práticas inclusivas e o de que “todas as crianças devem aprender” juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter (UNESCO, 1994.p, 4) ”, atualmente um dos grandes desafios encontrados para a realização das práticas inclusivas nas escolas de ensino regular, está diretamente ligado com as concepções dos professores que ali atuam. A proposta de educação inclusiva não se limita a oferecer aos alunos com necessidades educativas especiais um lugar nas salas comuns das escolas como espectadores, mas uma proposta que visa dar resposta aos alunos com respeito e responsabilidade. Por tudo isso a inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois, não se limita aos alunos com deficiência e aos que apresentam dificuldades de aprender, mas a os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. (MANTOAN, 2003, p.24) Devemos enfrentar os desafios trazidos pela educação inclusiva com ferramentas eficazes e refinadas. Devemos dialogar na escola, aprender a construir juntos para criar o que Boaventura (2007) chama de subjetividades rebeldes, ou seja, uma atitude que nos leva a intensificar nosso desejo de lutar contra tudo que deve segregar, exclusão, invisibilidade e rejeição da vida social daquilo que não se reflete como belo, perfeito e no espelho social da nossa sociedade capitalista. Para servir a todos e melhor servi-los, as escolas agora precisam mudarem, e a missão de mudar as escolas exigem um esforço multifacetado. Cada escola encontrará sua própria solução para o problema. As mudanças necessárias não acontecem por acaso ou por decreto, mas fazem parte da vontade política coletiva da escola, explicitada em seu Projeto de Política de Ensino - PPP, e vivem pelo gerenciamento escolar democrático. Os professores, como organizadores da sala de aula, orientam as atividades dos alunos no processo de aprendizagem para adquirir conhecimentos e habilidades. O programa de ensino da escola orienta as ações dos professores, que devem assumir o compromisso com a diversidade e a igualdade de oportunidades e valorizar a colaboração e colaboração. Na perspectiva da promoção da Educação Inclusiva existem novos recursos e novos olhares sobre os recursos existentes, que é necessário desenvolver. Mas, por certo que o professor com todo o conjunto de competências e experiências que tem é certamente o principal recurso em que a Educação Inclusiva se pode apoiar (FERREIRA, 2006, p.139). Muitas vezes a questão de promover a Educação Inclusiva não é encontrar mais pessoas ou pessoas com diferentes formações profissionais, talvez não encontrar novos ou diferentes recursos, mas sobretudo revisitar as práticas e recursos pedagógicos da escola. Como diz Ainscow (op.cit.), escolas e professores sabem mais do que pensam. Aqui, como sempre, é importante conceituar a finalidade da educação. Por isso, precisamos de um professor que, para além das habituais áreas de conteúdos formativas, possa compreender e desenvolver um conjunto de práticas que permitam aos alunos ter sucesso, ou seja, no limite superior das suas capacidades. Como se vê, a resposta ao desafio da Educação Inclusiva parece ser algo que deve ser divulgado, incorporado em todas as disciplinas formativas. É possível ensinar Psicologia Educacional sem referenciar e estudar diferentes alunos devido à sua precocidade, agilidade ou dificuldade em seu processo de aprendizagem? É possível ensinar métodos de intervenção sem mencionar como ensinar crianças com problemas de linguagem? O desenvolvimento curricular pode ser ensinado sem ampla referência a métodos que tornariam o currículo mais flexível e flexível? Parece difícil responder afirmativamente a essas perguntas. A formação inicial de professores relacionada à inclusão deve levar em conta os conteúdos (da formação) que podem levar ao desempenho inclusivo em cada disciplina. O argumento que mais atrapalha esse modelo é bem conhecido: nem os formadores sabem como ensinar isso na sua área de estudo. O problema é: se eles não sabem, vamos enfrentar a situação e deixá-los aprender, já que isso é responsabilidade do formador, pode causar sérios problemas para o sucesso do formador. Não podemos considerar treinadores “completos”. ”, mas como um profissional de aprendizagem. Os professores desempenham um papel vital na realização de um programa de educação verdadeiramente inclusivo. Suas ações, seja no planejamento do trabalho ou na sala de aula, dependem de sua visão do mundo da leitura, de seu compromisso com a sociedade, a educação, ele mesmo como cidadão e seus alunos. Essa nova forma de educação apresenta ao professor o desafio de disseminar conhecimentos voltados à construção de uma melhor qualidade de vida, desencadeando satisfatoriamente seu papel de agente de mudança educacional. Educar significa instituir a integração dos educandos como agentes designados num conjunto social, do qual nem eles, nem seus educadores controles. Significa assegurar ao mesmo tempo, a promoção desses mesmo e, de seus educadores, em atores de sua própria história individual história coletiva em curso (NÓVOA, 1997, p.109). Quando se assume que todas as pessoas são diferentes umas das outras e podem conviver em harmonia com essa diversidade, cada aluno recebe um atendimento diferenciado, levando em consideração sua especificidade, sem desencadear um processo de marginalização. Essa convivência não deve ser interpretada como uma concessão de um grupo a outro, mas como um direito socialmente reconhecido para todos, sem qualquer discriminação. As perguntas são muitas, e é importante se preparar para a diversidade na formação de professores, já que as políticas de inclusão garantem oportunidade e perseverança para todos os alunos da sala regular. Compete ao professor, não se preocupar com os rótulos e organizar práticas educativas que concedam aos alunos se auxiliarem nas soluções das dificuldades encontradas. Os métodos de avaliação devem ser flexíveis, para que contribua no aprimoramento do sistema educacional, melhorando o acesso à educação das pessoas com necessidades educativas especiais. A regra de caráter geral é o da igualdade de direitos, a questão da educação especial necessita ser revista como uma série de serviços e de recursos de apoio, direcionados para a educação regular, para o benefício de todos os iniciantes. A inclusão educacional exige que os professores confessam que os desafios escolares que enfrentam não devem focar no aluno como culpado, mas sim considerar o sistema educacional e as limitações que existem na escola. Este trabalho relaciona- se com uma nova visão das necessidades educacionais especiais das escolas professores e todos os recursos humanos que nelas trabalham. O professor deve buscar e atualizar-se sobre as necessidades educacionais de seus alunos, a ponto de poder ministrar suas aulas e desenvolver práticas pedagógicas verdadeiramente inclusivas, para atender a todos e a todos, em valorizar a diversidade o trabalho entendido como recurso e não como um obstáculo. As práticas avaliativas não devem ter o objetivo de rotular os alunos, estigmatizando-os ou segregando-os, mas necessariamente devem ter o objetivo de sinalizar as mudanças que precisam ocorrer para que o processo deensino- aprendizagem seja efetivamente concretizado. Os programas escolares devem ser adaptados para atender às necessidades de todos os alunos, oferecendo oportunidades adequadas para uma variedade de habilidades. O sucesso das escolas inclusivas depende muito do empenho de todas as pessoas envolvidas neste processo, em particular dos professores, que desempenham um papel diretamente com os alunos. Desta forma, pode-se ver que a inclusão não é apenas uma meta a ser alcançada, mas uma jornada com uma meta. Durante esta jornada, os professores desenvolverão e desenvolverão suas habilidades nas experiências que já possuem em um esforço para alcançar todas as crianças e suas necessidades de aprendizagem. No entanto, eles têm o direito de esperar apoio de oportunidades para seu desenvolvimento profissional ao longo deste caminho, assim como pais e mães têm a direito de esperar que seus filhos sejam educados por professores cuja formação os preparou para ensinar tudo. Esta tarefa pode não ser tão difícil como é porque a maioria dos professores já possui muito do conhecimento e habilidades que eles precisam para ensinar de forma inclusiva. O que eles geralmente não têm confiança em seus próprios. Isso acontece, em parte, ao mito existente há muito tempo acerca da especialização das necessidades especiais que os fazem acreditarem que a capacitação especializada e um requisito para a inclusão. Além disso, poucos professores tiveram a oportunidade de ensinar todas as crianças na sua comunidade local, porque alguns alunos foram enviados para escolas especiais ou para escolas independentes (MITTER, 2003, p.184) De acordo com Mittler (2003), esta atitude não justifica a falta de oportunidades de capacitação que a grande maioria dos professores vem vivenciando, mas representa uma base para futuras oportunidades de desenvolvimento profissional sobre os fundamentos que já existem. Conclusão O princípio que fundamenta a educação inclusiva é a valorização das diferenças humanas em todos seus aspectos. Para entender, é preciso romper com os preconceitos criados pelas sociedades, trabalhar com o objetivo de ter uma sociedade onde os professores não tenham medo da corrente, que sejam formados adequados para que sejam seguros e para que possam fornecer conteúdo de qualidade. Para melhorar o pensamento das crianças em relação aos seus, ensinando-lhes a respeitá- los, pois muitos chegam às escolas cheias de preconceitos, a sociedade deve passar por reformas na sua forma de ver os outros, há ainda um longo caminho a percorrer para que as novas gerações aprendam a conviver com as diferenças, na mente das crianças de hoje, serão cidadãos amanhã. A família deve fazer parte desse processo, a compreensão da família, são essenciais para o desenvolvimento escolar e social, é necessário primeiro que as famílias seus filhos, rompendo com o preconceito segundo de quem dependem para tudo, por outro lado, muitos pais superprotegem as crianças não as levam para a escola para não as fazer sofrer. REFERÊNCIAS: FERREIRA, Maria Cecília Carareto. Os movimentos possíveis e necessários para que uma escola faça a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. In: JESUS, Denise Meyrelles de; BAPTISTA, Claudio Roberto; VICTOR, Sonia Lopes (Org.). Pesquisa e educação especial: mapeando produções. Vitória: EDUFES, 2006. p.139-154. FÁVERO, O; FERREIRA, T. I, BARREIRAS, D. Tornar a educação inclusiva. Brasília: UNESCO,2009. MITTLER, P. Da exclusão à inclusão. In: PETER MITTLER. Educação Inclusiva: Contextos Sociais; Trad.Windyz Brazao Ferreira. Porto Alegre: Artmed, 2003. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar. O que é? Por quê? 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