Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA - UAF DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ÓPTICA ELETRICIDADE E MAGNETISMO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA 13º RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE ÓPTICA ELETRICIDADE E MAGNETISMO BOBINAS DE HELMHOLTZ Professor: Pedro Luiz do Nascimento Turma: 06 Aluno: Luís Antônio Acciolly da Silva Matrícula: 121110206 CAMPINA GRANDE - PARAÍBA FEVEREIRO - 2023 2 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO 5 2 – MATERIAIS E MÉTODOS 8 2.1 – MATERIAIS 8 2.2 – MÉTODOS 8 3 – CONCLUSÕES 13 REFERÊNCIAS 14 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Par de bobinas de Helmholtz. 5 Figura 2 - fem no eixo de uma espira circular em função de x. 7 Figura 3 - Montagem para as bobinas de Helmholtz. 8 Figura 4 - Campo magnético induzido. 10 Figura 5 - Fem induzida. 11 4 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Campo Magnético. 9 Tabela 2 - Tensão induzida. 10 5 1 - INTRODUÇÃO Este relatório procura medir o campo magnético de um par de bobinas de Helmholtz e verificar o comportamento do campo ao longo de seu eixo axial. Além disso, é proposto medir a fem induzida em uma bobina de prova ao longo do eixo, observando que o campo magnético e a fem induzida possuem valor máximo no ponto equidistante dos centros entre as bobinas. Frequentemente é necessário produzir um campo magnético uniforme de baixa intensidade sobre um volume relativamente grande. Para cumprir tal tarefa é, em geral, utilizada a bobina idealizada por Hermann Ludwig Ferdinand Von Helmholtz (1821-1894), conhecida atualmente como bobina de Helmholtz a qual consiste de duas bobinas circulares, planas, cada uma contendo N espiras com correntes fluindo no mesmo sentido. A separação entre estas bobinas é igual ao raio R comum a ambas. A corrente elétrica de alimentação das bobinas pode ser contínua (CC) ou alternada (CA). Dessa forma, o arranjo de Helmholtz pode ser entendido como superposição de Campos Magnéticos de espiras circulares. O campo magnético resultante do arranjo de Helmholtz será dado pela soma vetorial do Campo Magnético do par de espiras, neste caso devido às espiras estarem em série a soma vetorial é idêntica a soma algébrica. Sendo P, um ponto sobre o eixo a uma distância X do centro de uma delas, o campo resultante será dado pela superposição dos campos, sobre o eixo que passa pelo centro das espiras circulares axial, percorridas por uma corrente I, de mesmo módulo e sentido. Na figura 1 é possível observar o par de bobinas de Helmholtz. 6 Figura 1 - Par de bobinas de Helmholtz. O módulo do campo magnético nesse arranjo é determinado por: B = 𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² * 𝐼𝑜 * 𝑠𝑒𝑛𝑤𝑡 2(𝑅² + 𝑋²)3/2 + 𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² * 𝐼𝑜 * 𝑠𝑒𝑛𝑤𝑡 2(𝑅² + (𝑅 − 𝑋)²)3/2 Com essas bobinas é possível determinar a fem induzida sobre uma bobina de prova de área geométrica S com N espiras ao longo do eixo. Primeiro determina-se o fluxo desse campo através da pequena bobina situada no ponto P: (onde s é a área da bobina)Φ = ∮ 𝐵 * 𝑑𝑠 Se a bobina for bastante pequena em relação à dimensão da espira, B será aproximadamente constante sobre a superfície da bobina, também a direção do campo não variará. Logo o fluxo pode ser aproximado por: =Φ = ∮ 𝐵 * 𝑑𝑠 ∫ 𝐵 * 𝑐𝑜𝑠θ * 𝑑𝑠 = 𝐵 * 𝑆 * 𝑐𝑜𝑠θ Se colocarmos a bobina num plano perpendicular ao eixo, o ângulo entre B e o vetor S será: N * S * BΦ = O produto NS é denominado área efetiva da bobina de prova. 7 Da lei de Faraday, sabemos que haverá uma força eletromotriz induzida na bobina dada por: E = , onde:−𝑑Φ 𝑑𝑡 = − 𝑁𝑆 𝑑𝐵 𝑑𝑡 = − 𝑁𝑆 * 𝑤 * 𝐵𝑜 * 𝑐𝑜𝑠𝑤𝑡 Bo = 𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² * 𝐼𝑜 2(𝑅² + 𝑋²)3/2 + 𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² * 𝐼𝑜 2(𝑅² + (𝑅 − 𝑋)²)3/2 A expressão para a fem induzida será: E = NSw[ ]Io * coswt𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² 2(𝑅² + 𝑋²)3/2 + 𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² 2(𝑅² + (𝑅 − 𝑋)²)3/2 Erms = NSw[ ]Irms𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² * 𝐼𝑜 2(𝑅² + 𝑋²)3/2 + 𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² * 𝐼𝑜 2(𝑅² + (𝑅 − 𝑋)²)3/2 Erms = NSwM [ ]Irms, ondeµ𝑜𝑅² 1 2(𝑅² + (𝑟 − 𝑅2 )²) 3/2 + 1 2(𝑅² +(𝑅−(𝑟 + 𝑅2 )²) 3/2 −𝑅 2 ≤ 𝑟 ≤ 𝑅 2 O gráfico da fem no eixo de uma espira circular em função de x é visto na figura 2. Figura 2 - fem no eixo de uma espira circular em função de x. 8 2 – MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 – MATERIAIS Os materiais necessários para este experimento são: o kit disponível no laboratório. 2.2 – MÉTODOS No experimento é necessário fazer a montagem conforme a figura 3 vista a seguir. Figura 3 - Montagem para as bobinas de Helmholtz. É necessário inserir uma bobina de prova na vareta e posicionar no ponto médio entre as bobinas para a montagem. É aplicado uma fonte de tensão de 14 volts e anotado a corrente, neste experimento verificou-se 0,8A. Prosseguindo, é medido o campo de indução magnética B (mT), utilizando o teslômetro para efetuar a medida do campo magnético no eixo axial do par de bobinas de Helmholtz, variando de 1 em 1 cm, de -20 até +20cm. É observado que não é necessário zerar o teslômetro, pois efetuarmos medidas alternadas. Os valores do campo magnético são anotados na Tabela 1. Tabela 1 - Campo Magnético. 9 r (cm) -20 -19 -18 -17 -16 -15 -14 -13 -12 -11 Brms (mT) 0,33 0,35 0,37 0,40 0,42 0,43 0,45 0,47 0,48 0,50 r (cm) -10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 Brms (mT) 0,52 0,53 0,54 0,56 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 r (cm) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Brms (mT) 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 0,56 0,56 0,55 r (cm) 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Brms (mT) 0,54 0,53 0,52 0,50 0,49 0,47 0,42 0,40 0,39 0,37 r (cm) 20 Brms (mT) 0,34 É efetuado uma medida do campo de indução magnética B (mT), utilizando o teslômetro para efetuar a medida do campo magnético no centro do par de bobinas de Helmholtz. Notou-se que B = 0,54mT. Observa-se que antes de efetuar a medida o teslômetro não precisa ser zerado porque vamos efetuar medidas alternadas. Variando a posição da bobina de prova de 1 em 1 cm, é realizado a medição da tensão induzida sobre ela. Anota-se os valores observados na Tabela II. Tabela 2 - Tensão induzida. r (cm) -20 -19 -18 -17 -16 -15 -14 -13 -12 -11 Erms (rms) 12,66 13,45 14,37 15,78 16,22 17,75 17,98 18,72 19,63 20,14 10 r (cm) -10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 Erms (rms) 21,66 21,26 21,48 21,34 21,55 21,55 21,56 21,56 21,66 21,66 r (cm) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Erms (rms) 21,66 21,66 21,66 21,46 21,66 21,65 21,65 21,56 21,40 21,30 r (cm) 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Erms (rms) 20,83 20,41 19,88 19,38 18,66 18,06 17,28 17,48 16,68 15,94 r (cm) 20 Erms (rms) 15,04 Na figura 4 é visto o gráfico do campo magnético induzido da Tabela 1. 11 Figura 4 - Campo magnético induzido. Na figura 4 é visto o gráfico da fem induzida da Tabela 2. Figura 5 - Fem induzida. Para x = 0, o valor experimental observado do campo magnético induzido foi de 0,54mT. Ao utilizar x = 0 na equação do campo magnético, obtemos: Br = 𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² * 𝐼 2((𝑅² +(𝑟 − 𝑅2 )²) 3/2 + 𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² * 𝐼 2((𝑅² +(𝑟 + 𝑅2 )²) 3/2 Br = 𝑀 * µ𝑜 * 𝑅² * 𝐼 ( 54 𝑅²) 3/2 Tomando, M = 154 espiras, u0 = 4 *10-7, R=0.2m, I=0.8A;Π Br = 0,55mT. Erro percentual: 100% * |0,55 - 0,54| / 0,55 = 1,82% 12 Para x = 0, o valor experimental observado da fem induzida foi de 18,88mV. Ao utilizar de x = 0 na equação da fem, obtemos: Erms = NSwM [ ]Irmsµ𝑜𝑅² 1 2(𝑅² + (𝑟 − 𝑅2 )²) 3/2 + 1 2(𝑅² +(𝑅−(𝑟 + 𝑅2 )²) 3/2 Erms = NSwM [ ]Irmsµ𝑜𝑅² 1 2( 54 𝑅²) 3/2 + 1 2( 𝑅²2 ) 3/2 Tomando. N = 500 espiras, u0 = 4 *10-7 , d = 0.0074m, R = 0.2m, IRMS = 0.8A, w =Π 60hz, M=154espiras; Erms = 21,01mV Erro percentual: 100% * |18,88 - 21,01| / 21,01 = 10,14% 13 3 – CONCLUSÕES Portanto, para a realização deste estudo foi necessário a leitura da apostila disponibilizada, a utilização de fórmulas de medição, a fim de tornar os dados obtidos os mais fiéis possíveis e dessa forma podermos determinar com precisão o campo magnético induzido e a fem induzida de um par de bobinas de Helmholtz. Foi observado que, mesmo apresentandopequenas discrepâncias entre as medições, os valores observados apresentaram apenas pequenas variações, garantindo, assim, a fidelidade do experimento. Os detalhes que diferiram do previsto pela teoria ocorreram devido a imperfeições da própria prática experimental e de quem a executou, podendo ter havido erros nos passos iniciais, como na montagem do experimento, na leitura dos valores e até inexatidão nos valores acusados pelos materiais, como o multímetro e ao amperímetro. 14 REFERÊNCIAS Apostila de Física Experimental II, Teoria e Prática, PEDRO L. Nascimento, LAERSON D. Silva,WILSON F. Curi e Marcos J. A. Gama, edição desde 1998 até a presente data, guia de Experimentos para a disciplina Física Laboratório de Óptica Eletricidade e Magnetismo, edição desde 1998 até a presente data, PEDRO Luiz do Nascimento professor da UAF/UFCG) e Participação de, ANTHONY Josean Cordeiro Caldas (Técnico) e WALBERT W. Negreiros (Monitor). Figura 1 - Apostila de Laboratório de Óptica Eletricidade e Magnetismo Física Experimental II. Universidade Federal de Campina Grande. Centro de Ciências e Tecnologia. Unidade Acadêmica de Física, 2019.1. Figura 2 - Apostila de Laboratório de Óptica Eletricidade e Magnetismo Física Experimental II. Universidade Federal de Campina Grande. Centro de Ciências e Tecnologia. Unidade Acadêmica de Física, 2019.1. Figura 3 - Apostila de Laboratório de Óptica Eletricidade e Magnetismo Física Experimental II. Universidade Federal de Campina Grande. Centro de Ciências e Tecnologia. Unidade Acadêmica de Física, 2019.1. Figura 4 - Autoria própria. Figura 5 - Autoria própria.