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DIREITO PENAL II
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 AULA 16.
DIREITO PENAL II.
CRIMES CONTRA A PESSOA
CRIMES CONTRA A VIDA
ENCONTRO I. 
http://www.youtube.com/watch?v=q3dm1J5vx_E
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 OBJETIVOS AULA
O aluno deverá ser capaz de:
►Reconhecer a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais e fundamento e finalidade da aplicação da sanção penal como forma de controle social.
► Aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em espécie.
► Diferenciar o bem jurídico-penal vida extrauterina e intrauterina para fins de respectiva tipificação da conduta típica, ilícita e culpável. 
► Compreender as principais figuras típicas do delito de homicídio.
 
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 CONTEÚDO
 
  1 . O Delito de Homicídio.
Introdução. 
 Bem jurídico tutelado. Considerações gerais sobre o início e término da vida extra-uterina. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação do delito. Consumação e tentativa.Desistência voluntária e arrependimento eficaz no delito de homicídio.Crime impossível e o delito de homicídio.
2. Figuras típicas
 2.1. Homicídio simples.
 2.2. Homicídio privilegiado.
 
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 Bem jurídico tutelado. Considerações gerais sobre o início e término da vida extra-uterina. 
 TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
CRFB/1988. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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 O Conceito Biológico de Vida tem por principais teorias: Concepção (utilizada pelo Direito Civil), Nidação, Implementação do Sistema Nervoso e Sinais Eletroencefálicos para fins de caracterização do termo inicial da vida.
 Por outro lado, segundo Luiz Regis Prado, o conceito de Vida para fins de Direito penal deve partir de critérios normativos, matizados por critérios sociais (Material Didático, pp 45). Insta salientar que o bem jurídico vida é indisponível.
 “ O respeito à vida é uma imposição absoluta do Direito” 
(BRUNO, Aníbal, Crimes contra a pessoa, 5ed., pp 64)
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 Distinção entre início e término da vida intra e extrauterina. 
 ► Vida Intrauterina - início.
 - término.
► Vida Extrauterina - início.
 - término (art. 3º, lei n.9434/1997)
Art. 3º - A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.
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 Conceito de Homicídio: Eliminação da vida extrauterina levada a termo por terceiro.
 Classificação doutrinária: crime comum, unissubjetivo, de dano, material, de forma livre, instantâneo de efeitos permanentes. 
► O delito pode ser perpetrado por meios físicos (mecânicos, químicos ou patogênicos – instrumentos perfurantes, substâncias corrosivas, vírus letais); morais ou psíquicos.
 ► Crime material e exigência da prova da materialidade do delito – Exame de corpo de delito direto e indireto (art.167, CPP)
 
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Art. 158, CPP. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 165 , CPP.  Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.
Art. 167 , CPP.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta         
► Sujeito passivo e objeto material do crime são correspondentes
  
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 Consumação e tentativa.
 
Por tratar-se de delito material, instantâneo e de efeitos permanentes consuma-se com a ocorrência do resultado naturalístico.
 A lei n.9434/1997, art.3º, estabeleceu como critério a morte cerebral, consistente na “parada das funções neurológicas segundo os critérios da inconsciência profunda sem reação a estímulos dolorosos, ausência de respiração espontânea, pupilas rígidas, pronunciada hipotermia espontânea e abolição de reflexos” (Dicionário Médico Blakiston, apud, CAPEZ, Fernando, Curso de Direito Penal. V.2. 10.ed, pp 36)
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Espécies de tentativa e critérios de diminuição de pena
 Perfeita ou Imperfeita.
 Branca ou Cruenta.
Art. 14, CP - Diz-se o crime: 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
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 2. Figuras típicas
 2.1. Homicídio simples (art.121, caput, CP).
 2.2. Homicídio privilegiado (art.121§1º, CP).
 2.3. Homicídio qualificado (art.121, §2º, CP).
 2.4. Homicídio culposo (art.121, §3º, CP).
 2.1. Homicídio Simples (art.121, caput, CP).
 
 Art 121, CP. Matar alguém:
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
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  2.2. Homicídio privilegiado (art.121§1º, CP).
 
 Exposição de Motivos da Parte Especial do Código Penal.
 39. Ao lado do homicídio com pena especialmente agravada, cuida o projeto do homicídio com pena especialmente atenuada, isto é, o homicídio praticado "por motivo de relevante valor social, ou moral", ou "sob o domínio de emoção violenta, logo em seguida a injusta provocação da vítima". Por "motivo de relevante valor social ou moral", o projeto entende significar o motivo que, em si mesmo, é aprovado pela moral prática, como, por exemplo, a compaixão ante o irremediável sofrimento da vítima (caso do homicídio eutanásico), a indignação contra um traidor da pátria, etc.
 
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 Caso de diminuição de pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
 
 a) Motivo de relevante valor moral.
 b) Motivo de relevante valor social. 
 c) Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida
 a injusta provocação da vítima. 
 Controvérsia - obrigatoriedade ou facultatividade. 
 Verbete de Súmula n. 162 do Supremo Tribunal Federal.
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 Distinção entre Privilégio (causa de diminuição de pena) e Circunstância Atenuante (art. 65, III, c, CP)
Art. 65 – São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
III - ter o agente:
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
 
 O Privilégio e o Concurso de Pessoas:
Art. 30, CP - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
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 CASO CONCRETO.
Joana Fernanda, no dia 05 de abril de 2008, por volta das 23h, em meio à uma discussão com seu companheiro, Adalto Flores, motivada por ciúmes
e na presença de suas filhas, Ana Maria, 10 anos e Maricarla, 08 anos, colocou fogo em sua casa com a finalidade de evitar que Adalto fosse embora. Segundo relatos de testemunhas que ouviram a discussão, os gritos das crianças e ajudaram Adalto a retirá-las, gravemente feridas, do imóvel, Joana teria, após atear fogo no cômodo, se trancado no banheiro e ligado o chuveiro a fim de evitar queimar-se (laudos acostados às fls.332 A 336). Do fato, Joana restou denunciada e condenada como incursa no artigo 121, § 2º, II e III, c/c art.14,II, (2x), n/f do art. 70, todos do Código Penal. 
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Inconformada com a decisão, interpôs recurso de apelação com vistas à desclassificação para lesões corporais, sob o argumento de que queria apenas evitar a fuga de seu companheiro e que, portanto, em momento algum tentara matar suas filhas. Com base nos estudos realizados acerca da Teoria do Crime, responda, fundamentadamente, se o apelo deverá ser concedido ou negado.
 Acerca do tema vide decisão proferida em sede de Apelação Criminal pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro:
 No dolo eventual, o tipo subjetivo demanda a previsão do resultado como possível e aceita ou consente sua ocorrência, o sujeito se propõe determinado fim, e na representação dos meios a serem usados, bem como na forma de operá-los, prevê a possibilidade de
 
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ocorrerem determinadas conseqüências. Quando o agente prevê a possibilidade das conseqüências e, a despeito de não desejá-las, tolera, anui, aprova ou consente a efetivação das mesmas, não se abstendo de praticar sua ação no sentido escolhido e desejado para atingir sua finalidade, consciente da possibilidade das conseqüências de tal opção, o dolo relativo às conseqüências lesivas previstas como possíveis é eventual. (Apelação Criminal nº 005694-10.1998.8.19.0003, Rel. Des. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 23/06/2010 )
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CASO CONCRETO Ana e Bruna desentenderam-se em uma festividade na cidade onde moram e Ana, sem intenção de matar, mas apenas de lesionar, atingiu levemente, com uma faca, o braço esquerdo de Bruna, a qual, ao ser conduzida ao hospital para tratar o ferimento, foi vítima de acidente de automóvel, vindo a falecer exclusivamente em razão de traumatismo craniano. Acerca dessa situação hipotética, é correto afirmar, à luz do CP, que Ana.( Exame OAB/Cespe- UnB. 2009.1) 
a) deve responder pelo delito de homicídio consumado.
b) deve responder pelo delito de homicídio na modalidade tentada.
c) não deve responder por delito algum, uma vez que não deu causa à morte de Bruna.
d) deve responder apenas pelo delito de lesão corporal.
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Balanço das Incidências Criminais e Administrativas no Estado do Rio de Janeiro (2010)
Disponível em www.isp.rj.gov.br
 Este relatório apresenta um balanço das incidências criminais e administrativas ocorridas no estado do Rio de Janeiro em 2010. As informações foram obtidas a partir dos registros das Delegacias de Polícia Civil e comparadas aos dados de 2009. A análise é baseada em todos os títulos discriminados no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, nas seguintes seções: “Vítimas de crimes violentos”, “Vítimas de crimes violentos de trânsito”, “Vítimas de mortes com tipificação provisória”,“Registros de crimes contra o patrimônio”, “Atividade policial”, “Outros registros policiais” e “Totais de registros”.
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AULA 1
 A categoria “Crimes violentos” utilizada neste relatório se refere a crimes contra a pessoa, praticados com o uso de violência; crime contra o patrimônio, com resultado morte; e crimes contra a dignidade sexual.
 Com relação aos crimes violentos contra a pessoa nos quais houve morte, dois tipos foram analisados: homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. Dentre os casos sem morte de crimes violentos contra a pessoa foram estudadas a tentativa de homicídio e a lesão corporal dolosa.
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 No ano de 2010 houve uma redução no número de vítimas de homicídio doloso em comparação com o ano de 2009. Foram menos 17,7%, ou 1.026 vítimas O maior valor da série observada ocorreu no mês de março de 2009, com 588 vítimas. O mês que apresentou menor número de vítimas foi julho de 2010, com 324 pessoas mortas. Vale destacar que totais de vítimas observados, mês a mês, durante todo o ano de 2010 ficaram abaixo dos registrados em 2009 no mesmo período. 
 A tentativa de homicídio teve, no ano de 2010, uma redução de 7,3% no total de vítimas. Foram menos 326 vítimas em relação ao ano de 2009 (Gráfi co 1.4 ). O maior valor da série histórica analisada se deu no mês de março de 2009, com 444 vítimas. O menor valor foi em junho de 2010, com 278 vítimas.
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 Considerando a variação anual de vítimas de homicídio doloso desde 2000 até 2010, observa-se que o ano de 2010 apresentou o menor número de mortes (ver Gráfico 1.A, no Anexo A). A série histórica demonstra que a incidência de homicídio teve seu ápice em 2002, ano que apresentou um total de 6.885 vítimas. A partir de então, verifica-se uma discreta tendência de queda nos homicídios, interrompida em 2009, que registrou aumento de 76 mortes em relação a 2008. Do ano 2000 para 2010, a redução percentual foi de 24,2%, ou ainda, menos 1.520 vítimas. Nesse sentido, de 2009 para 2010 ocorreu uma redução percentual de 17,7, ou seja, menos 1.026 mortes por homicídio.
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 O mesmo ocorreu com o homicídio provocado por arma de fogo (PAF), que também registrou seu menor número de vítimas no ano de 2010, considerando todos os anos desde 2001 (ver Gráfico 2.A , no Anexo A). O ano de 2002 apresentou o maior número de toda série histórica, com 5.723 vítimas. Desde então, o número de mortes veio apresentando uma tendência de queda, a qual é interrompida em 2008 e 2009. Do ano 2001 para 2010 houve uma redução percentual de 32,0%, o que significou menos 1.619 vítimas, e de 2009 para 2010 houve redução de 16,6%, ou seja, menos 687 pessoas mortas por arma de fogo.
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Sobre as mortes com tipificação provisória, verifica-se que o encontro de cadáver, em 2009, apresentou o menor número de vítimas, o que é possível constatar pela observação da série desde 2000 (ver Gráfico 3.A, no Anexo A). Os valores dessa tipificação provisória se reduziram ao longo da série, mais especificamente desde 2003, quando houve a maior quantidade de vítimas, 1.625 pessoas. Do ano 2000 até 2010, a redução percentual foi de 48,1%, o que representou menos 505 vítimas. No entanto, de 2009 para 2010 houve um aumento da ordem de 10,1%, ou seja, mais 50 vítimas.
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