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Manipulação de tecido mole dentes e implantes

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MANIPULAÇÃO DE TECIDO MOLE: 
DENTES E IMPLANTES 
REMOÇÃO DE ENXERTOS 
Os enxertos autógenos são o “padrão ouro” 
quando buscamos recobrimento radicular e 
manipulações teciduais, no qual são longevos 
durando mais de 20 anos; 
 
Áreas de escolha: 
- Palato: zona segura na região entre CS e 2ºPMS 
(mais distal) → região de maior espessura e 
disponibilidade de tecido. A raiz palatina do 1MS 
limita a espessura do tecido a ser coletado. 
- Tuberosidade: menor disponibilidade em 
relação à quantidade de tecido a ser coletada. 
 
Técnicas: 
1) Divisão do palato para acesso ao tecido 
conjuntivo – fechamento por 2ª intenção; 
2) Fechamento do palato por 1ª intenção. 
 
As técnicas devem prover: previsibilidade, 
qualidade do tecido, intercorrências (aumenta ou 
não o risco), profundidade x dor (quanto mais 
profunda a incisão, mais dor o paciente vai sentir 
no pós-operatório; o fechamento por 2ª intenção o 
paciente sente menos dor). As técnicas que 
aprofundam a incisão há uma perda de cerca de 
30% do volume tecidual. 
 
Palato mais alto: maior segurança para trabalhar 
do que um palato mais baixo, devido ao risco 
aumentado de atingir a a. palatina maior. 
 
A seleção da técnica deve levar em 
consideração: 
- Profundidade: lâmina própria x tecido 
adiposo/glandular (mais próximo ao periósteo se 
tem mais tecido adiposo e glandular diminuindo a 
qualidade do tecido); 
- Conforto do paciente: cobertura da área incisada; 
- Contração do enxerto x conteúdo colagênico (na 
incisão mais superficial o tecido apresenta um 
colágeno mais denso); 
- Disponibilidade e segurança nos diversos tipos 
de palato, ou seja, enxertos retirados mais da 
superfície são considerados mais seguros, mais 
confortáveis para o paciente e maior qualidade do 
enxerto. 
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA COM ENXERTO 
GENGIVAL LIVRE 
1) Entra de 2 a 3mm com a lâmina não tocando no 
osso do paciente; 
2) Remove-se o enxerto com uma espessura final 
entre 1,5 a 2mm, indicando assim maior 
previsibilidade da remoção. Um retalho espesso 
para recobrimento radicular pode causar necrose 
e dificuldade de vascularização, porque a 
superfície não apresenta vasos sanguíneos e a 
nutrição vem do retalho; 
3) Confecção de placa de acetato para proteger a 
região incisão; 
4) Desepitelização do enxerto. 
MUDANÇA DE PARADIGMA 
Cirurgia mucogengival: lâmina 15, fios de seda; 
Cirurgia plástica periodontal: microlâminas, fios 
monofilamentares (5-0, 6-0, 7-0 → nylon ou 
polipropileno). 
TIPOS DE ENXERTO 
ENXERTO GENGIVAL LIVRE (EGL) 
- Indução de queratinização (cerca de 3mm de 
colágeno) do leito receptor o que reduz a 
contração do enxerto por ter tecido conjuntivo; 
- Maior previsibilidade de sobrevivência do enxerto 
e estabilidade tecidual; 
- Estética comprometida; 
- Comum para aumentos gengivais; 
- Não utilizado com intuito de recobrimento 
radicular e sim para estabilizar o processo e 
induzir a queratinização para posterior 
recobrimento; 
- Riscos: preparo inadequado do leito receptor, 
tamanho e espessura inadequada do enxerto, má 
adaptação do enxerto ao leito e instabilidade do 
enxerto (suturas). 
 
Na região receptora a remoção dos pontos é após 
14-21 dias e na região doadora entre 7-10 dias. 
 
AVANÇO CORONAL DO RETALHO (CAF + 
CTG) 
Enxerto de tecido conjuntivo (CTG): tem a 
capacidade de alterar o fenótipo tecidual, 
integração do enxerto com tecidos adjacentes 
melhorando a estética, material com possibilidade 
de reconstrução papilar, crepping attachement, 
maior previsibilidade e maior recobrimento 
radicular. 
CAF + CTG: técnica padrão ouro com incisões 
verticais relaxantes de espessura parcial com 
desepitelização das papilas. O enxerto de tecido 
conjuntivo mantém o tecido conjuntivo aderido ao 
periósteo. Colocação do enxerto na recessão e 
avanço do telho. Sutura por planos do enxerto com 
estabilização por fio reabsorvível e estabilização 
do retalho por fio polipropileno. 
O EGL tem menor previsibilidade no recobrimento, 
porque a superfície exposta radicular tem pouco 
aporte nutricional. Já o ETC tem melhor resolução. 
CLASSIFICAÇÃO DE MILLER: 
PREVISIBILIDADE DO RECOBRIMENTO 
Classe I e II: 100% de previsibilidade do 
recobrimento, porque as papilas estão 
preservadas; 
Classe III: não há 100% de recobrimento, pois não 
se tem as papilas e perda de parte da crista 
interproximal; 
Classe IV: não há como fazer recobrimento, pois 
não se tem papilas e nem crista interproximal. 
TUNELIZAÇÃO 
Alternativa relacionada a estética e manutenção 
da integridade da papila; 
 
Objetivos: não incisar a papila, maximizar a 
nutrição, estabilidade e estética; 
 
Riscos: fenestrações, tamanho e forma do 
instrumento dificulta a manobra; 
 
Instrumentos: 15, 15c, cureta periodontal, 
microlâminas e tunelizadores para recobrimento 
múltiplo; 
 
Suprimento sanguíneo é fundamental e é uma 
técnica indica para recessões gengivais de no 
máximo 4mm. 
 
IMPLANTE IMEDIATO 
Implante sozinho não mantém arquitetura do 
alvéolo, logo o xenoenxerto altera o padrão de 
cicatrização alveolar com menor índice de 
contração alveolar. A espessura de tecido mole 
tem relação com maior estabilidade de tecido 
ósseo e o enxerto de tecido mole torna-se 
fundamental para manter a estética.

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