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MFC Maria Luiza Lima – T24 Revisão Sistemática e Metanálise INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA: apanhado de informações, disponíveis e dispersas em diversos estudos, organizadas em um único estudo. REVISÃO SISTEMÁTICA: aplicação de estratégias científicas para limitar o viés. Trata-se de uma revisão de estudos, com metodologia definida, visando minimizar os erros de conclusão. Traz dados, agrega-os, analisa-os e sintetiza- os produzindo um novo conhecimento. 1994 (Conferência de Potsdam) foi esquematizada: aplicação de estratégias científicas para limitar o viés na reunião sistemática, avaliação crítica e síntese de todos os estudos relevantes em um tópico. Revisão de estudos com abordagem sistemática, metodologia claramente definida – protocolo, minimizando erros nas conclusões. Padrão ouro: colaboração de Cochrane, cujo objetivo é preparar, manter e disseminar revisões sistemáticas de ensaios clínicos controlados. METANÁLISE: análise estatística para combinar e sintetizar os resultados de vários estudos. Promove a identificação e a explicação de inconsistências entre os resultados observados em diferentes investigações, além da interação numérica. o Os 6 estudos entraram no critério de seleção: padrões metodologicamente semelhantes. o RR < 1: PROTEÇÃO; RR = 1: NULO (sem associação) e RR > 1: RISCO. o Quando corta o 1, não tem associação (nem risco, nem proteção). o Quando está à esquerda, é fator de proteção. o Quando está à direita, é fator de risco. o O diamante é a conclusão do estudo. o O tamanho do quadrado representa o peso da amostra dentro do total (%peso). MFC Maria Luiza Lima – T24 o Erro tipo 1: rejeitar Ho quando ela é verdadeira. o Erro tipo 2: rejeitar hipótese alternativa quando existe diferença (quadros pequenos) A maioria das revisões sistemáticas usa estudos experimentas (grupos mais homogêneos e a metodologia) neutraliza viés de confusão. POR QUE FAZER METANÁLISE? Efeitos moderados podem ser muito importantes quando relacionados a condições muito prevalentes. Estudos que lidam com efeitos de pequena magnitude, ainda que relevantes, não costumam ter poder estatístico para detectar tais efeitos, pois necessitam de amostras muito grandes. Ao combinar estudos homogêneos, a metanálise aumenta o número de observações e o poder estatístico, aumentando a probabilidade de detectar esses efeitos pequenos. A metanálise lida com estudos que diferem entre si (quanto ao tipo de população, de intervenção), contribuindo para a melhor compreensão do fenômeno que se deseja investigar. ESTRUTURA DA REVISÃO SISTEMÁTICA/METANÁLISE No momento em que são feitas, os estudos já ocorreram, não sendo possível intervenção do pesquisador. Trata-se de uma análise retrospectiva de dados coletados por outros investigadores (problemas metodológicos). 1. ELABORAÇÃO DO PROTOCOLO: Definição de um problema com a formulação específica sobre o tópico. O protocolo deve descrever os passos que serão seguidos para responder à pergunta. Etapas: formulação de uma pergunta e revisão bem delimitada; busca adequada e exaustiva de estudos primários para inclusão na revisão; avaliação da quantidade de estudos incluídos e extração de dados; síntese de resultados dos estudos (apenas metanálise) e interpretação dos resultados e elaboração do relatório. 2. IDENTIFICAÇÃO DE ESTUDOS: Identificar estudos relevantes e realização de um piloto, especificar critérios de inclusão e exclusão, testar modelos e revisar protocolo. Busca a outras fontes a fim de evitar o viés: a. De publicação: parte dos dados ou estudos não são publicados devido aos resultados (ausência de resultados estatisticamente significativos, produzindo publicações com resultados positivos). b. De idioma: estudos identificados, porém excluídos em função da língua. c. De citação e de múltiplas publicações: citação e publicação mais frequente de estudos com resultados positivos. Seleção de estudos: estudo identificados devem ser avaliados a fim de verificar se preenchem os critérios, aplicados por 2 investigadores. Extração de Dados: é importante elaborar um formulário para a transcrição das informações, que deve conter: MFC Maria Luiza Lima – T24 a. Identificação: título, local de publicação, data... b. Metodologia: quando e onde o estudo foi feito, tipo de participante, análise de dados... c. Resultados. d. Problemas identificados: deficiências na metodologia que possam comprometer os resultados. Obtenção de informação adicional: nem sempre o artigo relata as medidas que interessam ou possibilitam metanálise. Desse modo, é possível solicitar a informação ao autor ou obtê-la a partir de cálculos adicionais com os dados publicados. 3. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Realizada apenas na metanálise. Propósito de combinar os resultados em medidas únicas (medidas-sumário). Amostras pequenas costumam ter variâncias grandes e vice-versa. Desse modo, estudos com amostras maiores terão maior peso no cálculo da medida-sumário. METANÁLISE DE ESTUDOS DE INTERVENÇÃO Uma estratégia da metanálise consiste na construção de gráficos forest plot. Apresentam os resultados individuais de cada estudo, com pontos ricos e seletivos. Linhas horizontais: intervalo de confiança. Eixo vertical: risco relativo (RR = 1 não há relação entre exposição e efeito). METANÁLISE DE ESTUDOS DE TESTE DIAGNÓSTICO Clínicos: decidir sobre o uso de um teste diagnóstico em um paciente, e como interpretar o resultado. Gestores de saúde: avaliar o valor diagnóstico de um teste e decidir se este deve ser disponibilizados nas áreas de saúde. A acurácia dos testes pode diferir de um estudo para outro, incluindo poucas pessoas no estudo, ou selecionando amostras que não permitem generalização. Usando metanálise, é possível: Fornecer uma medida sumária total da acurácia diagnóstica. Determinar se as estimativas da acurácia dependem das características dos estudos originais. Determinar se acurácia difere nos subgrupos definidos pelas características dos pacientes submetidos aos testes. Identificar questões que devem ser abordadas por pesquisas adicionais. As medidas mais utilizadas em um teste diagnóstico são sensibilidade (probabilidade de o resultado do teste ser positivo nos pacientes com a doença) e especificidade (probabilidade de o resultado ser negativo nos pacientes sem a doença de interesse). METANÁLISE DE ESTUDOS OBSERVACIONAIS Ensaios clínicos randomizados não são possíveis para responder muitas perguntas (questões operacionais e éticas). É necessário cuidado com os vieses. INVESTIGANDO HETEROGENEIDADE Resultados de estudos que diferem não são apropriados ou suficientes para serem combinados em uma única medida. MFC Maria Luiza Lima – T24 Heterogeneidade visual nos estudos (intervalos de confiança de alguns estudos não englobam RR observados por outros estudos). Heterogeneidade Estatística: variação entre os resultados dos estudos é maior do que a esperada ao acaso. Pode ocorrer por diferenças nas características dos participantes (idade) ou não são similares quanto do tipo de intervenção (variável do desfecho). CONCLUSÃO Não é correto afirmar que metanálise não considera a qualidade dos estudos ou a heterogeneidade entre os resultados. Em relação a heterogeneidade, artigos de metanálise têm chamado atenção para a necessidade de explicar as inconsistências entre os estudos, ao invés de caçulas medidas- sumários a partir da combinação de resultados heterogêneos. Em relação ao víes de retrospectiva, apresenta problemas já que usa-se dados que já foram coletados, sendo susceptível viés (metanálisessobre um mesmo tema com resultados distintos).
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