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lesões patológicas orais

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Sara Vitória 
 
Lesões patológicas orais 
Cistos e tumores- Aula 4 
 
São lesões caracterizadas por uma 
cavidade preenchida por líquido e 
revestida por uma interna epitelial 
e outra externa de tecido 
conjuntivo. 
 
 
 
Objetivos cirúrgicos básicos 
 Erradicação da condição patológica 
 Reabilitação funcional do paciente 
 
 
 
Os diferentes tipos de cistos e 
tumores possuem particularidades ao 
seu tratamento, mas no geral, a 
conduta é semelhante. O resultado 
da biópsia incisional além do exame 
histopatológico vai ditar o 
tratamento adequado para cada tipo 
de cisto ou tumor odontogênico 
 
Cisto: cavidade patológica revestida 
total ou parcialmente por epitélio 
contendo no seu interior material 
líquido ou semifluido revestido por 
uma cápsula fibrosa. 
Tumor: englobam lesões com 
comportamento clínico e histológico 
diversos. São divididos em benignos e 
malignos 
 
Sara Vitória 
 
Diagnóstico 
- Anamnese 
- Observações clínicas 
- Exames de imagem 
- Biópsia 
 
 
 
Técnicas cirúrgicas 
 Enucleação 
 Marsupialização 
 Enucleação após descompressão 
 Enucleação com curetagem 
 Terapias adjuvantes 
 
Enucleação 
Também conhecida como PARTSH II ou 
cistectomia, consiste na remoção 
total de toda a lesão cística, sem 
rupturas, eliminando as células 
epiteliais remanescentes que possam 
existir região. 
A enucleação pode ser realizada por 
curetagem ou dissecção. 
* Curetagem = remoção através do uso de 
cureta. 
* Dissecção = com o auxílio de uma pinça, a lesão 
é removida com tesoura. 
 
 
 
 Punção aspirativa 
 Biopsia excisional ou incisional 
Em toda lesão de origem 
odontogênica é preciso 
realizar punção aspirativa 
 
 
Sara Vitória 
 
 
 Indicação 
- Cistos menores que 3 cm 
- Lesões que permitem remoção segura 
 
 Vantagens 
- Apenas 1 tempo cirúrgico 
- Realização do exame 
histopatológico de toda a lesão 
- Não necessita da cooperação do 
paciente 
 
 
- A biopsia excisional 
inicial também serve como 
tratamento adequado da lesão 
 
 Desvantagem 
- Lesões próximas a estruturas 
nobres podem ser comprometidas 
durante o processo 
- Fraturas ósseas em casos extremos 
- Risco de desvitalização de dentes 
adjacentes 
 
 
 
 
A enucleação deve ser realizada 
cuidadosamente, visando à 
remoção do cisto 
em uma peça única sem 
fragmentação, o que reduz as 
chances de recidiva ao 
aumentar a probabilidade de 
remoção total. 
 
Sara Vitória 
 
 
 
 
 
 
Para a execução da enucleação, é 
realizado um acesso permitindo que 
a lesão seja vista. Se for realizado 
o acesso e não for possível examinar 
a lesão, deve-se utilizar uma broca 
esférica carbide, desgastando o 
osso ao redor da lesão 
possibilitando assim, uma visão 
direta da lesão. 
 
 
 
 
 
 
 
OBS.: Posteriormente, o cisto é levado ao laboratório onde 
o patologista corta a lesão em várias dimensões e 
analisa cada uma das partes, para ter certeza se a lesão 
única e não múltipla. 
 
 
 Importante! 
 
As incisões devem ser realizadas longe das 
cavidades císticas para evitar decência da 
sutura. (6 a 8 mm de osso sadio de cada lado) 
* Decência da sutura = Abertura dos pontos, 
aumenta o risco de infecção e dificulta a 
cicatrização 
 
 
Sara Vitória 
 
Marsupialização 
Também chamada de descompressão ou 
operação de PARTSCH I, é a criação 
de uma janela cirúrgica na parede 
do cisto, com esvaziamento do seu 
conteúdo que mantem a continuidade 
entre o cisto e o meio externo. A 
única parte a ser removida do cisto 
é o pedaço retirado para a confecção 
da janela. Torna a cavidade cística 
integrante da cavidade oral. 
O revestimento cístico remanescente 
é deixado in situ (no local). Esse 
processo diminui a pressão 
intracística e promove tanto a 
redução do cisto como o 
preenchimento ósseo. A 
marsupialização pode ser utilizada 
como terapia isolada para um cisto 
ou como etapa preliminar no 
tratamento, com a enucleação adiada 
para um segundo momento cirúrgico 
 
 
 Indicações 
- Cistos maiores que 3cm - lesões 
grandes com contato/proximidade a 
áreas de estruturas nobres 
- áreas com dificuldades de se 
remover toda lesão, isto é, de 
difícil acesso – ex: ramo mandibular 
- Auxilio a erupção dentária (Se um 
dente não irrompido necessário na 
arcada dentária estiver associado 
ao cisto - cisto dentígero -, a 
marsupialização pode permitir a 
continuidade da erupção em direção 
à cavidade oral) 
- Extensão do procedimento 
cirúrgico (Em um paciente não 
saudável/debilitado, a 
marsupialização é uma alternativa 
razoável a enucleação, por ser mais 
simples e pela possibilidade de ser 
menos estressante para o paciente 
 
 
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- Tamanho do cisto (em cistos muito 
grandes, existe o risco de fratura 
mandibular durante a enucleação. 
Pode ser melhor fazer a 
marsupialização do cisto e adiar a 
enucleação até que haja 
considerável preenchimento ósseo da 
cavidade) 
 
 Vantagens 
- Procedimento simples 
- Permite poupar injúrias a 
estruturas anatômicas próximas 
 
 Desvantagem 
- Deixa a lesão patológica in situ 
(no local) sem a análise 
histopatológica de todo o espécime, 
pois apesar da possibilidade de 
submeter o tecido removido da janela 
 
 
de acesso à análise 
histopatológica, uma lesão mais 
agressiva pode estar presente no 
tecido residual 
- O paciente deve cuidar da loja 
cirúrgica uma vez que a cavidade 
cística deve ser mantida limpa para 
prevenir infecções, porque 
frequentemente retém restos 
alimentares. Na maioria dos casos, 
isso significa que o paciente deve 
irrigar a cavidade várias vezes ao 
dia com o auxílio de uma seringa. 
Isso pode levar vários meses, 
dependendo do tamanho da cavidade 
cística e da taxa de reparo ósseo 
 
 
A marsupialização só deve ser 
utilizada para cistos 
odontogênicos. 
Não deve ser usada para 
tumores. 
 
Sara Vitória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Atenção! 
 
Após a remoção da sutura, deve ser instalado 
um obturador na região da cavidade, 
impedindo seu fechamento. Caso contrário, 
com o fechamento da cavidade cística, é 
produzido líquido novamente em seu interior, 
aumentando o tamanho da lesão. 
Além disso, o obturador impede a entrada de 
alimento na região prevenindo o surgimento 
de infecções. 
 
Sara Vitória 
 
Enucleação com descompressão 
 
Visa realizar a enucleação após a 
diminuição da lesão cística através 
de uma descompressão. Os objetivos 
do procedimento de marsupialização 
foram alcançados nesse ponto, e uma 
enucleação secundária pode ser 
realizada sem danos às estruturas 
adjacentes. Essa abordagem 
combinada reduz a morbidade e 
acelera a cicatrização completa do 
defeito. 
 
 Indicação 
Baseiam-se em uma avaliação 
completa da quantidade de dano 
tecidual que uma enucleação 
causaria, do grau de acesso 
para a enucleação, se os dentes 
impactados associados ao cisto se 
 
 
 
beneficiariam da guia 
de erupção criada com a 
marsupialização, da condição médica 
do paciente e do tamanho 
da lesão. Entretanto, se o cisto não 
obliterar totalmente após a 
marsupialização, a enucleação 
deve ser considerada. Outra 
indicação para a enucleação de um 
cisto após a 
marsupialização consiste na 
presença de cavidade cística que o 
paciente apresenta dificuldade de 
limpar. Ademais, o profissional 
pode também achar necessário 
examinar a lesão inteira 
histopatologicamente. 
 
 Vantagens 
 
Durante a fase de marsupialização, 
a vantagem consiste na realização 
de procedimento simples que poupa 
 
 
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as estruturas vitais 
adjacentes. E depois, durante a 
fase de enucleação, toda a lesão 
torna-se disponível para análise 
histopatológica. Outra vantagem 
inclui o desenvolvimento de 
revestimento cístico espessado, 
o quetorna a enucleação secundária 
um procedimento mais fácil. 
 
 Desvantagem 
 
No início, o cisto não é 
completamente removido para exame 
histopatológico. Contudo, a 
enucleação subsequente pode então 
detectar qualquer condição 
patológica oculta. 
Ademais, o paciente deverá cuidar 
da loja cirúrgica durante a fase de 
marsupialização 
 
 
 
 
Enucleação com curetagem 
 
A enucleação com curetagem 
significa que, após a enucleação, 
uma cureta ou broca é usada para 
remover 1 a 2 mm de osso em volta 
de toda a periferia da cavidade 
cística. Esse procedimento visa à 
remoção de quaisquer células 
epiteliais remanescentes que possam 
estar presentes na periferia da 
parede cística ou da cavidade óssea, 
uma vez que essas células podem 
proliferar e causar recidiva do 
cisto. 
 
 
 
 
 
 
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 Indicação 
 
- Lesões recidivantes 
- Ceratocisto odontogênico 
- Ameloblastoma unicístico 
 
- Tumor odontogênico escamoso 
- Tumor odontogênico de células 
granulares 
- Fibro-odontoma ameloblástico 
 
 
 
 Vantagens 
 
 
A remoção de remanescentes 
epiteliais reduz a probabilidade de 
recidiva. 
 
 Desvantagens 
 
 
Se a curetagem é realizada próxima 
às raízes dentárias, a polpa pode 
ser danificada. 
 
 
Você sabia? 
 
Realiza-se a enucleação e posteriormente, é 
feita a cauterização química através do uso da 
solução de Carnoy na cavidade óssea exposta, a 
fim de destruir remanescentes epiteliais. 
 
 
 
 É o método com menor taxa de recidiva. 
Outrossim, é um dos mais efetivos tratamentos 
do ceratocisto odontogênico 
 
Terapias adjuvantes 
 
 Ressecção marginal 
 Ressecção parcial 
Solução de Carnoy 
Ressecções ósseas 
 
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 Ressecção total 
 Ressecção composta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cuidados com o material após a 
biópsia 
 
 
- Fixar o material imediatamente a 
remoção no formol a 10% 
- O volume do liquido deve ser 20x 
maior que o espécime 
- O material deve estar totalmente 
imerso 
- Lacrar e etiquetar o frasco 
 
Em suma, a terapia cirúrgica para 
lesões orais varia desde a 
enucleação até a curetagem, ou ainda 
a ressecção composta. O diagnóstico 
histopatológico identifica a lesão 
e, assim, direciona o tratamento. 
Em razão da grande variedade de 
comportamento das lesões orais, o 
prognóstico está mais relacionado 
com o diagnóstico histopatológico, 
 
 
 
o qual indica o comportamento 
biológico da lesão, mais do que 
qualquer outro fator isolado. 
A localização da lesão dentro da 
boca ou nas áreas periorais pode 
complicar muito a excisão 
cirúrgica e, portanto, prejudicar o 
prognóstico, por isso devemos 
sempre observar: 
 
 
 Maxila X mandíbula 
Importante consideração em relação 
a algumas lesões orais como os 
tumores odontogênicos mais 
agressivos e carcinomas é se elas 
estão restritas à maxila ou à 
mandíbula. Os seios maxilares 
adjacentes e a nasofaringe permitem 
que os tumores da maxila cresçam de 
modo assintomático até atingir 
grandes proporções, exibindo 
sintomas tardiamente. Por isso, 
 
 
 
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tumores maxilares apresentam pior 
prognóstico do que os da mandíbula. 
 
 Proximidade às estruturas vitais 
adjacentes 
A proximidade de lesões benignas às 
estruturas neurovasculares e aos 
dentes adjacentes é um fator 
importante a ser considerado, pois 
a preservação dessas estruturas 
deve ser instaurada. 
Frequentemente, os ápices das 
raízes dentárias adjacentes ficam 
completamente expostos durante o 
procedimento cirúrgico. As polpas 
dentárias ficam desprovidas de seu 
suprimento sanguíneo. Deste modo, 
deve-se considerar a possibilidade 
de tratamento endodôntico desses 
dentes para prevenir infecção 
odontogênica, a qual complicaria a 
cicatrização e prejudicaria o 
 
 
 
sucesso de enxertos ósseos 
colocados em regiões adjacentes 
 
 Tamanho do tumor 
A dimensão do envolvimento de 
determinado sítio, como o corpo da 
mandíbula, tem influência no tipo 
de procedimento cirúrgico 
necessário para obter a cura com 
lesões mais agressivas. Quando 
possível, deve-se deixar a margem 
inferior da mandíbula intacta para 
manter sua continuidade. Isso pode 
ser obtido por ressecção marginal 
da área acometida. Entretanto, 
quando o tumor se estende por toda 
a espessura do osso envolvido, uma 
ressecção parcial torna-se 
obrigatória. 
 
 Localização intraóssea X extraóssea 
Uma lesão oral agressiva confinada 
ao interior dos ossos, sem 
 
 
 
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perfuração das lâminas corticais, 
oferece melhor prognóstico do que 
aquela que tenha invadido os tecidos 
moles adjacentes. A invasão dos 
tecidos moles indica tumor mais 
agressivo que, em razão 
de sua presença nos tecidos moles, 
torna sua remoção completa mais 
difícil e sacrifica maior 
quantidade de tecido normal. 
 
 
Tipos de cistos 
 
 
 
 
 
 Odontogênicos: cistos inflamatórios 
 
- Cisto Periapical ou Radicular 
- Cisto Residual 
 
 
e cistos de desenvolvimento 
 
- Cisto Dentígero 
- Cisto Periodontal Lateral 
- Cisto de Erupção 
- Cisto Gengival do adulto 
- Cisto odontogênico calcificante 
- Queratocisto 
 
 
Cisto periapical (inflamatório) 
 
 Etiologia: endotoxinas 
 Teoria do crescimento: 
proliferação dos restos de 
mallasez 
 
 
Inflamatórios: Atingem a região 
periapical de dentes não vitais tanto 
na maxila quanto na mandíbula 
De desenvolvimento: Resultantes da 
proliferação de remanescentes 
epiteliais associados à formação dos 
dentes. 
Mais comuns 
Mais comuns 
 
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 Localização: mais comum em maxila 
(região anterior) 
 Atinge DENTES NÃO VITAIS; 
Associado a necrose pulpar 
 Sintomatologia: indolor e 
abalaumento (aumento de tamanho) 
 Realiza-se punção; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Características radiográficas: 
ausência de lâmina dura ao longo 
da raiz adjacente; radiolucidez 
arredondada apical; reabsorção 
radicular e presença de halo 
radiopaco 
 
 
 
 Tratamento: A terapia 
endodôntica convencional é 
considerada a primeira opção para 
o tratamento do cisto periapical, 
em caso de insucesso, realiza-se 
a marsupialização 
 
 
 
 
 
 
Principal característica: líquido amarelo 
citrino com aspecto cristalino 
Remoção da “janela” óssea da lesão, 
objetivando a comunicação do cisto com a 
cavidade bucal, e a diminuição da pressão 
osmótica de dentro da lesão 
 
Sara Vitória 
 
Cisto residual (inflamatório) 
 
 Etiologia: Pode se desenvolver 
através do tecido inflamatório 
periapical que não foi 
corretamente curetado após 
exodontia de um dente. Ou seja, 
cisto periapical associado a 
dentes já extraídos 
 Lesões antigas e indolores; 
 Radiolucidez ovalada + 
presença de halo radiopaco 
 
 
 
 Tratamento: Marsupialização – 
Lesões extensas; Enucleação – 
 
Lesões até 3 cm que não estejam 
relacionadas com estruturas nobres 
 
Cisto dentígero (desenvolvimento) 
 Etiologia: formado a partir do 
órgão do esmalte e se inicia após 
a coroa do dente estar formada. 
Sendo o mais comum dos cistos de 
desenvolvimento e o segundo mais 
frequente nos maxilares. 
 Clinicamente: Pode estar 
associado à um dente incluso, 
geralmente assintomático, 
podendo infectar, levando ao 
paciente a dor e tumefação. 
 Mais prevalente nos dentes: 
3º molar inferior, canino 
superior e 3º molar superior 
 
 
Sara Vitória 
 
 Radiograficamente: São sempre 
radiolúcidos e mais comumente 
uniloculares, embora grandes 
lesões possam apresentar um 
padrão multilocular. Seu 
diagnóstico não pode ser apenas 
através do exame radiográfico 
 
 
 
 Tratamento: Enucleação e remoção 
do dente incluso, e o emprego da 
técnica de marsupialização nos 
grandes cistos. Prognóstico é 
favorável. 
 
 
 
Cisto periodontal lateral (desenvolvimento)Etiologia: origina-se dos 
remanescentes da lâmina dentária. 
 Clinicamente: assintomático, 
observado lateralmente à raiz de 
um dente vital 
 Ocorre mais em mandíbula 
 Prevalência em adultos de 50 a 
70 anos, com pouco potencial de 
crescimento. 
 Radiograficamente: área 
radiolúcida bem circunscrita. 
 Tratamento: enucleação e com 
pouca chance de recidiva 
 
 
 
 
 
Sara Vitória 
 
 
 
Cisto de erupção (desenvolvimento) 
 
 Etiologia: desenvolve-se devido a 
separação do folículo dentário 
que envolve a coroa de um dente 
em erupção. 
 Clinicamente: apresenta um edema 
na região da mucosa que reveste 
o dente afetado. 
 Comum em criança com menos de 
10 anos. 
 
 
 
 Tratamento: normalmente o cisto 
se rompe espontaneamente, não 
sendo necessário nenhum 
tratamento. Se o rompimento 
espontâneo não ocorrer, uma 
simples excisão cirúrgica no 
revestimento cístico permite a 
rápida erupção do dente 
 
 
 
Cisto gengival do adulto (desenvolvimento) 
 
 Etiologia: origina – se a partir 
de remanescentes da lâmina 
 
 
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dentária ou do prolongamento da 
superfície do epitélio 
 
 Clinicamente: nem sempre é 
notado, devido ao seu crescimento 
limitado e ausência de 
sintomatologia. Em quase todos os 
casos, está localizado na face 
vestibular de maxila e mandíbula. 
O diagnóstico diferencial inclui 
mucocele, abscesso gengival, 
fístulas e algumas neoplasias 
benignas. 
Se faz presente mais em adultos 
entre 50 e 60 anos, crescimento 
lento, localizado na gengiva 
inserida e papila interdentária. 
Apresenta uma superfície lisa, 
 
 
 
com coloração igual à da gengiva 
ou azulada, lesão mole flutuante. 
 Radiograficamente: não há achado 
radiográfico, pois se trata de 
uma lesão a nível de tecido mole 
 
 
Cisto odontogênico calcificante 
(desenvolvimento) 
 
 Etiologia: Origina-se dos 
remanescentes da lâmina dentária. 
Pode estar associado a dentes 
inclusos 
 
 
 
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 Clinicamente: Acomete região de 
canino e pré molar. Pode ocorrer 
na maxila e mandíbula, 
 assintomático e de crescimento 
lento. 
 Radiograficamente: Geralmente são 
uniloculares, radiolúcidos, bem 
definidos. 
 
 
 
 Tratamento: enucleação; 
entretanto sua recorrência não é 
rara, por isso deve-se manter o 
acompanhamento do paciente. 
 
 
 
Queratocisto (desenvolvimento) 
 Etiologia: Relacionado com os 
remanescentes epiteliais da 
lâmina dentária 
 Clinicamente: geralmente acomete 
região de 3º molar em mandíbula. 
BENIGNO, ENTRETANTO, MUITO 
AGRESSIVO 
 Radiograficamente: Apresenta áreas 
radiolúcidas, arredondadas ou 
ovoides, uni ou multiculares, com 
contornos nítidos e apresenta 
LIMITES NÃO PRECISOS. 
 
 
 
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 Tratamento: Enucleação e 
marsupialização 
 
 Não odontogênicos 
- Cisto nasolabial 
- Cisto do ducto nasopalatino 
- Cisto epidermóide da pele 
 
 
Tumores odontogênicos 
 
 
 
 
- Ameloblastoma 
- Odontoma 
- Ceratocisto 
- Mixoma 
 
 
 
 
Ameloblastoma 
 
 
 
 Localmente invasivo + 
perfuração cortical 
 Maior frequência em mandíbula 
(80%) 
 Crescimento lento 
 Altos índices de recidiva 
 Características clinicas: aumento de 
volume intra-bucal 
 Características radiográficas: 
reabsorção radicular, 
deslocamento dentário, 
 
 
Mais comuns 
 
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semelhante a “favos de mel” / 
“bolhas de sabão” 
 Diagnóstico: punção aspirativa+ 
biopsia incisional 
 Tratamento: Marsupialização com 
posterior enucleação, podendo 
também ocorrer a necessidade da 
ressecção parcial com margem de 
segurança de 1 cm 
 
 
 
 
 
 
 
 
Odontoma (composto e complexo) 
 
 Etiologia: malformação benigna dos 
tecidos dentários. 
 Clinicamente: tumefação, 
consistência dura, 
assintomático. 
 Tumor oral mais comum 
 Radiograficamente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Vitória 
 
 
 
 
 Tratamento: enucleação e 
curetagem da lesão 
 
Ceratocisto 
 Comportamento AGRESSIVO 
 Cresce por pressão osmótica 
ou capacidade da cápsula 
 Na punção aspirativa possui 
um líquido esbranquiçado. 
“aspecto de cera” 
 
 
 
 
 Capsula fibrosa delgada 
 Apresenta recidiva 
 Possui potencial de 
crescimento 
 Aspectos clínicos: 
 
 
 
 
Sara Vitória 
 
 Tratamento: 
 
 
Mixoma 
 
 
 
 
 
 
 
 Promove assimetria facial 
 Consistência dura 
 Promove deslocamento dentário 
 Promove reabsorção radicular 
 
 
 
Sara Vitória

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