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Sara Vitória Complexo dentina polpa + tópicos especiais em endodontia + lesão perirradicular - aula 1 Principais etapas para se compor um diagnóstico: - Dados subjetivos (histórica médica, sintomas, características da dor, queixa principal do paciente...) - Dados objetivos (inspeção clínica, sinais, teste de vitalidade ou sensibilidade, palpação e percussão, exames complementares...) - Tratamento Tópicos especiais Alguns conceitos Urgência: dor intensa de no máximo 2 a 3 dias Emergência: dor crônica Sara Vitória Você sabia? Em casos de necrose há necessidade de descontaminação do conducto e inserção de medicamentos intracanal para um alívio da dor, limpando da melhor forma possível o sistema de canais. por meio de uma instrumentação. Já em casos de polpa vital, somente o acesso já alivia a dor, pois há descompressão. Pulpite aguda serosa: fase rara da pulpite em que o frio alivia a dor O exame utilizado para observar se há alterações no periapice é o de PERCUSSÃO VERTICAL Aonde há polpa (dente vital) não há bactérias Fratura coronária não complicada: não espoe a polpa Fratura coronária complicada: expõe Sara Vitória Técnicas radiográficas Angulação horizontal. “regra do objeto vestibular”: a raiz vestibular sempre se afasta da imagem Para dissociação de raízes para dentes com mais de um canal. Incidência ortoradial e outra mésio ou disto. Angulação vertical. coloca-se um rolete de algodão para que o filme fique mais em pé, e posiciona-se cilindro mais embaixo para que o raio passe por debaixo do arco Sara Vitória Complexo dentina polpa A polpa e a dentina são estruturas intimamente ligadas visto que a polpa forma a dentina e a dentina está interligada a ela, pois possuem a mesma origem no ectomesênquima. Logo, por terem a mesma origem e estarem interligadas uma a outra que surge o complexo dentina polpa. A dentina é porosa, isto é, possui tubérculos dentinários que participam da sensibilidade e da permeabilidade do dente. Dentina Os túbulos dentinários possuem forma de “S em direção ao periodonto” e formato cônico. E vão sempre da superfície da polpa para a região externa do dente, sendo o maior diâmetro perto da polpa. A Junção amelo dentinária (JAD) é a parte mais externa do dente. Já a Junção dentina polpa (JDP) é a parte mais próxima da polpa e possui maior quantidade de túbulos; logo, quanto Sara Vitória mais desgasta-se um dente durante um preparo, isto é, quanto maior a cavidade, maior será a quantidade de túbulos atingidos e maior será o comprometimento da polpa. devido a exposição e ampliação desses túbulos. Por isso cavidades profundas necessitam de uma avaliação endodôntica, pois sabe-se que quanto mais próximo da polpa maior será o diâmetro e a quantidade dos túbulos dentinários, podendo assim acarretar maior sensibilidade. Ademais, existem componentes dentro dos túbulos (PROLONGAMENTOS ODONTOBLASTOS) que são uma excelente via que evitam a proliferação/penetração de bactérias em casos de polpa vital, evitando contaminação. Entretanto, quando a polpa morre/necrosa, esses componentes acabam por servir de substrato/alimento para as bactérias que passam a existir, servindo como via de contaminação. Em suma: Polpa vital: Os prolongamentos odontoblastos servem e barreira Polpa não vital: Os prolongamentos servem de substrato O movimento dos componentes internos dos túbulos dentinários (prolongamentos odontoblastos) ativam a parte sensorial/sensitiva do dente Sara Vitória A primeira dentina a ser formada abaixo do esmalte é chamada de DENTINA DE MANTO. A dentina primária é a dentina FISIOLÓGICA que cessa com rizogênese. A dentina secundária é a dentina FISIOLÓGICA que se forma em função das agressões do dia a dia E a dentina terciária é uma dentina formada através de um PROCESSO PATOLÓGICO, que pode se subdividir em dentina reacional ou reparadora. - Reacional: é uma dentina mais organizada formada por estímulos de baixa intensidade - Reparadora: é uma dentina mais desorganizada pois é formada por células troncos que se diferenciam em odontoblastos, para estímulos maiores/violentos. E por fim, a dentina esclerosada é a dentina que oblitera o interior dos túbulos devido a um trauma. Sempre há formação de dentina reacional e com o avanço da agressão e morte dos odontoblastos há a formação de dentina reparadora Sara Vitória Você sabia? ¹ O estímulo para a formação de dentina esclerosada por meio de laserterapia e afins serve como tratamento para acabar com a sensibilidade, pois oblitera os túbulos dentinários. Você sabia? ² Normalmente em pacientes novos/jovens, canais atrésicos significam hábitos parafuncionais ou traumas dentários, visto que há muita presença de dentina reacionária (secundária). Isto significa que quanto maior a formação de dentina secundária mais atrésicos será o canal/polpa. Vale lembrar também que o desgaste pelo uso é compensado pela formação de dentina de defesa (secundária) Polpa Principal função Sara Vitória Os fibroblastos são as células que mais estão presentes na polpa e os odontoblastos são as mais importantes, pois são de formação As fibras nervosas TIPO A se encontram na periferia da polpa no plexo de baschkow, na zona livre de células e são muito importantes, pois são mielinecas, isto é, possuem bainha de mielina; fazendo com que a transmissão do impulso nervoso seja mais rápida, pois é saltatória. Já as fibras TIPO C ficam no centro da polpa e NÃO POSSUEM bainha de mielina, logo a transmissão nervosa é mais retardada. Os fibroblastos são as principais células envolvidas na cicatrização e têm por principal função a manutenção da integridade do tecido conjuntivo, pela síntese dos componentes da matriz extracelular Já os Odontoblastos são as células responsáveis pela síntese ou produção da dentina Sara Vitória Você sabia? A sensibilidade dentinária se dá pela TEORIA HIDRODINÂMICA: a 1 mm dentro dos túbulos há o prolongamento dos odontoblastos e o movimento desses prolongamentos excitam as fibras TIPO A na periferia da polpa, sendo o evento básico para a estimulação da dor. Importante - Pulpite reversível: Dor rápida, logo somente as fibras TIPO A estão sendo atingidas/estimuladas, pois estão na periferia e o estímulo nervoso é rápido. - Pulpite irreversível: fibras TIPO C. atingidas dentro da polpa. Impulso nervoso lento. Inflamação pulpar. Lesão perirradicular É uma resposta inflamatória do organismo a uma lesão de origem microbiana, que tem por a cárie por principal etiologia. Em suma as fases são: Agressão microbiana, Inflamação (principalmente devido a cáries profundas), necrose e infecção. Sara Vitória As primeiras bactérias a invadirem o canal são as mesmas que causam a cárie: as gran negativas aeróbicas (b. sacarolíticas – destroem sacarose e carboidrato). Essas bactérias invadem a região coronária e o terço médio da raiz. Contudo, ao avançarem para o ápice e por esse não possuir alta concentração de oxigênio começa-se a ter uma mudança de microbiota para organismos que conseguem sobreviver com a ausência de oxigênio, os anaeróbios facultativos. Esses organismos anaeróbios não se alimentam mais de carboidratos e sim das proteínas dos tecidos periapicais, pois são MO proteolíticos,que se alimentam do líquido da própria inflamação que estão causando. Aumentam a atividade microbiana ou diminuem a capacidade de resposta do Fatores modificadores de doença - Diabetes; - Tabagismo; - Estresse; etc. Sara Vitória Principais vias de infecção - Cárie - Túbulos dentinários*: somente em dentes não vitais, pois o conteúdo do túbulo passa a servir como substrato para os MO. Contudo, em dentes vitais os prolongamentos odontoblastos/fluidos servem como barreira Zona crítica apical: É os últimos 3mm apicais onde se encontram a maior parte das ramificações Onde se encontram os MO mais agressivos (anaeróbios) e é a área mais difícil de ser instrumentada e por isso requer maior atenção Os fluidos tubulares possuem um movimento de dentro para fora da polpa, logo, para as bactérias conseguirem penetrar esses túbulos (em dentes vitais) elas teriam que ir contra o fluxo. Em dentes vitais Sara Vitória - Doença periodontal*: depende da condição da polpa Tipos de infecção Intra-radicular - Primária - Secundária - Persistente Extra-radicular É a infecção da polpa virgem. Sem intervenção do profissional. Bactérias inicialmente sacarolíticas que passam a ser proteolíticas. Entre 10 a 20 espécies de bact. Ocorre após a intervenção profissional. MO introduzidos durante ou após o tratamento endodôntico Entre 1 a 5 espécies de bact. Sendo a maior parte anaeróbias facultativas gran + É uma infecção que já existente que não foi eliminada. Isto é, resistiu ao tratamento. Sempre terá início na intra-radicular; entretanto, pode ou não ser dependente dela. EX: ABCESSO APICAL AGUDO (fístula) Cessa após o tratamento da infecção intra-radicular. Não Cessa após o t. da infecção intra-radicular. Sara Vitória Tipos de lesões perirradiculares Persistente: lesão/destruição óssea já existente que continua/persiste após o tratamento. Em geral é causada por uma infecção persistente. Emergente: Lesão que surge somente APÓS o tratamento endodôntico. Causada por uma infecção secundária Recorrente: Lesão já existente que desaparece após o tratamento do canal; contudo, após um tempo, reaparece novamente. Causada por uma infecção persistente. Biofilme bacteriano As bactérias sempre trabalham pela/em comunidade Sara Vitória Sara Vitória
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