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1 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile SUMÁRIO Louis Braille (1809-1852) - processo histórico............................................. 2 O sistema braille ......................................................................................... 6 O código braille e a escrita matemática....................................................... 8 SÍMBOLOS ARBITRÁRIOS E SEUS USOS NUMERAIS .......................... 19 Numerais Ordinais .................................................................................... 23 Números Decimais .................................................................................... 24 Números Fracionários ............................................................................... 25 Números Mistos ........................................................................................ 26 VALORES E MEDIDAS ............................................................................ 29 MEDIDAS LINEARES ............................................................................... 31 MEDIDAS DE SUPERFÍCIE ..................................................................... 34 MEDIDAS AGRÁRIAS .............................................................................. 37 MEDIDAS DE VOLUME ............................................................................ 38 MEDIDAS DE MASSA (peso) ................................................................... 41 MEDIDAS DE CAPACIDADE .................................................................... 46 REFERÊNCIAS ........................................................................................ 50 2 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile SISTEMA BRAILLE Louis Braille (1809-1852) - processo histórico Louis Braille nasceu em quatro de janeiro de 1809 no povoado de Coupvray, cerca de 40 quilômetros a leste de Paris. Seu pai, Simon-René, era seleiro e fabricante de arreios no povoado que vivia a família Braille. Louis nasceu com a visão normal e ficou cego logo após ter sofrido um acidente na oficina de seu pai quando tinha três anos de idade. De acordo com que diz Realy (2004). O menino “sofreu um acidente no olho esquerdo ao tentar perfurar um pedaço de couro. Na época não havia antibióticos, e quando, aos cinco anos, a infecção decorrente da lesão progrediu e afetou também o outro olho, ele ficou totalmente cego”. (REALY, 2004, p.143) Cabalmente preso à escuridão, Louis Braille foi adaptando-se a sua nova realidade e, mesmo que fosse esperado que seu futuro resumisse em algum ofício simples como trançar cestos, ou outra atividade artesanal, Braille surpreendeu o mundo com sua persistência e imortalizou seu nome. Na época em que Braille já havia se “adaptado” com a total falta de acuidade visual, seus pais ficaram sabendo da existência do Instituto de Jovens Cegos de Paris e o enviaram para estudar lá, onde teria acesso a livros. Estes livros eram uma pequena coleção desenvolvida pelo fundador do Instituto de Jovens Cegos, Valentin Haüy, que eram feitos em papéis pressionados sobre letras confeccionadas em chumbo. Essa pressão fazia com que as letras ficassem marcadas em alto relevo na folha e seu contorno pudesse ser percebido pelos dedos. 3 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Os livros de Haüy possuíam letras grandes, fato intencionado para que os deficientes visuais pudessem sentir com o tato as formas das letras no qual identificavam palavras e frases. Devido a isto, a quantidade de páginas para transcrever um pequeno texto em alto relevo era muito grande e a produção requeria muito tempo. Os problemas não estavam somente na produção de obras da biblioteca do Instituto, estava também no alto custo destas produções, e, também, no grau de dificuldade de leitura destas obras para o tato dos cegos daquele Instituto. Mesmo com toda dificuldade e lentidão para ler os livros de Haüy, Braille tinha hábito de leitura e em pouco tempo já havia lido todo o acervo da biblioteca do Instituto. Desta pequena coleção havia livros de “textos religiosos e alguns de gramática em diferentes idiomas” (BIRCH, 1993, p.25). Porém, entre essas obras não existiam nenhuma que contemplasse a música. Fato que deixava Louis impossibilitado de ler material sobre piano e violoncelo que eram os instrumentos que ele estudava. Foi então que ele resolveu adaptar um método de comunicação noturna de um oficial do exército francês chamado Charles Barbier. Barbier desenvolveu um “método de modo que as ordens militares pudessem ser passadas secretamente entre os soldados, não importando o quão escuro estivesse, e batizara o sistema de escrita noturna. ” (BIRCH, 1993, p.30). Era uma escrita que usava pontos e traços em alto relevo que possibilitava a comunicação silenciosa e inacessível aos inimigos durante as manobras militares. 4 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Figura - A ilustração do método de escrita de Barbier. De acordo com Birch (1993) este método de pontos em relevo foi levado ao Instituto de Jovens Cegos pelo próprio Barbier. O acontecido foi logo após ele ter assistido uma “demonstração no Museu da Indústria: alunos cegos leram livros de Valentin Haüy, aquelas páginas grandes preenchidas com enormes letras em relevo. O capitão Barbier ficara pasmado com a lentidão do processo de traçar cada contorno da letra” (p.30). E foi apresentar seu método de escrita ao Instituto. Porém, devido à existência de um acervo de livros já adaptados em letras em alto relevo, e considerando o alto custo pago por isso, o Instituto não se interessou pelo código de Barbier e chegou a proibi-lo. Os educadores persistiram que deveriam continuar alfabetizando seus alunos pelo método antigo, ou seja, o método convencional da escrita latina em relevo. Mesmo sendo proibido, Braille se interessou pelo novo código a ponto de identificar algumas limitações e iniciar um estudo para aperfeiçoá-lo. Passou assim a trabalhar dia e noite adaptando e aperfeiçoando o código de Barbier na busca de um meio para que os cegos pudessem ter melhor acesso à leitura. Braille esteve com o Capitão Barbier que ficou admirado ao saber das pretensões de um garoto de 13 anos de idade. Mas, apesar da sua consideração pelas crianças cegas, Barbier não compartilhou com a 5 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile convicção de Braille da necessidade de um sistema tão elaborado. “O que os cegos poderiam querer além da compreensão da comunicação básica? Por que desejariam um alfabeto completo, pontuação, até matemática e música, como aquele menino ambicioso estava sugerindo? ” (BIRCH, 1993, p.33). Na verdade, Barbier não compreendia que para os cegos poderem participar do mundo da literatura e da ciência, eles deveriam ter acesso não somente a leitura, mas também, deveriam estar aptos a expressar seus pensamentos através da escrita. Mas, para a alegria dos cegos do mundo inteiro, aquele garoto ambicioso persistiu firme nas adaptações do código com ou sem a ajuda do capitão Barbier. Sua meta era reduzir o número de pontos para que cada símbolo pudesse ser imediatamente sentido pelo dedo e eliminar qualquer combinação de pontos que pudesse ser confundida por outra. Ou seja, cada combinação de pontos deveria ser diferente de outra e tatilmente reconhecida para não haver nenhum equívoco. No método de Barbier não havia nenhuma combinação de pontos que acentuasse as palavras, escrevesse números, operasse a matemática ou fizesse composição de música. Mas, Braille começou a pensar nisso, e, depois de muito trabalho, já tinha seus primeiros representantes do novo código deleitura - o sistema braille, e contou com o auxílio de alunos cegos do Instituto de Jovens Cegos de Paris para fazer os testes. Ao contrário de Barbier o código de Braille seria mais exato, econômico e simples para o tato. Logo os alunos perceberam que aquelas formas eram mais fáceis de distinguir do que grandes letras em relevo dos livros que utilizavam. Esse novo sistema, o braille, somente foi reconhecido após a morte de Louis. Hoje é utilizado no mundo inteiro, e é mais que um código, é um importante e eficiente meio de leitura e escrita para os cegos poderem 6 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile representar seus pensamentos mais complexos e comunicá-los aos outros através do papel. O sistema braille O sistema braille utiliza seis combinações de pontos dispostos em células retangulares com três linhas e duas colunas, resultando em 63 combinações que representam letras e símbolos utilizados em diferentes áreas: Português, Matemática, Química, Física, Música, etc. Este é a ilustração do símbolo fundamental (=). Ele é formado por todos os pontos que faz parte da célula. Ou seja, é a representação de uma célula completa. Separadamente cada ponto tem sua localização. São 6 pontos, sendo que cada um ocupa seu lugar na célula braille. Veja as ilustrações dos pontos separados . E através da combinação entre eles é que surgirá o código braille. Figura -Célula braille enumerada 7 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Estes pontos são escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo em duas colunas e três linhas formando uma matriz (3x2). É a partir desta matriz (3x2) que se dá origem ao código braille. Ou seja, é através da combinação dos pontos desta matriz que surgem os símbolos que compõem o sistema. São 63 combinações e 64 símbolos distintos, isto porque alguns especialistas consideram a célula em branco como um símbolo braille. Esses símbolos representam letras, números, símbolos químicos, notas musicais, símbolos matemáticos entre outros. Daremos destaque para os símbolos utilizados na escrita matemática. Observamos que aqui é utilizada a ilustração do braille em tinta, mas o código braille é em alto relevo para que o leitor cego possa ler utilizando a percepção tátil. Código braille Escrever em braille é possível através do uso de um punção para marcar uma folha de papel fixada numa reglete. 8 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Punção Reglete Caderno do cego Ou através de uma máquina braille ou até mesmo de uma impressora braille. Máquina de escrever braille Impressora braille O código braille e a escrita matemática 1.ª Critério Geral. Ao se criar um símbolo matemático em braille, partindo-se (como geralmente é o caso) de um símbolo já existente em tinta, deve-se basear na ideia que este representa e não em sua forma; pois é muito raro haver relação de semelhança ou oposição entre a forma de um símbolo braille e a de um símbolo em tinta. Por outro lado, é fácil conseguir essas relações entre as ideias representadas por dois símbolos braille entre si ou dois símbolos em tinta entre si. Assim, as ideias de fração e de quociente são representadas por símbolos semelhantes em braille; e as ideias de mais e menos são representadas em braille por símbolos de inclinação oposta. Dessa maneira, os símbolos matemáticos em 9 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile braille podem ser agrupados em conjuntos de acordo com as ideias que representam. Outrossim, é muito conveniente que os símbolos matemáticos braille sigam o mesmo uso corrente (em tinta) sempre que o Sistema Braille ofereça recursos para isso. Um símbolo representado por letra maiúscula em tinta deve sê-lo também em braille. Uma dada abreviatura será colocada depois do número em braille, se em tinta também o for. Tais medidas visam suavizar o hiato existente entre a escrita matemática em tinta e a em braille a fim de diminuir as dificuldades de contato entre ambas. 2.a) Valores e Medidas. (V. p. 26) Ex.: R$ 17,00 75 m Como consequência do exposto acima os símbolos representativos de moedas são escritos com inicial maiúscula e antes do número indicador da quantia (razão por que são registrados, neste Código, acompanhados do sinal de algarismo arábico); os representativos das demais medidas são escritos depois do número. 3.a) Uso do ponto 3 Ex.: 10 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile 36.784 2,43.552 32.21 4' (4 minutos angulares) Sistema braile e código matemático braile Nos exemplos acima podemos ver que o ponto 3 é usado como um recurso didático para separar elementos (uma vez que não se relaciona com multiplicação como ocorre com o ponto em tinta). Emprega-se também na formação de símbolos diversos. 4.a) Emprego dos Sinais de Operação. (V. p. 43) Ex.: 46 + 50 = 96 8 " 4 + -2 53 + +32 ( beta) (8 segundos angulares) Sistema braile e código matemático braile 36 m — 302 Cm = 32,98 m x + y = z 5 litros + 8 litros = 13 litros 15 > 13 b > a Sistema braile e código matemático braile a + b 𝐱 ͻ 𝐲 Nos exemplos acima está implícito que: a) Os sinais de operação, segundo o presente código, devem ser empregados sem espaço, quando colocados entre símbolos algébricos ou números, ou números acompanhados de símbolos quaisquer; devem ser precedidos e seguidos de espaço, quando escritos entre palavras, ou símbolos algébricos acompanhados de palavras, ou entre números nas mesmas condições. b) Os sinais de operação deverão ser precedidos e seguidos de espaço também quando sua combinação com outros sinais puder dar lugar a interpretações errôneas. 5.ª) Emprego da Maiúscula. Ex.: AB + CD = ABCD = AD Sistema braile e código matemático braile Em sequências análogas à do exemplo anterior, é preferível, para efeito de clareza, colocar o sinal de maiúscula inicial (pt. 6) antes de cada letra, a empregar o sinal de maiúscula total. 6.a) Sequência de índices. (V. p. 51) Ex.: 𝑥2 𝑏1𝑐4 𝑥3𝑐6𝑑7 Quando um fator, tendo por índice superior ou inferior, um dos primeiros dez sinais do alfabeto braille, é seguido, no mesmo termo, por um fator constituído também de um dos primeiros dez sinais do alfabeto braille, coloca-se o sinal de multiplicação entre os dois fatores. 7.a) Corte de Longas Expressões. Ex.: 2.000.000 x 200 = 400.000.000 15 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile 125𝑥3 + 300𝑘2𝑦 + 240𝑥𝑦2 + 64𝑦3 O corte de longas expressões, fórmulas ou equações de mais de uma linha em braille, deve ser feito com um sinal de operação. 8.a) Corte de Expressões Curtas. Ex.: 15x X Embora não seja recomendável partir expressões curtas, quando tal se fizer imprescindível numa expressão composta do produto de diversos fatores, deve-se fazê-lo com o sinal de multiplicação. 9.a) Corte de Expressões com Símbolos de Agrupamento. (V. p. 50) Ex.: (a - b) x (c - d) 16 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Se uma expressão composta do produto de várias quantidades encerradas em símbolos de agrupamento precisar ser bipartida, dever-se-á fazê-lo entre o fechamentode um símbolo de agrupamento e a abertura do seguinte. 10.a) Casos Especiais de índices Superiores. (V. p. 51) a) Ex.: (xy)2 (𝑎𝑏𝑐)−3 −3𝑥𝑦3 (𝑎 + 𝑏)5 𝑥 + 𝑦 + 𝑧1 𝑟 𝑠⁄ 𝑛 17 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Se um expoente se referir a um monômio composto de mais de um fator, o monômio é colocado entre símbolos de agrupamento. Quando um polinômio é afetado de expoente, esse polinômio é encerrado entre símbolos de agrupamento. Uma fração nestas mesmas condições é encerrada entre símbolos de agrupamento. b) Ex.: 𝑥5 𝑥5𝑚 𝑦𝑎𝑏𝑐 𝑦−4𝑏 𝑥𝑚+2 𝑥𝑚+1 𝑥 1 2 18 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile 𝑥 𝑎 2 𝑧 𝑎 𝑏 Um expoente monomial é colocado entre chaves, exceto quando constituído de um numerai simples ou de apenas uma letra. Um expoente polinomial ou fracionário coloca-se entre símbolos de agrupamento. ll.a) Casos Especiais de Frações Ordinárias. Ex.: 19 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile O denominador de uma fração será encerrado em símbolos de agrupamento quando for constituído por dois elementos ou mais ligados por quaisquer sinais de operação. O numerador sê-lo-á, imprescindlvelmente, nas mesmas condições, salvo quando seus elementos forem ligados por multiplicação, caso em que é dispensável o Emprego de símbolos de agrupamento. SÍMBOLOS ARBITRÁRIOS E SEUS USOS NUMERAIS Sinal de algarismo ou de número (pts. 3-4-5-6) Os algarismos são expressos pelas primeiras dez letras do alfabeto precedidas do sinal de algarismo. Ex.: 20 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Em números de mais de três algarismos, exceto em datas, usa- se (pt. 3) para separar as classes. Tal procedimento é frequentemente negligenciado em números menores que 10.000. Outrossim, deve-se omitir o ponto 3 nas operações escritas em colunas quando sua inclusão deslocar os algarismos para uma coluna errada. Ex.: 4.500.000 1927 (ano e, algumas vezes, números de outra natureza) Os números ligados por hífen dispensam um segundo sinal de algarismo, a menos que sejam cortados no fim da linha, devendo então o sinal de algarismo ser repetido no começo da linha seguinte. Ex.: pp. 210-810 pp. 210-810 21 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Quando um número é cortado no fim de uma linha, o hífen é colocado no fim da primeira linha, ou no começo da segunda, ou, preferivelmente, em ambas, e o sinal de algarismo não deve ser repetido. Esse corte deve ser feito na separação das classes. Ex.: 723.948 723- -948 O sinal de algarismo é frequentemente omitido nos quadros matemáticos sem explicação, quando se subentende facilmente sua presença. Entretanto, não se deve omitir depois de um sinal de operação, nos casos em que as várias partes de um problema estão escritas em linhas separadas. Para ilustrações ver os exemplos do sinal geral de operação, p. 44. Duplo sinal de algarismo ou de número (pts. 3-4-5-6 3-4-5-6) O duplo sinal de algarismo indica que o sinal de algarismo é omitido em todos os números de um dado grupo. 22 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Ex.: Determinar o total dos seguintes números 135 846 273 394 135 795 846 273 657 +394 3.100 Sistema braile e código matemático braile Deve-se ter considerável cuidado no uso do duplo sinal de algarismo. Só se deve empregá-lo em se tratando de mais de três números; não convém ser usado nos livros inferiores ao quarto ano primário. Numerais Ordinais Escrevem-se os numerais ordinais colocando-se a terminação adequada ao gênero logo em seguida ao numerai cardinal que, nesse caso, deve ser escrito no grupo dos pontos (pts. 2-3-5-6) e não em seu grupo normal (pts. 1-2-4-5) Ex.: Primeiro Primeira Segundo Segunda Terceiro Terceira 24 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Números Decimais Vírgula decimal (pts. 4-6) Escrevem-se os números decimais colocando-se apenas um sinal de algarismo (antes da parte inteira). Ex.: 8,5 0,61 Período— (pts. 4-5-6) Ex.: 4,7 (período 7) 4,16 (período 16) 0,1136 (período 36) 25 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Números Fracionários Traço de fração — ou / (pts. 3-4) O traço de fração é colocado entre o numerador e o denominador de uma fração. O denominador é escrito sem o sinal de algarismo, quando tanto o numerador como o denominador forem numerais simples: Ex.: 1/2 l/2x a/b Usa-se, algumas vezes, a seguinte forma para escrever frações: 1/2 ou a/2 l/b ( v. p. 51) 26 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile 67 89 Deve-se ter cuidado ao empregar esta forma, pois o último algarismo do denominador pode ser confundido com um sinal de operação ou pontuação. Números Mistos A parte fracionária deve ser ligada à parte inteira por um hífen e apenas esta leva sinal de algarismo. Ex.: 48 7 Quando um numerador ou um denominador for constituído por mais de um termo deverá ser encerrado entre símbolos de agrupamento. Ex.: (v. p. 50; 27 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Geralmente não é necessário encerrar entre símbolos de agrupamento um numerador constituído do produto de vários fatores. Ex.: Entretanto, algumas vezes é preferível, para maior clareza, encerrar um termo constituído de muitos fatores. Ex.: 28 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Quando uma fração for coeficiente deverá ser encerrada entre símbolos de agrupamento ou ser seguida de multiplicação. Em aritmética, quando uma fração deve ser multiplicada por um número, a fração não é colocada entre símbolos de agrupamento. Ex.: 6/7 x 5 Numerais Romanos Os numerais romanos de uma só letra são precedidos do sinal de maiúscula (pt. 6); os de mais de uma letra, do sinal de maiúscula total Ex.: Ex. 29 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Traço para numerais romanos — (pts. 3-6) Sobreposto (em tinta) a um numerai romano indica sua multiplicação por mil. Em braille coloca-se esse sinal à direita do numerai. Ex.: X (10.000) X (10.000.000) XV (15.000) XXII (20.002) VALORES E MEDIDAS Moedas 30 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Centavo de dólar (pts. 1-4, 3-4-5-6) (v. também dólar) Deve ser usado somente para quantias menores que dez centavos de dólar (um "dime"), inclusive as partes decimais de um centavo, ou quando estiver indicado no texto. O sinal de um milésimo de dólar (um "mill") é raramente usado. Ex.: (9 centavos de dólar) 0.15 melhor do que % 0,0015 (15 centésimos de centavo de dólar) Cifrão % (pts. 2-5-6) (Real, dólar,real — moedas em cujos símbolos figura o cifrão) Real R$ 1-4, 1-2-3-5, 2-5-6, Ex.: R$ 123,00 31 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile (123 Reais) R$ 0,50 (50 centavos) Dólar $ (pts. 2-5-6, 3-4-5-6) (v. também centavo de dólar) Ex.: $10,03 (dez dólares e três centavos) US$4,00 (4 dólares norte-americanos) MEDIDAS LINEARES Centímetro cm (pts. 1-4, 1-3-4) Ex.: 15 cm (15 centímetros) 32 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Decâmetro dam (pts. 1-4-5, 1, 1-3-4) Ex.: 5 dam (5 decâmetros) Decímetro dm (pts. 1-4-5, 1-3-4; Ex.: 187 dm (187 decímetros) Hectômetro hm (pts. 1-2-5, 1-3-4) Ex.: 42 hm (42 hectômetros) Metro m (pts. 1-3-4) 33 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Ex.: 13 m (13 metros) Micron u (pts. 3, 1-3-4) Ex.: 5 u (5 mícrons) Milímetro mm (pts. 1-3-4, 1-3-4) Ex.: 34 mm (34 milímetros) Milimícron mu (pts. 1-3-4, 3, 1-3-4) Ex.: 22 mu. (22 milimícrons) 34 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Miriâmetro mam (pts. 1-3-4, 1, 1-3-4) Ex.: 13 mam (13 miriâmetros) Quilômetro km Ex.: 688 km (688 quilômetros) MEDIDAS DE SUPERFÍCIE Centímetro quadrado cm2 (pts. 1-4, 1-3-4, 4, 1-2) Ex.: 125 cm2 (125 centímetros quadrados) Decâmetro quadrado dam2 (pts. 1-4-5, 1, 1-3-4, 4, 1-2) ( pts. 1-3, 1-3-4) 35 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Ex.: 12 dam2 (12 decâmetros quadrados) Decímetro quadrado dm2 (pts. 1-4-5, 1-3-4, 4, 1-2) Ex.: 38 dm2 (38 decímetros quadrados) Hectômetro quadrado hm2 (pts. 1-2-5,1-3-4,4,1-2) Ex.: 80 hm2 (80 hectômetros quadrados) Metro quadrado m2 (pts. 1-3-4, 4, 1-2) Ex.: 20 m2 (20 metros quadrados) Sistema braile e código matemático braile Milímetro quadrado mm- (pts. 1-3-4, 1-3-4, 4, 1-2) Ex.: 65 mm2 (65 milímetros quadrados) Miriâmetro quadrado mam2 (pts. 1-3-4, 1, 1-3-4, 4, 1-2) Ex.: 18 mam2 (18 miriâmetros quadrados) Quilômetro quadrado km- (pts. 1-3, 1-3-4, 4, 1-2) Ex.: 115 km- (115 quilômetros quadrados) Sistema braile e código matemático braile MEDIDAS AGRÁRIAS Area (pt. 1) — igual a decâmetro quadrado Ex.: 1200 a (1.200 ares) Centiare ca (pts. 1-4, 1) — igual a metro quadrado Ex.: 1500 ca (1500 centiares) Hectare ha (pts. 1-2-5, 1) — igual a hectômetro quadrado Ex.: 1177 ha (1177 hectares) Sistema braile e código matemático braile MEDIDAS DE VOLUME Centímetro cúbico cm3 (pts. 1-4, 1-3-4, 4, 1-4) Ex.: 26 cm3 (26 centímetros cúbicos) Decâmetro cúbico dam3 (pts. 1-4-5, 1, 1-3-4, 4, 1-4) Ex.: 47 dam3 (47 decâmetros cúbicos) Decímetro cúbico dm3 (pts. 1-4-5, 1-3-4, 4, 1-4) Ex.: 12 dm3 \eht(12 decímetros cúbicos) Hectômetro cúbico hm3 (pts. 1-2-5,1-3-4, 4,1,4) Sistema braile e código matemático braile Ex.: 50 hm3 (50 hectômetros cúbicos) Metro cúbico m3 (pts. 1-3-4, 4, 1-4) Ex.: 8 m3 (8 metros cúbicos) Milímetro cúbico mm3 (pts. 1-3-4, 1-3-4, 4. 1-4) Ex.: 28 mm3 (28 milímetros cúbicos) 40 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Miriâmetro cúbico mam3 (pts. 1-3-4, 1, 1-3-4, 4, 1-4) Ex.: 75 mam3 (75 miriâmetros cúbicos) Quilômetro cúbico km3 (pts. 1-3, 1-3-4, 4, 1-4) Ex.: 52 km3 (52 quilômetros cúbicos) MEDIDAS DE LENHA Decastéreo dast (pts. 1-4-5, 2-3-4-5) Ex.: 11 dast 41 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile (11 decastéreos) Decistéreo dst dts. 1-4-5, 2-3-4, 2-3-4-5) Ex.: 15 dst (15 decistéreos) Estéreo st (pts. 2-3-4, 2-3-4-5; Ex.: 10 st (10 estéreos) MEDIDAS DE MASSA (peso) Arrôba @ 42 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile (pts. 1, 3) Ex.: 50 @ (50 arrôbas) Centigrama cg (pts. 1-4, 1-2-4-5) Ex.: 8 cg (8 centigramas) Decagrama dag (pts. 1-4-5, 1, 1-2-4-5) Ex.: 23 dag (23 decagramas) Decigrama dg (pts. 1-4-5, 1-2-4-5; 43 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Ex.: 14 dg (14 decigramas) Grama g 1-2-4-5) Ex.: 750 g (750 gramas) Hectograma hg (pts. 1-2-5, 1-2-4-5) Ex.: 1150 hg (1 150 hectogramas) Miligrama mg (pts. 1-3-4, 1-2-4-5; 44 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Ex.: 10 mg (10 miligramas) Miriagrama mag [pts. 1-3-4, 1, 1-2-4-5) Ex.:85mag (85 miriagramas) Quilate ql Ex.: 12 ql (12 quilates) 45 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Quilograma kg (pts. 1-3,1-2-4-5; Ex.: 2 kg 1 (2 quilogramas) Quintal métrico q (pts. 1-2-3-4-5) Ex.: 15 q (15 quintais métricos) Tonelada métrica t (pts. 2-3-4-5) 46 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Ex.: 23 t (23 toneladas métricas) MEDIDAS DE CAPACIDADE Centilitro cl (pts. 1-4, 1-2-3) Ex.: 15 cl (15 centilitros) (15 centilitros) Decalitro dal (pts. 1-4-5, 1, 1-2-3) Ex.: 18 dal (18 decalitros) 47 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Decilitro dl (pts. 1-4-5, 1-2-3) Ex.: 9 dl (9 decilitros) 48 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Hectolitro hl (pts. 1-2-5, 1-2-3) Ex.: 120 hl (120 hectolitros) Litro 1 (pts. 1-2-3) Ex.: 4 1 (4 litros) Mililitro ml Ex.: 20 ml (20 mililitros) 49 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile Mirialitro mal Ex.: 18 mal (18 mirialitros) Quilolitro kl Ex.: 23 kl (23 quilolitros) 50 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile REFERÊNCIAS Birch, B. (1993). Louis Braille. São Paulo. Editora Globo. Realy, L. (2004). Escola Inclusiva: Linguagem e mediação. Campinas: Editora Papirus. Marcelly, L. (2010). As histórias em quadrinhos adaptadas como recurso para ensinar Matemática para alunos cegos e videntes. 141f. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) - Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. 51 www.soeducador.com.br Sistema braile e código matemático braile
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