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PREVIDENCI_RIO_CEJ_F_bioZambitte_2005

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Direito Previdenciário – Curso CEJ
2005
Professor Fábio Zambitte
Material que será muito utilizado: 
CF/88 Emenda 45 e 41 (Reforma da previdência do servidor)
Lei 8212/91 (Seguridade)
Lei 8213/91 (Benefícios da prev. social).
Lei 10666/03
Decreto 3048/99 (Aprova o regulam. da previdência – custeio benefício).
Livros:
Curso de D previdenciário – Fábio Zambitte Ibrahim
D. Previdenciário – Marcelo Tavares
Manual de D. Previdenciário – Carlos Alberto Castro e João Lahari
Transcrição de Eduardo Paradelo Peixoto
Aula 1 – 10/01/05
 Previdência Social (Seguro Social)
seguridade 
Social (194 CF) Assistência Social
 Saúde
Previdência Social: Seguro de natureza coletiva, contributiva e compulsória contra riscos sociais. Ex: doença, velhice, acidente, invalidez, etc.
Regimes Básicos: 
Possuem duas características:
Compulsoriedade - É compulsório, obrigatório, previsto em lei. O sujeito começa a trabalhar e já começa automaticamente a pagar previdência, portanto, independe de ato de vontade da pessoa. É uma obrigação legal, prevista em lei. 
Sua principal justificativa é a desatenção que a pessoa média tem em perceber a importância da previdência no seu futuro. 
Contributividade - Diz respeito ao caráter solidário do Sistema previdenciário. A contribuição de todos será utilizada na manutenção do sistema previdenciário.
RGPS - Regime Geral de Previdência Social 
(Art. 201 CF). É administrado pelo INSS - Instituto Nacional de Seguro Social (Autarquia Federal vinculada ao Ministério da Previdência), antigo INPS extinto em 1990. É a regra da previdência brasileira. Serve para todos os trabalhadores, com exceção dos servidores com regime próprio.
RPPS - Regime Próprio de Previdência Social de Servidores Públicos ocupantes de cargos de provimento efetivo 
(Art. 40 CF). Cada ente federativo possui seu regime próprio de previdência para seus servidores: União, Estados e Municípios. Muitos Municípios não tem regime próprio de previdência, entretanto seus servidores não ficam desguarnecidos, utilizando-se do RGPS.
Obs: A regra é que não se pode acumular mais de uma aposentadoria no mesmo regime, entretanto, nos regimes próprios pode-se acumular se for hipótese de cargo acumulável.
 É possível uma pessoa estar vinculada aos dois regimes previdenciários; acumular RGPS e RPPS, caso o sujeito exerça mais de uma atividade remunerada que vincule cada um deles. Ex: Servidor vinculado a regime próprio que exerça outra atividade remunerada vinculada ao regime geral. Nessa hipótese a pessoa terá que contribuir para os dois e poderá se aposentar pelos dois regimes. 
Regimes Complementares:
Possui duas características:
Facultatividade - O ingresso no regime complementar é voluntário, ou seja, ninguém é obrigado a fazer previdência complementar no Brasil.
Autonomia - Os regimes complementares independem dos regimes básicos, portanto, para você receber uma complementação de aposentadoria, isto independe da aposentadoria propriamente dita do regime básico, ou seja, para receber uma complementação, não é necessário que se prove que você se aposentou no regime básico. A concessão do regime complementar independe do básico.
Contributividade - Também tem caráter contributivo.
Obs: O regime complementar não exclui o regime básico que como já vimos é compulsório; por isso, é impossível alguém afirmar que não contribui para a previdência/ INSS/ regime geral; por que já tem seu sistema privado de previdência. 
Os regimes complementares possuem dois seguimentos:
Privado( Art. 202 CF) 
Aberto - É administrado pelas entidades abertas de previdência complementar. É aberto a qualquer pessoa e é feito por entidades financeiras com fins lucrativos. Ex: Sistema de previdência complementar que alguns Bancos dispõem a seus clientes ( VGBL, PGBL, etc). As entidades abertas podem ou não atuar com fins lucrativos, porém, geralmente tem fins lucrativos.
 Fechado - É administrado por entidades fechadas de previdência complementar. O ingresso é restrito a empregados de determinada empresa, ou associados de determinada entidade ou sindicato. São os chamados Fundos de Pensão (apelido dado às entidades fechadas de previdência complementar). As entidades fechadas atuam com fins lucrativos.
Ex: Você é empregado de uma determinada empresa e por sua vez tem um fundo de pensão em entidade fechada, sendo assim, você como empregado seletista, estará vinculado ao RGPS, pois você é um segurado do regime geral, mas ao mesmo tempo você está no regime complementar privado, pois contribui para uma entidade fechada.
Obs: O Art. 202 CF reza que o regime de previdência privada deve ser regulado por lei complementar. A disciplina legal da previdência complementar hoje se encontra nas leis complementares 108/01 e 109/01. Das duas leis complementares, a principal é a 109. A 108 é especifica no que diz respeito a patrocínio público à entidade de previdência complementar. 
Segundo o Parágrafo 3º do 202, é vedado ao Poder Público, colocar recursos (dinheiro) na previdência complementar, salvo na qualidade de patrocinador de entidade de previdência complementar. Ex: A Petrobrás (Sociedade de Economia Mista) dispõe de um fundo de pensão, ou seja, de uma entidade fechada para seus empregados (PETROS). O indivíduo empregado da Petrobrás (empregado público) não ocupa cargo de provimento efetivo, assim, o seu regime de trabalho não é estatutário e sim contratual, logo entrará nos regime geral (RGPS) e, além disso, está no seguimento complementar privado fechado, em razão de possuir um fundo de pensão. Nesse caso a Petrobrás na condição de patrocinadora pode contribuir com recurso na previdência complementar, pois nessa hipótese, contribuirão o empregado e o empregador. Entretanto a contribuição do patrocinador público (nesse caso a Petrobrás), não pode ser superior a contribuição do empregado. Logo, se o empregado paga todo o mês, R$ 300,00 à PETROS	, a Petrobrás em favor desse empregado poderá pagar no máximo R$ 300,00. Essa paridade de contribuição surgiu com a emenda 20/98, pois até então ela não existia e antes dessa emenda, existiam patrocinadores pagando o dobro, triplo, etc, do que pagava o empregado público.
Público
Só existe o Fechado
Criado recentemente. Tem a ver com a emenda constitucional 41. Essa emenda, no final de 2003, foi rotulada como Reforma da Previdência, entretanto ela mexeu quase exclusivamente com os RPPS (Regime Próprios de Previdência do Servidor), mexeu quase exclusivamente com o Servidor Público. Não houve quase nenhuma alteração com o RGPS (Regime Geral de Previdência Social). 
As principais alterações da emenda 41 nos regimes próprios de previdência foram: 
Fim da aposentadoria integral- Pela constituição, o servidor se aposentava com a sua última remuneração. Hoje a aposentadoria do servidor é calculada em cima de uma média de suas remunerações de julho de 1994 em diante, segundo a Lei 10887/04 que regulamentou a reforma. (FIM DA INTEGRALIDADE).
Fim da paridade entre servidor ativo e inativo- A constituição previa que toda a vantagem, todo o aumento concedido ao ativo, deveria também ser estendido ao inativo. Hoje o inativo não tem mais essa prerrogativa, ele possui apenas ajustes anuais periódicos.(FIM DA PARIDADE).
Obs: Existem regras transitórias para quem já era servidor antes da emenda 41. Essas regras só valem para quem já era servidor antes de 31 de dezembro de 2003. Portanto quem ingressar agora no serviço público seguirá essas regras.
A Emenda 41 trouxe também a possibilidade dos regimes próprios (RPPS) adotarem o mesmo teto do regime geral, que hoje é de R$ 2.508,72. A aposentadoria máxima no (RGPS) é de R$ 2.508,72, portanto ninguém recebe mais do que isso no regime geral. Para que os regimes próprios possam adotar o mesmo teto que o regime geral, é necessário que cada ente federativo interessado crie por lei de iniciativa do poder executivo o regime complementar de natureza públicapara os seus servidores, por meio de entidades fechadas de previdência (Art. 40, Parágrafos 14, 15 e 16 CF). Entretanto até o presente momento esse teto ainda não existe, ainda não foi aplicado aos regimes próprios, pois a aplicação desse teto depende da criação desse regime complementar público.
Conclui-se que, se você passar em um concurso agora (após a emenda 41), o seu benefício vai ser calculado pela média, será sem paridade e você não ficará amarrado à este teto de R$ 2.508,72. Caso você ingresse no serviço público após a implementação do regime complementar, o seu benefício vai ser calculado pela média, será sem paridade e você terá que ficar amarrado ao teto de R$ 2.508,72; neste caso, se você quiser ganhar mais que R$ 2.508,72 na sua aposentadoria deverá fazer um regime complementar público. É importante lembrar que o ingresso nesse regime complementar público fechado não é obrigatório, visto que os regimes complementares possuem a característica da facultatividade, portanto se você passar num concurso após a implementação do regime complementar, você não é obrigado a entrar nele, caso já esteja satisfeito com o teto ou prefira fazer um seguimento privado aberto, como por exemplo, um PGBL ou VGBL no seu Banco de confiança.
Obs: Existe um consenso de que o regime público fechado tem natureza de jurídica de fundação.
Fiscalização:
O seguimento Privado Aberto é fiscalizado pela SUSEP - Superintendência de Seguros Privados (Autarquia Federal vinculada ao Ministério da Fazenda). Na SUSEP você tem o Conselho Nacional de Seguros Privados (Órgão Público sem personalidade jurídica que faz parte da estrutura do Ministério da Fazenda) que expede normas e regulamentos ao funcionamento da previdência aberta.
O seguimento Privado Fechado é fiscalizado pela PREVIC- Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social). O órgão regulador do seguimento fechado é o Conselho Nacional de Previdência Complementar; ele expede normas e regulamentos à respeito da matéria.
O seguimento Fechado Público ainda não possui uma definição precisa de quem o fiscaliza, mas a tendência natural é que seja também a PREVIC, visto que, a medida provisória fala de modo geral, que essa Superintendência cuida do seguimento fechado de previdência complementar, sem distinguir se é privada ou pública, portanto englobaria as duas coisas.
Assistência Social: Como foi dito, tanto o regime básico como o complementar de previdência, tem natureza contributiva já a Assistência Social possui o caráter não contributivo. Ela funciona preenchendo as lacunas que são deixadas pela previdência e por isso a assistência social é voltada ao necessitado (203 CF). O beneficiário da assistência não precisa provar recolhimento e sim provar que é necessitado. A principal ação da assistência hoje é o Benefício de Prestação Continuada (BPC) que consiste no pagamento de 1 salário mínimo ao necessitado enquanto o mesmo continuar necessitado, o que pode ocorrer até a sua morte. Existem outros benefícios como a Bolsa Escola e etc, porém sem a mesma importância. Esse benefício aparece na Lei Orgânica da Assist. Social – LOAS e é essa lei que define o que é necessitado para efeitos deste benefício. Segundo essa lei, para ser considerado necessitado o sujeito deve preencher dois requisitos:
- Deve ser idoso (65 anos) ou inválido
- Deve ter renda familiar per capta inferior a ¼ do salário mínimo.
Apesar desses requisitos serem muito rígidos, o STF julgou-os constitucionais, entretanto nada impede que uma pessoa seja considerada necessitada sem que preencha esses requisitos, em razão da garantia ao mínimo existencial da pessoa e do princípio da dignidade da pessoa humana. Portanto se a pessoa provar no judiciário que é necessitada através de outros meios, será beneficiário da Assistência Social.
Saúde: É o seguimento mais amplo da seguridade social, pois é direito de todos e dever do estado (196 CF). Como a Assistência Social, a Saúde também tem natureza não contributiva. Portanto para receber atendimento médico no sistema público de saúde, não é necessário provar recolhimento ou que é necessitado. No Brasil a saúde é direito universal e isso causa muita polêmica, pois em diversos países desenvolvidos como os EUA etc, a saúde não é direito universal. 
A saúde nada tem a ver com previdência. Essa questão causa confusão por dois motivos: A mídia muitas vezes faz reportagens criticando as condições da saúde em frente a uma agência da previdência social, o que não tem nada a ver. Outra questão que gera confusão, é que antigamente a saúde não era direito universal, assim, o sujeito que contribuía para a previdência, contribuía também para a saúde através do abolido INAMPS - Instituto Nacional de Assist. Médica da Previdência Social.
Obs: Sobre Competência para Legislar
-Competência privativa da União para legislar sobre Seguridade Social (Art. 22 XXIII CF).
-Competência concorrente (entre União, Estados e DF) para legislar sobre Previdência Social e proteção e defesa da Saúde (Art. 24 XII CF).
Pergunta-se: Seguridade Social não engloba Previdência Social Assistência Social e Saúde? 
R: Sim. 
Então como pode competir privativamente à União legislar sobre Seguridade Social e concorrentemente sobre Previdência Social e Saúde? 
R: A competência concorrente que se fala nesse artigo diz respeito à proteção a saúde, ou seja, tão somente a ações positivas que os Estados, o DF e até mesmo os Municípios tem a incumbência de realizar (Ex: percentuais mínimos de receita a serem investidos na saúde e etc). entretanto, legislar propriamente sobre o assunto cabe somente à União. 
A maior confusão está na Previdência Social em que fala o Art.24 XII CF. Ela encontra-se na competência privativa e concorrente, pois, dentro dos regimes básicos, tem-se o regime geral RGPS e os regimes próprios RPPS.
No regime geral RGPS a competência é privativa da União. Pode o RJ falar que no RJ todo o homem se aposenta com 50 anos? R: Não, pois o estado do Rio não tem competência para legislar sobre essa matéria, só a União pode.
Nos regimes próprios RPPS a competência é concorrente. Pergunta-se: Quem deverá legislar sobre o regime próprio de previdência dos servidores do estado do Rio de Janeiro. R: O Estado do Rio, pois essa lei é do estado do Rio, logo a União não tem nada a ver com isso. 
É importante lembrar que na competência concorrente compete a União estabelecer normas gerais e ela assim o faz por meio da lei 9717/98 e 10887/04. Normas gerais para o funcionamento dos regimes próprios.
No regime complementar privado, a competência é privativa da União (leis complementares 108/01 e 109/01).
No regime complementar público, voltado ao servidor, quem o institui é o poder executivo de cada estado, como dito anteriormente. Ex: quem vai instituir o regime complementar público do servidor do Estado do Rio? Será o Estado do Rio por lei de iniciativa do poder executivo do estado do Rio. Portanto a competência é concorrente.
Aula 02 - 2º Tempo – 17/01
Contribuições Sociais
A contribuição social pela doutrina preponderante tem natureza jurídica de tributo, pois dentro da definição clássica do CTN no art. 4º, você tem três espécies de tributos: impostos, taxas e contribuição de melhoria, só que após a CF de 88, o entendimento que prepondera, inclusive no STF é que além dessas três espécies você tem os empréstimos compulsórios e contribuições parafiscais ou especiais, assim, seriam então na verdade 5 espécies tributárias (não é uma visão pacífica. Ex: existe gente que divide só em 2, o tributo ou é imposto ou é taxa; existe a visão de que existem 5 espécies e na doutrina clássica que diz que o empréstimo compulsório é imposto de escopo, que contribuição deve ser imposto ou taxa; existe quem também divida em 4 e etc.). Entretanto essa divisão de 5 espécies quem adota é o STF e de acordo com o Supremo as contribuições para-fiscais ainda abrem um leque, podendo ser: contribuições de intervenção do domínio econômico(CIDE), ou contribuição de interesse de categorias profissionais (CICP) e contribuições sociais (CS), essas contribuições estão previstas na CF art. 149. Por falta de lugar melhor, existem pessoas que usualmente enquadra nessa relação à contribuição de iluminação pública (CIPE), pois o município sempre tentava cobrar uma taxa de iluminação pública, só que pelo serviço público não ser divisível nesta hipótese, os tribunais sempre declaravam a inconstitucionalidade desta taxa, aí fizeram uma contribuição que está prevista no art. 149-A, por falta de lugar melhor, entretanto, teoricamente ela não tem um enquadramento adequado como contribuição parafiscal, pois contribuições parafiscais existem para manter as atividades paraestatais do governo, ou seja, ações paralelas às funções típicas do Estado e iluminação pública certamente não é uma delas. 
O que nos interessa em nosso estudo são as contribuições sociais, que por sua vez de acordo com o STF, podem ser contribuições sociais para o custeio da seguridade social ou contribuição social geral.
Esquema:
 - Impostos
 - Taxas
TRIBUTO - Contribuição de Melhoria
 - Empréstimos Compulsórios
 - Contribuições parafiscais Especiais 
 -CIDE -84 adct
-CICP
-CS-Seguridade Social-195 CF
-Geral -239 CF 
-CIPE
A contribuição social para seguridade social é aquela que tem como finalidade o custeio de previdência, assistência e saúde. A contribuição social geral é aquela que tem a finalidade de custear alguma outra ação social do governo distinta da seguridade, como por exemplo a educação pois ela não se encontra dentro da seguridade. O que nos interessa para nosso estudo são as contribuições para seguridade. As contribuições para seguridade estão no 195 da CF (principal), o 239(que tb trata da matéria) e o 84 do ADCT (que fala da CPMF – em tese é contribuição provisória sobre movimentação financeira e foi recentemente prorrogada pela emenda 42. A alíquota da CPMF se manteve em 0, 38%. Desses 0,38, 0,20 vai para saúde, 0,10% para previdência e 0,08 vai para o fundo de combate e erradicação da pobreza). 
Vamos analisar em detalhe o art. 195 que incide muito em provas. Enquanto o 194 inaugura o título “da ordem social”, o 195 fala do custeio da seguridade, dizendo que o custeio da seguridade é de responsabilidade de toda a sociedade de forma direta e indireta e é mantido pelas seguintes contribuições sociais: (art 195 e incisos)
I) do empregador da empresa ou da entidade à ela equiparada na forma da lei. A redação original da CF não falava isso, pois o 195 foi bastante alterado pela emenda 20/98. A emenda 20 foi a reforma previdenciária do governo anterior que trouxe mudanças e mudou bastante os incisos do 195. A redação original falava só no empregador e isso possibilitou a elisão fiscal de algumas atividades econômicas, pois muitas sociedades alegavam que, por exemplo: na minha empresa só trabalhavam eu e meu sócio, e não tem nem secretário, e em razão disso eu não sou empregador já que eu não tenho empregado, assim, eu não tenho que pagar essas contribuições sociais. Para evitar esse tipo de elisão, o art. 20 mudou a redação do 195 que passou a falar do empregador, empresa e entidade à ela equiparada na forma da lei, e essa definição na lei aparece no art 15 da lei 8212/91, o art 15 da nossa lei de custeio define o que é empresa e os que são equiparados à empresa para fins previdenciários. 
Obs: cuidado com o conceito de empresa dentro do direito previdenciário. No direito empresarial quem exerce atividade econômica não é a empresa e sim a sociedade, o sujeito de direito é a sociedade, a empresa é a atividade econômica (teoria clássica dentro da idéia de empresa), então quando falamos que abrimos uma empresa, estamos usando uma terminologia errônea, pois na verdade a empresa é a atividade econômica em si; quem tem personalidade jurídica não é a empresa, é a sociedade que é o sujeito de direito e a empresa é o objeto. Só que o direito previdenciário se utiliza dessa doutrina subjetiva , ou seja, dando a personalidade à empresa propriamente dita. Portanto, deve-se ter atenção ao estudar direito empresarial, pois o previdenciário se utiliza dessa terminologia de empresa de forma mais vulgar, e a própria CF também fala dessa forma. É importante ressaltar que para o direito previdenciário, pouco importa se a atividade é exercida com fins lucrativos ou não, isso é irrelevante, pois o papel da contribuição da empresa é auxiliar o custeio da seguridade e no que diz respeito à previdência principalmente, auxiliar no custeio do benefício do trabalhador, do segurado, que trabalha naquela empresa. Desde a origem da previdência no mundo, determinava que tinha que pagar a previdência o trabalhador e seu empregador; o empregador pagava como uma espécie de patrocinador compulsório dos benefícios que seriam pagos à seus empregados, ou seja, ao invés do trabalhador ter que pagar tudo sozinho, ele pagava e o empregador tinha que pagar também, assim essa lógica de custei pelo trabalhador e a empresa permanece até hoje e a CF fala dela. Nessa lógica de custeio, não há relevância se o empregador atua com fins lucrativos ou não, pois ele tem que pagar para auxiliar os benefícios que serão pagos àqueles trabalhadores. Dessa forma o conceito de empresa aqui é bastante amplo e inclusive pessoas físicas podem ser equiparadas à empresas. Ex: vendedor de pipoca que contrata ajudante, se equiparou à empresa para fins previdenciários, pois ele tem um segurado lhe prestando serviços. O município também pode ser empresa para fins previdenciários, bastando contratar mão de obra remunerada vinculada ao regime geral. Um sindicato, associação, cooperativa e etc, também são equiparados à empresa.
O financiamento da seguridade será pago portanto através do empregador, empresa e entidade à ela equiparada, por meio de: 
Alínea a) sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho, mesmo à pessoas sem vínculo empregatício. (antes da emenda 20 a CF falava somente sobre contribuição do empregador sobre a folha de salários). 
Para se instituir uma contribuição é necessário lei (pelo princípio da legalidade). Lembre-se de que a CF não institui tributos, ela dá a competência, fala o que pode cobrar. A CF fala que a União pode instituir essas contribuições sociais, até por que contribuição social é privativa da União, sendo a única exceção a contribuição de servidores, que podem ser cobradas por estados e municípios. Então é competência da União e ela carece de lei ordinária para instituí-las, pois a regra geral é da lei ordinária para instituir tributos e a contribuição social segue essa lógica. Portanto toda a contribuição social prevista na CF requer tão somente de lei ordinária para instituí-las. Lei Complementar será necessária para instituir uma nova contribuição social (veremos mais tarde). 
É necessária uma lei complementar definindo, base de cálculo, contribuinte e fato gerador da contribuição? A dinâmica tributária em geral, é assim: A CF dá a competência. Ex: IPTU – A CF fala do IPTU e diz que é imposto sobre a propriedade territorial urbana; depois vc tem uma lei complementar que define o fato gerador, a base de cálculo e os contribuintes do IPTU; depois vem a lei ordinária municipal instituindo o IPTU. A LC tem caráter nacional. Essa é a dinâmica dos impostos. A contribuição social instituída por lei ordinária de acordo com STF, não tem que seguir essa pré-definição do fato gerador fixado em LC, pois ela pode ser instituída diretamente por lei ordinária, porque o art. 146, III da CF ao prever a necessidade de lei complementar para fixar a estas normas gerais de definição de fato gerador, base de cálculo e contribuinte, faz isso com relação aos impostos somente, então só o imposto que carece dessa pré-definição em LC. Contribuição social como vimos é tributo mas não é imposto e assim pode ser instituída diretamente por lei ordinária, poispara o STF a contribuição social não é imposto.
Para instituir então a contribuição da empresa, do empregador, sobre a folha de salários, foi necessário lei e isso foi feito pela lei ordinária 7787/89 e também pela 8212/91 (vigente a redação original da CF. Essa redação completa só tomou lugar em 98 com a emenda 20, ou seja, até lá’era redação antiga). Essas duas leis instituíram uma contribuição que extrapolava a atribuição constitucional, elas instituíram uma contribuição que pegava toda a folha de pagamento. Em tese só recebe salário o empregado (espécie de trabalhador que é subordinado e segue os ditames do art 3º da CLT, etc.), então outros trabalhadores que exerçam atividade sem vínculo empregatício não recebem salário e essas duas leis instituíam a contribuição da empresa sobre toda a folha, ou seja, sobre valores pagos a pessoas com ou sem vínculo empregatício, o que a CF não previa naquela época. As empresas interessadas ingressaram em juízo e o tema acabou chegando ao STF que reconheceu a inconstitucionalidade parcial dessas duas leis, com redução do texto, ou seja, foi extraído do texto a parte da contribuição social que incidia sobre pagamentos feitos à pessoas sem vínculo empregatício, logo só poderia incidir sobre valores pagos à pessoas com vínculo. Em razão disso veio a emenda 20 e ampliou e disse que contribuição não é só sobre folha de salários, mas também sobre os demais rendimentos pagos mesmo às pessoas sem vínculo empregatício. 
Alínea b) contribuição sobre o faturamento, que depois da emenda 20 deu ao faturamento outro efeito. Essa contribuição é conhecida como COFINS. A redação original falava só sobre faturamento e foi alterada também com intuito de ampliar a base de incidência e evitar elisões fiscais. Algumas empresas alegavam que eram prestadoras de serviço e não exerço atividade mercantil e logo não emito fatura, assim, se eu não emito fatura eu não tenho faturamento (argumentação falha mas às vezes era acolhida). Assim a redação foi alterada para falar em faturamento ou receita. Essa COFINS deu muita confusão no judiciário, até porque ela foi instituída por lei LC e na época o Governo Federal não tinha à seu favor essa interpretação do STF de que não precisava de LC, bastando lei ordinária. À época de 88 muitas pessoas defendiam a tese de que a contribuição social ia requerer uma LC, aí o governo instituiu a COFINS por LC, mas depois o STF disse que não precisava e em razão disso, essa LC começou a ser alterada por lei ordinária, e então veio a discussão: pode uma lei ordinária alterar LC? Pela jurisprudência do STF não há hierarquia entre essas leis, então se vc tem uma LC que não trata de matéria reservada à LC, ela poderia ser alterada por lei ordinária e foi o que aconteceu com essa LC alterada em diversas oportunidades por LO. Um detalhe interessante também sobre a COFINS é que a LO também ampliou a base de incidência da COFINS antes da emenda 20, ou seja, começou a pegar toda a receita antes da emenda 20. Se vc tem uma lei que é constitucional e a emenda constitucional posterior, à princípio essa emenda não convalida essa lei, pois se a lei era inconstitucional, não será a emenda que irá resgatá-la, salvo se tiver expressamente. Então como essa lei que ampliou a base do COFINS foi antes da emenda 20, haveria um vício de inconstitucionalidade, só que essa lei que alterou o COFINS ainda estava no seu vacatio legis quando a emenda 20 passou a vigorar, ou seja, quando passou o vacatio legis e a lei iria produzir efeitos, a emenda 20 já estava válida, já existia, assim, nesse ponto o STF entendeu que convalidação da emenda seria válida porque a emenda 20 convalidou a LO ainda no período de vacatio legis.
Alínea c) contribuição sobre o lucro (não foi alterada pela emenda 20). Tem a incidência muito similar ao imposto de renda. Sobre o faturamento das empresas, em razão do 239 da CF, em regra já incide um outro tributo que é justamente o PIS/PASEP, que tinha natureza de imposto mas foi recepcionado pela Cf 88 como contribuição social segundo entendimento do STF. A natureza jurídica do PIS/PASEP é de contribuição social e em regra incide também sobre faturamento. Sobre faturamento tem-se a incidência de 2 contribuições (tem um “bis in idem”, ou seja, a mesma pessoa cobrando a mesma coisa duas vezes. Não se confunde com bi-tributação que é duas pessoas diferentes cobrando a mesma coisa). De acordo com o STF esse bis in idem é válido, pois segundo ele quem inventou isso foi o constituinte originário (eleitos para elaborar a CF de 88, ele está construindo o Estado naquele momento) e o constituinte originário nessa construção da CF, pode tudo. Portanto hoje as empresas pagam COFINS e PIS/PASEP, e quando chega no lucro, tem a contribuição social mais as empresas também pagam imposto de renda; sobre o lucro também tem IR e o STF também entendeu que tem que pagar as duas coisas, pois esse bis in idem foi feito pelo constituinte originário e logo isso é válido.
A competência é da União e quem arrecada e fiscaliza essa contribuição sobre a folha é a secretaria de receita previdenciária (vinculada ao ministério da previdência social) e sobre as outras, quem fiscaliza e arrecada é a secretaria de receita federal (vinculada ao minist. da fazenda).
II) do trabalhador e dos demais segurados da previdência-redação dada também pela emenda 20/98, só que o inc II, quando fala da contribuição do trabalhador, não diz qual é a base de incidência ao contrário do que faz para a empresa. Essa base só é definida na lei 8212/91 e a base de cálculo é o chamado “salário de contribuição”. Fala de demais segurados que são pessoas que não trabalham, não exercem atividade remunerada e entram na previdência por que querem, porque quem trabalha, querendo ou não já está na previdência (é compulsória- começa a trabalhar e automaticamente entra na previdência). O inc II diz que não há incidência de contribuição sobre proventos de aposentadoria e pensão dados pelo regime geral de previdência social (RGPS), traz imunidade do aposentado e pensionista do regime geral. A previdência brasileira possui o RGPS e RPPS. Esse inciso não fala nada sobre o aposentado e pensionista do regime próprio (RPPS), em 99 pela lei 9783, logo após a emenda 20 que deu essa redação, a União instituiu a contribuição do servidor aposentado e pensionista do RPPS e então o STF em 99 decidiu que era inconstitucional, baseando-se que o art. 40 parág. 12 da CF diz que as regras do RGPS tem aplicação subsidiária dos RGPS, então quando há regra geral que não é incompatível com os regimes próprios ela é incompatível também e como o inc II dizia que o aposentado e pensionista do regime geral não pagaria, isso teria aplicação subsidiária dos regimes próprios e por isso de acordo com a CF não seria possível cobrar a contribuição de aposentado e pensionista em nenhum dos regimes, além da questão da isonomia, pois não faria nenhum sentido cobrar de um e não cobrar de outro. Vários estados que já cobravam pararam de cobrar e etc. Então o novo governo assumiu o poder e mudou de opinião (o PT sempre defendia a taxação dos inativos mas mudou de idéia), e aprovou a emenda 41/2003, e esta emenda passou a inserir expressamente no art. 40 da CF, a previsão de contribuição do servidor inativo e pensionista do regime próprio. Essa regra de aplicação subsidiária “foi para o espaço”, porque hoje a própria regra constitucional dos regimes próprios já fala em contribuição de inativos. A questão da isonomia foi solucionada porque nos regimes próprios só haverá cobrança do servidor aposentado e pensionista, daquilo que ultrapassar o teto do regime geral (R$ 2.508,72). A idéia da reforma seria o seguinte: o servidor aposentado que ganha R$ 2.000,00 por exemplo, não teria que pagar nada; já o que ganha R$ 5.000,00 por exemplo, teria que pagar sobre o que passa de R$ 2.508,00 até os R$ 5.000,00, ele paga só sobre o que passa do teto do regime geral, porque como no regime geral ninguém paga e está todo mundo limitado à este teto, então não há isonomia,daí pra frente vc taxa os servidores inativos. Essa contribuição dos inativos desta forma foi declarada constitucional pelo STF, que validou essa contribuição do servidor inativo (votação 7 a 4). 
E importante ressaltar que a emenda 41 tinha uma regra transitória estranha, pois falava o seguinte, isso tudo que eu disse é para quem vai se aposentar agora, para o servidor que está se aposentando depois da emenda 41, ou seja, ele ia pagar só o que ultrapassasse o teto do regime geral, mas para quem já era aposentado ou pensionista antes da emenda 41, esse limite de imunidade não seria 100% do teto do regime geral e sim 50% do teto do regime geral para servidores estadual e municipal e 60% do teto para servidor federal. (é uma lógica financeira), pois muitos governadores de estados mais pobres começaram a reclamar, pois, se um estado pobre for livrar de contribuição, todo o inativo que recebe até o teto do regime geral, ele não iria cobrar de ninguém, pois a maioria das pessoas só recebe até esse valor, então teria que ser um teto menor do que isso para o estado conseguir cobrar de alguém, essa era a idéia, a contribuição de inativo foi feita para este propósito de diminuir a folha de gasto com pessoal, principalmente estados com situação mais precária. Como o governo federal precisava do apoio dos estados para aprovar a reforma tributária, fizeram regra para satisfazer os governadores dos estados. Quando isso saiu o STF derrubou a regra, ou seja, hoje o servidor aposentado ou pensionista só contribui naquilo que ultrapassar o teto do regime geral, seja antes ou depois da emenda 41. Portanto, esse 50% e 60% foram derrubados pelo STF, então cuidado pois isto está na emenda 41 e tem até lei 10887/2004 (que regulamenta a reforma previdenciária) e fala desses 50% e 60% mas isso não está valendo pois o STF derrubou.
Quem arrecada e fiscaliza essa contribuição é a secretaria de receita previdenciária.(SRP vinculada ao ministério da previdência social). A secretaria de receita previdenciária, portanto, tem a incumbência de arrecadar e fiscalizar a contribuição da empresa sobre a folha e a contribuição do trabalhador, que são 2 contribuições de especial importância para o nosso estudo, pois elas são destinadas com exclusividade ao pagamento de benefícios do RGPS, como prevê o art. 167 XI da CF. Perceba que toda a contribuição social para a seguridade é destinada ao custeio da seguridade (previdência, assistência e saúde), agora vc tem 2 contribuições sociais com uma destinação ainda mais específica que só podem ser utilizados no custeio da previdência do RGPS e por isso fica à cargo da secretaria de receita previdenciária e por isso que com freqüência são chamadas também de contribuições previdenciárias (essas 2 vão ocupar o nosso estudo porque a legislação previdenciária se ocupa delas). Quem tinha essa atribuição de fiscalizar e arrecadar essas duas contribuições era o próprio INSS; a capacidade tributária ativa é delegável de uma pessoa de direito público para outra, então isso deixou de existir com a criação dessa secretaria, então ainda hoje é o INSS que administra o regime geral da previdência, mas perde a atribuição de arrecadar e fiscalizar. 
III) contribuição sobre concurso de prognósticos- É uma contribuição à cargo da receita federal. Essa contribuição diz respeito a todo o tipo de jogo permitido pela lei .Ex: corrida de cavalo, loteria esportiva, e etc. Existem 2 espécies de concurso de prognósticos, o público mantido pelo poder público, como loteria esportiva e o privado como por exemplo a corrida de cavalo. No público, toda a receita líquida (receita é tudo que é arrecadado, abatendo o prêmio, despesas administrativas e valor destinado ao programa de crédito educativo - CREDUC) é direcionada à seguridade social, na área privada a receita revertida é de 5% do movimento global de apostas. 
Obs: em prova cai mais o público que incide sobre toda a receita líquida.
 IV) contribuição social do importador- inserida pela emenda 42. Esse inciso IV tem ligação com o 149 2º, II da CF (remissão), pois esta mesma emenda 42 alterou a redação desse inciso, permitindo a incidência de contribuição social sobre toda a receita oriunda de importação de produtos e serviços; antes a incidência era restrita à petróleo, derivados, combustível, agora a emenda 42 liberou a incidência de contribuição sobre toda a receita de importação e por tabela criou no 195 a contribuição social do importador que tem uma incidência análoga ao imposto de importação, ou seja, é muito similar ao imposto de importação e fica a cargo também da receita federal. 
Principais parágrafos do art. 195- (esse art. aparece muito em prova)
3º) fala que toda a pessoa jurídica em débito com a seguridade não poderá contratar com o poder público (qualquer ente federativo, seja adm. pública direta ou indireta) ou receber benefícios creditícios do mesmo. Ex: Uma empresa pública municipal vai fazer uma licitação para fazer uma obra na sua sede. Ela vai ter que exigir comprovação de regularidade fiscal das empresas (certidão negativa de débito)
4º) fala da competência residual da União para criar novas contribuições sociais, pois o constituinte originário já antecipando uma possível falta de recursos, para a manutenção da seguridade, traz essa regra que possibilita a União criar novas contribuições sociais. O problema é que esse parág. 4º não fala o que é necessário para criar a nova contribuição social, e fez uma remissão ao art. 154, I da CF. O 154, I trata também de uma competência residual da União, só que competência residual para instituir novos impostos (é o único ente federativo que tem essa atribuição de instituir novos impostos) e para criar um novo imposto o 154, I fala que são necessários três requisitos: LC, inovação de fato gerador e base de cálculo e não cumulatividade. Em razão dessa remissão, a nova contribuição social deveria ter os mesmos requisitos do 154, segundo a doutrina, ou seja, a criação da nova contribuição social também iria requerer LC, inovação e não cumulatividade. Essa discussão era puramente acadêmica pois até então não existia uma nova contribuição social, então, em 96 foi criada uma nova contribuição social, à partir da LC 84/96. As leis 7787/89 e 8212, instituíram a contribuição da empresa sobre a folha de salários e foram um pouco mais além, e passaram a querer instituir também uma contribuição de empresa sobre valores pagos a pessoas sem vínculo empregatício (que o STF declarou pela inconstitucionalidade nesse ponto), mas o STF quando decidiu a matéria, deu a dica, dizendo: União, o que vc fez é inconstitucional, mas se vc quiser fazer essa contribuição, olha o parág. 4º que vc tem competência residual para isso e aí então a LC 84/96 veio a instituir a contribuição da empresa sobre valores pagos à pessoa sem vínculo empregatício, isso foi em 96, antes da emenda 20/98, em 96 a redação da CF ainda era a original; aí então a LC instituiu a nova contribuição das empresas sobre valores pagos à pessoas sem vínculo empregatício. Portanto cumpri o requisito formal, que é instituir por LC, mas não inovava, e esbarrava em FG de ISS, base de cálculo de IR; naturalmente isso foi parar no Judiciário e chegou ao STF que ao julgar a matéria entendeu que essa LC era constitucional, era válida, porque a nova CS fere esses requisitos, mas no que diz respeito à inovação de FG e base de cálculo, esta inovação tem que ser feita frente às contribuições sociais que já existem, ou seja, a inovação da nova contribuição social tem que ser aferida frente às contribuições já existentes; então, de acordo com o STF a nova CS poderia copiar o FG ou base de cálculo de imposto, pois a inovação só é analisada somente frente contribuições sociais. A contribuição então foi válida. Com relação à não cumulatividade, o STF não se pronunciou à respeito, então as pessoas interessadas embargaram de declaração, alegando que faltava falar da não cumulatividade e o ministro Moreira Alves, falou que não falou no assunto pois ele não se aplica ao casoconcreto, pois essa contribuição social da LC 84 era monofásica (tributo monofásico é aquele que tem incidência imediata) e não sobre cadeia produtiva, sobre valor agregado, não tem uma incidência polifásica como por exemplo o ICMS e o IPI., então o critério da não cumulatividade não seria aplicado à esta hipótese. Ex: poderia a União criar por LC uma CPI (contribuição sobre produtos industrializados), ou seja, uma nova contribuição social igual ao IPI? R: sim, mas nessa hipótese a CPI terá que ser não cumulativa, pois vai ter um tributo polifásico, vai incidir sobre a cadeia produtiva, assim como o IPI, que tem que ser não cumulativo também.
Cronologicamente falando, depois de 96 veio a emenda 20/98 e ela mudou a redação do art. 195, I, a e passou a prever expressamente a contribuição da empresa sobre valores pagos à pessoas sem vínculo empregatício. Após a emenda 20 essa contribuição que estava na LC 8, ainda precisava estar em lei complementar? R: Não pois já tinha amparo na CF. O que aconteceu com a LC 84 após a emenda 20? R: materialmente falando, ela perdeu o status de LC, mas formalmente não ela é LC. Então após emenda 20 ela poderia ser alterada por lei ordinária? R: Sim e foi o que aconteceu. A LO 9876/99 revogou a LC 84/96. Não acabou a contribuição da empresa sobre valores pagos à pessoas sem vínculo empregatício, a 9876 simplesmente tirou isso da LC 84 e inseriu a mesma dentro da 8212/91 no art. 22, III, ou seja, tirou de um lugar e botou no outro e para não perder a oportunidade aumentou a alíquota, que é a vigente hoje de 20%.
5º) Princípio da pré-existência do custeio em relação ao benefício, ou seja, nenhum benefício da seguridade poderá ser criado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio (lógico). Ex: para o benefício assistencial de seguro social ser ampliado, tem que haver fonte de custeio.
6º) Noventena das contribuições sociais. No direito tributário, você aprende sobre o princípio da anterioridade previsto no 150, III., b CF, que fala sobre a incidência de um novo tributo, que deve valer somente para o próximo exercício financeiro, para garantir a não surpresa. A contribuição social não segue essa regra da anterioridade, ela é exceção à anterioridade, para ela pode ser cobrado dentro do mesmo exercício, devendo aguardar 90 dias. Essa noventena é denominada pela doutrina também como anterioridade previdenciária, ou nonagesimal, ou mitigada. Com emenda 42 essa noventena foi estendida para os demais tributos, ou seja, além da anterioridade devem esperar 90 dias com algumas exceções é claro (150, III, c). O parág. 6º fala que tem que esperar 90 dias a contar da publicação da lei que “institui ou modifica” contribuição social, ao contrário do 150, que fala “institui ou majora”, portanto, se reduz contribuição social, tem que esperar 90 dias? R: Pela literalidade deveria, mas o entendimento desse parág. não deve ser literal, até porque a noventena como a anterioridade, são subprincípios do princípio maior da não surpresa e se a surpresa é boa não é necessário esperar 90 dias. (cuidado para não ser literal no parág. 6º)
7º)Entidades beneficentes de assistência social, são isentas, entretanto isso não é isenção, pois a CF fala que se alguém não paga algum tributo, ele tem uma imunidade.
Obs: se for fazer prova múltipla escolha de legislação previdenciária, pode aceitar essa palavra “isenção”, mas deve saber que não é o correto.
Fala que essas entidades beneficentes tem que atender os requisitos previstos em lei (sempre que a CF não faz distinção é LO, mas nesse caso o entendimento preponderante é que é LC, em razão do 146, II CF, que diz competir à LC regulamentar as limitações constitucionais ao poder de tributar). Chegou-se ao problema de ter 2 leis que falam sobre o assunto (art. 55 da lei 8212/91 e o art. 14 do CTN, ambos prevêem requisitos à serem atendidos pelas entidades beneficentes. Um é LO o outro é LC e esse assunto teve mais relevância com o advento da lei 9732/98, que a redação do inc III do art. 55, dizendo que para ser entidade beneficente, deve atuar de modo gratuito e exclusivo em favor de necessitados, ou seja, ia dar uma restrição considerável, com intuito de moralizar esse seguimento em que há uma renúncia fiscal enorme e muitas dessas entidades não tem nada de beneficente. Naturalmente as entidades ingressaram em juízo perante o STF e o STF liminarmente (não há decisão de mérito à respeito) entendeu que o que prevalece realmente é o art. 14 do CTN e suspendeu a eficácia desse inc. III. Então o inc. III do art. 55 da lei 8212 está com a eficácia suspensa em razão dessa decisão liminar do STF. O STF disse que imunidade à princípio não pode sofrer restrição de nenhuma espécie, nem por LC, mas quando a CF a admite, isso só pode ser feito por LC em razão do 146, II. O STF diz que a LO pode até ser utilizada para fixação de requisitos formais (qual constituição dessa entidade, qual forma a ser adotada etc.) agora elementos que venham restringir a imunidade só em LC realmente e por isso deveria prevalecer o art. 14 do CTN. Essa liminar tem mais de 4 anos e não se tem sinal de decisão de mérito, então para efeito de prova, deve se seguir esse entendimento, até porque a tendência do STF no mérito é manter o que decidiu liminarmente.
Aula 03	- 18/01/2005 (1° e 2° tempo)
ARTIGO 195 CR/88 (continuação):
Ao analisar o artigo 194, tratando dos Princípios da Seguridade, um deles prevê a uniformidade do tratamento entre as populações urbanas e rurais, não podendo haver regras diferenciadas. Antes de 1988, havia um sistema diferenciado.
§ 8° = É uma exceção a regra de uniformidade do tratamento entre urbanos e rurais. Esse parágrafo prevê a figura do SEGURADO ESPECIAL. (essa nomenclatura não está na CR/88, e sim na Lei 8.213/91) = É o tratamento constitucional diferenciado favorecido dado ao pequeno produtor rural ou pescador artesanal que trabalhe em regime de economia familiar. Esse produtor não tem empregados, trabalha com a família, com auxílio eventual de terceiros (sem remuneração e sem subordinação). E por isso paga a previdência de forma diferenciada. Ele tem que contribuir, porque é um segurado, mas contribui sobre a receita bruta da comercialização da produção rural.
OBS: Esse tratamento favorecido é dado apenas ao pequeno produtor rural e pescador artesanal. Não é todo produtor rural.
§ 9° = c/c artigo 195 inciso I – fala da alteração de alíquota ou base de cálculo.
As contribuições de empresa serão sobre a folha de salários, sobre a receita ou faturamento e sobre o lucro. Podem ter alíquotas ou base de cálculos alteradas em razão da utilização intensiva de mão de obra ou devido à atividade econômica desempenhada pela empresa.
A idéia do § 9° é atender ao PRINCÍPIO DA EQUIDADE NO CUSTEIO – atenuar a incidência tributária com relação às contribuições de modo a cobrar o mais justo de cada atividade econômica.
Ex: banco, que é uma atividade financeira que tem um faturamento muito elevado proporcionalmente à mão de obra envolvida nas demais atividades; ou seja, pouca mão de obra para um ganho elevado. Então é mais justo que o percentual de contribuição sobre a folha de salários de uma empresa desta seja mais elevado que as demais empresas. É por isso que as instituições financeiras têm uma alíquota diferenciada para o percentual mais elevado.
O § 9° permite alterar a base de cálculo da contribuição. As empresas da área rural, agroindústria possuem a base de cálculo diferenciada. Ao invés de incidir só sobre a folha de salários, também incide sobre a produção. Possui amparo constitucional.
A natureza jurídica específica do tributo é definida pelo fato gerador (artigo 4° CTN). A base de cálculo é tão importante quanto o fato gerador para a definição da natureza jurídica específica. Isso porque a base de cálculo, no conceito técnico é um dimensionamento do aspecto material do fato gerador (é o núcleo, centro do F.G.). Ex: IPTU (o núcleo é a propriedade).
Na legislação será visto que as alterações de base são freqüentes e o permissivo constitucionalestá no § 9°.
OBS: Cuidado com prova objetiva da CESPE (AGU)= Questão: A contribuição social do trabalhador pode ter a alíquota ou base de cálculo diferenciada em razão da utilização intensiva de mão de obra. (ERRADO). Justificativa: A contribuição social do trabalhador está no art. 195 inciso II.
§ 10° = SUS
§ 11° = c/c art. 195, I “a” ___ artigo 167, XI CR/88
		 art. 195, II 
			A idéia é que como estas contribuições são responsáveis pela manutenção da Previdência (RGPS) deveria ter um rigor maior na hipótese de renúncia destas contribuições. São as principais fontes de receita da previdência, por isso a idéia de limitar qualquer tipo de perdão de contribuição.
 Questão de prova: É vedada a concessão de remissão e anistia de contribuição da empresa sobre a folha. Certo ou errado? ERRADO. Justificativa: Porque é vedado quando em montante superior ao fixado em lei complementar. Se o montante for inferir ao fixado em lei complementar pode ter remissão ou anistia.
Porém, não existe ainda esse montante fixado por lei complementar. Na verdade esse dispositivo não produz nenhum efeito prático, só para a prova.
§ 12° e §13° = São importantes para a prova. Foram inseridos pela EC 42.
§ 12° = se refere a COFINS (contribuição sobre o faturamento) e Contribuição do Importador.
			
Esse parágrafo diz que a lei vai definir os setores de atividade e que a incidência será não cumulativa.
Incidência não cumulativa = existem dois impostos (ICMS e IPI) que pela Constituição devem ser não cumulativos.
EX: Imagina um bem que vai avançando na cadeia produtiva, sendo beneficiado, aprimorado, industrializado até chegar ao consumidor final. Ele sai valendo R$ 1.000,00 e com o beneficiamento passa a valer R$ 2500,00 e continua a aprimorar até chegar na quantia de R$ 5000,00. Observe que em razão do valor agregado a mercadoria vai tendo o seu preço aumentado.
Imagina o ICMS de 17%. Como seria a incidência disso? Na 1ª etapa, ele incidiria sobre R$ 1000,00. Na 2ª etapa vai incidir sobre R$ 1500,00 (valor agregado) – abate da base que já sofreu a incidência.
Pergunta: Como é a COFINS? Cada empresa tem o seu faturamento (receita bruta). A receita oriunda da mercadoria integra o faturamento de cada empresa que pagou a contribuição sobre o faturamento. Perceba que a COFINS tem uma incidência em cascata, ou seja, uma mesma mercadoria que integrou o faturamento e sofreu incidência mais de uma vez gerando ônus tributário excessivo. Isso tem um impacto negativo para o consumidor e para o mercado como um todo.
O § 12° trouxe a possibilidade da COFINS ter uma incidência não cumulativa, compensando as etapas subseqüentes a incidência de etapas anteriores. 
§13°:
A primeira contribuição de empresa é sobre folha de salários e demais rendimentos do trabalho. O que acontece é que para alguns setores econômicos esta contribuição tem um impacto negativo sobre o mercado de trabalho, desestimulando a contratação de mão de obra.É por isso que muitos defendem a redução ou substituição completa dessa contribuição por outra: a COFINS (contribuição sobre o faturamento). Reduzir a 1ª e compensar aumentando a 2ª. Essa questão é polêmica porque outros dizem que esse argumento é “furado” porque reduzir tributação sobre a folha não necessariamente vai trazer aumento de empregabilidade, até porque isso depende de outros fatores. Portanto reduzir ou inverter as contribuições só vai trazer prejuízo para a Previdência (o prof. concorda). A COFINS pode acabar não sendo revertida para a Previdência.
A segunda norma que consta no § 13°: Imagina que já existe a COFINS de 7,6%. Ao existir a substituição descrita no n° 1, vai ter um acréscimo da COFINS. Imagina um acréscimo de 1% hipoteticamente. Então será de 7,6% + 1,0%. Como esse 1,0% será pago? Ele vai seguir a regra da incidência não cumulativa. Portanto esse parágrafo diz que em existindo a substituição, recebendo o acréscimo do COFINS, também será submetida a incidência não cumulativa.
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
ARTIGO 201 CR/88:
È voltado principalmente para o RGPS, mas tem aplicação subsidiária nos Regimes Próprios (art. 40 CR/88).
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
O caput do art. 201 traz as duas características principais do RGPS que são a COMPULSORIEDADE de filiação e a CONTRIBUTIVIDADE.
A Previdência é um seguro coletivo, contributivo, compulsório, contra riscos sociais: doença, invalidez. Esse seguro deve se sustentar com os seus próprios recursos que são as contribuições e por isso que ele tem que buscar duas espécies de equilíbrio: FINANCEIRO e ATUARIAL. O equilíbrio financeiro é compatibilizar receita com despesa e equilíbrio atuarial significa dimensionar um plano de custeio compatível com o plano de benefício oferecido. O sistema vai oferecer aposentadoria por idade, invalidez, benefício por incapacidade temporária. Agora, quanto tem que se cobrar para conseguir conceder todos esse benefícios e para manter o sistema protetivo dentro daquele universo de pessoas? Essa é a idéia de equilíbrio atuarial. Tem que levar em conta a expectativa de vida daquele grupo, o índice de acidentes, o nível médio de remuneração, etc.
O equilíbrio atuarial tem um componente dinâmico porque freqüentemente ele precisa ser revisto. Sempre que as premissas do sistema não se mostram mais verdadeiros, deverão ser revistos, sob pena de causar um desequilíbrio atuarial, quebrando o sistema.
Incisos I a V do art. 201 = Riscos Sociais cobertos pela Previdência.
OBS: O inciso III que fala da proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário. O seguro desemprego pelo que está na CR/88 seria um benefício previdenciário, mas na prática não é. A lei delega isso ao Ministério do Trabalho com recursos do FAT (Fundo de amparo ao Trabalhador), que por sua vez tem os recursos oriundos do PIS e PASEF.
§ 1° = Foi alterado pela EC 20/98. Esse parágrafo veda o tratamento diferenciado para efeito de aposentadoria e pensão de trabalhadores. Hoje, todos os trabalhadores seguem as mesmas regras de obtenção de benefício. Mas há exceção: os trabalhadores que exercem atividades com exposição a agentes nocivos de natureza física, química ou biológica. Esses trabalhadores têm direito a um benefício diferenciado, que é chamado de APOSENTADORIA ESPECIAL.
§2° = Cai muito em prova objetiva. Exemplo de questão:
Nenhum benefício da Previdência poderá ser inferior a um salário mínimo. (ERRADO). Justificativa = Salário Família e Auxílio Acidente podem ser inferiores a 1 s.m. o que não pode é o benefício que substitua a remuneração do segurado- aposentadoria, pensão, auxílio doença.
§ 3°e § 4° = (fazer uma chave unindo os dois porque eles trabalham em conjunto).
Pergunta = Como é a dinâmica Previdenciária?
O trabalhador contribui todo mês para A Previdência através do salário de contribuição durante anos. Chega um determinado momento em que ele vai requerer a aposentadoria. A aposentadoria é calculada em cima de uma média aritmética dos valores sobre os quais ele contribuiu. Essa média pode alcançar valores de até 10 anos atrás e o § 3° fala sobre atualização dos salários de contribuição quando no cálculo do salário de benefício. A idéia é que no cálculo dessa média, todos os salários do indivíduo têm que ser atualizados para concessão do benefício. O índice de atualização fixado por lei é o INPC para concessão do benefício. (Lei 10887/04).
Uma vez que foi calculado e o benefício foi concedido, como será o reajuste daí pra frente?Agora não estamos mais falando de reajuste quando da concessão e sim reajuste do benefício propriamente dito (§ 4°) – artigo 41 da Lei 8213/91. O índice de correção do benefício não existe. A Lei delega ao Poder Executivo para escolher qual é esse índice fixado em lei.
Qual é o mês de correção do benefício previdenciário fixado por lei? A lei também não fixa. A lei diz que a correção do benefício previdenciário tem que ser no mesmo mês de correção do salário mínimo (ano passado foi em maio – cada ano é um mês).
OBS: Não é com o mesmo índice de correção de saláriomínimo. É a mesma data.
§ 5° = Diz que a pessoa participante de Regime Próprio de previdência não pode ser facultativa no Regime Geral. No Regime Geral a regra de ingresso é a compulsoriedade. Quem não trabalha (estudante, dona de casa) pode entrar no Regime Geral por ato de vontade (exceção a regra) = Segurado facultativo. Se você tem um indivíduo que já participa de um regime próprio (Ex: servidor), ele não pode ser facultativo no Regime geral, mas pode ser segurado obrigatório? Pode alguém estar obrigatoriamente filiado aos dois regimes?
Pode, basta que tenha um servidor vinculado ao regime Próprio e exerça outra atividade remunerada vinculada ao Regime geral.
O que o parágrafo veda é o servidor vinculado ao Regime Próprio e queira ser facultativo no próprio Regime geral, sem exercer outra atividade. Para isso existe a Previdência Complementar.
§ 6° = Gratificação Natalina.
§ 9° = contagem recíproca
A pessoa já trabalha há dez anos no RGPS e passa num concurso público, ocupando um cargo público de provimento efetivo – Regime Próprio. Para efeito de aposentadoria a pessoa leva os 10 anos do RGPS para o Regime Próprio. O que não é aceitável é a contagem recíproca de tempo concomitante. 
Ex: A pessoa já tem 10 anos no RGPS e ao mesmo tempo tem 10 anos de servidor. Não pode fazer contagem recíproca, somando os dois para tornar 20 anos.
§ 10 – SEGURO DE ACIDENTES DO TRABALHO (SAT)
É mais antigo que a própria Previdência. Surgiu no Brasil em 1919. Existia o Decreto Legislativo 3724/19 que determinava que todo empregador deveria fazer um seguro de acidentes para seus empregados. Era determinado pelo Poder Público. A previdência do Brasil só surgiu com o decreto legislativo 4682 (Lei Eloy Chaves), que determinava a criação de Caixas de Aposentadoria e Pensão por Empresa de Estrada de Ferro. Naturalmente foi se alastrando para as demais categorias e a partir da década de 30 essas CAPs foram unificadas em Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP) que eram organizados por categoria profissional e não mais por Empresas. Em 66 os IAPs foram unificados e foi criado o INPS. Em 1990 o INPS + IAPAS viraram INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). 
O Seguro de Acidente foi criado em 1919, mas só em 1967 foi incorporado à Previdência. Em 1967 o Seguro de Acidente do Trabalho foi estatizado. O artigo 201 § 10 traz a possibilidade do retorno do Seguro de Acidente do Trabalho à Iniciativa Privada ainda que de modo concorrente. A possibilidade de reprivatização ainda que parcial do SAT é uma norma constitucional não auto aplicável, porque carece de lei regulamentadora que ainda não existe.
§ 11 – A dinâmica do Benefício Previdenciário é calculado em cima de uma média aritmética dos valores sobre os quais o segurado contribuiu. O papel do Benefício Previdenciário é substituir a remuneração do segurado quando ele não tiver mais condições de obtê-la por conta própria. Não é a remuneração plena porque o limite é de R$ 2.508,72 que é o teto do RGPS, já que o benefício tem natureza alimentar. Se o Trabalhador está recebendo todo mês uma determinada parcela, e está sendo pago a ele com habitualidade, conclui-se que é necessário para o sustento da família. Então todo valor pago com habitualidade tem repercutir no benefício, sendo agregado a ele. Para isso sobre ele tem que incidir a Contribuição Previdenciária. Se por outro lado ele recebe um valor pago de forma habitual e sobre esse valor não incide a contribuição isso quer dizer que o valor pago com habitualidade não vai entrar no cômputo da média e não repercutir no benefício
§ 12 – SISTEMA DE INCLUSÃO PARA TRABALHADOR DE BAIXA RENDA (inserido pela EC 41).
Se o indivíduo é um trabalhador que recebe um salário mínimo ele tem que contribuir para a Previdência Social, mas normalmente isso não acontece, portanto ele não conseguirá obter a aposentadoria. A Assistência Social também não tem como cuidar desses trabalhadores. Portanto a idéia é tentar reverter este quadro hoje, motivando os trabalhadores a contribuir para a Previdência.
Artigo 202
Beneficiário é toda pessoa física que faz jus a prestações previdenciárias que podem ser benefícios ou serviços. 
Benefício é a prestação previdenciária dotada de conteúdo pecuniário. Ex.: Aposentadoria, Pensão e Auxílio Doença. 
Serviço é a prestação previdenciária que não tem conteúdo pecuniário. Ex.: Serviço Social (reabilitação do profissional). As principais prestações previdenciárias são os benefícios. 
O beneficiário pode ser segurado ou dependente.
Segurado é aquele que efetivamente contribuiu para a manutenção do sistema previdenciário. 
Dependente faz jus ao benefício mesmo sem a sua contribuição, até porque a contribuição do segurado existe com intuito de manter o sistema protegido em favor dele e em favor das pessoas que dependam economicamente dele. Ele faz jus a algumas prestações como, por exemplo, a Pensão por Morte em razão da contribuição do segurado.
SEGURADOS
São uma espécie de beneficiários que se subdividem em 2 subespécies: obrigatórios e facultativos.
Segurados Obrigatórios é a regra, é aquele que tem a filiação compulsória, ingresso automático na previdência em razão da atividade remunerada. 
Segurados Facultativos entram na Previdência por ato de vontade. A Previdência Social deve atender ao Princípio da Universalidade de Cobertura e Atendimento, ou seja, implica cobertura subjetiva (todas as pessoas) e objetiva (todos os riscos sociais). Para ser Segurado Facultativo basta atender dois requisitos:
1 – Não exercer atividade remunerada;
2 – Ter no mínimo 16 anos. A única exceção para essa idade mínima é o menor aprendiz que pode ingressar no RGPS com 14 anos, mas como segurado obrigatório. 
OBS: Não há idade máxima para o ingresso dos segurados facultativos. O indivíduo pode ingressar na Previdência com 80 anos.
OBS: Não existe opção retroativa de filiação facultativa. Ex: A pessoa que ingressar hoje não poderá retroagir no tempo e pagar a época da faculdade de 5 anos atrás. 
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS
Empregado (Artigo 3º da CLT)
É uma espécie de Trabalhador que exerce atividade com pessoalidade, subordinação e habitualidade. Isso vale para a Previdência. O empregado celetista é um segurado empregado. O conceito de segurado empregado é mais amplo do que empregado celetista. O trabalhador temporário, o menor aprendiz, o trabalhador rural que não é abrangido pela CLT, o Servidor Público que ocupa cargo efetivo em determinado município que não tem regime próprio de Previdência, aquele que trabalha pelo regime de emprego público, aquele que é contratado pela Administração Pública por prazo determinado, o indivíduo que ocupa exclusivamente um cargo em comissão são segurados empregados.
Lei 8.212/91 em seu artigo 12 inciso I alínea “j” foi inserida recentemente pela Lei 10.887/04 fala do exercente do mandato eletivo federal, estadual ou municipal desde que não vinculado a Regime Próprio. Não há diferença entre as alíneas “j” e “h”. O problema é que a alínea “h” foi declarada inconstitucional pelo STF pelo controle incidental já que ela não é original de 1991. Essa alínea foi inserida em 1997 com a Lei 9.506 que acabou com o Instituto de Previdência dos Congressistas. Com a Emenda 20 e a Lei 10.887 foi inserida a alínea “j” com a mesma redação.
Com o segurado empregado aparece o estagiário também. É segurado empregado o estagiário que presta serviço em desacordo com a lei do estágio. Se ele é um estagiário que presta serviço de acordo com a lei do estágio ele tem um enquadramento padrão, ou seja, para a previdência só poderá ser facultativo se assim quiser.
Empregado Doméstico
Além dos requisitos do empregado possui mais dois específicos: trabalhar em ambiente familiar e atividades sem fins lucrativos.
OBS: A Empregada Doméstica não pode ter trabalho com fins lucrativos porque assim ela se tornará empregada e a empregadora doméstica vira empresa.
Trabalhador Avulso
É o trabalhador que exerce atividade sem vínculo empregatícioa uma determinada empresa. Mas o que qualifica o avulso, além do fato de não ter vínculo é a intermediação obrigatória do Sindicato ou Órgão Gestor de Mão-de-obra (OGMO). A palavra chave para trabalhador avulso é a intermediação. O Sindicato faz a intermediação do avulso terrestre (Ex.: quem descarrega caminhão), e o OGMO faz a intermediação do avulso portuário. 
OBS: Não confundir com trabalho temporário. Quando a intermediação for feita por empresa de trabalho temporário o indivíduo será empregado. No caso do trabalhador avulso o sindicato coloca a mão-de-obra na empresa tomadora de serviço.
Segurado Especial
É o pequeno produtor rural e o pescador artesanal que trabalham só ou com a família em regime de economia familiar.
 Pela CR/88 no artigo 195 § 8º está dito que o segurado especial é a aquele pequeno produtor ser empregados permanentes. A contrário senso, pode-se concluir que o segurado especial poderia ter empregados. Porém, a lei e o regulamento afirmam que o segurado especial não possui empregados, o que prevalece para efeitos de prova.
O segurado especial pode ter auxílio eventual de terceiros, desde que seja sem remuneração e sem subordinação.
Poderá ser segurado especial o grupo familiar. Nesse grupo a contribuição não é individualizada, ao contrário dos demais segurados. A contribuição é única e incide sobre a receita da comercialização da produção rural, independentemente do número de pessoas (marido, mulher, filhos maiores de 16 anos). Apesar de ser um grupo cada um receberá um salário mínimo da Previdência.
Contribuinte Individual
Profissionais Liberais, Médicos, Engenheiros, Dentistas, Advogados, Pipoqueiros, Pastores, Vendedores de Balas, ou seja, todo mundo que trabalha por conta própria. O sócio-gerente que abre uma padaria (LTDA). Não é sócio-gerente, mas trabalha na sociedade e recebe por conta disso. O sócio-cotista que não trabalha e só tira participação nos lucros não é contribuinte individual. 
FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO
Filiação: É o vínculo jurídico entre seguro e a previdência do qual decorre direitos e obrigações. A obrigação do Segurado é pagar a contribuição e o direito é receber eventualmente um Benefício. Este pacto se estabelece com a filiação (fonte geradora de direitos e obrigações). Essa filiação toma lugar com a atividade remunerada para os Segurados Obrigatórios. A filiação é automática. A fonte geradora dos direitos e obrigações é a filiação. A inscrição está levando ao conhecimento da previdência esta atividade. Por isso que o comum é primeiro ter a filiação e depois a inscrição dentro de um critério temporal.
Inscrição: É um ato formal. Ao se inscrever a pessoa estará dando publicidade ao seus próprios dados.
A Legislação prevê que o segurado é filiado e inscrito em cada atividade que ele exerce. Se a pessoa exerce mais de uma atividade ele é filiado e inscrito em cada uma dessas atividades, pagando em razão de uma delas o limite máximo.
SEGURADO FACULTATIVO
Ele não tem filiação automática porque não exerce atividade remunerada. Ele ingressa na previdência por ato de vontade, ele precisa primeiro demonstrar a intenção de ser segurado da Previdência se inscrevendo. Observe que no facultativo vem primeiro a inscrição que quando acompanhada do primeiro pagamento gera a filiação. Primeiro a inscrição e depois a filiação. Condição = pagamento.
Para ser facultativa não existe nenhum outro requisito além de não haver idade mínima para ingresso. Uma pessoa de 80 anos pode ingressar como segurado facultativo.
Quem é que tem que fazer a inscrição do segurado? No caso do empregado é a empresa e do avulso também. Agora, cuidado com o contribuinte individual, doméstico e segurado especial têm que fazer as suas próprias inscrições. Mas o empregador doméstico também pode fazer a inscrição do empregado doméstico.O individual a regra quem faz é ele mesmo, mas se a pessoa é um contribuinte individual que presta serviços à empresa e não está inscrito, quem fará sua inscrição será a empresa. Ex: CEJ contrata um chaveiro para consertar uma fechadura. Se esse individual que prestou serviço ao CEJ não está inscrito na Previdência cabe ao CEJ (empresa que contrata) fazer a sua inscrição (Lei 10666/03).
EMPRESA X EMPREGADOR DOMÉSTICO
Artigo 195, I a CR/88 e artigo 195, II CR/88.
EMPRESA =. Empresa, para fins previdenciários foge do Direito Empresarial, já que é titular de direitos e obrigações (ao contrário da sociedade). É qualquer entidade física ou jurídica que exerça alguma atividade, com ou sem fins lucrativos. Ex: entidade assistencial é empresa, sindicato, cooperativa, Poder Público, pipoqueiro que tem empregado. Sempre que se contrata um segurado para que ele desenvolva alguma atividade, vira empresa. Cuidado para não radicalizar. Se for uma mera prestação de serviços não é o caso.
EMPREGADOR DOMÉSTICO = É sempre uma pessoa física que tem empregado doméstico a seu serviço. Tem regras próprias. O empregador doméstico contribui em favor do empregado doméstico. O empregador doméstico é segurado obrigatório na Previdência Social? Não pelo fato de ser empregador, só se ele também trabalhar.
CUSTEIO
CUSTEIO DOS SEGURADOS:
I) Empregado, Avulso e Empregado Doméstico:
salário de contribuição:
1 s.m. a 752,62 ------------7,65%
752,63 a 780,00------------8,65%
780,01 a 1254,36-----------9,0%
1254,37 a 2508,72----------11,0%
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO = É a base de cálculo para se alcançar a contribuição do segurado. A base de cálculo é aferida a partir da remuneração do segurado. Na remuneração entra não só salário, mas também gorjetas, comissões e demais conquistas sociais como13°, hora extra, descanso semanal remunerado, etc. Por outro lado não entra no S.C. indenizações, nem ressarcimentos.
Ex: empregado que é demitido sem justa causa recebe de indenização os 40% sobre o deposito da conta vinculada do FGTS (esse valor não integra o s.c., o segurado não contribui). EX: vendedor trabalha com o próprio carro e recebe ressarcimento de combustível. Isso não tem natureza salarial, portanto não integra o s.c.
O salário de contribuição não é a mesma coisa que remuneração. A principal diferença são os limites do S.C. (mínimo = piso salarial da categoria ou salário mínimo; máximo = R$ 2508,72, que é corrigido todo ano no mesmo mês de correção dos benefícios previdenciários).
Se cair numa prova objetiva que o segurado empregado contribui a Previdência sobre a sua remuneração, está ERRADO, porque ele contribui a Previdência sobre o seu salário de contribuição.
A alíquota incide de forma não cumulativa (artigo 20 da Lei 8212). Imagina o empregado que ganha R$ 2000,00, ele paga a Previdência 11% sobre tudo.
Empregado e avulso, no artigo 33 §5 da Lei 8212/91 existe uma presunção absoluta que o desconto foi feito a época oportuna, porque quem recolhe a contribuição dos dois é a empresa e tem que repassar. Se não foi recolhido, o problema é da Previdência com o empregador. O empregado nunca é prejudicado pela falta de recolhimento. Se a pessoa provar que trabalhou como empregado a dez anos atrás, mas não teve recolhimento, esse tempo é computado porque o recolhimento dele é presumido. Não cabe prova em contrário.
Doméstico= quem faz o recolhimento do empregado doméstico é o empregador doméstico que tem que reter e repassara Previdência. Agora, se o empregador doméstico não faz isso, o empregado doméstico não tem ao seu favor a presunção de recolhimento. Ele tem que provar frente a Previdência quando da solicitação o recolhimento. A Lei 8213 diz que se o domestico provar que trabalhou leva o benefício de 1 salário mínimo. Quando conseguir comprovar o recolhimento, o benefício é calculado sobre a média.
Aula 04 - Dia 24.01.05
Continuação – salário de contribuição. Custeio.
Custeio relativo aos segurados. Vimos aquela tabela inicial referente a empregado avulso e domestico. Vimos que esses três pagam alíquotas variadas: 7,65%; 8,65%; 9% e 11%, que irão incidir sobre o salário de contribuição do segurado.
Salário de contribuição é uma base de calculoaferida a partir da remuneração do segurado.
A remuneração é o parâmetro para se chegar ao salário de contribuição, mas não são conceitos sinônimos, principalmente em razão de vc ter um limite (mínimo e Maximo)para se chegar ao salário de contribuição.
Ex: Empregado que recebe 10 mil reais por mês; terá remuneração de 10 mil reais. Mas seu salário de contribuição será de R$ 2508,72, que é o limite Maximo do salário de contribuição. Ele vai contribuir 11 % sobre R$ 2508,72, de acordo com essa tabela. Essas regras são para RGPS; regimes próprios de previdência do servidor possuem as suas regras.
E por isso que os benefícios também respeitam o teto de R$ 2508,72.
ATENÇÃO: O empregado não contribui sobre a sua remuneração, mas sobre o seu salário de contribuição.
O limite mínimo será o piso salarial da categoria, e se não existir, será o salário mínimo.
Se vc for olhar isso na Lei 8212, a parti de seu artigo 20, vc verá que essas alíquotas não aparecem lá. Vc verá três alíquotas apenas: 8%, 9% e 11%. Mas eu coloquei ai para vcs 4. Por que? Isso tem a ver com CPMF, que é uma contribuição tb para o financiamento da seguridade social, que foi prorrogada na mesma alíquota de 0,38%. Foi instituída pela lei 9311/96, aquela lei que de vez em quando perde vigência, daí a pouco é prorrogada de novo, e aí vai. 
Essa lei 9311 dá isenção de CPMF para todo trabalhador (empregado avulso e domestico) submetido a essa tabela e que receba até 3 salários mínimos por mês.
O banco que é responsável pela retenção de CPMF não tem como saber se aquele empregado ganha mais ou menos do que três salários mínimos. Logo o dinheiro cai na conta e o banco retém.
Então pra compensar a CPMF que já vai ser descontada pelo agente financeiro, a Lei 9311 reduz a contribuição previdenciária. Essa alíquota é reduzida pra compensar CPMF daquele que recebe até três salários mínimos. 
Percebe-se que pela tabela que foi copiada na aula passada que na faixa inicial estaria todo mundo abaixo de três salários. Então, 8% foi reduzido para 7,65%; a alíquota de 9% se abriu em duas: 8,65% até três salários mínimos, e 9% para o que passar os três salários mínimos; e a de 11% que se manteve na integra.
Se um dia a CPMF acabar, o que é muito improvável, volta a ser 3 alíquotas.
Outra questão importante é que a lei 8212 diz que essas alíquotas dos empregados avulsos e domésticos incidem de maneira não cumulativa. Ou seja:
Ex: Sujeito ganha R$ 2000,00. Ele estaria na faixa de 11%. Ele paga 11% sobre tudo (R$ 2000,00), ou sobre o que vai de 7.254,37 a 2000? E aí nas faixas anteriores ele paga 9% sobre 780 a 284, e assim sucessivamente? Ou seja, de modo cumulativo. Na verdade, a incidência é sobre tudo ou seja, R$ 2000,00, que é mais simples, mas traz alguns problemas.
Ex. Empregado que ganha 1254 reais. Ele paga á previdência 9%. Se ele receber um aumento de 1 real, já passará a contribuir com 11% sobre tudo. Conclui-se que essa técnica de incidência não cumulativa é a mais simples, mas pode prejudicar o segurado.
Ainda sobre o salário de contribuição: esse assunto é tratado no artigo 28 da Lei 8212. É um assunto muito importante, que merece estudo especial.
Vimos que o salário de contribuição é a base de calculo para o calculo da contribuição dos trabalhadores (empregado avulso e doméstico). Esse artigo 28 fala o que compõe e o que não compõe o salário de contribuição. E a regra geral é que compõe o salário de contribuição a remuneração, e não compõe o salário de contribuição valores relativos a ressarcimento e indenização. 
	É até bastante lógico: a dinâmica previdenciária é que o trabalhador trabalha e todo mês contribui sobre o seu salário de contribuição. Chega no final ele se aposenta por idade, por exemplo. A previdência vai calcular de acordo com a media dos valores sobre os quais ele contribuiu.
Agora, imagina que no meio desse caminho, ele recebeu com freqüência ressarcimento combustível que ele gastava, alem de seu salário. Não poderia integrar a sua aposentadoria, porque o papel do beneficio previdenciário é substituir a remuneração dele. Quando ele se aposentar, ele não vai precisar de ressarcimento de combustível, porque não precisara mais de usar o carro para trabalhar. Logo, esses valores não entram no calculo da media, e, por conseguinte, não vão refletir no pagamento do beneficio. Idem em relação à indenização (ex. indenização de FGTS quando demitido). 
Já o artigo 28 traz regras especificas.
Por exemplo, férias, terá incidência? Sim pq férias tem natureza salarial. No conceito de remuneração, entra o salário, que é parte fixa, entra gorjeta e comissões, que são variáveis, e entra também as conquistas salariais, que seriam descanso semanal remunerado, férias, hora extra, adicional noturno etc. Em tudo isso haverá incidência de contribuição previdenciária.,
Quando o empregado sai de férias, ele recebe a mais, pelo menos, o terço constitucional. A contribuição terá incidência sobre as férias e sobre o terço constitucional. Logo conclui-se que as férias integram sim o salário de contribuição.
Mas deve-se te cuidado para não confundir isso com abono de férias e abono pecuniário. Estão previsto na CLT artigos 143 e 144. É aquela hipótese de vender 1/3 das férias. Sobre esse abono não haverá incidência de contribuição, assim como tb não incide sobre abono pecuniário.
O abono pecuniário quase não é visto na pratica. É aquele abono que é dado a mais pelo empregador, alem das férias e alem do terço constitucional. Quase não ocorre na pratica.
Tb não integra o salário de contribuição férias indenizáveis. Férias indenizáveis é qualquer coisa que se pague relativamente a férias após a rescisão do contrato. Podem ser férias proporcionais ou férias já vencidas.
No caso das férias indenizáveis, tb não haverá incidência em relação ao abono de férias. A regra é incidência sobre férias e sobre o terço quando elas forem pagas na vigência do contrato de trabalho. 
13º salário, como regra, tb tem incidência, pq tb é salário de contribuição. O que acontece é que a incidência do 13º é em separado da incidência do mês 12.
Imagina o empregado que recebe R$ 2000,00. Ele receberá de 13º R$ 2000,00. Veja que se vc somasse o salário de dezembro com o 13º ia dar R$ 4000,00 e ia passar do teto. O empregado ia pagar só sobre R$ 2508,00. Para não acontecer isso, é que ocorre a incidência em separado sobre cada mês.
Cuidado, porque recentemente o STJ deu uma decisão dizendo que essa incidência teria que ser em conjunto. Então, tem muita gente ingressando em juízo agora para pedir repetição desses valores que em tese teriam sido recolhidos a maior. Só que esse entendimento do STJ ignorou o que diz a lei 8620/93. Ela fala expressamente em seu artigo 7º que a incidência do 13º é feita em separado da incidência da competência do mês 12. É possível que ele reveja a sua decisão.
Ainda no artigo 28 há o § 9º , que faz uma relação de parcelas não integrantes do salário de contribuição.
Ex. os benefícios pagos pela previdência social não integram o salário de contribuição. Ou seja, um auxílio doença, ou uma aposentadoria, não é base de contribuição previdenciária. Enquanto o trabalhador está incapacitado para o trabalho, por exemplo, não recolhe contribuição previdenciária.
A única exceção é o salário maternidade.
Ex, valores pagos in natura. Imagina que vc trabalha em uma fabrica de sapato e todo mês vc recebe como forma de pagamento 5 pares de sapato. É um salário indireto, sobre o qual deve haver incidência de contribuição previdenciária. Vc tem que transformar aquilo em pecúnia: vc pega o valor real daquela utilidade, e calcula a contribuição sobre aquilo (quanto valem aqueles 5 pares de sapato). Se o empregador paga o aluguel da sua cobertura, também é salário, e deve incidir contribuição previdenciária.
Mas há algumas parcelas que são excluídas expressamente do salário de contribuição.
Ex: cesta básica ou tíquete alimentação, tudo de acordo com o PAT (Programa de Alimentação ao trabalhador). Nessa hipótese a lei diz que não há incidência

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