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CARCINOMA EPIDERMÓIDE

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CARCINOMA EPIDERMÓIDE - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
NEOPLASIAS MALIGNAS
Dos anos de 1990 até o presente a incidência e as taxas de mortalidade anuais
médias para todos os cânceres combinados (excluindo-se os cânceres de pele que
não o melanoma) têm declinado.
Carcinoma epidermóide = C. De células escamosas = C. Espinocelular
- Neoplasia Maligna mais comum da cavidade bucal, derivado do epitélio de
revestimento da mucosa bucal
- 40-60 anos principalmente
Principais fatores de risco associados
● Fatores extrínsecos: Agentes externos tais como tabaco com fumaça,
álcool, sífilis e (somente para cânceres do vermelhão do lábio) luz solar.
● Fatores intrínsecos: Estados sistêmicos ou generalizados, tais como
desnutrição geral ou anemia por deficiência de ferro.
- Tabaco (90% dos indivíduos que desenvolvem carcinoma epidermóide
oral consomem tabaco)
➔ Apenas 4,3% dos portadores de CEC bucal nunca fumaram
➔ A redução do risco de desenvolvimento do câncer bucal em um nível
próximo ao dos que nunca fumaram é percebida dez anos após a
interrupção do hábito de fumar
- Álcool (o consumo de 0,5 L a 1 L de vinho por dia proporcionaria um risco
34x maior para o desenvolvimento do CCE bucal)
- O efeito simultâneo do álcool é do tabaco pode aumentar em até 100x o
risco de se desenvolver um câncer bucal
- Radiação solar (câncer de lábio)
- Os vírus oncogênicos podem imortalizar a célula hospedeira, dessa forma
facilitando a transformação maligna
➔ Infecções HPV - Os mecanismos básicos pelos quais acredita-se que
o HPV contribua para a carcinogênese oral envolvem principalmente
duas proteínas codificadas pelo vírus: E6 promove a degradação do
produto do gene supressor tumoral p53 e E7 promove a degradação
do produto do gene supressor tumoral pRb [proteína do
retinoblastoma].
O carcinoma de células escamosas oral tem uma apresentação clínica variada:
- Exofítica (formação de superfície irregular, aumento de volume;
vegetante, papilar, verruciforme) - A superfície é frequentemente
ulcerada e o tumor mostra-se duro à palpação (endurado)
- Endofítica (invasiva, escavada, ulcerada)
- Leucoplásica (mancha branca)
- Eritroplásica (mancha vermelha)
- Eritroleucoplásica (combinação de áreas vermelha e branca)
CARCINOMA EPIDERMÓIDE - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE LÍNGUA
- 5º e 6º décadas de vida.
- Aumento de volume ou úlceras endurecidas, indolores
- Margem lateral posterior de língua
- A invasão linfática com disseminação para os linfonodos cervicais é comum
no momento do diagnóstico.
Prognóstico
- O tamanho do tumor e a probabilidade de depósitos metastáticos também
influenciam.
- O diagnóstico precoce é o fator chave no prognóstico e favorece em cerca de
70% de casos que sobrevivem aos 5 primeiros anos livre da doença, caindo
para menos de 30% nos casos mais avançados.
Aspecto clínico
- Normalmente as lesões são ulceradas acinzentadas e avermelhadas.
- Pode sangrar com facilidade de mordido ou tocado.
CARCINOMA EPIDERMÓIDE - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE ASSOALHO DE BOCA
Aspecto clínico
- O soalho de boca é acometido mais frequentemente nos homens, porém é
bem menos envolvido nas mulheres
- Geralmente começa como uma lesão nodular pequena assintomática ou
ulcerativa, que pode ser negligenciado.
- Área mais comum de envolvimento - linha média, próximo ao freio lingual.
- A região anterior da boca é mais acometida que a posterior.
- É a segunda localização mais frequente para esta doença na boca,
representando até 20% dos casos.
- Dentre todos os carcinomas intra orais, as lesões de soalho de boca são as
mais propensas a originarem-se de uma leucoplasia ou eritroplasia
preexistente - Pode aparecer como uma mancha branca ou vermelha.
- Sintomas como a dificuldade de mobilidade da língua podem ser
frequentes.
- A probabilidade de metástase regional precoce é alta.
- Em lesões mais avançadas, é comum o crescimento endofítico.
CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE LÁBIO
Aspecto clínico
- Ulceração endurecida, indolor, crostosa e exsudativa
- A maioria dos tumores dos lábios se desenvolvem no vermelhão do lábio
inferior e menos frequentemente nas comissuras.
- Maior diferença na relação homem X mulher; 5:1.
- A maioria dos pacientes afetados têm pele clara ou com uma exposição
prolongada à radiação UV solar ou com uma história de dano agudo solar
(queimadura solar) em uma fase precoce da vida.
- Menos de 2% dos pacientes apresentam linfonodos metastáticos
envolvidos, geralmente na região submentoniana. A invasão perineural
CARCINOMA EPIDERMÓIDE - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
pode ser o resultado da extensão do tumor para o interior da mandíbula
através do forame mentoniano.
ASPECTOS TOPOGRÁFICOS E HISTOPATOLÓGICOS DO CÂNCER DE BOCA
(CEC - CARCINOMA ESPINOCELULAR)
Surge a partir de um epitélio de superfície displásico; caracterizado
histopatologicamente por ilhas e cordões invasivos de células escamosas
epiteliais malignas
CARCINOMA EPIDERMÓIDE - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
A invasão é representada pela extensão irregular do epitélio lesional através da
membrana basal para o interior do tecido conjuntivo subepitelial
- Citoplasma eosinofílico abundante com núcleos grandes de coloração
intensa (hipercromáticos) e uma relação núcleo-citoplasma aumentada
Graus de diferenciação celular
- Bem diferenciado - Medianamente diferenciado - Indiferenciado - células
tronco por exemplo - mais chances de metástases - células malignas
possuem proliferação desordenada e por isso são mais indiferenciadas
(pleomorfismo) e tem perda de adesão que permite a metástase; perda da
relação núcleo-citoplasma; hipercromatismo nuclear (núcleos grandes de
coloração intensa);
Bem diferenciados - pérolas de queratina - as células ainda produzem queratina, mas em níveis de
epitélio anormal (intraepitelial ao invés de ser na superfície) - focos arredondados de camadas
concêntricas de células ceratinizadas
Medianamente diferenciado - perda da estrutura do epitélio e alteração das células de maneira
moderada
Indiferenciado - perda severa de estrutura tecidual, células majoritariamente alteradas; perda da
adesividade celular; anaplasia - células produzem pouca queratina - úlceras
Marcadores biológicos
Geral - CEA (antígeno carcino embrionário) - indica metástase ou tumor mas sem
definir o local exato
METÁSTASE
A disseminação metastática do CEC ocorre principalmente através dos vasos
linfáticos para os linfonodos cervicais ipsilaterais
CARCINOMA EPIDERMÓIDE - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
- Os carcinomas de lábio inferior e
soalho de boca tendem a se
disseminar para os linfonodos
submentonianos
- Tumores localizados nas porções
posteriores da boca, para os
linfonodos jugulares superiores
e digástricos
- A drenagem linfática da
orofaringe leva à cadeia de
linfonodos jugulodigástrica ou
para linfonodos retrofaríngeos
SISTEMA TNM - ESTADIAMENTO DO CÂNCER
Estadiamento - processo para determinar a localização, extensão do câncer e
extensão da disseminação metastática presente no corpo de uma pessoa. Forma
como o médico determina o avanço da doença no organismo - prognóstico
Para a maioria dos tipos de câncer, os médicos usam informações que ajudam a
planejar o tratamento e a determinar o prognóstico do paciente. Embora cada caso
seja diferente, cânceres com o mesmo estadiamento tendem a ter prognósticos
semelhantes e, muitas vezes, são tratados da mesma forma. O estadiamento do
câncer é também uma maneira que os médicos utilizam para descrever a extensão
do câncer, por exemplo, ao referir-se a um determinado caso e discutir suas
possibilidades terapêuticas.
Sistema TNM - Tumor, Linfonodo e Metástase
- T - Tamanho do tumor primário em cm - extensão anatômica
- N - Ausência ou presença e extensão das metástases em linfonodos locais
- M - Ausência ou presença de metástase a distância
A American Joint Committee on Cancer (AJCC) e a União Internacionalde Controle
do Câncer (UICC) utilizam o sistema de classificação TNM como uma ferramenta
para os médicos estadiarem diferentes tipos de câncer com base em determinadas
normas. Ele é atualizado a cada 6 a 8 anos para incluir os avanços na compreensão
de uma doença como o câncer. No sistema TNM, a cada tipo de câncer é atribuída
uma letra ou número para descrever o tumor, linfonodos e metástases.
A categoria T fornece informações sobre aspectos do tumor primário, como seu
tamanho, quão profundamente se desenvolveu no órgão em que se originou e
quanto invadiu os tecidos adjacentes:
TX - o tumor não pode ser avaliado
T0 - não existe evidência de tumor primário (não pode ser encontrado).
CARCINOMA EPIDERMÓIDE - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Tis - células cancerígenas estão se desenvolvendo apenas na camada mais
superficial do tecido, sem invadir tecidos mais profundos. Câncer in situ.
Os números que aparecem após o T (T1, T2, T3 e T4) descrevem o tamanho do
tumor e/ou a disseminação da doença nas proximidades. Quanto mais alto o
número atribuído a T, maior o tumor e/ou mais disseminado nos tecidos próximos se
encontra.
Categoria N: Descreve se o câncer se disseminou para os linfonodos próximos:
NX - os linfonodos não podem ser avaliados.
N0 - os linfonodos vizinhos não contêm câncer.
Os números que aparecem após o N (N1, N2 e N3) descrevem o tamanho,
localização e/ou o número dos linfonodos com a doença. Quanto mais alto o número
atribuído a N, mais o câncer está disseminado para os linfonodos.
Categoria M: Descreve se o câncer se disseminou (metástases) para locais
distantes do corpo:
M0 - nenhuma disseminação foi encontrada.
M1 - o câncer se disseminou para tecidos e órgãos distantes (metástases à
distância foram encontradas).
Agrupamento dos estágios
T, N e M, são combinados para atribuir uma nota global. O estágio utiliza um número
romano de I a IV, onde o estágio IV (4) é o mais elevado e significa que o câncer é
mais avançado do que a fase imediatamente anterior. Algumas vezes os estágios
são subdivididos, usando letras como A e B.
Estágio 0 é o carcinoma in situ, para a maioria dos cânceres. Isso significa que o
câncer se encontra numa fase muito precoce, localizado apenas na área onde
originalmente se iniciou e não se disseminou. Nem todos os cânceres têm um
estágio 0.
Estágio I corresponde ao estágio seguinte e têm um bom prognóstico. Lembrando
que o prognóstico vai piorando à medida que o estágio aumenta.
Outros fatores que podem afetar o estadiamento:
Grau - Mede quão anormal as células cancerígenas aparecem ao microscópio
(diferenciação). Cânceres com mais alterações tendem a crescer e se disseminarem
mais rápido. No baixo grau (células bem diferenciadas) as células cancerígenas se
parecem muito com as células normais. Esses cânceres tendem a crescer
lentamente. Em cânceres (mal diferenciados) de alto grau, as células cancerosas
parecem muito diferentes das células normais. Cânceres de alto grau, tendem a
crescer mais rapidamente e têm um prognóstico pior e podem precisar de
tratamentos diferentes do que os cânceres de baixo grau. O grau pode afetar o
prognóstico e/ou tratamento.
CARCINOMA EPIDERMÓIDE - Letícia Kariny Teles Deusdará / Odontologia UFPE
Tipo de célula - O tipo celular pode afetar o tratamento e o prognóstico, esse é um
fator importante no estadiamento.
Localização do tumor - A localização do tumor afeta o prognóstico e deve ser
considerada no estadiamento da doença.
Marcadores tumorais - Em alguns tipos de câncer, os níveis sanguíneos de
determinadas substâncias (marcadores tumorais) podem afetar o estadiamento da
doença. Por exemplo, no câncer de próstata, o nível do antígeno prostático
específico (PSA) no sangue é considerado no estadiamento da enfermidade.
- Todos os casos têm que ser confirmados microscópicamente. Os casos que
assim não forem comprovados devem ser relatados separadamente
Medida de resposta ao tratamento
- Resposta completa (RC)
- Resposta parcial (RP) - Diminuição de pelo menos 50%
- Resposta mínima (RM)
- Doença estável (DE) - não diminuição significativa das lesões detectáveis
Quanto maior for o estágio da classificação, pior será o prognóstico.

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