Mapas-Isaritmicos

Prévia do material em texto

Mapas Isarítmicos
Profa. Adryane Gorayeb
Geografia/ UFC
gorayeb@ufc.br 
O que são? Para que 
servem?
Bibliografia: 
Paulo Duarte Araújo. Cartografia Temática. Editora da UFSC, 1991.
Erwin Raisz Cartografia Geral. Editora Científica, 1969.
Macello Martinelli. Cartografia Temática. Contexto, 1991.
Conceito
► Etimologicamente falando...
ISA árabe
Significa: casto, puro
RITMICO conforme o dicionário Michaelis...
Significa: Que se dá em intervalos regulares; periódico.
Cada valor em (XY) tem uma terceira dimensão de valor 
(Z) a partir da qual se constrói uma superfície isarítmica.
Essa superfície tridimensional denomina-se 
genericamente de superfície estatística, sendo 
representada no mapa por isolinhas - linhas que unem 
pontos de mesmo valor. 
►Este método é ideal para a representação de 
fenômenos contínuos (isolinhas), a partir de 
valores de medidas obtidas em 
descontinuidade.
►Reestabelece, assim, a continuidade do 
fenômeno.
Para que serve?
Mapas Isométricos: dados de pontos verdadeiros
Revista Brasileira de 
Meteorologia, vol.31 no.2 São 
Paulo Apr./June 2016
https://doi.org/10.1590/0102-
778631220140151
Estudo de Ciclones e de Padrões de 
Circulação Atmosférica no Oceano 
Atlântico Sul Próximo à Costa das 
Regiões Sul e Sudeste do Brasil Usando 
Dados da Reanálise do Era-Interim.
Autores: Fabio Pinto da Rocha, José 
Antonio Aravéquia, Bruno Zanetti Ribeiro 
(INPE)
https://doi.org/10.1590/0102-778631220140151
Mapas Isopléticos: dados de pontos conceituais
O IDHM combina 
indicadores nas áreas de 
educação, renda e 
longevidade da 
população e a adequação 
dos domicílios se 
concentra na existência 
de infraestrutura 
adequada e condições de 
habitabilidade dos 
domicílios. 
https://raquelrolnik.wordpress.com/2013/08/01/o-idhm-e-
medida-de-qualidade-municipal-no-brasil/
Raquel Rolnik é arquiteta e urbanista e professora da Faculdade de 
Arquitetura e Urbanismo da USP.
Exemplos
Essa superfície tridimensional 
denomina-se genericamente de 
superfície estatística, sendo 
representada no mapa por 
isolinhas - linhas que unem 
pontos de mesmo valor. 
Exemplo: isoietas, isotermas, 
isóbaras etc. Já a superfície 
topográfica do relevo é uma 
superfície material e é 
representada por curvas de 
nível: as isoípsas. O relevo 
submerso, por seu turno, é 
marcado por isóbatas. 
► Para construir um mapa através do método isaritmico temos 
que contar com os dados referentes aos pontos, postos, cuja 
localização é conhecida. 
Como um mapa isarítmico é feito?
http://www.cprm.gov.br/publique/media/hidrologia/mapas_publicacoes/atlas_pluviometrico_brasil/isoietas_totais_anuais_1977_2006.pdf
Isoietas no Ceará, neste mapa, 
variam de 400 a 1100 mm
A representação do relevo 
por curvas de nível, 
acrescidas de uma ordem 
visual crescente, 
principalmente entre as cores 
quentes, toma o nome de 
hipsometria. A ordem visual 
das cores, desde as mais 
claras até as mais escuras, 
luz e sombra, sugere a 
imagem plástica do relevo. 
https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_fisico.pdf
PARQUES EÓLICOS, 
VULNERABILIDADE E 
QUALIDADE DAS ÁGUAS 
SUBTERRÂNEAS NAS 
ÁREAS DO ENTORNO DA 
COMUNIDADE DA PRAIA 
DE XAVIER, CAMOCIM -CE
Mestranda: Raquel Morais Silva
Orientadora: Profa. Dra. AdryaneGorayeb
Coorientadora: Profa. Dra. Conceição Rabelo
Coorientador: Prof. Dr. LuisGlauber Rodrigues
Defesa em Outubro/ 2020, 
GoogleMeet
Para participar envie email
para posgeog@ufc.br
► A partir dos valores devemos considerar quais e 
quantas seriam as isolinhas significativas, 
tomando o cuidado de se conseguir uma boa 
legibilidade. 
►O traçado manual das isolinhas leva em conta 
uma interpolação linear que pode ser feita por 
vários procedimentos, do mais simples até o mais 
complexo (preciso): PROCESSO DE AVALIAÇÃO, 
PROCESSO GRÁFICO e PROCESSO DE CÁLCULO, 
Construção de um mapa Isarítmico
Pelo processo de 
avaliação 
estimamos 
visualmente a 
proporção da 
distância por onde 
deve passar a 
curva entre pares 
de pontos de 
controle.
Isotermas
Você sabia que...
Humboldt (1817) se inspirou nessas 
considerações para criar, no início do século 
XIX, as isotermas - linhas de igual valor de 
temperatura (Claval e Wieber, 1969; Palsky, 
1996). 
►
A isolinha desejada deve passar entre os pontos 
atribuídos de seus valores 
1300
1370
1343 1191 1390
Ligados previamente aos pares: 
(1) evitando-se os cruzamentos
(2) dando preferência aos pares mais próximos
1370
1343 1191 1390
(3) graduando as respectivas distâncias, 
proporcionalmente às respectivas diferenças.
Isoietas (mm):
1200
1300
1500
2000
4000
Construção manual de isolinhas
Proposta de exercício do Prof. Martinelli (1991)
Construção manual de isolinhas
Proposta de exercício da Profa. Adryane Gorayeb
Softwares que nos ajudam a construir mapas isarítmicos
atualmente... Free, Free OpenSource e Pagos!
Exemplo de Método Usado no QGIS
(FERRAMENTA: Vetor – Geometrias – Diagrama de Voronoi
MÉTODO: Triangulação de Delaunay)
O princípio do Diagrama de Voronoi é de 
que, considerando que em um plano, 
existem pontos que estão mais próximos 
de uma fonte geradora do que de outra 
fonte, o resultado é um polígono de cujas 
distâncias entre a fonte e ponto são as 
menores possíveis (MOURA, 2003). Desse 
modo é possível responder com precisão 
variada questões que dizem respeito à 
proximidade, como por exemplo, qual é a 
maior região desocupada; qual é o local 
mais próximo de um dado ponto; qual é o 
vizinho mais próximo de um local, 
entre outros.
Mapa da Área de Influência de cada 
ponto de parada de ônibus.
SILVEIRA, T. A. Geoprocessamento aplicado ao 
planejamento dos transportes urbanos. Monografia 
(IFPB). João Pessoa: 2006. 
Aproveite e pesquise 
sobre o método de 
Krigagem! 
Enquete Cartográfica
Escolha a opção mais correta:
(A) Isoietas: isolinhas com valores 
pluviométricos
(B) Isotermas: isolinhas com valores de 
pressão
(C) Isoípsas: isolinhas com valores de 
profundidade 
(D) Deu trava-língua! 
Nos mapas isarítmicos, as 
isolinhas... Significam...
Gostou? Quer saber mais?
http://www.cprm.gov.br/publique/Hidrologia/Mapas-e-Publicacoes/Atlas-Pluviometrico-do-Brasil-1351.html
Atlas Pluviométrico do Brasil
Gostou? Quer saber mais?
Você sabia que...
a confirmação do método de representação deve ser atribuída a Edmond Halley, que foi o primeiro a 
idealizar a linha de igual valor - a isolinha - ao mapear em 1700 as declinações magnéticas no Oceano 
Atlântico. 
https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/rede-geodesica/16286-rede-gravimetrica.html?=&t=o-que-e
https://visualizador.inde.gov.br/VisualizaCamada/662/?posicao=-120.5380859375,-4.099745503484,17.5380859375,18.713466058475&zoom=4
Estações Gravimétricas do IBGE
Infraestrutura 
Nacional de Dados 
Espaciais
Senta que lá vem história...
► As bases do método isarítmico remontam à metade do 
século XVI, quando foram mapeadas pela primeira vez 
as profundidades oceânicas, denotando um claro 
pronto-atendimento às exigências da navegação 
comercial e militar (Robinson, 1982). 
►Mas, a confirmação deste método de representação, 
deve ser atribuída a Edmond Halley, que foi o primeiro 
a idealizar a linha de igual valor - a isolinha - ao 
mapear em 1700 as declinações magnéticas no 
Oceano Atlântico. 
BATIMETRIA- APLICAÇÕES
Pinheiro,LS; GASTAO, F. G. C. ; LOUSADA, Y. T. C. ; FRANKLIN JUNIOR, W. ; CASTELO-BRANCO, M. P. N. . Mapeamento de 
Habitats Marinhos da Plataforma Continental Interna da Praia de Iracema– Fortaleza-Ceará. GEOCIÊNCIAS (SÃO PAULO. 
ONLINE), v. 38, p. 813-825, 2019. 
https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/geociencias/article/view/14129
SEDIMENTOLOGIAGEOHABITATS
Pinheiro,LS; GASTAO, F. G. C. ; LOUSADA, Y. T. C. ; FRANKLIN JUNIOR, W. ; CASTELO-BRANCO, M. P. N. . Mapeamento de 
Habitats Marinhos da Plataforma Continental Interna da Praia de Iracema–Fortaleza-Ceará. GEOCIÊNCIAS (SÃO PAULO. 
ONLINE), v. 38, p. 813-825, 2019. 
https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/geociencias/article/view/14129
SOARES, R. C. Evolução e Caracterização do Banco Sedimentar de Fortaleza, Ceará, Brasil. Dissertação (Mestrado em Geografia).
Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza-CE.2012. 116p.
COLARES, Maria Cecília da Silva; PINHEIRO, Lidriana de Souza; MENEZES, Maria Ozilea Bezerra; MORAIS, Jader Onofre 
de. Caracterização sedimentar do canal do estuário do Rio Coreaú, Estado do Ceará, Brasil . Arquivos de Ciências do Mar, 
Fortaleza , 2016 49, p. 05-12, 1. Disponível em: <http://www.repositoriobib.ufc.br/000044/000044bd.pdf>
SILVA, Diego Bezerra de Melo e. Estudo da morfodinâmica e 
morfologia de fundo da desembocadura do estuário do Rio Coreaú, 
Camocim, Ceará. 2013. 57 f. Monografia (graduação em Ocenaografia) 
- Universidade Federal do Ceará, Instituto de Ciências do Mar, 
Fortaleza-CE, 2013.