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PLANEJAMENTO PPF “O número de dentes presentes, a posição que ocupam no arco e sua implantação óssea são fundamentais para se estabelecer o planejamento em PPF” (Pegoraro et al.,1992) - Toda vez que pensar em prótese fixa é importante entender o planejamento, pois a PPF está substituindo um dente perdido e temos que entender qual a extensão dela. - Um planejamento executado de maneira criteriosa e correta está diretamente relacionado ao sucesso alcançado nos trabalhos em Prótese Parcial Fixa - A mesma teoria usada em dente é usada em prótese fixa sobre implante, ou seja, o planejamento para dente e para implante é o mesmo - Teoria do Polígono de Roy: usada para compreender qual a extensão da PPF → quanto mais pontos diferentes a gente tem mais estabilidade a gente consegue NÚMRO DE DENTES PRESENTES: Ponte fixa de 3 elementos, sendo que o pré-molar é o dente pilar e os molares seriam o pôntico → um pré-molar que tem apenas uma raiz não seria capaz de suportar a carga dele e de mais dois molares (não tem o terceiro molar, então a prótese ficaria em cantiléver) → cantiléver vai ficar flexionando e com isso o pré-molar vai perder osso e ficar com mobilidade Cantiléver: dois dentes sendo suportado apena por um – fica no “ar” O cenário muda quando tem a presença do terceiro molar → não vai ter cantiléver e vai ter 2 pilares, um anterior e outro posterior → quando o paciente mastiga os dois pilares suporta a flexão → tem uma divisão da força mastigatória Para um dente ser pilar temos que olhar a quantidade (quando mais raiz, melhor é para o dente ser pilar) e o comprimento de raiz. Já no implante vamos olhar o comprimento do implante Habilitação de dentes posteriores: De acordo com a literatura científica temos uma eficiência mastigatória excelente até o segundo pré-molar, ou seja, se tiver os 4 pré-molares em função já tem uma eficiência mastigatória muito boa. Mas podemos melhorar isso com a adição apenas do primeiro molar, pois o segundo molar não seria algo tão essencial, porém, se for fazer o primeiro molar tem que estender a prótese até o primeiro pré-molar pois os pré- molares tem apenas 1 raiz, para conseguir dividir a carga mastigatória de forma correta. BASICAMENTE VAMOS CONTAR QUANTAS RAIZES QUEREMOS SUBSTITUIR PRA QUANTAS RAIZES TEMOS DE PILARES. EX.: PRIMEIRO MOLAR INFERIOR TEM 2 RAIZES ENTÃO TEMOS QUE TER UM PILAR COM 2 RAIZES PARA SUSTENTAR. O CANINO TEM UMA RAIZ GRANDE E ROBUSTA ENTÃO ELE SUSTENTA ATÉ 2 RAIZES Quanto mais extenso for o cantiléver pior é para o dente pilar no futuro, pois ele vai sofrer muito com a carga mastigatória No cantiléver a infraestrutura tem que ser mais grossa para conseguir ter resistência A medida que aumenta a extensão da barra (coping) diminui a resistência. Para tentar aumentar a resistência tem que compensar aumentando a espessura POSIÇÃO QUE OCUPAM NO ARCO: “A disposição dos dentes no arco é mais importante que o número de dentes” A posição se refere ao polígono de Roy: A nossa boca é dividida em três planos: Plano sagital (Dentes posteriores), Plano lateral (canino) e plano frontal (incisivos) e a união destes planos forma um polígono de estabilização ou sustentação também conhecido como polígono de Roy. Segundo ele, quanto mais planos envolvidos em uma prótese fixa extensa, mais estável será ela. Para obter estabilidade da prótese é necessário envolver dentes pilares em 2 ou mais planos, pois reduz o efeito de mobilidade individual de cada dente. Entretanto, se os pilares da prótese estiverem em linha reta, poderão levar todos os elementos daquele segmento em mobilidade AVALIAÇÃO PRÉVIA: Vamos avaliar quantidade óssea, quantidade de dente, quantidade de raízes que vamos repor, anatomia do dental para aí sim ver se vamos ter que estender para outro seguimento. Além disso vamos avaliar quantos pilares, quantos pônticos vamos reabilitar e se vai ser um cantiléver ou não. A SUA IMPLANTAÇÃO ÓSSEA É um fator extremamente importante para identificar a extensão ou não da ponte fixa Dentes com perda óssea muito extensa não conseguem ser pilar e é necessário adicionar mais um dente A área total da raiz inserida no osso deve ser igual ou maior que a área da raiz correspondente ao dente que será reposto OBSERVAÇÃO: Hoje em dia a ponte fixa é mais usada por pessoas que tem alguma impossibilidade de fazer implante, como doença sistêmica (Ex: osteoporose), placa de titânio da região da maxila ou mandíbula Plano frontal Plano lateral Plano sagital Plano lateral Plano sagital CARACTERÍSTICAS DAS INFRAESTRUTURAS PARA PRÓTESES METALOCERÂMICAS E CERÂMICAS - Coping = infraestrutura = sobre a infraestrutura vem a aplicação da cerâmica - Para fazer a infraestrutura precisa ter planejado corretamente a ponte fixa - As infraestruturas podem ser estéticas (zircônia) ou metálicas e o valor delas são diferentes (estética é mais caro) - O coping é enviado pelo laboratório para fazer a prova → para saber se ela está boa vamos utilizar a sonda clínica para avaliar o término Passo a passo: Tirar o provisório → limpar todo cimento do dente → olhar dentro do coping para vê se não tem bolhas positivas. Se tiver bolha vamos tirar com uma broca esférica → avaliar a espessura do coping. Geralmente ele tem 0,5mm → encaixar o coping no dente preparado → com a sonda clinica vamos sentir se do dente para a peça não tem sobrecontorno e nem greta (se tiver sobrecontorno no coping vai ter quando colocar a porcelana e isso vai gerar um acumulo de placa maior) → se tiver ok vamos unir o coping com resina acrílica duraley vermelha → moldar o paciente com o coping em boca (moldagem de transferência) Moldagem de transferência: A infraestrutura tem que sair junto com a moldagem. Se ficar no dente tem que fazer a moldagem de novo. Depois de moldar vamos passar vaselina no coping, vazar o gesso e enviar para o laboratório. OB.: O coping metálico de mais de 1 elemento vai vim separado e ainda tem que fazer a solda. Nós vamos colocar o coping na boca do paciente e se estiver bem adaptado vamos unir os coping com resina acrílica duraley e só vamos tirar na moldagem de transferência. Se tirar na mão, sem ser na moldagem de transferência, vamos ter que tirar a resina e fazer tudo de novo pois pode ter distorções e o resultado final não fica bom. • Indicação do coping metálico - Elementos unitários anteriores e posteriores - PPFs pequenas e extensas (é indicada independente da extensão da ponte fixa) - Combinação com PF e PR - Usado em prótese sobre implante • Contra indicação de coping estético - É contraindicado para dentes posteriores, pois recebe muita carga mastigatória OBS.: TODA VEZ QUE TIVER COPING PRECISA FAZER A MOLDAGEM DE TRANSFERÊNCIA OBS.: MOLDAGEM DE TRANSFERÊNCIA É FEITA COM SILICONE DE CONDENSAÇÃO OBS.: PARA SAIR TUDO A MOLDEIRA DEVE SER TIRADA EM UM MOVIMENTO ÚNICO INFRAESTRUTURAS PARA PRÓTESE METALOCERÂMICA ➢ Resistência mecânica - Resistente a cisalhamento e tração Conseguem sofrer cargas mastigatórias melhor que a zircônia, pois a zircônia é muito dura e o metal é mais maleável (por ser muito dura ela quebra e o metal tem a capacidade de amaçar em vez de quebrar de uma vez) - Coeficiente de expansão térmica da liga metálica e cerâmica semelhantes (grau de dilatação e resfriamento) - Homogeneidade na espessura do revestimento cerâmico em toda a superfície (espessura mínima de 1mm) para evitar fraturas durante o ato mastigatório OBS.: Apenas o coping metálico que pode ser enviado pelo laboratório separado para fazer a união com a duraley. ➢ Esplintagem rígida: Paralelismo supremo dos preparos dentários para permitir o assentamento da estrutura metálica como um todo sem tensão Para olhar paralelismo moldamos o paciente e olhamos o modelo com apenasum olho para ver se enxergamos todo o término dos pilares ➢ Aumento da largura Aumento da largura da barra é proporcional ao aumento de resistência da mesma ➢ Extensão da barra Aumento da extensão associado à diminuição de resistência Na primeira imagem tem uma prótese de 3 elementos sendo sustentado por 3 raiz – o saldo está positivo Na segunda imagem tem uma prótese de 4 elementos sendo sustentado por 3 raiz – o saldo está negativo A resistência da imagem 3 é menor ➢ Polígono de Roy - No mínimo um dente de cada seguimento participe da prótese - O envolvimento de pilares em dois ou mais planos reduz o efeito da mobilidade individual de cada dente através da estabilização da prótese proporcionada por estes. INFRAESTRUTURAS PARA PROTESES CERÂMICAS ➢ Cerâmicas policristalinas – à base de zircônia - Mecanismo de tenacidades à fraturas - Inibe propagação de trincas - Indicadas PPF de 3 a 4 elementos posteriores (o livro indica, mas na pratica não é muito bom fazer mais de 3 elementos porque o risco de trinca é muito alto) ➢ Contra indicados - Espaço interoclusal limitado - Hábitos parafuncionais CERÂMICAS ODONTOLÓGICAS A cerâmica é um material dentário baseado em vidros amorfos, caracterizados por duas fases: Matriz cristalina circundada por uma fase vítrea - A matriz cristalina que é a responsável por aumentar a propriedade mecânica - A vítrea é o responsável pela propriedade óptica / pela estética Quando a cerâmica foi desenvolvida tinha matriz vítrea e com o tempo foram melhorando a propriedade cristalina para colocar carga na cerâmica e assim receber impacto da melhor forma (ficar mais resistente) Precisamos entender o que queremos daquela área para saber como queremos a cerâmica (para conversar com o protético). Exemplo: Em dentes posteriores precisamos de uma cerâmica mais resistente porque é um local que recebe muita carga mastigatória, já em dentes anteriores com muitas nuances precisamos mais de estética ➢ Vantagens - Efeito estético - Translucidez - Transmissão de luz - Resistência à abrasão - Lisura superficial ➢ Desvantagem - Materiais frágeis - Baixa tolerância a tensão de tração e cisalhamento - Formação de trincas - Baixa resistência ao impacto ➢ Classificação Pela composição/conteúdo. Convencionais – usadas mais para a estética pois são menos resistentes - Feldspáticas - Mistura de feldspato de potássio ou de sódio com quartzo Reforçada – são cerâmicas com mais cargas e por isso mais resistentes - Leucita - Dissilicato de lítio - Zircônia CONVENCIONAIS Recobrimento de infraestruturas metálicas (ela ´suportada por uma infraestrutura) Cerâmicas: Camada de opaco, corpo de dentina, esmalte (por isso é estética) Muito usada em Facetas OBS.: Em coroa metal free só vamos conferir a oclusão depois de cimentar a peça (diferente do metalocerâmica em que primeiro conferimos a oclusão e só depois cimentamos a peça) → A metal free é muito frágil e se tiver qualquer ângulo vivo e conferirmos essa peça sem cimentar ela vai fraturar. REFORÇADAS - Aluminizadas - Aumento de 40% da fase vítrea com alumina e por isso teve o aumento da resistência a flexão, porém ela também teve aumento da opacidade (ficou menos estética). - Resistência insuficiente em áreas de alto esforços mastigatórios (mesmo com o aumento da resistência ela ainda não suporta as cargas mastigatórias sozinha) Pode ser um material friável, as cerâmicas apresentam limitada capacidade de dissipação de tensões, sendo estas acumuladas nas extremidades. Com base no princípio de que quanto maior a quantidade de matriz cristalina, maior a resistência da cerâmica, foram então propostas as cerâmicas reforçadas, que apresentam maior proporção de fase cristalina quando comparadas com as cerâmicas convencionais Cerâmicas reforçadas por Dissilicato de lítio - Mais resistente que a infiltrado por vidro - Resistência flexural - Inlay, Onlay, laminados, coroas unitárias e PPF de 3 elementos até região de 2PM Dissilicato de lítio → Ausência de infraestrutura metálica ou opaca → Boa translucidez → Resistência → Estética MUITO BOA PORQUE TEM RESISTÊNCIA E ESTÉTICA, PORÉM EM DENTES ANTERIORES QUE TEM MUITA NUANCES O MELHOR PARA SE USAR É O FELDSPÁTICA. OBS.: SÓ É USADA SEM METAL A CERÂMICA REFORÇADA POR DISSILICATO DE LÍTIO (EM DENTES POSTERIORES) E EM DENTES ANTERIORES A FELDSPÁTICA TAMBÉM NÃO PRECISA DE METAL. ESPESSURA: Cada cerâmica precisa de uma espessura mínima para ter resistência O preparo tem que ter espaço para receber os 0,5mm do coping mais a espessura mínima da cerâmica Classificação quanto à sua indicação clínica. As cerâmicas odontológicas podem também ser classificadas quanto à sua indicação clínica, sendo categorizadas em materiais indicados para confecção de restaurações parciais, como inlay/onlay, facetas e laminados, coroas unitárias, próteses parciais fixas e materiais empregados para recobrimento de infraestruturas metálicas (metalocerâmicas) ou infraestruturas cerâmicas (totalmente cerâmicas) Classificação quanto a formas de processamento. As cerâmicas odontológicas podem ainda ser categorizadas de acordo com as diferentes formas de processamento que são empregadas na confecção das restaurações indiretas. As principais técnicas utilizadas para processamento de restaurações cerâmicas são: - Estratificação (condensação); (usada quando quer muito, muito detalhe) - Infiltração de vidro (slip-cast); - Injeção/prensagem (press); ou - Fresagem/usinagem (CAD-CAM). Os principais sistemas cerâmicos relacionados com suas possíveis formas de processamento estão apresentados na Figura abaixo Forma de processamento: estratificação. Na técnica de estratificação, modela-se o pó com líquido aglutinador (água destilada pura ou com adições de glicerina, propileno glicol ou álcool) para manter as partículas do pó cerâmico unidas. Em sequência, a pasta é colocada sobre troquel refratário ou infraestrutura pela técnica do pincel, vibração ou espatulação. A remoção do excesso de água pode ser realizada utilizando-se papel absorvente, vibração ou adição de pó seco à superfície. Exemplo: Paciente vai fazer somente o 21 e o dente 11 dela tem muito detalhe, então precisamos de uma cerâmica perfeita – Vai usar a cerâmica feldspáticas estratificada → O protético vai pincelar cada cor em cada estrutura. É um trabalho manual muito detalhado e que da muito trabalho, consequentemente, é um trabalho que fica muito caro. É UM TRABALHO PERSONALIZADO, DETALHADO, PERFEITO E O MAIS CARO Estratificação consiste na aplicação da cerâmica com diferentes opacidades (opaco, dentina, esmalte, translúcido etc.) e saturações de cor em camadas sucessivas por meio da condensação Forma de processamento: Prensada. Os sistemas cerâmicos prensados baseiam-se na técnica da cera perdida, na qual um padrão de cera ou resina acrílica com o formato da restauração é incluído em revestimento refratário e, em seguida, é eliminado em for no com alta temperatura. Desta forma, espaço adequado é deixado no revestimento para receber a cerâmica, que será posicionada na forma de pastilhas (lingotes) e posteriormente submetida à alta temperatura e pressão em for no especial para ser injetada no molde, preenchendo assim o espaço existente no interior do revestimento e dando forma à restauração indireta Protético encera o trabalho, leva no forno e injeta a cerâmica. Forma de processamento: Usinada ou fresada. A usinagem ou fresagem das cerâmicas (CAD-CAM) é uma forma de processamento na qual os materiais cerâmicos são produzidos pelos fabricantes na forma de lingote ou bloco cerâmico É também conhecida como CAD-CAM(Computer-Aided Design e Computer-Aided Manufacturing), ou seja, é um projeto assistido por computador, seguido de fabricação assistida por computador É um bloco único que leva na fresadora (maquina) que faz os cortes no formato do dente, porém sai uma peça branca. Para mudar a cor o protético faz uma maquiagem, onde ele começa a pintar a cerâmica. O QUE PRECISAMOS SABER SOBRE CERÂMICA: - Base de infraestrutura de ponte fixa é a zircônia (se for metal free) - Dissilicato de lítio: Tem resistência e estética (geralmente maquiada) - Precisa de estética: Feldspática - Precisa de muita, muita, muita estética: Feldspática estratificada não maquiada.
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