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Fundamentos Eticos e Morais do Comportamento Humano

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Fundamentos Éticos e Morais do Comportamento Humano 
 
A palavra ética é oriunda do grego “ethos” e pode ser definida como o estudo das ações e 
dos costumes. A ética é um conceito filosófico que estuda o comportamento humano. (VALLS, 
2008). 
Uma das características principais da ética é a procura de justificativas para as regras 
oferecidas pela moral e pelo direito. Diferente de ambos, a ética não estabelece regras e sim visa 
o estudo do agir humano. Aristóteles estabelece que o ser humano possua um comportamento 
consciente, mantendo a conduta livre e não influenciada por fatores externos, agindo em 
conformidade com os valores morais. Segundo ele o homem não deve ser visto apenas como um 
ser individual, mas como uma peça formadora da sociedade. Marilena Chauí por sua vez, 
esclarece que para que exista conduta ética faz-se necessário que haja o agente consciente, ou 
seja, o ser deve conhecer a diferença entre certo e errado, o que é permito e o que é proibido, 
virtude ou vício. 
A moral pode ser conceituada como um conjunto de regras que determinam a conduta do 
ser. Estas regras são assumidas pelas pessoas, como um modo de delinear a sua boa vivência. 
É interessante destacar que a moral não depende das fronteiras geográficas, ao contrário da 
ética, a moral é temporal e cultural. O direito, por sua vez visa instituir o regramento de uma 
sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado, ou seja, as leis baseiam-se em territórios e são 
válidas apenas em uma determinada área geográfica onde uma população vive. 
 
Ética e sua função, moral e a sociedade: 
 
O ideal ético para os gregos está alinhado em dois aspetos: o Bem e a Felicidade, ou 
seja, na vivência do bem, incluindo as realidades mundanas ou na felicidade compreendida como 
uma vida virtuosa. (VALLS, 2008). Portanto, a ética é a maneira que o ser humano deve se 
comportar na sociedade, ou seja, é a parte da filosofia que estuda os padrões de julgamentos 
morais do que é bom ou mau. A ética nos leva a ideia do que é correto e universalmente moral 
demonstrada através de princípios. Tendo em vista esse fatores e definições pode-se identificar 
que a ética tem como função determinar os níveis toleráveis de comportamento que asseveram a 
convivência de maneira pacífica entre os seres na sociedade. 
 
 O termo moral é oriundo do latim “moris” cujo significado é comportamento e costume. A 
moral sempre existiu e tem sua origem vinculada à conduta ideal e eficiente para o bem da 
sociedade. As regras morais de uma sociedade vão variar de acordo com a condição geográfica, 
a cultura, a religião, os avanços tecnológicos, etc. A moral leva o ser a distinguir o bem do mal no 
contexto de sua sociedade e tem como objetivo regular as relações sociais entre os homens. É 
Ozeas Silva
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Ozeas Silva
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Ozeas Silva
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Ozeas Silva
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Ozeas Silva
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interessante destacar que a moral estabelece a ordem e a integridade social, harmonizando os 
interesses coletivos e individuais. 
 
 
Panorama das relações humanas na sociedade 
 
O ser humano tem sua vida constituída de valores. Esses valores determinam as ações a 
serem tomadas e as suas escolhas. Os valores podem ser definidos como um conjunto de 
princípios que solidificam um ideal de moral e perfeição. Esses valores podem ser de vários tipos, 
tais como: religiosos, estéticos, morais, econômicos e afetivos. Os valores são construídos com o 
tempo e são utilizados como base e sustentação para o comportamento adotado pelo ser ao 
longo de sua existência. Todos esses valores são importantes e fazem parte de um mesmo 
contexto, entretanto os valores morais têm a sua existência vinculada aos atos e produtos 
humanos no que tange ao comportamento e as decisões a serem tomadas pelo ser humano e 
sua interação com a sociedade. Em linhas gerais pode-se definir que o ser humano é responsável 
pelas suas ações e tem a capacidade de prever as consequências de seus atos. Portanto, o 
indivíduo é consciente e responsável pelas suas ações e de que forma elas refletirão na 
sociedade. Sendo assim, seu dever é não ignorá-las e responder pelos seus atos. 
 
Ética como prescrição de condutas e ética na profissão 
 
A escolha por uma determinada profissão é optativa, porém feita a escolha por determinada 
profissão, os deveres profissionais são de caráter obrigatório. Um profissional em seu ambiente 
de trabalho se destaca e diferencia-se dos demais pelo seu talento e sua moral, pois a construção 
de um profissional está baseada nos pilares éticos e morais. Se tratando da ética destaca-se que 
os valores e os juízos de valores que a compreendem são de suma importância para a prática de 
qualquer atividade profissional. No que diz respeito à conduta profissional, a ética se baseia no 
agir e no fazer, onde ambos estão interligados. O fazer está relacionado à competência do 
profissional exercer a sua profissão. O agir por sua vez, diz respeito à conduta do profissional e 
suas atitudes no cumprimento da sua profissão. 
A formação de um profissional baseia-se no aprendizado das competências e nas habilidades 
que serão necessárias para o exercício da futura área de atuação. Neste contexto estão incluídas 
reflexões por parte deste futuro profissional antes mesmo do início dos estágios, no que diz 
respeito a sua responsabilidade e os riscos de seus atos no exercício da profissão. Ao completar 
o ciclo de formação, o profissional faz um juramento se comprometendo com a sua categoria 
profissional, ingressando assim formalmente na sua profissão. Este comprometimento assumido 
caracteriza o profissionalismo ético, onde o profissional adere às regras para exercer a sua 
profissão. É interessante destacar que algumas atitudes profissionais não estão escritas nos 
códigos de ética, mas são fundamentais para as relações profissionais. Entre elas podemos 
destacar a cooperação, no qual o profissional colabora com demais membros da equipe, a pró-
atividade, em que o funcionário não se limita apenas as tarefas exigidas e a generosidade que 
associadas a outros fatores profissionais trazem um ótimo desempenho a uma equipe profissional 
e um bom entrosamento entre os funcionários. 
 
Ética nos Negócios 
 
Atualmente, o quadro de sobrevivência das grandes empresas está associado a algumas 
questões, tais como: lucratividade, produtividade, novos desafios e responsabilidade social. A 
aplicação da ética nos negócios é de suma importância para que a Empresa progrida de forma 
eficiente e satisfatória, pois o mercado está cada vez mais competitivo. 
O objetivo em uma atividade empresarial é a satisfação dos seus clientes e negócios bem 
sucedidos, neste caso para que o empresário atinja este objetivo deverá desenvolver as 
capacidades dos seus colaboradores, pois são estes que tornam a empresa dinâmica e ágil. De 
forma que toda empresa é responsável pelas suas decisões. 
Para alcançar qualquer objetivo em uma organização se faz necessário que alguns valores 
sejam praticados. Neste âmbito podemos citar o respeito nas relações internas e externas, a 
solidariedade, cooperação e respeito entre os membros da empresa, qualidade no serviço, 
cumprimento de prazos com clientes, criatividade e qualidade do seu produto. 
É interessante destacar que alguns negócios possuem suas próprias regras e, portanto, 
possuem sua própria ética. Para a gestão de uma empresa a ética esta no cumprimento da 
legalidade e no seguimento das leis, sendo assim, ser ético é ser legalmente correto. Para muitas 
organizações a ética traz credibilidade nas relações com clientes e parceiros, sendo em muitos 
casos um destaque no mercado competitivo. Concluindo, uma conduta e postura ética dentro de 
uma empresa só é possível se cada um dos funcionários da organização atuar de forma a não 
colocar os seus interesses pessoais à frente dos interesses da organização e da sociedade, ou 
seja, é colocara conduta moral e legal a frente da rentabilidade e dos ganhos financeiros. 
 
Responsabilidade Social 
 
“O homem atualmente altera a natureza de forma devastadora e de acordo com as suas 
necessidades. Isto é progresso? As indústrias são responsáveis pela alta poluição e pelo 
desmatamento. Seria o desenvolvimento econômico responsável pelo impacto ambiental? É 
possível crescer economicamente e tecnologicamente sem impactar o meio ambiente?” 
Ozeas Silva
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Perguntas como estas nos fazem analisar até o quanto podemos evoluir e até que ponto se 
pode sobreviver sem os recursos naturais e qual o papel das empresas neste cenário. Essas 
questões nos remetem a um conceito que reúne três importantes aspectos: econômico, social e 
ambiental ao qual denominamos responsabilidade social. 
 
Histórico da Responsabilidade Social 
 
O conceito de responsabilidade é muito antigo, mas se intensificou com Bowen na década 50 
com a perspectiva que as empresas e seus negócios são centros vitais de poder e decisão e que 
suas decisões e ações podem atingir a sociedade e sua vivência em vários segmentos. Portanto, 
qual o papel e a responsabilidade das empresas perante a sociedade? As empresas devem 
entender melhor suas responsabilidades e seus impactos decorrentes de suas ações, ou seja, 
incorporar a responsabilidade social à sua gestão de negócios. Neste segmento em 1960 e 1970, 
este conceito de empresa social, ou seja, uma empresa que não visa apenas o lucro é endossada 
através das novas visões em que a responsabilidade das organizações vai além da 
responsabilidade da lucratividade. Incorpora-se a partir deste momento a necessidade de uma 
postura pública mediante a utilização dos recursos econômicos e humanos pertencentes à 
sociedade, objetivando que esses recursos sejam utilizados para fins sociais. A influência de 
várias correntes de pensamentos e alternativas propostas pela competitividade capitalista fizeram 
com que as organizações visualizassem o seu papel na sociedade. Guerreiro Ramos foi um 
importante sociólogo que propôs a teoria substantiva da vida humana associada como alternativa 
à teoria organizacional vigente. Ramos associa o mercado com a conformidade do 
comportamento dos indivíduos a esse mercado, destacando as relações sociais, otimizando as 
demandas sociais e comunitárias. Pode-se destacar a partir de 1970, a incorporação do conceito 
de responsabilidade social associado a algumas questões públicas, econômicas e sociais, como 
a poluição causada por empresas e indústrias, o desemprego, o crescimento econômico e a 
distribuição de renda. 
Em 1979, Carrol surge com um forte conceito de responsabilidade social, associando a 
responsabilidade da empresa junto à sociedade. O modelo proposto por este autor abrange 
quatro expectativas da visão de responsabilidade social, são elas: econômica, legal, ética e 
discricionária. De acordo com Carrol a responsabilidade econômica de uma empresa está na 
produção de bens e serviços que a sociedade almeja e os comercializa obtendo lucros. A 
responsabilidade legal está no quesito das empresas realizarem suas metas econômicas dentro 
da legalidade obedecendo à lei em suas negociações. A responsabilidade ética está na 
transparência das empresas de realizarem seus negócios seguindo os conceitos éticos e morais 
e não apenas visando seus interesses pessoais. A responsabilidade discricionária está 
Ozeas Silva
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Ozeas Silva
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relacionada ao papel voluntariado que as organizações assumem orientadas pelo desejo das 
empresas de se engajarem em papéis sociais, os quais não são obrigatórios perante a Lei. 
No Brasil o conceito a respeito da responsabilidade social iniciou-se no início dos anos 90. O 
impulso a este conceito surgiu através da crise social do Estado. Neste cenário as empresas 
foram convocadas para assumir suas responsabilidades mediante a sociedade e ao meio 
ambiente. Outros impulsos foram o grande avanço da democracia, a cobrança da sociedade, o 
aumento de empresas nacionais e abertura da economia para o mercado internacional. 
 
 
O Conceito de Responsabilidade Social 
 
Atualmente o tema mais debatido na sociedade é o desenvolvimento sustentável. 
 
Mas o que é o desenvolvimento sustentável e a sua relação com a responsabilidade 
social? 
 
O desenvolvimento sustentável é uma forma de desenvolvimento onde as necessidades da 
geração atual são supridas, porém sem comprometer as necessidades das futuras gerações. O 
conceito de responsabilidade se une ao desenvolvimento sustentável pelo fato de que para se ter 
desenvolvimento sustentável, todos devem ser envolvidos em processos decisórios e informados 
sobre os possíveis impactos das escolhas de suas ações. Neste conceito temos as indústrias e 
empresas, sociedade e governo. Hoje as organizações de modo geral visam à lucratividade, 
porém dentro do novo cenário competitivo do século XXI a política institucional de uma empresa 
deve levar em consideração a sua responsabilidade perante aqueles que serão impactados com 
as suas ações. 
A responsabilidade social pode ser conceituada como um conjunto de ações individuais ou 
empresarias objetivando o desenvolvimento sustentável do planeta, ou seja, ações econômicas 
unidas à proteção do meio ambiente garantindo as necessidades das gerações futuras. De forma 
resumida podemos descrever que a responsabilidade social é uma das formas das empresas 
garantirem a sustentabilidade. 
 
A Ética da Responsabilidade Social 
 
A ética é um conjunto de valores, ou seja, são níveis de preferências, conhecimentos, 
comportamentos que levam a algum tipo de conduta. 
Como a ética se relaciona com a responsabilidade social? 
A ética deve ser a base para a responsabilidade social através dos valores adotados pela 
empresa. Faz-se necessário que a empresa tenha uma boa conduta perante os seus funcionários 
e clientes para trilhar o caminho da responsabilidade social. Neste sentido, a empresa 
socialmente responsável conduz seus negócios de maneira que a torna parceira do 
desenvolvimento social. Ou seja, é a empresa que visa não só os seus interesses próprios, mas 
os interesses dos seus funcionários, fornecedores, sociedade, governo e meio ambiente. A 
opinião dos consumidores e a imagem da empresa perante a comunidade fazem parte do seu 
planejamento. A ética neste sentido relaciona-se ao bem estar social. De acordo com a ABNT, a 
responsabilidade social empresarial é a “relação ética e transparente da organização com todas 
as suas partes interessadas, visando ao desenvolvimento sustentável” (ABNT, 2004, p. 3). A 
ética neste sentido propõe a relação da empresa com todas as partes interessadas, ou seja, 
apresenta um diálogo transparente contribuindo para o desenvolvimento sustentável. 
 
 
O Conceito de Empresa Socialmente Responsável e Estratégias nos Negócios 
 
De que forma uma empresa se torna uma organização socialmente responsável? 
 Ser responsável socialmente é uma estratégia nos negócios? 
De acordo com Charnov e Montana (1998) a responsabilidade social empresarial pode ser 
dividida em três aspectos. O primeiro aspecto diz respeito à obrigação social, neste contexto as 
questões sociais estão associadas à ideia da lucratividade, ou seja, “o social” está limitado ao 
pagamento de salários justos, obedecerem à legislação e a geração de empregos. O segundo 
está associado à responsabilidade ética. O terceiro aspecto diz respeito ao verdadeiro 
comprometimento com a sensibilidade e bem estar social. Neste caso predomina a 
responsabilidade filantrópica. 
 Em relação aos negócios uma empresa responsável socialmente e que se preocupa com o 
meio ambiente é mais bem vista no mercado competitivo. Ser ambientalmente correto é lucrativo 
e rentável. Nos dias de hoje, os consumidores procuram por empresas eticamente sérias para 
comprar seus produtos, ou melhor, buscam por empresas que estejam preocupadas com aqualidade de vida da população. 
Algumas ações podem ser destacadas, tais como: programas de qualidade de vida para os seus 
funcionários, qualidade nos produtos, atendimento aos seus clientes, acessibilidade para 
deficientes, apoiar ações ambientais como reflorestamento e a educação ambiental. 
 A responsabilidade social sob o ponto de vista empresarial é uma mudança de atuação 
interna para externa, sendo assim a empresa não engloba apenas o seu funcionário como público 
alvo, mas alcança outros públicos, ultrapassando o interesse econômico, visando à comunidade 
local e toda a sociedade de modo geral. Uma atuação empresarial orientada para a 
Ozeas Silva
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responsabilidade social abre canais de comunicação estabelecendo comprometimento em ações. 
Uma empresa que prima por este objetivo deve levar em consideração uma conduta de 
valorização da sociedade e do meio ambiente demonstrando transparência em suas atitudes. 
Organizações éticas e responsáveis fortalecem sua posição no mercado competitivo e criam uma 
imagem positiva na sociedade demonstrando confiança, cuidado e preocupação com o planeta. 
 
Qual a empresa que o consumidor confia? 
 
Os consumidores estão cada vez mais exigentes e a sua confiança se baseia nas 
premissas da quão correta uma empresa é. A credibilidade é a primeira observação a se fazer no 
momento de uma compra ou do fechamento de um negócio. Qual o grau de confiança nos é 
oferecido? A empresa investe no meio ambiente? Quais selos ela tem em sua embalagem? Ela é 
uma empresa verde? Essas e outras perguntas nos dão o respaldo necessário para dar 
credibilidade ou não de uma organização. 
Para que haja uma responsabilidade social atuante e contínua a organização deve buscar 
sempre a melhoria contínua, de forma a exercer a cooperação, a ética focando na 
sustentabilidade. 
Toda empresa deve obter uma estratégia de relações com os seus stakeholders (público 
estratégico). Neste contexto duas ações devem ser pensadas: 
1º Qual o tipo de responsabilidade social eu posso aplicar em minha empresa e qual as 
demandas da comunidade? 
2º Quem são os meus stakeholders? 
De acordo com essas ações a empresa pode desenvolver projetos voltados ao público alvo que 
deseja atingir, pois a responsabilidade empresarial está associada às respostas que uma 
organização relata a sociedade mediante as suas decisões. 
 
 Os desafios da Responsabilidade Social e a Responsabilidade Social interna 
 
A atuação da responsabilidade social pode ser interna ou externa. Na atuação interna está 
relacionado à qualidade de vida no trabalho e dos recursos humanos da empresa. 
 
O que a empresa oferece ao seu funcionário? 
 
Alguns diferenciais oferecidos por empresas fazem a diferença na satisfação dos funcionários. 
Podem-se citar alguns programas como: 
Ginástica Laboral; 
Plano de Saúde; 
Plano de Saúde Extensivo a Dependentes; 
Auxílio Creche; 
Participação dos Lucros (PL); 
Plano odontológico; 
Ambiente de Trabalho Sadio; 
Boas Relações de Trabalho 
Acessibilidade; 
Relações com o meio ambiente (Apoio a Economia de água, Economia de Energia, Coleta 
Seletiva); 
Valorização dos Funcionários através de Salários Justos; 
Plano de Carreira. 
 
Esses e alguns outros programas internos demonstram a reponsabilidade da empresa com 
o seu público imediato: seus funcionários. O grau de satisfação dos funcionários é o primeiro 
indicativo da responsabilidade social da empresa. 
Vamos analisar? 
Imagine você sendo funcionário de uma empresa a qual oferece um plano de carreira, plano de 
saúde extensivo aos seus dependentes e participação nos lucros. Você sairia desta empresa para 
outra de mesmo salário mais que não te oferecesse estes benefícios? 
Provavelmente não, todo funcionário almeja por uma empresa que pense no seu bem estar físico 
e social. 
 
E qual o benefício de um funcionário satisfeito para a empresa? 
 
Um funcionário satisfeito é um funcionário que “veste a camisa da empresa”, que colabora e que 
participa das ações. Resumindo é um funcionário que se orgulha de fazer parte da organização. 
 
Um dos grandes desafios para a empresa no que diz respeito a responsabilidade social é o 
passo da migração da responsabilidade social internalista para externalista, o que exige 
mudanças dentro da empresa, a começar por investimentos financeiros, ou seja, exige um 
planejamento estratégico iniciando por um diagnóstico da situação atual da empresa até a meta 
final do conjunto de ações que a empresa tem por objetivo implantar. 
Uma empresa planejar significa considerar antecipadamente suas decisões. Neste sentido o 
planejamento avalia a situação de forma geral, verificar as dificuldades e se preparar para as 
possíveis dificuldades. Após esta análise será possível que a empresa apresente estratégias 
corretivas para os possíveis imprevistos e traças metas que possam se tornar realidade. 
O planejamento de uma empresa pode ser dividido em três tipos: o planejamento estratégico 
que dá prioridade a definição da missão e o tipo estratégia que será utilizada para que a empresa 
seja responsável socialmente; o planejamento gerencial que visa os tipos e a viabilidade de 
recursos necessários para que a meta seja posta em prática; planejamento operacional que tem 
objetivo garantir que as ações propostas sejam executadas. 
Dois grandes exemplos de estratégias de responsabilidade social são: ações sociais e 
ambientais. 
As ações sociais visam à preocupação com a sociedade de forma local, regional ou geral. Um 
grande exemplo é a transparência das atitudes da empresa para a população, os investimentos 
que a mesma faz e de que forma ela contribui para o desenvolvimento da região. 
Em relação ao meio ambiente a empresa deve incorporar conhecimentos e técnicas que sejam 
eticamente e economicamente desejáveis, mas que não intervenham na natureza, ou seja, a 
ação econômica não se desenvolve de forma promissora caso os recursos sejam comprometidos. 
Nesta linha de raciocínio a economia não deve estar voltada apenas para lucratividade, mas 
também nas ações sustentáveis. Resumindo, as ações ambientais em uma empresa têm por 
objetivo demonstrar de que forma a empresa contribui para a sustentabilidade e quais os seus 
projetos referentes ao meio ambiente. Um exemplo seria a empresa que investe em 
reflorestamento, que pratica a logística reversa ou que apoia a reciclagem. 
 
 Paradigmas de Gestão das Organizações e o Terceiro Setor 
 
Quem são os setores e quais as suas responsabilidades? 
O primeiro setor corresponde ao governo que tem como responsabilidade as questões 
sociais. 
O segundo setor trata-se do privado, que tem como responsabilidade as questões individuais. 
O terceiro setor é caracterizado pelas ONG`s e organizações sem fins lucrativos. Este setor 
foi criado através da necessidade de ajuda ao Estado pelo setor privado em questões sociais. 
Quem são os personagens do terceiro setor? 
 
-Fundações 
-Entidades Beneficentes 
-Fundos Comunitários 
-Entidades sem fins lucrativos 
-Empresas com Responsabilidade Social 
-Empresas Doadoras 
-Elite Filantrópica 
-Pessoas Físicas 
Ozeas Silva
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-Imprensa 
-Empresas Juniores Sociais. 
 
Fundações: São instituições que fazem doações as instituições beneficentes. 
Entidades Beneficentes: São as associações que fazem os trabalhos sociais auxiliando idosos, 
crianças de rua, dependentes químicos, dão suporte a desabrigados, levam educação e projetos 
ambientais aos jovens, entre outros. 
Fundos Comunitários: São fundos administrados por empresários, ou seja, ao invés de cada 
empresa doar para uma entidade diferente todas doam para um fundo, o fundo comunitário. 
Entidades Sem Fins Lucrativos: São entidades sem geração de lucros. 
Empresa com Responsabilidade Social: São empresas que vão alémdo seu interesse pessoal 
promovendo uma produção com menos danos ao meio ambiente e colaborando com a 
sociedade. 
Empresas Doadoras: São empresas parceiras do terceiro setor. 
Elite Filantrópica: São as empresas com maior índice de parceria com o terceiro setor. 
Pessoas Físicas: São as pessoas que também participam deste processo e que não estão 
ligadas de forma direta a empresa. 
Imprensa: A imprensa tem o papel de divulgar as ações feitas pelo terceiro setor. 
Empresas Juniores Sociais: São empresas criadas por universitários com o intuito social. 
 
Nos dias atuais a alta tecnologia, a quantidade de informações que crescem a todo o 
momento faz cm que as empresas busquem novos desafios, para tal é necessário arriscar e 
inovar. A necessidade de crescimento faz com que as empresas lutem pela sua sobrevivem neste 
mercado competitivo e para que este objetivo seja alcançado é preciso utilizar práticas que 
resultem em benefícios. Há quatro paradigmas de gestão que auxiliam as empresas quando 
utilizados a alcançar os seus objetivos e os resultados esperados. Esses paradigmas são 
divididos em duas classes distintas: o paradigma de gestão e o paradigma de desempenho. O 
paradigma de gestão está embasado na compatibilidade e dinâmica dos valores enquanto que o 
paradigma de desempenho está direcionado a capacidade de promover lucros e o crescimento de 
forma a manter a sua sustentabilidade. 
Paradigma do desempenho: 
Neste paradigma verifica-se a capacidade da empresa gerar lucro, ou seja, o retorno deve ser 
maior que o capital investido. 
Quando uma empresa está na sua fase inicial de empreendimento será feito um estudo sobre 
o quão viável é esse empreendimento para que os investidores aportem seus recursos (capital de 
investimento). A este recurso oriundo dos investidores nomeamos de custo do capital. Para que a 
empresa atinja o objetivo deste paradigma e que a empresa gere lucro, se faz necessário que a 
taxa interna de retorno seja superior ao capital investido (custo de capital). 
Crescimento Sustentável: 
Para atingir este paradigma a empresa deve exercitar a gestão empresarial, ou seja, 
reinvestir parte dos lucros em sua atividade própria, não retirando para satisfação dos 
investidores. A prática da retirada do lucro para satisfações pessoais pode levar a 
desestabilização financeira. Reinvestir lucros é investir em longo prazo e manter os negócios. 
Paradigmas de Gestão – Compatibilização 
Este paradigma está voltado para o equilíbrio financeiro, ou seja, a empresa faz com que haja 
compatibilidade entre os prazos dos investimentos com os prazos dos recursos. Se tratando do 
terceiro setor neste paradigma ressalta-se que os recursos utilizados para este fim, em curto 
prazo devem priorizar estoques e vendas a prazo, financiando os movimentos circulantes. No 
caso dos recursos em longo prazo do terceiro setor prioriza-se a pesquisa, tecnologia e 
desenvolvimento. 
Dinâmica de Valores Circulantes: 
Neste paradigma se faz necessário que quanto maior o giro dos valores circulantes maior o 
retorno de recursos que foram investidos nele. Assim se estabelece vendas e lucros, ou seja, se 
as vendas crescem, aumenta o giro e conseqüentemente os lucros. 
ISO 26000 e a Responsabilidade Social 
A responsabilidade social faz com que a empresa tenha uma postura mais responsável 
demonstrando transparência em seus negócios. Neste âmbito a empresa não lida apenas com 
uma gestão interna que visa seus interesses pessoais, mas com uma gestão externa onde a 
empresa se envolve com projetos de ações sociais, culturais e ambientais. Deste modo a 
empresa constrói uma imagem de destaque tornando-se uma empresa diferenciada no mercado 
competitivo. Atualmente as empresas utilizam como base três indicadores da sustentabilidade 
corporativa são eles: (DSJI) Don Jones Sustainability Index, Global Reporting Initiative (GRI), 
Iniciativa do Instituto Ethos. O DSJI está voltado para os acionistas questionando a metodologia 
dos indicadores propostos. O GRI, por sua vez tem o foco nos stakeholders e o indicador do 
Instituto Ethos tem como base o Balanço Social do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e 
Econômicas possuindo foco abrangente na questão social. 
Uma empresa pode promover a diminuição da poluição dentro e fora dela com algumas ações 
simples, tais como: 
• Melhoria da organização; 
• Mudanças de Procedimentos; 
• Substituição de Materiais e Insumos; 
• Programas Educacionais. 
 
ISO 26000 
 
A ISO 26000 foi elaborada através de um processo que envolveu especialistas do mundo 
todo, tais como: os consumidores; governo; a indústria; os trabalhadores; as ONGs, academia 
entre outros com apoio de 40 organizações internacionais. Sua criação se deu pelo Working 
Group on Social Responsibility (ISO/TMB WG SR) com o objetivo de orientar à respeito da 
responsabilidade social, reconhecendo a responsabilidade social e o entrosamento das partes 
interessadas, os temas essenciais e as questões relacionadas à responsabilidade social. É 
interessante destacar que esta norma não oferece certificação e sim diretrizes para aplicação da 
responsabilidade social maximizando sua atuação com o desenvolvimento sustentável. A fim de 
esclarecer alguns aspectos ambientais esta norma conceitua alguns termos interessantes em se 
tratando de meio ambiente, empresa e normas. Abaixo seguem alguns desses termos e suas 
respectivas definições. 
Cadeia de suprimentos: É o nome dado a sequência de atividades que fornecem produtos 
ou serviços para as organizações. 
Organização: Entidade e instalações com um conjunto de responsabilidades e relações que 
possuem objetivos identificáveis. 
Grupo Vulnerável: É o grupo de indivíduos que compartilham uma ou várias características 
que são a base para discriminação ou circunstâncias adversas sociais, econômicas, culturais, 
políticas ou de saúde, e que os priva de meios para gozar seus direitos ou igualdade de 
oportunidades. 
De acordo com a norma a responsabilidade social na era da globalização traz mobilidade e 
maior acesso, pois a quantidade de disponibilidade de meios de comunicação instantânea 
cresceu muito nas últimas décadas. Este processo facilita a troca de informações beneficiando as 
empresas de forma a encontrar meios de solucionar seus problemas através da facilidade de 
disponibilidade de informações. Da mesma forma esta facilidade de obtenção de informações 
torna as organizações mais suscetíveis a avaliações de vários grupos distintos sendo comparada 
de maneira rápida a outra organização. 
Existem duas práticas da responsabilidade social que são extremamente importantes. Essas 
práticas são o reconhecimento da empresa da sua responsabilidade social e o seu entrosamento 
com as suas partes de interesse. A primeira prática, relacionada ao reconhecimento está no fato 
da organização identificar os impactos gerados por ela a cada decisão tomada, de que forma 
esses problemas são tratados e como a empresa contribui para o desenvolvimento sustentável. 
Destaca-se que as partes de interesse também devem reconhecer a responsabilidade social, ou 
seja, a organização deve se preocupar de que forma as suas decisões irão afetar as partes 
interessadas. As partes interessadas são aquelas que podem ser afetadas por quaisquer ações 
tomadas pela empresa. Neste processo existem três relações principais: A relação da 
organização com a sociedade, a relação da organização com as partes interessadas e a relação 
das partes interessadas com a sociedade. 
 
Entre as partes interessadas e a sociedade Convém que a organização compreenda a 
relação entre os interesses das partes interessadas que são afetados pela organização, por um 
lado, e as expectativas da sociedade por outro. Embora as partes interessadas sejam parte da 
sociedade, elas podem ter um interesse conflitante com as expectativas da sociedade. As partes 
interessadas têm interesses peculiares em relaçãoà organização, que podem ser distinguidos 
das expectativas da sociedade de comportamento socialmente responsável referente a uma 
determinada questão. Por exemplo, o interesse de um fornecedor em ser pago e o interesse da 
sociedade no cumprimento dos contratos podem ser perspectivas diferentes sobre uma mesma 
questão. A figura abaixo demonstra o processo entre as 3 relações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Norma ISO 26000 
Expectativas 
Interesses 
Impactos 
Impactos 
Sociedade e Meio 
Ambiente 
Organização 
Partes Interessadas 
No que tange a primeira relação, sociedade e organização destacam-se a necessidade da 
empresa reconhecer de que forma as suas decisões podem afetar a sociedade e o meio 
ambiente. A segunda relação por sua vez, organização e partes interessadas, cabe a empresa 
destacar e reconhecer quem são as suas partes interessadas e a terceira relação, partes 
interessadas e sociedade está embasada no reconhecimento dos interesses das partes 
interessadas que são de alguma forma afetada ou influenciada pela organização por um lado e da 
sociedade por outro lado, pois nem sempre as partes interessadas e a sociedade terão interesses 
em comum. 
A responsabilidade social envolve vários fatores que beneficia não só a empresa, mas 
também a população e as partes interessadas. Por exemplo, uma área que não apresente 
poluição é mais valorizada do que uma poluída, principalmente para compra e venda. A 
população também ganha quando a empresa disponibiliza projetos sociais na região, a população 
passa a usufruir de serviços de forma gratuita, alguns exemplos são cursos oferecidos a 
população e recuperação de áreas degradadas. A empresa por sua vez, com a prática da 
responsabilidade social ganha credibilidade no mercado, ganha a simpatia da população e 
conseqüentemente consegue mais clientes e vende mais. 
Introdução ao Meio Ambiente e Ecologia Geral 
A ecologia é a ciência que estuda o relacionamento dos seres vivos com o meio ambiente. 
Pode-se definir como meio ambiente o ambiente que nos rodeia, ou seja, as condições químicas, 
físicas e biológicas. O meio ambiente tem total relação com o clima, as mudanças climáticas 
podem ser afetadas pela destruição ambiental, no que diz respeito à poluição atmosférica, 
desmatamentos que leva a perda de habitat e poluição hídrica. 
O hábitat de um animal é o lugar que ele vive, onde existem condições favoráveis a sua 
sobrevivência, onde o animal tem condições de se nutrir, desenvolver e procriar. O nicho 
ecológico é como uma espécie satisfaz suas necessidades em uma comunidade. 
Dentro deste âmbito temos algumas definições importantes: 
A biosfera é a região do planeta onde vivem os seres vivos cuja vida é possível. 
A litosfera é a camada sólida da Terra superficial formada pelos solos e rochas e localizada acima 
do nível das águas. 
A hidrosfera é constituída pelo ambiente líquido, ou seja, rios, oceanos e lagos. 
A atmosfera é a camada de ar que envolve a Terra. 
Os recursos naturais são de grande importância, pois através deles mantemos a vida no planeta. 
Porém, estes recursos nem sempre são infinitos e sua inexistência pode trazer prejuízos à 
sociedade. Os recursos naturais são divididos em recursos renováveis e recursos não renováveis. 
Os recursos renováveis são aqueles que pode regenerar na natureza. Os recursos não 
renováveis são aqueles que não podem ser recolocados na natureza. 
É interessante destacar que a natureza para manter o seu equilíbrio deve ter seus ciclos 
biogeoquímicos em equilíbrio. Os ciclos biogeoquímicos representam o movimento de elementos 
químicos de maneira cíclica no meio ambiente. Existem vários ciclos, mas três ciclos em especial 
merecem destaques: ciclo do carbono, ciclo do nitrogênio e o ciclo da água. 
O ciclo do carbono merece destaque em virtude da sua relação com o quantitativo de 
dióxido. A matéria orgânica é constituída de carbono. No ar o carbono está na forma de CO2. 
Neste ciclo o dióxido de carbono é fixado pelas plantas através da fotossíntese e transformado 
em oxigênio. Quando em contato com a água (umidade do ar) o dióxido de carbono forma ácido 
carbono. 
O ciclo do nitrogênio é essencial para o solo. No atmosférico o nitrogênio é um gás em 
abundância e se encontra na forma de N2. A fixação ocorre quando o nitrogênio é transformado 
em nitrato ou ácido nítrico, este nitrogênio é transformado em proteínas e absorvido pelos 
vegetais. 
O ciclo da água é composto de algumas etapas principais. O ciclo se inicia com a 
evaporação da água das camadas líquidas do solo superficiais através da radiação solar. Após 
esta etapa ocorre a formação das nuvens, a condensação e posteriormente a precipitação ao 
qual chamamos de chuva. A água oriunda da chuva pode se infiltrar no solo ou escoar 
superficialmente até rios, lagos e oceanos. 
 
 Uso Sustentável dos Recursos Naturais, Desenvolvimento e Aquecimento Global 
 
Em uma empresa o objetivo ambientalmente responsável e a favor do desenvolvimento 
sustentável é garantir a preservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais. 
 
De que forma uma empresa pode fazer uso de recursos de maneira sustentável? 
O planejamento se inicia com a escolha da matéria prima, de onde ela vem e quais os 
impactos para a sua geração. Posteriormente, a análise se volta para o processamento dessa 
matéria prima e quais poluentes ela pode gerar neste processamento, como por exemplo, se o 
processamento envolve queima, quais gases geram, ao final do processo temos resíduos? 
Outra forma de praticar o desenvolvimento sustentável na empresa é seguir algumas normas: 
Em primeiro lugar a empresa deve pensar: 
Podemos produzir sem gerar resíduos? Caso isso não seja possível, podemos reduzir o 
quantitativo de resíduos gerados? 
Caso as duas opções anteriores não possam ser alcançadas pode-se aplicar as opções de reuso 
e de reciclagem. O reuso é quando o material não sofre transformação e será utilizado na mesma 
finalidade. A reciclagem é quando o material é transformado e recebe uma nova funcionalidade. 
Outro fator muito importante é sobre o tratamento e a destinação do resíduo gerado na empresa. 
O tratamento de um resíduo é realizado de acordo com as suas características e o mesmo deve 
ser disposto de forma correta. 
 
 Aquecimento Global 
 
O aquecimento global é um fenômeno de aquecimento através de gases poluentes. A 
poluição atmosférica agrava alguns fenômenos naturais e implica em conseqüências sérias a 
humanidade trazendo total desequilíbrio ao ecossistema. 
Alguns dos fenômenos que poluem o meio ambiente causando o desequilíbrio no ecossistema 
são: o agravamento do efeito estufa, a chuva ácida, o buraco na camada de ozônio e o smog 
fotoquímico. 
O efeito estufa é um fenômeno natural responsável por manter e temperatura do planeta. O 
problema relacionado a este fenômeno está no aumento da concentração de gases estufa como 
dióxido de carbono, oriundo da queima de combustíveis e do metano, oriundo do lixo e da 
agropecuária. Estes gases formam uma camada de bloqueio retendo o calor. A conseqüência 
principal deste aumento de temperatura é o derretimento das geleiras. Outro fenômeno 
relacionado à poluição é a chuva ácida formada pela umidade do ar com gases poluentes. Essa 
junção forma pequenas concentrações de ácidos que precipitam na forma de chuva. É 
interessante destacar que quanto maior a concentração de poluentes maior a acidez dessa 
chuva. Este índice de acidez é medido através de uma escala de pH que varia de 0 a 14. 
Normalmente o pH da chuva ácida é em torno de 5,5, podendo chegar a 3,5 dependendo do grau 
de poluição. As conseqüências da chuva ácida são a queima da vegetação e a corrosão de 
estátuas. 
O smog fotoquímico é um fenômeno formado pela junção de três fatores: quantidade 
suficiente de poluentes, altas temperaturas e luz solar. O smog é uma reação de hidrocarbonetos 
com gases como NO e NO2.O seu principal componente é o ozônio. O buraco na camada de 
ozônio ocorre pela destruição do ozônio por gases conhecidos como CFC`s (clorofluorcabono) 
que através de reações químicas transformam o ozônio em gás oxigênio e óxido de cloro. A 
camada de ozônio é de suma importância para o meio ambiente, pois protege a Terra da 
incidência de raios ultravioletas e sua destruição aumentaria o quantitativo de entrada dessa 
radiação no planeta tendo como conseqüência a incidência de doenças como câncer de pele. 
Como se pode perceber a preservação do meio ambiente é essencial para o equilíbrio destes 
fenômenos e a manutenção dos recursos. 
Ozeas Silva
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Protocolo de Kyoto 
 
O protocolo foi um documento internacional com o objetivo de reduzir a emissão de gases 
poluentes, o mesmo foi ratificado em 15 de março de 1998. O total é de 192 países participando 
deste acordo ambiental, porém vale ressaltar que os Estados Unidos, país com maior índice de 
poluição não participou do acordo alegando que a diminuição da poluição comprometeria o seu 
desenvolvimento econômico. O intuito do protocolo foi a redução de alguns gases que são 
emitidos principalmente por indústrias. São eles: dióxido de carbono, gás metano, óxido nitroso, 
hidrocarbonetos fluorados, hidrocarbonetos perfluorados e hexafluoreto de enxofre. 
No protocolo foram instituídas ações comuns que os países participantes devem seguir como 
proteger suas florestas e áreas verdes, racionar energia e manter seu uso consciente e diminuir 
as emissões de metano oriundo em grande parte da decomposição da matéria orgânica. 
 
Gestão Ambiental nas Empresas, Estratégias e Instrumentos de Gestão Ambiental- ISO 
14000 
 
Com o intuito de minimizar custos, ter uma boa repercussão no mercado competitivo e 
lucratividade as empresas adotam de estratégias e instrumentos para uma melhor avaliação e 
manutenção dos seus resultados sociais, econômicos e culturais. 
Uma empresa que tem por objetivo praticar a gestão ambiental deve montar e implantar um 
sistema de gestão ambiental e uma política ambiental. 
A gestão ambiental tem como objetivo principal administrar suas atividades econômicas e 
sociais com o objetivo da utilização racional dos recursos naturais renováveis ou não renováveis. 
O enfoque da gestão ambiental está na preservação da biodiversidade, redução dos impactos 
ambientais negativos e a reciclagem. Para direcionar a montagem de sistema as empresas 
utilizam as normas da série ISO 14000. As normas desta série visam padronização as questões 
ambientais das organizações de qualquer tipo usando sistemas de monitoramento, avaliações, 
auditorias internas e externas e certificações com o objetivo de reduzir ou eliminar impactos 
ambientais. Destaca-se que dentro das normas da família ISO a única que possibilita a obtenção 
de certificação é a ISO 14001, pois, a mesma descreve os critérios de avaliação e verificação de 
um sistema de gestão ambiental (SGA). 
A certificação ISO 14001 é aplicável a qualquer de organização e não está relacionada ao 
porte da empresa e nem ao seja o aspecto geográfico. Porém para a busca desta certificação a 
empresa e todos os seus funcionários independentes de níveis hierárquicos devem estar 
comprometidos nesta missão. 
 
Ozeas Silva
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Quando minha empresa deve optar por um sistema de gestão ambiental? 
 
Existem alguns fatores importantes que devem ser considerados para indagar se a empresa 
necessita ou não de implantar um sistema de gestão ambiental. 
 
1º A minha organização necessita atender alguma legislação ambiental? 
2º A empresa precisa melhorar a sua visão e práticas ambientais? 
3º Os profissionais da organização estão comprometendo seu tempo com as demandas 
ambientais? 
5. Os objetivos da empresa estão relacionados com objetivos ambientais? 
 
Por que optar por um SGA? Quais as vantagens para a organização? 
Em primeiro lugar pode-se destacar o acesso a novos mercados e novos clientes, pois 
uma empresa que possui um sistema de gestão ambiental consistente e divulgado fortalece o 
nome da sua marca e dos seus produtos. Em segundo pode-se citar a eliminação de riscos e 
acidentes ambientais. A partir do momento que a empresa implanta um SGA se torna mais fácil a 
identificação de problemas, ou seja, a empresa apresenta um processo mais controlado. Outro 
fator que contribui muito para a empresa é que através deste sistema a empresa evita o 
desperdício o que traz lucratividade a organização. 
A melhoria da imagem é outra questão benéfica, pois uma empresa com este sistema 
torna seus funcionários mais seguros melhorando sua relação com sindicatos. Outro fator que 
merece destaque é que a partir da melhoria desta imagem a organização tem facilidade para 
obtenção de crédito e seguros mais baratos. 
Existe algum preparativo para a implantação do SGA? 
Sim, antes da efetivação do sistema de gestão ambiental a empresa deve contar com o 
comprometimento da alta direção, contratar ou indicar um gestor ambiental, verificar quais as 
necessidades humanas e financeiras, avaliar a sua situação atual através de auditorias e verificar 
quem serão os funcionários responsáveis. 
O planejamento de um SGA é essencial para assegurar a sua efetiva implantação. Neste 
planejamento a empresa deverá verificar se existe a necessidade de consultoria externa, definir 
os dias e periodicidade das reuniões com os funcionários envolvidos, quem será o órgão 
certificador, elaborar a política ambiental, verificar os princípios legais para a sua produção, definir 
suas metas ambientais, definir prioridades, treinamento dos funcionários, organização dos 
documentos, identificar e planejar ações emergenciais, monitorar suas ações e definir o sistema 
de gestão ambiental a ser implantado. 
Ozeas Silva
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Ozeas Silva
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Ozeas Silva
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As agências de certificação ambiental mais conhecidas no Brasil são: American Bureau of 
Shipping (ABQ – QE), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Bureau Veritas 
Certification e Det Norske Veritas (DNV). 
A política ambiental de uma organização tem por objetivo estruturar ações e definir os 
objetivos e metas ambientais. A política ambiental de uma empresa ser apropriada à sua e aos 
possíveis impactos ambientais oriundos das suas atividades, da geração dos seus produtos e 
serviços, se comprometer com a melhoria contínua de seus processos, atender os requisitos 
legais aplicáveis, ou seja, seguir a legislação pertinente, fornecer estrutura para que as metas 
possam ser alcançadas, ser documentada e mantida, estar disponível para o público e para todos 
que trabalhem para a empresa, o que inclui firmas terceirizadas. 
Quais as características devem conter as metas e objetivos que serão estipulados 
pela organização? 
 Devem ser documentados e divulgados; 
 Precisam ser mensuráveis, ou seja, de 0 a 100%; 
 Precisam estar de acordo com a Política Ambiental; 
 Estar de acordo com os requisitos prescritos pela organização. 
 Serem alcançáveis; 
 Devem ser revisados rotineiramente; 
Qual a seqüência de trabalho? 
 
 
 
Nem sempre há garantia da empresa atingir eficiência de 100% e alguns resultados negativos 
podem ocorrer. Neste caso, verificar o que determinou o resultado negativo e desenvolver ações 
preventivas e corretivas, reavaliar seus objetivos e metas que muitas vezes não há condições de 
serem alcançáveis e por último reavaliar sua política. 
As ações corretivas são identificadas através do processo de monitoramento da empresa, este 
monitoramento se faz importante para identificar as suas principais de suas execuções que 
possam ter um impacto significativo e verificar as não conformidades. 
Como identificar as não conformidades? 
Identificar 
impactos 
ambientais 
Definir objetivos 
ambientais 
Fixar metas 
ambientais 
As não conformidades podem ser identificadas através do monitoramento ambiental, auditoriase 
sugestões de funcionários e reclamações de clientes. 
Em alguns casos a ineficiência do processo está na não uniformidade das ações e dos 
funcionários. Um exemplo está na falta ou na baixa rotina de treinamento de funcionários que 
podem ter como conseqüências acidentes de trabalho e acidentes ambientais. 
Quando a empresa deve oferecer treinamento aos seus funcionários? 
1. Quando houver admissão de funcionários; 
2. Quando um funcionário assumir uma nova função ou for deslocado temporariamente para 
cobrir um funcionário em outro setor; 
3. Quando for verificado algum tipo de erro na produção; 
4. Quando os métodos utilizados forem modernizados; 
5. Quando novos equipamentos forem comprados; 
6. Quando os objetivos, metas ou a política for modificada; 
7. Quando as legislações sofrerem atualização; 
8. Quando as metas do SGA não forem atendidas. 
 
As auditorias em uma empresa podem ser internas e governamentais. As auditorias internas são 
aquelas realizadas pela própria empresa ou por consultorias externas. As auditorias internas têm 
por objetivo assegurar que o SGA está em conformidade com os requisitos da Norma ISO 14001. 
As auditorias governamentais ou externas são aquelas que visam uma certificação e só devem 
ser solicitadas quando o sistema de gestão ambiental estiver funcionando de forma adequada. 
Vale ressaltar que em uma auditoria externa o auditor deverá ser ético, demonstrar cuidado 
profissional e abordagens baseadas sempre em evidências. 
Vantagens e Desvantagens de uma auditoria: 
Vantagens: 
 Identificar e registrar o que está dentro das conformidades e das não-conformidades com a 
legislação e com a política ambiental da empresa; 
 Melhoria da imagem da empresa junto à sociedade. 
 Promover a conscientização ambiental dos funcionários e daqueles que agem em nome da 
empresa. 
 Minimizar os resíduos gerados durante os processos. 
Desvantagens: 
 Necessidade de compra de recursos para implementar o sistema de auditoria ambiental. 
 Possibilidade de despesas inesperadas para a correção das não-conformidades. 
 Contratação de consultorias externas. 
 
SGI- Sistema de Gestão Integrada 
O sistema de gestão integrada visa em uma empresa harmonizar os setores de qualidade, meio 
ambiente, segurança e saúde. 
Quais as vantagens de um SGI? 
 A empresa consegue reduzir seus custos, pode alcançar a certificação; 
 Promover a conscientização e comprometimento dos seus funcionários e das firmas 
prestadoras de serviço; 
 Melhorar o desempenho da produção; 
 Estabelecer indicadores de desempenho; 
 Traz como benefício credibilidade à imagem da empresa. 
Qualidade 
A qualidade esta relacionada a um novo paradigma associado à rapidez da evolução 
tecnológica. A sociedade e o mercado internacional cada vez mais exigem dos produtos e 
principalmente das relações e diferenciais de cada empresa. 
Foi a partir da Segunda Guerra Mundial que a comunicação passou a ser intensificada 
levando notícias e acontecimentos a várias partes do mundo. O marco da comunicação ocorreu 
na década de 70 pelo avanço tecnológico da época e pelas mudanças ocorridas no que tange os 
documentos de comunicação. 
A ISO 9000 norma internacional referente à qualidade foi aprovada no ano de 80 e está 
baseada nas normas britânicas de qualidade. Esta norma abrange terminologias, conceitos para 
evolução da qualidade. Nos dias atuais a qualidade empresarial industrial está compreendida no 
processo da melhoria contínua e nas atuais necessidades da população. 
 
Ozeas Silva
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Ozeas Silva
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Qualidade e o Impacto nas Organizações 
 
A qualidade em uma empresa é a busca permanente da excelência mantendo a harmonia 
nos processos e aumentando continuamente sua produtividade. Para atingir tal meta se faz 
necessário alguns processos: o custo operacional, racionar recursos, estabilidade no padrão e 
flexibilidade nas alterações. 
Por quê? 
Quando se trata de operação outra variável também está envolvida, “a segurança”, isto 
envolve custo, aumentar a demanda significa aumentar o número de maquinários e de 
funcionários e aumentar a quantidade de treinamentos, equipamentos de proteção e 
possivelmente gastos com acidentes de trabalho, se for o caso. Se tratando da estabilidade no 
padrão faz-se referência a empresa manter sua credibilidade no produto e no processo 
juntamente com o aumento da produtividade, ou seja, produzir mais com a mesma qualidade ou 
melhor do que a de antes. No que tange a flexibilidade nas alterações significa a empresa estar 
preparada para evoluir em seus produtos, mantendo sempre a qualidade, ou seja, evoluir 
tecnologicamente sem perder o padrão de excelência. 
A sigla ISO denomina Organização Internacional de Padronização, é uma organização não 
governamental que está presente em cerca de 120 países. Foi fundada em 1947 em Genebra e a 
sua função é promover a normalização de produtos e serviços, utilizando determinadas normas, 
para que a qualidade dos produtos seja sempre melhorada. 
A série de normas ISO 9000, foi publicada em 1987, e desde então já sofreu ciclos de melhoria. 
A ISO 9000 é uma concentração de normas que formam um modelo de gestão da qualidade para 
organizações que desejam certificar os seus sistemas de gestão através de organismos de 
certificação. Foi elaborada através de um consenso internacional sobre as práticas que uma 
empresa pode tomar a fim de atender plenamente os requisitos de qualidade do cliente. A ISO 
9000 não fixa metas a serem atingidas pelas empresas a serem certificadas, mas sim a própria 
empresa quem estabelece as metas a serem atingidas. 
A ISO 9001-2000 combina as três normas 9001, 9002 e 9003 em uma, agora chamada 9001 
sendo que a norma ISO 9001, expõe as exigências a satisfazer quando a atividade de uma 
empresa envolve concepção, a ISSO 9002, estabelece as exigências equivalentes quando a 
empresa não se dedica à concepção e desenvolvimento e a ISO 9003 é o modelo equivalente 
para os casos em que não se exigem controlo da concepção e controle do processo. 
A versão 2000 procura fazer uma mudança radical na forma de pensar, estabelecendo o conceito 
de controlo antes e durante o processo exigindo também o envolvimento da direcção da empresa, 
para fazer a integração da qualidade dentro da empresa definindo um responsável pelas ações 
da qualidade. Contudo a principal mudança na norma foi a introdução da visão de foco no cliente, 
antes o cliente era visto como externo à organização, agora o Sistema de Gestão da Qualidade 
(SGQ) considera o cliente dentro do sistema da Organização. 
A qualidade é considerada como uma variável de múltiplas dimensões e definida pelo cliente, 
pelas suas necessidades e desejos. 
Um sistema de qualidade, por si próprio, não conduz automaticamente à melhoria dos processos 
de trabalho ou da qualidade do produto, nem resolve todos os seus problemas. 
Esta norma requer que a empresa defina por escrito a sua política de qualidade e como tal é 
nomeado uma pessoa com autoridade de direção para assumir a responsabilidade global pelo 
sistema da qualidade. 
Para assegurar que todo o sistema da qualidade é abrangido, deve adoptar procedimentos 
normalizados, que inclui nomeadamente problemas de qualidade e ações empreendidas, 
reclamações, como está o sistema a funcionar e se os objetivos estão a ser cumpridos. 
De modo a realizar todas as inspeções e ensaios finais de acordo com o plano da qualidade e 
para comprovar a conformidade do produto acabado com os requisitos especificados é 
necessário a existência de um manual da qualidade que inclua os procedimentos do sistema de 
qualidade estabelecendo e mantendo registos com a inspeção e os ensaios efetuados. 
O equipamento também deve ser controlado, calibrado mantendo o equipamento de inspeção, 
medição e ensaio utilizado, para demonstrar a conformidade do serviço com os requisitos 
especificados. 
A empresa deve implementar açõescorretivas e preventivas para eliminar as causas reais ou 
potenciais de não conformidades. 
A organização deve seguir alguns passos e atender a alguns requisitos da ISO 9001 para ser 
certificada. De entre esses requisitos podemos citar: 
- Padronização de todos os processos chaves do negócio, processos que afetam o produto e 
consequentemente o cliente; 
- Monitoramento e medição dos processos de fabricação para assegurar a qualidade do 
produto/serviço, através de indicadores de performance e desvios; 
- Implementar e manter os registros adequados e necessários para garantir a rastreabilidade do 
processo; 
- Inspeção de qualidade e meios apropriados de ações corretivas quando necessário; 
- Revisão sistemática dos processos e do sistema da qualidade para garantir sua eficácia. 
Só atuando dentro destes parâmetros atrás definidos, uma empresa pode ser certificada, 
segundo as normas ISO 9000. O Processo de certificação é efetuado por uma entidade 
independente devidamente credenciada, que exige que todo o processo funcione com rigor e 
responsabilidade. 
Uma empresa certificada dá garantias de possuir pessoal qualificado, meios de controlo e 
procedimentos de rotina, que permitem avaliar o processo a todo o momento. 
 
ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental 
Os impactos ambientais gerados pelo desenvolvimento industrial e económico do mundo atual 
constitui um grande problema para autoridades e organizações ambientais, assim no início da 
década de 90, a ISO viu a necessidade de desenvolver normas que falasse da questão ambiental 
e tivesse como intuito a padronização dos processos de empresas que utilizassem recursos 
tirados da natureza e/ou causassem algum dano ambiental decorrente de suas atividades. Em 
Setembro de 1996, foi aprovada a norma ISO 14000/14001. Esta norma estabelece as diretrizes 
básicas para o desenvolvimento de um sistema que gere a questão ambiental dentro da empresa, 
ou seja, um sistema de gestão ambiental. 
A norma 14000 não define de forma detalhada um conjunto de prescrições para a administração 
de um sistema, mas sim os requisitos estruturais para a sua implementação. 
A integração de questões ambientais nos sistemas de gestão das organizações desempenha um 
papel inquestionável na satisfação das mais variadas necessidades socio-econômicas, ao 
assegurar a optimização na utilização de recursos naturais, proteção do meio ambiente e a 
redução da poluição, pela gestão do impacto das suas atividades. 
A certificação de sistemas de gestão ambiental, constitui uma ferramenta essencial para as 
organizações que pretendam alcançar uma confiança acrescida por parte dos clientes, 
colaboradores, comunidade envolvente e sociedade, através da demonstração do compromisso 
voluntário com a melhoria contínua do seu desempenho ambiental. 
A ISO 14001, especifica os requisitos necessários para o estabelecimento de uma estratégia 
ambiental, que permite determinar os impactos ambientais de produtos, atividades e serviços, 
planificar objetivos ambientais, implementar e colocar em prática programas para atingir os 
objetivos definidos, atuações de verificação e correção, revisão do sistema implantado, etc. 
Toda a estratégia ambiental deve ser registada num documento escrito, bem como toda a 
documentação em que se indiquem os planos, objetivos e metas. 
A série de normas sobre gestão ambiental, ISO 14001, está dividida em oito grupos: 
_ Sistemas de Gestão Ambiental; 
_ Auditorias ambientais; Avaliação de performance ambiental; 
_ Ciclo de vida do produto; 
_ Termos e definições; 
_ Aspectos ambientais em normas de produtos; 
_ Futuras aplicações. 
Um dos objetivos da ISO 14001, é o de permitir uma boa relação entre a opinião pública e a 
empresa, garantindo um elevado nível de segurança com custos razoáveis e reduzindo o número 
de incidentes, o que incrementa o clima de segurança do público. 
São especificadas as definições para os seguintes termos utilizados na norma: melhoria contínua; 
ambiente; aspecto ambiental; impacto ambiental, sistema de gestão ambiental; sistema de 
auditoria da gestão ambiental; objetivo ambiental; desempenho ambiental; política ambiental; 
meta ambiental; parte interessada, organização. 
Os certificados de gestão ambiental da série ISO 14000 atestam a responsabilidade ambiental no 
desenvolvimento das atividades de uma organização. 
Para a obtenção e manutenção do certificado ISO 14000, a organização tem que se submeter a 
auditorias periódicas, realizadas por uma empresa certificadora, credenciada e reconhecida pelos 
organismos nacionais e internacionais. 
Nas auditorias efetuadas é verificado o cumprimento de requisitos tais como: cumprimento da 
legislação ambiental; diagnóstico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de cada 
atividade; procedimentos padrões e planos de ação para eliminar ou diminuir os impactos 
ambientais sobre os aspectos ambientais; pessoal devidamente treinado e qualificado. 
 
A norma ISO 26000 foi publicada em dezembro de 2010, após cinco anos de debate entre 
especialistas oriundos de quase uma centena de países e de seis segmentos sociais 
(trabalhadores, governos, empresas, consumidores, organizações não governamentais e outros). 
A participação dos trabalhadores ocorreu por meio de especialistas vinculados às centrais 
sindicais de vários países, liderados pela Confederação Sindical Internacional (CSI). 
O Brasil foi bastante ativo na elaboração da norma, a começar pela composição da presidência 
do grupo de trabalho, dividido entre os representantes da ABNT e do Instituto de Normalização da 
Suécia (SIS – Swedish Standard Institute). Uma questão relevante é que as contribuições de 
especialistas brasileiros em todas as etapas do processo permitiram incorporar, ao conteúdo da 
norma, inúmeras sugestões e propostas vindas do Brasil. 
A norma fornece orientações sobre princípios e práticas de responsabilidade social dirigidas a 
organizações de qualquer natureza, não apenas para empresas. Sendo uma norma de 
orientação, a ISO 26000 não é passível de certificação, pois não contém a especificação de 
requisitos a serem verificados para a outorga de um certificado. 
A ISO 26000 tomou por base as normas, tratados, convenções e outros documentos 
intergovernamentais, inclusive as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 
como base para a definição das suas recomendações de conteúdo. Com isso, procurou respeitar 
as normas obrigatórias adotadas por amplo consenso entre nações e representantes da 
sociedade internacional. Portanto, houve o reconhecimento da autoridade de governos e 
organismos intergovernamentais para a fixação dos requisitos de responsabilidade social para as 
organizações. 
Considerando o conteúdo da norma, vale destacar a definição de “responsabilidade social” que foi 
adotada e que se constituiu numa base para o restante do documento. Para a ISO, 
responsabilidade social significa: 
 
“responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades sobre a 
sociedade e o meio ambiente, através de comportamento ético e transparente que: 
 
o contribua para o desenvolvimento sustentável, incluindo a saúde e bem-estar da 
sociedade; 
o leve em consideração as expectativas das partes interessadas; 
o esteja de acordo com a legislação pertinente e com as normas internacionais de 
comportamento; e 
o esteja integrado à organização como um todo e praticado em seus relacionamentos. 
 
Esta definição relaciona a responsabilidade social ao comportamento diante de impactos 
causados pela organização sobre a sociedade e o meio ambiente, por suas atividades cotidianas 
ou eventuais, o que não se confunde com ações sociais e filantrópicas. Ao falar de 
desenvolvimento sustentável, a norma alerta para a dimensão social, que é frequentemente 
relegada a segundo plano pelas empresas. Mais adiante, o texto explica que o conceito de 
desenvolvimento sustentáveltem como foco o planeta como um todo, abrangendo o meio 
ambiente e a sociedade humana, e que a responsabilidade social tem a ver com a contribuição de 
uma organização para este desenvolvimento. 
As normas internacionais de comportamento relacionam-se com as expectativas de um 
comportamento organizacional socialmente responsável respaldado pelas leis internacionais, 
tratados e convenções reconhecidas universalmente. Afinal, a responsabilidade social das 
organizações, incluindo as empresas, deve ser definida pela sociedade através de seus 
mecanismos políticos e jurídicos, e não por uma interpretação autônoma por parte das empresas. 
Outro ponto importante da norma é o conceito de parte interessada, que na ISO 26000 é definido 
pelo interesse que indivíduos ou grupos mantêm em relação às atividades e decisões da 
organização. O interesse, neste caso, não é a mera curiosidade, mas uma relação que dê base a 
reivindicações ou direitos, não apenas financeiros ou legais, mas também morais e éticos. 
Outra parte importante da ISO 26000 é um conjunto de princípios gerais que orientam a 
responsabilidade social em qualquer situação, sendo eles: Accountability4; Transparência; 
Comportamento ético; Respeito aos interesses das partes interessadas; Respeito ao Estado de 
Direito; Respeito às normas internacionais de comportamento e Respeito aos direitos humanos. 
 
 
Reconhecimento da responsabilidade social e engajamento das partes interessadas 
Para que uma organização consiga identificar quais são as suas responsabilidades sociais, a ISO 
26000 diz que ela deve considerar um conjunto de áreas temáticas, ou temas centrais. Estes 
temas, fortemente interrelacionados, são: governança organizacional, direitos humanos, práticas 
trabalhistas, meio ambiente, práticas operacionais justas, direitos dos consumidores, 
envolvimento comunitário e desenvolvimento. Para cada um destes temas, a ISO 26000 
apresenta princípios de conduta, considerações e sugestões de comportamento. 
Vale notar que a perspectiva adotada na norma foi a de que a responsabilidade de uma 
organização, em certas situações, se estende às atividades de outras organizações. 
mantenha relacionamento (que estejam em sua esfera de influência), isto inclui partes ou toda a 
sua cadeia produtiva ou cadeia de valor5, órgãos associativos, parceiros e competidores. 
Muitas vezes, a responsabilidade de uma organização já está bem identificada nas leis e 
regulamentos de um país. Mas, em outros casos, a identificação das responsabilidades sociais 
passa também pelo diálogo e engajamento com as chamadas partes interessadas (Stakeholders). 
Para saber quem são as partes interessadas é preciso avaliar quem é, ou pode ser, impactado 
pelas atividades da organização. Em seguida, a organização também deve avaliar a relação entre 
os interesses dessas partes e o desenvolvimento sustentável, incluindo a saúde e o bem-estar 
social. A partir daí, deve-se estabelecer um engajamento com as partes interessadas, o que 
significa discussão e tratamento dos impactos reais ou potenciais. 
O engajamento com as partes interessadas pode assumir diversas formas, mas é basicamente 
um processo interativo, de mão-dupla, que pressupõe independência, autenticidade e 
representatividade das partes interessadas em relação à organização. Entre outras coisas, o 
engajamento pode contribuir para o tratamento de conflitos de interesses entre partes 
interessadas e a organização, subsidiar o processo decisório da organização e ajudar a evitar 
impactos adversos de suas decisões. A prática da negociação coletiva e do diálogo social entre 
empregadores e trabalhadores pode ser considerada como forma de engajamento das partes 
interessadas.

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