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Redação- Alienação parental

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Em um dos episódios do seriado americano “Friends”, o protagonista Ross
Gueller entra em um acordo amigável com sua ex-esposa sobre a guarda do único filho
do casal. Fora da ficção, é perceptível, na conjuntura hodierna, a alienação parental
–interferência na formação psicológica da criança induzida por um dos genitores, que
podem causar sequelas e comprometer o equilíbrio emocional. Dessa forma, é fulcral
debater a alienação parental em questão no Brasil devido aos efeitos psicológicos
provocados nos jovens e a não autonomia intelectual das crianças envolvidas.
A princípio, é relevante ressaltar o filme “Pelos olhos de Maise”, que retrata a
situação da pequena menina ao lidar com o complicado divórcio dos pais. Em paralelo à
obra cinematográfica, é indubitável que, no Brasil, as disputas judiciais pela guarda dos
filhos são problemas latentes, uma vez que um dos genitores utiliza da alienação
parental com difamações e discursos de ódio, podendo provocar distúrbios e efeitos
psicológicos na formação dos jovens como depressão e ansiedade, que protagonizam
ambientes conturbados e distópicos da expectativa moral universal.
Ademais, de acordo com o sociólogo francês Émile Durkheim, a família é uma
instituição fulcral da sociedade e uma parte importante da estrutura social, sendo que o
seu adoecimento pode gerar divórcios. De maneira análoga ao pensamento do
sociólogo, a sociedade brasileira contemporânea contraria o conceito de “família sadia”
de Durkheim, uma vez que as instituições de referência estão adoecidas pela alienação
parental. Não obstante, todo o cenário caótico criado pelo conflito entre os genitores
causa o medo constante nos jovens envolvidos na situação, que afeta diretamente o seu
desenvolvimento lúdico e psíquico causando danos no processo de aprendizagem e no
desenvolvimento autônomo e intelectual.
Destarte, é perceptível que a alienação parental é um problema latente no Brasil
contemporâneo, que pode provocar sérios danos aos jovens envolvidos nos conflitos.
Portanto, o Ministério da Cidadania, juntamente com o Ministério da Justiça, deve
aprimorar a aplicação das leis e a fiscalização sobre a manipulação familiar, por meio de
projetos de lei e de parcerias com profissionais da saúde – psicólogos e psiquiatras–,
visando diminuir os efeitos emocionais causados nas crianças e nos adolescentes
presentes nas disputas judiciais dos genitores.

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