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Conteudista: Prof.ª Dra. Andrea Borelli Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin Objetivos da Unidade: Apresentar o histórico da Extensão Universitária no Brasil; Mostrar os núcleos que formam as bases da Extensão idealizada pela Cruzeiro do Sul Virtual. A Extensão como Prática Universitária Os Núcleos de Apoio à Extensão e seus Objetivos Núcleos e Programas A discussão da prática de atividades de extensão pelos alunos, professores e Instituições de Ensino Superior não é um assunto novo e pode ser rastreado em diversas atividades realizadas por Instituições Educacionais ao longo da história do país. Na década de 1930, o Governo Federal sancionou o Decreto nº 19.851, de 11 de abril de 1931, que organizava o Sistema de Ensino Superior no país e determinava que as Instituições deveriam realizar atividades de extensão, que eram descritas como “cursos e conferências de caracter educacional ou utilitário” e: Neste momento, a Extensão é pensada a partir da Instituição de Ensino e tem a Comunidade como receptora do conhecimento produzido nesses espaços, e não como interlocutora, como se observa em: 1 / 2 A Extensão como Prática Universitária - DECRETO nº 19.851, de 11 de abril de 1931 | Fonte: https://bit.ly/3Iej9HU “Art. 109. A extensão universitaria destina-se á di. usão de conhecimentos philosophicos, artisticos, litterarios e cienti�cos em bene�cio do aperfeiçoamento individual e collectivo” https://bit.ly/3Iej9HU A participação do Movimento Estudantil na ideia da Extensão e o conceito da interlocução direta entre a Universidade e a Comunidade tornou-se mais evidente no início dos anos 1960. A União Nacional dos Estudantes – UNE considerava que as Universidades existentes atendiam a um grupo limitado de pessoas e formavam pro�ssionais sem preocupação com os problemas da Sociedade, e essa preocupação pode ser vista em documentos como a Carta da Bahia, de 1961, que, entre outras coisas, considerava fundamental: - DECRETO nº 19.851, de 11 de abril de 1931 | Fonte: https://bit.ly/3Iej9HU “Art. 35. Nos institutos de ensino pro�ssional superior serão realizados os seguintes cursos:f) cursos de extensão universitaria, destinados a prolongar, em bene�cio collectivo, a actividade technica e scienti�ca dos institutos universitários (Disponível em: ” “a. Lutar pela reforma e democratização do ensino, dando a todos condição de acesso aos estudos em todos os graus; b. Abrir a universidade para o povo, através da criação de cursos acessíveis a todos (...) Promove-los não só nos prédios das escolas, como em favelas circunvizinhas de fábricas e bairros operários; c. Colocar as universidades a serviço dos órgãos governamentais, sobretudo do interior dos Estados. Promover, por exemplo, o levantamento topográ�co https://bit.ly/3Iej9HU A mudança no clima político nacional trazida pela ascensão dos militares ao poder e pelo endurecimento do regime afetou a forma como a Extensão Universitária era vista e o protagonismo do Processo passou a ser do Estado. A Lei nº 5.540, de 28 de novembro de 1968, previa que as Faculdades e as Universidades deveriam proporcionar aos alunos a participação em Programas voltados a promover a melhoria das condições de vida da população e a contribuir com o Processo Geral do desenvolvimento. Em 1975, surgiu a primeira diretriz concreta para a Política de Extensão Universitária: o Plano de Trabalho de Extensão Universitária, que de�nia Extensão como: - UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES. Carta da Bahia de 1961. | Fonte: https://bit.ly/3Iej9HU de uma cidade do interior, traçar-lhe uma rede de esgoto, realizar pesquisas demográ�cas, etc; d. Colocar a universidade a serviço das classes desvalidas com a criação de escritórios de assistência judiciária, médica, odontológica, técnica (habitação, saneamento de vilas ou favelas). Que isso não seja realizado de forma paternalista, a título de esmola, concorrendo para atenuar os males sociais e indiretamente solidi�cando a estrutura iníqua em que vivemos. É preciso, sobretudo, despertar a consciência popular para seus direitos. Entretanto, enquanto se vai lutando, não podemos deixar que pessoas morram ao nosso lado; e. Fazer da Universidade uma trincheira de defesa das reivindicações populares, através da atuação política da classe universitária na defesa de reivindicações operárias, participando de gestões junto aos poderes públicos e possibilitando cobertura junto aos movimentos de massa.” https://bit.ly/3KfzvlH O Movimento pela Redemocratização foi consolidado pela promulgação da Constituição de 1988, que reforçou o conceito de que o Ensino Superior deveria ser organizado em torno do tripé Ensino/Pesquisa/Extensão. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabeleceu as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, considerava que a realização das atividades de Extensão era um dos objetivos da Educação Superior: - PLANO DE TRABALHO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Ministério da Educação/Departamento de Assuntos Universitários, 1975 - LEI nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 | Fonte: https://bit.ly/3c8DWzy “[...] a forma através da qual a instituição de ensino superior estende sua área de atendimento às organizações, outras instituições e populações de um modo geral, delas recebendo in�uxo no sentido de retroalimentação dos demais componentes, ou seja, o ensino e a pesquisa.” “Art. 43. A educação superior tem por �nalidade: VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa cientí�ca e tecnológica geradas na instituição.” https://bit.ly/3c8DWzy Nos anos seguintes, a Extensão consolidou-se como mais que uma função acadêmica, e passou a ser considerada um Princípio e um Processo de Aprendizagem, que deve ser integrada ao currículo dos Cursos de Educação Superior. O Plano Nacional de Educação, de 2014, na Meta 12.7, determinava que era necessário assegurar, no mínimo, que 10% (dez por cento) da carga horária dos Cursos de Graduação fossem realizados em Programas e Projetos de extensão universitária. Em 2018, foi publicada a Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que estabeleceu as diretrizes para a Extensão na Educação Superior brasileira e legislou sobre o disposto no Plano Nacional de Educação – PNE. Nesse documento, a Extensão é entendida como: Bases legais: - RESOLUÇÃO nº 7, de 18 de dezembro de 2018 | Fonte: https://bit.ly/3GHMQRp Constituição Federal: Art.207; “Art. 3º. A Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar, político educacional, cultural, cientí�co, tecnológico, que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa.” https://bit.ly/3GHMQRp Lei 9394/96: Art. 43, 44, 52, 53, 77; PNE 2014/2024: Meta 12.7; Res. 7. 18/12/2018: Regulamento Geral. A Cruzeiro do Sul Virtual, considerando o determinado para a realização da Extensão nos termos propostos pela Legislação, organizou seus esforços em Núcleos, que foram criados com o objetivo de articular um ou mais Grupos da Instituição para executar as atividades extensionistas, observando seu caráter interdisciplinar e que envolvem, necessariamente, o contato direto com a Sociedade Civil. Assim, foram criados os Núcleos apresentados a seguir. NUPEX – Núcleo de Práticas Educativas e de Extensão O objetivo geral do Núcleo de Práticas Educativas e de Extensão é ampliar a formação global do aluno por meio do desenvolvimento de suas habilidades socioemocionais e de suas atuações 2 / 2 Os Núcleos de Apoio à Extensão e seus Objetivos transformadoras junto à Sociedade, corroborando com a missão institucional quanto à formação de cidadãos éticos, academicamenterelevantes em seus Mercados e comprometidos com a Sociedade. Ele tem caráter interdisciplinar acadêmico-cientí�co, pautado pela interdisciplinaridade sob a perspectiva multidimensional das questões humanas, de modo a potencializar a formação global do estudante (Disponível em: Regulamento Núcleo de Práticas Educativas e de Extensão). NIAC – Núcleo de Inovação Acadêmica O Núcleo de Inovação Acadêmica, vinculado à Pró-reitoria de Educação a Distância (PREAD), tem como objetivo promover estudos e pesquisas no âmbito da Inovação Acadêmica e coordenar as ações acadêmicas e administrativas relacionadas à formação de docentes, supervisores de área, tutores, funcionários e coordenadores de polo para atuação no Ensino Superior, no Ensino Pro�ssional e nas atividades de gestão acadêmica (Disponível em: Regulamento Núcleo de Inovação Acadêmica Niac). NETI – Núcleo de Empreendedorismo, Trabalhabilidade e Inovação O Núcleo de Empreendedorismo, Trabalhabilidade e Inovação tem o objetivo principal de despertar nos estudantes uma atitude empreendedora e de inovação, para que desenvolvam sua Trabalhabilidade e alcancem mais oportunidades no Mercado de Trabalho. Os coordenadores de Curso conseguem: identi�car as habilidades e as competências exigidas pela nova dinâmica do Mercado; gerar indicadores de trabalhabilidade dos estudantes e egressos, por meio do per�l comportamental, da personalidade, dos valores e dos interesses, além de conectar os alunos às oportunidades de trabalho mais aderentes ao seu per�l (Disponível em: Descrição do NETI – Documento de Gestão). NUBEM – Núcleo de Saúde e Bem-Estar O Núcleo de Saúde e Bem-Estar (NUBEM) surge com a proposta de viabilizar os meios institucionais, materiais e humanos no tocante à realização de Pesquisa e Extensão, no âmbito da Saúde e Bem-estar da Comunidade acadêmica e/ou da Comunidade de atuação dentro do Grupo Educacional Cruzeiro do Sul. O NUBEM, por meio das suas ações, objetiva, ainda, estimular a participação da Comunidade acadêmica, promovendo melhor compreensão dos temas relacionados à saúde, à qualidade de vida e ao desenvolvimento das competências socioemocionais (Disponível em: Regulamento Núcleo de Saúde e Bem-Estar – NUBEM). NI – Núcleo de Internacionalização O Núcleo de Internacionalização (N.I.), vinculado à Pró-reitoria de Educação a Distância (PREAD), foi concebido no sentido de reunir e de organizar as ações da Instituição para fomentar as práticas, intercâmbios e convênios no sentido de fomentar Eventos e Acordos Internacionais que envolvam os Cursos e as Áreas de EaD com Instituições estrangeiras: “Art. 2°. O objetivo geral do Núcleo de Internacionalização (N.I.) é estimular, por meio de projetos especí�cos, as práticas acadêmicas que favoreçam o intercâmbio de ideias e projetos necessários à formação dos egressos e dos docentes, de acordo com os Projetos Pedagógicos de Curso (PPCs) e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)” (Disponível em: Regulamento Núcleo de Internacionalização (N. I.). NPCT – Núcleo de Práticas Cientí. cas e Tecnológicas O Núcleo de Práticas Cientí�cas e Tecnológicas foi concebido no sentido de reunir e de organizar os Projetos e as Ações da Instituição para fomentar as práticas de Pesquisa Cientí�ca e de Inovação Tecnológica. O objetivo geral do NPCT é estimular, por meio de Projetos especí�cos, as práticas inovadoras que favoreçam a aquisição das competências especí�cas e transversais necessárias à formação dos egressos, em uma perspectiva multidimensional das questões humanas, de modo a potencializar a base teórico-cientí�ca dos estudantes, contribuindo para desenvolver um cidadão criativo, inovador e empreendedor na sua Comunidade (Disponível em: Regulamento Núcleo de Práticas Cientí�cas e Tecnológicas).
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