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6 Resposta à acusação

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Resposta à acusação
Apresentação
A legislação processual penal brasileira, que sofreu expressivas alterações com o advento da Lei no 
11.719/2008, passou a admitir uma importante peça processual: a resposta à acusação.
Depois que a denúncia é oferecida e recebida, o acusado é chamado para se manifestar, por escrito 
e dentro do prazo de dez dias, por meio da apresentação de resposta à acusação. Esta peça 
processual é a primeira forma de contrapor as acusações, de acordo com os arts. 396 e 396-A do 
Código de Processo Penal (CPP), precedendo, portanto, à fase de instrução criminal.
O art. 396-A do CPP possibilita a arguição de preliminares, ou seja, a oportunidade de arguir 
preliminares de acordo com o princípio da ampla defesa, uma vez que é o momento conveniente 
para se discutir eventuais incorreções de natureza processual existentes na peça acusatória ou 
durante a fase de inquérito policial.
Entre as matérias que podem ser apontadas na resposta à acusação estão os vícios procedimentais 
advindos da inobservância das regras trazidas na legislação processual penal que podem levar à 
nulidade de atos processuais ou até mesmo de todo o processo. Dos defeitos processuais que 
podem ser alegados estão: a) incompetência absoluta do juízo; b) rejeição da denúncia; c) nulidade 
da citação; d) nulidade da prova ou elemento de prova produzido no inquérito policial; ou e) 
nulidades do art. 564 do CPP.
Cabe destacar que, com a apresentação de resposta à acusação, nos termos do art. 396-A, a defesa 
cria a possibilidade do julgamento antecipado, o que pode resultar em absolvição sumária, caso haja 
enquadramento dos fatos apresentados na resposta à acusação em uma das hipóteses do art. 397 
do CPP.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer o momento e os prazos processuais penais 
para a apresentação de resposta à acusação, quais são os argumentos que podem fazer parte da 
resposta do acusado e, ainda, compreender as hipóteses legais de julgamento antecipado e 
absolvição sumária.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar o momento processual e os prazos para resposta à acusação.•
Apontar os argumentos que podem fazer parte da resposta do acusado.•
Explicar as hipóteses legais de julgamento antecipado e absolvição sumária.•
Desafio
O rito ordinário é destinado para os delitos cuja pena máxima é igual ou superior a quatro anos de 
pena privativa de liberdade, estando previsto nos arts. 395 a 405 do CPP. A Lei no 11.719/2008, 
que foi responsável por alterar uma série de dispositivos da Lei no 3.689/1941 — o CPP —, trouxe à 
baila o art. 396, indicando que o juiz, se não rejeitar liminarmente a acusação, receberá e ordenará a 
citação do acusado para responder à acusação. Após essa resposta, o juiz pode absolver 
sumariamente o acusado, ou, dando continuidade ao processo, designar dia e hora para audiência 
de instrução e julgamento. A resposta à acusação não pode ser compreendida como mera 
faculdade do paciente, uma vez que, diante da possibilidade da apresentação de resposta pelo 
acusado, alguns ônus temporais são impostos à defesa. É o que ocorre com determinadas matérias, 
de que são exemplos a exceção de incompetência relativa e a prova testemunhal.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para 
acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/694e6aca-de70-4882-8222-2cda6880aec8/0e203225-a107-466d-a4a1-849f1153fe88.png
 
Tendo como base essa situação, na condição de advogado de Elias, responda: 
a) Qual é o último dia do prazo para apresentar de resposta à acusação? Explique.
b) É cabível a requisição da absolvição sumária do acusado? Explique. 
Infográfico
A resposta à acusação, genericamente, deve ser um documento conciso, evitando-se usar teses ou 
estratégias de defesa nessa primeira manifestação. Nesse sentido, o art. 396 do CPP indica que, 
após o recebimento da denúncia, o acusado será citado "[...] para responder à acusação, por escrito, 
no prazo de dez dias" (BRASIL, 1941, on-line). Seguidamente, o art. 396-A do CPP informa que, na 
resposta à acusação, o denunciado “[...] poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à 
sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar 
testemunhas” (BRASIL, 1941, on-line). Dessa forma, é notável que o art. 396-A, embora não obrigue 
a defesa a se utilizar de argumentos preliminares relativos à acusação, alguns fundamentos 
merecem ser dispostos imediatamente na resposta à acusação.
Neste Infográfico, veja alguns apontamentos que podem ser levantados na resposta à acusação 
como preliminares.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/d0b98875-b4c6-4021-a1e4-bd8fd7a438d4/58930a6a-2459-4391-8b12-084f8bc7035f.png
Conteúdo do livro
A Lei no 11.719/2008 trouxe uma série de inovações ao ordenamento jurídico pátrio, vinculado 
com alguns dos mecanismos importantes para o processo penal. Entre eles foram contempladas no 
texto legislativo novidades relacionadas com a resposta à acusação. Os arts. 396 e 396-A sofreram 
alterações com vistas a permitir que o acusado, após ser devidamente citado, apresente, por escrito 
e no prazo de dez dias, resposta à acusação, sendo esta considerada a primeira peça formal de 
defesa do denunciado. O legislador passou a permitir que, no momento da resposta do réu, este 
possa trazer ao processo todos os argumentos, documentos, justificações e testemunhas que sejam 
importantes à sua defesa, arguindo preliminares e, ainda, permitindo exceções, estas últimas 
processadas em apartado. A doutrina por algum tempo discutiu a obrigatoriedade da resposta à 
acusação, mas chegou-se ao entendimento de que é obrigatória, visto que, quando a defesa não 
apresenta a resposta do réu no prazo especificado, ou nos casos em que o réu não constitui defesa, 
o juiz deve nomear defensor para oferecer a resposta à acusação.
Para além dessas questões, a Lei no 11.719/2008 também deu nova redação ao art. 397 do CPP, 
permitindo, nos casos indicados na legislação, a possibilidade de julgamento antecipado do caso 
penal com a absolvição sumária do denunciado.
No capítulo Resposta à acusação, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, identifique o 
momento processual e os prazos para resposta à acusação, conheça argumentos que podem ser 
arguidos na resposta à acusação e, finalmente, compreenda as hipóteses legais de julgamento 
antecipado e absolvição sumária.
Boa leitura.
PRÁTICA PENAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Identificar o momento processual e os prazos para resposta à acusação.
 > Apontar os argumentos que podem fazer parte da resposta do acusado. 
 > Explicar as hipóteses legais de julgamento antecipado e absolvição sumária. 
Introdução
A resposta à acusação está prevista nos arts. 396 e 396-A do Código de Processo 
Penal (BRASIL, 2017) e pode ser traduzida como a primeira oportunidade que o 
acusado tem de, de forma formal e escrita, apresentar todos os elementos ne-
cessários à sua defesa. Após o recebimento da denúncia, o juiz, não absolvendo 
o réu sumariamente, deverá citá-lo para que apresente, no prazo de dez dias, 
a sua resposta. Na resposta à acusação, o acusado poderá arguir preliminares, 
oferecendo documentos e justificações, especificando as provas pretendidas, 
arrolando testemunhas qualificadas e, quando julgar conveniente, requerendo a 
intimação das testemunhas. 
Com as alterações legislativas decorrentes do advento da Lei n° 11.719, de 20 
de junho de 2008 (BRASIL, 2008), o art. 396 do Código de Processo Penal sofreu 
modificações, passando a permitir, de forma expressa, nos procedimentos ordinário 
e sumário, a resposta à acusação por parte da defesa do réu. Além de permitir a 
defesa inicial do denunciado, a nova redação legislativa inovou o ordenamento 
jurídico pátrio,permitindo a absolvição sumária do acusado nos casos em que 
estiver presente excludente da ilicitude ou da culpabilidade, nas hipóteses em que 
o fato não constitui crime ou, ainda, quando extinta a punibilidade do agente. Isso 
permite o julgamento antecipado do caso penal por meio da absolvição sumária 
Resposta à acusação 
Karoline Freire 
do agente, que pode ser realizada antes da citação do réu ou por meio de pedido 
proposto na resposta à acusação. 
Neste capítulo, você vai conferir o momento processual e os prazos para 
resposta à acusação. Além disso, vai verificar alguns dos argumentos que podem 
fazer parte da resposta do acusado. Por fim, você vai conferir as hipóteses legais 
de julgamento antecipado e absolvição sumária do acusado. 
Momento processual e prazos para resposta 
à acusação
Nos termos do art. 394 do Código de Processo Penal (BRASIL, 2017), a partir 
da redação da Lei nº 11.719, de 20 de junho de 2008 (BRASIL, 2008), o procedi-
mento penal pode ser comum ou especial. No procedimento comum, os ritos 
se classificam em: ordinário, sumário e sumaríssimo; a este último, estão 
reservadas as infrações de menor potencial ofensivo a partir do regimento 
da Lei nº 9.099, de 1995 (PACELLI, 2019). 
Para compreender o momento de proposição da resposta à acusação 
de forma clara, faz-se necessário conhecer os diferentes ritos do processo 
penal. Nesse sentido, entre as mais salutares alterações introduzidas nos 
ritos ordinário e sumário, destacam-se a inserção do interrogatório como 
meio de defesa ao final da instrução e a apresentação de resposta escrita 
da defesa no prazo de dez dias após a citação do acusado (PACELLI, 2019). 
No que diz respeito ao Tribunal do Júri, rito especial do processo penal, 
houve disposição, expressa por meio do art. 394, §3º, do Código de Processo 
Penal (CPP), em relação à especialidade do tratamento procedimental, que deve 
observar as disposições relativas aos arts. 406 a 497 do CPP (BRASIL, 2008). 
O art. 394, §4º, do CPP indica que os procedimentos nos arts. 395, 396 e 
397 serão aplicados a todos os processos de primeira instância, com ressalva, 
ainda que sem a expressa referência na legislação, aos ritos nos Juizados e 
no Tribunal do Júri, que têm regramentos próprios. Nesse sentido, o art. 394, 
§4º, do CPP diz o seguinte: “[...] as disposições dos arts. 395 a 398 deste Código 
aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não 
regulados neste Código” (BRASIL, 2008, p. 5). Logo, o que esse dispositivo 
legal exige é que todo procedimento passe a contemplar a resposta escrita, 
trazida no art. 396 do CPP (PACELLI, 2019). De acordo com Pacelli (2019, p. 705):
Na realidade, o anteprojeto originário previa referida resposta antes do recebimen-
to da denúncia, daí justificar-se a norma que remete a todos os procedimentos, 
comuns ou especiais (ressalvado o sumaríssimo e o do júri, com regras próprias). 
Resposta à acusação 2
Não há incompatibilidade, na medida em que se sabe que os procedimentos não 
se encerram naquela fase. É dizer, oferecida a resposta escrita, cada procedimento 
especial seguirá as suas regras. 
A Lei nº 11.719, de 20 de junho de 2008, inovou no sentido de que 
passou a: (a) possibilitar a rejeição imediata da denúncia ou queixa, 
por inépcia ou ausência de pressupostos processuais ou, ainda, por condições 
da ação, incluindo-se, aqui, a justa causa, conforme o art. 395 do CPP; (b) indicar 
o recebimento da denúncia ou queixa e citação do réu para apresentação de 
defesa escrita, denominada resposta à acusação, no prazo de dez dias, conforme 
expressa a disposição do art. 396 do CPP; e (c) possibilitar a absolvição sumária 
do acusado, fundada em atipicidade manifesta, excludente da ilicitude e/ou da 
culpabilidade e extinção da punibilidade, regra do art. 397 do CPP (PACELLI, 2019). 
O legislador, na redação do art. 396 do CPP, indicou a apresentação de 
resposta à acusação, de maneira expressa, para os ritos ordinário e sumário 
(BRASIL, 2008). O rito ordinário ocorrerá nos casos em que a sanção máxima 
cominada para o objeto crime for igual ou superior a quatro anos de pena 
privativa da liberdade. Já o rito sumário ocorrerá quando o objeto crime tiver 
sanção máxima cominada inferior a quatro anos. Pode-se afirmar que, por 
regra do processo penal, salvo disposição contrária no Código de Processo 
Penal ou por meio de legislação especial, será adotado o procedimento 
comum nos demais processos, conforme o disposto no art. 394, §2º, do CPP 
(BRASIL, 2008). 
Então, o procedimento ordinário ocorre da seguinte forma: oferecida a 
denúncia ou queixa, o magistrado poderá rejeitá-la, por meio de liminar, 
quando for manifestamente inepta, faltar pressuposto processual ou con-
dição para o exercício da ação penal e nas hipóteses de ausência de justa 
causa para o exercício da ação penal (PACELLI, 2019). Caso não o faça, após 
a denúncia ou queixa, e recebida a denúncia pelo juiz, o réu é citado para 
apresentar resposta à acusação, por escrito, no prazo de dez dias, de acordo 
com a regra estabelecida no art. 396 do CPP (BRASIL, 2008). Assim, completa-
-se a formação regular do processo, com o objetivo de que o acusado possa 
exercer o contraditório (RANGEL, 2014). 
A resposta à acusação inovou o ordenamento jurídico processual penal, 
uma vez que passou a possibilitar que o réu, logo após a citação, demonstre, 
com documentos e justificações, o desacerto da acusação, da mesma forma 
que possibilita a especificação das provas que a defesa pretende utilizar na 
instrução e o arrolamento de testemunhas (RANGEL, 2014). 
Resposta à acusação 3
Conforme regra expressa no art. 396 do CPP, para resposta à acusação, 
adota-se o prazo de dez dias. Contudo, a legislação processual penal trouxe 
algumas disposições em relação à matéria. Na hipótese de a resposta à acu-
sação não ser oferecida dentro do prazo estipulado pela Lei ou de o acusado 
citado não constituir defensor, o juiz nomeará um defensor para oferecer a 
resposta à acusação. Conforme Tourinho Filho (2011, p. 248):
A resposta do réu é obrigatória. Ela é mais que a contestação cível. Estando em jogo 
o direito de liberdade, exige a lei que o réu “conteste” a peça acusatória, pois, em 
face dos argumentos invocados, o Juiz pode proceder a um julgamento antecipado, 
absolvendo-o sumariamente. Mesmo que o réu não o faça, o Juiz nomear-lhe-á 
defensor para tal fim.
O §2º do art. 396-A defende, ainda, que o prazo de dez dias é reservado 
para os casos em que a citação ocorrer pessoalmente; ou seja, é inaplicável 
para casos de citação realizada via edital ou por hora certa. Dessa forma, 
apenas quando o réu for citado pessoalmente e não apresentar resposta à 
acusação é que o juiz poderá proceder com a nomeação de um defensor para 
realizar a defesa técnica e dar andamento ao processo. Caso contrário, haverá 
a aplicação do art. 366 do CPP, que suspende o processo e a prescrição até 
que o réu seja encontrado e citado (LOPES JUNIOR, 2014). 
O parágrafo único do art. 396 do CPP indica que, nos casos em que a 
citação se der por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do 
comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído (BRASIL, 
2008). Logo, uma vez citado o réu via edital, o processo deverá ser suspenso, 
assim como o curso do prazo prescricional, nos termos do art. 366 do CPP. 
Portanto, quando não apresentada defesa, o juiz deverá aplicar o art. 366 
do CPP. Se, a partir deste instante, o acusado nomear defensor, será dado 
andamento ao processo, com a reabertura do prazo para apresentação de 
resposta à acusação pela defesa (PACELLI, 2019). 
O réu não é mais citado para comparecer em juízo, como ocorria 
antes do advento da Lei nº 11.719, de 20 de junho de 2008, mas sim 
para apresentar resposta escrita, seja pessoalmente ou por edital, ao ato 
citatório (PACELLI, 2019).
Além do rito ordinário, o legislador requer a apresentação da resposta à 
acusação, conforme redação do art. 396 do CPP, para aplicaçãono rito sumário 
(BRASIL, 2008). O rito sumário é aplicado aos crimes cuja pena — privativa 
Resposta à acusação 4
de liberdade — máxima cominada seja inferior a quatro anos, de acordo com 
o que dispõe o art. 394, §1º, II, do CPP, e completa o procedimento comum, 
com ressalva à competência dos Juizados Especiais, para os quais o rito é o 
sumaríssimo, regra do art. 394, §1º, III, do CPP (BRASIL, 2008).
No que tange à resposta à acusação, a configuração do rito sumário vale-
-se da aplicação das regras dos arts. 395 a 397 do CPP, por força do que está 
posto no art. 394, §4º, do CPP, ou seja: (a) hipóteses de rejeição da denúncia, 
conforme o art. 395; (b) recebimento da denúncia ou queixa e citação do 
acusado para apresentação de resposta à acusação de forma escrita, no 
prazo de dez dias, regra de idêntica aplicação ao rito ordinário, conforme 
o estabelecido no art. 396 do CPP; (c) e hipóteses de absolvição sumária, 
segundo o que impõe o art. 397 do CPP (PACELLI, 2019).
Com ressalvas às disposições que diferenciam os ritos ordinário e sumário, 
as quais não abrangem a matéria da resposta à acusação, aplica-se a regra 
do art. 394, §5º, do CPP, que indica que se aplicam subsidiariamente ao rito 
sumário as disposições do procedimento ordinário. Dessa forma, o momento 
da apresentação e o prazo da resposta à acusação são os mesmos aplicados 
ao rito ordinário no rito sumário (BRASIL, 2008).
Momento do recebimento da resposta à acusação: 
dicotomia entre a interpretação dos arts. 396 e 399 
do Código de Processo Penal
Diante da redação da Lei nº 11.719, de 20 de junho de 2008, pode surgir uma 
dúvida vinculada com o momento em que o juiz recebe a denúncia ou queixa, 
uma vez que o art. 396 afirma que o juiz, não rejeitando liminarmente a acu-
sação, receberá a denúncia e ordenará a citação do acusado com o objetivo 
de que este responda à acusação. A questão é que o art. 399 menciona, no-
vamente, o ato de receber a denúncia ou queixa, o que pode gerar a dúvida: 
quando ocorre o recebimento da denúncia ou queixa? (LOPES JUNIOR, 2014).
A “mesóclise da discórdia”, fazendo menção à expressão “recebê-la-á”, 
presente no art. 396, não constava no Projeto de Lei nº 4.207, de 2001, que 
desenhava uma fase intermediária, de modo que a admissão da acusação 
somente ocorreria após o oferecimento da defesa. Era um “[...] prévio juízo de 
admissibilidade da acusação, para dar fim aos recebimentos automáticos de 
denúncias infundadas, inserindo um mínimo de contraditório nesse importante 
momento procedimental” (LOPES JUNIOR, 2014, p. 954). 
No entanto, foi inserida a mesóclise “recebê-la-á” no texto do art. 396 do 
CPP, o que gerou uma dicotomia de interpretação em conjunto com o art. 399 
Resposta à acusação 5
do CPP. Com isso, o recebimento da denúncia é imediato e ocorre segundo 
o art. 396. Esse é o marco interruptivo da prescrição e demarca o início do 
processo, que se torna completo com a válida citação do réu, de acordo com 
o art. 363 do CPP. Portanto, o réu é citado nesse momento para apresentar 
resposta à acusação e, em momento futuro, intimado para audiência de 
instrução (LOPES JUNIOR, 2014). 
Quanto ao art. 399, ele nada mais faz do que remeter ao recebimento an-
terior, sendo a expressão “recebida” desnecessária. Todavia, uma vez estando 
posta no texto processual penal, essa expressão deve ser interpretada como 
uma remissão ao recebimento já realizado, conforme o art. 396 do CPP, e não 
como uma nova decisão (LOPES JUNIOR, 2014). 
Argumentos que podem fazer parte 
da resposta do acusado
Conforme já mencionado, a resposta à acusação deve ser feita no prazo de 
dez dias, sendo o momento que a defesa tem de requerer toda diligência que 
entenda importante para o acusado. Na resposta, o acusado poderá arguir 
preliminares, oferecer documentos e justificações, especificar provas e arrolar 
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, de acordo com o 
disposto no art. 396-A do CPP (BRASIL, 2008). 
Se não for apresentada resposta à acusação, o magistrado ordenará a 
nomeação de um defensor para o acusado. Portanto, percebe-se que não se 
trata de um elemento facultativo no curso do processo penal. Nesse momento, 
alguns ônus temporais são impostos à defesa, sob pena de preclusão. É o que 
ocorre em algumas matérias, como, por exemplo, exceção de incompetência 
relativa — a de natureza absoluta pode ser arguida a qualquer tempo —, e com 
a prova testemunhal. O denunciado na resposta à acusação deve apresentar 
o rol de testemunhas e fazer o requerimento de prova pericial (PACELLI, 2019). 
A prova documental, de modo genérico, pode ser produzida a qualquer 
momento, de acordo com o que dispõe o art. 231 do CPP (BRASIL, 2017). Na 
resposta à acusação, que deve ser apresentada por escrito, algumas questões 
são salutares: a fixação de prazo para oferecimento do rol de testemunhas 
e o requerimento de prova pericial para o réu, além da apresentação das 
exceções, contempladas nos arts. 95 a 111 do CPP (PACELLI, 2019). 
No art. 396-A, §1º, do CPP, está expresso que a exceção será processada 
em apartado e será regida por meio do disposto nos arts. 95 a 112 do CPP 
(BRASIL, 2008). Nesse sentido: 
Resposta à acusação 6
Na verdade, quase todas as exceções poderão ser conhecidas pelo juiz depois da 
fase de resposta escrita, ainda quando não alegadas pela defesa. De fato, a coisa 
julgada e a litispendência (art. 95, III e V, CPP), por exemplo, podem perturbar a 
atuação jurisdicional, cumprindo ao juiz, que delas tenha conhecimento, esclarecer 
a eventual incidência. A ilegitimidade de parte, evidentemente, não preclui, podendo 
ser reconhecida a qualquer tempo! Se a ação era privativa do Ministério Público, 
ruirá eventual condenação passada em julgado se promovida a ação pelo quere-
lante. Apenas a incompetência relativa preclui para a defesa (PACELLI, 2019, p. 711). 
As exceções trazidas por Eugênio Pacelli (2019) tratam de questões re-
lativamente prejudiciais para o exame do mérito. Elas são denominadas 
prejudiciais não por serem as prejudiciais trazidas no art. 90 e nos artigos 
seguintes do CPP, mas sim no sentido de solucionarem, quando apreciadas, 
toda a matéria da ação penal. 
A apresentação da resposta à acusação dá início ao processo em con-
traditório, com abertura para ampla defesa do acusado. Dessa maneira, 
questões não apreciadas pelo juiz, em razão do recebimento da denúncia, 
podem ou devem, desde essa primeira peça de defesa, ser utilizadas como 
argumentos que fazem parte da resposta do acusado; é o caso das questões 
trazidas no art. 397 do CPP. Logo, devido à obrigatoriedade da apreciação das 
teses elencadas nessa oportunidade defensiva, há jurisprudência do STJ em 
relação à matéria (BRASIL, 2015). 
No que diz respeito à apresentação do rol de testemunhas, quando do 
rito ordinário, a defesa poderá arrolar até oito testemunhas. No sumário, 
esse número é de cinco testemunhas. No Tribunal do Júri, pode haver oito 
testemunhas na primeira fase e cinco testemunhas em plenário (RANGEL, 2014). 
Nos termos do art. 401, §1º, do CPP, não se incluem no rol de testemunhas 
pessoas que não prestam compromissos, nos termos do art. 208, do CPP, ou 
as que nada souberem em relação aos fatos, disposição do art. 209, §2º, do 
CPP, além das denominadas testemunhas referidas, aquelas mencionadas 
por outras testemunhas durante a audiência (PACELLI, 2019). 
Inúmeras são as preliminares que podem ser arguidas pela defesa em 
fase de resposta à acusação, dependendo da linha de defesa. Uma parte da 
doutrina defende que o mérito não deve ser questionado na primeira peça de 
defesa, indicando que esse documento deve ser conciso e com argumentos 
fortes que levem à prévia resolução do processo penal com a absolvição 
sumária ou, então, que busque indicativos razoáveis para melhor posição 
do acusado no enfrentamento do processo penal. 
Nesse sentido, na resposta à acusação, a defesa deve requerer toda e 
qualquer diligência que entenda necessária. Quando o crimedeixar vestígios, 
por exemplo, o laudo de exame do corpo de delito é necessário e fundamental, 
Resposta à acusação 7
conforme disposto nos arts. 158 e 160, combinados com o art. 594, III, ‘b’, do 
CPP, até pelo fato de que essa é uma condição de procedibilidade. Sem que 
seja realizado esse exame, o magistrado não pode receber a peça acusatória 
(TOURINHO FILHO, 2011). 
Nos casos em que exista alguma excludente de ilicitude ou de culpa-
bilidade, a defesa deverá fazer a explicitação da questão com clareza. Por 
exemplo, demonstrar que o fato narrado não constitui crime, como o caso do 
cheque pré-datado. Nos casos de lesão corporal grave com alegação de que a 
vítima ficou impossibilitada de realizar suas atividades laborais por mais de 
30 dias, deve-se apresentar prova, com testemunhas, de que 20 dias após o 
fato a vítima retornou para o trabalho. Nesses casos, a resposta à acusação 
pode levar a um julgamento antecipado, agilizando o processo penal, uma 
vez que permite que o juiz proceda com a absolvição sumária do denunciado 
(TOURINHO FILHO, 2011).
Outra questão importante a ser aduzida na resposta à acusação diz respeito 
à análise dos elementos probatórios nos autos do inquérito policial. Nos 
casos em que o réu tenha agido em legítima defesa e isso estiver presente 
no depoimento, a defesa deve fazer a menção, objetivando confrontar a 
questão, ainda em sede, de resposta à acusação (TOURINHO FILHO, 2011). 
Confira outro exemplo:
Sendo [...] o crime cometido por um e, por equívoco, a acusação se faz contra outro, 
nesse caso deve a defesa requerer a nulidade do processo, em face da ilegitimidade 
ad causum passiva; se já extinta a punibilidade, a resposta deve mencioná-la, pois, 
reconhecendo-a, o Juiz pode proferir absolvição sumária, nos termos do artigo 
397, IV, do CPP. Assim, na “resposta”, deve a Defesa esmiuçar a prova do inquérito, 
analisá-la, confrontar depoimentos, juntar outras provas, de molde a convencer 
o magistrado do acerto da sua tese (TOURINHO FILHO, 2011, p. 251). 
As manobras para trazer argumentos que podem fazer parte da resposta à 
acusação pelo acusado podem ser contra ação ou contra processo. Se a defesa 
optar pela linha de um mecanismo contra ação, há uma subdivisão da doutrina 
em direta e indireta. Diz-se direta quando o réu se “[...] opõe à pretensão 
deduzida, negando o fato, negando a autoria ou, então, invocando um álibi 
de molde a tornar impossível o acolhimento da pretensão deduzida. Diz-se 
indireta quando o réu, sem negar o fato e a autoria, evoca [...] circunstância 
que neutralize a pretensão” (TOURINHO FILHO, 2011, p. 251), arguindo a extinção 
da punibilidade ou a isenção de pena ou de exclusão do crime, por exemplo. 
Em contrapartida, a defesa também pode optar por utilizar argumentos 
que são contra o processo. Dessa forma, o réu alega uma causa de nulidade 
Resposta à acusação 8
e, sobretudo, uma circunstância trazida no art. 95 do CPP, como, por exemplo, 
suspeição, incompetência do juízo, litispendência, coisa julgada ou ilegitimi-
dade de parte ad causum ou ad processum. Por vezes, a nulidade absoluta 
pode ser reconhecida como matéria verdadeiramente essencial, atuando 
como pressuposto processual de validade. A argumentação dessas questões 
na resposta à acusação é absolutamente importante, uma vez que, nesses 
casos, a denúncia sequer poderia ter sido recebida (TOURINHO FILHO, 2011). 
Nos casos de incompetência ratione loci, se a defesa tiver interesse em 
arguir a incompetência do juízo, deve realizá-lo na resposta à acusação, con-
forme a disposição do art. 108 do CPP, sob pena de preclusão. Não obstante 
a manifestação em contrário do Supremo Tribunal Federal, em decisão não 
unânime (RHC, 52:256), o entendimento genérico é o de que a competência 
pelo lugar da infração é relativa, e não absoluta. Nesse sentido, por se tratar 
de incompetência relativa, deve ser argumentada na resposta à acusação, 
sob pena de preclusão por prerrogatio fori (TOURINHO FILHO, 2011). 
Se houver incompetência absoluta, como, por exemplo, quando a Justiça 
Comum Estadual está julgando causa da alçada da Justiça Comum Federal, 
a nulidade pode ser arguida a qualquer tempo ou em qualquer instância, 
ainda que depois do trânsito em julgado da decisão. Todavia, se houver 
incompetência relativa, como, por exemplo, quando o delito é consumado no 
município X e o processo é instaurado no município Z, se não for arguida na 
resposta à acusação, o réu fica eximido de seu direito de o realizar em outro 
momento do processo penal. Contudo, nada impede que o juiz, a qualquer 
tempo, possa fazer esse reconhecimento de incompetência, conforme o 
disposto no art. 109 do CPP (TOURINHO FILHO, 2011). 
Na resposta à acusação, também devem ser apresentados os apontamentos 
que levam à rejeição da denúncia, constantes no art. 395 do CPP, os quais 
dizem respeito a denúncia manifestamente inepta, ausência de pressuposto 
processual ou condição para exercício da ação penal e, por fim, falta de justa 
causa para o exercício da ação penal (BRASIL, 2008).
Além disso, a nulidade da citação é preliminar à resposta à acusação, 
conforme as regras dispostas entre os arts. 351 e 369 do CPP, de modo que 
devem ser observados os requisitos do mandado de citação constantes nos 
incisos do art. 352, assim como a regra de citação pessoal na hipótese de réu 
preso, conforme a disposição do art. 360 do CPP (BRASIL, 2008).
As nulidades do art. 564 do CPP também são argumentos importantes a 
serem questionados na resposta à acusação no momento processual abor-
dado. Portanto, a defesa do acusado deverá levar em consideração o que 
diz o artigo citado: 
Resposta à acusação 9
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II - por ilegitimidade de parte;
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções 
penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o 
disposto no Art. 167;
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de 
curador ao menor de 21 anos; [...]
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, 
e os prazos concedidos à acusação e à defesa; [...]
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato (BRASIL, 
2017, p. 134). 
Assim, argumentos vinculados com a rejeição da denúncia, base legal do 
art. 395 do CPP, desclassificação do delito para um menos gravoso, anulação 
de atos processuais ou descontinuação do crime são teses importantes para 
serem arguidas nas preliminares na resposta à acusação. 
Além disso, o legislador possibilitou que, em sede de resposta do réu, a 
defesa argua alguma exceção — as exceções estão dispostas entre os arts. 95 
e 111 do CPP —, podendo fazer isso dentro do prazo da resposta ou em outra 
oportunidade, salvo em se tratando de incompetência relativa. É importante 
destacar que as exceções devem ser arguidas em apartado, em petição avulsa, 
conforme os arts. 111 e 396-A, §1º, do CPP (BRASIL, 2008). Um exemplo desse 
caso ocorre quando a defesa pretende que o réu seja submetido a exame 
de insanidade, previsto no art. 149 do CPP; para esse caso, a defesa deverá 
realizar o pedido em petição avulsa e, se possível, oferecendo de pronto os 
quesitos (TOURINHO FILHO, 2011). 
Aplicabilidade da absolvição sumária pelo Superior 
Tribunal de Justiça (STJ) 
Por meio da análise dos julgados do Superior Tribunal de Justiça, pode-se 
observar como a Corte Superior aplica o instituto da absolvição sumária. Veja: 
PENAL E PROCESSUAL PENAL. QUEIXA-CRIME. IMPUTAÇÃO DE DIFAMAÇÃO E INJÚRIA 
MAJORADAS. CONEXÃO COM A APN 969-DF. RESPOSTA. PRELIMINAR DE CONEXÃO 
COM OUTROS PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS. REJEIÇÃO. PRELIMINAR DE ILEGI-
TIMIDADE ATIVA. ACOLHIMENTO PARCIAL. MÉRITO. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA EM RAZÃO 
DA ATIPICIDADE DA CONDUTA.
1. Inexistindoqualquer liame entre os fatos tratados na presente ação penal e 
aqueles investigados nos procedimentos instaurados contra o Governador do 
Resposta à acusação 10
Estado do Amazonas (Inq. nº 1306, Inq. nº 1391 e Cautelar Inominada Criminal nº 
30), não há que se falar na figura da conexão.
2. No que tange às supostas expressões difamatórias irrogadas à Companhia de 
Gás do Estado do Amazonas (CIGÁS), caberia à pessoa jurídica, e não ao quere-
lante, figurar no polo ativo da relação jurídico-processual. Acolhimento parcial da 
preliminar de ilegitimidade ativa.
3. Expressões utilizadas de caráter genérico, sem se referir objetivamente a nenhum 
fato concreto, tornam impossível a adequação típica dos delitos de difamação e 
injúria majoradas. Atipicidade das condutas com consequente absolvição sumária 
(BRASIL, 2021, p. 1).
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO. CORRUPÇÃO DE 
MENORES. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. NULIDADE. DECISÃO QUE APRECIA A RES-
POSTA À ACUSAÇÃO. FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE. ANÁLISE LIMITADA ÀS HIPÓTESES 
DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS.
NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. RECURSO IMPROVIDO.
1. O trancamento da ação penal somente é possível, na via estreita do habeas corpus, 
em caráter excepcional, quando se comprovar, de plano, a inépcia da denúncia, 
a atipicidade da conduta, a incidência de causa de extinção da punibilidade ou a 
ausência de indícios de autoria ou de prova da materialidade do delito.
2. O magistrado, ao examinar a resposta à acusação, está limitado à constatação 
da presença das hipóteses de absolvição sumária, não podendo ampliar dema-
siadamente o espectro de análise, sob pena de invadir a seara relativa ao próprio 
mérito da demanda, que depende de prévia instrução processual para que o 
julgador possa formar seu convencimento.
3. A tese de insuficiência de indícios aptos a autorizar o prosseguimento da ação 
penal não pode ser analisada pela via mandamental, pois depende de amplo 
exame do conjunto probatório, providência incompatível com os estreitos limites 
cognitivos do habeas corpus, cujo escopo se restringe à apreciação de elementos 
pré-constituídos, não sendo esta a via processual adequada para decisões que 
dependam de dilação probatória.
4. Recurso ordinário improvido (BRASIL, 2020, p. 1).
Hipóteses legais de julgamento antecipado 
e absolvição sumária
Na reforma do Código de Processo Penal de 2008, a partir da Lei nº 11.719, 
o legislador deu nova redação para o art. 397, trazendo aos procedimentos 
de competência originária dos tribunais, conforme prevê o art. 394, §4º, do 
CPP, a possibilidade de julgamento antecipado do caso penal (RANGEL, 2014). 
Depois de apresentada a resposta à acusação, o juiz pode absolver su-
mariamente o acusado, colocando fim ao processo quando existir manifesta 
causa de exclusão da ilicitude ou culpabilidade — exceto nos casos de inim-
putabilidade, quando o fato narrado não constituir crime (atipicidade da 
conduta) ou nas hipóteses em que estiver extinta a punibilidade do agente, 
como, por exemplo, nos casos de prescrição, decadência ou outra causa 
Resposta à acusação 11
prevista no art. 107 do Código Penal ou em Lei especial. O art. 397 do CPP 
determina o seguinte:
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos deste Código, 
o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo 
inimputabilidade; 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV - extinta a punibilidade do agente. (BRASIL, 2008, p. 7).
Os quatro incisos desse artigo apenas reproduzem duas condições da 
ação: prática de fato aparentemente criminoso e culpabilidade concreta. Os 
incisos I e II do art. 397 do CPP são desdobramentos da condição prevista 
no inciso III do mesmo artigo. Já o inciso IV é a denominada “[...] condição 
da culpabilidade concreta, prevista no artigo 43, II, do CPP. São questões 
intimamente vinculadas ao mérito, ao elemento objetivo da pretensão 
acusatória, e dizem respeito a interesse da defesa, que, como regra, acabam 
sendo alegados depois, na resposta preliminar do artigo 396-A” (LOPES 
JUNIOR, 2014, p. 957). 
Embora a regra geral aponte que a absolvição sumária ocorre após a 
apresentação da resposta à acusação, nada impede que o juiz faça a inversão 
da cronologia legal e, desde o recebimento da denúncia, absolva o acusado 
sumariamente, com fundamento em algumas das hipóteses do art. 397 do 
CPP. Exigir citação posterior e apresentação da resposta escrita, impondo 
esforços de variadas ordens por parte do denunciado (p. ex., despesas com 
advogado), não consagrará o contraditório e a ampla defesa. Claramente, 
tais princípios são irrenunciáveis. Para isso, basta que, existindo recurso 
da acusação contra a absolvição sumária, notifique-se o réu para se opor à 
impugnação. Segundo a Súmula 707 do Supremo Tribunal Federal, “[...] constitui 
nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao 
recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação do 
defensor dativo” (BRASIL, 2003, documento on-line). Desse modo, à absolvição 
sumária sem citação do acusado, basta conferir igual tratamento dispensado 
à decisão de rejeição da denúncia (PACELLI, 2019). 
Se o pedido de absolvição sumária requerido na resposta à acusação for 
negado, cabe à defesa impetrar habeas corpus, com a finalidade de obter o 
trancamento do processo penal nos casos em que a prova da tese defensiva 
for pré-constituída (LOPES JUNIOR, 2014). Se, após a resposta à acusação, 
o juiz se convencer de que inexiste justa causa para a propositura da ação 
Resposta à acusação 12
penal, não estando essa hipótese elencada no art. 397 do CPP, como se deve 
proceder? Lopes Junior (2014, p. 957) responde essa questão da seguinte forma:
Pensamos que o juiz poderá desconstruir o ato de recebimento, anulando-o, para 
a seguir proferir uma decisão de rejeição liminar. Isso porque não existe preclusão 
pre iudicato, ou seja, nada impede que o juiz desconstitua seu ato e a seguir pra-
tique aquele juridicamente mais adequado. E mais: nada impede que o juiz, após 
a resposta escrita, se convença da ausência de alguma das condições da ação 
e rejeite a denúncia anteriormente recebida. Pela ausência da preclusão para o 
juiz, poderá ele, perfeitamente, realizar um novo juízo de preliberação à luz dos 
novos elementos trazidos, evitando assim um processo natimorto, sem suporte 
probatório e jurídico suficiente.
Nesse sentido, destaca-se a jurisprudência do Tribunal Regional Federal, 1ª 
Região, que, em julgamento, indicou que a Lei nº 11.719/08 inovou o processo 
penal ao introduzir a possibilidade da absolvição sumária do acusado. Dessa 
forma, “[...] tornou-se perfeitamente factível que o juiz reveja a decisão pela 
qual recebeu a denúncia, para rejeitá-la em seguida, quando sua convicção 
é modificada por algum elemento trazido pela defesa em resposta escrita” 
(BRASIL, 2011, documento on-line). 
É importante destacar que a decisão pela absolvição sumária do réu 
gera coisa julgada material. Assim, conforme a redação do art. 397 do CPP, 
as hipóteses ali dispostas estão vinculadas ao mérito, ao elemento objetivo 
da pretensão acusatória, e dizem respeito aos interesses da defesa, que, em 
geral, acabam sendo demonstrados depois, na resposta preliminar do art. 
396-A (LOPES JUNIOR, 2014). 
Raramente o magistrado tem elementos suficientes para analisar a exis-
tência de uma causa de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade, ainda que 
manifesta, quando do oferecimento da denúncia. Em geral, após a apresen-
tação da resposta à acusação, novos elementos são trazidos para o feito, 
abrindo novas possibilidades de apreciação para o juiz fazer nova ponderação 
em relação à antecipação do julgamento do caso penal, com a absolvição 
sumária do acusado (LOPES JUNIOR, 2014).A partir disso, pode-se analisar os incisos do art. 397 do CPP. O primeiro 
deles indica que o juiz deverá absolver sumariamente o acusando quando 
verificar a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato 
(BRASIL, 2008). Dessa disposição, inicialmente, vale ressaltar a compreensão 
do que é ilicitude. Para Rogério Greco (2007, p. 313), ilicitude é “[...] a relação de 
antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento 
jurídico”. Ou seja, para que a ilicitude seja concreta, faz-se necessário que 
o agente contrarie uma norma, uma vez que, se essa premissa não estiver 
Resposta à acusação 13
presente, a sua conduta, ainda que antissocial, não poderá ser considerada 
ilícita, de modo que não estaria em desacordo com o ordenamento jurídico-
-penal (GRECO, 2007). 
Um policial, utilizando sua arma oficial, dá voz de prisão em flagrante 
mediante uma pessoa que está praticando crime de roubo. O me-
liante, também armado, investe contra a vida do policial, efetuando disparos de 
arma de fogo. O policial, abrigado atrás de uma parede, efetua um único disparo, 
atingindo a região torácica do meliante, que vem a falecer, mas não sem antes 
ser socorrido pelo policial, que, imediatamente, providencia socorro. Nesse 
caso, ainda que a conduta praticada pelo policial seja típica, ou seja, “matar 
alguém”, ele agiu em legítima defesa, uma causa que exclui a ilicitude do fato. 
Para esse caso, não se fala em estrito cumprimento do dever legal, uma vez que 
não há, no ordenamento jurídico pátrio, o de matar outrem, salvo nos exatos e 
excepcionados limites do art. 5º, XLVII, ‘a’, combinado com o art. 84, XIX, ambos 
da Constituição Federal de 1988 (RANGEL, 2014). 
As causas de exclusão da ilicitude que podem ser utilizadas pelo juiz em 
sua decisão de absolvição sumária estão previstas na parte geral do Código 
Penal, em seu art. 23, e no art. 146, §3º, do mesmo documento (RANGEL, 2014). 
Nesse sentido, são excludentes da ilicitude: as causas que advêm de situação 
de necessidade, como no caso da legítima defesa e do estado de necessidade; 
as causas relativas à atuação do direito, a exemplo do exercício regular do 
direito e do estrito cumprimento do dever legal; e, por fim, as hipóteses que 
ocorrem a partir de situações de ausência de interesse, como no caso de 
consentimento do ofendido (GRECO, 2007). Assim, quando o juiz verificar a 
manifesta presença de uma causa excludente da ilicitude, ele deve absolver 
o acusado, antecipando o julgamento do caso penal (RANGEL, 2014). 
A segunda hipótese de absolvição sumária trazida pelo legislador no 
art. 397 do CPP diz respeito à existência manifesta de causa excludente da 
culpabilidade do agente, salvo nos casos de inimputabilidade (BRASIL, 2008). 
De acordo com Greco (2007, p. 381):
Culpabilidade é o juízo de reprovação pessoal que se realiza sobre a conduta 
típica e ilícita praticada pelo agente. [Assim], culpabilidade é a reprovabilidade 
da configuração da vontade. Toda culpabilidade é culpabilidade de vontade. So-
mente aquilo a respeito do qual o homem pede algo voluntariamente lhe pode 
ser reprovado como culpabilidade. 
Desse modo, a culpabilidade está vinculada à reprovabilidade do injusto 
penal ao autor. Ou seja, a reprovabilidade está relacionada com o injusto 
Resposta à acusação 14
penal praticado pelo autor do delito, o que ocorre exatamente pelo que se 
motivou na norma, sendo exigível, diante das condições em que agiu, que 
nela se motivasse (RANGEL, 2014). 
Algumas das causas de exclusão da culpabilidade são: (a) coação irresis-
tível e obediência hierárquica, dispostas no art. 22 do Código Penal (a coação 
mencionada nesse artigo é a de natureza moral, e não física, pois a coação 
física afasta a própria conduta do agente por ausência de dolo ou culpa) 
(GRECO, 2007); (b) aborto, quando a gravidez é proveniente de estupro, regra 
do art. 128, II, do CPP. Para esta última causa, não é razoável a manutenção 
da gestação resultante de violência sexual, razão pela qual, quando opta 
pelo aborto, ainda que a conduta seja típica e ilícita, o acusado deixa de ser 
culpável, ou seja, a inexigibilidade da conduta diversa exclui a culpabilidade 
(RANGEL, 2014).
O juiz poderá proceder com a resolução antecipada do caso penal com 
a absolvição sumária com base em uma causa supralegal de exclusão da 
culpabilidade. Em outras palavras, aquelas causas que, “[...] embora não 
estejam previstas expressamente em algum texto legal, são aplicadas em 
virtude dos princípios informadores do ordenamento jurídico” (GRECO, 2007, 
p. 421). É importante destacar a parte final do inciso II do art. 397 do CPP, 
que indica “salvo inimputabilidade”. Essa questão legislativa está baseada 
no fato de que, se a inimputabilidade estiver presente, deve-se aplicar a 
medida de segurança, motivo pelo qual o processo penal deve seguir seu 
curso normalmente (RANGEL, 2014).
A terceira hipótese trazida pelo legislador para a absolvição sumária 
pelo juiz consta no inciso III do art. 397 do CPP, que aponta para hipóte-
ses em que o fato narrado não constitui crime (BRASIL, 2008). Trata-se 
de impossibilidade jurídica do pedido, o que requer a normativa legal 
que deixe evidente que o fato é uma conduta típica, ilícita e culpável e, 
portanto, configura crime. 
O inciso III do art. 397, além de ser aplicado aos fatos que não constituem 
crime, pode, segundo Paulo Rangel (2014, p. 545), ser aplicado à absolvição 
nos casos de valor insignificante do bem jurídico por exclusão da tipicidade, 
uma vez que o Direito Penal “[...] só deve ir até aonde esteja estritamente 
necessário à proteção só bem jurídico. Logo, há que se fazer uma análise da 
tipicidade penal (que integra a estrutura do crime)”. 
A doutrina subdivide a tipicidade em formal e material. A doutrina formal 
está vinculada à adequação do comportamento do agente ao modelo abstrato 
(tipo) previsto na Lei penal (RANGEL, 2014). Rogério Greco (2007, p. 65) explica 
a tipicidade material, também denominada conglobante, da seguinte forma:
Resposta à acusação 15
Para que se possa concluir pela tipicidade conglobante, é preciso verificar dois 
aspectos fundamentais: a) se a conduta do agente é antinormativa; b) se o fato é 
materialmente típico. O estudo do princípio da insignificância reside nessa segunda 
vertente de tipicidade conglobante, ou seja, na chamada tipicidade material [...]. 
A tipicidade penal seria resultante, portanto, da conjugação da tipicidade formal 
com a tipicidade conglobante [...]. Se não há tipicidade material, não há fato típico; 
e, como consequência lógica, se não há fato típico, não haverá crime. 
Nos casos em que o fato narrado não constitui crime, o Parquet não deveria 
oferecer a denúncia, mas, se o fizer, o juiz deve absolver sumariamente o acu-
sado. Se o juiz não o fizer e citar o réu, a defesa deve requisitar a absolvição 
sumária na resposta à acusação. 
Por fim, a última hipótese, que consta no art. 397 do CPP, está na redação 
do inciso IV, que indica o elemento que leva à absolvição sumário do acusado 
quando está extinta a punibilidade do agente (BRASIL, 2008). Em virtude 
de a punibilidade estar vinculada à realização de conduta típica, ilícita e 
culpável praticada pelo agente, trata-se da possibilidade que se abre ao 
Estado de utilizar a sanctio juris ao sujeito infrator da norma. Entretanto, 
após a prática da conduta, algumas situações podem impossibilitar a sanção 
penal ou sua execução por parte do Estado. Por esse ângulo, o que “[...] 
extingue é o direito de punir do Estado, não a ação penal” (BITTENCOURT, 
2006, p. 863).
Com base no Código Penal, nos arts. 107, 125, §5º, 129, §8º, 180, §3º, 181, 
entre tantos outros artigos da mesma normativa legal ou de outras legislações 
especiais, quando tais situações estiverem presentes, o juiz declara extinta a 
punibilidade e absolve o réu, antecipando a resolução do caso penal (RANGEL, 
2014). É importante ressaltar que, à absolvição sumária declarada pelo juiz, 
cabe recursode apelação, previsto no art. 593, I, do CPP. Entretanto, a decisão 
que absolve sumariamente por estar extinta a punibilidade é impugnável por 
meio do recurso em sentido estrito, conforme o art. 581, VIII, do CPP (LOPES 
JUNIOR, 2014). 
O inciso IV do art. 397 do CPP causa discórdia entre a doutrina. Para 
uma parcela da doutrina, a extinção da punibilidade, que tinha natu-
reza jurídica de sentença meramente declaratória antes da nova redação do art. 
397 do CPP, passa a ter mérito absolutório (RANGEL, 2014). Entretanto, para outra 
parcela de doutrinadores, a sentença que reconhece a extinção da punibilidade 
é uma decisão declaratória, e não uma sentença definitiva e absolutória, não 
tendo condão para alterar a natureza jurídica do ato (LOPES JUNIOR, 2014). 
Resposta à acusação 16
Exemplo de estrutura-base de uma petição: resposta 
à acusação 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE (NOME 
DA CIDADE) – (UF)
AUTOS nº (XXX)
(DADOS/QUALIFICAÇÃO), portador da Carteira de Identidade/RG de nº 0000-
000 inscrito no CPF/MF de nº 000.000.000-00, residente na (ENDEREÇO), 
por seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato 
anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar 
sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO com fulcro no art. 396 e no art. 396-A do Código 
de Processo Penal, pelos motivos que passa a expor:
I – DOS FATOS:
(NOME DO ACUSADO) foi denunciado pela suposta prática dos delitos de 
estelionato — art. 171 do Código Penal — em concurso material e falsificação 
de documento particular — art. 298 do Código Penal.
Segundo consta na denúncia, o paciente teria falsificado documentos de 
(NOME DA VÍTIMA X) e, fazendo uso de tal documentação, transferido para 
sua conta no Banco (XXX) a quantia de R$ (XXX), que seriam provenientes da 
conta de (NOME DA VÍTIMA Y). 
O denunciado exerceu o direito de permanecer em silêncio em seu depoi-
mento prestado durante o inquérito policial. Na mesma fase, o delegado que 
presidia o inquérito expediu ofício — cópia anexa — ao Banco (XXX) para que 
este enviasse extrato detalhado das contas das vítimas. 
O ofício, que, como se pode observar, não foi expedido por autoridade judicial, 
foi cumprido pelo Banco (XXX), que enviou a documentação requerida pelo 
delegado, subsidiando, assim, o oferecimento da denúncia.
Apesar de se pautar exclusivamente nas alegações de (NOME DA VÍTIMA X) e 
na documentação fornecida pelo Banco, a denúncia foi recebida na data de 
(XX/XX/XXXX), e o réu foi citado para oferecer resposta à acusação.
O réu — jogador de futebol profissional — estava, à época dos fatos pelos quais 
é acusado, em excursão com seu clube pela África do Sul, tendo deixado o Brasil 
na data de (XX/XX/XXXX), retornando apenas em (XX/XX/XXXX) — conforme 
a cópia de passagens aéreas anexas e a produção cinematográfica realizada 
com a finalidade de divulgação de suas redes sociais para clubes estrangeiros.
Resposta à acusação 17
II – DO DIREITO:
a) DA ILICITUDE DA PROVA BASILAR DA DENÚNCIA
A Constituição de 1988, em seu art. 5°, inciso X, protege a intimidade e a vida 
privada do cidadão nos seguintes termos: “são invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. 
No mesmo artigo, no inciso XII, a Carta Magna prevê a inviolabilidade do 
sigilo de dados, ainda protegendo a intimidade e a vida privada da pessoa, 
que somente poderá sofrer exceções em hipóteses excepcionais, ou seja, “[...] 
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins 
de investigação criminal ou instrução processual penal”. 
Portanto, observa-se que a denúncia se baseou em prova obtida por meio 
ilícito, uma vez que o delegado não é autoridade judicial e não pode, por 
óbvio, determinar a quebra de sigilo bancário de qualquer cidadão.
O art. 157 do Código de Processo Penal aponta que a provas ilícitas “são 
inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo [...], assim entendidas 
as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais”.
Em sua denúncia, o Ministério Público utilizou uma prova que não respeitou 
o devido processo legal para ser produzida, motivo pelo qual deve ser de-
sentranhada do processo.
Uma vez desentranhada do processo a referida prova, a denúncia estará 
esvaziada de materialidade e de indícios suficientes de autoria, já que ape-
nas o relato da suposta vítima sustenta a peça acusatória, que, por sua vez 
carece de justa causa.
A respeito da justa causa, o Código de Processo Penal, em seu art. 395, inciso 
III, versa que “a denúncia ou queixa será rejeitada quando: faltar justa causa 
para o exercício da ação penal”, não restando, assim, motivo para aceitação 
da denúncia.
b) DA IMPOSSIBILIDADE DE AUTORIA:
Como o réu estava em outro país à época do crime a ele indevidamente 
atribuído, seria impossível que ele utilizasse documentos falsos para fazer 
a transferência alegada, uma vez que não há Agência do Banco (XXX) naquele 
Resposta à acusação 18
país, o que reforça a tese da inexistência de quaisquer indícios de autoria em 
desfavor de (NOME DO ACUSADO), que deve ter sua denúncia rejeitada, nos 
termos do art. 395, inciso III, do Código de Processo Penal.
Se ainda assim a denúncia for recebida, o réu deve ser absolvido pelo fato 
acima alegado, conforme versa o inciso IV do art. 386 do Código de Processo 
Penal: “O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde 
que reconheça: estar provado que o réu não concorreu para a infração penal”. 
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, o peticionário requer que:
— a prova seja desentranhada do processo, conforme o art. 157 do Código 
de Processo Penal;
— o recebimento da Denúncia seja reconsiderado, para rejeitar liminarmente 
a inicial, com base no inciso III do art. 395 do Código de Processo Penal;
— o réu seja absolvido no caso do recebimento da denúncia, haja vista a 
impossibilidade de ter praticado o crime por estar ausente do Brasil à época 
dos fatos a ele atribuídos, conforme documentação anexa, na forma no inciso 
IV do art. 386 do Código de Processo Penal;
— o MM. Juiz requisite a lista de hóspedes na data de (XX/XX/XXXX) a (XX/XX/
XXXX) do Hotel (XXX), localizado na Cidade do Cabo (África do Sul);
— o MM. Juiz requisite a lista de passageiros dos voos nº (XXX) e (XXX);
— haja a oitiva das testemunhas a seguir, sob pena das cominações legais.
Rol de testemunhas:
(NOME DA TESTEMUNHA) – qualificado à fl. X
(NOME DA TESTEMUNHA) – qualificado à fl. X
(NOME DA TESTEMUNHA) – qualificado à fl. X
Nesses termos,
Pede e espera deferimento.
(CIDADE), (DATA).
ADVOGADO
OAB/(UF) nº (XXX).
Fonte: Penal... ([2019], documento on-line).
Resposta à acusação 19
Referências
BITTENCOURT, C. R. Tratado de direito penal: parte geral. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 
2006. 
BRASIL. Código de processo penal. Brasília, DF: Senado Federal, 2017. Disponível em: 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/529749/codigo_de_processo_
penal_1ed.pdf. Acesso em: 2 jul. 2021. 
BRASIL. Lei n. 11.719, de 20 de junho de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 
ano 145, n. 118, seção 1, p. 4-6, 23 jun. 2008. Disponível em: https://pesquisa.in.gov.
br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=4&data=23/06/2008. Acesso 
em: 2 jul. 2021.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Ação Penal - APn 968 / DF - Distrito Fede-
ral. Relator: Ministro Og Fernandes. Pesquisa de Jurisprudência, Acórdãos, 17 mar. 
2021. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_
registro=202001626899&dt_publicacao=17/03/2021. Acesso em: 3 jul. 2021.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário em Habeas Corpus - RHC 46.127 
/ MG - Minas Gerais. Relatora: Ministra Maria Thereza de Assis Moura. Pesquisa de 
Jurisprudência, Acórdãos, 25 fev. 2015. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/
GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201400563528&dt_publicacao=25/02/2015.Acesso em: 3 jul. 2021.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Ordinário em Habeas Corpus - RHC 
133.576 / PI - Piauí. Relator: Ministro Reynaldo Soares da Fonseca. Pesquisa de Ju-
risprudência, Acórdãos, 14 dez. 2020. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/
GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202002211816&dt_publicacao=14/12/2020. 
Acesso em: 3 jul. 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso de Habeas Corpus - RHC 44.229 / MG - 
Minas Gerais. Relator para o acórdão: Ministro Djaci Falcão. Revista Trimestral de 
Jurisprudência, v. 52, p. 256-262, abr. 1970.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula 707, de 24 de setembro de 2003. Brasília, 
DF: STF, 2003. Disponível em: https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/seq-
-sumula707/false. Acesso em: 3 jul. 2021.
BRASIL. Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Recurso em Sentido Estrito - RES 
200838000151631 / MG - Minas Gerais. Relator: Desembargador Tourinho Neto. 
Pesquisa de Jurisprudência, Acórdãos, 15 fev. 2011. Disponível em: https://arquivo.
trf1.jus.br/PesquisaMenuArquivo.asp?p1=200838000151631&pA=200838000151631
&pN=148956620084013800. Acesso em: 3 jul. 2021.
GRECO, R. Curso de direito penal: parte geral. 9. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2007. 
LOPES JUNIOR, A. Direito processual penal. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
PACELLI, E. Curso de processo penal. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
PENAL: resposta à acusação. Dom Total, [2019]. Disponível em: https://domtotal.com/
direito/pagina/detalhe/32369/penal-resposta-a-acusacao. Acesso em: 3 jul. 2021. 
RANGEL, P. Direito processual penal. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
TOURINHO FILHO, F. da C. Prática de processo penal. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
Resposta à acusação 20
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Resposta à acusação 21
Dica do professor
No procedimento comum ordinário, após o recebimento da denúncia ou da queixa pelo magistrado, 
ocorrem concomitantemente a citação do acusado e a abertura do prazo de dez dias para que o 
denunciado responda à acusação, por escrito. A Lei no 11.719/2008 prevê a possibilidade do 
julgamento antecipado do caso penal, que pode acontecer nos termos no art. 397 do CPP, quando 
o juiz está possibilitado, mesmo já tendo recebido a denúncia ou a queixa, mas aceitando os 
argumentos trazidos pelo acusado, a promover a absolvição sumária. Na hipótese de absolvição 
sumária, o recurso cabível é a apelação. De modo contrário, o juiz irá designar audiência de 
instrução e julgamento, solicitando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público, 
e, sendo o caso, do assistente e do querelante.
Nesta Dica do Professor, confira as possibilidades trazidas na legislação processual penal, relativas 
à possibilidade de julgamento antecipado do caso penal com a aplicação da absolvição sumária do 
acusado.
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Exercícios
1) Após a denúncia, o acusado é citado com o objetivo de que exerça o contraditório. Nesse 
sentido, o CPP, de maneira expressa, indica que o prazo para apresentação de resposta à 
acusação é de dez dias e o acusado pode arguir preliminares e apresentar argumentos que 
sejam importantes à sua defesa. 
Analise as alternativas e assinale a correta.
A) Na hipótese de o advogado do acusado não cumprir com o prazo estipulado pela legislação, o 
juiz designará a audiência de instrução e julgamento, momento em que o defensor terá a 
oportunidade de apresentar resposta do réu oral. 
B) Quando o acusado, depois de citado, não constitui defensor, o juiz irá proceder com a 
nomeação de um defensor para apresentar resposta à acusação, fornecendo vista dos autos 
pelo prazo de 15 dias. 
C) Nos casos em que o advogado do acusado deixa de apresentar resposta à acusação dentro do 
prazo legal, o juiz realiza a nomeação de novo defensor, tendo o prazo de dez dias para 
oferecer a resposta do réu. 
D) Para a resposta à acusação é aplicada a regra de contagem material, computando-se o dia do 
começo, uma vez que esta se trata de fase pré-processual, devendo ser seguida a regra 
estipulada pelo CP.
E) Na resposta à acusação, segundo a determinação legal, a citação deve ser realizada 
pessoalmente, indispondo a matéria processual penal de possibilidade de citação por edital 
nesses casos.
Conforme se pode observar por meio da ementa da apelação criminal a seguir, antes da 
reforma do CPP de 2008, com a entrada em vigor da Lei no 11.719, não havia possibilidade 
de julgamento antecipado do caso penal. Com a nova redação legislativa, passou-se a 
possibilitar que tal manobra seja aplicada no processo penal brasileiro, pautada nos 
princípios da celeridade, da economia e do devido processo legal.
"PENAL E PROCESSO PENAL. CONTRABANDO. JULGAMENTO ANTECIPADO. 
NULIDADE DA SENTENÇA. OCORRÊNCIA. 1. O rito processual penal é indisponível [...]. 
Não existe julgamento antecipado da lide no processo penal, sob pena de violação do 
princípio constitucional do devido processo legal. [...]" (ACR 5041 MT – 1998.36.00.005041-
2) 
8. Terceira Turma. Publicação: 9/3/2007. Julgamento: 13/2/2007. Des. Rel. Olindo 
Menezes).
Em relação à absolvição sumária, assinale a alternativa correta.
A) No curso do processo penal, a absolvição sumária deve ser requerida pela defesa nas 
alegações finais.
B) Ocorre absolvição sumária nos casos em que não esteja comprovada a concorrência do 
acusado para a infração penal. 
C) Possibilita-se a antecipação do julgamento do caso penal quando está extinta a punibilidade 
do agente. 
D) O legislador possibilitou que ocorra a absolvição sumária quando está excluída a culpabilidade 
do agente, inclusive na hipótese de inimputabilidade.
E) Na audiência de instrução e julgamento, o magistrado concede 20 minutos à defesa para 
apresentação das razões para absolvição sumária do acusado. 
3) A resposta à acusação é o primeiro momento de abertura processual penal para que o 
acusado realize sua defesa. Logo, a legislação indica que, na resposta, o acusado poderá se 
utilizar de argumentos e preliminares, com o objetivo de alegar tudo o que interesse para a 
sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar provas pretendidas e arrolar 
testemunhas, conforme a disposição do art. 396-A do CPP. Na resposta do réu, o 
defensor — advogado, defensor público ou dativo — deve fazer uma análise dos elementos 
probatórios colhidos no auto do inquérito policial para formular sua tese defensiva.
Assinale a alternativa correta.
A) Em se tratando de crime que tenha deixado vestígios, o laudo de exame de corpo de delito é 
fundamental à condição de procedibilidade. 
B) A defesa pode arrolar no máximo dez testemunhas, se a pena máxima cominada ao crime for 
igual ou superior a quatro anos. 
C) No caso de delito cuja pena máxima for superior a dois anos, mas não atingir quatro, a defesa 
tem o direito de indicar oito testemunhas.
D) Para o delito cuja pena não supere dois anos, o procedimento será ordinário, de competência 
da justiça comum e com direito a cinco testemunhas.
E) No procedimento sumaríssimo, a função da resposta à acusação será a de arrolar 
testemunhas, afastando-se a hipótese de requisitar absolvição sumária. 
4) Na resposta à acusação, o denunciado pode agir de diversas formas, com a finalidade de 
beneficiar sua defesa. Nos casos em que o acusado age contra a ação, pode se opor à 
pretensão deduzida, negando o fato, negando a autoria, ou, ainda, invocando um álibi de 
forma a tornar impossível oacolhimento da pretensão deduzida; ou, ainda, pode não negar o 
fato e a autoria, evocando, em seu benefício, uma circunstância que neutralize a pretensão 
punitiva.
Com relação à matéria, aponte a alternativa correta.
A) Como objeto da resposta à acusação, o denunciado pode invocar nulidades vinculadas com 
litispendência e coisa julgada, porém questões de suspeição e incompetência são matérias 
exclusivas de oposição em fase recursal. 
B) Nos casos que envolverem incompetência ratione loci, sendo do interesse da defesa realizar a 
arguição de incompetência do juízo, deverá realizá-lo em sede de resposta à acusação, sob 
pena de preclusão.
C) Quando for observada a existência de incompetência absoluta do juízo, como nos casos de 
Justiça Comum julgando causa da Justiça Militar, a oposição deve ser levantada na resposta à 
acusação, sob pena de preclusão. 
D) Na consumação de crime em São Paulo e instauração do processo em Guarulhos, há 
incompetência relativa, a qual pode ser arguida a qualquer tempo pela defesa, despropositada 
a arguição obrigatória na resposta à acusação. 
E) Sendo do interesse da defesa arguir alguma exceção, poderá fazê-la no prazo da resposta ou 
em outra oportunidade, com exceção das incompetências absolutas, sob pena de preclusão. 
5) A resposta à acusação está prevista no CPP, em seus arts. 396 e 396-A, deve ser dirigida ao 
juiz do feito, em peça única, de acordo com o prazo estipulado pela lei. Essa peça legal abre 
ao acusado a possibilidade para arguir exceções e apresentar teses principais e subsidiárias 
de mérito, em conjunto aos respectivos pedidos.
Analise as afirmativas, assinalando a correta.
A) A resposta à a acusação é processada em apartado, juntamente às exceções, de acordo com a 
disposição legal.
B) O Ministério Público, na resposta à acusação, pode pedir a nulidade da citação e nulidade da 
prova.
C) Os elementos produzidos no inquérito policial devem ser opostos nas exceções na resposta à 
acusação.
D) Na resposta à acusação, a defesa do denunciado deve se ater às possibilidades de absolvição 
sumária como elemento a ser arguido nas preliminares. 
E) Entre os argumentos que podem ser arguidos nas preliminares está a rejeição da denúncia por 
ausência de pressuposto processual. 
Na prática
A resposta à acusação, também conhecida como resposta do réu, é a primeira intervenção da 
defesa técnica e abre a possibilidade do julgamento antecipado do caso penal, por meio da 
absolvição sumária, prevista no art. 397 do CPP. A partir desse mecanismo, depois de cumpridos os 
requisitos dispostos no art. 396-A do CPP, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado caso 
verifique a existência de: a) causa excludente da ilicitude; b) causa excludente da culpabilidade do 
agente; c) fato narrado que não constitua crime; e d) extinção da punibilidade do agente. 
Para que seja possível o pedido de absolvição sumária e outros que são concernentes à resposta à 
acusação, como é o caso da arguição de preliminares — de acordo com a linha de defesa, como o 
pedido de provas e o pedido de arrolamento de testemunhas, por exemplo —, a peça deve ser 
apresentada dentro do prazo determinado pela legislação, conforme a disposição do art. 396 do 
CPP e, da mesma maneira, ter a estrutura correta.
Confira, Na Prática a seguir, quais são os elementos que devem estar presentes na peça de resposta 
à acusação.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Resposta à acusação (Parte 1 - teórica)
Neste vídeo, confira a teoria da resposta à acusação: em que momento é oferecida a resposta à 
acusação, qual é a diferença entre rito ordinário e rito aplicado no Tribunal do Júri, como é 
construída a peça da resposta à acusação.
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Decisão de admissibilidade da denúncia no Superior Tribunal 
de Justiça: uma pesquisa quali-quantitativa
Este artigo científico traz uma leitura a respeito dos argumentos utilizados pelo STJ entre os anos 
de 2008 e 2019 sobre a necessidade de fundamentação da decisão de recebimento da denúncia 
após a edição da Lei no 11.719/2008.
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O direito à defesa técnica efetiva como garantia do acusado em 
um processo penal constitucional
Este artigo reitera a importância de ser realizada a defesa do acusando durante o curso de Processo 
Penal, com vistas a garantir o princípio da ampla defesa e do contraditório.
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http://www.ibraspp.com.br/revista/index.php/RBDPP/article/view/389/338
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 http://andregteixeira.com/uploads/8/3/3/5/83357944/o_direito_a_defesa_tecnica_efetiva_como_garantia_do_acusado_em_um_processo_penal_constitucional_-_andre_goncalves_teixeira.pdf

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