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protocolo pre natal - MÃE RONDON

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ESTADO DE MATO GROSSO
PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDONÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO À SAÚDE
PROGRAMA MÃE RONDON
Consultas: mensais até 28 semanas; quinzenais: 28 a 36 semanas; semanais: até o parto. Não existe alta do pré natal!
Educação em saúde: Realizar palestras quinzenais seguindo os seguintes temas: (a) modificações fisiológicas da gestação; (b)
Importância do pré natal; (c) alimentação na gestação; (d) sexo na gestação; (e) atividades físicas e laborais; (f) tabagismo; (g) álcool
e drogas; (h) direitos na gestação; (i) preparo para o parto; (j) preparo para a amamentação.
Fatores de risco que podem ser monitorados no PSF: < 15 anos, > 35 anos, esforço físico excessivo, exposição a agentes
físicos, químicos e biológicos, estresse; Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez; Baixa escolaridade; Condições
ambientais desfavoráveis; < 1,45 m; baixo peso, sobrepeso ou obesidade. Ganho ponderal inadequado; Infecção urinária; Anemia;
CIUR ou macrossomia ou DHEG em gestação anterior, Intervalo interpartal < 2 anos; Cirurgia uterina anterior, 3 ou + cesarianas.
Fatores de risco que podem indicar encaminhamento ao pré-natal de alto risco
▪ Fatores relacionados às condições prévias: Cardiopatias; Pneumopatias; Nefropatias; Endocrinopatias; Doenças hematológicas
(anemia falciforme e talassemia); Hipertensão arterial crônica (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de gestação); Doenças
neurológicas (como epilepsia); Doenças psiquiátricas (psicoses, depressão); Doenças autoimunes (lúpus); Alterações genéticas
maternas; TVP anterior; Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais); Portadoras de doenças infecciosas como
hepatites, toxoplasmose, HIV; Hanseníase; Tuberculose; Qualquer patologia que necessite de acompanhamento especializado.
▪ Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de
causa desconhecida; História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção
prematura da gestação, morte fetal, síndrome HELLP, eclâmpsia, UTI); Abortamento habitual (2 ou + consecutivos).
▪ Fatores relacionados à gravidez atual: Restrição do crescimento intrauterino; Polidrâmnio ou oligodrâmnio; Gemelaridade;
Malformações fetais ou arritmia fetal; Distúrbios hipertensivos da gestação (HAS, DHEG, pré eclâmpsia); Infecção urinária de
repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite; Anemia grave; Rubéola ou citomegalovírus adquiridas na gestação; proteinúria;
Diabetes mellitus gestacional; Desnutrição materna severa.
Fatores de risco que indicam encaminhamento à urgência/ emergência obstétrica:*Síndromes hemorrágicas (incluindo
descolamento prematuro de placenta, placenta prévia); *Suspeita de pré-eclâmpsia;*Sinais premonitórios de eclâmpsia: escotomas
cintilantes, cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito; *Eclâmpsia; *Crise hipertensiva (PA > 160/110);
*Amniorrexe prematura; *Trabalho de parto prematuro; *IG >ou = de 41 semanas; *Hipertermia (na ausência de sinais ou sintomas de
Ivas); *Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em gestantes; *Suspeita/diagnóstico de pielonefrite; *Suspeita de trombose venosa
profunda; *Prurido gestacional/icterícia; *Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento, com comprometimento sistêmico;
*CIUR, oligoâmnio ou óbito fetal.
Não encaminhar para a maternidade: ameaça de aborto, AU incompatível sem US. Gripe, resfriado, ITU baixa. Dor em baixo ventre
não relacionada a trabalho de parto. Paciente com PA < ou = 140/90 em medida única.
CONSULTAS: SEMPRE PREENCHER CARTÃO DE GESTANTE!
* Primeira consulta: avaliar queixas, peso, altura, pressão arterial, ausculta cardiopulmonar, palpação de tireoide, abdome e
extremidades. Palpação das mamas e exame genital. Se > 12 semanas: palpação obstétrica, altura uterina, BCF, movimentação fetal.
Verificar vacinas. Encaminhar ao dentista. Iniciar ácido fólico se gestação menor que 13 semanas ou sulfato ferroso se maior.
* Consultas subsequentes: Observar queixas, orientar paciente, cálculo da idade gestacional, mucosas, edema, ganho de peso, IMC,
PA, palpação e altura uterina, BCF, movimentação fetal. Exame físico dirigido conforme as queixas.
*Cálculo da idade gestacional: calcular a partir do 1o exame de US desde que seja entre 6 e 20 semanas. Exames mais tardios, deve-
se considerar a DUM desde que a paciente seja confiável.
* Anotar exame físico, laboratoriais e US no cartão pré natal.
Sinais de alerta: Sangramento; Cefaleia + Escotomas visuais + Epigastralgia + Edema excessivo; Contrações regulares + Perda de
líquido; Diminuição da movimentação fetal; Febre.
Controle nutricional: se alterado encaminhar para nutricionista.
* Se baixo peso (IMC<18,5): ganho normal total: 12,5 – 18 kg.
* Se adequado (IMC entre 18,5 e 24,9): ganho normal total: 11,5 – 16 kg.
* Se sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9): ganho normal total: 7,0 – 11,5 kg.
* Se obesidade (IMC ≥ 30): ganho normal total: 5,0 – 9,0 kg.
Pressão arterial
* Considerar alterada se PAS ≥ 140mmHg ou PAD ≥ 90mmHg, em pelo menos 3 ocasiões. – encaminhar ao pré natal de alto risco
com anotação do controle diário da pressão arterial.
* PAS com aumento de 30mmHg ou mais e/ou PAD com aumento de 15mmHg ou mais: sinal de alerta. – fazer controle.
ESTADO DE MATO GROSSO
PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDONÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO À SAÚDE
Primeiro trimestre ou primeira consulta 24a a 28a semana Terceiro trimestre
ROTINA 1
1. Hemograma + eletroforese de hemoglobina
2. Tipagem sanguínea + Rh
3. Glicemia de jejum
4. VDRL + Anti HIV + HBsAg + Toxoplasmose
5. Exame de urina e urocultura
6. TSH
 Coombs indireto: Rh materno negativo e paterno positivo ou 
desconhecido.
 Anti HCV – teste rápido
 CCO (após a 13a semana)
 US obstétrico (abaixo de 13 semanas)
ROTINA 2
1. TOTG 75 g 
(todas as 
pacientes)
2. EAS + urocultura
3. VDRL
Adicionar se 
necessário:
 Coombs indireto
 Toxoplasmose
ROTINA 3
1. Hemograma
2. Glicemia de jejum
3. VDRL + Anti HIV + HBsAg
4. Exame de urina e
urocultura
US obstétrico (> 30 sem)
Adicionar se necessário:
 Coombs indireto
 Toxoplasmose
 Hemograma
* Se hemoglobina > que 11: sulfato ferroso 1x/dia.
* Se hemoglobina entre 8 e 11: sulfato ferroso 3 cps/dia. Repetir hemograma em 60 dias para avaliar melhora.
* Se hemoglobina < que 8 ou anemia não responsiva: ao pré natal de alto risco.
* Se plaquetopenia: repetir exame para confirmação – se positivo – ao pré natal de alto risco.
 Eletroforese de hemoglobina
* Se anemia falciforme (HbSS ou HbSC) ou talassemia: ao pré natal de alto risco.
* Se traço (HbAS): solicitar eletroforese de hemoglobina do pai. Se negativo: manter controle de rotina. Se positivo ou
desconhecido: US em 3o trimestre devido risco de anemia fetal.
 Coombs indireto
* Mensalmente se gestante Rh negativo com esposo Rh positivo ou desconhecido. Se positivo: ao pré natal de alto risco.
* Se Rh materno negativo e paterno positivo ou desconhecido + sangramento vaginal: à maternidade para imunoglobulina.
 Glicemia
*Se glicemia < 92 – realizar TOTG 75 entre 24 e 28 semanas.
*Se glicemia ≥ 92 e < 126: nova amostra. Se manter: DIABETES GESTACIONAL – ao PNAR.
*Se glicemia ≥ 126: nova amostra. Se manter: DIABETES PRÉVIO – ao PNAR.
* Diagnóstico de DMG: um valor alterado no TOTG 75g (jejum ≥ 92, 1h ≥ 180, 2h ≥ 153).
* Se diagnóstico de DMG: encaminhar ao pré natal de alto risco com orientação de dieta.
 VDRL
* Se positivo: tratar gestante e parceiro independente do exame do parceiro. Tratar sempre como sífilis terciária: penicilina
benzatina 2400000UI IM por semana por 3 semanas consecutivas. Tratar sempre!
* Orientar uso de preservativo durante o tratamento. Repetir exame mensalmente para controle de cura.
* PNAR somente se lesão fetal ao US.
 Anti HIV/ HBsAg/ Anti HCV
* Se positivo: ao pré natal dealto risco SAE.
* Se HbsAg: pedir TGO + TGP + HbeAg.
 Toxoplasmose
* Se IgG e IgM negativos: repetir em 2º e 3o trimestres. Se IgG ou IgM positivos em alguma dessas novas dosagens:
encaminhar paciente ao alto risco e iniciar rovamicina.
* Se IgG positivo e IgM negativo: paciente imune. Se IgG > 650 – repetir em 21 dias – se crescente: fazer avidez.
* Se IgG e IgM positivos: solicitar pesquisa de avidez para toxoplasmose se gestação menor que 16 semanas. Se avidez
baixa: encaminhar paciente para o alto risco e iniciar rovamicina. Se avidez alta: infecção antiga. Se maior que 16
semanas: tratar como infecção atual: encaminhar paciente para o alto risco e iniciar rovamicina se menos que 30 semanas
e esquema tríplice se maior.
* Se IgG negativo e IgM positivo: iniciar rovamicina – repetir sorologia em 21 dias. Se não positivar IgG: suspender.
* Tratamento: rovamicina 1g (2 cps de 1,5 mUI) 8/8h. Esquema tríplice: pirimetamina 25 mg 12/12h + sulfadiazina 1.500
ESTADO DE MATO GROSSO
PREFEITURA MUNICIPAL DE RONDONÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO À SAÚDE
mg 12/12h + ácido folínico 10 mg/dia.
 TSH
* Valores normais: 1º trimestre:0,1 – 2,5/ 2º trimestre: 0,2 – 3,0/ 3º trimestre: 0,3 – 3,0.
* Se TSH alterado: TSH e T4 livre. Se TSH acima da normalidade: levotiroxina 50 mcg e ao PNAR. Se abaixo: ao PNAR.
 Exame de urina
* Se suspeita clínica: coletar EAS + urocultura e iniciar tratamento.
* Antibióticos de escolha: cefalexina ou macrodantina (< 36 sem) ou amoxacilina + clavulanato.
* Repetir urocultura após o término do tratamento.
* Se suspeita de pielonefrite: ao hospital de referência.
 CCO: encaminhar para avaliação no ambulatório de PTGI se alteração celular. 
 US obstétrico
* Toda gestante: solicitar na 1a consulta e após as 30 semanas – 2 exames por paciente.
* Novos exames somente se alteração em altura uterina, sangramento ou queixa de perda líquida. Racionalizar os
recursos!
* Se polihidrâmnio ao US: encaminhar ao alto risco. Solicitar TOTG 75g + sorologias para sífilis, toxoplasmose,
citomegalovírus, rubéola, herpes e parvovírus.
* Se oligoâmnio ou restrição de crescimento ao US: encaminhar ao alto risco. Solicitar sorologias para sífilis,
toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola e herpes. Realizar controle diário da pressão arterial.
* Se macrossomia fetal: encaminhar ao alto risco. Solicitar TOTG 75g.
Estatura Peso Circunferência Craniana (cm) Circunferência Abdominal (cm)
2º
 tr
im
es
tre
6º
 m
ês 22 s 27 cm 398 – 559 g 17.5 – 22,1 15.7 – 19,1
23 s 29 cm 471 – 665 g 18.7 – 23,3 16.8 – 20,2
24 s 31 cm 556 – 784 g 19.8 – 24,4 18.0 – 21,4
25 s 32 cm 652 – 918 g 20.9 – 25,5 19.1 – 22,5
26 s 34 cm 758 – 1068 g 22.0 – 26,6 20.2 – 23,6
3º
 tr
im
es
tre
7º
 m
ês 27 s 35 cm 879 – 1234 g 23.0 – 27,6 21.3 – 24,7
28 s 37 cm 1004 – 1416 g 24.0 – 28,6 22.3 – 25,7
29 s 38 cm 1145 – 1613 g 24.9 – 29,5 23.4 – 26,8
30 s 39 cm 1294 – 1824 g 25.8 – 30,4 24.4 – 27,8
8º
 m
ês 31 s 41 cm 1453 – 2049 g 26.7 – 31,3 25.4 – 28,8
32 s 42 cm 1621 – 2285 g 27.5 – 32,1 26.4 – 29,8
33 s 43 cm 1794 – 2530 g 28.2 – 32,8 27.4 – 30,8
34 s 44 cm 1973 – 2781 g 28.9 – 33,5 28.3 – 31,7
35 s 45 cm 2154 – 3036 g 29.6 – 34,2 29.2 – 32,6
9º
 m
ês 36 s 46 cm 2335 – 3291 g 30.2 – 34,8 30.1 – 33,5
37 s 47 cm 2513 – 3543 g 30.7 -35,3 31.0 – 34,4
38 s 48 cm 2686 – 3786 g 31.2 – 35,8 31.9 – 35,3
39 s 49 cm 2851 – 4019 g 31.6 – 36,2 32.7 – 36,1
40 s 50 cm 3004 – 4234 g 32.0 – 36,6 33.6 – 37,0
À disposição para esclarecimentos,
Dra. Larissa Fonseca dos Santos – CRM MT 6843
Ginecologia e Obstetrícia – Medicina Fetal – Cardiologia Fetal
lari.fs@gmail.com - 96860066
CAISM – Rondonópolis – MT
mailto:lari.fs@gmail.com

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