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SALGA EM QUEIJOS Possui os objetivos de dar sabor à massa, e contribuir com a dessora regular o desenvolvimento microbiano — ao reduzir a atividade de água Pode ser realizada por 4 métodos: Salga no leite; Adição de sal diretamente ao leite antes da etapa de coagulação; Aplicação: Minas frescal, onde se usa de 1,5 a 2,5% de sal sobre o volume de leite Vantagem: boa distribuição de sal no queijo; Desvantagem: inviabiliza o uso do soro como matéria-prima para fabricação de derivados como bebida láctea e ricota; a perda de sal no soro é extremamente elevada (de 80 a 90% do sal adicionado); aumenta o tempo de coagulação devido a uma inibição parcial das enzimas do coalho; aumenta a hidratação das proteínas, retendo mais soro no queijo; deixa a coalhada mais frágil, e aumenta o tempo de mexedura da massa, pois dificulta a saída de soro da massa do queijo. Salga seca; o sal é adicionado na superfície do queijo após a enformagem Aplicação: Minas Frescal, Gorgonzola e Queijo de Coalho Vantagem: No Gorgonzola, auxilia também na inibição de alguns microrganismos de superfície. Desvantagem: No Minas Frescal, apresenta a desvantagem de não dar ao queijo recém-fabricado uma distribuição uniforme do sal, que se concentra junto à superfície Salga na massa. Adição de sal na massa logo após a dessoragem Aplicação: Cheddar e Minas Frescal, Gorgonzola e Queijo Coalho Vantagem: Distribuição uniforme do sal Desvantagem: No Cheddar e no Gorgonzola, o sal deve ser adicionado quando o queijo atinge o pH adequado na fermentação, pois o sal adicionado irá paralisar a ação das bactérias láticas e, conseqüentemente, irá parar a fermentação Salga em salmoura; os queijos são imersos em uma solução de NaCl 20% – 22% (m/v) mantida sob refrigeração entre 10 ºC e 15 ºC durante determinado tempo, em câmaras frias, para evitar a multiplicação de microrganismos indesejáveis Aplicação: queijos semiduros Desafio: a qualidade da salmoura influencia diretamente a qualidade do queijo. Preparo da salmoura: são necessários 26,900 quilos de sal para cada 100 litros de água. Uma vez dissolvido o sal, a salmoura deve ser aquecida até 90 – 95ºC por 60 minutos (pasteurização da salmoura). Deixar em repouso até o dia seguinte em temperatura ambiente. No dia seguinte, retirar a espuma sobrenadante e transferir para o tanque de salmoura deixando as sujidades depositadas no fundo do tanque. Adicionar 100 ml de cloreto de cálcio para cada 100 litros de salmoura (somente para salmoura nova). Tempo: 10 minutos a 72 horas, a depender das características de cada processo, como o tipo, tamanho, formato e pH do queijo Cuidados: a água utilizada seja potável O pH da salmoura também é de extrema relevância e deve ser o mais próximo do pH do queijo para ocorrer as trocas bioquímicas de forma balanceada. Para a maioria dos queijos, o pH da salmoura vai variar de 5,0 a 5,4 pH alto, favorece a putrefação da mesma e retarda a salga dos queijos. qualidade do sal apresente boa qualidade química e bacteriológica, deve conter baixos teores de sulfatos (SO4-) e de metais pesados como chumbo (Pb), cobre (Cu) e arsênico quanto menor sua concentração na salmoura, maior o tempo de salga e menor a velocidade de absorção Deve ser pasteurizada a cada 45 dias (a depender da intensidade de uso) não existe uma legislação vigente que determine os parâmetros físico- químicos e microbiológicos, com seus respectivos limites toleráveis, para a salmoura Manutenção da salmoura: correção de sal Coletar amostra da salmoura com agitadores com área suficiente para produzir uma turbulência adequada na salmoura (retirar amostra da salmoura quando a mesma estiver sem queijos). Após misturar a salmoura, pode-se empregar um recipiente coletor com alça. Os frascos para acondicionamento devem ser preenchidos completamente com volume adequado de amostra, permitindo mistura antes da análise (sempre identificar as amostras coletadas). De quanto em quanto tempo tem que trocar a salmoura? Quando a contagem for superior a 1,0 x 105 UFC/mL para mesófilo, é hora de trocar a salmoura. Entretanto, são casos e casos, e, por isso, é complicado cravar um valor de referência. A recuperação da salmoura compreende o tratamento térmico rigoroso, seguido por resfriamento, decantação, filtração e reajuste do teor de sal, cálcio e pH
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