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por Erika de Paula ~ SU M ÁR IO 06 HISTÓRIA E SEXUALIDADE Anexo 1- A prostituta sagrada Anexo 2- Como o patriarcado se impôs ao matriarcado há mais de 10 mil anos 17 CICLO DE RESPOSTA SEXUAL E AS DISFUNÇÕES SEXUAIS Anexo 3- Quoeciente sexual- Feminino e Mascul ino Anexo 4 Pornografia e seus impactos junto a disfunções sexuais. Anexo 5- Exercícios do espelho ,Kegel , Stop Start e posições sexuais quer faci l i tam o orgasmo feminino e cardápio sexual 44 TRANSTORNOS DE PREFERÊNCIA SEXUAL , PARAFILIAS E VARIAÇÕES SEXUAIS Anexo 6- BDSM- PARAFILIA Anexo - Transtorno Parafi l ico 57 DIVERSIDADE , DESAFIOS CLÍNICOS E TEORIA QUEER Anexo- 8 Homofobia é cr ime Anexo- 9 Fi lmes LGBTQ 75 EDUCAÇÃO SEXUAL , A BANDEIRA QUE DEVERIA SER DE TODOS Anexo 10- dicas de como falar de Sexual idade com crianças e adolescentes Anexo 11-Entendendo como se constrói identidade e sexual idade de cr ianças e adolescentes 92 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Erika Oliveira de Paula Ribeiro , é Psicóloga formada pela Universidade de Guarulhos. Possui especialização em Disfunções Sexuais- UNIFESP e também é especialista em Sexologia Humana- FMABC. Mãe da Eva e do Ramon, acredita que a educação é fonte transformadora para a vida, principalmente a educação sexual, proporcionando conhecimento a homens e mulheres uma nova visão sobre seus próprios corpos e prazeres. Contatos Clique nos icones abaixo 03 Sobre a autora erikadepaula.psicologia@gmail.com https://www.instagram.com/erikadepaula.sexualidade/ https://www.facebook.com/erikadepaula.psicologia https://api.whatsapp.com/send?phone=5511993935955 https://www.youtube.com/channel/UCsbD8axVdZqyboguDN6SW-A http://gmail.com/ Definição pela OMS (Organização Mundial de Saúde) A sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto, ternura e intimidade; ela integra- se no modo como sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A sexualidade influência pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influência também a nossa saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deve ser considerada como direito humano básico. A OMS reconhece a sexualidade como um dos pilares da qualidade de vida por se tratar de um aspecto que acompanha toda a vida do ser humano. Se inicia na infância, é construída na adolescência e se manifesta na vida adulta. Dificuldades no que diz respeito à própria sexualidade ou que impeçam uma vida sexual com plenitude afetam a autoestima, enfraquecem as bases da intimidade e podem, inclusive diminuir a produtividade no trabalho e qualidade de vida. Por consequência, sentimentos de incapacidade e de inferioridade passam a ser frequentes, desestabilizando as relações pessoais e profissionais. 04 Afinal o que é Sexualidade? (Cartilha da Organização Mundial de Saúde) 05 Sexo: tem como objetivo primordial a procriação, pertencendo ao campo do biológico. Por este ponto de vista, refere-se a um conceito anatômico, remetendo à ideia de gênero, feminino e masculino. Sexualidade: por sua vez, assume uma característica biopsicossocial, que irá assumir além das questões anatômicas. Será contemplado dentro desse conceito: concepção e identidade de gênero, orientações afetivas e sexuais, intimidade , relacionamento interpessoal. Sendo assim todos os conceitos acima influenciados por questões históricas, culturais e valores. (FONTE: Medicina Sexual e Sexologia; Sidney Gina 2012) 06 Desde os tempos primórdios e a criação das primeiras civilizações a sexualidade sempre esteve ali pautando a vida dos seres humanos. A medida que essas sociedades cresciam e expandiam, tinha a necessidade de criar normas e regras de convivência, troca e partilha, e o mesmo ocorreu com o contexto de sexualidade, criando assim rituais e símbolos que se perpetuam nos dia de hoje como o próprio casamento, segundo Vitiello. Na história, há marcos importantes a qual a sexualidade passa por grandes mudanças e interferências, até chegar nos estudos científicos de Freud e Basson. Na fase final da pré-história, existe uma predominância de sociedades matriarcais, onde há predomínio da figura feminina como cerne da sociedade, a religião era politeísta mas de grande influência na deusa Mãe. Segundo Nancy Qualls ,1990 nesse período sexualidade e religião formavam um todo inseparável, rituais da antiga Babilônia de agradecimento a colheita eram realizados através de práticas sexuais dentro de templos , tendo a figura central da prostituta sagrada. Nesse momento histórico, não há conhecimento do papel masculino na procriação, as mulheres era consideradas sagradas e semelhantes a deusa mãe pelo fato de gestarem. CAPITULO I HISTÓRIA E SEXUALIDADE 07 Início do Patriarcado se dá a partir de cinco eventos: conhecimento da participação do homem na concepção, mudança de sociedade nômade para sociedade fixa, influência de sociedades monoteístas, necessidade de segurança de transferir seus bens a seus descendentes diretos e a monogamia ( inicio do controle da sexualidade feminina). A partir desse momento algumas sociedades passam a adotar a extirpação do clitóris como ritual de passagem e matrimônio. Nesse momento a espiritualidade passa a ser de domínio do masculino, e os cuidados da casa e família passam de ser responsabilidades ao feminino. Inicio de papéis de gênero. ANTIGUIDADE Homossexualidade aceita como rito de passagem, prostituição regulamentada, masturbação naturalizada e violência sexual (dentro da mitologia grega há varias passagens de estupro sugerindo domínio sexista). ARISTÓTELES: “Mulher, macho mutilado” “Quanto ao sexo, a diferença é indelével: qualquer que seja a idade da mulher, o homem deve conservar sua superioridade” Poetisa Safo : ilha de lesbos, citação poética a amor entre mulheres. 08 ROMANOS: Homossexualidade aceita, porém o homem que era penetrado era visto como indigno e desprezo por parte da sociedade, lésbicas eram mal vistas (decorrência da “ausência da penetração), prostituição regulamentada; imperadores e componentes de grande escalão tinham o habito em se vestir de mulher. EGÍPCIOS: Prática de incesto como: “manter a pureza do sangue real e não pagamento de dote. HEBREUS: Homossexualidade feminina e masculina proibidas e penalizadas, conceito sexual para fins reprodutivos apenas, obrigação para o casal, rituais de limpeza a mulher pós menstruação. INDIANOS: Hijira , terceiro sexo como símbolo da deusa Bahuchara Mata, filosofia tantra e no século 3 surgimento do Kama sutra. CHINESES: A China produziu os primeiros manuais sexuais conhecidos, que eram bastante detalhados e realistas, embora com termos poéticos. O pênis era a cauda do dragão celestial ou a haste de jade, enquanto o orgasmo era descrito como uma explosão de nuvens. ARÁBES: Poligamia, emasculação a amantes de sheiks e sultões 09 IDADE MÉDIA Cristianismo, moralidade severa, celibato, castidade, pureza, caça as bruxas (mulheres ligadas a natureza, mulheres livres sexualmente), há estimativa que 100 mil pessoas foram queimadas na fogueira , sendo 90% mulheres IDADE MODERNA Período do iluminismo, avanços reais na anatomia, descoberta do clitóris pelo Anatomista Realdo Colombo (1516 – 1559) IDADE CONTEMPORÂNEA Ciência ganha importância , medicina estuda desvios sexuais e as perversões (hiper sexualidade homossexualidade, prostitutas, portadoras de saúde mental e outros). SÉCULO 20 Três ensaios da teoriada sexualidade: 1901/1905- SIGMUND FREUD . Freud argumenta que "a perversão" estava presente mesmo entre as pessoas saudáveis, e que o caminho para uma atitude sexual madura e normal começava não na puberdade, e sim na tenra infância, conceito presente até os dias de hoje. Nascimento da psicanalise e psicologia como ciência. Surgimento dos conceitos: inconsciente, id , ego, superego, complexo de édipo, complexo de castração 10 Movimentos feministas: Direito ao voto, igualdade, trabalho educação e renda Alfred Kinsey, 1948: Escalas de Kinsey, e as graduações de orientação sexual (assexual, Criação da pílula anticoncepcional em 1960, separação do conceito “sexo para prazer e sexo para procriação” 11 Em muitas culturas antigas a sexualidade convivia muito bem com a religiosidade, sem a ideia do pecado que mais tarde a religião cristã viria trazer, impregnando toda a cultura ocidental. Se hoje, para a maioria de nós, lugar de religião é na igreja e lugar de sexo é na cama, para essas antigas culturas as duas coisas podiam ser vivenciadas harmoniosamente no mesmo contexto pois a percepção da sexualidade era também uma percepção do Mistério e do Sagrado. Nos rituais do hierogamos (o casamento sagrado do feminino com o masculino) que existiram em culturas não- patriarcais da Antiguidade, sacerdotes e sacerdotisas usavam o ato sexual como forma de reverenciar a Deusa do Amor e, assim, atrair sua simpatia e auxílio ao seu povo. Isso pode não fazer sentido para quem reverencia deuses masculinos e dissociados do sexo mas naqueles tempos em que a Deusa do Amor era honrada (em suas diversas formas, como Afrodite, Inana, Ihstar…), os rituais em seu louvor iniciavam a mulher num novo nível de sua vida, preparando-a para as relações amorosas e equilibrando nela o masculino e o feminino, a força e a suavidade, tornando-a una em si mesma (o sentido original do termo “virgem” é justamente este). ANEXO 1 A PROSTISTUTA SAGRADA 12 O mesmo ocorria aos homens que se entregavam aos mistérios sagrados. Essa devoção a grande deusa mãe nos possibilitava a integridade de sexualidade e espiritualidade no mesmo campo arquetípico de nosso inconsciente, com o desmantelamento da sociedade matriarcal e quebra dos símbolos do feminino, deixamos que essa energia psíquica deixasse de liberar vitalidade do amor, da beleza, da paixão sexual e da renovação espiritual.Hoje já não veneramos a Deusa do Amor como os antigos faziam. Mas amamos. Porém, amaríamos de um modo mais sadio e nossa relação com a própria sexualidade seria melhor se nisso tudo tivéssemos a noção do Sagrado – que infelizmente perdemos nos descaminhos da civilização. Jung escreve que a perda do arquétipo “da origem “aquela horrível insatisfação com. Nossa cultura “. Sem o feminino vital para contrabalançar o princípio patriarcal coletivo, há certa esterilidade na vida. A criatividade e o desenvolvimento pessoal são asfixiados. Não, não precisamos voltar a cultuar as antigas deusas e reeditar os rituais das prostitutas sagradas, até porque hoje sabemos que as deidades são representações personalizadas de aspectos do nosso próprio psiquismo. Mas podemos vivenciar os Mistérios a partir de nosso crescimento psíquico e servir ao Sagrado através de nossas vidas e nossas relações amorosas. Cada homem e cada mulher pode ser o sacerdote e a sacerdotisa do Amor em sua própria vida. Reflexão sobre o livro : A prostituta sagrada de Nancy Qualls, 1990. Ed Paullus, São Paulo 13 FIG.1 Venus de Willendorf FIG 2 Potnia, Deusa mãe , região da Anatolia, Turquia ANEXO 2 Como o patriarcado se impôs ao matriarcado há mais de 10 mil anos É difícil rastrear os passos que possibilitaram a liquidação do matriarcado e o triunfo do patriarcado, há 10 mil, 12 mil anos. Mas foram deixados rastros dessa luta de gêneros. A forma como foi relido o pecado de Adão e Eva nos revela o trabalho de desmonte do matriarcado pelo patriarcado. Essa releitura foi apresentada por duas conhecidas teólogas feministas, Riane Eisler e Françoise Gange. Segundo elas, se realizou um processo de culpabilização das mulheres no esforço de consolidar o domínio patriarcal. Os ritos e símbolos sagrados do matriarcado são diabolizados e retroprojetados às origens na forma de um relato primordial, com a intenção de apagar totalmente os traços do relato feminino anterior. O atual relato do pecado das origens, acontecido no paraíso terrenal, coloca em xeque quatro símbolos fundamentais da religião das grandes deusas-mães. O primeiro símbolo a ser atacado foi a própria mulher (Gn 3,16), que na cultura matriarcal representava o sexo sagrado, gerador de vida. Como tal, ela simbolizava a Grande Mãe, a Suprema Divindade. Em segundo lugar, desconstruiu-se o símbolo da serpente, considerado o atributo principal da Deusa Mãe. Ela representava a sabedoria divina que se renovava sempre, como a pele da serpente. 14 15 Em terceiro lugar, desfigurou-se a árvore da vida, sempre tida como um dos símbolos principais da vida. Ligando o céu com a terra, a árvore continuamente renova a vida, como fruto melhor da divindade e do universo. Gênesis 3,6 diz explicitamente que “a árvore era boa para se comer, uma alegria para os olhos e desejável para se agir com sabedoria”. Em quarto lugar, destruiu-se a relação homem-mulher que originariamente constituía o coração da experiência do sagrado. A sexualidade era sagrada, pois possibilitava o acesso ao êxtase e ao saber místico. Ora, o que fez o atual relato do pecado das origens? Inverteu totalmente o sentido profundo e verdadeiro desses símbolos. Dessacralizou-os, diabolizou-os e os transformou de bênção em maldição. A mulher será eternamente maldita, feita um ser inferior. O texto bíblico diz explicitamente que “o homem a dominará” (Gen 3,16). O poder da mulher de dar a vida foi transformado numa maldição: “multiplicarei o sofrimento da gravidez” (Gn 3,16). A inversão foi total e de grande perversidade. A serpente é maldita (Gn 3,14) e feita símbolo do demônio tentador. O símbolo principal da mulher foi transformado em seu inimigo fidagal: “porei inimizade entre ti e a mulher... tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15). A árvore da vida e da sabedoria vem sob o signo do interdito (Gn 3,3,). Antes, na cultura matriarcal, comer da árvore da vida era se imbuir de sabedoria. Agora, comer dela significa um perigo mortal (Gn 3,3), anunciado por Deus mesmo. O cristianismo posterior substituirá a árvore da vida pelo lenho morto da cruz, símbolo do sofrimento redentor de Cristo. O amor sagrado entre o homem e a mulher vem distorcido: “entre dores darás à luz os filhos; a paixão arrastar-te-á para o marido e ele te dominará” (Gn 3,16). A partir de então se tornou impossível uma leitura positiva da sexualidade, do corpo e da feminilidade. Aqui se operou uma desconstrução total do relato anterior, feminino e sacral. Apresentou-se outro relato das origens, que vai determinar todas as significações posteriores. Todos somos, bem ou mal, reféns do relato adâmico, antifeminista e culpabilizador. Texto escrito por Leonardo Boff em 16/08/2018 Disponivel online em https://www.otempo.com.br/mobile/opiniao/leonardo- boff/como-o-patriarcado-se-impos-ao-matriarcado-ha-mais- de-10-mil-anos-1.1574660 16 https://www.otempo.com.br/mobile/opiniao/leonardo-boff/como-o-patriarcado-se-impos-ao-matriarcado-ha-mais-de-10-mil-anos-1.1574660 1957 a 1965 Estudos relacionada a excitação feminina, mecanismos de lubrificação, mulheres multiorgásticas, inicio dos estudosde ciclo de resposta sexual. Masters e Johnson : excitação, platô, orgasmo e resolução ( Human Sexual Response, 1966) Kaplan 1979 : inclusão do desejo sexual antes da excitação/ desejo, excitação, orgasmo e resolução. ( Journal of Sex & Marital Therapy. 1977) O desejo sexual é constituído por três componentes: impulso sexual, razões para o início de uma atividade sexual seriam: aumentar a proximidade emocional com o parceiro, investir no vínculo e no comprometimento, desejo por sentir- se atraída e atraente para o parceiro, desejo de dividir e sentir prazer sexual . Dessa maneira, seria possível iniciar uma relação sexual partindo-se de um estado de neutralidade sexual, porém com vontade de que essa condição se modifique ao se permitir que o estímulo sexual desencadeie a excitação e que o desejo se mantenha por razões sexuais, e não mais apenas pela busca da intimidade. Desejo Sexual espontâneo X Desejo Sexual responsivo 17 CAPITULO II CICLO DE RESPOSTA SEXUAL E AS DISFUNÇÕES SEXUAIS 18 FIG. 03 19 FIG 4 FIG 5 Transtorno de desejo: Desejo sexual hipoativo (ambos os sexos), Transtorno de excitação: Disfunção erétil (homens), transtorno de interesse/ excitação sexual feminina, Transtorno de Orgasmo: Ejaculação Precoce, Ejaculação Retrograda , Anorgasmia (feminina), Transtorno de Dor Gênito Pélvica: Vulvodinia, vestibulinia, Vaginismo e Dispaurenia, Outras Disfunções: aversão e compulsão. Segundo o DSM5, as disfunções sexuais formam um grupo heterogêneo de transtornos que, em geral, se caracterizam por uma perturbação clinicamente significativa incapacidade de uma pessoa responder sexualmente ou de experimentar prazer sexual. Cid 10: F52: Será considerado disfunção sexual se haver a recorrência de 6 meses e sofrimento psíquico ao paciente, podendo ser ao longo da vida, adquirido, generalizado ou situacional. As causas podem ter aspectos físicos e aspectos psicológicos, podem esses estarem atrelados ou não, exemplo: mulheres com vaginismo (endometriose e abuso sexual no histórico de vida). Será considerado disfunções sexuais dificuldades presentes no ciclo de resposta sexual, podendo essa estar presente numa única etapa, ou em várias: 20 Disfunções sexuais 21 Disfunções sexuais femininas Desejo Sexual Hipoativo: ausência ou diminuição do interesse sexual , pensamentos ou fantasias ausentes, falta do desejo espontâneo e responsivo, motivações escassas , ou ausentes para tentar estar sexualmente excitada Causas fisiológicas: distúrbios hormonais (testosterona, t3, t4, shbg, prolactina) uso de medicamentos (antidepressivos). Segundo ESVB ( 2014) 34,6% das mulheres sexualmente ativas, apresentam baixo desejo sexual. Causas psicológicas: Depressão, autoimagem e autoestima comprometida, ansiedade, histórico de abuso sexual, valores e crenças rígidas, Burnout, outras disfunções sexuais (anorgasmia e dor gênito- pélvica), histórico de relacionamento abusivo, resistência inconsciente do mecanismo de controle, medo irracional da gravidez e complexo de édipo. Tratamento: Avaliação multidisciplinar (ginecologista/ endocrinologista para questões hormonais) e psicoterapia sexual. Psicoterapia: acolhimento, ressignificar os processos culpas/traumas, auto erotização, biblioterapia/poadcast, automassagens, focalização sensorial, trabalhar autoestima, masturbação. 22 Transtorno do Orgasmo/ Anorgasmia: é a incapacidade de chegar ao orgasmo mesmo com estímulo sexual e excitação, podendo ser adquirida (desde o inicio das atividades sexuais), generalizada (independe do externo, parcerias) ou situacional (dependerá da parceria ou até mesmo de elementos externos). Segundo ESVB ( 2014) 29,3% das mulheres sexualmente ativas, apresentam baixo desejo sexual. Causas Fisiológicas: antidepressivos, diuréticos, medicação para úlcera gástrica, para enxaqueca e até alguns anticoncepcionais. Causas Psicológicas: desconhecer do próprio corpo, abuso sexual infantil, culpa, ansiedade, depressão, dificuldade de entrega e intimidade, relação exacerbada com controle, rigidez, falta de confiança em si e no outro ,fantasias sexuais reprimidas. Psicoterapia: Trabalhar conceito de entrega/ intimidade e controle, ressignificar processos de culpas/traumas, foco sensorial, manobra de ponte Terapia integrativa: pompoarismo, massagem tântrica e meditação. 23 Transtornos de Dor Gênito -Pélvica: engloba a dispareunia e o vaginismo. A DGPP compreende os seguintes sintomas: dor gênito-pélvica, dificuldade à penetração vaginal, medo associado à penetração vaginal, contratura involuntária do canal vaginal, aspecto de ardência em toda vulva. Segundo ESVB (2014) 17,8% das mulheres sexualmente ativas sentem dor no ato sexual. Causas Fisiológicas: doenças uterinas (endometriose),candidíase de recorrência, ISTs (herpes), lacerações obstétricas, prolapsos, síndrome do colo irritável. Causas Psicológicas: Crenças religiosas, abuso sexual infantil, fobia, medo irracional da gravidez, relação exacerbada com controle/rigidez, figura paterna aos extremos (medo ou bondade), medo de serem penetradas, imagem de extrema fragilidade do feminino, egodistônico, resposta a disfunção da parceria. Tratamento: Acompanhamento multidisciplinar: Psico+ Ginecologista +Fisioterapia Psicoterapia: Trabalhar conceito de entrega/ intimidade e controle, ressignificar processos de culpas/traumas, trabalhar o contexto de consentimento, defesa, reintegrar desejo: sagrado\profano, masculino e feminino, encorajar para tratamento de fisioterapia. 24 Disfunção /Transtorno Erétil: é a dificuldade em ter ou manter a ereção de maneira satisfatória, desde o inicio ao fim do intercurso sexual. Segundo ESVB ( 2014) 48% dos homens reconhecem que já tiveram dificuldades em ter/manter ereção. Causas Fisiológicas: diabetes, obesidade, problemas hormonais (testosterona), doenças cardíacas\ vascular, tabaco, doenças neurológicas (esclerose , mal de Parkinson),colesterol alto, medicamentos, uso de bebidas e drogas, flacidez do assoalho pélvico. Causas Psicológicas: Depressão, crenças religiosas, abuso sexual infantil, autoimagem e autoestima distorcida, egodistônico, ansiedade de desempenho, alto consumo de pornografia, mães castradoras, fantasia sexual reprimida, sentimentos de menos valia junta a parceria, depressão, resposta disfuncional da relação, medo irracional da gravidez e outras disfunções. Tratamento: Acompanhamento multidisciplinar: Psico+ Urologista demais (fisioterapia, cardiologista) Psicoterapia: Trabalhar conceito de sexo real x sexo idealizado, ressignificar traumas e culpas, construção de autoestima e qualidade de vida saudável, falsas concepções do EU, Impor limites, auto focalização, focalização sensorial. Disfunções sexuais Masculina 25 Ejaculação Precoce: Padrão persistente ou recorrente de ejaculação que ocorre durante a atividade sexual com parceira dentro de aproximadamente um minuto após a penetração vaginal/anal/oral/gounie e antes do momento desejado pelo indivíduo. Segundo ESVB (2014) 25,8% dos homens relatam dificuldades em controlar a ejaculação. Causas Fisiológicas: Hipersensibilidade da serotonina, prostatite, disfunções da tireoide. Causas Psicológicas: Crenças religiosas, abuso sexual infantil, ansiedade de desempenho, alto consumo de pornografia, padrão comportamental condicionado, relação exacerbada com controle, resposta punitiva a autoridade, desprezo a parceriaafetiva, culpa, sentimentos de menos valia junto a parceria afetiva. Tratamento: Acompanhamento multidisciplinar: Psico+ Urologista Fisioterapia. Psicoterapia: Trabalhar questões relacionadas a ansiedade e controle, focar no aqui e agora, ressignificar culpas e traumas, educação sexual, olhar sistema e dinâmica do casal, exercícios de Kegel, programa de um mês de stop start individual e casal. Terapias integrativa: Técnicas de respiração, meditação, yoga. 26 Ejaculação Retrograda/Retardada: Qualquer um dos seguintes sintomas deve ser vivenciado em quase todas ou em todas as ocasiões(aproximadamente 75 a 100%) da atividade sexual com parceira (em contextos situacionais, identificados ou, se generalizada, em todos os contextos), sem que o indivíduo deseje o retardo: retardo acentuado na ejaculação, baixa frequência marcante ou ausência de ejaculação. Segundo ESVB ( 2014) 4,9% dos homens apresentam dificuldades em ter ejaculação\orgasmo Causas Fisiológicas: Consumo de álcool, diabetes, tabagismo, doenças vascular, cistos entre dutos ejaculatórios, fimose. Causas Psicológicas: Abuso sexual infantil, padrão comportamental condicionado, alto consumo de pornografia, relação trocada com controle, dificuldade com a entrega, rigidez, medo irracional de uma gravidez, culpa, fantasias sexuais reprimidas, autoestima e auto imagem comprometida, dificuldade com intimidade e fechamentos de ciclo. Tratamento: Acompanhamento multidisciplinar : Psicologia+ Urologista Psicoterapia: Trabalhar questões relacionadas a ansiedade e controle, focar no aqui e agora, ressignificar culpas e traumas, educação sexual, olhar sistema e dinâmica do casal, focalização sensorial, masturbação assertiva. 27 Desejo Sexual hipoativo: ausência ou diminuição do interesse sexual , pensamentos ou fantasias ausentes, falta do desejo espontâneo e responsivo, motivações escassas , ou ausentes para tentar estar sexualmente excitado. Segundo ESVB ( 2014) 2,1% do s homens relatam ausência de desejo sexual. Causas Fisiológicas: Distúrbios hormonais , disfunções da tireoide. Causas Psicológicas: abuso sexual infantil, depressão, ansiedade, fantasia sexual reprimida, demais disfunções sexuais. Tratamento: Acompanhamento multidisciplinar: Psicologia Urologista/Endocrinologista. Psicoterapia : acolhimento, ressignificar os processos culpas/traumas, auto erotização, biblioterapia/podcast, automassagens, focalização sensorial, trabalhar autoestima, masturbação. Terapias integrativa: Técnicas de respiração, meditação, yoga Responda esse questionário, com sinceridade, baseando-se nos últimos seis meses de sua vida sexual, considerando a seguinte pontuação: 0 = nunca 3 = aproximadamente 50% das vezes 1 = raramente 4 = a maioria das vezes 2 = às vezes 5 = sempre 1. Você costuma pensar espontaneamente em sexo, lembra de sexo ou se imagina fazendo sexo? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 2. O seu interesse por sexo é suficiente para você participar da relação sexual com vontade? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 3. As preliminares (carícias, beijos, abraços, afagos etc.) a estimulam a continuar a relação sexual? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 4. Você costuma ficar lubrificada (molhada) durante a relação sexual? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 5. Durante a relação sexual, à medida que a excitação do seu parceiro vai aumentando, você também se sente mais estimulada para o sexo? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 6. Durante a relação sexual, você relaxa a vagina o suficiente para facilitar a penetração do pênis? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 7. Você costuma sentir dor durante a relação sexual, quando o pênis penetra em sua vagina? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 8. Você consegue se envolver, sem se distrair (sem perder a concentração), durante a relação sexual? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 9. Você consegue atingir o orgasmo (prazer máximo) nas relações sexuais que realiza? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 10. A satisfação que você consegue obter com a relação sexual lhe dá vontade de fazer sexo outras vezes, em outros dias? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 Aspectos avaliados pelo QS-F - Desejo e interesse sexual (questões 1, 2, 8) - Preliminares (questão 3) - Excitação da mulher e sintonia com o parceiro (questões 4, 5) - Conforto na relação sexual (questões 6, 7) - Orgasmo e satisfação sexual (questões 9, 10) 28 ANEXO 3 Quociente Sexual – Versão Feminina (QS-F) 29 Gabarito Como obter o resultado: Somar os pontos atribuídos a cada questão, subtrair 5 pontos da questão 7 e multiplicar o total por 2: 2 x (Q1 + Q 2 + Q 3 + Q 4 + Q 5 + Q 6 + [5-Q 7]+ Q 8 + Q 9 + Q 10) ( Q = questão ) [5-Q 7] = a questão 7 requer que se faça previamente essa subtração e que o resultado entre na soma das questões Resultado = padrão de desempenho sexual: 82 - 100 pontos bom a excelente 62 - 80 pontos regular a bom 42 - 60 pontos desfavorável a regular 22 - 40 pontos ruim a desfavorável 0 - 20 pontos nulo a ruim Fonte: CARMITA ABDO.Elaboração e Validação do Quociente Sexual – versão feminina. Rev Bras Med 2006; 63(9):477-482. 30 Quociente Sexual – Versão Masculina (QS-M) Responda esse questionário, com sinceridade, baseando-se nos últimos seis meses de sua vida sexual, considerando a seguinte pontuação: 0 = nunca 3 = aproximadamente 50% das vezes 1 = raramente 4 = a maioria das vezes 2 = às vezes 5 = sempre Seu interesse por sexo é suficiente para você querer iniciar o ato sexual? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 Sua capacidade de sedução dá a você confiança de se lançar em atividade de conquista sexual? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 As preliminares de seu ato sexual são agradáveis e satisfazem você e sua (seu) parceira(o)? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 Seu desempenho sexual varia conforme sua (seu) parceira(o) seja ou não capaz de se satisfazer durante o ato sexual com você? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 Você consegue manter o pênis ereto (duro) o tempo que precisa para completar a atividade sexual com satisfação? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 Após o estímulo sexual, sua ereção é suficientemente rígida (dura) para garantir uma relação sexual satisfatória? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 Você é capaz de obter e manter a mesma qualidade de ereção nas várias relaçõessexuais que realiza em diferentes dias? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 Você consegue controlar a ejaculação para que seu ato sexual se prolongue o quanto você desejar? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 Você consegue chegar ao orgasmo nas relações sexuais que realiza? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 Seu desempenho sexual o estimula a fazer sexo outras vezes, em outras oportunidades? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5 Aspectos avaliados pelo QS-M - Desejo e interesse sexual (questão 1) - Autoconfiança (questão 2) - Qualidade da ereção (questões 5, 6, 7) - Controle da ejaculação (questão 8) -Capacidade de atingir o orgasmo (questão 9) - Satisfação que o homem obtém (questões 3, 4 e 10) e que proporciona a sua parceira (questões 3 e 10) 31 Gabarito Como obter o resultado: Somar os pontos atribuídos a cada questão, subtrair 5 pontos da questão 7 e multiplicar o total por 2: 2 x (Q1 + Q 2 + Q 3 + Q 4 + Q 5 + Q 6 + [5-Q 7]+ Q 8 + Q 9 + Q 10) ( Q = questão ) [5-Q 7] = a questão 7 requer que se faça previamente essa subtração e que o resultado entre na soma das questões Resultado = padrão de desempenho sexual: 82 - 100 pontos bom a excelente 62 - 80 pontos regular a bom 42 - 60 pontos desfavorável a regular 22 - 40 pontos ruim a desfavorável 0 - 20 pontos nulo a ruim Fonte: CARMITA ABDO. Elaboração e validação do quociente sexual – versão masculina, uma escala para avaliar a função sexual do homem. Rev Bras Med 2006a;63(1-2):42-46. 25% das buscas na internet é sobre sexo. 27% dos homens vem pornografia no horário de trabalho 1 a cada 5 mulheres consome pornografia nas redes sociais 266 novos sites pornôs são criados diariamente no mundo todo. Os países que mais consomem ponografia são: Estados Unidos, Japão, China e Brasil. No Brasil os termos ¨novinha¨, travesti/ transexual, são os termos que mais procurados em sites pornos; na Rússia é : Swing e troca de casal, Itália e Estados Unidos são ¨mães¨ Nos EUA 30% de videos e fotos em correntes no whats são usados para ¨revenge ¨;¨porn¨ou extorsão contra a integridade da mulher feita pelo ex parceiro (marido, namorado, noivo, ficantes e etc), dados baseados apenas em denuncias formais, estima-se que a realidade é 2,3 superior a esse percentual. No Brasil 2 a cada 3 homens que se consideram ¨viciados em pornografia¨, apresentam disfunções sexuais como: Disfunção erétil e Ejaculação Precoce. ANEXO 4 PORNOGRAFIA E SEUS IMPACTOS JUNTO A DISFUNÇÕES SEXUAIS. Alguns dados sobre consumo de pornografia e internet: Fontes: Revista americana The Week 05/2017 Site francês: Stimule Curiex et insolits 03/2016 http//vip.abril.com.br/12-estatisticas-sobre-pornografia-na-internet-que-vao-te- surpreender/ Livro: Diversidade e Sexualidade: Paula Napolitano editora Opee 2016. 32 33 ANEXO 5 Exercícios do espelho ,Kegel, Stop Start e posições sexuais quer facilitam o orgasmo feminino. 34 35 36 37 38 39 40 FILMES ERÓTICOS OU COM 2 A 3 CENAS DE SEXO: CARDÁPIO SEXUAL 1. O Amante, do diretor Jean Jacques Annaud; Romance Sensual Demais; Contos proibidos do Marquês de Sade; Delta de Vênus; Em nome de Deus, do diretor Clive Donner; Perdas e Danos; Lua de Fel; Um toque de sedução, do diretor Zalman King; O paciente inglês; O amante de Lady Chatterlein; Instinto selvagem; O Voyeur, de Tinto Brass; Orquídea selvagem, do diretor Zalman King; Terapia do prazer; Carrington - dias de paixão; Mais forte que o desejo; Kama Sutra , da diretora Mira Nair; Zandalee - Uma mulher para dois homens; Lolita, de Adian Lyne; 9 ½ semanas de amor; Assédio sexual; De olhos bem fechados; Um copo de cólera; Entre as pernas; Tolerância; As idades de Lulu; Pecado original; Infidelidade, do diretor Adrian Lyne; O centro do mundo; Mata-me de prazer; Femme Fatale; Iniciação sexual de “Oh”; O Tédio; Uma linda mulher; O Piano; O homem que copiava; Desejos secretos; Sem vestígios; Lilá Diz, do diretor Ziad Doueiri; 8 mm N° 2; O insaciável Marquês de Sade; Emmanuele, do diretor Just Jaeckin e outros da série do mesmo nome, Lucía e o sexo; Bruna Surfistinha;. 9 Canções do diretor Michael Winterbottom; Natalie X da diretora Anne Fontaine ; E sua mãe também; Vem dormir comigo, Candy; Adrenalina; Diário de uma Ninfa; Corpos Ardentes; Ata-me!; Cidade dos sonhos; Boogie nights; 9 canções; Sexo, mentiras e vídeotapes; A secretária; Vick, Cristina, Barcelona; Amor e outras drogas; A última ceia; Closer – perto demais; Drácula de Bram Stoker; Jamón, Jamón; Pecado Original; 50 tons de cinza; 50 tons mais escuros; azul é a cor mais quente; Newness, 41 Ninfomaníaca Volume I e II do diretor Lars Von Trier; 2 mais 2 do diretor Diego Kaplan. Kiki; desejadas; O leitor; do jeito que elas querem; Desobediência; Os sonhadores; três formas de amar; Cidade baixa; Perdas e Danos; Me chama pelo seu nome. kyss mig; Imagine eu e você; Desejo proibido. 2- FILMES PORNOGRÁFICOS COM HISTÓRIAS: Cinco histórias quentes para ela; O dia do casamento; Matt and Khym: melhor do que nunca; Homem dos meus sonhos; Vida, amor, luxuria; Uma pequena parte de mim; Pornô para ela volume 2; Receita para romance. 3- FILMES COM ALGUM CONTEÚDO ROMÂNTICO: Titanic; Beleza roubada; Toque de pele; Razão e Sensibilidade; Don Juan de Marco; As Pontes de Madison; Entre dois amores; A pele do desejo ; A época da inocência; Alguém tem que ceder; Sabrina, do diretor Sydney Pollack; Shakespeare Apaixonado; Um lugar chamado Nothing Hil ; Alta fidelidade; Frida, da diretora Julie Taymor; Proposta Indecente; Tudo por amor; Dicionário de Cama; Ghost - do outro lado da vida; Dom; O Guarda-Costas, do diretor Mick Jackson. Sob o sol de Toscana; Como água para chocolate 4- SÉRIES The Affair; Me chama de Bruna; Eu, Tu e Ela; Viking; O Negócio; The Cliente List; Desnude; The L Word 42 5-LIVROS COM CONTEÚDO ERÓTICO FORTE: A Síndrome de Ulisses, de Santiago Gamboa, Ed. Planeta; Perdas e Danos, de Josephine Hart, Ed. Record; Cem escovadas antes de ir para a cama, de Melissa Parnello, Ed. Objetiva; Lúxuria - A casa dos budas ditosos, de João Ubaldo Ribeiro, Ed. Objetiva; No cio, de Syang, Clio Editora; A vida Sexual de Catherine M., de Catherine Millet, Ediouro; O amor natural de Carlos Drummond de Andrade, Editora Record; A mulher sensual , de Joan Garrity, Editora Record; No Jardim do desejo, de Wendy Maltz e Susie Boss, Editora Mandarin; Confissões eróticas, de Iris e Steven Finz, Editora Record; Porno Pop Pocket, de Paula Taitelbaum, da L&PM Editora; Cartas de um sedutor, de Hilda Hilst, Editora Globo; Clic de Milo Manara, Editora Conrad; Henry & June de AnaÏs Nin, editora L± Cinquenta tons de cinza, Cinquenta tons mais escuros, Cinquenta tons de liberdade, de E.L. Jones; Toda Sua, Sylvia Day; Muito prazer, de Amy Molloy; A noiva despida, de Niki Gemmel.; Porque os homens me procuram? Lola Benvenutti; O prazer é todo nosso - Lola Benvenutti; Travessuras da menina má de Mario Vargas Lhosa; Pornopopeia de Reinaldo Morais; Historia do Olho de Georges Bataille; Mulheres de BuKowski; Trilogia Peça-me o que quiser ou deixe-me de Megan Maxwell; Puro êxtase a dois de Josy Stoque; A bibliotecária de Logan Belle 6- LIVROS COM CONTEÚDO ROMÂNTICO E ERÓTICO LEVE: Romeu e Juleita de Willian Shakespeare, L&PM Editora, Cem Sonetos de Amor, de Pablo Neruda, da L&PM Editora. Amor...Próprio – Jussânia Oliveira; De repente, o amor de Susan Fox; Peça-me o que quiser de Megan Maxwell;O professor, ele vai ensinar, ela vai aprender de Tatiana Amaral; Trilogia a Descoberta do Prazer de Tatiana Amaral; 43 O Amante de Judi Ellen Malpas; Me descobrindo mulher de Manu Torres; O safado do 107; 7 -LIVROS DE CONTOS ERÓTICOS: Amadora,de Ana Ferreira – Geração editorial; Entre o soco e o sopro de Ricardo Coiro - Editora Schoba; As 100 Melhores Histórias Eróticas da Literatura Universal de Flávio Moreira de Costa (Org); Bitch de Carol Teixeira; Poetizando o sexo da Clarissa Marini. 8- PODCASTS DE CONTOS ERÓTICOS: Contos Proibidos; Pantynova. Às pacientes, é mencionado que não há uma cena de filme ou de livro que agrade ou desagrade a todas, contudo, à medida que o tratamento se desenvolve, a maioria acaba descobrindo muitas cenas que lhes interessam de modo especial. É importante que as pessoas leiam as sinopses dos filmes, pois o enredo pode não agradar. 44 CAPITULO III TRANSTORNOS DE PREFERÊNCIA SEXUAL , PARAFILIAS E VARIAÇÕES SEXUAIS BREVE RELATO HISTÓRICO Idade média/ moderna: Sexualidade ligada a moralidade ao cristianismo, colocando em cheque a atuação médica. Donatien Alphonse François de Sade, o Marques de Sade pública o livro Justine 1788: a ingênua defensora do bem, que sempre acaba sendo envolvida em crimes e depravações, terminando seus dias fulminada por um raio que a rompe da boca ao ânus quando ia à missa. O termo sadismo vem em referencia ao francês que contestava a sociedade Francesa: religiosa, francesa e monarquista. Em 1869, Sacher-Masoch lançou o romance Vênus de Peles, conta a historia de Severin e Wanda que se apaixonam, e fazem acordo de Severin ser seu escravo através de um contrato baseado em punições, no romance Severin relata sentir prazer por dor e humilhação e admirar sua “dona “ com peles de animais. O termo masoquismo vem em referência a esse escritor, que nessa época lutava contra o antissemitismo e emancipação feminino ao voto e educação. Foi na edição de Psychopathia Sexualis, feita pelo médico Ebing em 1886, que o termo perversão sexual surge nos diagnósticos médicos. Ebing faz uma longa classificação das perversões sexuais incluindo termos até hoje utilizados como o sadismo, o masoquismo, o fetichismo e a "sexualidade antipática" (referência ao que chamamos hoje de homossexualidade). 45 FIG 06 46 O que era considerado perversão sexual: masturbação, homossexualidade, fetiches, sadismo, masoquismo, ou seja qualquer relação sexual que não envolvia relação sexual pênis/vagina. Tratamentos para perversão sexual eram realizados em hospitais psiquiátricos: Choque térmico, eletrochoque nas genitálias, sanguessuga no pênis e vagina. O conceito psicanalítico de perverso, é constituído na obra de Freud nos Três Ensaios sobre a Sexualidade, publicado em 1905, apesar de que Freud já havia utilizado o termo em 1896, na Carta 52, e em seus estudos contidos no Caso Dora (publicado em 1905, mas escrito originalmente em 1901) . Nesta obra inicial Freud trata da perversão como desvio da conduta sexual que não visa a genitalidade. Em 1929, Sterkel usa p ela primeira vez a palavra parafilia , etimologia da palavra, diz respeito à "para" de paralelo, ao lado de, "filia" de amor à, apego à. Em 1980 a psiquiatria rompe com a psicanalise , termo usado pela psiquiatria passa a ser fetichismos. Surgem teorias psicanalíticas pós freudiana que define que a distinção de uma parafilia ou outra é apenas o método escolhido pela pessoa para lidar com a ansiedade causada pela ameaça de castração por parte do pai e da separação por parte do pai (Espectro de TOC)? 1997, Kafka trás hipótese de uma desregulação dopaminica e serotonina. Variações Sexuais : 3 tipos de variações sexuais: Presença ou ausência de pulsão sexual: Ex: Assexualidade (Hoje está dentro das possibilidades de orientação). Estímulo sexual ou tipo de pessoa que atrai o indivíduo: Ex: Fetichismo Como ocorre a interação com o parceiro sexual e que tipo de estímulo sexual está envolvido na interação: BDSM No DSM-IV-TR Parafilia: presença de uma fantasia patogênica e o impulso intenso de agir segundo a fantasia ou sua elaboração comportamental. Deve causar sofrimento ao paciente, contém material sexual incomum e relativamente fixo. Atividade sexual ritualizada ou estereotipada, fazendo uso de objetos degradados, reduzidos ou desumanizados. Já no DSMV: Reconhece as Parafilias como interesses eróticos atípicos, mas evita rotular os comportamentos sexuais não- normativos como necessariamente patológicos. 47 Transtornos de habilidades de consentimento ; Transtorno Exibicionista; Transtorno Voyeurismo; Transtorno Pedófobo; Transtorno Coercivo de Sadismo; Outros transtornos (Zoofilia, Necrofilia); Transtorno parafínico (quando a parafilia causa angústia no individuo). Transtornos Parafílicos- DSM5 Critério Critério A caracteriza a natureza qualitativa da parafilia (ex.: um foco erótico em crianças ou em expor os órgãos genitais a estranhos, há ausência de consentimento). Critério B especifica as consequências negativas que transformam a parafilia em um transtorno mental (ex.: angústia, prejuízo, dano ou risco de dano a si ou aos outros) (transtorno coercitivo de sadismo). Na ausência de consequências negativas a parafilia não implica obrigatoriamente em um transtorno mental e a intervenção clínica pode ser desnecessária. (Exemplo Voyeur na casa de Swing) Como ficará no CID11? 48 20 homens para 1 mulher; Acima de 16 anos, 5 anos de diferença; 1% da população mundial; Inicio na faixa de 13 a 15 anos. 95% são homens heterossexuais; 50% abuso de álcool e drogas; 50% são voyeurs e exibicionistas; 60% interesse por meninos ; 40% interesse por meninas; 35% reincidência de atraídos por meninos e 15% de reincidência por meninas Dados sobre transtornos parafílicos Segundo Krueger, 2001 Dados sobre fetichistas: Dados sobre o perfil do pedófilo. Código de ética do Psicólogo e a Pedofilia? Art.13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício. Mas se o paciente for o pedófilo, o que fazer? 49 3 categorias principais: partes do corpo (parcialismo). Extensão inanimada do corpo: peças de vestuário. Tipo específico de estimulo tátil: textura de um material em particular. Ex1: Falha na incorporação do aprendizado sexual para as relações binárias. Ex2: Aprendizado anormal – causas biológicas. Freud: a condição serve como um símbolo do falo para pessoas com medo da castração. Behavioristas : o objeto foi associado à estimulação sexual em uma idade precoce FETICHISMO Desenvolvimento sexual: surgimento de um prazer sexual em resposta a um estímulo. Condicionamento apenas = simplificação Homens: interesses iniciais em características ou padrões (podolatria) Mulheres: interesses iniciais em relacionamentos (BDSM) Homens: interesses mais em particularidades do corpo feminino ou masculino. Determinação cultural: China – 1977 – interesseem pés enfaixados China – 2005 – pé pequeno para mulheres e pé médio para homens. Muitas teorias explicativas que não se sustentam como únicas na determinação do fetichismo. 50 Como fator em abusos e violência sexual; Como componente de um ritual sadomasoquista, consensual na interação sexual. BDSM Bondage, discipline, sadism and masochism”. 2 níveis diferentes: Evidência de clubes privados europeus desde o século 18. Primeira sociedade – New York 1971. Início geralmente antes dos 18 anos; A maioria são homens. Importantes limites e regras. Ex: proibição de bebidas alcoólicas. Em muitos grupos, o coito ou estimulação genital para o orgasmo não é comum. É comum a troca de papéis (30%) e há mais masoquistas que sadistas. Kinsey (1953): 12% das mulheres e 22% dos homens respondiam sexualmente a histórias sadomasoquistas. 51 0 5 10 15 20 25 Mulheres Homens Anexo 6 BDSM- PARAFILIA Bondage é uma palavra francesa que significa servidão. É um tipo específico de fetiche, geralmente relacionado com sadomasoquismo, onde a principal fonte de prazer consiste em amarrar e imobilizar seu parceiro ou pessoa envolvida. Pode ou não envolver a prática de sexo com penetração. O bondage trata-se de ataduras eróticas aplicadas ao parceiro vestido, seminu ou nu com o fim de praticar a dominação. Está relacionado ao uso de cordas, amarras, correntes ou algemas durante as relações sexuais. Um dos parceiros imobiliza o outro antes do ato sexual propriamente dito (às vezes é apenas uma preliminar). Esta restrição física permite ter o controle total de uma pessoa. O dominante tem aquele sabor especial de ordenar e praticar atos que provavelmente não faria normalmente numa relação tradicional. Algemas para pulsos ou tornozelos, coleiras, cordas, amarras, correntes e uma série de outros acessórios mais “avançados” proporcionam ao submisso o prazer de ser explorado e sexualmente controlado, além de influenciar no impacto visual do momento. Os adeptos do BDSM (bondage, dominação, sadismo e masoquismo) alertam que as práticas devem ser saudáveis, seguras e consensuais. 52 A verdade é que isto dependerá estritamente de vocês e do que considerem excitantes. Para muitas pessoas, de fato para a maioria, assumir de vez em quando o papel de dominar seu parceiro é algo extremamente prazeroso, e uma sessão de sexo hard não faz mal a ninguém. Mas o bondage pode ir desde mais simples gesto como atar os braços ou as mãos da parceria , até o mais complexo, usando cordas que são vendidas especialmente para este efeito. BDSM -DISCIPLINA Disciplina é uma prática BDSM onde a pessoa dominante aplica regras à pessoa submissa que devem ser obedecidas. Quando alguma dessas regras de comportamento esperadas são quebradas, a punição é usada como um meio de disciplinar o submisso. No BDSM, as regras podem ser feitas para que um submisso saiba como deve se comportar, para lembrar o submisso de seu status inferior ou para treinar um submisso novato. Quando as regras são violadas, a punição pode vir como física (como o spanking), psicológica (como humilhação pública) ou uma combinação de ambos (através do bondage, por exemplo). As punições não devem ser confundidas com o sadomasoquismo. O sadomasoquismo envolve aplicar/receber dor por pura diversão das pessoas que estão nos papéis de dominadora e submissa. Enquanto as punições da disciplina são respostas a violações de regras predeterminadas. E a disciplina também pode envolver recompensas ao submisso por bom comportamento. 53 SADISMO, MASOQUISMO E SADOMASOQUISMO Sadismo é quando uma pessoa se sente atraída e com prazer ao provocar dor na outra; masoquismo, por sua vez, é gostar de receber torturas e dores. A grosso modo pode até parecer algo assustador, não é mesmo? Afinal, ter tesão em sentir dor ou causá-la no companheiro parece estranho à primeira vista. A primeira regra em BDSM é não julgar! Entre quatro paredes, muita coisa vale e, se tem uma que é prioridade dentro das práticas, é o respeito. O casal deve conversar muito antes de investir nesse tipo de sexo que é bem picante e cheio de orgasmos. 54 55 Fazer sexo com animais dá câncer no pênis Por Thiago Perin Cuidado, amigos. Um estudo de uma equipe de pesquisadores brasileiros, liderada pelo médico Stênio de Cássio Zequi, do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, sugere que os adeptos da chamada zoofilia têm mais chances de sofrer de câncer no pênis.A pesquisa levou em conta os hábitos de aproximadamente 500 homens — parte deles era saudável (dos quais 32% contaram ter ao menos um animal em seu histórico de conquistas) e parte tinha câncer peniano (e, desses, 45% já havia se engraçado com algum bicho).As estatísticas que o estudo traz sobre o sexo com animais são interessantíssimas. No total, 35% de todos os participantes não era virgem quando o papo era zoofilia. 40%, aliás, praticavam ao menos uma vez por semana. 38% deles eram fiéis — “usavam” sempre o mesmo animal —, e 30% não estavam sozinhos na hora do ato. Quais os animais mais populares? Na ordem: éguas (“pocotó, pocotó, pocotó, pocotó!”), burros, mulas, cabras, galinhas, bezerros, vacas, cachorros, ovelhas e porcos. Sexy. Thiago Perin- dez/16 disponivel em https://super.abril.com.br/blog/cienciamaluca/fazer-sexo- com-animais-da-cancer-no-penis/amp/ 56 Anexo 7 Transtorno Parafilico https://super.abril.com.br/blog/cienciamaluca/fazer-sexo-com-animais-da-cancer-no-penis/amp/ BREVE RELATO HISTÓRICO Idade Média: Assassinato de população LGBT na inquisição Idade Moderna / Contemporânea: Homossexualidade tratada como desvio sexual, “pacientes tratados em hospitais psiquiátricos” 1 e 2 guerra mundial: homossexuais eram perseguidos, na segunda guerra mundial, homossexuais levados ao campo de concentração e marcados com triângulos rosa, além do que alguns eram separados para “terapia de reversão”. “Homossexualismo”eram considerado desvios sexuais 17/05/1990, quando a Organização Mundial de Saúde retira essa condição da Classificação internacional de Doença, e passa a usar o termo HOMOSSEXUALIDADE 1999- Conselho regional de psicologia proíbe terapia de reversão sexual, nosso papel é de acolhimento e apoio para que o paciente lide com o preconceito, não há cura onde não há doença 15/03/2013- CNJ e STF obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento. 13/06/2019 STF criminaliza LGTBFOBIA igualando ao crime de racismo. 08/05/20 STF derruba a restrição de homens gays a doarem sangue 57 CAPITULO IV DIVERSIDADE DESAFIOS CLÍNICOS E TEORIA QUEER Papel de Gênero: Como me apresento ao mundo, ou o que a sociedade me impõe, Feminino, masculino, androginia, drag (no Brasil papel artístico). Identidade de Gênero: O que sou, como me vejo no meu processo mais intimo. Cisgênero: concordo e aceito a construção social de minha identidade sobre meu material biológico. Transgênero:não concordo e não aceito a construção social de minha identidade sobre meu material biológico, me sinto e desejo pertencer a identidade oposta. Travestilidade: pauta politica e de resistência ao binarismo e exclusão de minorias. Não binaridade: não adequação e não identidade imposta pela construção e compostobiológico. Orientação sexual / afetiva: direção do meu interesse afetivo /sexual Assexual (espectro do assexual puro, arromantico, demi e outros). Homossexual: interesse afetivo por pessoas do mesmo sexo biológico. Heterossexual : interesse afetivo por pessoas do sexo biológico oposto Bissexual: interesse afetivo por pessoas de ambos os sexos. Pan : interesse afetivo e sexual além da binaridade identitária Sexo biológico: informações biológicas : Feminino/masculino e intersexual. 58 59 FIG 6 Compreender as diferenças entre sexo, orientação sexual e identidade de gênero é fundamental para o entendimento da complexa sexualidade humana. Por isso, fizemos aqui um infográfico para ajudar.(Fig.6) Ligamos cada definição a uma parte do corpo que simboliza, isso ajuda na desconstrução de preconceitos e, mais importante , põe luz sobre uma escuridão gerada por muita desinformação. Nossa sexualidade não está apenas em nossa genitália. Ela está também no que sentimos sobre nós e pelos outros. Está na maneira como nos enxergamos e para onde caminha nossos desejos. Limitar a sexualidade a apenas um desses fatores é desconhecer nossa própria natureza. Por isso ampliar o olhar , à luz da ciência , sobre o que somos é também uma forma de construirmos um mundo de fato, mais humano. Paula Napolitano, 2016 60 POPULAÇÃO T ( TRANSSEXUAL E TRAVESTIS) Breve histórico Mito de Tirésias ( Agricultor que viveu como homem e mulher, feitiço de Afrodite). Século IX : Papa João Paulo VIII – a papisa Joana. Madame Genevieve (Charles d’Éon)- viveu 33 anos como mulher e 49 anos como homem, foi amante e espião de Luis XV , monarca francês. Lili Elbe: (A garota dinamarquesa), muito provável a primeira cirurgia de redesignação sexual no mundo, morreu em 1931 após tentativa de transplante de útero. 1971- Waldirene Nogueira , a primeira cirurgia de redesignação sexual no Brasil, realizada pelo médico Roberto Farina. Em 1976, o Médico Farina teve seu registro cassado pelo conselho federal de medicina, processado pelo estado por lesão corporal e absolvido apenas em 1979. Cirurgias e procedimentos realizados pelo SUS desde 1997, em hospitais escolas e em caráter experimental (terapia hormonal e redesignação), avaliação multiprofissional (psiquiatra, assistente social, psicólogo, ginecologista/ urologista). Em 2002, resolução 1955/2010 liberação de procedimentos direcionados a homens trans com exceção a neofaloplastia. Em 2018 resolução do Conselho Federal de Psicologia , determina na resolução 001/2018 despatologizar pessoas transexuais e travestis, respeitar a autodeterminação das pessoas. 61 A Resolução CFP nº 01/2018 tem o objetivo de impedir o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias. A conselheira Sandra Sposito explica que o CFP, mostrando o protagonismo da Psicologia brasileira, antecipou-se à OMS ao publicar a Resolução, que está perfeitamente articulada com os estudos internacionais e os novos paradigmas que envolvem a compreensão do gênero na constituição da subjetividade humana. “Não há doença, não há patologia, não há desvio. E quando publicamos a nossa Resolução CFP nº 01/2018, consolidamos isso, formalizamos para toda a categoria no Brasil a perspectiva não patologizante das transexualidades”. A Resolução CFP nº 01/2018 foi publicada em 29 de janeiro de 2018, após ter sido aprovada por unanimidade pelas(os) delegadas(os) da Assembleia de Políticas, da Administração e Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia (Apaf), que reúne representantes de todos os conselhos regionais e do federal. A 01/2018 está baseada em t rês pilares: transexualidades e travestilidades não são patologias; a transfobia precisa ser enfrentada; e as identidades de gênero são auto declaratórias. Cada país terá até 1º de janeiro dedas 2022 para se adaptar à nova CID. 62 Forte desejo de pertencer ao outro gênero ou insistência de que um gênero é o outro (ou algum gênero alternativo diferente do designado). Em meninos (gênero designado), uma forte preferência por cross-dressing (travestismo) ou simulação de trajes femininos; em meninas (gênero designado), uma forte preferência por vestir somente roupas masculinas típicas e uma forte resistência a vestir roupas femininas Forte preferência por papéis transgêneros em brincadeiras de faz de conta ou de fantasias. Forte preferência por brinquedos, jogos ou atividades tipicamente usados ou preferidos pelo outro gênero. Forte preferência por brincar com pares do outro gênero. Em meninos (gênero designado),forte rejeição de brinquedos, jogos e atividades tipicamente masculinos e forte evitação de brincadeiras agressivas e competitivas; em meninas (gênero designado), forte rejeição de brinquedos, jogos e atividades tipicamente femininas. Forte desgosto com a própria anatomia sexual. Desejo intenso por características sexuais primárias e/ou secundárias compatíveis com o gênero experimentado. Disforia de Gênero em Crianças 302.6 (F64.2) pelo DSMV A. Incongruência acentuada entre o gênero experimentado/expresso e o gênero designado de uma pessoa, com duração de pelo menos seis meses, manifestada por no mínimo seis dos seguintes (um deles deve ser o Critério A1): 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. B. A condição está associada a sofrimento clinicamente significativo ou a prejuízo no funcionamento social, acadêmico ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo 63 Incongruência acentuada entre o gênero experimentado/expresso e as características sexuais primárias e/ou secundárias (ou, em adolescentes jovens, as características sexuais secundárias previstas). Forte desejo de livrar-se das próprias características sexuais primárias e/ou secundárias em razão de incongruência acentuada com o gênero experimentado/expresso (ou, em adolescentes jovens, desejo de impedir o desenvolvimento das características sexuais secundárias previstas). Forte desejo pelas características sexuais primárias e/ou secundárias do outro gênero. Forte desejo de pertencer ao outro gênero (ou a algum gênero alternativo diferente do designado). Forte desejo de ser tratado como o outro gênero (ou como algum gênero alternativo diferente do designado). Forte convicção de ter os sentimentos e reações típicos do outro gênero (ou de algum gênero alternativo diferente de designado). Disforia de Gênero em Adolescentes e Adultos 302.85 (F64.1) A.Incongruência acentuada entre o gênero experimentado/expresso e o gênero designado de uma pessoa, com duração de pelo menos seis meses, manifestada por no mínimo dois dos seguintes: 1. 2. 3. 4. 5. 6. B. A condição está associada a sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 64 Qual papel do psicólogo junto a população LGBTQI+? O papel a profissionais da psicologia é proporcionar acolhimento de qualidade para a população LGBT, tendo um entendimento adequado acerca da forma como a experiência de exposição à violência, preconceito e rejeição pode impactar a saúde mental e trazer uma série de prejuízos. Lembrando –se sempre: a pessoa como sujeito em seu projeto de saúde. 65 TEORIA QUEER É uma teoria sobre gênero que afirma que nossas orientações afetivas, identidade, são resultadosde uma construções sociais, contestando os papeis de gênero atrelada a natureza humana ou biologia, como o binarismo: feminino x masculino. A teoria Queer aborda estudos da filosofia , antropologia, psicologia, sexologia, sociologia e educação De uma forma geral, é possível afirmar que a teoria queer busca ir além das teorias baseadas na oposição homens vs. mulheres e também aprofundar os estudos sobre o movimento LGBTQ dando maior atenção aos processos sociais amplos e relacionados que sexualizam a sociedade como um todo forma de heteronormativar condutas , discursos e outros. A teoria queer propõe explicitar e analisar esses processos a partir de uma perspectiva comprometida com aqueles socialmente estigmatizados, portanto dando maior atenção à formação de identidades sociais normais ou "desviantes" e nos processos de formação de sujeitos do desejo classificados em legítimos e ilegítimos. Neste sentido, a teoria queer é bem distinta dos estudos gays e lésbicos, pois considera que estas culturas sexuais foram normalizadas e não apontam para a mudança social. Daí o interesse em estudar as minorias , (travestilidade, transexualidade , intersexualidade), mas também culturas sexuais não-hegemônicas caracterizadas pela subversão ou rompimento com normas socialmente prescritas de comportamento sexual e/ou amoroso. 66 67 Fig.7 Fig.8 68 Fig.9 69 Anexo 8 Homofobia é crime Reportagem BBC de 13/06/2019 STF aprova a criminalização da homofobia Escrita por Rafael Barifouse Confira na integra clicando na tela acima https://www.bbc.com/portuguese/amp/brasil-47206924 Filmes com temáticas LGBTQ (Mais G do que as outras letras) Hoje eu quero voltar sozinho – Nacional, romântico, tem na Netflix. História de descoberta ,primeira paixão. É bonitinho. Moonlight – um soco no estomago das gays, fala sobre masculinidade (principalmente para o homem negro), Shame – contém cenas de sexo hetero, gay, nudez discreta, mas trata do sofrimento de um cara hetero. Do começo ao fim – Filme nacional e fala sobre o amor de dois irmãos. Sofrido, romântico e atores lindos. 70 ANEXO 9 FILMES LGBTQ Deixe a luz acesa – drama, cenas de sexo, sem nudez explícita Com amor Simon – bem inocente e fofo, teen, fala sobre rede de apoio filme de colégio) – sem sexo, sem nudez, bem malhação Além da fronteira – excelente, não é algo muito otimista,mas vale o drama Conquistar, amar e viver – Divertido, tenta levantar umas questões com liberdade, mostra uma nova configuração de família, cenas de sexo sem nudez explicita Comendo pelas bordas – besteirol, quase um American Pie gay, existe outra série (Another Gay Movie). É tipo uma franquia, o assunto gira em torno de um cara tentando achar uma alternativa de ser notado por um crush ou hetero, ou bissexual, as vezes comprometido... Enfim (tem que comer pela borda). Sempre uns gays malhados e depilados, muita pegação, sem sexo explícito 71 72 Patrick 1,5- casal gay que adota um menino de 15 anos, bem família. Comédia, nem lembro se tem sexo, é sobre amor e faz chorar. Weekend – Perfeito, o tipo de filme que eu esperaria numa lista para gays, quando recebi o exercício para pensar em tudo que excitava, pensei nesse filme. Antonio da Silva Film – são curtas soft-porn com várias temáticas: caras ruivos, dançarinos, cariocas, galera que faz banheirão na hora do almoço do escritório, gente que transa no mato... tem um bem atual degente que marca transas rápidas por aplicativo Corpo Eletrico – nacional, roteiro péssimo, mas não dá vontade de desligar a TV. Se passa em em São Paulo e as pessoas tem cara de brasileiros. Ponto positivo é que em nenhum momento os personagens sofrem uma penalidade por serem gays, contem sexo bonitinho, tem nudez. Queda Livre – Policial com mulher grávida apaixonado por colega, casal bem bonito (padrão). É um Brokeback Mountain Alemão. Cenas de sexo sem nudez frontal. 73 Theo e Hugo – O crédito desse filme é que ele começa ao contrário. Você acha que é um pornô, começa com uma longa cena de sexo. Depois vira um dramão. Séries Special (série) – divertidíssima e bem humorada, protagonista carismático, tem na NetFlix, ótima. Euphoria – Bem atual, na verdade muito atual, não sei nem se as pessoas com esses dramas já estão na terapia. Fala de juventude, relação com nudes como prova de amor. Drama Familiar. Linda de olhar. Whitney – documentário na Netflix True Blood – Super trash, muito sexo, muito violento, romance cafona, divertidíssimo, temporadas oscilantes, bissexualidade pura. Flerta com aqueles pornôs da Emmanuele, mas sem alienígenas e sim vampiros e outros seres. Tem a cena de sexo gay mais surpreendente entre dois protagonistas heteros. 74 Queer as Folk – tem a versão américa e a britânica, são diferentes e todo gay vai falar que a versão da Europa é melhor. Tem sexo de todo tipo. Wigs – perfeito, drag queens, pessoas trans, muita referência ao corpo, respeito, revolução aceitabilidade, comportamento sexual, política, não tem sexo. Looking – Acho que é a série mais atual para um gay de 20 – 40 anos, fácil de se relacionar. Um rapaz bem normalzinho vivendo os dramas de amor (nenhuma penalidade por ser gay) 75 CAPITULO V EDUCAÇÃO SEXUAL , A BANDEIRA QUE DEVERIA SER DE TODOS FIG 10 76 0 a 4 anos: nesta fase as crianças devem aprender sobre as partes do corpo, como higienizá-las corretamente, começam a aprender e questionar sobre os diferentes tipos de famílias, e podem ser incentivadas a dizer “sim” e “não” sobre o que diz respeito ao seu corpo. De 4 a 6 anos: nesta idade a criança pode começar a receber informações sobre reprodução, quando surgir curiosidade, além de aprender noções do que é abuso e da necessidade de respeito às diferenças. De 6 a 9 anos: é hora de aprender sobre as mudanças que ocorrem no corpo, as diferenças biológicas entre homens e mulheres, o sexo nos meios de comunicação, e noções sobre violência sexual e doenças sexualmente transmissíveis. De 9 a 12 anos: são recomendadas informações sobre a puberdade, aceitação do próprio corpo, lições mais aprofundadas sobre reprodução e planejamento familiar, além de conversas sobre as emoções e o senso de responsabilidade sobre sua própria sexualidade e do outro. De 12a 15 anos: aqui os assuntos podem girar em torno de contracepção, os direitos sexuais de cada um e a tomada de decisões conscientes e bem informadas. Também valem conversas sobre eventuais conflitos entre os valores de cada um, as diferentes religiões e influência da sociedade. A partir dos 15 anos: é o momento de falar sobre as mudanças psicológicas vindas com a puberdade, a necessidade de igualdade entre decisões com o parceiro ou a parceira, diferenças de gênero, além do empoderamento diante de seus próprios direitos e respeito ao direito do outros 77 “A educação sexual ajuda a desenvolver os sentidos da criança e o senso corporal, a imagem corporal e, ao mesmo tempo, fortalece a autoconfiança da criança e contribui para o desenvolvimento da autodeterminação: a criança poderá se comportar de maneira responsável em relação a si mesma e aos outros”, diz o documento. Documento assinado em 2010 pela OMS sobre a importância da educação sexual , sua importância de acordo com as faixas etárias. https://www.bzga-whocc.de/en/publications/standards-in- sexuality-education https://www.bzga-whocc.de/en/publications/standards-in-sexuality-education 78 A educação sexual é o nome dado ao processo que visa educar, ou seja, esclarecer jovens e adolescentes a respeito da responsabilidade particular de cada um quando esses decidem entregar seu corpo a alguém. O tema ainda envolve mitos, tabus e constrangimentos para pais e professores. A educação sexual aborda temas como o sexo, a gravidez, o aborto, métodos contraceptivos, a importância da camisinha e doenças sexualmente transmissíveis, diversidade, questões de gênero (violência), raça e minorias No período da adolescência, o organismo em sua totalidade (físico e psicológico) passa por inúmeras transformações e essas exigem que o indivíduo se adapte de forma rápida à sua nova condição. Nesse período, o indivíduo deixa seus comportamentos infantis e inicia algumas rotinas adultas. Um dos objetivos da educação sexual é preparar os adolescentes para a vida sexual de forma segura, chamando- os à responsabilidade de cuidar de seu próprio corpo e o corpo do outro. Quando falamos de educação sexual, estamos falando de respeito. 79 Vivemos um paradoxo. Hoje em apenas um dia um a pessoa pode ter acesso à informações de uma vida inteira na idade média. Apesar disso , muitas vezes ainda agimos como seres medievais, lançando os diferente a fogueira da intolerância ódio e segregação. As estatísticas são fartas. Transformar o turbilhão de informações circulando múltiplas plataformas em conhecimento e senso critico é um desafio fundamental , principalmente a quem educa, seja em casa, na escola na escola ou em ambientes corporativos .Só assim poderemos conviver melhor tanto com nosso mundo interior quanto o universo de seres que dividem conosco nesta morada Terra. Napolitano, Paula Diversidade e Sexualidade , São Paulo, 2016 OPE 80 53% de aumento de infecção de HIV, entre jovens de 15 a 19 anos entre 2004 a 2018. 555 mil bebes nasceram de mães adolescentes, 15 a 19 anos em 2013 . 11 minutos é o tempo entre um estupro e outro. 16 horas é o intervalo de um assassinato a outro acometidos a população LGBTQIA+ em 2016. 868 mortes de transsexuais entre os anos 2008 a 2018, (há uma subnotificação), colocam o Brasil como o pais mais transfobico do planeta. 75 % de vitimas de homicídio no Brasil , em 2018 eram pessoas pretas. 50% é o aumento de violência doméstica durante a pandemia. Dados estatístico: Dados: safernet,ministério publico, instituto data popular, ong transgender 81 Possibilita crianças a conhecer sobre o próprio corpo e ter uma relação integrativa e respeitosa (Auto estima e autoimagem preservada), favorecendo que enquanto adultos possam a desfrutar de uma plenitude e satisfação sexual, é um ótimo aliado a prevenção de disfunções sexuais. Conhecer todas as questões relacionadas a sexo, gestação, métodos contraceptivo, pesquisas apontam que educação sexual bem aplicada irá auxiliar no combate ao abuso sexual infantil , combate a gravidez na adolescência, combate a ists e retarda o inicio sexual de jovens e adolescentes Trabalhar aceitação pela diversidade e outras minorias excluídas em espaço escolar, como os alunos que tem limitações, físicas, cognitivas e mentais. Afinal o que é ser diferente? Educação Sexual irá trabalhar questões de reflexão e combate a violência de gênero, machismo, racismo,lgtbfobia, xenofobia e outros meios de violência física e psiquica,. Quais são as áreas de atuação da educação sexual? 82 Mas os brasileiros são a favor da educação sexual? A maioria dos brasileiros, no entanto, é favorável à inclusão d questões sobre gênero e sexualidade no currículo escolar. É o que mostra uma pesquisa interna encomendada pelo Ministério da Educação em 2018. Nunca divulgado publicamente, o levantamento foi obtido pela Rede Globo por meio da Lei de Acesso à Informação e divulgado em fevereiro de 2019. Das 2.004 pessoas que foram ouvidas, em 11 estados e o Distrito Federal, 55,8% responderam “sim” para a questão sobre se a “abordagem sobre as questões de gênero e sexualidade deve fazer parte do currículo escolar”. Além disso, 62,6% dos entrevistados não souberam definir o que “ideologia de gênero” significa. SIm Não 60 40 20 0 FIG 11 Ministério da Educação, 2018 83 A visão distorcida sobre a educação sexual virou pauta política conservadora, e as notícias falsas infelizmente contribuem para a reprodução do mito de que ela erotiza as crianças, reorienta sua afetividade altera identidade, é facilita o acesso de abusadores aos seus corpos. Políticos que vociferam contra a educação sexual sem fundamentação científica alguma, pautados na mentira e na polêmica, estão prestando um enorme desserviço à proteção de crianças e adolescentes contra a violência sexual. Segundo essas pessoas, sexualidade é assunto reservado unicamente ao espaço doméstico e apenas competência da família. Isso é um erro por um motivo muito simples: em torno de 75% das denúncias de violência sexual envolvem ambiente intrafamiliar, ou seja, são casos cujos autores da violência são padrastos, pais, parentes ou pessoas em quem as crianças confiam e têm algum vínculo de responsabilidade e afeto. Se educação sexual ficasse reservada à esfera familiar, como essas crianças teriam acesso à informação que poderá protegê-las dos abusos? A quem interessa que de fato não tenha educação sexual nos espaços integrativos de crianças e adolescentes? Abusadores sexuais e Conservadores Pois o conhecimento faz questionarmos, ato , fatos e sistemas!!! 84 Mas afinal da onde surgiu o termo : IDEOLOGIA DE GENÊRO???? O termo "ideologia de gênero" surgiu entre meados da década de 1990 e início dos anos 2000 no âmbito do Conselho Pontifício para a Família, da Congregação para a Doutrina da Fé, antigamente conhecida como Santa Inquisição Romana e Universal, ala conservadora da Igreja Católica, segundo o Centro de Estudos Multidisciplinares Avançados da Universidade de Brasília (UnB). O termo foi formulado como uma reação ao feminismo por grupos neofundamentalistas católicos, segundo os quais a luta feminista atinge a tradicional família cristã. A expressão "ideologia de gênero" não é reconhecida no mundo acadêmico e é usada por grupos conservadores, como as igrejas evangélicas, contrários aos estudos de gênero iniciados nas décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos e na Europa -- que teorizam a diferença entre o sexo biológico e o gênero. Esse grupo conservador teme pelos estudos e teorias feministas , que além de uma possível “doutrinação a identidade de gênero, há também a ameaça a possibilidade
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