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Nocoes Basicas de Sexualidade humana

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Prévia do material em texto

por Erika de Paula
~
SU
M
ÁR
IO
06
HISTÓRIA E SEXUALIDADE
Anexo 1- A prostituta sagrada
Anexo 2- Como o patriarcado se impôs ao
matriarcado há mais de 10 mil anos
17
CICLO DE RESPOSTA SEXUAL E AS
DISFUNÇÕES SEXUAIS
Anexo 3- Quoeciente sexual- Feminino e Mascul ino 
Anexo 4 Pornografia e seus impactos junto a disfunções
sexuais.
Anexo 5- Exercícios do espelho ,Kegel , Stop Start e
posições sexuais quer faci l i tam o orgasmo feminino e
cardápio sexual
44
TRANSTORNOS DE PREFERÊNCIA SEXUAL ,
PARAFILIAS E VARIAÇÕES SEXUAIS
Anexo 6- BDSM- PARAFILIA
Anexo - Transtorno Parafi l ico
57
DIVERSIDADE , DESAFIOS CLÍNICOS E
TEORIA QUEER
Anexo- 8 Homofobia é cr ime
Anexo- 9 Fi lmes LGBTQ
75
EDUCAÇÃO SEXUAL , A BANDEIRA QUE
DEVERIA SER DE TODOS
Anexo 10- dicas de como falar de Sexual idade com
crianças e adolescentes
Anexo 11-Entendendo como se constrói identidade e
sexual idade de cr ianças e adolescentes
 
92 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 Erika Oliveira de Paula Ribeiro , é Psicóloga formada pela
Universidade de Guarulhos.
 Possui especialização em Disfunções Sexuais- UNIFESP e
também é especialista em Sexologia Humana- FMABC.
 
 Mãe da Eva e do Ramon, acredita que a educação é fonte
transformadora para a vida, principalmente a educação
sexual, proporcionando conhecimento a homens e mulheres
uma nova visão sobre seus próprios corpos e prazeres. 
Contatos
Clique nos icones abaixo
03
Sobre a autora
erikadepaula.psicologia@gmail.com
https://www.instagram.com/erikadepaula.sexualidade/
https://www.facebook.com/erikadepaula.psicologia
https://api.whatsapp.com/send?phone=5511993935955
https://www.youtube.com/channel/UCsbD8axVdZqyboguDN6SW-A
http://gmail.com/
 
 Definição pela OMS (Organização Mundial de Saúde)
 
 A sexualidade é uma energia que nos motiva para
encontrar amor, contacto, ternura e intimidade; ela integra-
se no modo como sentimos, movemos, tocamos e somos
tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. 
 A sexualidade influência pensamentos, sentimentos, ações
e interações e, por isso, influência também a nossa saúde
física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a
saúde sexual também deve ser considerada como direito
humano básico.
 
 A OMS reconhece a sexualidade como um dos pilares da
qualidade de vida por se tratar de um aspecto que
acompanha toda a vida do ser humano. Se inicia na infância,
é construída na adolescência e se manifesta na vida adulta.
Dificuldades no que diz respeito à própria sexualidade ou que
impeçam uma vida sexual com plenitude afetam a
autoestima, enfraquecem as bases da intimidade e podem,
inclusive diminuir a produtividade no trabalho e qualidade
de vida. Por consequência, sentimentos de incapacidade e de
inferioridade passam a ser frequentes, desestabilizando as
relações pessoais e profissionais.
 
04
Afinal o que é Sexualidade?
(Cartilha da Organização Mundial de Saúde)
05
 Sexo: tem como objetivo primordial a procriação,
pertencendo ao campo do biológico. Por este ponto de vista,
refere-se a um conceito anatômico, remetendo à ideia de
gênero, feminino e masculino. 
 
 
 Sexualidade: por sua vez, assume uma característica
biopsicossocial, que irá assumir além das questões
anatômicas. Será contemplado dentro desse conceito:
concepção e identidade de gênero, orientações afetivas e
sexuais, intimidade , relacionamento interpessoal. Sendo
assim todos os conceitos acima influenciados por questões
históricas, culturais e valores.
 
 (FONTE: Medicina Sexual e Sexologia; 
 Sidney Gina 2012)
06
 Desde os tempos primórdios e a criação das primeiras
civilizações a sexualidade sempre esteve ali pautando a vida
dos seres humanos. A medida que essas sociedades cresciam
e expandiam, tinha a necessidade de criar normas e regras de
convivência, troca e partilha, e o mesmo ocorreu com o
contexto de sexualidade, criando assim rituais e símbolos  que
se perpetuam nos dia de hoje como o próprio casamento,
segundo Vitiello.
 Na história, há marcos importantes a qual a sexualidade
passa por grandes mudanças e interferências, até chegar nos
estudos científicos de Freud e Basson.
 Na fase final da pré-história, existe uma predominância
de sociedades matriarcais, onde há predomínio da figura
feminina como cerne da sociedade, a religião era politeísta
mas de grande influência na deusa Mãe.
 Segundo Nancy Qualls ,1990 nesse período sexualidade e
religião formavam um todo inseparável, rituais da antiga
Babilônia de agradecimento a colheita eram realizados
através de práticas sexuais dentro de templos , tendo a figura
central da prostituta sagrada.
 Nesse momento histórico, não há conhecimento do papel
masculino na procriação, as mulheres era consideradas
sagradas e semelhantes a deusa mãe pelo fato de gestarem.
 
 
CAPITULO I
HISTÓRIA E SEXUALIDADE
07
 
 Início do Patriarcado se dá a partir de cinco eventos:
conhecimento da participação do homem na concepção,
mudança de sociedade nômade para sociedade fixa, influência
de sociedades monoteístas, necessidade de segurança de
transferir seus bens a seus descendentes diretos e a
monogamia ( inicio do controle da sexualidade
feminina).
 A partir desse momento algumas sociedades passam a
adotar a extirpação do clitóris como ritual de passagem e
matrimônio.
 Nesse momento a espiritualidade passa a ser de domínio
do masculino, e os cuidados da casa e família passam de ser
responsabilidades ao feminino.
 Inicio de papéis de gênero.
 
 ANTIGUIDADE
 
 Homossexualidade aceita como rito de passagem,
prostituição regulamentada, masturbação naturalizada e
violência sexual (dentro da mitologia grega há varias
passagens de estupro sugerindo domínio sexista). 
 
 ARISTÓTELES: “Mulher, macho mutilado”
 “Quanto ao sexo, a diferença é indelével: qualquer que seja
a idade da mulher, o homem deve conservar sua
superioridade” 
 Poetisa Safo : ilha de lesbos, citação poética a amor entre
mulheres.
08
 ROMANOS: Homossexualidade aceita, porém o
homem que era penetrado era visto como indigno e desprezo
por parte da sociedade, lésbicas eram mal vistas (decorrência
da “ausência da penetração), prostituição regulamentada;
imperadores e componentes de grande escalão tinham o
habito em se vestir de mulher.
 EGÍPCIOS: Prática de incesto como: “manter a pureza
do sangue real e não pagamento de dote.
 HEBREUS: Homossexualidade feminina e masculina
proibidas e penalizadas, conceito sexual para fins
reprodutivos apenas, obrigação para o casal, rituais de
limpeza a mulher pós menstruação. 
 INDIANOS: Hijira  , terceiro sexo como símbolo da
deusa Bahuchara Mata, filosofia tantra e no século 3
surgimento do Kama sutra.
 CHINESES: A China produziu os primeiros manuais
sexuais conhecidos, que eram bastante detalhados e
realistas, embora com termos poéticos. O pênis era a cauda do
dragão celestial ou a haste de jade, enquanto o orgasmo era
descrito como uma explosão de nuvens. 
 ARÁBES: Poligamia, emasculação a amantes de sheiks
e sultões
 
09
 IDADE MÉDIA
 Cristianismo, moralidade severa, celibato, castidade,
pureza, caça as bruxas  (mulheres ligadas a natureza,
mulheres livres sexualmente), há estimativa que 100 mil
pessoas foram queimadas na fogueira , sendo 90% mulheres
 
IDADE MODERNA
 Período do iluminismo, avanços reais na anatomia,
descoberta do clitóris pelo Anatomista Realdo Colombo (1516 –
1559)
 
IDADE CONTEMPORÂNEA
 Ciência ganha importância , medicina estuda desvios
sexuais e as perversões (hiper sexualidade homossexualidade,
prostitutas, portadoras de saúde mental e outros).
 
SÉCULO 20
 Três ensaios da teoriada sexualidade: 1901/1905-
SIGMUND FREUD .
 Freud argumenta que "a perversão" estava presente
mesmo entre as pessoas saudáveis, e que o caminho para uma
atitude sexual madura e normal começava não na puberdade,
e sim na tenra infância, conceito presente até os dias de hoje.
 Nascimento da psicanalise e psicologia como ciência.
 Surgimento dos conceitos: inconsciente, id , ego,
superego, complexo de édipo, complexo de castração
10
 
 Movimentos feministas: Direito ao voto, igualdade,
trabalho educação e renda Alfred Kinsey, 1948: Escalas de
Kinsey, e as graduações de orientação sexual (assexual, 
 Criação da pílula anticoncepcional em 1960, separação
do conceito “sexo para prazer e sexo para procriação”
 
11
 Em muitas culturas antigas a sexualidade convivia muito
bem com a religiosidade, sem a ideia do pecado que mais tarde
a religião cristã viria trazer, impregnando toda a cultura
ocidental.
 Se hoje, para a maioria de nós, lugar de religião é na
igreja e lugar de sexo é na cama, para
essas antigas culturas as duas coisas podiam ser vivenciadas
harmoniosamente no mesmo contexto pois a percepção da
sexualidade era também uma percepção do Mistério e do
Sagrado. Nos rituais do hierogamos (o casamento sagrado do
feminino com o masculino) que existiram em culturas não-
patriarcais da Antiguidade, sacerdotes e sacerdotisas usavam
o ato sexual como forma de reverenciar a Deusa do Amor e,
assim, atrair sua simpatia e auxílio ao seu povo. Isso pode não
fazer sentido para quem reverencia deuses masculinos e
dissociados do sexo mas naqueles tempos em que a Deusa do
Amor era honrada (em suas diversas formas, como Afrodite,
Inana, Ihstar…), os rituais em seu louvor iniciavam a mulher
num novo nível de sua vida, preparando-a para as relações
amorosas e equilibrando nela o masculino e o feminino, a
força e a suavidade, tornando-a una em si mesma (o sentido
original do termo “virgem” é justamente este).
 
ANEXO 1
A PROSTISTUTA SAGRADA
12
 
 O mesmo ocorria aos homens que se entregavam aos
mistérios sagrados. Essa devoção a grande deusa mãe nos
possibilitava a integridade de sexualidade e espiritualidade no
mesmo campo arquetípico de nosso inconsciente, com o
desmantelamento da sociedade matriarcal e quebra dos
símbolos do feminino, deixamos que essa energia psíquica
deixasse de liberar vitalidade do amor, da beleza, da paixão
sexual e da renovação espiritual.Hoje já não veneramos a
Deusa do Amor como os antigos faziam. Mas amamos. Porém,
amaríamos de um modo mais sadio e nossa relação com a
própria sexualidade seria melhor se nisso tudo tivéssemos a
noção do Sagrado – que infelizmente perdemos nos
descaminhos da civilização.
 Jung escreve que a perda do arquétipo “da origem
“aquela horrível insatisfação com. Nossa
cultura “. Sem o feminino vital para contrabalançar o
princípio patriarcal coletivo, há certa esterilidade na vida. A
criatividade e o desenvolvimento pessoal são asfixiados. 
 Não, não precisamos voltar a cultuar as antigas
deusas e reeditar os rituais das prostitutas sagradas, até
porque hoje sabemos que as deidades são representações
personalizadas de aspectos do nosso próprio psiquismo. Mas
podemos vivenciar os Mistérios a partir de nosso crescimento
psíquico e servir ao Sagrado através de nossas vidas e nossas
relações amorosas.
 Cada homem e cada mulher pode ser o sacerdote e a
sacerdotisa do Amor em sua própria vida.
 
 Reflexão sobre o livro : A prostituta sagrada de 
 Nancy Qualls, 1990. Ed Paullus, São Paulo
13
FIG.1 Venus de Willendorf
FIG 2 Potnia, Deusa mãe , 
região da Anatolia, Turquia
ANEXO 2
Como o patriarcado se impôs ao matriarcado há
 mais de 10 mil anos
 É difícil rastrear os passos que possibilitaram a
liquidação do matriarcado e o triunfo do patriarcado, há 10
mil, 12 mil anos. Mas foram deixados rastros dessa luta de
gêneros. A forma como foi relido o pecado de Adão e Eva nos
revela o trabalho de desmonte do matriarcado pelo
patriarcado. Essa releitura foi apresentada por duas
conhecidas teólogas feministas, Riane Eisler e Françoise
Gange.
 Segundo elas, se realizou um processo de
culpabilização das mulheres no esforço de consolidar o
domínio patriarcal. Os ritos e símbolos sagrados do
matriarcado são diabolizados e retroprojetados às origens na
forma de um relato primordial, com a intenção de apagar
totalmente os traços do relato feminino anterior.
 O atual relato do pecado das origens, acontecido no
paraíso terrenal, coloca em xeque quatro símbolos
fundamentais da religião das grandes deusas-mães.
 O primeiro símbolo a ser atacado foi a própria
mulher (Gn 3,16), que na cultura matriarcal representava o
sexo sagrado, gerador de vida. Como tal, ela simbolizava a
Grande Mãe, a Suprema Divindade.
 Em segundo lugar, desconstruiu-se o símbolo da
serpente, considerado o atributo principal da Deusa Mãe. Ela
representava a sabedoria divina que se renovava sempre,
como a pele da serpente.
 14
15
 Em terceiro lugar, desfigurou-se a árvore da vida,
sempre tida como um dos símbolos principais da vida. Ligando
o céu com a terra, a árvore continuamente renova a vida,
como fruto melhor da divindade e do universo. Gênesis 3,6 diz
explicitamente que “a árvore era boa para se comer, uma
alegria para os olhos e desejável para se agir com sabedoria”.
 Em quarto lugar, destruiu-se a relação homem-mulher
que originariamente constituía o coração da experiência do
sagrado. A sexualidade era sagrada, pois possibilitava o
acesso ao êxtase e ao saber místico.
 Ora, o que fez o atual relato do pecado das origens?
Inverteu totalmente o sentido profundo e verdadeiro desses
símbolos. Dessacralizou-os, diabolizou-os e os transformou de
bênção em maldição.
 A mulher será eternamente maldita, feita um ser
inferior. O texto bíblico diz explicitamente que “o homem a
dominará” (Gen 3,16). O poder da mulher de dar a vida foi
transformado numa maldição: “multiplicarei o sofrimento da
gravidez” (Gn 3,16). A inversão foi total e de grande
perversidade.
 A serpente é maldita (Gn 3,14) e feita símbolo do
demônio tentador. O símbolo principal da mulher foi
transformado em seu inimigo fidagal: “porei inimizade entre ti
e a mulher... tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15).
 A árvore da vida e da sabedoria vem sob o signo do
interdito (Gn 3,3,). Antes, na cultura matriarcal, comer da
árvore da vida era se imbuir de sabedoria. Agora, comer dela
significa um perigo mortal (Gn 3,3), anunciado por Deus
mesmo. O cristianismo posterior substituirá a árvore da vida
pelo lenho morto da cruz, símbolo do sofrimento redentor de
Cristo.
 O amor sagrado entre o homem e a mulher vem
distorcido: “entre dores darás à luz os filhos; a paixão
arrastar-te-á para o marido e ele te dominará” (Gn 3,16). A
partir de então se tornou impossível uma leitura positiva da
sexualidade, do corpo e da feminilidade.
 Aqui se operou uma desconstrução total do relato
anterior, feminino e sacral. Apresentou-se outro relato das
origens, que vai determinar todas as significações posteriores.
Todos somos, bem ou mal, reféns do relato adâmico,
antifeminista e culpabilizador.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto escrito por Leonardo Boff em 16/08/2018
Disponivel online em
https://www.otempo.com.br/mobile/opiniao/leonardo-
boff/como-o-patriarcado-se-impos-ao-matriarcado-ha-mais-
de-10-mil-anos-1.1574660
 
16
https://www.otempo.com.br/mobile/opiniao/leonardo-boff/como-o-patriarcado-se-impos-ao-matriarcado-ha-mais-de-10-mil-anos-1.1574660
 1957 a 1965 Estudos relacionada a excitação feminina,
mecanismos de lubrificação, mulheres multiorgásticas, inicio
dos estudosde ciclo de resposta sexual.
 
 Masters e Johnson : excitação, platô, orgasmo e
resolução ( Human Sexual Response, 1966)
Kaplan 1979 : inclusão do desejo sexual antes da excitação/
desejo, excitação, orgasmo e resolução.      
( Journal of Sex & Marital Therapy. 1977)
 
 O desejo sexual é constituído por três componentes:
impulso sexual, razões para o início de uma atividade sexual
seriam: aumentar a proximidade emocional com o parceiro,
investir no vínculo e no comprometimento, desejo por sentir-
se atraída e atraente para o parceiro, desejo de dividir e sentir
prazer sexual .
 Dessa maneira, seria possível iniciar uma relação
sexual partindo-se de um estado de neutralidade sexual,
porém com vontade de que essa condição se modifique ao se
permitir que o estímulo sexual desencadeie a excitação e que o
desejo se mantenha por razões sexuais, e não mais apenas
pela busca da intimidade. 
 Desejo Sexual espontâneo X Desejo Sexual responsivo
17
CAPITULO II
CICLO DE RESPOSTA SEXUAL E AS
DISFUNÇÕES SEXUAIS
18
FIG. 03
19
 
FIG 4
FIG 5
Transtorno de desejo: Desejo sexual hipoativo (ambos os
sexos),
Transtorno de excitação: Disfunção erétil (homens),
transtorno de interesse/ excitação sexual feminina,
Transtorno de Orgasmo: Ejaculação Precoce, 
 Ejaculação Retrograda , Anorgasmia (feminina),
Transtorno de Dor Gênito Pélvica: Vulvodinia,
vestibulinia, Vaginismo e Dispaurenia,
Outras Disfunções: aversão e compulsão.
 Segundo o DSM5, as disfunções sexuais formam um
grupo heterogêneo de transtornos que, em geral, se
caracterizam por uma  perturbação clinicamente
significativa incapacidade de uma pessoa responder
sexualmente ou de experimentar prazer sexual.
 
 Cid 10: F52: Será considerado disfunção sexual se
haver a recorrência de 6 meses e sofrimento psíquico ao
paciente, podendo ser ao longo da vida, adquirido,
generalizado ou situacional. As causas podem ter aspectos
físicos e aspectos psicológicos, podem esses estarem atrelados
ou não, exemplo: mulheres com vaginismo (endometriose e
abuso sexual no histórico de vida). Será considerado
disfunções sexuais dificuldades presentes no ciclo de resposta
sexual, podendo essa estar presente numa única etapa, ou em
várias:
20
Disfunções sexuais
21
Disfunções sexuais femininas
 Desejo Sexual Hipoativo: ausência ou diminuição do
interesse sexual , pensamentos ou fantasias ausentes, falta do
desejo espontâneo e responsivo, motivações escassas , ou
ausentes para tentar estar sexualmente excitada
 Causas fisiológicas: distúrbios hormonais
(testosterona, t3, t4, shbg, prolactina) uso de medicamentos 
 (antidepressivos).
 Segundo ESVB ( 2014) 34,6% das mulheres
sexualmente ativas, apresentam baixo desejo sexual.
 Causas psicológicas: Depressão, autoimagem e
autoestima comprometida, ansiedade, histórico de abuso
sexual, valores e crenças rígidas, Burnout, outras disfunções
sexuais (anorgasmia e dor gênito- pélvica), histórico de
relacionamento abusivo, resistência inconsciente do
mecanismo de controle, medo irracional da gravidez e
complexo de édipo. 
 Tratamento: Avaliação multidisciplinar 
 (ginecologista/ endocrinologista para questões hormonais) e
psicoterapia sexual. 
 Psicoterapia: acolhimento, ressignificar os
processos culpas/traumas, auto erotização,
biblioterapia/poadcast, automassagens, focalização
sensorial, trabalhar autoestima, masturbação.
22
 Transtorno do Orgasmo/ Anorgasmia: é a
incapacidade de chegar ao orgasmo mesmo com estímulo
sexual e excitação, podendo ser adquirida (desde o inicio das
atividades sexuais), generalizada (independe do externo,
parcerias) ou situacional (dependerá da parceria ou até
mesmo de elementos externos).
 Segundo ESVB ( 2014) 29,3% das mulheres
sexualmente ativas, apresentam baixo desejo sexual.
 Causas Fisiológicas: antidepressivos, diuréticos,
medicação para úlcera gástrica, para enxaqueca e até alguns
anticoncepcionais.
 Causas Psicológicas: desconhecer do próprio corpo,
abuso sexual infantil, culpa, ansiedade, depressão,
dificuldade de entrega e intimidade, relação exacerbada com
controle, rigidez, falta de confiança em si e no outro
,fantasias sexuais reprimidas.
 Psicoterapia: Trabalhar conceito de entrega/
intimidade e controle, ressignificar processos de
culpas/traumas, foco sensorial, manobra de ponte 
 Terapia integrativa: pompoarismo, massagem
tântrica e meditação.
23
 Transtornos de Dor Gênito -Pélvica:  engloba a
dispareunia e o vaginismo. A DGPP compreende os seguintes
sintomas: dor gênito-pélvica, dificuldade à penetração
vaginal, medo associado à penetração vaginal, contratura
involuntária do canal vaginal, aspecto de ardência em toda
vulva.
 Segundo ESVB (2014) 17,8% das mulheres
sexualmente ativas sentem dor no ato sexual.
 Causas Fisiológicas: doenças uterinas
(endometriose),candidíase de recorrência, ISTs (herpes),
lacerações obstétricas, prolapsos, síndrome do colo irritável.
 Causas Psicológicas: Crenças religiosas, abuso
sexual infantil, fobia, medo irracional da gravidez, relação
exacerbada com controle/rigidez, figura paterna aos
extremos (medo ou bondade), medo de serem penetradas,
imagem de extrema fragilidade do feminino, egodistônico,
resposta a disfunção da parceria.
 Tratamento: Acompanhamento multidisciplinar:
Psico+ Ginecologista +Fisioterapia
 Psicoterapia: Trabalhar conceito de entrega/
intimidade e controle, ressignificar processos de
culpas/traumas, trabalhar o contexto de consentimento,
defesa, reintegrar desejo: sagrado\profano, masculino e
feminino, encorajar para tratamento de fisioterapia.
24
 Disfunção /Transtorno Erétil: é a dificuldade em ter ou
manter a ereção de maneira satisfatória, desde o inicio ao
fim do intercurso sexual.
 Segundo ESVB ( 2014) 48% dos homens reconhecem que
já tiveram dificuldades em ter/manter ereção.
 Causas Fisiológicas: diabetes, obesidade, problemas
hormonais (testosterona), doenças cardíacas\ vascular,
tabaco, doenças neurológicas (esclerose , mal de
Parkinson),colesterol alto, medicamentos, uso de bebidas e
drogas, flacidez do assoalho pélvico.
 Causas Psicológicas: Depressão, crenças religiosas,
abuso sexual infantil, autoimagem e autoestima distorcida,
egodistônico, ansiedade de desempenho, alto consumo de
pornografia, mães castradoras, fantasia sexual reprimida,
sentimentos de menos valia junta a parceria, depressão,
resposta disfuncional da relação, medo irracional da
gravidez e outras disfunções.
 Tratamento: Acompanhamento multidisciplinar:
Psico+ Urologista demais (fisioterapia, cardiologista)
 Psicoterapia: Trabalhar conceito de sexo real x
sexo idealizado, ressignificar traumas e culpas, construção
de autoestima e qualidade de vida saudável, falsas
concepções do EU, Impor limites, auto focalização,
focalização sensorial.
 Disfunções sexuais Masculina
25
 Ejaculação Precoce: Padrão persistente ou 
 recorrente de ejaculação que ocorre durante a atividade
sexual com parceira dentro de aproximadamente um minuto
após a penetração vaginal/anal/oral/gounie e antes do
momento desejado pelo indivíduo.
 Segundo ESVB (2014) 25,8% dos homens relatam
dificuldades em controlar a ejaculação. 
 Causas Fisiológicas: Hipersensibilidade da
serotonina, prostatite, disfunções da tireoide.
 Causas Psicológicas: Crenças religiosas, abuso
sexual infantil, ansiedade de desempenho, alto consumo de
pornografia, padrão comportamental condicionado, relação
exacerbada com controle, resposta punitiva a autoridade,
desprezo a parceriaafetiva, culpa, sentimentos de menos
valia junto a parceria afetiva.
 Tratamento: Acompanhamento multidisciplinar:
Psico+ Urologista Fisioterapia.
 Psicoterapia: Trabalhar questões relacionadas a
ansiedade e controle, focar no aqui e agora, ressignificar
culpas e traumas, educação sexual, olhar sistema e dinâmica
do casal, exercícios de Kegel, programa de um mês de stop
start individual e casal.
 Terapias integrativa: Técnicas de respiração,
meditação, yoga.
26
 Ejaculação Retrograda/Retardada: Qualquer um dos
seguintes sintomas deve ser vivenciado em quase todas ou em
todas as ocasiões(aproximadamente 75 a 100%) da atividade
sexual com parceira (em contextos situacionais, identificados
ou, se generalizada, em todos os contextos), sem que o
indivíduo deseje o retardo: retardo acentuado na ejaculação,
baixa frequência marcante ou ausência de ejaculação.
 Segundo ESVB ( 2014) 4,9% dos homens apresentam
dificuldades em ter ejaculação\orgasmo
 Causas Fisiológicas: Consumo de álcool, diabetes,
tabagismo, doenças vascular, cistos entre dutos ejaculatórios,
fimose.
 Causas Psicológicas: Abuso sexual infantil, padrão
comportamental condicionado, alto consumo de pornografia,
relação trocada com controle, dificuldade com a entrega,
rigidez, medo irracional de uma gravidez, culpa, fantasias
sexuais reprimidas, autoestima e auto imagem
comprometida, dificuldade com intimidade e
fechamentos  de ciclo.
 Tratamento: Acompanhamento multidisciplinar :
Psicologia+ Urologista
 Psicoterapia: Trabalhar questões relacionadas a
ansiedade e controle, focar no aqui e agora, ressignificar
culpas e traumas, educação sexual, olhar sistema e dinâmica
do casal, focalização sensorial, masturbação assertiva.
27
 Desejo Sexual hipoativo: ausência ou diminuição
do interesse sexual , pensamentos ou fantasias ausentes,
falta do desejo espontâneo e responsivo, motivações escassas
, ou ausentes para tentar estar sexualmente excitado.
 Segundo ESVB ( 2014)  2,1% do s homens relatam
ausência de desejo sexual.
 Causas Fisiológicas: Distúrbios hormonais ,
disfunções da tireoide.
 Causas Psicológicas: abuso sexual infantil,
depressão, ansiedade, fantasia sexual reprimida, demais
disfunções sexuais.
 Tratamento: Acompanhamento multidisciplinar:
Psicologia Urologista/Endocrinologista.
 Psicoterapia : acolhimento, ressignificar os
processos culpas/traumas, auto erotização,
biblioterapia/podcast, automassagens, focalização
sensorial, trabalhar autoestima, masturbação.
 Terapias integrativa: Técnicas de respiração,
meditação, yoga
 Responda esse questionário, com sinceridade, baseando-se nos últimos seis meses de sua
vida sexual, considerando a seguinte pontuação:
 0 = nunca 3 = aproximadamente 50% das vezes
 1 = raramente 4 = a maioria das vezes
 2 = às vezes 5 = sempre
1. Você costuma pensar espontaneamente em sexo, lembra de sexo ou se imagina fazendo
sexo? 
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
2. O seu interesse por sexo é suficiente para você participar da relação sexual com
vontade? 
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
3. As preliminares (carícias, beijos, abraços, afagos etc.) a estimulam a continuar a
relação sexual? 
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
4. Você costuma ficar lubrificada (molhada) durante a relação sexual? 
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
5. Durante a relação sexual, à medida que a excitação do seu parceiro vai aumentando,
você também se sente mais estimulada para o sexo? 
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
6. Durante a relação sexual, você relaxa a vagina o suficiente para facilitar a penetração
do pênis? 
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
7. Você costuma sentir dor durante a relação sexual, quando o pênis penetra em sua
vagina? 
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
8. Você consegue se envolver, sem se distrair (sem perder a concentração), durante a
relação sexual? 
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
9. Você consegue atingir o orgasmo (prazer máximo) nas relações sexuais que realiza? 
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
10. A satisfação que você consegue obter com a relação sexual lhe dá vontade de fazer
sexo outras vezes, em outros dias? 
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
 
 
Aspectos avaliados pelo QS-F
- Desejo e interesse sexual (questões 1, 2, 8)
- Preliminares (questão 3)
- Excitação da mulher e sintonia com o parceiro (questões 4, 5)
- Conforto na relação sexual (questões 6, 7)
- Orgasmo e satisfação sexual (questões 9, 10)
28
ANEXO 3
Quociente Sexual – Versão Feminina (QS-F)
29
Gabarito
Como obter o resultado:
Somar os pontos atribuídos a cada questão, subtrair 5 pontos da questão 7 e
multiplicar o total por 2:
2 x (Q1 + Q 2 + Q 3 + Q 4 + Q 5 + Q 6 + [5-Q 7]+ Q 8 + Q 9 + Q 10) ( Q = questão )
[5-Q 7] = a questão 7 requer que se faça previamente essa subtração e que o
resultado entre na soma das questões
 
 
 
Resultado = padrão de desempenho sexual:
82 - 100 pontos bom a excelente
62 - 80 pontos regular a bom
42 - 60 pontos desfavorável a regular
22 - 40 pontos ruim a desfavorável
0 - 20 pontos nulo a ruim
Fonte: CARMITA ABDO.Elaboração e Validação do
Quociente Sexual – versão feminina. Rev Bras Med 2006;
63(9):477-482.
30
Quociente Sexual – Versão Masculina (QS-M)
Responda esse questionário, com sinceridade, baseando-se nos últimos seis meses de
sua vida sexual, considerando a seguinte pontuação:
0 = nunca 3 = aproximadamente 50% das vezes
1 = raramente 4 = a maioria das vezes
2 = às vezes 5 = sempre
 
 
Seu interesse por sexo é suficiente para você querer iniciar o ato sexual?
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
Sua capacidade de sedução dá a você confiança de se lançar em atividade de conquista
sexual?
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
As preliminares de seu ato sexual são agradáveis e satisfazem você e sua (seu)
parceira(o)?
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
Seu desempenho sexual varia conforme sua (seu) parceira(o) seja ou não capaz de se
satisfazer durante o ato sexual com você?
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
Você consegue manter o pênis ereto (duro) o tempo que precisa para completar a
atividade sexual com satisfação?
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
Após o estímulo sexual, sua ereção é suficientemente rígida (dura) para garantir uma
relação sexual satisfatória?
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
Você é capaz de obter e manter a mesma qualidade de ereção nas várias relaçõessexuais que realiza em diferentes dias?
[ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
Você consegue controlar a ejaculação para que seu ato sexual se prolongue o quanto
você desejar? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
Você consegue chegar ao orgasmo nas relações sexuais que realiza? [ ] 0 [ ] 1 
[ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
Seu desempenho sexual o estimula a fazer sexo outras vezes, em outras
oportunidades? [ ] 0 [ ] 1 [ ] 2 [ ] 3 [ ] 4 [ ] 5
 
 
Aspectos avaliados pelo QS-M
- Desejo e interesse sexual (questão 1)
- Autoconfiança (questão 2)
- Qualidade da ereção (questões 5, 6, 7)
- Controle da ejaculação (questão 8)
-Capacidade de atingir o orgasmo (questão 9)
- Satisfação que o homem obtém (questões 3, 4 e 10) e
 que proporciona a sua parceira (questões 3 e 10) 
31
Gabarito
Como obter o resultado:
Somar os pontos atribuídos a cada questão, subtrair 5 pontos da questão 7 e
multiplicar o total por 2:
2 x (Q1 + Q 2 + Q 3 + Q 4 + Q 5 + Q 6 + [5-Q 7]+ Q 8 + Q 9 + Q 10) ( Q = questão )
[5-Q 7] = a questão 7 requer que se faça previamente essa subtração e que o
resultado entre na soma das questões
 
 
 
Resultado = padrão de desempenho sexual:
82 - 100 pontos bom a excelente
62 - 80 pontos regular a bom
42 - 60 pontos desfavorável a regular
22 - 40 pontos ruim a desfavorável
0 - 20 pontos nulo a ruim
Fonte: CARMITA
ABDO. Elaboração e validação do quociente sexual – versão
masculina, uma
escala para avaliar a função sexual do homem. Rev Bras Med
2006a;63(1-2):42-46.
25% das buscas na internet é sobre sexo.
27% dos homens vem pornografia no horário de trabalho
1 a cada 5 mulheres consome pornografia nas redes sociais
266 novos sites pornôs são criados diariamente no mundo
todo.
Os países que mais consomem ponografia são: Estados
Unidos, Japão, China e Brasil.
No Brasil os termos ¨novinha¨, travesti/ transexual, são
os termos que mais procurados em sites pornos; na Rússia
é : Swing e troca de casal, Itália e Estados Unidos são
¨mães¨ 
Nos EUA 30% de videos e fotos em correntes no whats são
usados para ¨revenge ¨;¨porn¨ou extorsão contra a
integridade da mulher feita pelo ex parceiro (marido,
namorado, noivo, ficantes e etc), dados baseados apenas
em denuncias formais, estima-se que a realidade é 2,3
superior a esse percentual.
No Brasil 2 a cada 3 homens que se consideram ¨viciados
em pornografia¨, apresentam disfunções sexuais como:
Disfunção erétil e Ejaculação Precoce.
ANEXO 4
PORNOGRAFIA E SEUS IMPACTOS JUNTO A DISFUNÇÕES
SEXUAIS.
 
 Alguns dados sobre consumo de pornografia e internet:
 
 
Fontes: Revista americana The Week 05/2017
Site francês: Stimule Curiex et insolits 03/2016
http//vip.abril.com.br/12-estatisticas-sobre-pornografia-na-internet-que-vao-te-
surpreender/
Livro: Diversidade e Sexualidade: Paula Napolitano editora Opee 2016.
32
33
ANEXO 5
Exercícios do espelho ,Kegel, Stop Start e posições sexuais
quer facilitam o orgasmo feminino. 
34
35
36
37
38
39
40
FILMES ERÓTICOS OU COM 2 A 3 CENAS DE SEXO:
CARDÁPIO SEXUAL
 
1.
 
 O Amante,  do diretor Jean Jacques Annaud; Romance
Sensual Demais; Contos proibidos do Marquês de Sade; Delta de
Vênus; Em  nome de Deus, do diretor   Clive Donner; Perdas e
Danos; Lua de Fel; Um toque de sedução, do diretor Zalman King;
O paciente inglês; O amante de Lady Chatterlein; Instinto
selvagem; O Voyeur, de Tinto Brass; Orquídea selvagem, do
diretor Zalman King; Terapia do prazer; Carrington - dias  de
paixão;  Mais forte que o desejo;  Kama Sutra , da diretora Mira
Nair;  Zandalee - Uma mulher para dois homens; Lolita, de Adian
Lyne; 9 ½ semanas  de amor; Assédio sexual; De olhos bem
fechados; Um copo de cólera; Entre as pernas; Tolerância; As
idades de Lulu; Pecado original; Infidelidade, do diretor Adrian
Lyne; O centro do mundo; Mata-me de prazer; Femme Fatale;
Iniciação sexual de “Oh”; O Tédio; Uma linda mulher; O Piano; O
homem que copiava; Desejos secretos; Sem vestígios;  Lilá Diz, do
diretor Ziad Doueiri; 8 mm N° 2; O insaciável Marquês de Sade; 
Emmanuele,  do diretor Just Jaeckin e outros da série do mesmo
nome, Lucía e o sexo; Bruna Surfistinha;. 9 Canções do diretor
Michael Winterbottom; Natalie X  da diretora Anne Fontaine ; E
sua mãe também; Vem dormir comigo, Candy; Adrenalina;
Diário de uma Ninfa; Corpos Ardentes; Ata-me!; Cidade dos
sonhos; Boogie nights; 9 canções; Sexo, mentiras e vídeotapes; A
secretária; Vick, Cristina, Barcelona; Amor e outras drogas; A
última ceia; Closer – perto demais; Drácula de Bram Stoker;
Jamón, Jamón; Pecado Original; 50 tons de cinza; 50 tons mais
escuros; azul é a cor mais quente; Newness,
 
41
 Ninfomaníaca Volume I e II do diretor Lars Von Trier; 2
mais 2 do diretor Diego Kaplan. Kiki; desejadas; O leitor; do jeito
que elas querem; Desobediência; Os sonhadores; três formas de
amar; Cidade baixa; Perdas e Danos; Me chama pelo seu nome.
kyss mig; Imagine eu e você; Desejo proibido.
 
 2- FILMES PORNOGRÁFICOS COM HISTÓRIAS: 
 Cinco histórias quentes para ela; O dia do casamento; Matt
and Khym: melhor do que nunca; Homem dos meus sonhos;
Vida, amor, luxuria; Uma pequena parte de mim; Pornô para ela
volume 2; Receita para romance. 
 
 3- FILMES COM ALGUM CONTEÚDO ROMÂNTICO: 
 Titanic;  Beleza  roubada; Toque de pele;  Razão e
Sensibilidade; Don Juan de Marco; As Pontes de Madison;  Entre
dois amores; A pele do desejo ; A época da inocência; Alguém tem
que ceder;  Sabrina, do diretor Sydney Pollack;  Shakespeare
Apaixonado; Um lugar chamado Nothing Hil ; Alta fidelidade;
Frida, da diretora Julie Taymor;  Proposta Indecente; Tudo por
amor; Dicionário de Cama;  Ghost - do outro lado da vida; Dom; O
Guarda-Costas, do  diretor Mick Jackson. Sob o sol de Toscana;
Como água para chocolate
 
 4- SÉRIES
 
 The Affair; Me chama de Bruna; Eu, Tu e Ela; Viking; O
Negócio; The Cliente List; Desnude; The L Word
42
 5-LIVROS COM CONTEÚDO ERÓTICO FORTE: 
 
 A Síndrome de Ulisses, de Santiago Gamboa, Ed. Planeta;
Perdas e Danos,  de  Josephine Hart, Ed. Record;    Cem escovadas
antes de ir para a cama, de Melissa Parnello,  Ed. Objetiva; 
Lúxuria - A casa dos budas ditosos, de  João Ubaldo Ribeiro, Ed.
Objetiva; No cio, de Syang, Clio Editora; A vida Sexual de Catherine
M., de Catherine Millet,  Ediouro; O amor natural de Carlos
Drummond de Andrade, Editora Record; A mulher sensual , de
Joan Garrity, Editora Record; No Jardim do desejo, de Wendy
Maltz e Susie Boss, Editora Mandarin; Confissões eróticas, de Iris e
Steven Finz, Editora Record; Porno Pop Pocket, de Paula
Taitelbaum, da L&PM Editora;  Cartas de um sedutor, de Hilda
Hilst, Editora Globo; Clic de Milo Manara, Editora Conrad; Henry &
June  de AnaÏs Nin, editora L± Cinquenta tons de cinza,
Cinquenta tons mais escuros, Cinquenta tons de liberdade, de E.L.
Jones; Toda Sua, Sylvia Day; Muito prazer, de Amy Molloy; A noiva
despida, de Niki Gemmel.; Porque os homens me procuram? Lola
Benvenutti; O prazer é todo nosso - Lola Benvenutti; Travessuras
da menina má de Mario Vargas Lhosa; Pornopopeia de Reinaldo
Morais; Historia do Olho de
Georges Bataille; Mulheres de BuKowski; Trilogia Peça-me o que
quiser ou deixe-me de Megan Maxwell; Puro êxtase a dois de Josy
Stoque; A bibliotecária de Logan Belle
 
 6- LIVROS  COM CONTEÚDO ROMÂNTICO E ERÓTICO LEVE: 
Romeu e Juleita de Willian Shakespeare, L&PM  Editora, Cem
Sonetos de Amor, de Pablo Neruda, da L&PM Editora.
Amor...Próprio – Jussânia Oliveira; De repente, o amor de Susan
Fox; Peça-me o que quiser de Megan Maxwell;O professor, ele vai
ensinar, ela vai aprender de Tatiana Amaral; Trilogia a
Descoberta do Prazer de Tatiana Amaral; 
43
 O Amante de Judi Ellen Malpas; Me descobrindo mulher
de Manu Torres; O safado do 107;
 
 7 -LIVROS DE CONTOS ERÓTICOS: 
 Amadora,de Ana Ferreira – Geração editorial; Entre o soco
e o sopro de Ricardo Coiro - Editora Schoba;   As 100 Melhores
Histórias Eróticas da Literatura Universal de Flávio Moreira de
Costa (Org); Bitch de Carol Teixeira; Poetizando o sexo da
Clarissa Marini.
 
 8- PODCASTS DE CONTOS ERÓTICOS:
 Contos Proibidos; Pantynova.
 
 
Às pacientes, é mencionado que não há uma cena de filme ou de
livro que agrade ou desagrade a todas, contudo, à medida que o
tratamento se desenvolve, a maioria acaba descobrindo muitas
cenas que lhes interessam de modo especial. É importante que
as pessoas leiam as sinopses dos filmes, pois o enredo pode não
agradar.
44
CAPITULO III
TRANSTORNOS DE PREFERÊNCIA
SEXUAL , PARAFILIAS E VARIAÇÕES
SEXUAIS
 BREVE RELATO HISTÓRICO
 
 Idade média/ moderna: Sexualidade ligada a
moralidade ao cristianismo, colocando  em cheque a atuação
médica.
 Donatien Alphonse François de Sade, o Marques de
Sade pública o livro Justine 1788: a ingênua defensora do bem,
que sempre acaba sendo envolvida em crimes e depravações,
terminando seus dias fulminada por um raio que a rompe da
boca ao ânus quando ia à missa. O termo sadismo vem em
referencia ao francês que contestava a sociedade Francesa:
religiosa, francesa e monarquista.
 Em 1869, Sacher-Masoch lançou o romance Vênus
de Peles, conta a historia de Severin e Wanda que se apaixonam,
e fazem acordo de Severin ser seu escravo através de um
contrato baseado em punições, no romance Severin relata
sentir prazer por dor e humilhação e admirar sua “dona “ com
peles de animais. O termo masoquismo vem em referência a
esse escritor, que nessa época lutava contra o antissemitismo e
emancipação feminino ao voto e educação.
 
 Foi na edição de  Psychopathia Sexualis, feita pelo
médico Ebing em 1886, que o termo perversão
sexual  surge nos diagnósticos médicos. Ebing faz uma longa
classificação das perversões sexuais incluindo
termos até hoje utilizados como o sadismo, o masoquismo, o
fetichismo e a "sexualidade antipática" (referência ao que
chamamos hoje de homossexualidade).
45
FIG 06
46
 O que era considerado perversão sexual: masturbação,
homossexualidade, fetiches,
sadismo, masoquismo, ou seja qualquer relação sexual  que
não envolvia relação sexual pênis/vagina.
 Tratamentos para perversão sexual eram realizados em
hospitais psiquiátricos: Choque térmico, eletrochoque nas
genitálias, sanguessuga no pênis e vagina.
 O conceito psicanalítico de perverso, é constituído na
obra de Freud nos Três Ensaios sobre a Sexualidade, publicado
em 1905, apesar de que Freud já havia utilizado o termo em
1896, na  Carta 52, e em seus estudos contidos no  Caso
Dora (publicado em 1905, mas escrito originalmente em 1901) .
Nesta obra inicial Freud trata da perversão como desvio da
conduta sexual que não visa a genitalidade.
 Em 1929, Sterkel usa p ela primeira vez a palavra
parafilia , etimologia da palavra, diz respeito à
"para" de paralelo, ao lado de, "filia" de amor à, apego à.
 Em 1980 a psiquiatria rompe com a psicanalise , termo
usado pela psiquiatria passa a ser fetichismos.
 Surgem teorias psicanalíticas pós freudiana que define
que a distinção de uma parafilia ou outra é apenas o método
escolhido pela pessoa  para lidar com a ansiedade causada
pela ameaça de castração por parte do pai e da separação por
parte do pai (Espectro de TOC)?
 1997, Kafka trás hipótese de uma desregulação
dopaminica e serotonina.
 Variações Sexuais : 3 tipos de variações sexuais: 
 Presença ou ausência de pulsão sexual: Ex:
Assexualidade  (Hoje está dentro das possibilidades de
orientação).
  Estímulo sexual ou tipo de pessoa que atrai o
indivíduo:  Ex: Fetichismo 
  Como ocorre a interação com o parceiro sexual
e que tipo de estímulo sexual está envolvido na interação:
BDSM
 No DSM-IV-TR 
 Parafilia: presença de uma fantasia patogênica e o
impulso intenso de agir segundo a fantasia ou sua elaboração
comportamental. 
  Deve causar sofrimento ao paciente, contém
material sexual incomum e relativamente fixo. 
 Atividade sexual ritualizada ou estereotipada,
fazendo uso de objetos degradados,
reduzidos ou desumanizados. 
 Já no DSMV:
 Reconhece as Parafilias como interesses eróticos
atípicos, mas evita rotular os comportamentos sexuais não-
normativos como necessariamente patológicos. 
 
 
 
 
47
 Transtornos de habilidades de consentimento ;
Transtorno Exibicionista;
Transtorno Voyeurismo;
Transtorno Pedófobo;
Transtorno Coercivo de Sadismo;
 Outros transtornos (Zoofilia, Necrofilia);
Transtorno parafínico (quando a parafilia causa angústia
no individuo).
 Transtornos Parafílicos- DSM5 Critério
 Critério A caracteriza a natureza qualitativa da parafilia
(ex.: um foco erótico em crianças ou em expor os órgãos genitais
a estranhos, há ausência de consentimento).
 Critério B especifica as consequências negativas que
transformam a parafilia em um transtorno mental (ex.:
angústia, prejuízo, dano ou risco de dano a si ou aos outros)
(transtorno coercitivo de sadismo).
 Na ausência de consequências negativas a parafilia não
implica obrigatoriamente em um transtorno mental e a
intervenção clínica pode ser desnecessária. (Exemplo Voyeur na
casa de Swing)
 
 Como ficará no CID11?
 
 
 
 
 
 
48
 20 homens  para 1 mulher;
Acima de 16 anos, 5 anos de diferença;
1% da população mundial;
Inicio na faixa de 13 a 15 anos.
 95% são homens heterossexuais;
50% abuso de álcool e drogas;
50% são voyeurs e exibicionistas;
60% interesse por meninos ;
40% interesse por meninas;
35% reincidência  de atraídos por meninos e 15%  de
reincidência por meninas
 Dados sobre transtornos parafílicos
 
 Segundo Krueger, 2001 Dados sobre fetichistas:
 
 Dados sobre o perfil do pedófilo.
 
 
 Código de ética do Psicólogo e a Pedofilia?
 
 Art.13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou
ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o
estritamente essencial para se promoverem medidas em seu
benefício.
 Mas se o paciente for o pedófilo, o que fazer?
49
3 categorias principais: partes do corpo (parcialismo).
Extensão inanimada do corpo: peças de vestuário. 
 Tipo específico de estimulo tátil: textura de um material
em particular.
Ex1: Falha na incorporação do aprendizado sexual para as
relações binárias.
 Ex2: Aprendizado anormal – causas biológicas. 
Freud: a condição serve como um símbolo do falo para
pessoas com medo da castração.
Behavioristas : o objeto foi associado à estimulação sexual
em uma idade precoce
 FETICHISMO
 
 Desenvolvimento sexual: surgimento de um prazer
sexual em resposta a um estímulo. 
 Condicionamento apenas = simplificação 
 Homens: interesses iniciais em características ou
padrões (podolatria)
 Mulheres: interesses iniciais em relacionamentos
(BDSM)
 Homens: interesses mais em particularidades do
corpo feminino ou masculino.
 
 Determinação cultural: 
 China – 1977 – interesseem pés enfaixados 
 China – 2005 – pé pequeno para mulheres e pé médio
para homens.
 
 
 Muitas teorias explicativas que não se sustentam como
únicas na determinação do fetichismo.
 
 
50
Como fator em abusos e violência sexual; 
Como componente de um ritual sadomasoquista,
consensual na interação sexual. 
BDSM 
 Bondage, discipline, sadism and masochism”. 
 
 2 níveis diferentes: 
 
 Evidência de clubes privados europeus desde o século
18. 
 Primeira sociedade – New York 1971. 
  Início geralmente antes dos 18 anos; 
  A maioria são homens.
 
 Importantes limites e regras. Ex: proibição de bebidas
alcoólicas.  Em muitos grupos, o coito ou estimulação genital
para o orgasmo não é comum.  É comum a troca de papéis
(30%) e há mais masoquistas que sadistas. 
 Kinsey (1953): 12% das mulheres e 22% dos homens
respondiam sexualmente a histórias sadomasoquistas.
51
0 5 10 15 20 25
Mulheres 
Homens 
 Anexo 6
 BDSM- PARAFILIA
 
 Bondage é uma palavra francesa que significa
servidão. É um tipo específico de fetiche, geralmente
relacionado com sadomasoquismo, onde a principal fonte de
prazer consiste em amarrar e imobilizar seu parceiro ou
pessoa envolvida. Pode ou não envolver a prática de sexo com
penetração.
 
 O bondage trata-se de ataduras eróticas aplicadas ao
parceiro vestido, seminu ou nu com o fim de praticar a
dominação. Está relacionado ao uso de cordas, amarras,
correntes ou algemas durante as relações sexuais. Um dos
parceiros imobiliza o outro antes do ato sexual propriamente
dito (às vezes é apenas uma preliminar). Esta restrição física
permite ter o controle total de uma pessoa. O dominante tem
aquele sabor especial de ordenar e praticar atos que
provavelmente não faria normalmente numa relação
tradicional.
 
 Algemas para pulsos ou tornozelos, coleiras, cordas,
amarras, correntes e uma série de outros acessórios mais
“avançados” proporcionam ao submisso o prazer de ser
explorado e sexualmente controlado, além de influenciar no
impacto visual do momento.
 Os adeptos do BDSM (bondage, dominação, sadismo e
masoquismo) alertam que as práticas devem ser saudáveis,
seguras e consensuais.
 
 
 
52
 A verdade é que isto dependerá estritamente de vocês e
do que considerem excitantes. Para muitas pessoas, de fato
para a maioria, assumir de vez em quando o papel de dominar
seu parceiro é algo extremamente prazeroso,
e uma sessão de sexo hard não faz mal a ninguém. Mas o
bondage pode ir desde  mais simples gesto como atar os braços
ou as mãos da parceria , até o mais complexo, usando cordas
que são vendidas especialmente para este efeito.
 
BDSM -DISCIPLINA
 Disciplina é uma prática BDSM onde a pessoa
dominante aplica regras à pessoa submissa que devem ser
obedecidas. Quando alguma dessas regras de comportamento
esperadas são quebradas, a punição é usada como um meio de
disciplinar o submisso.
 No BDSM, as regras podem ser feitas para que um
submisso saiba como deve se comportar, para lembrar o
submisso de seu status inferior ou para treinar um submisso
novato. Quando as regras são violadas, a punição pode
vir como física (como o spanking), psicológica (como
humilhação pública) ou uma combinação de ambos (através do
bondage, por exemplo).
 As punições não devem ser confundidas com o
sadomasoquismo. O sadomasoquismo envolve aplicar/receber
dor por pura diversão das pessoas que estão nos papéis de
dominadora e submissa. Enquanto as punições da disciplina
são respostas a violações de regras predeterminadas. E a
disciplina também pode envolver recompensas ao submisso
por bom comportamento.
 
 
 
 
53
SADISMO, MASOQUISMO E SADOMASOQUISMO
 
 Sadismo é quando uma pessoa se sente atraída e com
prazer ao provocar dor na outra; masoquismo, por sua vez, é
gostar de receber torturas e dores.
 
 A grosso modo pode até parecer algo assustador, não é
mesmo? Afinal, ter tesão em sentir dor ou causá-la no
companheiro parece estranho à
primeira vista.
 
 A primeira regra em BDSM é não julgar! Entre quatro
paredes, muita coisa vale e, se tem uma que é prioridade dentro
das práticas, é o respeito. O casal deve conversar muito antes de
investir nesse tipo de sexo que é bem picante e cheio de
orgasmos.
 
54
55
Fazer sexo com animais dá câncer no pênis
Por Thiago Perin
 
 Cuidado, amigos.  Um  estudo  de uma equipe de
pesquisadores brasileiros, liderada pelo médico Stênio de
Cássio Zequi, do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, sugere
que os adeptos da chamada  zoofilia  têm mais chances de
sofrer de  câncer no pênis.A  pesquisa  levou em conta
os hábitos de aproximadamente 500 homens — parte deles era
saudável (dos quais 32% contaram ter ao menos um animal em
seu histórico de conquistas) e parte tinha  câncer peniano  (e,
desses,  45%  já havia se engraçado com algum
bicho).As  estatísticas  que o estudo traz sobre o  sexo com
animais  são interessantíssimas. No total,  35%  de todos os
participantes não era virgem quando o papo era zoofilia. 40%,
aliás, praticavam ao menos  uma vez por semana.  38%  deles
eram fiéis — “usavam” sempre o mesmo animal —, e 30% não
estavam sozinhos na hora do ato. Quais os  animais  mais
populares? Na ordem:  éguas  (“pocotó, pocotó, pocotó,
pocotó!”), burros, mulas, cabras, galinhas, bezerros, vacas,
cachorros, ovelhas e porcos. Sexy.
 
 
Thiago Perin- dez/16 
disponivel em
https://super.abril.com.br/blog/cienciamaluca/fazer-sexo-
com-animais-da-cancer-no-penis/amp/
56
Anexo 7
 Transtorno Parafilico
https://super.abril.com.br/blog/cienciamaluca/fazer-sexo-com-animais-da-cancer-no-penis/amp/
 BREVE RELATO HISTÓRICO
 
 Idade Média: Assassinato de população LGBT na inquisição
 Idade Moderna / Contemporânea: Homossexualidade
tratada como desvio sexual, “pacientes tratados em hospitais
psiquiátricos”
 1 e 2 guerra mundial: homossexuais eram perseguidos,
na segunda guerra mundial, homossexuais levados ao campo
de concentração e marcados com triângulos rosa,
além do que alguns eram separados para “terapia de
reversão”. 
 “Homossexualismo”eram considerado desvios sexuais
17/05/1990, quando a Organização Mundial de Saúde retira
essa condição da Classificação internacional de Doença, e
passa a usar o termo HOMOSSEXUALIDADE
 1999- Conselho regional de psicologia proíbe terapia de
reversão sexual, nosso papel é de acolhimento e apoio para
que o paciente lide com o preconceito, não há cura onde não há
doença
 15/03/2013- CNJ e STF obriga os cartórios de todo o país a
celebrar o  casamento  civil e converter a união
estável homoafetiva em casamento.
 13/06/2019  STF criminaliza LGTBFOBIA igualando ao
crime de racismo.
 08/05/20 STF derruba a restrição de homens gays a
doarem sangue
 
57
CAPITULO IV
DIVERSIDADE DESAFIOS CLÍNICOS E
TEORIA QUEER
 Papel de Gênero: Como me apresento ao mundo, ou o que a
sociedade me impõe, 
 Feminino, masculino, androginia, drag (no Brasil papel
artístico).
 Identidade de Gênero: O que sou, como me vejo no meu
processo mais intimo.
 Cisgênero: concordo e aceito a construção social de minha
identidade sobre meu material biológico.
 Transgênero:não concordo e não aceito a construção social
de minha identidade sobre meu
material biológico, me sinto e desejo pertencer a identidade
oposta.
 Travestilidade: pauta politica e de resistência ao binarismo
e exclusão de minorias.
 Não binaridade: não adequação e não identidade imposta
pela construção e compostobiológico.
 Orientação sexual / afetiva: direção do meu interesse
afetivo /sexual
 Assexual (espectro do assexual puro, arromantico, demi e
outros).
 Homossexual: interesse afetivo por pessoas do mesmo sexo
biológico.
 Heterossexual : interesse afetivo por pessoas do sexo
biológico oposto
 Bissexual: interesse afetivo por pessoas de ambos os sexos.
 Pan : interesse afetivo e sexual além da binaridade
identitária 
 Sexo biológico: informações biológicas : Feminino/masculino
e intersexual.
58
59
FIG 6
 Compreender as diferenças entre sexo, orientação sexual e
identidade de gênero é fundamental para o entendimento da
complexa sexualidade humana. Por isso, fizemos aqui um
infográfico para ajudar.(Fig.6) Ligamos cada definição a uma
parte do corpo que simboliza, isso ajuda na desconstrução de
preconceitos e, mais importante , põe luz sobre uma escuridão
gerada por muita desinformação.
 Nossa sexualidade não está apenas em nossa genitália. Ela
está também no que sentimos sobre nós e pelos outros. Está na
maneira como nos enxergamos e para onde caminha nossos
desejos. 
 Limitar a sexualidade a apenas um desses fatores é
desconhecer nossa própria natureza. Por isso ampliar o olhar , à
luz da ciência , sobre o que somos é também uma forma de
construirmos um mundo de fato, mais humano. 
 
Paula Napolitano, 2016
60
POPULAÇÃO T ( TRANSSEXUAL E TRAVESTIS)
 
Breve histórico
 Mito de Tirésias ( Agricultor que viveu como homem e
mulher, feitiço de Afrodite).
 Século IX : Papa João Paulo VIII – a papisa Joana. 
 Madame Genevieve (Charles d’Éon)-  viveu 33 anos como
mulher e 49 anos como homem, foi amante e espião de Luis XV ,
monarca francês.
 Lili Elbe: (A garota dinamarquesa), muito provável a
primeira cirurgia de redesignação sexual no mundo, morreu em
1931 após tentativa de transplante de útero.
 1971- Waldirene Nogueira , a primeira cirurgia de redesignação
sexual no Brasil, realizada pelo médico Roberto Farina.
 Em 1976, o Médico Farina teve seu registro cassado pelo
conselho federal de medicina, processado pelo estado por lesão
corporal e absolvido apenas em 1979.
 Cirurgias e procedimentos realizados pelo SUS desde
1997, em hospitais escolas e em caráter experimental (terapia
hormonal e redesignação), avaliação multiprofissional
(psiquiatra, assistente social, psicólogo, ginecologista/
urologista).
 Em 2002, resolução 1955/2010 liberação de procedimentos
direcionados a homens trans com exceção a neofaloplastia.
 Em 2018 resolução do Conselho Federal de Psicologia ,
determina na resolução 001/2018 despatologizar pessoas
transexuais e travestis, respeitar a autodeterminação das
pessoas.
61
 A Resolução CFP nº 01/2018 tem o objetivo de impedir o uso
de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou
reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e
veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam
para o desenvolvimento de culturas institucionais
discriminatórias. 
 A conselheira Sandra Sposito explica que o CFP,
mostrando o protagonismo da Psicologia brasileira, antecipou-se
à OMS ao publicar a Resolução, que está perfeitamente
articulada com os estudos internacionais e os novos paradigmas
que envolvem a compreensão do gênero na constituição da
subjetividade humana. 
 “Não há doença, não há patologia, não há desvio. E
quando publicamos a nossa Resolução CFP nº 01/2018,
consolidamos isso, formalizamos para toda a categoria no Brasil
a perspectiva não patologizante das transexualidades”.
 A Resolução CFP nº 01/2018 foi publicada em 29 de janeiro
de 2018, após ter sido aprovada por unanimidade pelas(os)
delegadas(os) da Assembleia de Políticas, da Administração e
Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia (Apaf), que reúne
representantes de todos os conselhos regionais e do federal.
 A 01/2018 está baseada em t rês pilares: 
 transexualidades e travestilidades não são patologias; a
transfobia precisa ser enfrentada; e as identidades de gênero são
auto declaratórias. 
 Cada país terá até 1º de janeiro dedas 2022 para se
adaptar à nova CID.
62
Forte desejo de pertencer ao outro gênero ou insistência de que
um gênero é o outro (ou algum gênero alternativo diferente do
designado).
Em meninos (gênero designado), uma forte preferência por
cross-dressing (travestismo) ou simulação de trajes femininos;
em meninas (gênero designado), uma forte preferência por
vestir somente roupas masculinas típicas e uma forte
resistência a vestir roupas femininas
Forte preferência por papéis transgêneros em brincadeiras
de faz de conta ou de fantasias.
Forte preferência por brinquedos, jogos ou atividades
tipicamente usados ou preferidos pelo outro gênero.
Forte preferência por brincar com pares do outro gênero.
Em meninos (gênero designado),forte rejeição de brinquedos,
jogos e atividades tipicamente masculinos e forte evitação de
brincadeiras agressivas e competitivas; em meninas (gênero
designado), forte rejeição de brinquedos, jogos e atividades
tipicamente femininas.
Forte desgosto com a própria anatomia sexual.
Desejo intenso por características sexuais primárias e/ou
secundárias compatíveis com o gênero experimentado.
 Disforia de Gênero em Crianças 302.6 (F64.2) pelo DSMV
 
 A. Incongruência acentuada entre o gênero
experimentado/expresso e o gênero designado de uma pessoa, com
duração de pelo menos seis meses, manifestada por no mínimo seis
dos seguintes (um deles deve ser o Critério A1):
 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
 
 B. A condição está associada a sofrimento clinicamente
significativo ou a prejuízo no funcionamento social, acadêmico ou
em outras áreas importantes da vida do indivíduo
 
 63
Incongruência acentuada entre o gênero
experimentado/expresso e as características sexuais
primárias e/ou secundárias (ou, em adolescentes jovens, as
características sexuais secundárias previstas).
Forte desejo de livrar-se das próprias características
sexuais primárias e/ou secundárias em razão de
incongruência acentuada com o gênero
experimentado/expresso (ou, em adolescentes jovens,
desejo de impedir o desenvolvimento das características
sexuais secundárias previstas).
Forte desejo pelas características sexuais primárias e/ou
secundárias do outro gênero.
Forte desejo de pertencer ao outro gênero (ou a algum
gênero alternativo diferente do designado).
Forte desejo de ser tratado como o outro gênero (ou como
algum gênero alternativo diferente do designado).
Forte convicção de ter os sentimentos e reações típicos do
outro gênero (ou de algum gênero alternativo diferente de
designado).
 Disforia de Gênero em Adolescentes e Adultos 302.85
(F64.1)
 
 A.Incongruência acentuada entre o gênero
experimentado/expresso e o gênero designado de uma pessoa,
com duração de pelo menos seis meses, manifestada por no
mínimo dois dos seguintes:
 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
 B. A condição está associada a sofrimento
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,
profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
 
 64
 Qual papel do psicólogo junto a população LGBTQI+?
 
 O papel a profissionais da psicologia é proporcionar
acolhimento de qualidade para a população LGBT, tendo um
entendimento adequado acerca da forma como a experiência
de exposição à violência, preconceito e rejeição pode
impactar a saúde mental e trazer uma série de prejuízos.
 
 Lembrando –se sempre: a pessoa como sujeito em seu
projeto de saúde.
 
 
 
 
 
 
 
65
TEORIA QUEER
 
 É uma teoria sobre gênero que afirma que nossas
orientações afetivas, identidade, são resultadosde uma
construções sociais, contestando os papeis de gênero atrelada
a natureza humana ou biologia, como o binarismo: feminino x
masculino.
 A teoria Queer aborda estudos da filosofia ,
antropologia, psicologia, sexologia, sociologia e educação
 De uma forma geral, é possível afirmar que a teoria
queer busca ir além das teorias baseadas na oposição homens
vs. mulheres e também aprofundar os estudos sobre o
movimento LGBTQ dando maior atenção aos processos sociais
amplos e relacionados que sexualizam a sociedade como um
todo forma de heteronormativar condutas , discursos e
outros.
 A teoria queer propõe explicitar e analisar esses
processos a partir de uma perspectiva comprometida com
aqueles socialmente estigmatizados, portanto dando maior
atenção à formação de identidades sociais normais ou
"desviantes" e nos processos de formação de sujeitos do desejo
classificados em legítimos e ilegítimos. Neste sentido, a teoria
queer é bem distinta dos estudos gays e lésbicos, pois
considera que estas culturas sexuais foram normalizadas e
não apontam para a mudança social.
 Daí o interesse em estudar as minorias ,
(travestilidade, transexualidade , intersexualidade), mas
também culturas sexuais não-hegemônicas caracterizadas
pela subversão ou rompimento com normas socialmente
prescritas de comportamento sexual e/ou amoroso.
66
67
Fig.7
Fig.8
68
Fig.9
69
Anexo 8
Homofobia é crime
Reportagem BBC de 13/06/2019
STF aprova a criminalização da homofobia
Escrita por Rafael Barifouse
Confira na integra clicando na tela
acima
https://www.bbc.com/portuguese/amp/brasil-47206924
Filmes com temáticas LGBTQ (Mais G do que as outras letras)
 
 
 Hoje eu quero voltar sozinho – Nacional, 
 romântico, tem na Netflix. História de 
descoberta ,primeira paixão. É bonitinho.
 
 
 
 
 Moonlight – um soco no estomago das 
 gays, fala sobre masculinidade 
 (principalmente para o homem negro),
 
 
 Shame – contém cenas de sexo hetero, gay, 
 nudez discreta, mas trata do sofrimento 
 de um cara hetero.
 
 
 
 Do começo ao fim – Filme nacional e fala 
 sobre o amor de dois irmãos.
 Sofrido, romântico e atores lindos.
70
ANEXO 9
FILMES LGBTQ
 
 
 
 Deixe a luz acesa – drama, cenas de 
 sexo, sem nudez explícita
 
 
 
 Com amor Simon – bem inocente e fofo, 
 teen, fala sobre rede de apoio 
 filme de colégio) – sem sexo, sem nudez,
 bem malhação
 
 
 
 
 Além da fronteira – excelente, não é algo 
 muito otimista,mas vale o drama
 
 
 
 Conquistar, amar e viver – Divertido, tenta 
 levantar umas questões com liberdade, 
 mostra uma nova configuração de família,
 cenas de sexo sem nudez explicita
 
 
 Comendo pelas bordas – besteirol, quase um American Pie
 gay, existe outra série (Another Gay Movie). É tipo uma franquia, o
 assunto gira em torno de um cara tentando achar uma alternativa 
 de ser notado por um crush ou hetero, ou bissexual, as vezes
 comprometido... Enfim (tem que comer pela borda). Sempre uns 
 gays malhados e depilados, muita pegação, sem sexo explícito
 
71
72
Patrick 1,5- casal gay que adota um menino
de 15 anos, bem família. Comédia, nem
lembro se tem sexo, é sobre amor e faz
chorar.
Weekend – Perfeito, o tipo de filme que
 eu esperaria numa lista para gays, 
quando recebi o exercício para pensar
 em tudo que excitava, pensei nesse filme.
Antonio da Silva Film – são curtas soft-porn com 
várias temáticas: caras ruivos, dançarinos, 
cariocas, galera que faz banheirão na hora do almoço
 do escritório, gente que transa no mato... 
tem um bem atual degente que marca transas rápidas por
aplicativo
Corpo Eletrico – nacional, roteiro péssimo, mas não dá
vontade de desligar a TV. Se passa em em São Paulo e as
pessoas tem cara de brasileiros. Ponto positivo é que em
nenhum momento os personagens sofrem uma penalidade
por serem gays, contem sexo bonitinho, tem nudez.
Queda Livre – Policial com mulher grávida
apaixonado por colega, casal bem bonito (padrão).
 É um Brokeback Mountain Alemão. Cenas de sexo
sem nudez frontal.
73
Theo e Hugo – O crédito desse filme é que ele começa ao
contrário. Você acha que é um pornô, começa com uma
longa cena de sexo. Depois vira um dramão.
Séries
Special (série) – divertidíssima e bem humorada,
protagonista carismático, tem na NetFlix, ótima.
Euphoria – Bem atual, na verdade muito atual, não sei
nem se as pessoas com esses dramas já estão na
terapia. Fala de juventude, relação com nudes como
prova de amor. Drama Familiar. Linda de olhar.
Whitney – documentário na Netflix
True Blood – Super trash, muito sexo, muito violento, romance
cafona, divertidíssimo, temporadas oscilantes, bissexualidade
pura. Flerta com aqueles pornôs da Emmanuele, mas sem
alienígenas e sim vampiros e outros seres. Tem a cena de sexo gay
mais surpreendente entre dois protagonistas heteros.
74
Queer as Folk – tem a versão américa e a britânica, são
diferentes e todo gay vai falar que a versão da Europa é
melhor. Tem sexo de todo tipo.
Wigs – perfeito, drag queens, pessoas trans, muita referência
ao corpo, respeito, revolução aceitabilidade, comportamento
sexual, política, não tem sexo.
Looking – Acho que é a série mais atual para um gay de 20 – 40 anos,
fácil de se relacionar. Um rapaz bem normalzinho vivendo os dramas
de amor (nenhuma penalidade por ser gay)
75
CAPITULO V
EDUCAÇÃO SEXUAL , A BANDEIRA
QUE DEVERIA SER DE TODOS
FIG 10
76
 0 a 4 anos: nesta fase as crianças devem aprender sobre
as partes do corpo, como higienizá-las corretamente, começam
a aprender e questionar sobre os diferentes tipos de famílias, e
podem ser incentivadas a dizer “sim” e “não” sobre o que diz
respeito ao seu corpo.
 De 4 a 6 anos: nesta idade a criança pode começar a
receber informações sobre reprodução, quando surgir
curiosidade, além de aprender noções do que é abuso e da
necessidade de respeito às diferenças.
 De 6 a 9 anos: é hora de aprender sobre as mudanças
que ocorrem no corpo, as diferenças biológicas entre homens e
mulheres, o sexo nos meios de comunicação, e noções sobre
violência sexual e doenças sexualmente transmissíveis.
  De 9 a 12 anos: são recomendadas informações sobre a
puberdade, aceitação do próprio corpo, lições mais
aprofundadas sobre reprodução e planejamento familiar, além
de conversas sobre as emoções e o senso de responsabilidade
sobre sua própria sexualidade e do outro.
 De 12a 15 anos: aqui os assuntos podem girar em torno
de contracepção, os direitos sexuais de cada um e a tomada de
decisões conscientes e bem informadas. Também valem
conversas sobre eventuais conflitos entre os valores de cada
um, as diferentes religiões e influência da sociedade.
 A partir dos 15 anos:  é o momento de falar sobre as
mudanças psicológicas vindas com a puberdade, a necessidade
de igualdade entre decisões com o parceiro ou a parceira,
diferenças de gênero, além do empoderamento diante de seus
próprios direitos e respeito ao direito do outros
77
 “A educação sexual ajuda a desenvolver os sentidos da
criança e o senso corporal, a imagem corporal e, ao mesmo
tempo, fortalece a autoconfiança da criança e contribui para o
desenvolvimento da autodeterminação: a criança poderá se
comportar de maneira responsável em relação a si mesma e
aos outros”, diz o documento.
 
 
Documento assinado em 2010 pela OMS sobre a importância da
educação sexual , sua importância de acordo com  as faixas
etárias.
 
https://www.bzga-whocc.de/en/publications/standards-in-
sexuality-education
 
 
https://www.bzga-whocc.de/en/publications/standards-in-sexuality-education
78
 A educação sexual é o nome dado ao processo que visa
educar, ou seja, esclarecer jovens e adolescentes a respeito da
responsabilidade particular de cada um quando esses decidem
entregar seu corpo a alguém. O tema ainda envolve mitos,
tabus e constrangimentos para pais e professores.
 A educação sexual aborda temas como o sexo, a
gravidez, o aborto, métodos contraceptivos, a importância da
camisinha e doenças sexualmente transmissíveis, diversidade,
questões de gênero (violência), raça e minorias
 No período da adolescência, o organismo em sua totalidade
(físico e psicológico) passa por inúmeras transformações e
essas exigem que o indivíduo se adapte de forma rápida à sua
nova condição. Nesse período, o indivíduo deixa seus
comportamentos infantis e inicia algumas rotinas adultas. 
 Um dos objetivos da educação sexual é preparar os 
 adolescentes para a vida sexual de forma segura, chamando-
os à responsabilidade de cuidar de seu próprio corpo e o corpo
do outro.
 Quando falamos de educação sexual, estamos falando
de respeito.
 
 
79
 Vivemos um paradoxo. Hoje em apenas um dia um a
pessoa pode ter acesso à informações de uma vida inteira na
idade média. Apesar disso , muitas vezes ainda agimos como
seres medievais, lançando os diferente a fogueira da
intolerância ódio e segregação. As  estatísticas são fartas.
Transformar o turbilhão de informações circulando múltiplas
plataformas em conhecimento e senso critico é um desafio
fundamental , principalmente a quem educa, seja em casa, na
escola na escola ou em ambientes corporativos .Só assim
poderemos conviver melhor tanto com nosso mundo interior
quanto o universo de seres que dividem conosco nesta morada
Terra.
 
 
 
 
 
Napolitano, Paula Diversidade e
Sexualidade , São Paulo, 2016 OPE
80
53% de aumento de infecção de HIV, entre jovens de 15 a 19
anos entre 2004 a 2018.
555 mil bebes nasceram de mães adolescentes,  15 a 19 anos
em 2013 .
11 minutos é o tempo entre um estupro e outro.
16 horas é o intervalo de um assassinato a outro
acometidos a população LGBTQIA+ em 2016.
868 mortes de transsexuais entre os anos 2008 a 2018, (há
uma subnotificação), colocam o Brasil como o pais mais
transfobico do planeta.
 75 % de vitimas de homicídio no Brasil , em 2018 eram
pessoas pretas.
50% é o aumento de violência doméstica  durante a
pandemia.
Dados estatístico:
 
 
 
 
Dados: safernet,ministério publico,
 instituto data popular, ong transgender
81
 Possibilita crianças a conhecer sobre o próprio corpo e ter
uma relação integrativa e respeitosa (Auto estima e
autoimagem preservada), favorecendo que enquanto
adultos possam a desfrutar de uma plenitude e satisfação
sexual, é um ótimo aliado a prevenção de disfunções
sexuais.
Conhecer todas as questões relacionadas a sexo, gestação,
métodos contraceptivo, pesquisas apontam que educação
sexual bem aplicada irá auxiliar no combate ao abuso
sexual infantil , combate a gravidez na adolescência,
combate a ists e retarda o inicio sexual de jovens e
adolescentes
Trabalhar aceitação pela diversidade e outras minorias
excluídas em espaço escolar, como os alunos que tem
limitações, físicas, cognitivas e mentais. Afinal o que é ser
diferente?
Educação Sexual irá trabalhar questões de reflexão e
combate a violência de gênero, machismo,
racismo,lgtbfobia, xenofobia e outros meios de violência
física e psiquica,.
 Quais são as áreas de atuação da educação sexual?
 
82
 Mas os brasileiros são a favor da educação sexual?
 A maioria dos brasileiros, no entanto, é favorável à
inclusão d questões sobre gênero e sexualidade no currículo
escolar.
 É o que mostra uma pesquisa interna encomendada pelo
Ministério da Educação em 2018. Nunca divulgado
publicamente, o levantamento foi obtido pela Rede Globo por
meio da Lei de Acesso à Informação e divulgado em fevereiro
de 2019.
 Das 2.004 pessoas que foram ouvidas, em 11 estados e o
Distrito Federal, 55,8% responderam “sim” para a questão
sobre se a “abordagem sobre as questões de gênero e
sexualidade deve fazer parte do currículo escolar”. Além disso,
62,6% dos entrevistados não souberam definir o que “ideologia
de gênero” significa.
SIm Não
60 
40 
20 
0 
FIG 11
Ministério da Educação, 2018
83
 A visão distorcida sobre a educação sexual virou pauta
política conservadora, e as notícias falsas infelizmente
contribuem para a reprodução do mito de que ela erotiza as
crianças, reorienta sua afetividade altera identidade, é facilita
o acesso de abusadores aos seus corpos.
 Políticos que vociferam contra a educação sexual sem
fundamentação científica alguma, pautados na mentira e na
polêmica, estão prestando um enorme desserviço à proteção de
crianças e adolescentes contra a violência sexual.
 Segundo essas pessoas, sexualidade é assunto
reservado unicamente ao espaço doméstico e apenas
competência da família. Isso é um erro por um motivo muito
simples: em torno de 75% das denúncias de violência sexual
envolvem ambiente intrafamiliar, ou seja, são casos cujos
autores da violência são padrastos, pais, parentes ou pessoas
em quem as crianças confiam e têm algum vínculo de
responsabilidade e afeto.
 Se educação sexual ficasse reservada à esfera familiar,
como essas crianças teriam acesso à informação que poderá
protegê-las dos abusos?
 
 A quem interessa que de fato não tenha educação sexual
nos espaços integrativos de crianças e adolescentes?
 Abusadores sexuais e Conservadores
 Pois o conhecimento faz questionarmos, ato , fatos e
sistemas!!!
84
 Mas afinal da onde surgiu o termo : IDEOLOGIA DE
GENÊRO???? 
 O termo "ideologia de gênero" surgiu entre meados da
década de 1990 e início dos anos 2000 no âmbito do Conselho
Pontifício para a Família, da Congregação para a Doutrina da
Fé, antigamente conhecida como Santa Inquisição Romana e
Universal, ala conservadora da Igreja Católica, segundo o
Centro de Estudos Multidisciplinares Avançados da
Universidade de Brasília (UnB).
 O termo foi formulado como uma reação ao feminismo
por grupos neofundamentalistas católicos, segundo os quais a
luta feminista atinge a tradicional família cristã. 
 A expressão "ideologia de gênero" não é reconhecida no
mundo acadêmico e é usada por grupos conservadores, como as
igrejas evangélicas, contrários aos estudos de gênero iniciados
nas décadas de 1960 e 1970 nos Estados Unidos e na Europa --
que teorizam a diferença entre o sexo biológico e o gênero.
 Esse grupo conservador teme pelos estudos e teorias
feministas , que além de uma possível “doutrinação a
identidade de gênero, há também a  ameaça a possibilidade

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