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20/02/2023 14:39 Atividade 2 (A2): Revisão da tentativa https://ambienteacademico.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1768344&cmid=771442 1/5 Iniciado em segunda, 20 fev 2023, 14:22 Estado Finalizada Concluída em segunda, 20 fev 2023, 14:39 Tempo empregado 16 minutos 12 segundos Avaliar 10,00 de um máximo de 10,00(100%) Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Não obstante, ao lado dele a mulher roncava, de papo para o ar, gorda, estrompada de serviço, tresandando a uma mistura de suor com cebola crua e gordura podre. Mas João Romão nem dava por ela; só o que ele via e sentia era todo aquele voluptuoso mundo inacessível vir descendo para a terra, chegando-se para o seu alcance, lentamente, acentuando-se. Houve um silêncio, no qual o desgraçado parecia arrancar de dentro uma frase que, no entanto, era a única ideia que o levava a dirigir-se à mulher. A�nal, depois de coçar mais vivamente a cabeça, gaguejou com a voz estrangulada de soluços. AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 20 Tendo como base a característica inerentemente intertextual da linguagem, e como esta, ao se autorreferenciar, criar mecanismos para conectar seus signi�cados e signi�cantes, pode-se dizer que, no texto acima, o que promove uma progressão nas ideias são a. os nomes. b. os vocativos. c. os paralelismos. d. os conectivos. e. os verbos. Julia Kristeva cunha o termo "intertextualidade", ao analisar os apontamentos de Bakhtin sobre o caráter dialógico da linguagem. Para a crítica literária, a intertextualidade seria "escritura simultânea como escritura e comunicabilidade[capaz de criar]espaço textual múltiplo, cujos elementos são suscetíveis de aplicação no texto poético concreto". KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 71 A partir do texto, pode-se a�rmar que todo texto a. é construído via negação e modi�cação de um outro texto. b. é construído via mera cópia e duplicação de um outro texto. c. é construído via plágio e cópia de um outro texto. d. é construído via absorção e transformação de um outro texto. e. é construído via emulação e reinvenção de um outro texto. Guia Digital Carreiras e Internacionalização NAP CPA Responsabilidade Socioambiental Minhas Disciplinas Minhas Bibliotecas DA https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/GuiaDigital/Guia+digital/index.html https://informa.fmu.br/carreiras/ https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/NAP/inicial/nap/fmu/index.html https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/CPA/landing_CPA/index.html https://portal.fmu.br/sustentabilidade https://ambienteacademico.com.br/ https://ambienteacademico.com.br/ https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=236 20/02/2023 14:39 Atividade 2 (A2): Revisão da tentativa https://ambienteacademico.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1768344&cmid=771442 2/5 Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 O termo intertextualidade foi tão utilizado, definido, carregado de sentidos diferentes que se tornou uma noção ambígua do discurso literário; com frequência, atualmente, dá-se preferência a esses termos metafóricos, que assinalam de uma maneira menos técnica a presença de um texto em outro texto: tessitura, biblioteca, entrelaçamento, incorporação ou simplesmente diálogo. Ele apresenta, no entanto, a vantagem, graças à sua aparente neutralidade, de poder agrupar várias manifestações dos textos literários, de seu entrecruzamento, de sua dependência recíproca. A literatura se escreve certamente numa relação com o mundo, mas também apresenta-se numa relação consigo mesma, com sua história, a história de suas produções, a longa caminhada de suas origens. SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade. São Paulo: Hucitec, 2008, p. 9. A Intertextualidade estabelece essa relação entre textos, no qual um texto faz referência à outra, de maneira implícita ou explícita. Como base nisso, é possível dizer que o processo de intertextualidade a. conecta textos e enunciados, resgatando relações semântico-simbólicas. b. interliga enunciados e contextos, traçando conexões simbólicas. c. associa textos entre si, conectando-os por um mesmo campo semântico. d. possibilita melhor compreensão de outros textos a luz de interpretações anteriores. e. resgata signi�cados e/ou signi�cantes, associando novos sentidos à elementos anteriores. . O lobo e o leão Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de re�etir por um instante, chegou à conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que en�m fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém. No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a ovelha. O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!" O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas como o Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?" ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1997, p. 122 O texto acima é uma das famosas fábulas de Esopo. A fábula é uma narrativa fantástica na qual animais falam e contam uma narrativa em prol de um valor moral. Ao ler essa fábula sobre o viés da produção de enunciados signi�cativos, pode-se dizer que o diálogo entre o leão e o lobo a. coloca em xeque as relações sociais do mundo dos homens. b. traz uma visão diferenciada sobre a ideia de propriedade privada. c. promove uma aproximação irônica entre o sistema comercial dos homens. d. repete as relações sociais que envolvem os mais fracos reclamando com os mais poderosos. e. promove uma discussão irônica sobre o conceito de "direitos" e, por consequência, sobre o sistema judiciário. Guia Digital Carreiras e Internacionalização NAP CPA Responsabilidade Socioambiental Minhas Disciplinas Minhas Bibliotecas DA https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/GuiaDigital/Guia+digital/index.html https://informa.fmu.br/carreiras/ https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/NAP/inicial/nap/fmu/index.html https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/CPA/landing_CPA/index.html https://portal.fmu.br/sustentabilidade https://ambienteacademico.com.br/ https://ambienteacademico.com.br/ https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=236 20/02/2023 14:39 Atividade 2 (A2): Revisão da tentativa https://ambienteacademico.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1768344&cmid=771442 3/5 Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A intertextualidade apresenta de fato o paradoxo de criar um forte liame de dependência do leitor, que ele provoca e incita sempre a ter mais imaginação e saber, cifrando, de modo su�ciente, elementos para que um deslocamento apareça entre a cultura, a memória, a individualidade de um e a do outro. SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade. São Paulo: Hucitec, 2008, p. 89-90 Thiphaine Samoyault traz a metáfora da "biblioteca" para referenciar toda a formação sociocultural de um indivíduo. Ao reler Bakhtin, Samoyault aponta que o dialogismo é a característica inerente da linguagem de a. se renovar de acordo com o contexto. b. se mostrar monológica. c. se renovar de acordo com o indivíduo que a utiliza. d. se atualizar de acordo com o meio social. e. se reinventar de acordo com o tempo. Tome como base o texto: O estado de saúde do menino piorou. A família levou-o para atendimento médico. O hospital estava lotado e não haviavaga para a internação do enfermo. O processo de autorreferencialidade textual também é construído pela sequenciação inerente ao texto, ou seja, sua progressão. Qual das opções abaixo melhor transmitiria uma ideia de progressão entre as três frases do texto? a. logo - porque b. mas - e c. por isso - entretanto d. pois - portanto e. e - mas Guia Digital Carreiras e Internacionalização NAP CPA Responsabilidade Socioambiental Minhas Disciplinas Minhas Bibliotecas DA https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/GuiaDigital/Guia+digital/index.html https://informa.fmu.br/carreiras/ https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/NAP/inicial/nap/fmu/index.html https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/CPA/landing_CPA/index.html https://portal.fmu.br/sustentabilidade https://ambienteacademico.com.br/ https://ambienteacademico.com.br/ https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=236 20/02/2023 14:39 Atividade 2 (A2): Revisão da tentativa https://ambienteacademico.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1768344&cmid=771442 4/5 Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu o�cio. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer. RAMOS, Graciliano. Apud SILVEIRA, JOEL. Rio de Janeiro:Editora Mauad, 1998, p. 77 Todo texto é produzido tendo como princípios diferentes elementos da comunicação, a intenção de quem o produz, o sentido preterido e os recursos utilizados para atingir determinado sentido. Tendo isso em mente, pode-se dizer que a comparação utilizada por Graciliano Ramos a. promove uma associação entre lavar roupa e escrever. b. promove uma ressigni�cação do ato da escrita na prática de lavar roupa. c. promove uma crítica a quem quer escrever de qualquer forma. d. promove uma abstração entre lavar roupa e escrever. e. promove um distanciamento entre lavar roupa e escrever. João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro. Proprietário e estabelecido por sua conta, o rapaz atirou-se à labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estopa cheio de palha. AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 2 Com base nos termos destacados no texto, pode-se dizer que tratam-se de processos de a. coesão sequencial e hiperonímia. b. coesão referencial e sinonímica. c. coesão referencial e sequencial. d. coesão sequencial e homônima. e. coesão homônima e sequencial. 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A realização de referenciação, por meio de elementos do próprio texto, criam as cadeias referenciais que, uma vez presentes no enunciado, "garantem não só a progressão e a continuidade referencial, como exercem papel de relevância na orientação argumentativa do texto, e, por decorrência, na construção textual do sentido" (KOCH, 2014, p. 127) KOCH, I. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2014, p. 127 Ao considerarmos os apontamentos de Koch, é possível observar que a progressão textual constrói a. uma ideia de conclusão, de maneira que seu primeiro movimento encerra uma sequência de acontecimentos. b. uma ideia de progressão, de modo que sua ação inicial dá continuidade a outras. c. uma ideia de interrupção, de modo que a ação da personagem é interrompida por uma sequência de acontecimentos. d. uma ideia de oposição, já que sua primeira ação é realizada em oposição aos acontecimentos seguintes. e. uma ideia de explicação, uma vez que sua primeira ação justi�ca as ações posteriores. . Impotência Ouviu a resposta a�rmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, �os e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011, p. 14 Tomando como base os elementos utilizados para construir a progressão narrativa do texto, pode-se dizer que, para que a construção da coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção "mas" em "Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara" pode ser substituída por a. "porém", mantendo o valor contrastivo. b. "logo", transmitindo uma ideia de inevitabilidade da tragédia anunciada. c. "por conseguinte", assegurando a ideia de incompatibilidade. d. "deste modo", indicando um fato inevitável naquela situação. e. "também", dando continuidade à sequência de ações anteriores. 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