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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP STEPHANIE REGINA DE JESUS FISIOTERAPIA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA SÃO PAULO 2022 STEPHANIE REGINA DE JESUS RELATÓRIO DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA A fisioterapia aquática é um recurso terapêutico para a reabilitação funcional de pessoas que sofrem de doenças neurológicas, ortopédicas, reumatológicas e cardiovasculares Orientador: Clarissa Zaitune Nardi SÃO PAULO 2022 INTRODUÇÃO Este relatório tem como objetivo descrever tópicos e procedimentos relacionados a fisioterapia aquática, conforme aula realizada com auxílio da professora e orientadora Clarissa Nardi no dia 29 de setembro na unidade Unip Marquês. A hidroterapia é a especialidade da fisioterapia que utiliza piscinas terapêuticas aquecidas e acessíveis, utilizando o movimento e a mecânica dos fluidos para tratar diferentes áreas e níveis de condicionamento; efeitos fisiológicos e terapêuticos; equipamentos; além de métodos e técnicas específicas no meio aquático (OLIVEIRA, EDILÉA M). A prática de fisioterapia aquática é cada vez mais apontada pelos seus diversos benefícios como componente da boa saúde. Esses benefícios incluem melhorias condicionamento cardiorrespiratório, composição corporal, níveis de força e flexibilidade (ALBERTON, C; KRUEL, L) As aulas foram abordadas em duas partes, onde a professora abordou os exercícios que seriam realizados de forma teórica, explicando sobre as propriedades da água e as indicações para conduzir um paciente durante a terapia. Durante a primeira aula foi abordado quais são as propriedades físicas da água, seguindo para a abordagem do paciente em como conduzi-lo para a entrada e saída da piscina e realizando alguns exercícios de relaxamento, força muscular e controle da respiração. Já na segunda aula vimos os métodos de Halliwick, Bad Ragaz e Watsu, trazendo aos alunos conceitos da natação para reabilitação, promovendo ao paciente estabilidade, ganho de mobilidade e independência para realizar as atividades. AULA 1 – PROPRIEDADES FÍSICAS DA AGUA, ENTRADA E SAÍDA DA PISCINA E HIDROCINESIOTERAPIA ROTEIRO 1 A hidroterapia é um recursos que utiliza as propriedades físicas da água para a reabilitação de pacientes que sofrem de disfunções neurológicas. (DELIBERATO, 2007). Com base na biomecânica e termodinâmica que permite ao paciente atingir facilmente objetivos e desafios que às vezes são impossíveis ou difíceis de realizar na superfície (BRODY, 2007; DUARTE, 2004). Essa aula tem como objetivo principal apresentar aos alunos de forma prática que a utilização da água como recurso terapêutico pode ser eficaz e promover o relaxamento muscular, além de poder reduzir dores, tensões e auxiliar na recuperação do paciente. RESULTADO E DISCUSSÃO Em um primeiro momento fomos orientados que para muitos pacientes só de estar no ambiente da piscina podem se sentir desconfortáveis no momento de se despir; ou por conta de alguma cicatriz ou por vergonha de ficar com roupa de banho na frente do terapeuta e outras pessoas e por este motivo o tratamento do paciente deve ocorrer desde a primeira avaliação e o período de adaptação mental ao explicar como serão realizados os procedimentos e os recursos que serão abordados pelo terapeuta, deixando assim o paciente mais confortável consigo e com o terapeuta. Entrada e Saída da Piscina Para demonstrar as possíveis entradas e saídas da piscina de forma segura ao paciente, levando em consideração sua autonomia de deslocamento controle postural e qualidade da marcha, inicialmente através da entrada pela escada, o terapeuta entrou na piscina se posicionando a frente do aluno e pediu para que ele descesse lentamente uma vez que o aluno saudável não possui dificuldades para entrar ou sair, realizamos o procedimento simulando a atividade do terapeuta e do paciente, ao entrar na piscina primeiro o terapeuta mantém a segurança do paciente com dificuldade de locomoção ou medo de certa profundidade da piscina, impedindo ou segurando se o mesmo cair, durante a saída da piscina o terapeuta segue atrás do paciente com a mesma finalidade de segura-lo se necessário. A entrada pela borda da piscina foi realizada em duplas, demonstrado inicialmente pela professora as diferentes forma de entrar pela borda e em seguida replicado pelos alunos. Uma das formas de realizar esta entrada é com auxílio do terapeuta onde o aluno sentado na o mais próximo possível da borda apoiando os braços no ombro e membros inferiores pressionando levemente na altura do quadril do terapeuta, enquanto o terapeuta apoia as mãos na região das escapulas do paciente e o puxa para a piscina controlando a estabilidade do corpo e fazendo com que o paciente se sinta mais seguro em um primeiro contato durante a terapia, esta entrada esta relacionada ao método de entrada de Halliwick. Outra possibilidade de entrada pela borda é quando o paciente está sentado e impulsiona o corpo para frente se jogando dentro da água, este procedimento deve ser realizado apenas quando o paciente tem certa mobilidade e segurança para entrar na piscina. Para realizar a saída pela borda, o paciente deve se apoiar de bruços e se movimentar como uma serpente e em seguida rolar de forma que consiga se posicionar sentado. Em casos de pacientes sem mobilidade dos membros superiores e inferiores como pacientes tetraplégicos, a entrada na piscina deve ser realizada com auxílio da cadeira roda e outros terapeutas quando necessário. Diferente tipo de entrada na piscina Fonte: Acervo Próprio Além das entradas mencionas, alguns locais disponibilizam a transferência através de um guindaste, que conta com uma cesta de tecido no qual o paciente é colocado e transferido para água, a transferência é realizada por um terapeuta através do manuseio do guindaste e um terapeuta na piscina o recepciona, a saída é realizada até a borda ou cadeira de rodas para posicionar o paciente. Entrada e Saída através do Guindaste Fonte: Acervo Próprio Flutuação/Empuxo Conforme estudamos durante as aulas teóricas, segundo o conceito de Arquimedes quando um corpo está imerso total ou parcialmente em um fluido em equilíbrio, existe uma força vertical e de baixo para cima chamada empuxo que é igual ao volume do fluido deslocado, aparentando a redução do peso do corpo. Ao entrar na piscina é possível sentir os níveis de alívio do peso em diferentes regiões do corpo, então conforme os alunos entravam na piscina pelas escadas foi observado que conforme imergimos na água a sensação de peso do corpo muda, sendo que quando a água está na altura de C7 a sensação do peso corporal é de 0-25%, quando na altura do processo xifoide a sensação é de 25-50%, na altura das espinhas ilíacas ântero-superiores é de 50- 75% do peso corporal, ou seja, quanto mais o corpo está imerso na água, percebemos que mais leve o nosso corpo fica. Ao realizar o movimento de abdução de ombro dentro da piscina percebemos que o empuxo auxilia para que os braços flutuem sem força do aluno para concluir o movimento de abdução; enquanto na adução é necessário um pouco mais de resistência do aluno pois enquanto o aluno abaixa os braços o empuxo insiste na flutuação. Densidade Para compreendermos as propriedades físicas da agua observamos a densidade de alguns objetos e do corpo em relação a água, então para esta demonstração a professora utilizou dois objetos de diferentes materiais, sendo um de letras de e.v.a e o outro uma argola para demonstrar a diferença entre os dois.Quando jogado as argolas na água percebemos que houve a flutuação do mesmo que a professora explicou flutuar devido sua densidade ser menor que a da água, quanto as letras de e.v.a apesar de também serem um objeto com peso leve, percebemos ele afundou devido o objeto ter uma densidade maior que a da água, para isso é possível realizar com outros objetos como bolinha de gude, bolas de plástico, halteres de plástico com e sem água dentro, entre outros. Vale lembrar que a densidade da água pode alterar de acordo com a sua temperatura, pressão, salinidade, geralmente em temperaturas mais baixas a densidade da água diminui e pode ser calculada de acordo com o volume e massa do objeto que está na água. Propriedades físicas da água Fonte: Acervo Próprio Afins de analisarmos a densidade do corpo na água, duas alunas voluntárias junto com a professora realizaram o exercício de flutuação e enquanto uma se manteve boiando por mais tempo sem que os membros inferiores afundassem, a outra flutuou por menos tempo e os seus membros superiores e inferiores afundaram mesmo ela conseguindo controlar a flutuação; isso ocorreu devido um corpo ser menos denso que o outro. Exercício de Flutuação Fonte: Acervo Próprio A partir deste momento, após reconhecermos as propriedades físicas da água e como possíveis objetos e o corpo humano atuam na piscina, passamos então a compreender de acordo com o conteúdo teórico como pacientes com AVC, osteoporose, distrofia muscular ou deformidades dos membros atuam dentro da piscina e com auxílio dos alunos a professora Clarissa simulou como o corpo atua nesses casos; os pacientes com AVC podem apresentar prejuízos em um hemicorpo que pode causar assimetria corporal e cria uma tendência a girar o corpo para o lado não afetado, pacientes com osteoporose possuem perda de massa óssea e por causa disso, o corpo imerso tem uma forte tendência a flutuar, dificultando alguns procedimentos, principalmente exercícios de marcha ou que necessite do paciente em posição ortostática na água, para isso o terapeuta poderá utilizar caneleiras apropriadas que auxiliaram na descarga do peso na base de apoio. Recursos Utilizados: Para tratarmos o paciente na piscina é possível contarmos com diversos objetos que permitem o ganho de força muscular, resistência e mobilidade. Sendo assim, a professora Clarissa apresentou os recursos que podemos utilizar durante alguns dos exercícios que seriam realizados posteriormente. Foi observado que alguns dos objetos que podem ser utilizados são de fácil acesso como espaguete para piscina (boia de flutuação) que podem ser realizados para fortalecimento e alongamento muscular e favorecer a flutuação do paciente; é possivel utilizarmos tablados de diferenciados tamanhos que podem ser utilizados de acordo com a altura do paciente e do exercício que o terapeuta pretende trabalhar durante o condicionamento, como por exemplo trabalhar o sentar e levantar com o paciente, equipamentos específicos para hidroterapia como cavalinhos que podem ser utilizados para adultos e crianças que fará o exercício com este recurso sem encostar os pés no chão, provendo ao paciente equilíbrio e confiança dentro da água; também podem ser utilizados como recursos, boias, coletes, anéis que são utilizados nos exercício de Ragaz para fortalecer a musculação. HIDROCINESIOTERAPIA Aquecimento – Durante o aquecimento na piscina realizamos caminhas de frente, costas e lateral, movimentos ativos dos membros superiores como abdução e adução, flexão e extensão do ombro e cotovelo e também dos membros inferiores como joelho e quadril e com o espaguete nas costas simulamos o andar de bicicleta, tirando os membros inferiores do solo, flutuando com auxílio do espaguete e pedalando na água. Flexibilidade – Para os exercícios de flexibilidade, dos membros superiores, inferiores e coluna, realizamos com as mãos apoiadas na barra da piscina e alternamos os movimentos realizados. Treino de Flexibilidade MMSS, MMII e coluna na borda da piscina Fonte: Acervo Próprio Treino de Força Muscular – Utilizando os movimentos básicos das articulações do ombro e cotovelo, realizamos o movimento de flexão e extensão e abdução e adução inicialmente com as mãos fechadas e depois abertas para sentir a resistência ao realizar o movimento. Em seguida, realizamos o movimento de flexão de braço com as mãos apoiadas na borda da piscina. Para os membros inferiores realizamos os exercícios com certa resistência proporcionada pelos espaguetes, colocamos a planta dos pés sobre o espaguete e em seguida realizamos a flexão do joelho onde pudemos sentir que o espaguete ajuda no movimento, já durante a extensão do joelho percebemos que o espaguete traz resistência ao movimento, dificultando o retorno a posição inicial. O mesmo ocorre ao realizar o procedimento com flexão e extensão do quadril, durante a flexão o espaguete facilita o exercício, enquanto durante a extensão sentimos o movimento de forma mais dificultada. Ao realizamos a abdução e adução do quadril para aumentar o nível de resistência tentarmos aumentar a velocidade do movimento onde sentimos ainda mais dificuldade ao retornar a posição inicial devido a turbulência da água. Treino de Equilíbrio – Com o objetivo de melhorar ou adquirir equilíbrio com o paciente realizamos diversos exercícios para contribuir com esta melhora. Os primeiros exercícios foram realizados por todos os alunos, mantendo o equilíbrio em posição ortostática, em seguida passamos a gerar um pouco de turbulência na água para que os alunos tentassem se manter em pé, em seguida o exercício foi realizado com o aluno se mantendo apoiado sobre um pé, depois erguendo um dos braços e uma perna do mesmo lado e lados alterados. Após estes exercícios realizamos o treino de equilíbrio com o aluno sentado sobre uma superfície instável na água utilizando as pranchas disponíveis, o aluno já sentando passou então a tentar se equilibrar enquanto gerávamos pouca turbulência na água, quando demonstrado facilidade solicitamos que o aluno pegasse um objeto jogado a sua direita ou esquerda para estimular ajustes posturais. O último exercício realizado foi com um aluno sentado no tablado, enquanto outros dois alunos seguravam o tablado um de cada lado movimentando o tablado de forma leve afim de realizar o treino de equilíbrio com certa dificuldade. Treino de Equilíbrio com movimento sobre o tablado Fonte: Acervo Próprio Treino Respiratório – Durante algum tempo na piscina percebemos que a fase respiratória, a inspiração se torna mais dificultada devido ao aumento da pressão do ar no tórax ser maior que nas vias aérea, já o processo de expiração foi realizado com maior facilidade. Já quando a água está na altura da cintura o processo de inspiração e expiração foram realizados com maior facilidade uma vez que a pressão do ar nas vias aéreas é maior. Durante o treino respiratório foi proposto aos alunos soltar bolhas na água, começando com a boca e progredindo gradualmente para imersão da boca e nariz; outro exercício foi o de assoprar um objeto na superfície de uma borda a outra. Treino Respiratório assoprando objeto de uma borda a outra Fonte: Acervo Próprio Treino Aeróbico – O treino aeróbico consiste em iniciar com movimentos lentos e avançar gradualmente com movimentos mais rápidos, podendo abordar alguns dos exercícios realizados durante o aquecimento como a caminhada leve e em seguida com turbulência realizada pelos alunos, progredindo para a corrida de uma borda a outra, simular com o espaguete o andar de bicicleta mas desta vez com o espaguete entre os membros inferiores, realizamos o treino de step subindo e descendo os pés de forma alternada no tablado disponível. Treino de Marcha – Os exercícios de marcha foramrealizados pelos alunos, praticando a marcha com obstáculos, subidas e descidas do tablado dando continuidade a marcha em diferentes velocidades sem efeitos de turbulência. Observamos as fases da marcha durante este exercício e como o corpo responde as fases de apoio do calcanhar na superfície, as trocas realizadas durante a passada e como é realizada a fase de balanço dentro da água. Treino Funcional – Durante o treino funcional utilizando a prancha disponível os alunos se revezaram para sentar e levantar da prancha e tentar realizar outros movimentos como rolar, deitar e levantar da prancha; além deste realizamos a passagem de decúbito dorsal para posição em pé com auxílio da flutuação e também utilizando a prancha disponibilizada. Relaxamento – Durante o momento de relaxamento utilizamos o colete cervical e os espaguetes para estabilizar o aluno/paciente em decúbito dorsal, pedindo para que ele sentisse os efeitos da água em seu corpo como o quão leve ele fica durante a flutuação, a melhora da circulação do seu corpo. Mantendo a mesma posição o aluno/terapeuta passou a realizar técnicas aprendidas de recursos terapêuticos e massagear a planta dos pés, região cervical e lombar do aluno/paciente; deslocamos o aluno em relaxamento associando os movimentos passivos dos membros superiores, enquanto o aluno de olhos fechados sentia os efeitos e de fato pudesse relaxar nesse momento e entender como o paciente deve se sentir. Todos os procedimentos citados foram realizados por todos os alunos e os exercícios de troca aluno/paciente e aluno/terapeuta também foi alternado para que os alunos pudessem se colocar no lugar de ambos e sentir quais são as facilidades e dificuldades na posição de cada um. AULA 2 – MÉTODOS HALLIWICK, BAD RAGAZ E WATSU ROTEIRO 1 Controlar a respiração, o equilíbrio e a liberdade dos movimentos são os principais objetivos do método Halliwick. Ao ganhar capacidade de manter ou mudar a posição do corpo, de forma controlada, o paciente se torna capaz de responder com flexibilidade a diferentes estímulos e movimentos com independência. O método de Bad Ragaz é uma série de técnicas de hidroterapia desenvolvidas nas águas termais na cidade de Bad Ragaz, na Suíça. Este método tem como objetivo reduzir o tônus muscular, manter o paciente relaxado, aumentar a amplitude articular, reeducar a musculatura, fortalecer os músculos, restaurar os padrões normais de movimento, além de melhorar a resistência geral (RUOTI, 2000). O método de Watsu tem como objetivo promover o relaxamento físico e mental do paciente por meio de movimentos passivos, trações, mobilizações e massoterapia com a finalidade de reabilitação. RESULTADO E DISCUSSÃO MÉTODO HALLIWICK Baseado nos conceitos da natação com o objetivo de promover a independência do paciente. Realizamos os exercícios desse método individualmente e em grupo conforme pode ser observado no relato sobre as atividades abaixo. 10 pontos do método Halliwick Ponto 1 – Adaptação Mental Ponto 2 – Desligamento Ponto 3 – Rotação Transversal Ponto 4 – Rotação Sagital Ponto 5 – Rotação Longitudinal Ponto 6 – Rotação Combinada Ponto 7 – Empuxo Ponto 8 – Equilíbrio e Quietude Ponto 9 – Turbulência e Deslize Ponto10 – Progressão Simples e Nados Básicos METODO BAD RAGAZ Os exercícios foram realizados em duplas onde os alunos simularam o terapeuta e paciente afins de saber a sensação do paciente ao realizar os procedimentos e como o terapeuta deve ser portar, o que deve indicar e como e quando tocar o paciente para auxiliar nos exercícios. Nesta abordagem utilizamos os equipamentos de flutuação, como espaguetes e coletes cervicais; um dos exercícios realizados foi necessário que o aluno/paciente se mantivesse em posição fixa durante toda a tentativa de deslocamento realizada pelo fisioterapeuta; o aluno/terapeuta deve explicar ao aluno como ocorrerá o procedimento e solicitar que o mesmo mantenha seu corpo em contração, evitando que o movimento aconteça. Exercício isométrico. Paciente em posição fixa enquanto o terapeuta realiza o movimento através do deslocamento do corpo na água. Fonte: Acervo Próprio Para promover o ganho de força muscular realizamos o exercício isotônico, utilizando o colete cervical e o espaguete foi colocado na altura dos ombros e durante os exercícios o terapeuta auxilia a realização do movimento do paciente, proporcionando um movimento ativo-assistido. Ao realizar os movimentos de forma passiva o aluno terapeuta, mantivemos o colete cervical, um espaguete na altura da lombar e outro na altura do tornozelo proporcionando estabilidade ao paciente; o fisioterapeuta deve movimentar o corpo do paciente através do movimento da água, promovendo ao paciente um momento de relaxamento na piscina. Ainda durante o exercício de forma passiva o aluno/terapeuta realizou a movimentação de abdução e adução do quadril e ombro também através do movimento da água facilitando que o exercício fosse concluído pelo paciente. MÉTODO DE WATSU Para as técnicas de Watsu realizamos os exercícios em duplas e pequenos grupos onde os alunos se revezaram para simular o terapeuta e paciente. Durante a fase terapeuta o aluno pôde desenvolver a conversa com o paciente, explicar que todos os movimentos seriam realizados pelo terapeuta e não era necessária tentativa de auxílio por parte do paciente, uma vez que todos os procedimentos seriam realizados de forma passiva. Observamos que apesar dos alunos estarem cientes dos procedimentos e como realiza- los após a orientação da professora, pudemos trabalhar tanto neste, quanto nos exercícios anteriores o tipo de contato a ser estabelecido com o paciente. Portanto, o aluno/terapeuta descreveu algumas posições que seriam trabalhadas durante o exercício e que o início e fim dos exercícios se dariam ao contato de suas costas na parede da piscina. Exercícios praticados: Posição Inicial – O aluno iniciará em pé com as costas encostadas na parede. O aluno terapeuta deve colocar um braço ao redor da cervical do paciente de forma que fique estabilizada na região anterior de seu cotovelo e o outro braço deverá segurar as pernas do paciente de forma que a região posterior dos joelhos do paciente estejam estabilizadas no antebraço e mãos do terapeuta. Dança da respiração na água – Partindo da posição inicial, o terapeuta deve manter o cotovelo fletido na região occipital do paciente e auxiliar o membro oposto na região sacral, elevando sutilmente o corpo do paciente na inspiração e abaixando novamente na expiração. Sanfona – Seguindo a partir da posição anterior, o aluno/terapeuta deve flexionar os dois joelhos do paciente e com apoio de uma das mão aproximar os joelhos e tronco, afundando de forma sutil o quadril repetidas vezes como se estivesse tocando uma sanfona. Rotação da perna de dentro para fora – Ainda na posição de sanfona o terapeuta deverá segurar apenas um joelho do paciente de forma que o outro fique livre. O terapeuta deverá realizar o movimento de abdução e adução com a perna que estiver segurando e realizar os mesmos movimentos com o lado oposto. Balançando joelho-cabeça – O aluno/terapeuta irá posicionar a cabeça do paciente em seu tronco anterior e segurar a região cervical com uma das mãos e a região posterior dos joelhos com o antebraço e mãos opostas e o desloca como se estivesse o colocando para dormir. Balanço do quadril ou alga marinha – Com o aluno/paciente em decúbito dorsal, o terapeuta deve posicionar a cabeça do paciente em um de seus ombros e apoiar as mãos no quadril do paciente uma de cada lado e em seguida deve deslocar o tronco para direita e esquerda. Os membros inferiores que ficarão livres se deslocarão conforme o movimento é realizado. Puxão na coluna – Ainda com o pacienteem decúbito dorsal, coloca-se uma palma da mão na região occipital e a outra na lombossacral. O terapeuta irá tracionar a cervical e lombossacral separadas. Ondulando a coluna – Apoiando um dos joelhos no fundo da piscina ou em uma plataforma como os tablados utilizados, o terapeuta deve manter o paciente sem movimento. O paciente realizará com o pé apoiado no chão, pequenos toques no fundo da piscina, gerando uma pequena turbulência. Sela aberta - O fisioterapeuta manterá os membros afastados e levemente fletidos, colocando o paciente com a face à sua frente e com a coxa apoiada na sua coxa. Sendo possível tracionar a região cervical e massagear a região posterior da cervical e tronco. Finalização – O paciente é colocado em posição vertical e levado de forma suave e com lentidão até que suas costas encostem novamente na parede como iniciou. Todos os exercícios do método de Watsu foram realizados de forma tranquila e executado por todos os alunos presentes na piscina. Proporcionando a sensação do ser paciente e como atuar como terapeuta neste momento. REFERÊNCIAS Alberton, Cristine; Kruel, Luís Fernando. Influência da Imersão nas Respostas Cardiorrespiratórias em Repouso. Rev brasileira de medicina do Esporte. Vol. 15. Núm. 3. p. 228-232. 2009. Deliberato, P. C. P. Piscina Terapêutica. In: Exercícios terapêuticos: guia teórico para estudantes e profissionais. Barueri, SP: Manole, 2007, p. 282-288. Garcia MK; Joares EC; Silva MA; Bissolotti RR; Oliveira S; Battistella LR. Conceito Halliwick inclusão e participação através das atividades aquáticas funcionais. 2012, p 142-150. Oliveira, Ediléa Monteiro de. Tópicos especiais em fisioterapia aquática / Rogério Azevedo Antunes. 1. ed. Recife, 2019. Ruoti, Richard; Morris, Davis; Cole, Andrew. Reabilitação Aquática. 1. ed. São Paulo: Manole, 2000.
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