aula06_direitos_autorais

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Direitos autorais 
 
 Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os 
direitos de autor e os que lhes são conexos. 
 
Esse artigo delimita o objetivo e o alcance da lei estendendo-a aos direitos conexos, 
isto é, aqueles que também têm direitos sobre a obra como, por exemplo, os 
artistas, os intérpretes ou os executantes, as empresas de radiodifusão, os 
produtores de fonogramas e cinematográficas – VIDE Artigo 5º, XIII e Artigo 891, lei 
9610. 
 
 
 Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis. 
 
 É preciso ter claro o que é bem móvel e bem imóvel. O novo Código Civil 
estabeleceu em seus Artigos 82, 83 e 84 2 que são bens móveis os suscetíveis de 
movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração de substância ou 
da destinação econômica. Considera o legislador do Novo Código Civil que são 
móveis as energias que tenham valor econômico; os direitos reais sobre objetos 
móveis e as ações correspondentes e os direitos pessoais de caráter patrimonial. 
Para efeitos legais, os direitos autorais são bens móveis. Nesse sentido, devemos 
 
 
 
 
1 Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se: 
XIII - artistas intérpretes ou executantes - todos os atores, cantores, músicos, bailarinos 
ou outras pessoas que representem um papel, cantem, recitem, declamem, interpretem 
ou executem em qualquer forma obras literárias ou artísticas ou expressões do folclore. 
Art. 89. As normas relativas aos direitos de autor aplicam-se, no que couber, aos direitos 
dos artistas intérpretes ou executantes, dos produtores fonográficos e das empresas de 
radiodifusão. 
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 Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração 
da substância ou da destinação econômico-social. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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entender os direitos patrimoniais (os direitos de exploração, uso e gozo econômico 
da obra pelo criador primígero) como um direito constituído pelo autor sobre a coisa 
(a obra fixada em um suporte material). O nascimento do direito de autor ocorre com 
a criação primígena da obra pelo autor pessoa física. O direito de autor é um direito 
sobre um bem móvel, fruto da criação do espírito de uma pessoa física, ao ser 
lançado na circulação social dos bens, movendo-se, alienando-se parcial, temporária 
ou definitivamente, de acordo com a vontade de seu criador. 
 
 
 Art. 4º Interpretam-se restritivamente os negócios jurídicos sobre os direitos autorais. 
 
 É uma tendência predominante no direito autoral. A transferência, contrato 
temporário ou licença de uso de uma obra intelectual que deve ser feita de maneira 
restrita, isto é, para cada uso de obra intelectual implicará uma autorização e um 
novo contrato com o autor ou titular dos direitos autorais – VIDE Artigo 313. 
 
 Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se: 
I - publicação - o oferecimento de obra literária, artística ou científica ao conhecimento do 
público, com o consentimento do autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por 
qualquer forma ou processo; 
VII - contrafação - a reprodução não autorizada; 
 O artigo determinado em seus incisos I e VI os diferentes meios de uso da 
obra intelectual; no Inciso VII, define o que é contrafação. A lei 9610 alterou o 
conceito de publicação que passou a ter uma definição mais abrangente. Agora não 
se trata mais de “comunicação ao público”, mas de “oferecimento ao conhecimento 
ao público”, e “com o consentimento do autor ou titular”. Para que fique consignado 
que esse oferecimento da obra ao conhecimento público pode ocorrer de diversas 
formas, destaca o legislador que ela se dê “por qualquer forma ou processo”. 
 
 
 
 
 
3 Art. 31. As diversas modalidades de utilização de obras literárias, artísticas ou 
científicas ou de fonogramas são independentes entre si, e a autorização concedida pelo 
autor, ou pelo produtor, respectivamente, não se estende a quaisquer das demais.