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Manutenção de sistemas de gases combustíveis

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO – MANUTENÇÃO DE SISTEMAS 
DE GASES COMBUSTÍVEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
1.1. SISTEMA PREDIAL DE GÁS 
 
As instalações prediais para suprimento de gás combustível em 
residências e comércios têm por objetivo a alimentação de fogões e aquecedores 
e, mais especificamente, a outros tipos de equipamentos de consumo. 
 
Existem duas formas do gás combustível chegar aos pontos de consumo: 
 
a) trazido por caminhões que abastecem centrais que contém recipientes 
transportáveis ou estacionários – GLP; ou 
 
b) através de redes de distribuição pública – GN. 
 
1.2. DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO 
 
 O GLP é um gás composto em sua maior parte de Propano (C3H8) e 
Butano (C4H10) e, em mínimas porcentagens, de Etano, Metano e frações mais 
pesadas do petróleo como o Pentano (C5H12), além de produtos insaturados como 
o Propeno e o Buteno. 
 O projeto e execução de uma instalação de gás GLP em edificações 
deverão seguir as normas técnicas e também os regulamentos e legislações de 
prevenção e combate a incêndios, bem como, os códigos de obras municipais. 
 
1.2.1. LEGISLAÇÃO 
 
As normas mais utilizadas quando da utilização de GLP são: 
• NBR 13523 - Central predial de gás liquefeito de petróleo; 
• NBR 14024 - Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo (GLP) – 
Sistema de abastecimento a granel; 
• NBR 13103 - Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos 
que utilizam gás combustível; 
 3 
• NBR 14570 - Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP – 
Projeto e execução. 
 
1.2.2 COMPONENTES DO SISTEMA GLP 
 
 Recipientes Transportáveis - existem cilindros transportáveis para 
uso residencial: 
• 2 kg (P-2) – cilindro de utilização direta (lampiões e fogareiros); 
• 5 kg (P-5) – requer o uso de válvula reguladora e mangueira; 
• 13 kg (P-13) - requer o uso de válvula reguladora e mangueira. 
 
 
 
 Em edifícios residenciais e comerciais onde é exigido maior 
consumo, existem cilindros transportáveis. 
 
• 45 kg (P-45). 
• 90 kg (P-90). 
 
 Recipientes Estacionários - as empresas que comercializam o GLP 
possuem reservatórios estacionários para grandes consumidores. Possuem 
reservatórios que vão de 180 kg até 4.000 kg, abastecidos por veículos 
específicos para esse fim. 
 4 
 
 
 
1.2.3. INSTALAÇÃO PREDIAL 
 
 Os sistemas de gás centralizado, também conhecidos como sistemas 
de gás combustível centralizado, são constituídos basicamente das seguintes 
instalações: 
 
1. Central de Gás (Central de GLP) onde ficam armazenados os cilindros de gás; 
2. Rede de canalizações (tubulações) que levam o gás combustível da Central até 
as diversas unidades da edificação (pontos de consumo); 
3. Medidores de consumo individuais. 
 
 5 
 
 
1.3 DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO – GÁS NATURAL 
 
Assim como o petróleo o gás natural é uma energia de origem fóssil, 
mistura de hidrocarbonetos leves entre os quais se destaca o metano (CH4), que 
se localiza no subsolo da terra e é procedente da decomposição da matéria 
orgânica espalhada entre os extratos rochosos. 
Além disso, o gás natural é uma energia carente de enxofre e a sua 
combustão é completa, liberando como produtos da mesma o dióxido de carbono 
(CO2) e vapor de água, sendo os dois componentes não tóxicos, o que faz do gás 
natural uma energia ecológica e não poluente. 
O gás natural é uma fonte de energia totalmente natural. O território 
brasileiro, especialmente a região litorânea, é rico em gás natural, o que garante o 
seu abastecimento por muitos e muitos anos. No Rio de Janeiro, é extraído dentro 
do próprio estado. As mais importantes reservas estão localizadas na Bacia de 
Campos. 
 
 6 
1.3.1. LEGISLAÇÃO 
 
• NBR 14570 - Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP – 
Projeto e execução; 
NBR 12712 – Projeto de sistemas de transmissão e distribuição de gás 
combustível; 
Regulamento das Instalações Prediais de Gás Canalizado (RIP) – esse 
documento, específico de cada Estado, fixa os requisitos mínimos à aprovação de 
projetos e à fiscalização prediais de gás canalizado correspondentes. 
 
1.3.2. INSTALAÇÃO PREDIAL 
 
 Uma instalação para gás natural compõe-se de abrigo para o 
medidor de gás e tubulações que alimentam equipamentos como fogões, fornos, 
aquecedores, secadoras, lareiras, etc. 
 Do abrigo dos medidores, distribuem-se as canalizações para 
apartamentos e os respectivos pontos de consumo. 
São elementos do sistema: 
1. Ramal externo; 
2. Regulador de pressão; 
3. Ramal interno 
4. Medidores de vazão; 
5. Sistema de distribuição; e 
6. Pontos de Consumo. 
 
 7 
 
 
1.4 – Comparativo GLP x GN 
 
 A seguir apresenta-se um quadro resumo comparativo entre as 
principais propriedades do GLP e do GN: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parâmetro Gás Natural GLP 
Metano 89% 
Etano 7% Propano 50% 
Composição média 
Propano (e 
frações pesadas) 
2% 
Butano 50% 
Densidade rel. ao ar 0,6 1,8 
Faixa de 
inflamabilidade 
5 a 14 % 2,4 a 10,3 % 
Temperatura de ignição 480 a 630 ºc 240 a 420 ºc 
Contaminantes isento condensáveis 
Odor inodoro inodoro 
Corrosividade Não corrosivo Não corrosivo 
 
 
 8 
2 – Centrais de gás x Conjuntos de regulagem de pressão 
 
 As centrais de gás, regulamentadas pelas normas NBR 13523 - 
Central predial de gás liquefeito de petróleo e NBR 14024 - Centrais prediais e 
industriais de gás liquefeito de petróleo (GLP) – Sistema de abastecimento a 
granel, são necessárias quando o gás combustível adotado é o GLP. Nessas 
circunstâncias, os recipientes podem ser fixos ou estacionários e tem por função 
principal o armazenamento do combustível conforme a capacidade 
correspondente dos reservatórios. O projeto e a instalação dessas centrais é de 
responsabilidade da empresa executora do ramal interno de gás e necessita do 
recolhimento de ARTs correspondentes ao projeto e obra, bem como, da 
aprovação prévia da área correspondente para instalação junto ao Corpo de 
Bombeiros local. 
 Por outro lado, os conjuntos de regulagem de pressão, também 
conhecidos como EMRP – Estações de Medição e Redução de Pressão ou ERP – 
Estações Redutoras de Pressão, correspondem a um conjunto de válvulas e 
equipamentos devidamente projetados segundo a norma NBR-12712, sendo de 
responsabilidade da empresa distribuidora de gás natural local, e tendo por função 
principal a redução da pressão da rede externa para a pressão interna de 
funcionamento. Caso a medição seja coletiva adota-se uma EMRP, enquanto que 
para medições individuais, utiliza-se uma ERP. Observar que nessas 
circunstâncias não existe o armazenamento do produto. As figuras a seguir 
ilustram exemplos típicos dessas duas situações: 
 9 
 
 
 
3 – Materiais, equipamentos e acessórios de uma rede interna de 
distribuição 
 
3.1 – Sistema de aço 
 
3.1.1. – Tubos 
Com ou sem costura, pretos ou galvanizados, no mínimo classe média, que 
atendam às especificações da NBR 5580. 
Com ou sem costura, pretos ou galvanizados, no mínimo classe normal, que 
atendam às especificações da NBR 5590. 
 
EMRP 
ERP 
 10 
 
Dimensões de tubo de aço – NBR 5580 – classe M 
 
3.1.2. – Conexões 
• Conexões de ferro maleável preto ou galvanizado que atendam às 
especificações da NBR 6943, a serem utilizadas com tubos conforme a NBR 5580. 
• Conexões de ferro fundido maleável que atendam às especificações da NBR 
6925, a serem utilizadas com tubos conforme a NBR 5590. 
• Conexões de aço forjado que atendam às especificações da ANSI/ASME B.16.9, 
e estas devem ser soldadas em tubos especificados pela NBR 5590. 
 
3.2 – Sistema de cobre rígido 
 
3.2.1. – Tubos 
Rígidos, sem costura, que atendam às especificações da NBR 13206: 
• para pressão menor que 250 mmca – espessura mínima de 0,8 mm; 
• para pressão menor ou igual a 1 bar – classeA ou I. 
 11 
 
 
Dimensões de tubos de cobre – NBR 13206 
 
3.2.2. – Conexões 
Conexões de cobre ou ligas de cobre que atendam às especificações NBR 11720, 
para acoplamento dos tubos de cobre rígido conforme a NBR 13206. 
 
3.3. – Sistema de cobre flexível 
 
3.3.1. – Tubos 
Flexíveis, sem costura flexível, com espessura mínima de 0,8 mm, que atendam 
às especificações da NBR 14745. 
 
3.3.2. – Conexões 
Conexões de cobre ou ligas de cobre que atendam às especificações da NBR 
15277, para acoplamento dos tubos de cobre flexível conforme a NBR 14745. 
 
 
 12 
3.4. – Sistema de polietileno 
 
3.4.1. – Tubos de polietileno 
PE 80, SDR 11, que atendam às especificações da NBR 14462. 
 
3.4.2. – Conexões 
Conexões de PE 80 que atendam às especificações da NBR 14463. 
 
3.5. – Reguladores de pressão 
 
 Como regra geral, os reguladores de pressão devem atender à 
pressão da rede de distribuição interna onde estão instalados, bem como, estarem 
em conformidade com a norma NBR-15590. Em virtude do arranjo a ser adotado 
para uma determinada instalação interna, podem existir até 3 reguladores de 
pressão distintos, a saber: 
 
 regulador de primeiro estágio - equipamento destinado a reduzir a pressão 
do gás, antes de sua entrada na rede primária, para um valor nominal de até 1,53 
kgf/cm2. Para o caso do GN, tal dispositivo encontra-se incorporado no conjunto 
de regulagem de pressão do consumidor; 
 regulador de segundo estágio - equipamento destinado a reduzir a pressão 
do gás da rede primária (1,53 kgf/cm2) para um valor nominal correspondente à 
pressão interna de redes habitacionais (0,075 kgf/cm2 no máximo); e 
 regulador de terceiro estágio (estabilizador) - equipamento destinado a 
reduzir a pressão do gás da rede de distribuição interna (0,075 kgf/cm2) para um 
valor nominal correspondente à pressão de utilização dos aparelhos de consumo 
(0,020 kgf/cm2). A figura a seguir ilustra um exemplo de aplicação da instalação 
de um estabilizador de fogão. 
 
 13 
 
 
3.6.– Dispositivos de segurança 
 
 Devem ser utilizados de forma a garantir a integridade e segurança 
na operação da rede de distribuição interna. Nesse contexto, são considerados 
dispositivos de segurança: 
 
• válvulas de alívio 
• válvulas de bloqueio automático 
• limitadores de pressão 
• regulador monitor 
• detectores de vazamento de gás 
 
Segundo a norma NBR-15526, são obrigatórios, em termos de quantidade e tipo, 
mediante as seguintes condições: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
3.7. – Válvulas de bloqueio manual 
 
 As válvulas de bloqueio manual para fechamento devem estar de 
acordo com as exigências da norma NBR-14788. Tais dispositivos tem por 
objetivo principal a obstrução total à passagem de fluido. Para redes de 
distribuição interna de gás devem ser do tipo esfera. 
 
3.8. – Medidores 
 
 Os medidores de gás devem permitir, no mínimo, a medição de 
volume de gás correspondente à pressão adotada para os aparelhos de gás por 
eles servidos na pressão prevista para o trecho de rede onde são instalados. 
Podem ser do tipo diafragma (norma NBR-13127) ou tipo rotativo (norma NBR-
14801). 
 Especificamente para instalações atendidas por gás natural, pode 
existir um único medidor instalado conjuntamente a estação de regulagem de 
pressão (casos de medição coletiva) ou um número de medidores compatível com 
o número de consumidores finais (casos de medição individual). A figura a seguir 
ilustra um exemplo típico de um quadro de medidores. 
 
 
 
 
 15 
4 – Locais para a instalação de tubulações e válvulas de gás 
 
Devem ser consideradas as seguintes condições de localização: 
 
• Localização de tubulação: 
 tubulação aparente ou aérea; 
 tubulação enterrada; 
 tubulação embutida. 
 
• Localização de válvulas: 
 válvulas no ramal interno; 
 válvulas na rede de distribuição; 
 válvulas nos equipamentos; 
 válvulas nos aparelhos. 
 
4.1. – Tubulação 
 
A tubulação do ramal interno e da rede de distribuição interna pode ser instalada 
das seguintes formas: 
 
• aparentes (imobilizadas com elementos de fixação adequados); 
• embutidas em paredes ou muros (sem vazios); 
• enterradas; 
• tubo-luva. 
 
A tubulação do ramal interno e da rede de distribuição interna, com relação ao 
sistema de proteção de descargas atmosféricas, deve: 
 
• ser interligada ao sistema de acordo com a NBR 5419; 
• é proibida a utilização de tubulações de gás como aterramento elétrico. 
 
 16 
A tubulação do ramal interno e da rede de distribuição interna não pode passar 
em: 
 
• dutos de ventilação de ar condicionado (aquecimento e resfriamento); 
• dutos de compartimentos de lixo ou de produtos residuais em atividade; 
• dutos de exaustão de produtos da combustão ou chaminés; 
• cisternas e reservatórios de águas; 
• compartimentos de equipamento elétrico (casa de máquinas, subestação); 
• locais que contenham recipientes ou depósitos de combustíveis líquidos; 
• nem ser consolidada a elementos estruturais (lajes, pilares, vigas). 
 
A tubulação do ramal interno e da rede de distribuição interna pode atravessar 
elementos estruturais (lajes, vigas, colunas, paredes e muros com característica 
estrutural) desde que em tubo-luva, para permitir a movimentação da tubulação de 
gás. 
 
4.1.1. – Aparente ou aérea 
 
As tubulações aparentes não podem passar por espaços confinados que 
possibilitem o acúmulo de gás em caso de vazamento, tais como: 
 
• dormitórios; 
• espaço, ambiente ou compartimento que propiciem o acúmulo de gás vazado ou 
dificultem a inspeção e a manutenção por pessoas; 
• forro falso; 
• caixão perdido; 
• escadas enclausuradas, inclusive nos dutos de ventilação de antecâmara; 
• poço ou vazio de elevador. 
 
Nos casos em que esta condição for inevitável, as tubulações devem estar 
envolvidas por tubos-luva. 
 17 
 
As tubulações aparentes devem: 
 
• ter um afastamento mínimo de 0,30 m de condutores de eletricidade protegidos 
por eletrodutos e de 0,50 m nos casos contrários; 
• ter um afastamento suficiente das demais tubulações para que permita sua 
manutenção; 
• ter material isolante elétrico quando o cruzamento de tubulações de gás com 
condutores elétricos for inevitável – recomenda-se para tal o uso de isolantes 
fenolite, placa de celeron, fita de isolamento de alta fusão (Toro fita); 
• em caso de superposição de tubulações, ficar acima das demais; 
• nos locais em que possam ocorrer choques mecânicos, possuir proteção contra 
eles. 
 
As tubulações aparentes devem ser suportadas, e os seguintes aspectos com 
relação aos suportes devem ser considerados: 
 
• devem ser preferencialmente locados nos trechos retos da tubulação, fora das 
curvas, reduções e derivações; 
• devem ser preferencialmente locados próximos às cargas concentradas, como 
válvulas, medidores, etc.; 
• de modo a evitar seu contato direto com a tubulação, para minimizar uma 
possível corrosão localizada, recomenda-se o uso de isolantes – nylon, borracha, 
etc.; 
• para tubulações de cobre, seguir as diretrizes da NBR 15345. 
 
4.1.2. – Enterrada 
 
A tubulação enterrada deve manter um afastamento de outras utilidades, 
tubulações e estruturas suficiente para permitir a sua manutenção. 
 18 
A profundidade das tubulações enterradas que derivam da rede geral até o 
medidor do consumidor deve ser no mínimo: 
 
• 0,30 m a partir da geratriz superior do tubo em locais não sujeitos a tráfego de 
veículos, em zonas ajardinadas ou sujeitas a escavações; 
• 0,60 m a partir da geratriz superior do tubo em locais sujeitos a tráfego de 
veículos. 
 
Caso não seja possível atender às profundidades determinadas, deve-se 
estabelecer um mecanismo de proteção adequado – laje de concreto ao longo do 
trecho, tubo em jaqueta de concreto, tubo-luva ou outro. 
Quando os tubos forem assentados diretamente no solo, o fundo da vala deveser 
plano e o reaterro deve ser feito de modo a não prejudicar o revestimento da 
tubulação. 
 
4.1.3. – Embutida 
 
As tubulações embutidas devem ser instaladas sem vazios, sendo envoltas com 
revestimento maciço. 
A tubulação embutida deve manter um afastamento mínimo, em paralelo ou 
cruzamento, de: 
• tubulação de água quente; 
• sistema de potência com eletrodutos; 
• sistema de potência sem eletrodutos; 
• tubulação de vapor; 
• chaminés; 
• pisos e fachadas; 
• outra tubulação de gás. 
 
 
 
 19 
E que garanta as seguintes condições para a tubulação de gás: 
• espaço suficiente para permitir a manutenção; 
• espaço suficiente para que não haja propagação de calor; 
• espaço suficiente para garantir que não haja contato, evitando-se a transmissão 
de energia elétrica para o tubo de gás. 
 
4.1.4. – Tubo-luva 
 
O tubo-luva pode ser utilizado em três situações: 
• proteção mecânica 
• passagem de tubulação em elementos estruturais; 
• passagem de tubulação em ambientes impróprios. 
 
4.1.4.1. – Proteção mecânica 
Proteção mecânica da tubulação de gás em instalações enterradas. 
 
4.1.4.2. – Passagem de tubulação em elementos estruturais 
 
Passagem de tubulação de gás em elementos estruturais (lajes, vigas, colunas, 
paredes e muros com característica estrutural) para permitir liberdade de 
movimento à tubulação de gás, evitando-se as tensões inerentes à estrutura da 
edificação sobre a tubulação. 
 
 
 20 
5 – Atividades de inspeção de redes de distribuição interna 
 
 As inspeções periódicas das redes de distribuição interna devem 
ocorrer em períodos máximos de 5 anos ou de acordo com as definições das 
autoridades competentes, podendo variar em função de riscos evidenciados. 
Decorrente das inspeções periódicas deve-se prever as respectivas manutenções, 
as quais devem ser realizadas sempre que houver necessidade de reparo em 
alguns dos seus componentes ou em caráter preventivo, de forma a manter as 
condições de atendimento aos requisitos gerais previstos em norma. 
 
 Como regra, recomenda-se que em todas as inspeções realizadas, 
sejam verificados os seguintes documentos: projeto e memorial descritivo; projeto 
como construído (as-built); laudo do ensaio de estanqueidade; ARTs de 
elaboração de projeto, da instalação e do ensaio de estanqueidade; e eventuais 
ARTs de inspeções ou manutenções anteriores. Adicionalmente, a norma NBR-
15526, recomenda que em cada nova inspeção periódica deva-se verificar, no 
mínimo os seguintes itens: 
 
• se a tubulação e os acessórios encontram-se com acesso desobstruído e 
devidamente sinalizado; 
• se as válvulas e dispositivos de regulagem funcionam adequadamente; 
• se tubos, conexões e interligações com equipamentos e aparelhos em 
geral não apresentam vazamento; 
• se as tubulações estão pintadas sem qualquer dano, inclusive com relação 
aos suportes empregados; 
• se as identificações estão conforme o especificado; e 
• se os dispositivos de controle de pressão estão funcionando de forma 
adequada. 
 
 21 
 O resultado de cada inspeção deve ainda ser devidamente registrado 
e disponibilizado conjuntamente à documentação inicial da rede de distribuição 
interna. 
 
 Além do previsto acima, visando à realização de uma inspeção mais 
criteriosa, recomenda-se que seja verificado de forma adicional os seguintes 
aspectos: 
 
• o traçado da tubulação, visando identificar trechos que possibilitem 
eventuais acúmulos ou concentração de gás em situações de vazamentos; 
• a inexistência de trechos de tubulação ao longo de dutos de atividade 
(dutos de ar condicionado, exaustão ou chaminés), compartimento de 
painéis elétricos, poços de elevador ou depósitos de combustíveis 
inflamáveis; 
• as pressões de operação efetivamente adotadas, visando restringir a 
utilização de pressões acima dos limites previstos em norma; 
• os afastamentos de redes aparentes em relação a outros sistemas ou 
tubulações (água quente e fria, vapor, eletrodutos, etc), visando identificar e 
impedir, para redes em paralelo, distância inferiores à 30mm; 
• a inexistência de pontos de oxidação (ferrugem) ao longo da tubulação e 
entre a tubulação e os eventuais suportes utilizados; 
• as condições operacionais de ventilação e dos materiais utilizados para 
confecção dos abrigos de medidores e reguladores em geral; 
• a existência de trechos de tubulação sem pintura ou pintados em cor 
diferenciada do amarelo; 
• as condições de instalação de aquecedores no contexto do trajeto 
percorrido pela chaminé, diâmetro de saída, fixação das chaminés e 
condição de instalação dos terminais das chaminés, visando verificar as 
condições de instalação previstas na norma NBR-13103; 
• as condições de ventilação dos ambientes que abrigam aparelhos a gás, 
visando verificar as condições previstas na norma NBR-13103. 
 22 
6 – Ensaio de estanqueidade 
 
6.1. – Generalidades 
 
 O teste de estanqueidade deve ser realizado com o objetivo de 
detectar possíveis vazamentos e verificar a resistência da rede interna à pressão 
de operação, devendo sempre ser realizado por pessoal devidamente treinado e 
capacitado, sob supervisão de responsável técnico registrado no respectivo órgão 
de classe. 
 Toda tubulação, antes de ser abastecida com gás combustível, deve 
ser obrigatoriamente submetida ao teste de estanqueidade. Nessas 
circunstâncias, devem ser realizados dois ensaios: 
 
• o primeiro na montagem com a rede aparente e em toda a sua extensão; 
• o segundo com os equipamentos de rede devidamente instalados. 
 
 Para as tubulações embutidas e subterrâneas, os testes de 
estanqueidade devem ser feitos antes do revestimento da parede ou do 
aterramento da vala. 
 Para a execução do teste de estanqueidade, as válvulas instaladas 
devem estar abertas; com relação às instaladas nos pontos extremos, suas 
extremidades devem estar plugadas. Após a constatação da estanqueidade, as 
extremidades livres devem permanecer com os bujões metálicos ou flanges 
cegas, que só podem ser retiradas quando de sua interligação aos aparelhos de 
consumo ou a outros equipamentos em geral. 
 Quando o projeto da instalação apresentar reguladores de pressão, 
válvulas de alívio e válvulas de bloqueio automático, ou outros equipamentos em 
geral, os mesmos devem ser instalados após o teste de estanqueidade. 
 O manômetro a ser utilizado deve possuir sensibilidade adequada 
para registrar qualquer variação de pressão (ex.: coluna de água). 
 
 23 
6.1.2. – Parâmetros para a execução do primeiro teste de estanqueidade 
 
Pressão mínima de teste: 1,5 vezes a pressão de trabalho e, ainda não menor que 
20kPa (0,2 kgf/cm2). 
Fluido: ar ou gás inerte, sendo proibido o emprego de água ou qualquer outro 
líquido. 
Tempo mínimo de manutenção da tubulação na pressão: 60 minutos depois de 
estabilizada a pressão de teste. 
A elevação da pressão deve ser feita de forma gradativa, em intervalos de 10% da 
pressão de teste, até atingir a pressão de teste. 
A fonte de pressão deve ser destacada da tubulação logo após a pressão na 
tubulação atingir o valor de teste. 
Se existirem vazamentos, após repará-los deve ser realizado um novo teste, de 
acordo com as premissas anteriormente descritas. 
Uma vez finalizada o primeiro ensaio, deve-se fazer uma exaustiva limpeza no 
interior de toda a tubulação (purga) através de jatos de ar comprimido ou gás 
inerte. 
Para finalizar, deve ser emitido um laudo de estanqueidade da instalação antes de 
se realizar a purga. 
 
6.1.2. – Parâmetros para a execução do segundo teste de estanqueidade 
 
Pressão de teste igual à pressão e trabalho da rede considerada. 
Tempo mínimo de manutenção da tubulação na pressão: 5min após a 
estabilização da pressão de ensaio; 
A fonte de pressão deve ser destacada da tubulação logo após a pressão na 
tubulação atingir o valor de teste. 
Da mesma forma que o primeiro ensaio,caso a instalação venha a apresentar 
vazamentos, os mesmos devem ser devidamente reparados e um novo teste 
(correspondente à segunda etapa apenas) deve ser reinicializado. 
 
 24 
 O quadro resumo a seguir, ilustra as etapas de cada teste 
considerado: 
 
 
 
7 PURGA DA TUBULAÇÃO 
 
7.1. - CONDIÇÕES GERAIS 
a) Instalar sistema de purga no ponto mais alto da rede de distribuição. Não se 
admite que durante a operação, os locais de purga permaneçam desatendidos por 
técnicos responsáveis; 
b) Todos os produtos da purga devem ser obrigatoriamente canalizados para o 
exterior das edificações em local ventilado, seguro e afastado de pessoas ou 
animais, não se admitindo o despejo destes produtos para o seu interior. Além 
disso, deve ser providenciado para que não exista qualquer fonte de ignição no 
ambiente onde se realiza a purga; 
c) A purga das redes de distribuição devem ser realizadas, visando evitar a 
inflamabilidade da mistura ar/gás no interior da tubulação, utilizando-se gás 
 25 
combustível (para trechos com volume hidráulico de até 50litros) ou com gás 
inerte (para trechos com volume hidráulicos superiores); 
d) O cilindro de gás/compressor para a realização da purga deve estar munido de 
regulador de pressão, válvula de bloqueio manual e manômetro, apropriados ao 
controle da operação da purga; 
e) A máxima pressão para injeção de gás de purga deve ser igual a 50% da menor 
pressão de trabalho do trecho a ser purgado; 
f) A injeção de gás de purga deve ser realizada introduzindo o gás de forma lenta 
e contínua, pelo ponto mais baixo da rede de distribuição; 
g) Os sistemas de alimentação de gás inerte ou ar comprimido devem ser munidos 
com todos os dispositivos necessários para o controle da operação, sendo 
recomendável ainda o monitoramento através de aparelhos específicos como oxi-
explosímetros; 
h) Todos os elementos que favoreçam a ventilação nos ambientes onde existam 
pontos de consumo devem permanecer totalmente abertos, com portas, porões e 
janelas que se comunicam com o exterior. 
 
8. Manutenção 
 
 A manutenção da rede de distribuição interna deve ser realizada 
sempre que houver necessidade de reparo em alguns dos seus componentes, de 
forma a manter as condições de atendimento aos requisitos estabelecidos. Deve 
contemplar duas etapas distintas, a saber: 
• drenagem do gás combustível da rede (descomissionamento); e 
• recomissionamento. 
 
8.1. - Drenagem do gás combustível da rede (descomissionamento) 
 
a) A rede deve inicialmente ser despressurizada através da queima controlada do 
gás combustível de seu interior: 
 
 26 
- Um queimador deve ser instalado no ponto mais baixo da rede de distribuição e 
efetuar a queima do gás combustível até que a chama do queimador se apague e 
não possa ser restabelecida. 
- A purga do gás combustível pode ser feita também através de queima em 
ambiente externo e ventilados. 
 
b) Em seguida, a rede deve ser inertizada para eliminar os resíduos de gás 
combustível e evitar a formação de mistura dentro do limite de explosividade: 
 
- O cilindro ou sistema de alimentação de gás inerte ou ar comprimido devem 
estar munido de regulador de pressão, válvula de bloqueio manual e manômetro, 
apropriados ao controle da operação da purga; 
- A máxima pressão para injeção de gás inerte deve ser igual a 50% da menor 
pressão de trabalho no trecho considerado; 
- A injeção do gás inerte deve ser realizada introduzindo o gás de forma lenta e 
contínua, pelo ponto mais baixo da rede de distribuição. 
- Não se admite que durante a operação, os locais de purga permaneçam 
desatendidos por técnicos responsáveis; 
 
c) Deve ser evitado o risco de acumulo de mistura de ar-gás que possa vir a entrar 
nas edificações e ambientes confinados através de aberturas como portas, janelas 
e galerias de água pluviais existentes nas proximidades do local da drenagem do 
gás. 
 
Deve ainda ser considerado: 
 
- A densidade relativa do gás, ou seja, gases com densidades relativas inferiores a 
1 como o gás natural, tendem a subir quando liberados na atmosfera, enquanto 
que gases com densidades relativas superiores a 1, como o GLP tendem a 
descer; 
 27 
- Os movimentos da atmosfera, com ventos e correntes, para que não canalizem 
os produtos da purga para o interior das edificações ou ambientes confinados, 
devendo os técnicos responsáveis pela operação manter a observação contínua a 
este respeito. 
 
d) Todos os produtos da purga devem ser obrigatoriamente canalizados para o 
exterior das edificações em local ventilado, seguro e afastado de pessoas ou 
animais, não se admitindo o despejo destes produtos para o seu interior. Além 
disso, deve ser providenciado para que não exista qualquer fonte de ignição no 
ambiente onde se realiza a purga; 
 
e) Após inertizada, a rede deve ser ventilada com ar comprimido para eliminar o 
gás inerte e o risco de asfixia, só então a linha pode ser aberta para manutenção. 
 
8.2. Recomissionamento 
 
O recomissionamento de uma rede de distribuição de gás natural pode ser tratado 
sob os seguintes aspectos: 
 
a) Despressurização: 
Antes de iniciar o abastecimento da linha com gás combustível, deve ser 
verificado se, em todos os pontos de consumo, as válvulas bloqueio estão 
fechadas ou se a extremidade da tubulação encontra-se plugada; 
O tempo de injeção de gás combustível deve ser suficiente para garantir que todo 
o trecho esteja gaseificado. 
 
b) Quando o trecho da tubulação considerado foi despressurizado, sem que tenha 
havido nenhuma contaminação do gás combustível, torna-se necessário apenas à 
verificação do fechamento adequado de todas as válvulas de bloqueio nos pontos 
de consumo, preliminarmente a repressurização; 
 
 28 
c) Quando o trecho da tubulação considerado foi purgado ou contaminado com ar 
ou gás inerte deve-se tomar os mesmos cuidados correspondentes à etapa de 
descomissionamento; 
 
d) Quando o trecho da tubulação considerado sofreu modificações, podendo ter 
sido contaminado com resíduos sólidos ou líquidos, além de ar ou gás inerte, 
torna-se necessário à realização de um novo teste de estanqueidade conforme 
padrões definidos em norma. Nessas circunstâncias torna-se necessário o 
recolhimento de uma nova ART por profissional devidamente qualificado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências Bibliográficas 
 
- Comitê Brasileiro de Gases Combustíveis – CB-09 – Eng. Ângela Fernandes – 
MITSUI GÁS; 
- Sistemas Prediais de Distribuição de Gás Combustível – Profa. Elaine Vazquez – 
UFRJ - 2009; 
- Análise Técnica, Mercadológica e Regulatória do Mercado de Gases 
Combustíveis de Consumo Residencial na Cidade de Curitiba-PR – Dissertação 
de Mestrado, 2008 – Eng. Mauro Melara; 
- Regulamento de Instalações Prediais de Gás – RIP – Comgás, 2006; 
- Regulamento de Instalações Prediais de Gás – Pbgás; 
- Padrão de Instalações Prediais – PETROBRAS; 
- NBR-14024 – Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo (GPL) – 
Sistema de abastecimento a granel, 1997; 
- NBR-13523 – Central predial de gás liquefeito de petróleo, 1995; 
- NBR-15590 – Regulador de pressão para gases combustíveis, 2008; 
- NBR-13127 – Medidor de gás tipo diafragma para instalações residenciais – 
Especificação, 2009; 
- NBR-15526 – Redes de distribuição interna para gases combustíveis em 
instalações residenciais e comerciais – Projeto e execução, 2009; 
- NBR-12712 – Projeto de sistemas de transmissão e distribuição de gás 
combustível, 2002; 
- NBR-8460 – Recipientes transportáveis de aço para gases liquefeitos de 
petróleo, 1993; 
- NBR-14801 – Medição de vazão de gás em condutos fechados – Medidores tipo 
turbina – Classificação, 2002.

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