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Pesquisa Clínica_aula 3-2

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Luana Aguiar

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Parte 2 - Avaliação ética de protocolos e 
avaliação metodológica 
Tópicos em Pesquisa Clínica
Profª. Mirian Parente Monteiro
Parte 1 - Bioética e Pesquisa clínica
◼ 1803 – Thomas
Percival: Medical
Ethics
Primeiro código ético
estabelecendo
preceitos morais para a
prática da medicina e
da experimentação
clínica.
A Microhistória da Bioética
Walter Reed 
Walter Reed (13 de setembro de 1851 —
Washington, D.C., 22 de novembro de 
1902) foi um cirurgião estadunidense 
que, em 1900, demonstrou que a febre 
amarela é transmitida por um mosquito.
Neste mesmo ano, o médico inoculou o vírus 
da febre amarela nos soldados americanos 
que lutavam em Cuba, na guerra conterá a 
Espanha.
Fonte: Instituto Evandro Chagas
Fonte: Wikipédia
Atrocidades da 2ª guerra mundial
◼ Os prisioneiros eram
utilizados em
experimentos com
venenos, com
sulfanilamida, testes
de altitude e
temperatura, e até
para organizações
de coleções de
esqueletos para
universidade.
Mulheres prisioneiras no campo de 
concentração de Ravensbrück, onde eram 
realizados experimentos nazistas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_de_concentra%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ravensbr%C3%BCck
Atrocidades da 2ª guerra mundial
◼ Prisioneiros raciais, políticos e militares foram
colocados à disposição dos médicos para todo tipo
de pesquisa, sem qualquer consentimento ou
respaldo ético.
◼ Ali foram conduzidos, por exemplo, experimentos
sobre malária, quando pessoas sadias foram
contaminadas por injeções de extratos das glândulas
secretoras dos mosquitos, ou sobre febre tifóide,
com inoculação de bactérias em pessoas sadias,
apenas para manter as bactérias vivas, com o
objetivo de produzir vacinas.
Códigos Internacionais
◼ Código de Nuremberg (1946)
Pontos que precisam ser levados em
consideração em todo projeto de investigação:
1. Consentimento voluntário do sujeito de
investigação. Consentimento dado com
liberdade, sem coerção e com “suficiente
conhecimento e compreensão dos elementos do
assunto envolvido para permitir uma tomada de
decisão”.
Códigos Internacionais
Código de Nuremberg
2. Relação de riscos e benefícios do estudo.
3. Objetivos do estudo e medição dos antecedentes
existentes que justifiquem sua realização.
Os primeiros códigos: 
Nurembergue e Helsinque
Diversos autores aceitam o Código de
Nurembergue como um marco importante
para a reflexão ética por sua defesa
intransigente do respeito à dignidade da
pessoa humana.
O ser humano deve ser tratado como um
fim em si mesmo, jamais como um meio.
◼ EUA- 1953
Exigência de aprovação por um “Comitê 
responsável” para poder dar início a uma 
investigação em seres humanos.
1962- Sir Austin Bradford Hill
“Statical Methods in clinical and preventive
medicine” – Bases do modelo atual de
validação de um ensaio clínico
controlado.
Artigo da jornalista Shana Alexander,
publicado na revista Life, em 1962.
“Eles decidem quem vive, quem morre”.
As primeiras máquinas de hemodiálise
Criação do Comitê de Admissão e Políticas do Centro
Renal de Seattle.
Cabia a esse grupo eleger critérios não-médicos de
seleção para o tratamento de hemodiálise de pacientes
renais crônicos.
◼ Todo o processo de
mudança nos padrões
morais de
relacionamento entre o
profissional de saúde e
o paciente ocorreu entre
as décadas de 1960 e
1970, um período
fundamental para a
consolidação acadêmica
da bioética.
Declaração de Helsinque
◼ Em 1964, a Associação Médica Mundial,
em sua décima oitava assembléia,
realizada em Helsinque, Finlândia,
elaborou uma declaração para subsidiar a
prática de pesquisa médica.
◼ Esse documento, dirigido inicialmente aos
médicos, tinha como objetivo enfatizar a
importância de se adotarem princípios
éticos nos estudos que incluíssem seres
humanos.
Códigos Internacionais
Declaração de Helsinque (1964)
❑ Recomendações para guiar a investigação em
seres humanos
❑ Distinção fundamental entre experimentação
terapêutica e não terapêutica.
Pontos importantes:
1. Estabelecer a fundamentação científica do estudo
(antecedentes e dados prévios).
2. A condição do investigador, sua experiência
reconhecida.
Códigos Internacionais
Declaração de Helsinque (1964)
Pontos importantes:
3. O objetivo do estudo e seus riscos.
4. Relação risco x benefício.
5. Consentimento livre e lúcido do sujeito de
investigação.
Códigos Internacionais
Declaração de Helsinque (1964)
Pontos importantes:
6.Necessidade de informar o caráter, motivo e
riscos do estudo.
7.Estabelecer a capacidade do sujeito de
escolher e decidir.
8.Necessidade do consentimento por escrito.
Revisões da Declaração de Helsinque
◼ A declaração foi revisada e alterada por mais 6 vezes, 
sendo elas:
◼ Primeira revisão ocorrida por ocasião da 29ª Assembleia 
Médica Mundial, em Tóquio, no Japão, em 1975
◼ Segunda revisão, na 35ª Assembleia, em Veneza, 
na Itália, em 1983
◼ Terceira revisão, na 41ª Assembleia, em Hong Kong, em 
1989
◼ Quarta revisão, na 48ª Assembleia em Sommerset West, 
na África do Sul, em 1996
◼ Quinta revisão, na 52ª Assembleia, em Edimburgo, 
na Escócia, em outubro de 2000.
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%B3quio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Veneza
https://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hong_Kong
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sommerset_West&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Edimburgo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esc%C3%B3cia
Revisões da Declaração de Helsinque
◼ Sexta revisão, na 59ª Assembleia, em Seul, Coreia 
do Sul, em outubro de 2008
◼ Sétima revisão, na 64ª Assembleia, 
em Fortaleza, Brasil, em outubro de 2013.
Além das revisões, ocorreram duas alterações:
◼ Alteração ocorrida na 53ª Assembleia, em 
Washington, Estados Unidos, em 2002.
◼ Alteração ocorrida na 55ª Assembleia, 
em Toquio, Japão, em 2004.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Seul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coreia_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fortaleza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Toquio&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o
Conferência Internacional 
sobre Harmonização
◼ 1996 – Guia para a indústria, resultado de
acordos entre a União Européia, Japão e
Estados Unidos com posterior adesão de
outros países.
◼ O Brasil faz parte ativa da Pan American
Network on Drug Regulatory
Harmonization, promovida pela
Organização Pan-Americana de Saúde,
que inclui um grupo que procura
harmonizar boas práticas clínicas dentro
do continente americano.
Situação nos EUA
❑ Carta de Direitos dos Pacientes – 1972.
Tuskegee Syphilis Study e outros.
❑ National Commission for the Protection
of Human Subjects of Biomedical and
Behavioral Research –1974.
Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estudo_da_S%C3%ADfilis_n%C3%A3o_Tratada_de_Tuskegee#/media/File:Tuskegee_study.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_de_Helsinque#/media/File:Tuskegee-syphilis-
study_doctor-injecting-subject.jpg
Caso Tuskegee
◼ Pesquisa conduzida pelo Serviço de Saúde
Pública dos Estados Unidos (U.S> Public
Health.
◼ Consistia em acompanhar o ciclo natural de
evolução da sífilis em sujeitos infectados.
◼ Entre meados dos anos 1930 até o início dos
anos 1970, 400 pessoas negras portadoras de
sífilis foram deixadas sem tratamento (uso
somente de placebo),no intuito de identificar
a história natural da doença.
Caso Tuskegee
◼ A penicilina já havia sido descoberta, com
uso corrente no tratamento da
enfermidade.
◼Os participantes da pesquisa sequer
foram informados de que estavam sendo
submetidos a um experimento, não lhe
sendo oferecida a alternativa do
tratamento convencional.
◼ 1974 - Formação da Comissão Nacional
para a proteção de Sujeitos Humanos na
Pesquisa Biomédica e Comportamental.
◼ Relatório Belmont (1978) –resultado do
trabalho de 4 anos.
A Microhistória da Bioética
◼ Artigo de Henry Beecher, publicado no periódico
Ethics and Clinical Research.
◼ Beecher extraiu seus dados de jornais como
New England Journal of Medicine, Journal of
Clinical Investigation, Journal of American
Medical Association, Circulation.
◼ 22 relatos de pesquisas financiadas por
instituições governamentais e companhias de
medicamentos em que os alvos de pesquisa
eram os chamados cidadãos de segunda classe.
A Microhistória da Bioética
Sujeitos de pesquisa
Internos de hospitais de caridade, adultos
com deficiências mentais, crianças com
retardo mentais, idosos, pacientes
psiquiátricos, recém-nascidos,
presidiários, enfim pessoas incapazes de
assumir uma postura moralmente ativa
diante do pesquisador e do experimento.
A Microhistória da Bioética
 Relato nº 2 – consistia na retirada
intencional do tratamento à base de
penicilina em operários com infecções por
estreptococos para permitir o estudo de
meios alternativos de prever
complicações.
 Resultado – 25 homens desenvolveram
febre reumática.
A Microhistória da Bioética
 Relato nº 16 – Inoculação intencional do
vírus da hepatite em indivíduos
institucionalizados por retardo mental, para
possibilitar o acompanhamento da etiologia
da doença.
Relato nº 17 – Médicos pesquisadores
injetaram células vivas de câncer em 22
pacientes idosos e senis hospitalizados, sem
comunicá-los que eram células cancerígenas,
com o objetivo de acompanhar as respostas
imunológicas do organismo.
A Microhistória da Bioética
Beecher constatou
que de 100 pesquisas
envolvendo seres
humanos publicadas
no decorrer de 1964
em um excelente
periódico científico,
um quarto revelava
maus-tratos ou
violações éticas, seja
em relação aos
pacientes, seja em
relação à condução
dos protocolos.
A Microhistória da Bioética
Surgimento da profissão de pesquisador
médico e o aumento da pressão e
ambição de jovens médicos que
precisavam mostrar competência .
Interesses Interesses
da ciência dos sujeitos
de pesquisa
Separação
Bioética
Van Rensslaer Potter (1901-2001)
Oncologista americano, em 1970, 
foi o 1º a usar o termo bioética.
Escreveu o livro “ Bioética:Uma
ponte para o Futuro” (1971).
Defendia a utilização das ciências 
biológicas como fator de 
aperfeiçoamento da qualidade de 
vida da sociedade.
Justificativa 
➢ As possibilidades dos benefícios eram
consideradas muito maiores do que os
prejuízos;
➢ De um modo geral não havia discursos
sociais contrários a esse tipo de ética da
pesquisa científica.
Códigos Internacionais
Informe Belmont – 1978
◼ Marco histórico e normativo para a
bioética.
◼ Estabelece uma diferença clara entre
terapia, terapia experimental e
investigação.
◼ Incorpora um método para a análise dos
problemas éticos que surgem da
investigação em seres humanos, o modelo
dos princípios Autonomia, Beneficência e
Justiça.
Princípios éticos
☺ Respeito pelas pessoas
☺ Beneficência
☺ Justiça
Respeito pelas pessoas
◼ Indivíduos tratados como agentes autônomos
e as pessoas com autonomia diminuída
(socialmente vulneráveis) devem ser
protegidas de qualquer forma de abuso.
◼ A vontade deve ser um pré-requisito
fundamental para a participação na pesquisa
científica.
Respeito pelas pessoas
◼ Pessoa vulnerável – pessoa relativa ou
absolutamente incapaz de proteger seus
próprios interesses.
Beneficência
◼ Não causar qualquer dano ou mesmo
maximizar os benefícios previstos.
◼ Deve ser um compromisso do
pesquisador na pesquisa científica para
assegurar o bem-estar das pessoas
envolvidas direta ou indiretamente com o
experimento.
Justiça
◼Reconhecimento de necessidades
diferentes para a defesa de
interesses iguais.
Princípios da ética biomédica
Fonte: https://1000wordphilosophy.com/2021/02/16/principlism-in-biomedical-ethics/
Quarto princípio da bioética- Não maleficência
Não é aceitável que um voluntário possa, de modo 
previsível, vir a ser lesado em um ensaio clínico.
BIOÉTICA E PESQUISA CLÍNICA
Diretrizes para Pesquisa Biomédica 
em Seres Humanos
1982 - Diretrizes Éticas Internacionais para a
Pesquisa Biomédica em Seres Humanos.
Elaborado pelo Conselho de Organizações
Internacionais de Ciências Médicas (CIOMS) e
Organização Mundial da Saúde.
1991 – Diretrizes Éticas para as pesquisas
epidemiológicas.
Versões atualizadas foram divulgadas em
1993 e 2002.
Códigos Internacionais
Diretivas internacionais
propostas para a
investigação biomédica em
sujeitos humanos – CIOMS-
OMS, 1982.
Normativas CIOMS faz a 
adequação entre as 
considerações dos Códigos 
Internacionais à realidade 
dos países 
subdesenvolvidos.
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
Avaliação ética
A avaliação deverá ser
conduzida pela Declaração de
Helsinki e outros documentos
internacionais relevantes as
Normas Internacionais para a
Investigação Biomédica em
Seres Humanos (CIOMS, 2002).
Os Comitês de Ética em
Investigação (CEP) elaboram
os procedimentos operativos
padrão que deverão considerar
vários aspectos.
Declaração de Helsinque
Preceitos da declaração
◼ O bem-estar dos participantes da
pesquisa deve prevalecer sobre os
interesses da ciência e da sociedade.
◼ Recomenda que os ensaios clínicos façam
clara distinção entre estudos terapêuticos
- que têm expectativas de desenvolver
uma melhoria terapêutica - e não
terapêuticos, direcionados a objetivos que
nada têm a ver com a condição médica
dos pacientes selecionados.
Códigos Internacionais
Pautas éticas internacionais para a investigação e
experimentação biomédica em seres humanos –
CIOMS-OMS, modificada em 1993 e 1996.
Pauta 1 - Consentimento informado.
Pauta 2 – Informação essencial para os possíveis
participantes em uma investigação,”todo risco ou
moléstia previsível que possa afetar a uma pessoa
associada a sua participação na investigação”.
Códigos Internacionais
Pautas éticas internacionais para a investigação e
experimentação biomédica em seres humanos –
CIOMS-OMS, modificada em 1993 e 1996.
Pauta 3- Obrigações dos investigadores com relação
ao consentimento informado.
Pauta 4- Faz menção especial ao pagamento de
incentivos, ou seja “os incentivos indevidos”, que
condicione a participação do sujeito na
investigação) e coloca a necessidade que um
Comitê de Ética da Investigação Clínica aprove toda
forma de pagamento, reembolso ou incentivo.
Códigos Internacionais
Pautas éticas internacionais para a investigação e
experimentação biomédica em seres humanos –
CIOMS-OMS, modificada em 1993 e 1996.
Pauta 5 a 8 e 11 referem-se especialmente ao
tratamento de grupos vulneráveis, estes são
crianças, prisioneiros, pessoas com transtornos
mentais ou comportamentais, mulheres grávidas ou
amamentando, pessoas de comunidade
subdesenvolvidas.
Códigos Internacionais
Pautas éticas internacionais para a investigação e
experimentação biomédica em seres humanos –
CIOMS-OMS, modificada em 1993 e 1996.
Pauta 10- Refere-se a distribuição eqüitativa de
custos e benefícios e faz referência a “outros
grupos vulneráveis”.
Pauta 12 – Proteção da confidencialidade dos
participantes.
Pauta 13 – direito das pessoas a indenizações.
Códigos Internacionais
Pautas éticas internacionais para a investigação e
experimentação biomédica em seres humanos –
CIOMS-OMS, modificada em 1993 e 1996.
Pauta 14- Comitês de avaliação ética. Faz referência
a sua constituição. Refere-se aos estudos
multicêntricos e propõe um guia sobre a informação
que deve ser passada aos investigadores.
Pauta 15- Refere-se as obrigações do país
patrocinador e do país anfitrião.
Boas Práticas Clínicas
◼ 1988 – FDA consolida as Boas 
Práticas Clínicas (BPC)
◼ Conjunto de critérios e
procedimentos nos quais se
recomenda que os ensaios
clínicos sejam planejados,
conduzidos, analisados e
editados.
◼ As BPC asseguram a
confidência e consistência dos
dados, bem como a proteção e a
integridadedos interesses dos
participantes.
Fonte: https://inquis.com/clients/good-clinical-
practice/
ICH
• CONFERÊNCIA 
INTERNACIONAL 
DE 
HARMONIZAÇÃO
Resolução 
196/96
• RESOLUÇÃO DO 
CONSELHO 
NACIONAL DE 
SAÚDE
CONEP
• COMISSÃO 
NACIONAL 
DE ÉTICA EM 
PESQUISA
Normas de Boas Práticas 
Clínicas
BRASIL – Criação da
Comissão Nacional
de Ética em Pesquisa
(CONEP, por
Resolução do
Conselho Nacional de
Saúde (CNS Nº
196/96)
especialmente, pelos participantes nas pesquisas.
Comitês de Ética em Pesquisa
Brasil
1985 – Conselho Federal de Medicina
publica a Resolução 1215/85.
❑Determina que os Conselhos regionais de
Medicina criassem Conselhos de Ética
Médica em todos os estabelecimentos ou
entidades, sob sua jurisdição, onde a
medicina era exercida.
Comitês de Ética em Pesquisa
Brasil
▪ 1986 – Conselho Regional de Medicina de
São Paulo.
▪ Resolução 023/86 padroniza os critérios
de criação, competência e procedimentos
dessas Comissões.
▪ 1988 – Conselho Nacional de Saúde, do
MS, publica a Resolução 01/88.
▪ Toda instituição de saúde que realiza
pesquisa em seres humanos credenciada
pelo CNS deveria ter um Comitê de Ética.
Resoluções sobre ética em 
Pesquisa elaboradas pelo CNS/MS
◼ 1988- Resolução 01/1988 - Regulamenta o
credenciamento de centros de pesquisa no país e
recomenda a criação de um comitê de ética em
pesquisa (CEP) em cada centro – Revogada
◼ 1996- Resolução 196/1996 - Apresenta as
Diretrizes e Normas Regulamentadoras de
Pesquisas Envolvendo Seres Humanos e revoga a
Resolução 01/1988
◼ 1997- Resolução 240/1997- Define a
representação de usuários nos comitês de ética em
pesquisa e orienta sua escolha.
Resoluções sobre ética em 
Pesquisa elaboradas pelo CNS/MS
▪ 2000 - Resolução 303/2000 Indica norma
complementar para a área de reprodução humana,
estabelece subáreas que devem ser analisadas
pela Conep e delega aos comitês de ética a análise
de outros projetos dessa área temática
▪ 2000 - Resolução 304/2000 Institui norma
complementar para a área de pesquisas em povos
indígenas
▪ 2002 - Regulamentação da Resolução 292/1999
Regulamenta a Resolução CNS 292/1999, sobre
pesquisas com cooperação estrangeira (aprovada
pelo CNS em 08/08/2002).
Resoluções sobre ética em 
Pesquisa elaboradas pelo CNS/MS
▪ 2004 - Resolução 340/2004 - Aprova diretrizes para
análise ética e tramitação dos projetos de
pesquisa da área temática especial de genética
humana.
▪ 2005 - Resolução 346/2005 - Regulamenta a
tramitação de projetos multicêntricos no Sistema
CEP/Conep.
▪ 2005- Resolução 347/2005- Aprova as diretrizes
para análise ética de projetos de pesquisa que
envolvam armazenamento de materiais biológicos ou
uso de materiais armazenados em pesquisas
anteriores.
Resoluções sobre ética em 
Pesquisa elaboradas pelo CNS/MS
2007- Resolução 370/2007
Estabelece os critérios de registro e
credenciamento ou renovação de registro e
credenciamento do CEP.
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de
Saúde. Conep – Resoluções.
Resoluções sobre ética em 
Pesquisa elaboradas pelo CNS/MS
2008- RESOLUÇÃO CNS Nº 404 , DE 1º DE
AGOSTO DE 2008.
Propõe a retirada das notas de esclarecimento dos
itens relacionados com cuidados de saúde a serem
disponibilizados aos voluntários e ao uso de placebo,
uma vez que elas restringem os direitos dos
voluntários à assistência à saúde, mantendo os
textos da versão 2000 da Declaração de Helsinque.
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de
Saúde. Conep – Resoluções.
Resolução CNS/404
◼ a) Sobre o acesso aos cuidados de saúde: No final
do estudo, todos os pacientes participantes devem
ter assegurados o acesso aos melhores métodos
comprovados profiláticos, diagnósticos e terapêuticos
identificados pelo estudo;
◼ b) Utilização de placebo: Os benefícios, riscos,
dificuldades e efetividade de um novo método devem
ser testados comparando-os com os melhores
métodos profiláticos, diagnósticos e terapêuticos
atuais. Isto não exclui o uso de placebo ou nenhum
tratamento em estudos onde não existam métodos
provados de profilaxia, diagnóstico ou tratamento.
Resolução CNS/404
◼ Que seja expandida a discussão sobre
acesso a cuidados de saúde e aos produtos
que se mostrem eficazes para todos que
deles necessitem.
Resoluções sobre ética em 
Pesquisa elaboradas pelo CNS/MS
◼ RESOLUÇÃO Nº 466, DE 
12 DE DEZEMBRO DE 
2012. 
◼ Ficam revogadas as
Resoluções CNS Nºs 196/96,
303/2000 e 404/2008.
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde.
Conselho Nacional de Saúde.
Conep – Resoluções.
Resolução 466/12
A Resolução 466/12 contempla
diversas modificações e
acréscimos de elementos nas
diretrizes e normas
regulamentares, bem como nas
definições, quando comparada
à 196/96.
◼ Assentimento livre e 
esclarecido: anuências de 
participantes de pesquisa 
legalmente incapazes; 
Resolução 466/12
◼ Assistência ao participante: assistência 
imediata e assistência integral; 
◼ Instituição coparticipante: organização 
legitimamente constituída e habilitada, na 
qual alguma das fases ou etapas da 
pesquisa se desenvolve; 
◼ Instituição proponente: instituição à qual o 
pesquisador está vinculado;
Resolução 466/12
◼ Participante de pesquisa: indivíduo que
voluntariamente aceita ser pesquisado.
◼ Pesquisador: corresponsável pela integridade e bem-
estar dos participantes da pesquisa;
◼ Pesquisa em reprodução humana: pesquisas que se
ocupam com a saúde reprodutiva de humanos;
◼ Provimento de material prévio: despesas de
alimentação e transporte para o participante e seu
acompanhamento anterior à participação na
pesquisa — não confundir com ressarcimento.
Leis e resoluções relacionadas à 
pesquisa clínica no Brasil
◼ 1976 - Lei 6.360 - Congresso Nacional
Dispõe sobre a vigilância sanitária de
medicamentos, drogas, insumos
farmacêuticos, correlatos, cosméticos,
saneantes e outros produtos
Em vigor
◼ 1996- Lei 9.279 Congresso Nacional
Regulamenta direitos e obrigações relativos à
propriedade industrial
Em vigor
Leis e resoluções relacionadas à 
pesquisa clínica no Brasil
▪ 1999- Lei 9.782 Congresso Nacional
Define o Sistema Nacional de Vigilância e cria
Anvisa Em vigor
▪ 1999- Lei 9.787 Congresso Nacional Define as
questões relativas aos medicamentos genéricos.
Em vigor
▪ 2004 - Resolução RDC 219 Anvisa
Regulamenta a pesquisa clínica com
medicamentos e produtos para a saúde.
Em vigor
◼ OMS - 2000
Guias Operacionais para Comitês de Ética 
que avaliam protocolos.
➢ Estabelecem-se delineamentos comuns 
para a constiuição e funcionamentos dos 
Comitês de Ética.
2002- Normativas complementares que
recomendam aos organismos estatais
procedimentos para controle e
seguimento desses grupos.
Comitês de Ética em Pesquisa
Brasil
◼ 1996 – Conselho Nacional
de Saúde publica a
Resolução 196/96.
CONEP
◼ De acordo com a Norma Operacional CNS
001/2103,é formada por um colegiado
multidisciplinar (juntamente com um
representante da comunidade) de ambos os
sexos, constituída de 30 (trinta) membros
titulares e 5 (cinco) membros suplentes, sendo
que dentre os membros titulares, 8 (oito)
representam os segmentos do Conselho
Nacional de Saúde, de forma paritária (Conforme
Art. 2 da Resolução 446/2011 do CNS).
Ministério da Saúde 
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) Coordenação 
Geral de Pesquisa Clínica (CGPC) 
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) 
Projeto: Programa Nacional de Capacitação em Pesquisa Clínica 
Comitês de ética de investigação 
em saúde.
São estruturas que têm por
objetivo proteger os direitos
do bem-estar dos seres
humanos que são sujeitos
de investigação, fazendo
respeitar os princípios éticos
previamente estabelecidos,
bem como zelar pela
qualidade científica da
investigação em saúde.
Toda pesquisa envolvendo seres humanos
deverá ser submetida à apreciação de um
Comitê de Éticaem Pesquisa.
Artigo VII – Resolução 196/96
As instituições nas quais se realizem
pesquisas envolvendo seres humanos
deverão constituir um ou mais de um Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP), conforme suas
necessidades.
Artigo VII.1 – Resolução 196/96
Comitês de Ética em Investigação
Composição dos Comitês de ética 
de investigação em saúde.
▪ Sua constituição deverá incluir a participação de
profissionais da área de saúde, das ciências exatas,
sociais e humanas, incluindo, por exemplo, juristas,
teólogos, sociólogos, bioeticistas e, pelo menos, um
membro da sociedade representando os usuários da
instituição.
Composição dos Comitês de ética 
de investigação em saúde.
▪ Poderá variar na sua composição,
dependendo das especificidades da
instituição e das linhas de pesquisa a
serem analisadas.
Resolução 196/96 artigo VII.4
Composição dos Comitês de ética 
de investigação em saúde.
▪ Terá sempre caráter multi e transdisciplinar, não
havendo haver mais que metade de seus
membros pertencentes à mesma categoria
profissional, participando pessoas dos dois
sexos. Poderá ainda contar com consultores ad
hoc, pessoas pertencentes ou não à instituição,
com finalidade de fornecer subsídios técnicos.
Resolução 196/96 artigo VII.4
O CEP deverá ser constituído por colegiado com 
número não inferior a 7 (sete) membros. 
Comitês de ética de investigação 
em saúde.
▪ Remuneração - Os membros do CEP não
poderão ser remunerados no desempenho desta
tarefa, sendo recomendável, porém, que sejam
dispensados nos horários de trabalho do Comitê,
das outras obrigações nas instituições às quais
prestam serviço, podendo receber ressarcimento
de despesas efetuadas com transporte,
hospedagem e alimentação.
Comitês de ética de investigação 
em saúde.
▪ Liberdade de trabalho – Os membros dos CEPs
deverão ter total independência na tomada das
decisões no exercício das suas funções,
mantendo sob caráter confidencial as
informações recebidas. Deste modo, não podem
sofrer qualquer tipo de pressão por parte de
superiores hierárquicos ou pelos interessados
em determinada pesquisa, devem isentar-se de
envolvimento financeiro e não devem estar
submetidos a conflito de interesse.
Comitês de ética de investigação 
em saúde.
▪ Atribuições do CEP :
a) Revisar todos os protocolos de pesquisa
envolvendo seres humanos, inclusive os
multicêntricos, cabendo-lhe a responsabilidade
primária pelas decisões sobre a ética da
pesquisa a ser desenvolvida na instituição, de
modo a garantir e resguardar a integridade e os
direitos dos voluntários participantes nas
referidas pesquisas.
Comitês de ética de investigação 
em saúde.
▪ Atribuições do CEP :
b) emitir parecer consubstanciado por escrito, no
prazo máximo de 30 (trinta dias), identificando
com clareza o ensaio, documentos estudados e
data da revisão.
c) manter a guarda confidencial de todos os
dados obtidos na execução de sua tarefa e
arquivamento do protocolo completo, que ficará à
disposição das autoridades sanitárias.
Comitês de ética de investigação 
em saúde.
▪ Atribuições do CEP :
f) Receber dos sujeitos da pesquisa ou de qualquer
outra parte denúncias de abusos ou notificação
sobre fatos adversos que possam alterar o curso
normal do estudo, decidindo pela continuidade,
modificação ou suspensão da pesquisa,
devendo, se necessário adequar o termo de
consentimento. Considera-se como antiética a
pesquisa descontinuada sem justificativa aceita
pelo CEP que a aprovou;
Comitês de ética de investigação 
em saúde.
Atribuições do CEP :
g) Requerer instauração de sindicância à direção
da instituição em caso de denúncias de
irregularidades de natureza ética nas pesquisas
e, em havendo comprovação, comunicar à
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
(CONEP/MS) e, no que couber, a outras
instâncias; e
h) Manter comunicação regular e permanente com
a CONEP/MS.
Composição dos Comitês de ética 
de investigação em saúde.
▪ Deve-se avaliar o desenho metodológico do
protocolo para estabelecer se o mesmo está
adequado e coerente com os objetivos
colocados, assim como a consideração acerca da
população selecionada como participante e os
critérios pelos quais a seleção se realiza.
Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP/MS)
▪ A Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa (CONEP/MS) é uma instância
colegiada, de natureza consultiva,
deliberativa, normativa, educativa,
independente, vinculada ao Conselho
Nacional de saúde.
Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP/MS)
▪ Atribuições da CONEP- Compete à CONEP o
exame dos aspectos éticos da pesquisa
envolvendo seres humanos, bem como a
adequação e atualização das normas atinentes.
▪ A CONEP consultará a sociedade sempre que
julgar necessário, cabendo-lhe entre outras
atribuições:
Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP/MS)
a) Estimular a criação de CEPs institucionais e de
outras instâncias;
b) Registrar os CEPs institucionais e de outras
instâncias;
c) Aprovar, no prazo de 60 dias e, acompanhar os
protocolos de pesquisa em áreas temáticas
especiais tais como:
Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP/MS)
◼ Genética humana;
◼ Reprodução humana;
◼ Fármacos, medicamentos, vacinas e testes
diagnósticos novos (fase I, II e III) ou não
registrados no país (ainda que fase IV), ou
quando a pesquisa for referente a seu uso com
modalidades, indicações, doses ou vias de
administração diferentes daquelas
estabelecidas, incluindo seu emprego em
combinações.
Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP/MS)
◼ Equipamentos, insumos e dispositivos para a
saúde novos ou não registrados no país;
◼ Novos procedimentos ainda não consagrados
na literatura;
◼ Populações indígenas;
◼ Projetos que envolvam aspectos de
biossegurança;
◼ Pesquisas coordenadas do exterior ou com
participação estrangeira e pesquisas que
envolvam remessa de material biológico para o
exterior;
Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP/MS)
◼ Projetos que, a critério do CEP,
devidamente justificados, sejam
julgados merecedores de análise pela
CONEP.
Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP/MS)
d) Prover normas específicas no campo da ética
em pesquisa , inclusive nas áreas temáticas
especiais, bem como recomendações para
aplicação das mesmas;
e) Funcionar como instância final de recursos, a
partir de informações fornecidas
sistematicamente, em caráter ex-ofício ou a
partir de denúncias ou de solicitação de partes
interessadas, devendo manifestar-se em um
prazo não superior a 60 (sessenta ) dias.
Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP/MS)
f) Rever responsabilidades, proibir ou
interromper pesquisas, definitiva ou
temporariamente, podendo requisitar
protocolos para revisão ética inclusive, os já
aprovados pelo CEP;
g) Constituir um sistema de informação e
acompanhamento dos aspectos éticos das
pesquisas envolvendo seres humanos em todo
território nacional, mantendo atualizados os
bancos de dados;
Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP/MS)
h) Informar e assessorar o MS, o CNS e outras
instâncias do SUS, bem como do governo e da
sociedade, sobre questões éticas relativas à
pesquisa em seres humanos;
i) Divulgar esta e outras normas relativas à ética
em pesquisa envolvendo seres humanos;
Comissão Nacional de Ética em 
Pesquisa (CONEP/MS)
j) A CONEP juntamente com outros setores do
Ministério da Saúde, estabelecerá normas e
critérios para o credenciamento de Centros de
Pesquisa. Este credenciamento deverá ser
proposto pelos setores do Ministério da Saúde,
de acordo com suas necessidades e, aprovado
pelo Conselho Nacional de Saúde; e
l) Estabelecer suas próprias normas de
funcionamento.
Os comitês de ética são instâncias de
argumentação crítica fundadas na
transversalidade de diversos saberes sobre
questões relevantes à sociedade, à
integridade e ao desenvolvimento dos
sujeitos envolvidos no processo de pesquisa,
e ao mesmo tempo, àintegridade e ao
desenvolvimento da ciência.
Avaliação ética de protocolos e 
avaliação metodológica
Avaliação ética de protocolos e 
avaliação metodológica
Avaliação ética
O 1º documento é a Folha de Rosto, na qual
consta o termo de compromisso do pesquisador
e da instituição em cumprir a Res.CNSnº
466/2012.
Esse documento dá consistência jurídica ao
projeto, porque identifica o pesquisador
responsável, a instituição e o CEP, que devem
apor suas assinaturas, e se comprometem com o
cumprimento das normas e com as
responsabilidades correspondentes.
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Apresentação de projetos de investigação
Os projetos de investigação que são
apresentados aos CEP devem conter, no mínimo
a seguinte documentação:
✓ Solicitação de avaliação ética, datada e
assinada pelo pesquisador responsável.
✓ Protocolo da investigação proposta com os
documentos de apoio e a descrição dos aspectos
éticos da mesma.
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Apresentação de projetos de investigação
✓ Currículo do investigador principal.
✓ Material a ser usado para recrutamento de
participantes na investigação (com descrição).
✓ Descrição do procedimento que se usará para
obter e documentar consentimento.
✓ Todo tipo de informação a ser distribuída aos
participantes.
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Apresentação de projetos de investigação
✓ Currículo do investigador principal.
Avaliação da capacidade técnica e adequação
ética do pesquisador para a realização daquela
pesquisa.
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Apresentação de projetos de investigação
✓ Formulário do consentimento informado (no
idioma dos participantes).
✓ Informação sobre a fonte de financiamento do
projeto e qualquer remuneração que receberá o
investigador por parte do patrocinador. *
✓ Informação sobre qualquer remuneração que
será oferecida aos participantes ou outra
compensação. *
* Deve estar contido no item orçamento.
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Apresentação de projetos de investigação
O orçamento deve apresentar recursos, fontes e
destino, bem como a forma e o valor da
remuneração do pesquisador
(Res.CNS nº466/2012 –VI.2.j)
Considerações importantes em relação ao
orçamento do ponto de vista ético e
administrativo.
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Apresentação de projetos de investigação
Considerações importantes em relação ao
orçamento do ponto de vista ético e
administrativo.
Aspecto administrativo :
1. Nenhum exame ou procedimento realizado
exclusivamente da pesquisa pode ser cobrado do
paciente ou do agente pagador de sua
assistência, devendo o patrocinador da pesquisa
cobrar tais despesas;
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Apresentação de projetos de investigação
2. O estabelecimento dos pagamentos desses
procedimentos, em caso de patrocinadores
externos, deve ser de comum acordo entre o
patrocinador e a instituição.
3. A instituição deve ter o conhecimento da
pesquisa e de suas repercussões orçamentárias;
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Apresentação de projetos de investigação
Do ponto de vista ético:
1. O pagamento do pesquisador nunca pode ser
de tal monta que o induza a alterar a relação
risco/benefício para os sujeitos da pesquisa.
2. Não deve haver pagamento ao sujeito da
pesquisa para sua participação. Admite-se
apenas o ressarcimento de despesas
necessárias ao seu acompanhamento (Res.CNS
nº196/96,VI.3h). Exemplo: despesas com
alimentação e passagens.
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Apresentação de projetos de investigação
Do ponto de vista ético:
3. Duplo pagamento pelos procedimentos não
pode ocorrer, especialmente envolvendo gastos
públicos não autorizados (SUS).
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Apresentação de projetos de investigação
✓ Seguros e contratos.
✓ Compromisso do investigador em cumprir os 
preceitos éticos (Resolução 466).
Avaliação ética de protocolos e avaliação 
metodológica
◼ Desenho científico e implementação do estudo.
❑ Os Projetos devem sofrer prévia avaliação
científica e metodológica.
❑ Os CEP podem avaliar novamente e emitir
opinião sobre aspectos científicos e/ou
metodológicos.
❑ Caso não haja idoneidade científica no CEP
para um projeto específico, pode-se convidar
consultores ad hoc.
Elementos da avaliação científica
➢ Adequação do desenho aos objetivos do estudo,
metodologia estatística e potencial de alcançar
resultados bem fundamentados.
➢ Análise e justificativa (ou não) de possíveis
riscos contrastados com os benefícios para os
participantes e as comunidades envolvidas.
➢ Justificativa do uso de controles.
➢ Critérios para retirada dos participantes do
estudo e para suspender ou terminar o estudo.
Elementos da avaliação científica
- Recrutamento de participantes
➢ Características da população.
➢ Maneira de contato e recrutamento.
➢ Critérios de inclusão e exclusão.
Elementos da avaliação científica
- Recrutamento de participantes
✓ O recrutamento de sujeitos evitou colocar uma
porção desproporcional de riscos ou
desconfortos da pesquisa num grupo de sujeitos
em particular?
✓ Os sujeitos são suscetíveis a pressões
(situações de dependência como recrutamento
de funcionários , alunos, militares, etc)?
✓ Existem mecanismos para minimizar as pressões
ou reduzir seu impacto?
Elementos da avaliação científica
- Recrutamento de participantes
Critérios de inclusão e exclusão.
✓ Existe algum grupo populacional que poderia
ser mais suscetível aos riscos apresentados pelo
estudo e que poderia ser excluído do projeto?
✓ Os procedimentos para identificar tal grupo
são adequados?
✓ Os benefícios previstos para os sujeitos são
distribuídos com imparcialidade? Existe outro
grupo de potenciais sujeitos que necessita mais
desses benefícios?
Elementos da avaliação científica
- Recrutamento de participantes
Critérios de inclusão e exclusão.
✓ A seleção afastou os sujeitos considerados
vulneráveis, como crianças, gestantes, pessoas
com autonomia reduzida, pessoas pobres ou com
pouca escolaridade, pacientes muito doentes, de
modo que estes perderiam a oportunidade de
participar de pesquisas e usufruir os benefícios
delas advindos?
Elementos da avaliação científica
 Avaliação de riscos e benefícios
O CEP deve:
1. Identificar os riscos associados à pesquisa e
diferenciá-los dos que os sujeitos estariam
expostos pelos procedimentos assistenciais;
2. Verificar se foram tomadas as medidas
necessárias para minimizar os riscos
previsíveis (considerando as dimensões física,
psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou
espiritual, conforme item II.8 da Res. CNS nº
196/96.
Elementos da avaliação científica
 Avaliação de riscos e benefícios
O CEP deve:
3. Identificar os prováveis benefícios que podem
advir da pesquisa;
4. Verificar se os riscos estão numa proporção
razoável em relação aos benefícios para os
sujeitos da pesquisa;
Elementos da avaliação científica
 Avaliação de riscos e benefícios
O CEP deve:
5. Assegurar que os potenciais sujeitos receberão
uma adequada e acurada descrição e
informação dos riscos, desconfortos ou
benefícios que podem ser antecipados;
6. Determinar intervalos de relatórios periódicos a
serem apresentados pelo pesquisador e,
quando for o caso, que os pesquisadores
coloquem à disposição do CEP os dados
necessários para acompanhamento do projeto.
Elementos da avaliação científica
Atenção e proteção aos participantes.
➢ Atenção médica que será dada aos
participantes , durante e depois do
estudo.
➢ Supervisão médica e apoio psicológico
aos participantes.
Elementos da avaliação científica
Atenção e proteção aos participantes.
➢ Passos a seguir quando um participante
se retira voluntariamente do estudo.➢ Descrição dos planos para tornar
disponíveis os produtos do estudo aos
participantes e a comunidade a qual
pertencem.
Elementos da avaliação científica
Atenção e proteção aos participantes.
➢ Previsão para tratamento/compensação
em caso de dano/incapacidade/morte de
um participante atribuída a sua
participação no estudo.
Elementos da avaliação científica
Proteção da confidencialidade dos participantes
➢ Descrição das pessoas que terão acesso a
informação pessoal dos participantes.
➢ Medidas tomadas para assegurar a
confidencialidade dessa informação.
Elementos da avaliação científica
Processo do consentimento informado.
➢ Informação completa, verdadeira,
adequadamente transmitida e compreensível.
➢ Medidas que assegurem aos participantes que
receberão informação pertinente que possa
surgir durante o estudo com relação aos seus
direitos, segurança e bem-estar.
Elementos da avaliação científica
Considerações comunitárias.
➢ Impacto e pertinência da investigação para a
comunidade de onde provém os participantes.
➢ Passos tomados para consultar a comunidade
previamente ao desenho do estudo.
➢ Definir como a investigação contribuirá para a
transferência de tecnologia e a geração de
capacidades locais, tais como o melhoramento
da atenção de saúde e da investigação.
Elementos da avaliação científica
Considerações comunitárias.
➢ Descrição de como se fará disponível e acessível
todo produto que resulte eficaz ou benefício que
surja da investigação.
➢ Descrição de como serão informados os
resultados da investigação aos participantes e
as comunidades pertinentes.
Tomada de decisões
◼ As decisões sobre aprovação ou não de
um projeto de pesquisa em seres
humanos podem ser tomadas por voto ou
consenso.
◼ Em caso de não aprovação de um projeto
o CEP deve declarar as razões por escrito,
sendo isso de caráter obrigatório.
Comunicação das decisões
◼ No caso de aprovação do projeto, a decisão
será acompanhada de uma descrição das
responsabilidades que adquire o investigador
de manter informado ao CEP sobre qualquer
eventualidade com relação ao estudo
(modificações de qualquer tipo, resultados
adversos, etc.) e de um informe ao terminar o
estudo.
Seguimento
◼ Deverá ser estabelecido um mecanismo para
o seguimento do desenvolvimento dos
estudos aprovados, incluindo os critérios
para avaliações de seguimento.
◼ As avaliações serão obrigatórias em caso de
qualquer modificação que possa afetar os
direitos, segurança e/ou bem-estar dos
participantes, efeitos adversos sérios ou
inesperados, ou qualquer situação que possa
modificar a relação risco/benefício do estudo.
Documentação e arquivo

Toda documentação referente a um estudo
avaliado deve ser arquivada
adequadamente, protegendo a
confidencialidade da informação.
Documentação e arquivo

Confidencialidade se refere à
responsabilidade sobre as informações
recebidas ou obtidas em exames e
observações pelo pesquisador em relação
a dados pessoais do sujeito da pesquisa.
Documentação e arquivo

Privacidade – deriva da
autonomia e engloba a
intimidade da vida
privada, a honra das
pessoas, significando que
a pessoa tem direito de
limitar a exposição de seu
corpo, sua imagem, dados
de prontuário,
julgamentos expressos
em questionários, etc.
Avaliação ética de projetos de 
investigação multicêntricos
◼ Projetos multicêntricos geralmente seguem os
mesmos requisitos que qualquer outra
investigação.
◼ Uma das instituições participantes do projeto
multicêntrico é designada como o organismo
principal para avaliação ética do projeto (1º
centro), com o objetivo de promover condições
de investigação consistente e uniformes em
todos os locais.
Aspectos éticos da pesquisa 
envolvendo seres humanos
Exigências que necessitam serem atendidas:
Garantia de que danos previsíveis serão
evitados (não – maleficência); relevância
social da pesquisa com vantagens
significativas para os sujeitos da pesquisa e
minimização do ônus para os sujeitos
vulneráveis, o que garante igual
consideração de interesses envolvidos, não
perdendo o sentido de sua destinação sócio-
humanitária (justiça e eqüidade).

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