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Aula 9 - Sífilis e Gonorréia

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SÍFILIS
Profª Gabriela S. Caldas
Definição / Sífilis
	É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. 
OBS: Agente Biológico Agressor causador da Sífilis -> Bactéria.
Treponema pallidum
Bactéria em forma espiralada, helicoidal ou saca-rolha do grupo das Espiroquetas.
	
Transmissão / Sífilis
	A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, transfusão de sangue ou ser transmitida para a criança durante a gestação ou parto.
Sinais e Sintomas / Sífilis
	A patologia pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). 
	Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.
Sífilis Primária
Ferida (cancro duro), geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio.
 Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento.
Sífilis Secundária
Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
Podem ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo.
Sífilis Latente
Fase Assintomática - Não aparecem sinais ou sintomas.
É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção).
A duração é variável (até décadas), podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis Terciária
Pode surgir de 2 a 40 anos após o início da infecção.
Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Complicações da Sífilis
Surgimento de inchaços na pele, ossos, fígado e outros órgãos no último estágio da doença. Com tratamento, esses inchaços costumam desaparecer, mas se não tratados eles podem evoluir para tumores.
Problemas neurológicos também podem aparecer, como AVC, meningite, surdez, problemas de visão e demência.
Aneurisma e inflamação da aorta e de outras artérias e vasos sanguíneos, danos às válvulas do coração e outros problemas cardiovasculares também são algumas das complicações possíveis.
As chances de contrair o vírus do HIV aumentam significativamente em pessoas com sífilis, pois as feridas presentes na pele – características dos dois primeiros estágios da doença – costumam sangrar facilmente, facilitando a entrada do vírus da Aids no organismo durante uma relação sexual.
Sífilis Congênita
A sífilis congênita resulta da transmissão da bactéria existente no sangue da gestante infectada com sífilis para o bebê durante a gestação, por via transplacentária, ou durante o parto por meio do contato direto com a lesão infectante ativa no canal da vagina.
Pode resultar em abortamento, prematuridade ou manifestações clínicas graves. A maioria dos bebês infectados com a doença não apresentam sintomas ao nascer. Somente nos casos mais críticos, as manifestações clínicas são aparentes.
Sífilis Congênita
No entanto, se a gestante diagnosticada receber o tratamento adequado e em tempo oportuno, o risco do bebê nascer com sífilis é mínimo. Assim, é importante que a gestante e suas parcerias sexuais façam o teste, preferencialmente nos três primeiros meses da gestação. Se o resultado for positivo, o tratamento é realizado gratuitamente pelo SUS.
Todas as crianças expostas à sífilis de mães que não foram tratadas, ou receberam tratamento não adequado, as complicações da Sífilis podem se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. E incluem: má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer.
Diagnóstico / Sífilis
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. O TR de sífilis é distribuído pelo Ministério da Saúde (MS), como parte da estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica.
Nos casos de TR positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico – VDRL – Pesquisa Laboratorial de Doença Venérea) para confirmação do diagnóstico.
Diagnóstico / Sífilis
Em caso de gestante, devido ao risco de transmissão ao feto, o tratamento deve ser iniciado com apenas um teste positivo (reagente), sem precisar aguardar o resultado do segundo teste.
Devido à grande quantidade de casos surgindo no país, a recomendação de tratamento imediato antes do resultado do segundo exame se estendeu para outros casos: vítimas de violência sexual; pessoas com sintomas de sífilis primária ou secundária e pessoas com grande chance de não retornar ao serviço de saúde para verificar o resultado do segundo teste.
Testes Rápidos (TR)
	Esses Testes utilizam os princípios metodológicos de imunocromatografia de fluxo lateral ou de imunocromatografia em plataforma de duplo percurso – DPP (do inglês dual path platform). 
	Esses testes utilizam antígenos do T. pallidum e um conjugado composto por antígenos recombinantes de T. pallidum que são ligados a um agente revelador. 
	No dispositivo de teste existe uma região denominada de T (Teste), que corresponde à área de teste na qual estão fixados os antígenos do T. pallidum, e outra região denominada de C (Controle), que é a região de controle da reação. Quando anticorpos anti-T. pallidum estão presentes na amostra, eles se ligarão ao conjugado e migrarão cromatograficamente até a região de “Teste”, onde se ligarão. Consequentemente, haverá a formação do complexo antígeno-anticorpo-conjugado que será revelado pelo aparecimento de uma linha colorida na região de “Teste”. 
	Todos os testes possuem a região de controle interno da reação, na qual também surge uma linha colorida. O surgimento dessa linha valida o teste. Desse modo, um teste é considerado reagente quando são visualizadas as linhas de “Teste” e de “Controle” da reação. A presença apenas da linha de controle indica resultado não reagente. A ausência da linha de “Controle”, mesmo se houver cor na linha de “Teste”, indica que a reação não ocorreu adequadamente e, portanto, o teste é considerado inválido. 
Tratamento da Sífilis
	A sífilis é uma doença curável em qualquer estágio. No estágio clínico, penicilina G Benzatina (Benzetacil) é o medicamento de escolha para o tratamento da doença. 
	O tratamento é realizado por 3 semanas (1 dose por semana).
Prevenção da Sífilis
Usar preservativos durante o ato sexual;
• Fazer o teste de sífilis anualmente;
Se estiver gestante, fazer o teste, preferencialmente, até os 3 meses de gestação. Importante lembrar que os parceiros ou parceiras sexuais também precisam realizar o teste.
GONORREIA
Profª Gabriela S. Caldas
Definição / Gonorreia
	A Gonorreia, também chamada de blenorragia, uretrite gonocócica, esquentamento, pingadeira, entre outros, é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrheae. Pessoas com gonorreia comumente têm outras IST, como clamídia causada pela bactéria Chlamydia trachomatis  e sífilis, e precisam ser testadas de forma abrangente.
OBS: O Agente Biológico Agressor causador da Gonorreia -> Bactéria.
Neisseria gonorrheae
Bactéria em forma de Diplococos.
Transmissão / Gonorreia
	 A transmissão é sexual e  infecta especialmente a uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo. Mas, a bactéria também é capaz de infectar o revestimento do colo do útero, e a prática de sexo anal e oral pode levá-la para a região do reto e da garganta. Às vezes, até a córnea pode ser acometida.
	Ela pode tambémser transmitida para a criança pela mãe no momento do parto e provocar conjuntivite na criança (oftalmia neonatal). Além disso, a gonorreia pode aumentar o risco de prematuridade.
Sinais e Sintomas / Gonorreia
De uma forma geral a Gonorreia causa:
Inflamação no canal da uretra;
Dor ou ardor ao urinar;
Saída de secreção purulenta amarelo-esverdeada pela uretra.
Nos homens, em geral, a uretrite gonocócica provoca sintomas mais aparentes (secreção purulenta, ardor, eritema). 
Nas mulheres pode ser assintomática e só ser detectada em exames de rotina ou após o diagnóstico do parceiro, quando sintomática, ela apresenta aumento no corrimento vaginal, que passa a ter cor amarelada e odor desagradável, dor e ardência ao urinar, sangramento fora do período menstrual e dor pélvica.
Os sintomas no reto incluem obstrução do canal anal, coceira, sangramento e secreção.
O sintomas na garganta (faringite gonocócica) incluem dor e alterações da fala.
No caso da conjuntivite em recém-nascidos, as pálpebras ficam muito inchadas e secretam pus.
Complicações da Gonorreia
	Não tratada corretamente, a gonorreia pode atingir vários órgãos. Nos homens, a infecção alcança o testículo e o epidídimo e pode causar infertilidade masculina. Nas mulheres, chega ao útero, às tubas uterinas e aos ovários e provoca um processo inflamatório que, além da infertilidade feminina, é responsável por uma complicação grave, às vezes, fatal, chamada peritonite (doença inflamatória da pélvis). 
	
Complicações da Gonorreia
	
	Eventualmente, o micro-organismo se dissemina pela corrente sanguínea (infecção gonocócica disseminada), mas esses são casos menos frequentes. Quando ocorrem, a bactéria causa pequenas manchas vermelhas doloridas na pele e agride as grandes articulações, provando dor forte. 
	Em caso de disseminação, a doença também pode provocar a chamada artrite séptica gonocócica, que provoca dor e inchaço em grandes articulações, como pulsos, cotovelos, joelhos e tornozelos, prejudicando a mobilidade.
Diagnóstico / Gonorreia
	O período de incubação que vai desde a relação desprotegida até as primeiras manifestações da doença varia de 24 horas a até 14 dias. Por isso, uma das maneiras de fazer o diagnóstico clínico da doença é perguntar quanto tempo depois da relação sexual apareceu a secreção e se lembra pus e está manchando as roupas íntimas.
	O histórico do paciente acompanhado do exame clínico pode definir o diagnóstico e a comprovação é feita através de exames laboratoriais específicos que analisam a secreção.
	Normalmente, não se colhe o pus que é eliminado, porque esse já sofreu a ação de enzimas e nem sempre contém bactérias. Despreza-se esse primeiro pus e colhe-se o material diretamente da uretra, normalmente solicitando previamente que o paciente fique sem urinar por pelo menos 2 horas.
Diagnóstico / Gonorreia
Coloração de Gram –> bactéria gram-negativa
	A gonorreia pode ser identificada por meio de um método simples que consiste na observação de uma amostra de secreção no microscópio. Essa técnica é chamada de coloração de Gram. Apesar de ser rápido, esse método não é o mais sensível.
Diagnóstico / Gonorreia
Exames de cultura da Bactéria
	As amostras para culturas, isto é, para o cultivo e identificação da bactéria em laboratório, podem resultar no diagnóstico definitivo da infecção. Geralmente, as amostras para uma cultura são colhidas do colo do útero, da vagina, da uretra, do ânus ou da garganta.
	Os testes podem apresentar um diagnóstico preliminar em 24 horas e um diagnóstico confirmado em 72 horas. Este método é mais sensível e mais específico que os exames de coloração de Gram.
Tratamento da Gonorreia
	A Penicilina Benzatina (Benzetacil) usada no passado já não mata mais a Neisseria gonorrheae, porque a automedicação foi selecionando cepas cada vez mais resistentes. Por isso, atualmente, utiliza-se em geral uma injeção de ceftriaxona e azitromicina em dose única vigiada, ou seja, o paciente toma o remédio na frente do médico. Outras combinações podem ser realizadas de acordo com cada caso.
	É muito importante avisar todos os parceiros sexuais que tiveram contato com a pessoa infectada nos últimos 60 dias para que sejam testadas e, em caso positivo, façam o tratamento. Quem teve contato sexual com pacientes nas últimas 2 semanas deve realizar tratamento mesmo sem apresentar sintomas.
	O tratamento da gonorreia é simples, barato e está disponível gratuitamente na maioria dos postos de saúde.
	No caso específico da oftalmia neonatal, um medicamento em forma de colírio deve ser aplicado em todos os recém-nascidos na primeira hora de nascimento para prevenir o problema. Caso o recém-nascido apresente sinais da infecção, ele deverá ser hospitalizado para receber o tratamento antibiótico adequado, pois há risco de lesões na córnea e cegueira.
Prevenção da Gonorreia
Usar preservativos na relação sexual é o melhor meio para se prevenir gonorreia. Usar camisinha em todo e qualquer tipo de contato sexual, seja ele vaginal, anal ou oral.
De modo geral, evitar ter relações sexuais com pessoas diagnosticadas com gonorreia até que estejam completamente tratadas.
Para evitar futuras transmissões da infecção, é importante também que todos os parceiros ou parceiras sexuais sejam tratados. A doença pode voltar caso uma das partes não tenha recebido tratamento adequado.
OBRIGADA !!

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