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3.2.3. GERAÇÃO X (1965 E 1979) 
 
Figura 17 - Geração X - Fonte: blog para saber mais45 
 
Pessoas dessa geração normalmente ocupam cargos de média gestão 
nas empresas. Cargos de nível tático. Comandam os departamentos das 
empresas, são os responsáveis pelo planejamento tático e acompanham seu 
desenvolvimento. 
Ingressaram no mercado e trabalho em meados da década de 1980 até 
o ano 2000. Somente com a presença deles o ambiente de trabalho já se 
modificou. Se tornou mais informal, mais dinâmico. Começaram a questionar o 
tradicional sistema de hierarquias. (BATISTA, 2005) 
Termo inglês “downsizing” é usado para indicar o enxugamento ou 
racionalização de níveis hierárquicos o que afetava diretamente a segurança 
no que as empresas proporcionavam as pessoas. Essa quebra de lealdade 
propiciou uma adaptação à nova situação, hoje entendida como a busca do 
 
45 http://blogparasabermais.blogspot.com.br/2012/09/geracoes-x-y-e-z-e-tecnologia-
qual-voce.html 12/28/2016 2:10 PM 
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aumento da empregabilidade46. A estabilidade no emprego deixou de ser uma 
realidade no mercado de trabalho. (VELOSO, DUTRA, & NAKATA, 2008) 
A informatização do ambiente de trabalho flexibilizou o acesso a 
informação. Tem aversão à supervisão rigorosa, porém com facilidade na 
aceitação de mudanças. São desconfiados, por natureza, e o fácil acesso e 
manipulação das informações tornaram suas carreiras bem mais “flexíveis” 
permitindo-se, assim, sempre o questionando as hierarquias e os comandos 
recebidos. (ZEMKE, MARIANO, & MAYER, 2008) 
Pode-se afirmar que é uma geração de sucesso, tendo-se como 
referência o retorno econômico, remuneração, promoções e respeito. 
(SCHRAMMEL, 1998) 
Vivenciaram uma grande mudança cultural, viram o 1º 
microprocessador, o 1º videogame, sentiram na pele o aumento dos divórcios e 
a consequente ausência dos pais, fazendo-os, por sua vez, questionar seus 
valores. Isso pode ter acrescentado um certo cinismo acompanhado da 
desilusão em seu caráter. (SMOLA & SUTTON, 2002). Veja Figura 17. 
Os Brasileiros viram o declínio da ditadura militar, as diretas já e as 
subsequente eleição para presidente. Viram a crise do petróleo e o momento 
de recessão econômica do final da década de 70, a alta da inflação seguida do 
aumento da taxa de juros e subsequente consequente desvalorização da 
moeda nacional. 
Vale a pena contar aqui uma piada do Facebook que tive a 
oportunidade de vê-la ser reproduzida por um industrial de verdade ao vivo e a 
cores. Acreditem ou não. O contexto da chacota é o seguinte: O diretor 
financeiro perguntou para o diretor presidente de uma determinada empresa – 
O que acontece se investimos em desenvolvimento humano e a pessoa for 
para concorrência? A resposta do presidente foi pronta e assertiva – O que 
acontece se não investirmos e eles ficarem? No episódio experienciado por 
mim, o empresário fez exatamente a mesma pergunta. Fiquei atônito com a 
mentalidade. Foi um bom exemplo de baby boomer made in Brazil. 
 (Bichuetti, 2011) Os executivos de média gestão brasileiros são mal 
preparados desde as cadeiras das universidades até a sua formação 
 
46 Qualidade do que ou de quem é empregável; possibilidade de ser empregado 
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profissional dentro das empresas em lidar com pessoas e na condução de 
equipe. São os seguintes os fatores de maior relevância que provocam os 
maiores estragos quando não observados: 
1. Imediatismo; 
2. Contratação por Q.I (Quem indica?); 
3. Composição da equipe; 
4. Formação de equipe; 
5. Manutenção da equipe; 
6. Delegação de responsabilidade; 
7. Sucessão; 
8. Exemplos. 
 
Imediatismo: 
Pressionar por resultados de curto prazo pode ter um custo muito 
elevado. A preposição da quantidade em detrimento da qualidade pode pôr a 
perder todo um trabalho de formação de equipe. 
Quem já não presenciou ou ouviu histórias de gestores que 
executaram um excelente trabalho de planejamento estratégico. Estipulou-se 
metas de longo e médio prazo. Definiu-se planos de formação e 
desenvolvimento de pessoas. Foram ouvidos longos discursos motivacionais e 
assim por diante. Tudo muito bonito até chegar a data do fechamento do 
trimestre. Toda a construção e o investimento vai por agua a baixo em questão 
de dois ou três dias. Confiança demora-se muito tempo para se conquistar, 
mas pode-se perde-la em segundos. O imediatismo envenena a médio e longo 
prazo. 
 
Contratação por Q.I (Quem indica?) 
Uma equipe deve ser formada por competências similares ou 
complementares para se chegar a resultados satisfatórios. Quando alguém 
sugere alguém por indicação deve-se observar se essa pessoa preenche os 
requisitos necessários a equipe. Em caso negativo, verificas se a empresa 
deseja investir no desenvolvimento de suas competências e se há tempo 
disponível para tanto. Caso contrário esta deverá ser descartada, mesmo em 
caso de urgência. 
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Caso os preceitos acima não sejam seguidos, quem paga é a equipe e, 
consequentemente, seus resultados diminuem. Alguém que não cumpre suas 
funções devidamente deverá ser suportado por outrem, que assumirá as suas 
responsabilidades mais as do indivíduo incompetente (sem a competência 
necessária). Com o tempo esse fato gera insatisfação, o clima fica ruim e pode 
acabar com a troca daquele que trabalhava por dois. 
 
Composição da equipe 
A composição de equipes à cada evolução que passa se torna mais 
criteriosa. É uma busca incansável pela sinergia e complementariedade das 
atividades, em busca de resultados. Sinergia é trabalho em equipe. As equipes 
podem ser compostas de diversas gerações, o que, por vezes, pode causar 
choques e conflitos. A função do gestor é harmonizar e faze-la produzir. Muitos 
não foram preparados para isso. 
 
Formação da Equipe 
Uma equipe deve ter cumplicidade. Cumplicidade é o espirito de 
colaboração e o gestor precisa ser o seu agente catalizador. Para isso deve 
estar atento, tanto para as necessidades provindas da vida dos colaboradores 
como as da empresa. Um erro crasso seria esperar ou entender que essa é a 
função do RH. Não é. Sem isso, dificilmente a equipe se comportará como tal. 
Um líder deve estar sempre atento ás dificuldades de seu pessoal, propor 
treinamentos e ações de desenvolvimento. Confiança é fundamental e não a 
conivência com o erro. 
 
Manutenção da equipe 
Um gestor tem que ser a pessoa que serve de guia, de sábio e 
experiente conselheiro. Tem que ser um mentor ou até um coach. A 
produtividade melhora muito em função disso. Essa é uma ferramenta muito 
poderosa e muito subutilizada em nossas empresas pelas lideranças. 
A maioria tem sérias dificuldades quando o assunto é instruir seus 
funcionários. Conversas de corredor, almoços, trabalhos de integração são 
importantes, mas devem ser complementadas por um trabalho de orientação, 
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instrução e, por vezes, disciplinador. As pessoas reconhecem quem se 
preocupa com elas. 
 
Delegação de responsabilidade 
Delegar pode ser entendido como o ato de requisitar, instruir e 
acompanhar. Por vezes, pode dar mais trabalho que executar a tarefa por si só. 
Um líder pode ou não o fazer. Delegar algo a alguém que não esteja 
devidamente preparado para a função pode queimar a pessoa, assim como, 
deixar de fazê-lo, em momento oportuno, pode gerar muita insatisfação e 
desmotivar a equipe. 
 
 
Sucessão 
O medo a concorrência. Esse fato é bastante comum nas empresas no 
dia de hoje e só ocorre em ambientes onde não há confiança e espirito de 
equipe. Competição pode ser saudável fora da empresa, dentro, tende a ser 
extremamente nociva. Esse tipo de medo pode assumir consequências bem 
funestas, tanto para a organização como para o próprio funcionário. A empresa 
não pode promover seus colaboradores por não possuir substitutos a altura, 
isso desmotiva a equipe e incentiva o aumento doturnover, o que tem um alto 
custo para todos os envolvidos. 
Muitos têm medo de ver seus funcionários se destacando e por vezes 
se livram deles. Uma empresa séria jamais deve permitir esse tipo de situação 
dada a ineficiência gerada por tais comportamentos a médio e logo prazos. 
Jack Welch considerava a como estratégica a sua equipe de 
executivos, pois confiava neles nas tomadas de decisão e distribuía assim o 
peso da responsabilidade. Ele se cercava de verdadeiros especialistas para 
que tivesse o seu sucesso garantido. 
 
Exemplos 
Exemplos a serem seguidos ou não. Essa é a capacidade de 
discernimento que se deve adquirir o quanto antes. Profissionais mais 
experientes contam frequente históricos relevantes aprendidas com seus 
chefes. Ter o mesmo chefe durante muito tempo pode trazer vícios e 
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vantagens. Ter alguns bons chefes nos traz a possibilidade compara-los. 
Descartar as coisas indesejadas e reter o que for útil. Experiência é importante. 
Lidar com pessoas não se aprende somente em sala de aula. É um 
exercício diário. 
 
 
3.2.4. GERAÇÃO Y (1980 A 2000) 
 
 
Figura 18 - Geração Y – Fonte: Manual do homem moderno47 
 
Segundo (KUNTZ, 2009) 
• “São otimistas em relação ao futuro e comprometidos em 
mudar o mundo na esfera ecológica. Têm senso de justiça 
social e se engajam em voluntariados. 
• São bastante informais, agitados, ansiosos, impacientes e 
imediatistas. Acompanham a velocidade da internet. 
 
47 http://manualdohomemmoderno.com.br/comportamento/geracao-y-vs-empregos-
de-merda 29/12/2016 13:31

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