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Pincel Atômico - 23/02/2023 15:52:39 1/10 MATHEUS USSAM JESUS Avaliação Online (Curso Online - Automático) Atividade finalizada em 27/01/2023 16:33:21 (444190 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: HISTORIOGRAFIA. [493974] - Avaliação com 20 questões, com o peso total de 50,00 pontos [capítulos - Todos] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A010822 [71014] Aluno(a): 91343643 - MATHEUS USSAM JESUS - Respondeu 17 questões corretas, obtendo um total de 42,50 pontos como nota [360059_8402 1] Questão 001 (Professor de História/IF-PB) Considerados os povos mais antigos do continente africano, viviam de forma nômade, com a economia baseada no comércio, princi-palmente de tecidos, alimentos, sal, artesanato e joias. Usavam muito o camelo como meio de transporte de mercadorias, graças a resistência deste animal e de sua adaptação à vida no deserto. Durante as viagens, levavam e traziam informa-ções e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte da África. O texto acima descreve as características culturais de qual dos seguintes povos africanos no mundo antigo? Os Songais. X Os Berberes. Os Bantos. Os Núbios. Os Egípcios. [360059_1221 61] Questão 002 (ENADE 2014) “Ao se problematizar a produção do conhecimento histórico, as representações do tempo, do passado e da ciência com que operamos, um novo conceito de temporalidade se tornou possível: não mais o de um tempo definido aprioristicamente, em que o historiador inscreveria os acontecimentos, como num filme linear; mas o tempo da experiência, do acontecimento em sua singularidade, o que torna possível perceber que há diferença na repetição e que trabalhamos com a multitemporalidade, ao invés de restringirmo-nos a uma temporalidade única.” ROSSI, V.L.S.; ZAMBONI, E. (org.) Quanto tempo o tempo tem! 2a ed. Campinas: Editora Alínea, 2005 (adaptado) O conceito de tempo associa-se diretamente à escrita da História, tendo em vista que os acontecimentos são produzidos em uma determinada temporalidade, a qual expressa sinais do pensamento, das ações e experiências humanas em uma determinada época. Sobre o conceito de tempo, a partir das perspectivas teóricas mais atuais, avalie as afirmações a seguir: I. Valoriza-se o tempo plural e em diferentes sintonias, em detrimento do tempo linear e progressivo, entendido como sentido único. II. A História se constrói com base na ideia de tempo cumulativo, na qual a curta duração forma a longa duração. III. Reconhecem-se múltiplas temporalidades, onde o tempo cronológico coexiste com o tempo das rupturas e das continuidades. IV. O tempo deve ser entendido em seu contexto histórico e, nesse sentido, a divisão cronológica da História é o principal instrumento para explicar as ações humanas. É correto apenas o que se afirma em: X I e III. II e III. I, II e IV. I, III e IV. II e IV. Pincel Atômico - 23/02/2023 15:52:39 2/10 [360059_1221 84] Questão 003 (ENADE 2017) Na perspectiva da História Social, cujo um dos expoentes é o historiador britânico E. P. Thompson. Avalie as afirmações a seguir, acerca da revolta ocorrida em Salvador em 1858. I. Por meio do conceito de economia moral, elaborado por E. P. Thompson, explicam-se as motivações dos motins não só pela razão óbvia da fome, mas também pela noção de defesa de direitos consagrados socialmente. II. A atitude de membros da Câmara de Vereadores de Salvador, a fim de garantir a oferta dos produtos e a manutenção do controle dos preços, é uma demonstração das alianças sociais que ocorrem entre alguns poderes e setores populares. III. Com base nos estudos de E. P. Thompson, conclui-se que, nos momentos de grande escassez, comprovam-se os fundamentos da livre concorrência elaborados por Adam Smith, visto que as mercadorias tendem a ser deslocadas para os locais com maior demanda e preços mais elevados, o que garante o equilíbrio entre oferta e demanda. É correto o que se afirma em: Na perspectiva da História Social, cujo um dos expoentes é o historiador britânico E. P. Thompson. Avalie as afirmações a seguir, acerca da revolta ocorrida em Salvador em 1858. I. Por meio do conceito de economia moral, elaborado por E. P. Thompson, explicam-se as motivações dos motins não só pela razão óbvia da fome, mas também pela noção de defesa de direitos consagrados socialmente. II. A atitude de membros da Câmara de Vereadores de Salvador, a fim de garantir a oferta dos produtos e a manutenção do controle dos preços, é uma demonstração das alianças sociais que ocorrem entre alguns poderes e setores populares. III. Com base nos estudos de E. P. Thompson, conclui-se que, nos momentos de grande escassez, comprovam-se os fundamentos da livre concorrência elaborados por Adam Smith, visto que as mercadorias tendem a ser deslocadas para os locais com maior demanda e preços mais elevados, o que garante o equilíbrio entre oferta e demanda. É correto o que se afirma em: III, apenas. I e III, apenas. I e II, apenas. I, II e III. X II, apenas. [360059_8402 4] Questão 004 Acerca da África e dos povos africanos no contexto do tráfico atlântico, leia as preposições: I - Os vários povos de origem africana que desembarcaram na América nessa época não possuíam a noção de que eram “africanos”, uma vez que essa identidade se forjaria principalmente durante o processo de independência ocorrido no século XX, sobretudo no pós-Segunda Guerra Mundial. II - Quando foram feitos os primeiros contatos com europeus em Estados nacionais organizados, grande parte da África estava integrada à civilização islâmica, so-bretudo no leste e sul do continente. III - Grande parte da mão de obra africana obtida pelos portugueses na costa da Guiné pertencia à etnia angola. IV- Os grupos étnicos africanos participaram ativamente do mercado de escraviza-dos na África e, inclusive, Estados africanos enriqueceram em função do comér-cio. Estão corretas: II e IV. I e II. X I e IV. I, II e IV. Pincel Atômico - 23/02/2023 15:52:39 3/10 II e IV. [360059_7263 9] Questão 005 Analise as afirmações acerca dos mapas acima: I- A maior parte das terras indígenas concentram-se na chamada Amazônia legal. II – O avanço do agronegócio caminha para as áreas demarcadas, fortalecendo o lobby do agronegócio pelo congelamento das demarcações. III – A maior parte das terras indígenas estão em processo de identificação. IV – As terras demarcadas destinadas ao uso da subsistência indígena é maior do que àquelas destinadas à produção de soja. Estão corretas as afirmações: II e III. III e IV. II e IV. Apenas a I. X I e II. Pincel Atômico - 23/02/2023 15:52:39 4/10 [360059_1150 41] Questão 006 (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2018) Leia a pergunta feita à historiadora Natalie Zemon Davis. Seu livro O retorno de Martin Guerre, de 1983, gerou muitos debates, e ao lado de Montaillou, de Le Roy Ladurie, e O queijo e os vermes, de C. Ginzburg, tem sido elogiado como pertencente à tradição pós-modernista em historiografia. (Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, As muitas faces da história – Nove entrevistas, 2000) As obras citadas fazem parte da chamada X micro-história. história dos eventos. história quantitativa. ego-história. história das estruturas. [360059_1222 03] Questão 007 (MONTE HOREBE 2019) A contradição nas nossas sociedades não resulta apenas do fosso entre a cultura e a economia, resulta do próprio processo de personalização, de um processo sistemático de atomização e de individualização narcísica: quanto mais a sociedade se humaniza, mais o sentimento do anonimato se estende; quanto mais há indulgência e tolerância, mais aumenta a falta de segurança do indivíduo em relação a si próprio; quanto mais se prolonga o tempo de vida, mais medo se tem de envelhecer; quanto menos se trabalha, menos se quer trabalhar; quanto mais os costumes se liberalizam, mais avança a impressão de vazio; quanto mais a comunicaçãoe o diálogo se institucionalizam, mais sós se sentem os indivíduos, e com maiores dificuldades de contacto; quanto mais cresce o bem-estar, mais a depressão triunfa. A era do consumo engendra uma dessocialização geral e polimorfa, invisível e miniaturizada; a anomia perde os seus pontos de referência, e a exclusão, também ela agora por medida, desligou-se igualmente da ordem disciplinar. LIPOVETSKY, Gilles. A Era do Vazio. 2005, p. 120. A partir da citação acima, é CORRETO afirmar: A sociedade das máscaras modernas está sendo substituída pela única verdade do mundo pós-moderno. Os indivíduos na era da pós-modernidade ou crise da modernidade estão cada vez mais conscientes das essências de suas personalidades. O progresso e a felicidade prometidos pelo projeto civilizatório alcançam sua instância máxima na sociedade do consumo. A partir da ideia da tolerância nasce a defesa da ausência de ordem e progresso social. O consumo coletivo prevalece sobre o consumo individualizado. X Na crítica à modernidade, o pensamento pós-moderno fragmenta-se e contribui na construção da sociedade do individualismo, da solidão e do vazio. [360059_1221 43] Questão 008 (CUITÉ 2019) No final do século XIX, Leopold Von Ranke afirmava: a História deve ser narrada como de fato aconteceu. Sobre esta busca da verdade na história, é CORRETO afirmar: Para narrar a história como de fato aconteceu, é preciso adotar toda a parcialidade e subjetividade possível. A busca pela verdade na história, ou seja, da narrativa do passado como de fato aconteceu, esteve distante do debate de profissionalização da história. A história, ao ser narrada como de fato aconteceu, deve ofertar múltiplas interpretações sobre os acontecimentos históricos. A imparcialidade se assemelha à proposta de uma Escola sem Partido quando, definitivamente, foi possível determinar a única verdade para a história. X A neutralidade deve ser sempre uma meta a ser atingida pelos historiadores no desenvolvimento de seu ofício. Pincel Atômico - 23/02/2023 15:52:39 5/10 [360059_7258 5] Questão 009 Entre os séculos VIII e XVII, a África ao sul do deserto do Saara era habitada por vários povos negro-africanos. Alguns desses povos construíram impérios e reinos prósperos e organizados, como o Império do Mali e o Reino do Congo. Há poucos documentos escritos sobre o Mali; os vestígios arqueológicos (vasos, potes, panelas, restos de alimentos e de fogueiras) também são reduzidos. Dentro do contexto da história africana e de alguns impérios como o Mali, conferia-se a importância notável aos griots, que eram os líderes religiosos, que baseados em conhecimentos ancestrais, ainda mantêm intacta a religião de seus antepassados. detinham o poder entre as mais variadas tribos por serem os únicos proprietários de terras, responsáveis por distribuir o trabalho e a produção. representavam o grupo majoritário na sociedade, pois, como guerreiros, cuidavam da segurança e das estratégias de guerra. X eram os indivíduos que tinham o compromisso de preservar e transmitir histórias, fatos históricos, os conhecimentos e as canções de seu povo. faziam parte do grupo minoritário que cuidavam das transações comerciais, especialmente do comércio de ouro. [360059_1221 91] Questão 010 (IFPI 2014) Na apresentação de reconhecida obra historiográfica, Jacques Le Goff e Pierre Nora consideram que a produção histórica está ligada a três processos, isto é, novos problemas, que colocam em causa a própria história, novas abordagens, que modificam, enriquecem e subvertem os setores tradicionais da história e, por fim, os novos objetos, que aparecem no campo epistemológico da história. Segundo os referidos autores: “Não se trata mais de saber se a história política pode ser inteligível, mas de saber se, agora, pode existir uma inteligibilidade da história, fora da referência ao universo político. [...] Estamos longe de uma história de batalhas, sem outro objetivo do que o de narrar; estamos longe, mesmo, de uma história setorial que esgota a sua ambição numa inteligibilidade puramente instrumental, estamos no começo de uma história que se esforça no sentido de relacionar fragmentos de explicação no interior de uma interpretação total”. Jacques Julliard. A política. In: Jacques Le Goff; Pierre Nora. História: Novas Abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. p.184. A história política renovada tornou-se, assim, uma vertente bastante ativa, possibilitando fecundas reflexões sobre o campo. Em relação essa história política, é correto afirmar que o retorno do político significou a volta ao tipo de narrativa criticada por m. Bloch e l. Febvre. a despeito de toda renovação, manteve o seu traço básico de conservadorismo político engajado. ao contrário do programa inovador, continuou a privilegiar as batalhas e os homens de destaque nacional. no seu conjunto, impediu a expansão do conhecimento por confinar-se ao domínio da ação política. X não configurou o fato político de forma limitada, mas como lugar onde se articula o social e sua representação. Pincel Atômico - 23/02/2023 15:52:39 6/10 [360060_7263 4] Questão 011 Com base no texto da unidade, avalie as afirmações a seguir: I – O termo índio pode ser considerado um equívoco histórico, pois foi empregado por Colombo para designar os habitantes locais acreditando ter desembarcado nas almejadas Índias. II – A América, conforme analisa Edmundo O’Gorman, foi descoberta pelos europeus, uma vez que todo o imaginário da época levava a crer na sua existência. III – A mão de obra indígena foi logo escravizada para trabalhar exclusivamente nas plantações dos senhores de engenho. IV – A catequese indígena, apesar de muito presente, não foi inicialmente implantada na colônia e ficou a cargo dos franciscanos. Estão corretas as assertivas: X I apenas I e IV. II apenas. II, III e IV. I e IV. [360060_1147 78] Questão 012 (SEE-MG 2012) Leia o texto abaixo: A Escola dos Annales, inaugurada por Marc Bloch e Lucien Febvre, centrou-se na produção da história-problema para fornecer respostas às demandas surgidas no tempo presente. Esse grupo de historiadores insurgiu-se contra a história política, centrada em ações individuais e o poder bélico como motor da história. (BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. p. 145) A história-problema caracteriza-se por preocupar-se com a narrativa dos acontecimentos históricos, voltados para a busca de uma verdade absoluta, por meio da adoção de um rigoroso método científico. valorizar a neutralidade do historiador, que deve evitar o posicionamento político em nome de uma coletividade estável e marcada pela ausência de conflitos. reconstituir os acontecimentos históricos em uma perspectiva cronológica, sempre no sentido do passado para o presente, aproximando-se da realidade vivenciada pelos alunos. X buscar a compreensão das relações entre presente e passado, conferindo maior sentido ao conhecimento histórico, ao analisar as questões contemporâneas considerando diferentes momentos históricos. compreender que toda a produção historiográfica surge de um único problema, relacionado ao desenvolvimento progressivo e racional da humanidade. Pincel Atômico - 23/02/2023 15:52:39 7/10 [360060_1147 82] Questão 013 (IFSC 2015) A adoção de teorias para produção de conhecimento histórico é uma prerrogativa essencial para a cientificidade da História e pressupõe os balizamentos necessários na relação do professor pesquisador com o seu objeto de pesquisa. Associe as teorias expostas na coluna da esquerda, com as devidas características expostas na coluna da direita. (1) Escola Metódica (2) Positivismo (3) Materialismo Histórico (4) Escola dos Annales ( ) A História é compreendida na perspectiva teórico filosófica como uma ciência pautada na razão e que tem como objetivo estudar os fatos a partir da ideia da universalidade e das leis que regem o desenvolvimento humano. ( ) Pressupõe uma visão objetiva do passado em que o historiador devese manter “fiel” ao fato. O método está baseado em uma análise crítica documental, pautada em critérios metodológicos rigorosos, a fim de encontrar a verdade histórica objetiva. ( ) Busca a compreensão da História a partir de múltiplas dimensões amparada na concepção interdisciplinar do fazer historiográfico. A produção do conhecimento visa a uma concepção mais global da História em detrimento da fragmentação. ( ) Teoria social que percebe a História a partir de um conjunto de ações dos homens em que se faz presente forças geradoras de transformações estruturais na sociedade. Assinale a alternativa que contém a ordem CORRETA de associação, de cima para baixo. 2, 1, 4, 3. 2, 4, 1, 3. X 1, 3, 4, 2. 3, 4, 2, 1. 1, 4, 2, 3. [360060_1147 75] Questão 014 (SEAP-DF 2013) Um dos nomes mais importantes da Escola dos Annales foi o historiador medievalista francês Marc Bloch. Sua proposta epistêmica buscou romper com o paradigma positivista em que a ciência histórica estava apoiada no início do século XX, problematizando a própria noção de história, que naquele momento definia o passado como um dado rígido, inalterável. Em Apologia da História, publicado em 1949 por Lucien Febvre ou O Ofício do Historiador (2002), último texto escrito por Bloch, inacabado por causa da sentença de fuzilado imposta pela Gestapo em 1944, na cidade francesa de Saint Didier de Formans, por ter participado da Resistência em Lion contra o nazismo alemão, o referido livro traz grandes contribuições metodológicas para as ciências humanas, tendo influenciado muitos historiadores como Braudel, Duby, Le Goff, Ferro, Lepetit, entre outros. Dentre as contribuições conceituais desenvolvidas pela Escola dos Annales, também chamada posteriormente de História Nova, destacamos algumas noções desenvolvidas por essa corrente teórica: I. História de longa duração; II. História das mentalidades; III. História das multidões e das massas. Indique a opção que representa os conceitos desenvolvidos por tal escola teórica X I e II apenas. I, II e III. I e III apenas. II apenas. II e III apenas. Pincel Atômico - 23/02/2023 15:52:39 8/10 [360060_1150 44] Questão 015 (MONTE HOREBE 2019) Assinale a alternativa que traz a CORRETA interligação entre as noções de modernidade e progresso. A noção de modernidade e de progresso são e relacionam na construção de sociedades humanas ricas de novidades, porém desordenadas. X A modernidade, como um projeto civilizatório, se baseou na construção de uma sociedade disciplinar voltada para o progresso, e da chamada modernização, a partir deste originada. A modernidade e o progresso não podem ser relacionados, tendo em vista que a busca pela novo não precisa vir acompanhada do conceito relativo de progresso. A Belle Époque e a busca da beleza que a caracterizou determinava um mundo de progresso em que a beleza sempre estaria acima da ordem e da disciplina. A ordem não pressupõe o progresso no mundo da modernidade. [360060_1150 40] Questão 016 (CAMPOS NOVOS 2019) Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) sobre a História das Mentalidades. ( ) Trata-se de uma modalidade historiográfica que privilegia a análise de temas econômicos e a atuação dos grupos sociais que controlam a economia do seu tempo. ( ) Para Max Weber trata-se da forma de traduzir a circularidade de cultura, que permite a socialização dos indivíduos e a identificação das características comuns de um grupo específico. ( ) Para Chartier é uma história do sistema de crenças, de valores e de representações próprios a uma época ou grupo. ( ) Segundo Duby, a designação ajustava-se à necessidade de explicar o que de mais profundo persiste e dá sentido à vida material das sociedades. ( ) Le Goff afirma que o nível da história das mentalidades é o que escapa aos sujeitos particulares da história, porque revelador do conteúdo impessoal do seu pensamento. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. F • V • V • F • F. V • F • F • V • F. V • F • V • V • V. F • V • F • V • V. X F • F • V • F • V. [360061_1150 38] Questão 017 (IFPI 2014) As investigações históricas sobre o acontecer humano costumeiramente deixavam de lado os modos como as coletividades se divertiam. Mas isso mudou e um tipo específico de manifestação humana passou a interessar os historiadores: a festa. Segundo Mona Ozouf: “A história, por um lado, desde há muito tempo tem se preocupado conscientemente mais com os trabalhos e os esforços dos homens do que com os seus divertimentos ou como se queira, com as suas diversões. Se as festas se tornam doravante, com pleno direito, objeto da história, deve-se isso à dupla instigação do folclore e da etnologia. Por frequentar um e outro campo, o historiador aprendeu a levar em consideração a armadura que a ritualização dá à existência humana, mesmo que seja uma ritualização anônima, desprovida de regulamentação explícita ou de coesão coerente. Acrescenta-se que, com a psicanálise, a história aprendeu, ao mesmo tempo, o interesse que pode ter a colheita do aparentemente insignificante”. OZOUF, Mona. “A festa: sob a Revolução Francesa”. In: Jacques Le Goff; Pierre Nora. História: Novos Objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. p.216-232. Em relação à festa como objeto da História é correto afirmar que os estudos sobre a celebração de festas promoveram a aproximação interdisciplinar entre história e psicanálise, convertendo os historiadores em cientistas psicanalisados. os trabalhos produzidos servem de entretenimento para os estudantes e o púbico leitor tornando, assim, o ensino de história menos monótono e anacrônico. Pincel Atômico - 23/02/2023 15:52:39 9/10 os estudos produzidos ficaram muito restritos à produção francesa e com escassa repercussão no Brasil em virtude da pequena quantidade de celebrações em nosso calendário anual. X os historiadores especializados tiveram de lidar criticamente com as implicações decorrentes do vínculo particular da festa com o tempo, isto é, da dupla abertura do presente da festa para o passado e para o futuro. a aceitação imediata de trabalhos referentes à festa pelos estudiosos do tema conciliou os historiadores que passaram a adotar uma postura homogênea no campo teórico- metodológico. [360060_7262 5] Questão 018 “A história do Brasil é profundamente marcada pelos séculos de escravidão. Apesar de lançado à mais triste condição a que um ser humano pode ser submetido, o contingente negro viu na fé em seus ancestrais uma possibilidade de refazer os laços, manter e recriar tradições e reconstituir, mesmo em termos simbólicos, as famílias, que, como parte da estratégia do sistema escravagista, foram completamente esfaceladas. Para preservar seu patrimônio cultural, foi preciso sobreviver e resistir a toda sorte de perseguição. As reminiscências africanas, seus rituais, cultos e divindades, apesar das diferenças étnicas, foram reunidas e organizadas numa religião: o candomblé, que surgiu oficialmente na Bahia nas primeiras décadas do século XIX com a chegada dos negros de origem nagô. Sob a égide de confrarias e irmandades de negros “católicos”, protegidos [pelo culto] aos santos da igreja, os primeiros terreiros foram aparecendo e se firmando. Na Igreja da Barroquinha, em Salvador, nasceu o Ilê Axé Airá Intilé, provavelmente no início dos anos 1800, do qual se originou o Ilê Iyá Nassô Oká, primeiro terreiro oficialmente registrado no Brasil. Candomblé: Religião de Resistência”. (In: Carta Capital. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/candomble-religiao-de-resistencia/). O texto acima ressalta uma importante característica da cultura e religiosidade afro- brasileira que é Imperialismo. Etnocentrismo. Pan-africanismo. X Sincretismo religioso. Afrocentrismo. [360061_1147 59] Questão 019 (ENADE 2017) Quando a história se torna, para quem a pratica, o objeto de sua reflexão, pode-se inverter o processo de compreensão que conduz um produto a um lugar? O historiador seria então um fugitivo,cederia a um álibi ideológico se, para estabelecer o estatuto de seu trabalho, recorresse a um além filosófico, a uma verdade formada e recebida fora dos seus caminhos, pelos quais, em história, todo sistema de pensamento encontra-se referido a “lugares” sociais, econômicos, culturais, etc. CERTEAU, M. A operação histórica. In,: LE GOFF, J.; NORA, P. História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995 (adaptado). Tendo em vista o texto apresentado e as reflexões de Michel de Certeau sobre o fazer historiográfico, assinale a opção correta. X O lugar de produção do conhecimento histórico privilegia determinado tipo de produção, mas não interdita outras possibilidades, e por isso a investigação histórica tem se caracterizado por um alargamento limitado dos temas de pesquisa. A operação historiográfica não pode abstrair-se do tempo em que ocorre, já que os temas, problemas e perspectivas de análise são condicionados a partir da articulação entre o lugar social dos profissionais da área, seus procedimentos de análise e a escrita que produzem. https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/candomble-religiao-de-resistencia/) Pincel Atômico - 23/02/2023 15:52:39 10/10 As pesquisas realizadas nas universidades dependem de possíveis aportes financeiros, de modo que os lugares econômicos são determinados pelas agências de fomento, que são externas às instituições acadêmicas. Os textos historiográficos são produzidos em um determinado lugar social – as instituições de ensino e pesquisa -, mas seus verdadeiros leitores são o público, que expressa o valor de uma obra por meio de seu sucesso comercial. O debate sobre o lugar de produção do conhecimento histórico assinala a autonomia dos historiadores com relação as instituições em que atuam, enfatizando que sua topografia de interesses é determinada pela experiência e trajetória pessoais. [360061_1150 35] Questão 020 (ENADE 2014) “A escassez de testemunhos sobre o comportamento e atitudes das classes subalternas do passado é com certeza o primeiro – mas não o único – obstáculo contra o qual as pesquisas históricas do gênero se chocam. Porém, é uma regra que admite exceções. Esse livro conta a história de um moleiro friuliano, Domenico Scandella, conhecido por Menochio – queimado por ordem do Santo Ofício, depois de uma vida transcorrida em total anonimato. A documentação dos dois processos abertos contra ele, nos dá um quadro de suas ideias e sentimentos, fantasias e aspirações. Outros documentos nos fornecem indicações sobre suas atividades econômicas, sobre a vida de seus filhos. Temos também algumas páginas escritas por ele mesmo e uma lista parcial de suas leituras (sabia ler e escrever_. Gostaríamos, é claro, de saber muitas coisas sobre Menochio. Mas o que temos em mãos já nos permite reconstruir um fragmento do que se costuma denominar “cultura das classes subalternas”, ou ainda “cultura popular”.” GINZBURG, C. O queijo e os vermes. São Paulo: Cia das Letras, 1987, p. 16 (adaptado) O autor dessa passagem, Carlo Giznburg, é considerado um dos mais influentes autores da chamada micro-história e da cultura popular na Idade Moderna. Com base nas concepções desse autor e da micro-história, avalie as afirmações a seguir: I – Apesar das diferenças entre a cultura popular e a cultura de elite, havia entre elas uma relação de interações e de influências recíprocas, isto é, havia uma “circularidade”. II – A falta de evidências sobre a cultura popular impediu que se realizassem pesquisas, por exemplo, sobre a vida dos camponeses que, por serem iletrados, não participavam do que os historiadores consideram como esfera “produtora de cultura”. III – Entre a cultura das classes populares e os setores aristocráticos da sociedade europeia da Idade Moderna havia uma fronteira bem definida, que refletia o abismo econômico e de status social entre ambos e, nesse sentido, o caso do moleiro Menochio deve ser interpretado como curiosidade e exceção. IV – Baseada na exploração exaustiva das fontes e na descrição etnográfica, a micro- história adota uma perspectiva de observação dos fenômenos em escala reduzida, diferentemente das propostas da história serial e quantitativa. É correto apenas o que se afirma em II, III e IV. X I e IV. I, III e IV. I e II. II e III.
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