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A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
tcc pronto, utilizar como bases de referências. 
não copie, plágio e crime e causa reprovação. 
Resumo
A Educação Infantil é uma etapa crucial para formação do indivíduo e considera-se recente o novo olhar, em que a criança passou a ser reconhecida como sujeito histórico e de direito. A contação de história é uma prática realizada pelo professor em que as crianças demonstram encantamento e ao mesmo tempo desenvolve sua linguagem, motivação, fantasia, imaginação e criatividade. A relevância deste estudo partiu-se da ideia de que ao contar história para as crianças a mesma relaciona com seu cotidiano, amplia seu senso crítico, diz sua opinião, aguça sua criatividade por meio da fantasia e imaginação, possibilitando novo texto, pintura e desenho. A pesquisa é de cunho bibliográfico, com a finalidade de destacar a discussão que acerca sobre o tema. Reunir conhecimentos de obras de toda natureza com objetivo responder a problemática em questão. Nesse sentido, o objetivo principal é refletir a importância da contação de história na Educação Infantil. Os objetivos específicos buscam contextualizar a contação de história, caracterizar os aspectos sobre a Educação Infantil e apresentar o papel do professor na prática de contação de história. Por meio dos objetivos citados, a pesquisa busca responder o seguinte questionamento: Qual a importância da contação de história no desenvolvimento das crianças na Educação Infantil? Para responder este questionamento o trabalho está dividido em três capítulos, onde o primeiro contextualiza sobre a contação de história e o papel do professor na Educação Infantil; no segundo capítulo abordou-se sobre o desenvolvimento da criança e a concepção de infância e o terceiro capítulo apresentou-se a importância da contação de história na Educação Infantil. 
Palavras-chave: Contação de História; Educação Infantil; Desenvolvimento das crianças. 
Sumário
INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 6
1. CAPÍTULO I – CONTAÇÃO DE HISTÓRIA.................................................................. 9
1.2 Papel do professor na prática de contação de história........................................................ 14
2. CAPÍTULO II – A EDUCAÇÃO INFANTIL E A INFÂNCIA........................................ 22
2.1 Concepção de infância....................................................................................................... 27
3. CAPÍTULO III – A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ...................................................................................................... 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................. 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................. 38
Introdução
Este trabalho de pesquisa insere-se na área da Educação e apresenta como tema: Contação de história na Educação Infantil. Tal tema foi eleito haja vista que a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, onde considera-se importante para a vida da criança, o início de seu ciclo escolar. Recentemente essa etapa ganhou um novo olhar, em que a criança passou a ser reconhecida como sujeito histórico e de direito. Desse modo, infância ganhou uma visão de que seus primeiros anos de vidas são importantes para o seu futuro (ARIES, 1981). 
Considerando a Educação Infantil como uma etapa importante no desenvolvimento, o presente trabalho propõe a refletir sobre a prática de contação de história de modo que o profissional da educação reconheça a importância da literatura infantil promovendo benefícios para a formação da criança e sua inserção na sociedade.
	Com relação aos objetivos deste trabalho, o objetivo geral é refletir a importância da contação de história na Educação Infantil. Os objetivos específicos buscam contextualizar a contação de história, caracterizar os aspectos sobre a Educação Infantil e apresentar o papel do professor na prática de contação de história. Por meio dos objetivos citados, a pesquisa busca responder o seguinte questionamento: Qual a importância da contação de história no desenvolvimento das crianças na Educação Infantil?
	A relevância deste estudo partiu-se da ideia de que ao contar história para as crianças a mesma relaciona com seu cotidiano, amplia seu senso crítico, diz sua opinião, aguça sua criatividade por meio da fantasia e imaginação, possibilitando novo texto, pintura e desenho. Refletir o uso de contação de história para as crianças pequenas, é promover diálogo, possibilitar o direito de se expressar, apropriar novos conhecimentos e acesso a diversidade (FERREIRA, 2021). 
Acredita-se que os professores da Educação Infantil devem refletir sobre a contação de história, de modo que seja organizada e planejada para atingir os objetivos de aprendizagens das crianças e contribuir para sua formação integral. Nesse sentido, é uma prática que os alunos gostam e ao mesmo tempo desenvolve sua linguagem, motivação, fantasia, imaginação e criatividade. 
	A pesquisa é de cunho bibliográfico, com a finalidade de destacar a discussão que acerca sobre o tema. Reunir conhecimentos de obras de toda natureza com objetivo de levar ao leitor compreender a importância da contação de história no desenvolvimento infantil. Realizado de maneira cuidadosamente de fontes confiáveis por meio do banco de dados Google Acadêmico e Portal Periódico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 
	Os descritores foram: “contação de história”; “educação infantil”; “desenvolvimento infantil” e frase como: “contação de história na educação infantil”. Assim, selecionou-se os trabalhos através de leituras dos resumos, em seguida para cada pesquisa pertinente ao assunto realizou uma leitura do início ao fim, na finalidade de reunir as percepções adotada por outros autores que trataram sobre o tema.
	Sua natureza é qualitativa, onde foi analisado, compreendido e interpretado as informações selecionadas e obtidas na fundamentação teórica. Seguiu-se as características básicas, tais como: dados descritivos, preocupação com o processo e com o significado, além de uma análise indutiva (BOGDAN; BIKLEN, 2003).
	Explica-se a abordagem qualitativa, pois são interpretações das informações de maneira detalhada, ampla a compreensão, uma vez que pode fazer a relação com o ponto de vista pessoal sobre a temática. Desse modo, Minayo (2009) contribui para essa compreensão, onde a pesquisa qualitativa possui como elemento as relações, fenômenos e processos que são parte da realidade do ser humano. Possibilitou para pensar sobre o agir, interpretar as ações a partir de uma realidade vivida ou partilhada. 
	O processo de desenvolvimento da pesquisa foi dividido em três momentos, onde no primeiro foi delimitado o tipo de pesquisa que será realizada, em seguida foram pesquisados materiais para utilizar como subsídios teóricos, fichamentos e organização de ideias. Posteriormente foram selecionados materiais para análise de dados com a finalidade de responder a problemática definida. 
	De acordo com Ferrari (1974), a ciência é um conjunto de atividades e ações que são realizadas de maneira sistemática para o conhecimento com finalidade limitada capaz de ser verificado. Para tanto, a presente pesquisa teve como objetivo de entender, analisar os fenômenos existente em nosso cotidiano, e através dessa percepção apresentada a investigação presente consiste em analisar na literatura a respeito da contação de história na Educação Infantil. 
	Nesse sentido, é preciso ressaltar o cuidado no processo de pesquisa de modo que se preocupa com a fidedignidade dos resultados, com conhecimento, compreensão dos fenômenos ou eventos estudados, deixando de lado preconceitos e ideologias. Dessa forma, foi utilizadoregras denominadas como método cientifico com segurança até alcançar o objetivo final desta pesquisa.
	Para seleção dos trabalhos, considerou-se as pesquisas que foram publicadas nos períodos de 2015 à 2022, onde selecionou-se pesquisas de Abreu & Silva Gonçalves (2020), Costa e Ribeiro (2017), Ferreira (2021), Mattos (2009), Santana, Reis, Farias (2021), Silva, França, Menezes (2021), Silva, Matias e Braz (2019). Para fundamentação teórica considerou-se autores importantes tais como Nelly Novaes Coelho, Beth Coelho, Philipe Aries, Vygostky e documentos importantes tais como Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI), Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e o importante documento norteador Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
	A coleta de dados ocorreu no período de agosto à setembro de 2022. Sendo assim, no primeiro momento foi realizado levantamento e pesquisas de trabalhos acadêmicos que envolvem a temática supracitada. Dessa maneira foram realizados fichamentos das pesquisas, um método que contribui para organizar as ideias por meio do material consultado. Não foi utilizado todo o material que foram levantados, sendo fichados fontes de informações que foram consultados. Essa prática possui vantagem nesse exercício, tais como: descobrir as obras, apreciar as reflexões do autor, assimilar conhecimentos e familiarizar com o procedimento da pesquisa (FRANCELIN, 2016).
	O presente trabalho além da introdução e conclusão apresenta três capítulos. O Capitulo I fundamenta-se sobre a contação de história, contextualização deste instrumento na Educação Infantil, bem como o papel do professor na prática de contar história, enfatizando suas metodologias, modo de desenvolver e apresentar a literatura infantil para a criança. No Capítulo II, discorre sobre o desenvolvimento da criança. E o Capítulo III aborda a análise e discussão sobre os textos lidos, em destaque sobre a importância da contação de história na Educação Infantil. 
	
	 
	
	
	
	
	
1. Capítulo I – CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
	No primeiro momento é preciso refletir sobre a Literatura Infantil, em que constitui como um recurso efetivo para a aprendizagem e o desenvolvimento físico, cognitivo e social da criança. Além disso, aponta-se em meios de estudos que esse instrumento também mobiliza a atenção das crianças (COSTA; RIBEIRO, 2017).
	Conforme Nelly Novaes Coelho (1999), surgiu na França nem meados do século XVIII, durante a monarquia de Luiz XIV, em que manifestou sua preocupação com as crianças e jovens. Cita as Fábulas de La Fontaine, os contos da mãe gansa e Charles Perrault, os Contos de Fadas de Mme D’Aulnoy e Telêmaco (1699) de Fénelon, em que são os livros pioneiros. 
	 Os autores Abreu & Silva e Gonçalves (2020) contextualizaram em sua pesquisa que a Literatura Infantil teve sua origem por meio de livros escritos para as crianças no final do século XVII com fábulas de Jean de La Fontaine (1621-1695). Os autores citaram as fábulas clássicas “A Lebre e a Tartaruga” e “O Lobo e o Cordeiro. Entende-se que a literatura infantil estimula o ser humano com diversos saberes, além de importar o leitor para outros lugares e tempos por meio de fantasia, imaginação, reflexão, emoções relacionando o mundo real do o imaginário. 
	Silva, França e Meneses (2021) afiança que a contação de história faz parte da Educação Infantil, promove para a criança uma infância repleta de aprendizagem, em que atualmente é exigência da prática diária, seja no ambiente familiar, quanto nas instituições escolares. Determinam que o ato de contar história, estimula a criança da criança, auxilia no domínio da linguagem oral e escrita, bem como promove uma convivência coletiva efetiva, relação de respeito e empatia. 
	Os autores abordam sobre as bibliotecas das escolas, na concepção que é um local que partilha sonhos, fantasias e também possibilitar o trabalho e distinção da realidade com os alunos. Afirmam que “a literatura é a definição da sociedade como um todo, pois a obra literária se caracteriza e constrói através da ligação dos fatores sociais do homem com o meio em que vive” (SILVA; FRANÇA; MENEZES, 2021 p.691).
	Desse modo, constata-se que a contação de história esteve presente desde os primórdios da história da humanidade. No primeiro momento, a percepção é que apenas no processo da Educação Infantil que a contação história surgiu, porém, ela está presente em todos lugares: na antiguidade, no campo familiar, sociedade, entre outros. 
	 Vale destacar que o conceito da Literatura Infantil é:
Abertura para a formação de uma nova mentalidade, além de ser um instrumento de emoções, diversão ou prazer, desempenhada pelas histórias, mitos, lendas, poemas, contos, teatro, etc., criadas pela imaginação poética, ao nível da mente infantil, que objetiva a educação integral da criança, propiciando-lhe a educação humanística e ajudando-a na formação de seu próprio estilo (COELHO, 1999, p. 5).
	Ferreira (2021, p.8) aponta que a “Literatura Infantil apresenta conceitos de linguagem e leitura em foco a importância de ouvir histórias e do contato da criança desde cedo com o livro e finalmente esboço algumas estratégias para desenvolver o hábito de ler”. Diante essa assertiva, entende-se que é uma maneira de explorar o diálogo da criança e promover a ela espaço para expressar e apropriar de conhecimentos. 
	 Mattos (2009) apresenta que se tornou universal e também destaca o surgimento de representantes tais como: Andersen, Carlo Colodi, Amicis, Lewis Carroll, J.M.Barrie, Marki Twain, Charles Dickens, Ferenc Molnar. Para a autora, são autores que contribuíram para a divulgação da literatura infantil por muitos países, incluindo o Brasil.	
	No Brasil foi realizada adaptações e traduções de obras clássicas de autores Europeus no final do século XIX, destacando importantes escritores: Figueiredo Pimentel, Carlos Jansen e Olavo Bilac. Após dessas adaptações surgiram as primeiras produções escritas no país, como por exemplo, as histórias de Monteiro Lobato (ABREU & SILVA; GONÇALVES, 2020). 
	De acordo com os autores Silva, França e Menezes (2021) também apontam que no Brasil a literatura chegou no século XIX, em que predominou até esse período com histórias místicas e de folclore das culturas indígenas, africanas e europeias. Também citaram os autores clássicos Figueiredo e Jansen, em que foram traduziras para crianças e adolescentes em destaque obras tais como: “História da Avozinha”, “Contos da Carochinha” e “História da Baratinha”. 
	Silva, Matias e Braz (2019) destacaram Monteiro Lobato e outros autores que surgiram ao longo do tempo, tais como: Hans Christian Andersen, os irmãos Grimm, contextualizando que foram imortalizados pelas obras, com uma imagem de uma mercadoria valiosa para a sociedade. Assim, a partir da modernização e industrialização os livros foram ampliados para o publico infantil. Destacam também a distinção e classificação entre as crianças: nobreza e classes desprivilegiadas. No início somente as crianças da nobreza tinham contato e conhecimento sobre a literatura clássica, histórias de aventuras, lendas e contos folclórico.
	Diante o contexto histórico da Literatura Infantil, percebe-se que ao longo do tempo foram ganhando espaço e a compreensão deste recurso no meio do ensino das crianças. Assim como as práticas de ensino eram limitadas, sendo favorecido apenas a nobreza, esse recurso também era apenas para as classes privilegiadas. 
	Conforme Santana, Reis e Farias (2021) as obras literárias eram apenas feitas para adultos, embora a existência de crianças, não havia o sentimento de infância, a qual defende-se atualmente. Para tanto, era inexistente produção literária infantil, sem preocupação com esses seres. Somente no século XVIII a infância passou a ser reconhecida e junto a literatura infantil para libertadas a gênese relacionada com a Pedagogia com finalidade de instruir as crianças. Nesse sentido, destaca-se que “A contação de histórias infantis exerce função de grande relevância no incentivo à leitura, à interação, ao convívio,além de contribuir para construção da personalidade da criança” (SANTANA; REIS; FARIAS, 2020, p.20).
	 Silva, Matias e Braz (2019) também apontaram a finalidade da literatura, sendo ela de cunho didática pedagógica, consistiam em uma linha moralista, para estimular a obediência. A instrução era para respeitar os mais velhos, seguir igreja ou o governo. Caracterizava-se em históricas que terminavam tudo bem e havia consequências para aqueles maléficos. Seguiam princípios religiosos e tinham a percepção que a criança era um ser que deveria ser moldado de acordo por aqueles que a educam.
	Para Mattos (2019) a verdadeira Literatura Infantil brasileira foi representada por Monteiro Lobato, onde inovou as obras voltadas ao humor e ao mesmo tempo criticou situações políticas e sociais. A autora assegura que Monteiro Lobato foi nacionalista e criou o verdadeiro espaço na Literatura Infantil. Silva, França e Menezes (2021) além de citarem Lobato, também mencionam Thales de Andrade. A produção brasileira para o público infanto-juvenil era realizada de maneira esporádica, com traduções de clássicos e de algumas coleções estratégias até a década de 70.
	Nesse momento a Literatura Infantil ampliou e muitas crianças tiveram acesso aos primeiros clássicos, possibilitando contribuições para a formação crítica do indivíduo. Porém, eram disponibilizados e publicados poucas vezes e não conscientizavam que as histórias poderiam contribuir para a formação dos indivíduos. 
	Silva, Matias e Braz (2019) apontaram a contribuição do Monteiro Lobato, pois passou por um processo de revalorização para a aventura, cotidiano, família, escola, esporte, brinquedo e minorias. Destacaram também em relação as políticas e implicações. 
	A contação de história é uma tradição passada de geração para geração presente na cultura de povos antigos (DANTAS, 2019). Em complemento a essa assertiva, afirma-se junto com Costa e Ribeiro (2017) que dessa maneira que era transmitidas os conhecimentos acumulados, em que envolvia crenças, mitos, costumes e valores a ser preservado em uma determinada comunidade. As pessoas mais velhas contavam história para os mais novos e transmitiam seus conhecimentos adquiridos. 
	Coelho (2009, p.16) por sua vez já dizia em suas obras que:
Ao estudarmos a história das culturas e o modo pelo qual elas foram sendo transmitidas de geração para geração, verificamos que a literatura foi o seu principal veículo. Literatura oral ou literatura escrita foram as principais formas pelas quais recebemos a herança da tradição [...].
	Santana, Reis e Farias (2021) contextualizam que a prática de contar história é milenar e esteve presente na história da humanidade, sendo uma das atividades que tem registro na história dos primórdios, anterior do surgimento da escrita juntamente com desenvolvimento das habilidades de comunicação e fala.
	A contação de histórica é considerado como uma arte que percorre em diversas nações, em que passou a representar diferentes papéis na sociedade conforme a suas características e culturas. Frente a isso, destaca-se que a “contação de histórias influencia em todas as áreas e colabora para o crescimento da criança abrindo portas para uma formação integral, considerando a criança como um todo e que necessita desta formação” (MATTOS, 2009, p.28).
	Desse modo, é uma prática presente na escola, em que cabe a presença de um emissor e receptor, um envolvimento entre professor-leitor e aluno-leitor. Uma prática essencial a ser desenvolvida na Educação Infantil, com sua importância para o desenvolvimento integral da criança, seu processo de ensino e aprendizagem efetiva no campo escolar (SILVA; FRANÇA; MENEZES, 2021).
	Dessa maneira Ferreira (2021, p.6) afiança que:
O ato de contar história para criança consiste em despertar sua curiosidade, imaginação e fantasia que fazem parte do seu mundo. É uma possibilidade de a criança viajar por terras desconhecidas, sentir emoções, conhecer pessoas diferentes e seres espetaculares, de maneira a vivenciar plenamente o encanto e a magia que a história proporciona.
	 As histórias são enriquecedoras de informações culturais, valores em que contribui para a formação do futuro leitor (ABREU & SILVA; GONÇALVES, 2020). Nesse sentido, compreende-se que há diversos benefícios presente no ato de contar história, em que vai além de desenvolver a aprendizagem da criança, valorizando sua cultura, desenvolvendo seu senso crítico e contribuindo para sua formação integral. 
	Ferreira (2021) reconhece a importância da Literatura Infantil, sendo este uma maneira de estimular a criança o hábito de leitura, considerando a infância o momento crucial para criar hábitos. Dessa maneira, aponta-se em seu estudo que é a maneira de contribuir para o desenvolvimento da imaginação, emoções e sentimentos de maneira prazerosa. 
	Desse modo, vale citar que a “literatura em especial a infantil, tem uma tarefa fundamental a cumprir nessa sociedade em transformação: a de servir como agente de transformação, seja no espontâneo convívio leitor/livro, seja no diálogo leitor/texto estimulado pela escola” (COELHO, 2009, p.15).
	A partir dessa concepção apresenta pela autora, entende-se que a contação de história possui um papel essencial para transformar a sociedade e o contato com o leitor e livro a escola deve estimular para que essa transformação aconteça de maneira efetiva. Sendo assim, diante esse contexto sobre a contação de história, percebe-se a conquista de espaço no meio escolar e na sociedade favorece de diversas maneiras na convivência e aprendizagem. 
	A história possui a capacidade de mobilizar a atenção, socializar e educar, além de favorecer em situações desagradáveis, solucionar conflitos e promover a esperança. É um instrumento que agrada diversos indivíduos independente de sua idade, classe social e situação de vida. Trata-se de uma prática de incorpora arte e vida (COELHO, 1997). Dessa maneira é preciso destacar que a história não deve ser contada apenas em espaço escolar e sim pelas famílias e outros que possuem o dom.
	Para tanto, a concepção adotada perante esse contexto, percebe-se que são muitas maneiras de explorar a contação de história para que ocorra o desenvolvimento da atenção, a socialização e a educação do indivíduo. Favorece no prazer e estimula e o seu desenvolvimento integral. 
	Os autores Silva, França e Menezes (2021) apontam de como esse momento de contação podem se tornar mágicos para as crianças. Promove experiências no ambiente escolar e também com seus familiares. Desperta o encanto, magia e promove o prazer, além de estimular sua curiosidade e auxiliar no desenvolvimento da autonomia, em seu cognitivo e sócio emocional, isto é, possibilita a formação humana. 
	A história é como um alimento na imaginação da criança, em que visa a solução por meio de história ouvidas. Vale destacar que “Estudar uma história é, em primeiro lugar, divertir-se com ela, captar a mensagem que nela está implícita e, em seguida, após algumas leituras, identificar os elementos essenciais” (COELHO, 1999, p.21). 
	Diante esse contexto apresentado pelos referenciais teóricos, entende-se que a contação de história é um ato antigo que deve ser utilizada até os dias atuais no campo educativo na finalidade de promover o ensino e aprendizagem, bem como a formação da criança. Para tanto, posteriormente é preciso aprofundar no papel do professor para que essa prática de contação de história aconteça de maneira adequada. 
1.2 Papel do professor na prática de contação de história
	Em reflexão sobre o papel do professor, os estudos enfatizam as transformações da sociedade, sendo ela dinâmica, em que exige que as ações sejam modificadas para atender as necessidades da sociedade contemporânea (DANTAS, 2019). Sendo assim, o professor de educação infantil deve evoluir intelectualmente e na base do crescimento escolar da criança para promover o desenvolvimento de construções, proporcionando a criança compreender o mundo (COSTA; RIBEIRO, 2017, p.2). 
	Aos longos dos estudos percebe-se a necessidadede refletir a prática do professor, uma vez que é uma figura crucial para o desenvolvimento da criança e transformação da sociedade. Diante essa percepção, é preciso realizar ações por meio de contação de história para alcançar os objetivos almejados pela instituição escolar. 
	De acordo com o RCNEI, estabelece que:
A leitura de histórias é um momento em que a criança pode conhecer a forma de viver, pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas situadas em outros tempos e lugares que não o seu. A partir daí ela pode estabelecer relações com sua forma de pensar e o modo de ser do grupo social ao qual pertence (BRASIL, 1998, p. 143)
	A perspectiva adotada é que a contação de história irá promover para a criança o prazer, auxiliar na construção de seus sentimentos, valores e compreensão sobre a cultura que percorre na sociedade. Sendo assim, o professor deve obter uma postura ativa, estimuladora para contribuir ao processo de desenvolvimento da criança.
	O entendimento sobre as práticas pedagógicas, é a afirmativa que são imprescindíveis para a aprendizagem do aluno seja no ambiente interno e externo. A criança deve ser protagonista e o professor mediador a partir de uma concepção de alfabetização e letramento possibilitará o desenvolvimento de seu senso crítico e desenvolverá para atuação na sociedade (SILVA; FRANÇA; MENEZES, 2021).
	Compreende-se que o papel do professor é atender as necessidades dos alunos, seguindo as transformações da sociedade conforme a realidade, para promover conhecimentos, aprendizagens que corresponde a concepção de mundo. A partir do levantamento teórico apresenta a necessidade de construir uma aprendizagem relacionada com a habilidade e competência da criança. 
	Desse modo confirma-se em Silva, França e Menezes (2021, p.694), que o professor levando a realidade à volta da criança, ele possibilita a interação com o mundo e percepção do mesmo, “criando possibilidades para construir o aprendizado a partir da leitura para que possa resolver conflitos cotidianos, pois preocupar-se com a educação é formar indivíduos críticos”.
	Além disso, vale destacar que é necessidade de as pessoas aprender falar, escutar, ler e escrever. Nesse contexto, trata-se de compreender todos os tipos de textos e o mundo que vive. Assim, confirma-se em Dantas (2019, p.5):
O educador, como ator no papel de leitor, deve saber que é importante contar histórias, mesmo para as crianças que não sabem ler convencionalmente, pois ler não é só decodificar letras, mas atribuir significado ao que se vê e conhece. Assim é necessário propor que as crianças se sentem a sua volta, para que possam ver as imagens e o texto, caso a história esteja sendo contada através do livro.
	Diante esse contexto, é preciso atender as necessidades das crianças. Pois, se os professores contarem história sem vontade, não irá despertar o interesse e o potencial crítico. No entanto compreende-se que o professor possui um papel crucial no momento de contar a história independente da idade e da situação da criança. 
	É preciso adquirir um papel de contador que promova a criança a expressar suas dúvidas, sentimentos e compreensão sobre a história contada. Além de apresentar a sua percepção dos personagens, das emoções e meios de uma atitude multidimensional (COSTA; RIBEIRO, 2017, p.6). 
	Compreende-se que esse momento o professor irá organizar seu espaço, realizar planejamento, decidir métodos para que os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento sejam alcançados. Frente a isso, o profissional irá conhecer o aluno, entender seu nível, se saber ler ou não, para promover uma contação de história adequada para sua faixa etária. 
	Para contar história é necessário de conhecimento, saber a maneira que irá conduzir as histórias para as crianças adquirir a aprendizagem a respeito de nomes, sons, músicas e se introduzirem na cultura. Desde que seja utilizada de maneira adequada, a contação de história é um instrumento relevante para construir os conhecimentos e possibilitando sua mobilização ao interesse ao mundo da leitura (SILVA; FRANÇA; MENEZES, 2021).
	De acordo com o RCNEI a prática de recontar também é crucial para o desenvolvimento da criança, pois auxilia na reconstrução do texto de sua maneira. Destaca a necessidade de explorar as ilustrações e versão lida, promover situações que a criança entenda as relações da fala do texto escrito e as imagens expostas. Enquanto o professor realiza a prática de leitura, as crianças irão escutar, observar as imagens e em seguida por meio das observações das imagens a mesma irá recontar as histórias e relembrar as expressões ouvidas pelos professores. 
	Assim o documento afirma-se que: 
Quem convive com crianças sabe o quanto elas gostam de escutar a mesma história várias vezes, pelo prazer de reconhecê-la, de apreendê-la em seus detalhes, de cobrar a mesma seqüência e de antecipar as emoções que teve da primeira vez. Isso evidencia que a criança que escuta muitas histórias pode construir um saber sobre a linguagem escrita (RCNEI, VOL. 3, p.143).
	Nesse contexto entende-se que o professor deve avaliar e refletir a maneira que irá contar história, sobre qual conteúdo irá articular e quais instrumentos irá utilizar para que a aprendizagem seja efetiva e os objetivos sejam alcançados. 
	Mattos (2009) assegura que deve ter um momento reservado para que a contação de história aconteça de maneira planejada. É um momento especial para as crianças em que devem se encontrar preparadas para escutar as histórias. Constata-se que não deve ser contada com as crianças agitadas. As frases que são lidas devem ser devagar e obter um sentido, por meio de um canal que transmite as crianças o significado da narrativa, tornando-se interessante. 
	Para tanto, a percepção é que a maneira que o professor realiza a contação de história também influência no processo de ensino na sala de aula. O ambiente deve ser de calmaria, favorecendo a leitura devagar e tom no momento da leitura de modo que constitui uma contação interessante. 
	Silva, França e Menezes (2021) destacam que é um momento prazeroso realizado no espaço escolar, sendo este um instrumento que favorecerá no desenvolvimento físico e intelectual das crianças, além de despertar o seu imaginário, curiosidade, habito pela leitura e também criar hábito pela leitura. 
	A respeito da imaginação, é considerado essencial para o desenvolvimento da criança, uma vez que Vygotsky (2009), destaca sua importância no comportamento, maneira de ampliar as experiências da criança com base da narração do professor. Sendo assim, a criança pode imaginar o que não vivenciou assimilando com sua experencia vivida. Ele ainda afirma que a criança é um ser em potencial que aprende com a interação com o mundo.
	De acordo com Coelho (2001) o contador é o transmissor que considera a história importante. É preciso se preparar para que a história seja contada para a criança da melhor maneira, por meio de um contador que conhece a história, possui domínio, técnica, naturalidade e com segurança.
	Na educação infantil exige-se práticas de leituras que incentiva a interação da criança, seja no universo ficcional ou o real, é necessário utilizar ferramentas varadas no momento de contar história, tais como: Livros, bonecos, fantoches, e outros materiais que promova um ambiente lúdico, proporcionando um momento agradável e prazerosos para as crianças (ABREU E SILVA; GONÇALVES, 2020).
	Nesse sentido as práticas devem ser organizadas pelos professores no momento da contação para mobilizar a atenção da criança e realizar de maneira efetiva. Afirma-se mais uma vez sobre os instrumentos, sendo eles bem escolhidos para tornar este momento mais agradável.
	Mattos (2009) reflete na necessidade de considerar que a criança possui suas especificidades e necessidades diferentes dos outros. Assim, a história contada irá alcançar de maneira diferente permitindo que o aluno busque o que for necessário e prazeroso. Desse modo, é preciso de cuidados e que seja uma histórialevada a sério pelo professor.
	Destaca-se a necessidade de conhecer bem a criança, seus gostos, interesses e sua realidade, para que as histórias contadas sejam identificadas por eles. A partir do momento que eles se identificam com a história, favorece na mobilização de sua atenção e na escuta na contação. 
	Para isso, é preciso de instrução ao professor de modo que adote uma posição investigativo, aquele que busque tendências, compreender as preferências de seus alunos e também a necessidade daquele momento. Dessa maneira possibilitará a cumprir o papel de mediador, motivador que promove a aprendizagem e descoberta dos alunos (COSTA; RIBEIRO, 2017, p.6).
	O professor deve ser um ser pesquisador e investigador, pois diante as transformação da sociedade e a diversidade que há em nossa volta, é preciso analisar, compreender a realidade que todos estão vivenciando no momento e com a postura investigativa favorecerá na seleção de livros. 
	Nesse sentido, os autores apontam o cuidado na escolha de livros, considerando que muitos reforçam padrões, onde revelam estereótipos que foram criados ao longo dos anos, tendo em visa o preconceito e discriminação que podem se encontrar presente no enredo, palavras e ilustrações (ABREU E SILVA; GONÇALVES, 2020). 
	Silva, França e Menezes (2021) também destacam a necessidade do cuidado na escolha de livros, pelo fato que no ato de narrar as histórias, o aluno desenvolve a linguagem, trabalha a interdisciplinaridade, raciocino, emocional e tato. Destacam a importância do contato com o livro após a leitura, para uma prática que envolve professor-leitor e aluno-leitor no âmbito da sala de aula.
	Diante disso, apresenta-se a perspectiva de Abreu & Silva e Gonçalves (2020), a necessidade de atenção pelos professores da Educação Infantil na seleção de livros, que perduram diversas gerações devido sua qualidade. Os autores destacam o cuidado no planejamento, na escolha de livros, visão que pode levar a criança e distorção da realidade. Defendem a necessidade de explorar o livro, falar sobre o autor, sobre a ilustração e o enredo ao contar para criança. Nesse sentido, à ação de caráter interpretativo à história e a entoação, suscinta o imaginário, torna-se a prática significativa. 
	Como já dizia Nelly Novaes Coelho (2009, p.90) “Tanto há os grandes escritores ou escritoras como os meramente bons, medíocres ou péssimos”. Sendo assim, compreende-se que a produção literária exige uma atenção, porém não se trata de julgar o que é melhor ou pior, pois há seu valor literário (sem sexo), que proporcionam oportunidades de desenvolvimento.
	Beth Coelho contribui com seus estudos que há uma divisão por faixa etária para selecionar história para as crianças a qual destaca-se que até os 3 (três) anos, a criança se encontra em uma fase mágica, em que as histórias exigem ser atraente e simples, com situações que aproxime da realidade da criança, em seus aspectos afetivos, sociais, domésticos, ritmo e repetição. A partir dos 3 (três) anos até aos 6 (seis) é apresentada como fase mágica, em que as crianças escutam as histórias com interesses e encantam, e solicitam que o adulto conte várias vezes a mesma história (COELHO, 1999). 	
	O livro “Contar história, uma arte sem idade” de Beth Coelho (2001), apresenta-se os interesses de cada faixa etária juntamente com ideias de histórias que auxiliarão no processo de seu desenvolvimento e aprendizagem.
Tabela 1: Faixa etárias e interesses
	Pré-Escolares
	Até 3 anos: fase pré – mágica
3 a 6 anos: fase mágica
	· histórias de bichinhos, brinquedos, objetos, seres da natureza (humanizados); 
· histórias de crianças;
· histórias de repetição e acumulativas (Dona Baratinha, A formiguinha e a neve, etc); 
· histórias de fadas
	Escolares
	7 anos
	· histórias de crianças, animais e encantamento; 
· aventuras no ambiente próximo: família, comunidade;
· histórias de fadas
	
	8 anos
	· histórias de fadas com enredo mais elaborado; 
· histórias humorísticas
	
	9 anos
	· histórias de fadas; 
· histórias vinculadas à realidade
	
	10 anos à diante
	· aventuras, narrativas de viagens, explorações, invenções; 
· fábulas, mitos, lendas.
Fonte: COELHO (2001)
	 A partir desta perspectiva, vale ressaltar que é preciso que a criança tenha contato com livros desde cedo. Sendo assim, cabe aos pais e responsáveis ser exemplos para estimular e instigar o desejo de conhecer livros, aprender a ler e escrever. As crianças pequenas estão em uma fase de desenvolvimento da descoberta, de imaginar, pensar e descobrir o mundo (COSTA; RIBEIRO, 2017, p.5).
	Entende-se que os familiares podem contribuir para que esse contato aconteça, na compra de livros, contação de histórias orais, contação antes de dormir, em que favorece em estimular os gostos das crianças pela leitura e interesse por histórias. 
	Compreende-se que as crianças devem ser estimuladas a desenvolver o gosto pela leitura, e há diversas maneiras para concretizar esses desenvolvimentos com a mesma história, seja com conto original, reconto, desenho, dramatização, que leva a criança interagir com a história e vivenciar o que está sendo contado. Defende-se nesse contexto o lúdico e o faz de conta, elementos cruciais para concretizar a aprendizagem (COSTA; RIBEIRO, 2017).
	Silva, França e Menezes (2021) também defende a prática lúdica no contexto escolar, para desenvolver um momento que a criança tenha liberdade de expressar, por meio de pinturas, dramatização de imagem, se comuniquem de diversas maneiras para provocar o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.
	Nesse sentido, entende-se a necessidade de valorizar a ludicidade no ambiente infantil por meio de diversos instrumentos. É preciso levar em consideração que essa prática que irá mobilizar a atenção do aluno, despertará sua curiosidade e interesse de envolver nas atividades propostas pelos professores. 
	Os autores enfatizam que contar história é uma atividade lúdica, pois, é necessário organizar livros, refletir a dinâmica e promover o momento prazeroso para desenvolver a fantasia do aluno. Além disso, é preciso da realidade da criança para que a mesma interaja com o mundo e crie possibilidades para desenvolver sua aprendizagem por meio de leituras e também possibilidade de soluções problemas que surgem em seu cotidiano (SILVA; FRANÇA; MENEZES, 2021, p.694).
	Dantas (2019) apresenta a concepção da metodologia na Educação Infantil, em que professor deve estimular a criança a envolver e interagir, de modo que mobilize sua fantasia e também seus conhecimentos sobre linguagens. Entende-se que o papel do professor é contar histórias orais com a finalidade de libertar o pensamento infantil e desenvolvimento como ser humano, ampliar as aptidões sociais, educacionais e comportamentais.
	Para despertar os interesses das crianças, é necessário que o professor também demonstre que está envolvido e encantado pela determinada história. É preciso transmitir a essência, para realizar diversas atividades que podem se relacionar com esta contação. A partir de uma boa estratégia que corresponde na escolha do livro e com a idade dos alunos, deve possibilitar ao máximo os benefícios da contação, de maneira bem trabalhada. Os autores apontam que as histórias saírem da teoria e tornar reais pode evidenciar e influenciar na vida das crianças (COSTA; RIBEIRO, 2017).
	Compreende-se que o educador como leitor deve conscientizar a importância da história para as crianças, dentro da perspectiva que a leitura não é apenas decodificar letras, e sim com significado ao seu mundo.
	De acordo com Dantas (2019), é necessário propor para as crianças sentar a sua volta, apresentar imagem e textos contadas por meio dos livros. No processo da leitura, o professor mostra aos alunos como ler e também apresenta estratégias para momento de leitura compartilhada (DANTAS, 2019).
	A perspectiva adotada em meios do referencial teórico apresentado, constata-se que o professor é uma figura importante no contexto da formação das crianças. É preciso refletir seu papel e buscar meiosde desenvolver os aspectos cognitivos físicos e sociais, conhecimento de mundo das crianças no processo de contação de história. Assim, é preciso compreender como se dá o desenvolvimento da criança.
2. capitulo ii – a educação infantil e a infância
	De acordo com a Constituição Federal de 1988, o acesso a creche é um direito das crianças de 0 a 5 anos com sua educação garantida. Assim, vale ressaltar que a “educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988, Art.205). O ECA, também estabelece a garantia do atendimento em creche e pré-escola por meio da Lei nº 8.069, 13 de julho de 1990.
	A LDBEN estabelece que a Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica com objetivo de desenvolver a criança de maneira integral até os cinco anos de idade, considerando seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social (BRASIL, 1996). Vale ressaltar que antes era determinado que o atendimento seria de 0 a 6 anos, e a partir da redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013, a Educação Infantil passou a ser até os 5 anos de idade. 
	A LDBEN coloca a criança como um sujeito de direito, estabelece pela primeira vez na história da legislação brasileira o direito da educação, sendo dever do Estado e da sociedade. As famílias possuem o direito de partilhar com o Estado a responsabilidade da educação e cuidado das crianças com vagas em creches e pré-escolas públicas. A instituição escolar por sua vez, possui seu papel de educar e cuidar de maneira indissociável. 
	Diante esse contexto, é preciso apontar que a Educação Infantil é uma modalidade que perante a Lei, precisa receber o tratamento igual aos demais etapas da educação básica. No entanto, a finalidade é promover a criança o seu desenvolvimento nos aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, com a contribuição da família e comunidade. 
	Ferreira (2021) realiza um resgate histórico que percorre na história da Educação Infantil, destacando os modelos educacionais que foram criados em meados do século XV e XVI. Os modelos foram criados para atender aos desafios da sociedade, diante sua transformação, expansão comercia, surgimentos de visões sobre a criança e a maneira que deve ser educada. 
	Apresenta-se nos estudos como destaque teóricos tais como: Comênio, Rousseau, Pestalozzi, Decroly, Froebel e Montessori, onde eles estabeleceram bases para um sistema de ensino que tinha a criança como foco. 
Muitos deles achavam-se compromissados com questões sociais relativas a crianças que vivenciavam situações sociais críticas (Órfãos de guerra, pobreza) e cuidaram de elaborar propostas de atividades em instituições escolares que compensassem eventuais problemas de desenvolvimento. Embora com ênfases diferentes entre si, as propostas de ensino desses autores reconheciam que as crianças tinham necessidades próprias e características diversas das dos adultos, como interesse pela exploração de objetos e pelo jogo (FERREIRA, 2021, p.12).
	Contextualiza-se que essa modalidade obteve uma longa construção até os dias atuais contanto com documentos normativo tais como: Base Nacional Comum Curricular (BNCC), Diretrizes Curriculares Nacional da Educação Infantil (DCNEI), Referencial Curricular da Educação Infantil (RCNEI), entre outros. As primeiras instituições de Educação Infantil, surgiram no final do século XVII e início do século XIX, em resposta da necessidade da Revolução Industrial, inserção da mulher no mercado de trabalho e as modificações da sociedade (ABREU E SILVA; GONÇALVES, 2020).
	Registra-se nos estudos teóricos que o processo histórico da educação Infantil houve grandes lutas para mudanças, com a finalidade de garantir os direitos da criança. Conta-se com a necessidade de contribuição do Estado, município, participação da escola e interação do professor. Nesse contexto destaca que: “aos poucos a legislação foi difundida, condenando violadores, o direito infantil construindo, passando a ser, respeitando vulnerabilidade do pequeno, delegando ao adulto a importância para a formação do eu em sua existência” (FERREIRA, 2021, p.14).
	Em 1998 foi publicado o RCNEI, com finalidade de nortear e orientar os professores da Educação Infantil. aspectos que devem ser contemplados na Educação Infantil é a brincadeira. O documento deixa claro que as crianças são sujeitas de particularidades capazes de adquirir habilidades e competências durante o processo de investigação daquilo que pretendem conhecer. 
	O documento citado explica que a prática na Educação Infantil precisa ser organizada de modo que as crianças desenvolvam as capacidades de:
• desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações; 
• descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;
• estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social; 
• estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;
 • observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação; 
• brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades; 
• utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;
 • conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade (BRASIL, 1998, p. 63).
	Nessa perspectiva, acredita-se que o documento acima contribui e reconhece a necessidade da qualidade no processo de ensino nesta modalidade. Assim a proposta é contribuir para o planejamento, desenvolvimento e avaliação nas práticas pedagógicas do professor. Nesse sentido, considera-se essencial reconhecer que há uma pluralidade no meio escolar.
	Em 1999, conta com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNEI), em que estabelece as orientações obrigatórias a respeito de projetos pedagógicos, planejamentos, entre outros. Os documentos integram com o objetivo de cuidar e educar, bem como relacionar as orientações pedagógicas, deixando de ser assistencialista e passando por uma nova concepção (ABREU E SILVA; GONÇALVES, 2020).
	Considera-se esse marco importância na história da Educação Infantil, pois passaram a enxergar a criança de outra maneira no meio escolar, como seres que estão em desenvolvimento que devem ser estimulados para que sua formação humana aconteça de modo positivo para atuar na sociedade. 
	Vale ressaltar que o DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009, em seu Artigo 4º, definem a criança como: 
[...] sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009).
	Assim, o documento expressa os eixos estruturantes interação e brincadeira, em que irá construir sua identidade, desenvolver linguagens, formas de expressão, realizam ações para o cuidado pessoal, para sua saúde e o bem estar. Além disso, contacom a sustentabilidade, acompanhamento do trabalho pedagógico e avaliação do desenvolvimento das crianças.
	Em 2017, a BNCC foi homologada como um documento obrigatório a ser utilizado em instituições públicas e privadas com finalidade de promover a aprendizagem e desenvolvimento das crianças (ABREU E SILVA; GONÇALVES, 2020). A partir do DCNEI, a BNCC definiu os seis direitos de aprendizagem da criança: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se (BRASIL, 2018). 
	Desse modo, entende-se que ao longo da história os documentos norteadores foram otimizados e adequados para atender a criança da nova geração. A partir da BNCC considera-se que as práticas pedagógicas devem ser voltadas para formação da criança integral em divesos aspectos e promover experiências que contribuem para a aprendizagem. 
	Ainda neste mesmo documento, é importante enfatizar os campos de experiências estabelecidos para acolher no cotidiano da educação infantil: Eu, o outro e o nós; corpo, gestos, movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações (BRASIL, 2018). 
	A respeito do desenvolvimento da criança, a BNCC apresenta que:
Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação. Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. (BRASIL, 2018, p. 42).
		Nesse sentido, afirma-se que a criança se desenvolve interagindo com seus pares, e na Educação Infantil cabe promover as experiências de diversas maneiras. No entanto, desde cedo a criança manifesta curiosidade com a escrita por meio da escuta, acompanhamento da leitura de texto, observação de letras que circulam seu cotidiano, onde ela vai desenvolvendo sua concepção de língua escrita, reconhecimento as diversas maneiras de utilizá-las. O professor como mediador, deve promover tais experiências com diversos tipos de textos, histórias, contos, fábulas, poemas em direção para o processo de aprendizagem (BRASIL, 2018).
	A concepção adotada nesse contexto é que as crianças desde seu nascimento já estão aprendendo, observando e adquirindo experiências que desenvolve suas aprendizagens. A família é a primeira instituição educativa da criança, e ao inserir no cotidiano escolar a mesma desenvolver outras aprendizagens que relacionam com sua formação no meio familiar. Isto é, a escola é extensão do lar, só que com conhecimentos sistematizados, planejados e organizados. 
	E para promover essas experiências, destaca-se o brincar, cuidar e educar, em pesquisa apresenta que coloca as funções de letramento para desenvolver a leitura.
[...] essa educação pautada no letramento impõe aprendizagens entre educadores e educandos, troca de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto, atividades significativas com uso de linguagens diversificadas que despertem a curiosidade e interesse da criança, motivando e harmonizando os componentes curriculares com as dimensões afetiva e lúdica (DANTAS, 2019, p.7).
		Diante essa perspectiva, entende-se que as escolas que atendem a modalidade de Educação Infantil possuem um papel de ampliar as experiências das crianças a partir do seu conhecimento e interesse pelo mundo partindo para transformação social. Desse modo, respalda por uma educação que corresponde aos direitos das crianças e com objetivo ao seu desenvolvimento pleno. 
	Sendo assim, o papel da Educação Infantil é formar as crianças “buscando o viés de futura leitora e cidadã, formadora de opinião e transformadora de sua realidade social” (ABREU E SILVA; GONÇALVES, 2020, p.3). Em resposta dessa percepção, encontra-se em Ferreira (2021), a Educação Infantil precisa ser desenvolvida de maneira eficaz, para garantir o processo de desenvolvimento e a aprendizagem das crianças. Defende a necessidade de refletir o desenvolvimento de habilidades, estímulos físicos e psíquicos, de maneira que facilite a expressão de suas ideias. 
	De acordo com Dantas (2019) é essencial as escolas buscar cumprir o que respalda os documentos norteadores, cuidar e educar as crianças, estimular o letramento possibilitando vivências respeitando o aluno como sujeito social que se encontra em processo de formação, considerando a infância, afeto, lúdico e o cognitivo. 
	A instituição escolar possui o papel de contribuir para ensinar da melhor maneira, utilizar metodologias, desenvolver por meio do lúdico e considerar que a criança já possui conhecimento adquirido em sua aprendizagem social e cultural (FERREIRA, 2021).
	Tendo em vista a concepção do papel da Educação Infantil, a partir das ideias dos autores citados, entende-se que seu papel é organizar, planejar o ensino utilizando elementos que favorecem na formação da criança. Para isso, é preciso de metodologias que atendam a demanda e as necessidades das mesmas. 
	A respeito do desenvolvimento da linguagem, segue-se as teorias de Jean Piaget e Lev Vygotsky. Diante a teoria da Zona do Desenvolvimento Proximal, os alunos em seu processo de ensino e aprendizagem, constroem estruturas cognitivas, e para que isso aconteça é preciso disponibilizar elementos, produções culturais, intervenção e mediação do professor para estimular seu desenvolvimento. E a respeito da teoria Piagetiana, destaca-se que o instrumento contribui para o desenvolvimento da linguagem, comunicação e possibilita a criança estimular seu senso crítico (ABREU E SILVA; GONÇALVES, 2020).
	Através do levantamento sobre a Educação Infantil e o desenvolvimento da criança, constata-se que se percorreu a grandes mudanças no campo da educação, criação de modelos, documentos, leis que garantam o direito da criança e seu desenvolvimento integral para atuar na sociedade. Em relação a contação de história onde é o tema desta pesquisa, o próximo capítulo discorre sobre a importância da mesma para o desenvolvimento da criança na Educação Infantil.
2.1 Concepção de Infância 
	De acordo com os estudos, constata-se que a infância é uma fase da vida que o indivíduo passa a entender, sentir, pensar, agir e relacionar com o mundo. É um período que passa a ser de aprendizado, formação de valores e caráter. Para tanto, historicamente houve diversos estudiosos que passaram a entender os significados de infância. 
	Sendo assim, caracteriza-se que “a infância se compreende de uma fase da vida do ser humano, atualmente limitada pela idade cronológica, em que parte de atitudes e limites. Porém, nem sempre foi compreendida nesse sentido” (CARRARA; SOUZA, 2018). De acordo com os autores, compreende-se que é uma fase da vida do ser humano que possuem limitações e necessidades para sobrevivência. 
	Vale ressaltar que a criança não era de interesse da sociedade, por conta disso houve consequências, tais como taxa de mortalidade elevada, crianças consideradas como adultas, não havia o afeto, o carinho e consideração. Contextualiza-se que gradativamente e até os dias de hoje, a infância ganha destaque em discussões, passou a ser vista como um problema para as famílias e passou a buscar ações para sobrevivência e passou a frequentar instituições educacionais (CARRARA; SOUZA, 2018).
	Desse modo, Fernandes e Kuhlmann Junior (2004) houve diversas configurações da infância, sua evoluçãofoi de diferentes contextos variáveis e perfis diferenciado. É um discurso histórico que está consignado em cada época.
	Assim conceitua que:
[...] a palavra infância evoca um período da vida humana. No limite da significação, o período da palavra inarticulada, o período que poderíamos chamar da construção/apropriação de um sistema pessoal de comunicação, de signos e sinais destinados a fazer-se ouvir. O vocábulo criança, por sua vez, indica uma realidade psicobiologia referenciada ao indivíduo (FERNANDES; KUHLMANN JUNIOR, 2004, p.16).
	Conforme Ghiraldelli Jr. (2001), há duas concepções onde a criança é inocente e/ou é um ser que possui diversas singularidades, sem inocência e bondosa. Essas eram as características citada por esse pensador. 
	Áries (1981) define em sua obra que as crianças eram vistas como adultas, só que menor, com músculos e estrutura de adultos. Participavam de diversas atividades sem diferenciação, estavam presente em tudo que era relevante ao adulto, não tinham atenção e também destaca a taxa de mortalidade infantil por fata dos cuidados adequados.
	Sendo assim, destaca que:
Na sociedade medieval, que tomamos como ponto de partida, o sentimento de infância não existia – o que não quer dizer que as crianças não fossem negligenciadas, abandonadas ou desprezadas. O sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças: corresponde à consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem (ARIES, 1981, p.156).
	Nesse sentido, o autor destaca que a criança não tinha condições de viver dependendo de sua mãe onde ingressava na sociedade desde cedo, sem diferença dos adultos. A criança era abandonada pela sociedade e não existia um grupo, sem acesso à saúde e nem disciplina. 
	Compreende-a que concepção de infância foram se modificando e passou a ser valorizada. Áries (1981) contextualizou que a infância apenas se dava para a elite e a criança pobre não conheciam o verdadeiro significado. Assim, destaca-se que a história da infância percorreu em busca de mecanismo para reparar tais erros por conta dos de casos que sofriam. A criança não passava pelos estágios de sua infância, não era controlada pela família e a educação aconteciam por meio de atividades que realizavam com os adultos.
	Ariés (1981) afiança que o fato de entender a mente da criança, facilitou para refletir os métodos de educação. Essas ações passaram a surgir a partir do século XVII, articulando com a inspirações adotadas no século XX. As concepções foram se modificando e a criança deixou de ser distração e sendo algo para os adultos moldar. Essas transformações aconteceram com novos pensamentos e condutas da igreja que fez novos modelos familiares. Houve proibição por parte da Igreja católica em matar e praticar bruxarias com as crianças. 
	Nessa linha de pensamento Carrara e Souza (2018) expressam que essa modificação de sentimento da família, demonstrou a ser carismático, com novas características e uma influência na história da concepção da infância. Destaca-se também a proposta de uma educação cristã, de caráter conservador. Os autores destacam que as crianças órfãs e abandonadas não conseguiram integrar ao meio, com a necessidade de um novo modelo para assistência e educação.
	A Roda do Exposto foi criado para enviar alimentos, objetos e mensagens as crianças que estavam aprisionados em resistência e que não tinham contado com o mundo. Eram abandonados, mas possuíam uma certa proteção, diferente do abandono nas ruas. Preservada o anonimado dos pais como maneira de recolher de crianças pobres. Foi inicio de uma preocupação com o cuidado das crianças, de caráter assistencial, porém ainda existia a elevação das taxas de mortalidade (CARRARA; SOUZA, 2018)
	Assim, a sociedade demonstrou interesse na educação das crianças e obter sentimentos afetivos e de cuidado e passou ser reconhecida como membro da família. As crianças passaram a ser amada e educada, sendo ações que devem fazer parte de uma família base sociedade. Essa transformação auxiliou no planejamento de nascimentos e os pais passaram a se responsabilizar pelos futuros de seus filhos (ARIÉS, 1981).
	Diante esse contexto a criança ao longo dos anos passou a obter seu direito, sendo ela reconhecida e tratada com particularidades, por conta de sentimentos próprios. Diante a literatura, desenvolveu-se junto com o sentimento da família, com a concepção de que a criança é para ser amada e educada, sendo deveres da sociedade. Dessa maneira, a criança se tornou o centro, em que favoreceu no surgimento das instituições escolares (ÁRIES, 1981).
	As crianças como centro passou a tornar alvo do controle familiar, em que favoreceu o surgimento das escolas e ao mesmo tempo reconhecida como ser social inserido nas sociedades. A família responsabilizou pelo seu bem-estar, saúde e educação. A criança ficou reconhecida como um ser que tem vez e tem voz, sua maneira de viver, que influencia e também é influenciada.
	Nesse sentido, destaca-se a concepção de Carrara e Souza (2018, p.14):
[...] não devem tratar da criança como um objeto que necessita ser totalmente compreendido, os mesmos devem conhecer suas vivências nos diversos espaços de seu cotidiano e ainda, fazer com que os adultos se atentem as inúmeras experiências que as crianças possuem durante sua infância, permitindo revelar fatos do seu próprio “mundo”.
	Entende-se que a criança deve ser vista como ser de direito, que possui suas necessidades, compreendidas, promover experiências e vivências em diversos aspectos para contribuir em sua educação. Todos precisam conscientizar que todas as ações realizada com elas, favorece para a sua formação no futuro. 
	A partir desse cenário, a percepção é que as crianças são consideradas como ser histórico-social condicionada pelos fatores sociais, econômicos, culturais e políticos. É um ser que possui suas necessidades, sua maneira de pensar e agir. Isto é, um ser de direito. Assim, atualmente apresenta-se na literatura respaldo legais que protegem as crianças, tais como Constituição Federal de 1988, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96), entre outros. 
	
3. Capítulo III – a importância da contação de história na educação infantil
	Nesse capítulo são discutidas e refletidas as ideias das pesquisas apresentadas anteriormente, uma vez que são confrontadas por meio de considerações sobre a temática em questão. Desse modo, contextualiza-se que a problemática sobre a contação de história na Educação Infantil é constatada que contribui para o desenvolvimento integral da criança de modo positivo. 
	Percebeu-se por meio das leituras que a essa prática realizada com as crianças, contribui para estimular a curiosidade, imaginário, construir ideias, expandir conhecimentos e vivenciar situações que proporcionam o sentimento de alegria, tristeza e medo. Silva, França Menezes (2021) aponta que o ato de contar história possibilita que as crianças expressam seus sentimentos, conhecimentos, compartilhar experiências, associar com sua realidade. 
	Dessa maneira Costa e Ribeiro (2017) afirmam que os personagens relatados nas histórias servem de exemplo para as crianças, pois, auxilia na solução de conflitos e cria diversas expectativas. Em concordância, Silva, França e Menezes (2021) apresentam que esse ato é determinante para formar e desenvolver o processo de aprendizagem, ao mesmo tempo transmitir conhecimentos significativos para a criança viver em sociedade. 
	Nesse sentido, considera-se essencial utilizar os personagens da história, articular com a realidade da criança, questionar seus atos e comparar, para que a mesma desenvolva seu senso crítico, reflita suas ações e contribui para sua formação como ser humano. Esse ato, não modifica do que historicamente eram realizados a contação para formação de boas atitudes e caráter das crianças. Assim, considera-se junto com os autores que é uma atividade que irá promover a formaçãode crianças éticas, costumes, valores, tradições, formação cognitivo e cidadão. 
	A respeito da solução de problemas e a experimentação de momentos, a LDB confirma que o faz de conta oportuniza as crianças observar a cena do seu cotidiano, tomar posições, pensar, agir e ser. A contação de história fornece diversas descobertas para as necessidades “revelando situações que permitem liberar a imaginação, ao pensamento e ao desenvolvimento pessoal, reconhecendo suas emoções, possibilitando novas vivências relevantes para o processo de socialização” (BRASIL, 1996).
	Promove o prazer, emoções e simbolismo nas histórias que agem o inconsciente da criança, auxiliando nas soluções de problemas na fase de sua infância. Para tanto, a importância é expressada por Silva, França e Menezes (2021) ditam que os contos de fadas são decisivos para formação da criança relacionar com o mundo. Os autores destacam que os personagens farão que as crianças compreendem sobre ações boas e más de modo que visa os valores de conduta humana e convívio social. 
	Abreu, Silva e Gonçalves (2020) afirma que a contação de história é importante para quem escuta a história, possibilita interagir com o universo, com os valores, obter informações, conhecer outras culturas e descobrir o conhecimento. Para quem lê também é importante, favorecendo na solução de conflitos e diversos impasses que surge no mundo.
	Ao longo do tempo foi firmado a concepção da importância do conto de fadas e histórias infantis para o desenvolvimento da criança, além de contribui para sua imaginação, fantasias e sensibilidade, contribuir para construir significação, interpretação e compreensão do mundo (ABREU E SILVA; GONÇALVES,2020).
	Costa e Ribeiro (2017) contribuem com a concepção de que as crianças irão espelhar em personagens, pois as histórias possuem objetivo, lição e aprendizado em que haverá alguma semelhança nas experiências vividas das crianças. Desse modo, essas histórias poderão ser suporte para os conflitos internos. Acrescenta-se que por meio dos livros, as crianças são mobilizadas a ressignificar a história, relacionar com sua realidade, dar sentidos nos fatos de sua vida, busca auxilio nos personagens. 
	Silva, França e Menezes (2021) apontam que contribuem diversas áreas, seja no seu desenvolvimento intelectual, interesse pela leitura, mobiliza a imaginação, relaciona o real com o imaginário, desenvolve interação socioculturais, com os colegas e os professores por meio de diálogos. 
	Sendo assim, é crucial considerar as vivências dos alunos, pois proporciona alegria, lembrança e sensações positivas no espaço escolar. Uma vez que essa prática irá preparar o aluno para leitura e oferecer o mundo da ficção ou da realidade. 
	Abreu e Silva e Gonçalves (2020, p.12), tratam sobre as problemáticas do dia a dia dos alunos, em que as histórias devem ser utilizadas como ferramentas da Literatura Infantil que irá estimular a curiosidade, expectativa, imaginário, emocional por meio de histórias e temas com diversos tipos de linguagem: “crua, dura; mas também poética, suave, tristonha; podendo ser humorada, divertida, irônica”.
	Dantas (2019) em sua pesquisa, destaca que a contação de história auxilia na formação psicológica e cognitiva, possibilita uma viagem ao mundo do faz de conta, contribui para construir a imaginação, processo de formação da fala, da leitura e da escrita. Nessa concepção, Abreu, Silva e Gonçalves (2020), apontam a contribuição da contação de história no sentido de transportar o aluno do mundo real para o imaginário, descobrindo outros lugares e tempos. 
	Diante a concepção da formação da linguagem, Santos, Reis, Farias (2021) enfatizam a contação de história em berçário. Explicam que os bebês são estimulados a expressarem seu jeito, sua fala e os professores com atenção e sensibilidade podem interpretar os comportamentos. Entende-se que esse processo possibilitará que a criança e o adulto interagem e criem vínculos afetivos entre ambos, sendo essencial para a saúde emocional da criança.
	Nesse contexto, considera-se que a contação de história em berçário deve fazer parte do planejamento do professor, uma das práticas crucias a serem desenvolvida no espaço escolar. Sua importância constitui em contribuir para a formação da criança e também instigar o gosto de história. 
	Costa e Riberio (2017) afirmam que não é preciso ler e escrever para apropriar dos benefícios das contações de história. A fase da criança desde quando nasce, a história desenvolve a oralidade e amplia o vocabulário. Isto é, a criança irá aprender a desenvolver sua fala, além de interagir com sua cultura. 
	Desse modo, considera-se a importância da contação de história desde cedo, pois, além de estimular o gosto por história, também apropriará dos diversos benefícios citados nessa análise e ampliará seu vocabulário, auxiliará no desenvolvimento de sua fala, conhecer palavras novas, relacionar com seu cotidiano e se comunicar melhor. 
	Percebe-se também sua importância na condição de desenvolver o gosto pela leitura na alfabetização e letramento. Expressa que o professor leitor e o aluno leitor promovem diversas linguagens e maneira de narrar um acontecimento (SILVA; FRANÇA; MENEZES, 2021). Nessa mesma linha de pensamento, Costa e Ribeiro (2017) destaca que o desenvolvimento do gosto pela leitura, fará com que a criança sinta vontade de abrir um livro.
	Perante essa concepção, compreende-se que essa prática além de favorecer para formar o aluno leitor, também auxiliará em suas produções textuais, maneira de contar e narrar uma determinada história. Para tanto, cabe os profissionais da educação buscar meios de desenvolver e contribuir para a formação das crianças de maneira efetiva. 
	Santos, Reis, Farias (2021) realizaram uma pesquisa voltada para formar contadores de histórias e enfatiza a necessidade de o futuro contador buscar conhecimento teórico, introduzir sua subjetividade, mobilizar sensibilidade, criatividades para se dedicar ao mundo da arte. Diane a concepção apresentada por Costa e Ribeiro (2017), quando há uma intervenção profissional adequada, promove no meio da sala de aula dinâmica e criatividade, contribuindo para uma participação e compreensão dos alunos. 
	Os autores Abreu, Silva e Gonçalves (2020), perceberam a importância de contar a história desde cedo nas escolas. Consideram que a leitura é crucial, uma ferramenta mediadora do conhecimento de mundo e contribui para construção de subjetividade, sensibilidade da criança. O papel da história é desempenhar o processo de desenvolvimento de sua linguagem.
	Em contribuição a modalidade da Educação Infantil é o momento que a criança está no seu processo de formação, vai aprender a lidar com seus conflitos e comparar com as histórias dos personagens. Por meio dessas histórias, possibilitará que a criança conheça o mundo e maneira de agir sobre ela. 
	Só será válido as contribuições da contação de história na Educação Infantil, no que tange a seleção de livros de qualidade para formar alunos, futuros leitores. Desde cedo na escola essa prática irá promover a exploração de sua realidade através de estímulo, do lúdico, fantasia proporcionada pela contação de história. Assim, o professor possui um papel importante nesse processo no fato de conhecer seus alunos, a comunidade que está inseria e um planejamento adequado para sua faixa etária. A expectativa é promover um momento agradável, prazeroso, atraente e significativo (ABREU E SILVA; GONÇALVES, 2020).
	Reflete-se diante as práticas pedagógicas, em que Silva, França e Menezes (2021) apresentaram a importância da contação para formação cognitiva, linguística, comunicativa e psicológica da criança. Em questão destaca a necessidade de discutir sobre a mesma entre profissionais da educação, programar praticas prazerosa, regulares em que no ato de contar e ler textos garantam lima relação escolar positiva e uma ferramenta para cultura. 
	Nesse sentido, entende-se por meio dos alunos que a prática pedagógica e a construção para atuar no desenvolvimento infantil,é se preocupar com o desenvolvido das crianças, e a necessidade de possibilidade as habilidades e competências necessárias para formação humana. 
	Vale ressaltar que não é só papel do professor saber a importância da contação e sim os familiares, em que se precisa conscientizar que desde cedo com contato com leitura, a criança aprenderá ler. Citam também os benefícios para essas práticas, tais como realização de tarefas. Nesse sentido, é preciso organizar o ambiente familiar com livros, pois, as crianças se espelham em seus pais e responsável e tornará um leitor (COSTA; RIBEIRO, 2017). A Literatura na Educação Infantil possui um papel crucial para as práticas pedagógicas no desenvolvimento dos alunos para seres críticos, reflexivos, construir valores e formação como leitores e autores (ABREU E SILVA; GONÇALVES, 2020).
	Silva, França e Menezes (2021) apresentam que as histórias devem irem além dos muros das escolas, sendo promovido no seu ambiente familiar. É preciso promover o estimulo, com atitudes que serão espelhados pelas crianças. Além disso, consta também que possibilita a criança sonhar, imaginar, sentir um mundo novo, viajar por meio da leitura, além de contribuir ao seu processo de aquisição de aprendizagem no ambiente escolar, desenvolvimento da leitura e da escrita.
Considerações finais
Diante o exposto, conclui-se que a pesquisa permitiu a reflexão sobre a importância da contação de história na Educação Infantil, na afirmação que esse elemento é um ato histórico, desenvolvido desde os primórdios com suas finalidades. Houve diferentes contextos e singularidades a respeito da contação de história, bem como a concepção de infância, onde ao longo dos anos foram constitúidos e a criança passou a ser considerada como sujeito histórico de direitos. 
Confirma-se que essa prática precisa ser valorizada e desenvolvida nas escolas e no planejamento do professor pra que as crianças desenvolvam o gosto pela leitura, competências e habilidades humanas. A contação de história é um ato que encanta as crianças, mobiliza sua atenção e favorece no seu desenvolvimento. 
	Nesse sentido, a pesquisa promoveu essa reflexão para aprimorar as práticas a serem desenvolvidas no campo escolar. Diante o curso de Pedagogia, percebe-se que o professor deve ser agente investigador, manter-se atualizado e viver em constante pesquisa para atender a demanda da realidade. A modalidade da Educação Infantil é o nível mais importante da Educação Básica, em que nessa fase as crianças estão em desenvolvimento e formação de aprendziagem. 
A modalidade citada nessa pesquisa possui uma função de formar seres críticos e reflexivos, inserir na sociedade a partir de uma boa literatura e rotina no âmbito escolar. A hora da história não deve ser uma atividade mecância, e sim prática signficativa para a criança, momento de viajar, imaginar, interagir com aquilo que está sendo contado. 
	Desse modo, a contação de história favorece em vários aspectos do desenvolvimento da criança tais como: seu cognitivo, físico, psicológico e sociais. Auxilia na formação de valores e caráter, favorece no respeito, convívio no coletivo e atuação na sociedade. Desenvolve a imaginação, criatividade, fantasia, linguagem, atenção, memória, raciocínio, entre outros. Considera-se também que é preciso estimular as crianças e apresentar o mundo da literatura infantil desde cedo. Nesse contexto, a família pode contribuir com organizarção de sua casa, costume, valores e culturas, disponibilizando o contato com diversos tipos de livros. 
	A Literatura Infantil é um elemento fundamental, momento de cultivar hábitos de leitura, possibilitar que ela conheça diversas culturas existente em nosso mundo, enrinquecer seu vocabulário, estimular a linguagem e as funções psiquicas superiores. Assim, esse estudo possibilitou compreender que é uma ferramenta crucial para comunicação e interação. 
	O professor por sua vez possui um papel importante no processo de contação de história, onde deve-se refletir desde planejamento e organização dessa prática até sua execução e avaliação. Foi citado sobre a seleção de livros, maneira de contar a história aos alunos e relacionar com a realidade do mesmo para mobilizar seus interesses e contribuir em sua aprendizagem. Para tanto, percebe-se a importância de promover o contato da criança com o mundo da contação de história como aquilo que irá estimular em suas capacidades cognitivas, desenvovlimento afetivo e social. 
	No entanto, sugere-se mais pesquisas sobre o tema, aprofundamento em relação a infância e os instrumentos que são cruciais para contribuir em sua formação como ser humano. Desse modo, a expectativa é de profisisonais da educação capacitados para atender a demanda de crianças que inserem no meio escolar e que tenham suas necessidades atendidas. 
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