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29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+DA… 1/16 Imprimir INTRODUÇÃO Que horas são? Que dia é hoje? Por que o dia acaba e a noite chega? Se a Terra se move, como eu não percebo? Parecem perguntas simples, até banais? Não são! As perguntas são fundamentais para nos colocar em movimento na busca pelo conhecimento, e são elas que irão possibilitar a observação, os registros e a interpretação de fatos e fenômenos, contribuindo para ampliar a compreensão do método cientí�co e, consequentemente, os conhecimentos sobre a Terra e o Universo. Dessa maneira, nesta aula você irá aprender sobre as diferentes escalas de tempo, sobre o movimento aparente do Sol no céu, bem como algumas características do planeta Terra e suas diferentes formas de representação. Você também terá a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre diferentes usos e características dos solos, além de interpretar e identi�car as tendências e inovações tecnológicas usadas no ensino de Ciências. Estudar a Terra, o Universo e o meio-ambiente permite entender mais sobre nós, não é mesmo? NOÇÃO DE TEMPO. CARACTERÍSTICAS E MOVIMENTOS DA TERRA A noção de tempo, assim como a ampliação da noção de espaço, estão em pleno desenvolvimento nas crianças dos primeiros anos do Ensino Fundamental. As ideias de sucessão do tempo, como passado, presente e futuro, podem ser aprimoradas a partir da ordenação de fatos do cotidiano da criança, ou trabalhadas quando o aluno ouve uma história e é capaz de recontá-la ordenando temporalmente os acontecimentos. Aos poucos, o aluno deve ir se distanciando da ideia de tempo baseada apenas na sua própria vivência (descentração) para ir adquirindo uma noção menos individual e mais social do tempo. O mesmo deve acontecer em relação ao espaço, pois espaço e tempo são noções fundamentais para a ampliação da compreensão da realidade física e social. (SALUSTIANO; ARAÚJO, s/ano, p. 15). A partir dos sentidos, como a visão e o tato, percebemos a sucessão de dias e noites, ou o movimento do nascer e do pôr do Sol. Mas, por que e como ocorre a alternância claro/escuro? Será mesmo que é o Sol que se movimenta no céu? Compreendendo o movimento de rotação da Terra, poderemos estabelecer relação com os fatos mencionados. Vejamos: A Terra executa um movimento em torno de seu próprio eixo, como um pião. Ela se movimenta no sentido anti- horário, isto é, de oeste para leste. Para completar 360 graus, isto é, uma volta completa em torno de si, ela leva aproximadamente 24 horas (23 horas e 56 minutos). É, portanto, a rotação da Terra o movimento responsável pela sucessão de dias e noites, pois há uma alternância entre as partes que recebem ou não luz e calor do Sol. Figura 1 | Movimento de rotação da Terra Aula 1 OBJETOS DE CONHECIMENTO DO 1º AO 3º ANO: TERRA E UNIVERSO Que horas são? Que dia é hoje? Por que o dia acaba e a noite chega? Se a Terra se move, como eu não percebo? Parecem perguntas simples, até banais? Não são! 33 minutos O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM SOBRE TERRA E UNIVERSO Aula 1 - Objetos de conhecimento do 1º ao 3º ano: terra e universo Aula 2 - Objetos de conhecimento do 4º ao 5 ano: terra e universo Aula 3 - Recursos didáticos e tecnológicos para o ensino de ciências e a interdisciplinaridade Aula 4 - Estratégias de ensino e aprendizagem: terra e universo Referências 135 minutos 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+DA… 2/16 Fonte: Wikimedia. A rotação da Terra também é responsável pelo movimento aparente do Sol. Dizemos aparente, pois, na realidade, a Terra, ao girar em torno de si, faz com que vejamos no céu o movimento do Sol, que nasce no leste e se põe no oeste. E quanto ao formato da Terra? Embora alguns ainda a�rmem que ela é plana, o grego Eratóstenes, que viveu entre 276 a.C. e 195 a.C., já havia descoberto que seu formato era de uma esfera, tendo inclusive calculado com bastante precisão a medida de sua circunferência. E como ele fez isso? Observou a sombra de duas colunas, uma colocada em Siena e outra em Alexandria, as duas no Egito, e notou que em Siena a coluna não projetava nenhuma sombra, já em Alexandria, produzia uma pequena mancha no chão A que conclusão ele chegou? Se o planeta fosse plano, as sombras seriam iguais; como ele é esférico, produz sombras diferentes. Este é um interessante experimento que pode ser feito com os alunos, o que você acha? (Revista Galileu, 2017). Atualmente, possuímos inúmeras fotogra�as aéreas e imagens de satélites de nosso ‘planeta azul’, o que tem permitido conhecê-lo e mapeá-lo com mais facilidade e precisão. Por exemplo, sabe-se atualmente que a Terra não possui a forma de uma esfera perfeita, mas sim de um geoide, pois ela é ligeiramente achatada nos polos, sendo a região da Linha do Equador mais larga. E, desde o surgimento da Terra, há 4,5 bilhões de anos, quando os minerais que compõem o Planeta foram se resfriando e se tornando sólidos, dando origem às primeiras rochas, deu-se início o processo de formação dos solos (pedogênese), a partir da ação de agentes naturais na decomposição e transporte das chamadas rochas matrizes. DIMENSÕES DO TEMPO, TEORIAS SOBRE O SISTEMA SOLAR E FORMAÇÃO DOS SOLOS Há também que se observar uma outra importante dimensão do tempo, qual seja, a duração, que pode ser medida e representada, em minutos, horas, dias, semanas, meses ou anos. Pode-se partir da realidade imediata da criança, nos primeiros anos de escolarização, para ir avançando para observações da sucessão e da duração de fatos e eventos, que, gradativamente, podem ir se distanciando do cotidiano do aluno. A terceira dimensão do tempo diz respeito à simultaneidade, que permitirá compreender que “ao mesmo tempo” em que é noite no Brasil é dia no Japão, por exemplo. Estes conceitos são fundamentais para a futura compreensão do tempo histórico, social e geológico. Assim como a criança ao se desenvolver amplia sua interpretação do mundo, a sociedade humana também propõe novos modelos para entender e explicar a realidade. Um bom exemplo é a mudança de perspectiva acerca da compreensão da organização do Sistema Solar. Observe: Desde a Antiguidade Clássica até meados de 1500 d.C., a concepção mais aceita era a do modelo Geocêntrico (geo = Terra; kéntron = centro), que dizia que a Terra era o centro do Universo e todos os demais corpos celestes (sol, lua, estrelas) giravam em torno dela, em órbitas circulares perfeitas. Alguns cientistas do século XVI, dentre eles, Nicolau Copérnico, retomaram alguns trabalhos já desenvolvidos pelo grego Aristarco de Samos (século III a.C.) e elaboraram a teoria Heliocêntrica (Hélius = Sol; kéntron = centro), teoria que a�rmava ser o Sol o centro do Universo, sendo que a Terra e os demais planetas orbitavam ao seu redor (MACIEL, 2002, p. 287). Além disso, nossos antepassados também observaram diversas evidências indiretas de que a Terra é esférica. Observavam a lua, o Sol e viam que eram redondos – por similaridade, a Terra também deveria ser. Durante os eclipses lunares, observavam que a sombra da imagem da Terra projetada na Lua era esférica. Também 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+DA… 3/16 observavam os barcos desaparecendo aos poucos na linha do horizonte, primeiro o casco, seguido do corpo do navio e por último o mastro. As evidências são importantes para a construção do conhecimento, pois um observador na Terra não poderia perceber sua esfericidade. Hoje, não há apenas evidências deseu formato muito próximo ao de uma esfera, mas provas concretas, como as imagens e fotogra�as tiradas do espaço e da Lua, por exemplo, que comprovam que a Terra não é plana. Ao investigarmos o �uxo e a transformação de energia, constata-se que a energia é transferível, tem diferentes formas e pode ser detectada e medida. Dessa maneira, a luz e o calor do Sol podem ser transferidos e transformados para diferentes superfícies de maneiras distintas, por exemplo: a água precisará de uma quantidade de calor para aquecer-se, enquanto as rochas e os minerais irão re�etir grande parte da radiação solar. O mesmo ocorrerá com a cor preta, que ao absorver calor terá um aumento maior de temperatura do que a cor branca (MCGRAW, 1978, p. 219). Sendo a Terra um organismo vivo, em constante movimento e transformação, seus sistemas também são dinâmicos e em (trans)formação. Os solos, formados ao longo de milhares de anos a partir da decomposição da matéria orgânica e das rochas matrizes, irão apresentar diferentes características como cor, textura, cheiro, porosidade, permeabilidade. E qual a importância dos solos? Eles são fundamentais para a agricultura e para a vida, pois são seu suporte mecânico, além de fornecerem os nutrientes necessários ao desenvolvimento dos vegetais. ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM SOBRE TERRA E UNIVERSO Em relação às diferentes escalas de tempo, é interessante que os alunos possam organizar, com o auxílio de imagens, a sucessão das atividades que realizam ao longo de um dia. Podem também nomear atividades que executam diária, semanal, mensal e anualmente. A construção e a interpretação de uma linha do tempo pode ser uma atividade interessante – a princípio, uma linha biográ�ca das crianças, com principais acontecimentos de sua vida, e posteriormente, uma linha do tempo de fatos que sejam relevantes para o coletivo da sala de aula ou da escola, por exemplo. Estas atividades podem contribuir para a aquisição de visões menos individualistas e mais sociais dos acontecimentos, contribuindo para o aprendizado das noções de sucessão e duração e também para a contagem e a representação do tempo. Atividades de observação e registro das regularidades com a construção de hipóteses e posterior análise contribuem para o desenvolvimento do método cientí�co. Observação das condições do tempo atmosférico, da duração dos dias e das noites, dos locais e horários onde o Sol nasce e/ou se põem, seguida dos registros e das observações, pode trazer inúmeras contribuições na aquisição dos conceitos escolares. A adoção de modelos é uma estratégia que poderá contribuir para a compreensão do movimento de rotação da Terra. Por exemplo, ao girar um globo terrestre no sentido anti-horário e iluminá-lo com uma lanterna de celular, representando o Sol, estaremos demonstrando a maneira como a Terra recebe luz e calor do Sol de maneira desigual à medida que gira. Os próprios alunos podem fazer jogos de interpretação ao representarem o Sol e o movimento de rotação da Terra. Uma maneira muito interessante das crianças irem se apropriando e familiarizando com as diferentes representações da Terra é disponibilizando a eles o globo terrestre (a mais �el representação do planeta), mapas em diferentes tamanhos e escalas (são representações planas em formato reduzido da Terra), imagens de satélites e fotogra�as aéreas do planeta Terra e do Universo. As representações da Terra (mapas, globos, imagens, fotos) e também os modelos (já prontos ou produzidos pelos alunos com isopor ou papel, por exemplo), aguçam a curiosidade e o senso de investigação. É sempre importante questioná-los a respeito das características dos materiais que observam e/ou constroem: formas, cores, tamanhos, semelhanças e diferenças. Por exemplo, qual a forma de um planisfério? E do globo? Quais as semelhanças entre eles? E as diferenças? Qual representa de maneira mais �el o nosso planeta? Por quê?, etc. Os mesmos princípios de observação, registro, formulação de hipóteses e análise podem ser aplicados ao estudo dos solos, ou aos efeitos da radiação solar em diferentes tipos de superfície (água, areia, solo, superfícies, claras ou escuras). As estratégias de disponibilizar aos alunos diferentes tipos de solo, coletados e organizados previamente pelo professor, associados a um roteiro de observações e registros, ou mesmo a visualização de imagens de diferentes solos com o auxílio das tecnologias digitais, irão permitir aos alunos reproduzirem o método cientí�co de exploração do mundo físico. 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+DA… 4/16 VÍDEO RESUMO O estudo sobre a Terra e o Universo é extremamente instigante, você não acha? Vimos como desde a Antiguidade nossos antepassados se voltaram para o céu em busca de respostas. Nesta videoaula, teremos a oportunidade de aprender um pouco mais sobre temas como a aquisição da noção de tempo pelas crianças, passando pelo movimento aparente do Sol e suas consequências e também sobre a formação dos solos. Vamos juntos? Saiba mais SALUSTIANO, V.; ARAÚJO, H. Orientações didáticas para a construção da noção de tempo no Ensino Fundamental I. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431304/2/Virg%C3%ADnia%20Salustiano%20e%20Helena% 20Ara%C3%BAjo.pdf. Acesso em: 10 set. 2022. Apresenta uma discussão teórica sobre o tema de maneira didática e desenvolve atividades com vistas a diagnosticar e desenvolver as principais noções temporais. PACHECO, R. C. Atividades lúdicas e experimentais de investigação em astronomia. Produto educacional. Universidade Federal do Pará - UFPA. Instituto de Educação Matemática e Cientí�ca – IEMCI. Disponível em: http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/565543. Acesso em: 10 set. 2022. Ambos constam no portal eduCAPES, site da Agência de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que, em parcerias com Universidades, reúne inúmeros produtos educacionais, objetos digitais de aprendizagem, artigos voltados ao ensino-aprendizagem de conceitos escolares. INTRODUÇÃO Nesta aula você irá aprender a identi�car os pontos cardeais com base no registro de diferentes posições relativas do Sol e do Gnômon. Aprenderá também acerca da existência de diferentes teorias para a origem do Universo, sobre os movimentos cíclicos da Lua e da Terra e a construção de calendários por diferentes povos em momentos distintos da história. Além disso, aprenderá sobre as constelações no céu, as fases da lua e instrumentos ópticos, bem como o uso das tecnologias digitais e não-digitais para o processo de ensino- aprendizagem dos conceitos cientí�cos. Bons estudos. A ORIGEM DO UNIVERSO E A OBSERVAÇÃO DOS FENÔMENOS CELESTES O que existia antes de tudo existir? Depende. Para os Gregos, no princípio era o Caos e tudo o que viria a existir estava misturado nesta confusão em forma de semente. Do Caos nasceu Gaia (Terra), e então os elementos como a água, o fogo, os minerais foram se organizando. Para a tradição hebraica e cristã, existe um ser Criador de todas as coisas. Os povos tupi-guaranis, ao observarem o céu e suas regularidades, atribuíam divindades aos astros e fenômenos da natureza: a lua (Jaci), o sol (Guaraci), trovão (Tupã), sendo este último o responsável por criar tudo o que existe. E o que o método cientí�co ocidental sabe acerca do surgimento da Terra e do Universo? Este é um dos objetivos de aprendizagem para esta aula. Vamos investigar juntos? (BOTELHO, 2019; GUARANI; PREZIA, 2019). Atualmente a teoria mais aceita para a origem do Universo é a do Big Bang, ou grande explosão. Há 14 bilhões de anos, tudo o que existia estava concentrado em um único ponto, até que uma grande explosão ocorreu dando origem ao espaço-tempo. Segundo esta teoria, o Universo está em constante expansão arrastando consigoas galáxias, que estão se afastando umas das outras. A nossa galáxia recebe o nome de Via Láctea e teria sido formada há 13 bilhões de anos. A Via Láctea, com seu formato de espiral, possui aproximadamente Aula 2 OBJETOS DE CONHECIMENTO DO 4º AO 5 ANO: TERRA E UNIVERSO Nesta aula você irá aprender a identi�car os pontos cardeais com base no registro de diferentes posições relativas do Sol e do Gnômon. 33 minutos https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431304/2/Virg%C3%ADnia%20Salustiano%20e%20Helena%20Ara%C3%BAjo.pdf http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/565543 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+DA… 5/16 200 bilhões de estrelas e é o endereço do nosso Sistema Solar, que foi formado há 4,6 bilhões de anos, juntamente com o planeta Terra. De acordo com Carl Sagan, “somos todos poeira das estrelas”, pois a matéria cósmica que formou todo o Universo é a mesma que também nos compõe (MACIEL, 2022, p. 292). A observação de algumas regularidades, como a sucessão de dias e noites, as fases da lua, as estações do ano, dentre outras, impulsionaram as pesquisas na busca pelo conhecimento, contribuindo para um acúmulo de saberes acerca de astronomia, matemática, geogra�a, geometria, dentre outras ciências, que possibilitaram, por exemplo, a construção de importantes instrumentos para auxiliá-los em seus objetivos. O gnômon, a rosa dos ventos, a bússola, os calendários, os mapas, relógios, lunetas, microscópios e GPS são exemplos dessas ferramentas que auxiliam nos objetivos de se localizar no espaço e quanti�car o tempo. Vamos voltar a falar desses instrumentos e de sua importância e também trataremos sobre diferentes maneiras de contar o tempo. A medida de tempo mais utilizada pela maioria dos países do mundo atualmente é o calendário gregoriano, instituído em 1582 pelo papa Gregório XIII. É o que mais se aproxima do ano solar, calculado hoje em 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos, que é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol, o que chamamos de movimento de Translação da Terra. O movimento de translação da Terra, associado à inclinação do eixo terrestre, é o responsável pelas estações do ano em nosso planeta (MACIEL, 2022, p. 290). Figura 1 | Movimento de translação da Terra Fonte: Wikimedia Commons. CONTAGEM DO TEMPO, LOCALIZAÇÃO NO ESPAÇO E FASES DA LUA Diferentes épocas, culturas e civilizações utilizaram distintas unidades de medidas de tempo e, dessa maneira, criaram calendários diversos. Os Maias, uma das mais avançadas sociedades da América pré-colombiana, surgida por volta de 700 a.C., na América Central, possuíam conhecimentos precisos de astronomia e duas maneiras diferentes de contar o tempo: um calendário ritual e sagrado de 260 dias (tempo aproximado da gestação humana), divididos em 13 grupos de 20 dias; outro calendário solar, de 365 dias. Os egípcios, por volta de 4000 a.C., já tinham criado um calendário de 365 dias, com 12 meses de 30 dias e 5 dias extras dedicados aos deuses. Não é incrível!? Já o calendário Chinês é lunar, sendo que, a cada doze luas, completa-se um ano, que é oferecido e representado por um animal (FIGUEIRA, 2005, p. 21). Atualmente existem inúmeros instrumentos ópticos para observação dos corpos celestes, desde binóculos e telescópios, que permitem ampliar os objetos que estão a grandes distâncias, como os outros planetas ou galáxias, e podem ser grande aliados do processo de ensino-aprendizagem. Você com certeza se lembra dos pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste, certo? E dos pontos colaterais: nordeste (NE), sudeste (SE), sudoeste (SO) e noroeste (NO)? Talvez. Mas, qual a importância e utilidade desse sistema de localização? Você conseguiria identi�cá-los a partir do movimento aparente do Sol? E a partir do Gnômon (aquela haste �xada perpendicularmente em um local plano e ensolarado), você saberia? Vamos conversar sobre isso? Nos livros didáticos, as orientações que comumente encontramos para encontrar os pontos cardeais a partir do Sol são as seguintes: localize o local onde o Sol nasce. Aponte o seu braço direito e você encontrará o leste (nascente); esticando o braço esquerdo você irá localizar o oeste (poente); à sua frente estará o norte e, atrás de você, o sul. Este método nos traz uma posição aproximada do leste e oeste, chamadas de horizonte leste e horizonte oeste, pois, como já vimos, há uma variação ao longo do ano nas posições de nascimento e do pôr do Sol. No entanto, ao utilizarmos o Gnômon, a posição Norte-Sul será dada pela menor sombra projetada ao longo do dia. Figura 2 | Rosa dos Ventos - com indicação dos pontos cardeais e colaterais 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+DA… 6/16 Fonte: Wikimedia Commons. As fases da lua ocorrem pois este não é um astro luminoso, isto é, não possui luz própria, mas sim re�ete a luz solar. A Lua é o satélite natural da Terra e orbita em torno de nosso planeta em voltas que duram 29,5 dias. A porção da Lua que vemos de sua face visível e que está iluminada é o que chamamos de fases da Lua. E, embora essa porção iluminada varie diariamente, atribuímos apenas quatro nomes a essas variações: nova (quando a face visível não recebe luz do Sol); quarto-crescente; quarto-minguante e cheia (quando a Terra está entre o Sol e Lua e vemos sua face visível totalmente iluminada) (MACIEL, 2022, p. 32). Figura 3 | Movimento de revolução e fases da Lua Fonte: Wikimedia Commons. As constelações são desenhos formados com as estrelas no céu, como em uma brincadeira de ligar os pontinhos. Cada povo, com sua cultura, observou e criou diferentes constelações no céu. No entanto, com a necessidade de padronização, criou-se um sistema universal de constelações baseado na mitologia grega. É possível utilizar as constelações como referência para marcar as estações do ano (RIOGA, s/d). OBSERVAÇÃO, CONSTRUÇÃO DE MODELOS E UTILIZAÇÃO DE SIMULADORES VIRTUAIS Além da origem do Universo, de acordo com diferentes visões de mundo, o que mais diz a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) sobre o processo de ensino-aprendizagem das Ciências da Terra, para o Ensino Fundamental, na unidade temática Terra e Universo? A BNCC atribui uma grande importância à observação de fatos e fenômenos celestes, e também ao caráter transitório e diverso acerca da construção do conhecimento. É muito importante ressaltar para os nossos alunos que, desde os primórdios da história das civilizações, os seres humanos sentem a necessidade de se localizar no espaço e de quanti�car o tempo. Busca-se a compreensão de características da Terra, do Sol, da Lua e de outros corpos celestes – suas dimensões, composição, localizações, movimentos e forças que atuam entre eles. Ampliam-se experiências de observação do céu, do planeta Terra, particularmente das zonas habitadas pelo ser humano e demais seres vivos, bem como de observação dos principais fenômenos celestes. Além disso, ao salientar que a construção dos conhecimentos sobre a Terra e o céu se deu de diferentes formas em distintas culturas ao longo da história da humanidade, explora-se a riqueza envolvida nesses conhecimentos, o que permite, entre outras coisas, maior valorização de outras formas de conceber o mundo, como os conhecimentos próprios dos povos indígenas originários. — (BRASIL, 2018a, p. 328) 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+DA… 7/16 Nesta etapa da escolarização, o aluno está reforçando o seu processo de descentração, queconsiste na superação do egocentrismo infantil, compreendendo gradativamente que o mundo que o cerca possui regras e ritmos próprios. O estudo das leis da natureza e do Universo muito contribuem para este processo. As pesquisas utilizando as tecnologias digitais podem colocar o aluno em contato com formas diversas de compreender e explicar o universo. Ouvir histórias sobre mitos e lendas da criação do Universo por diferentes povos e culturas também é de grande importância para o desenvolvimento dos alunos. A astronomia é uma ciência fascinante e pode ser trabalhada com diferentes etapas da escolarização com diversos níveis de complexidade. Por exemplo, a Lua aparece para nós sempre da mesma maneira? Vamos observá-la durante 30 dias e realizar registros de nossas observações. Ao longo do processo, é importante problematizar com os alunos algumas questões: foi fácil localizá-la no céu? Ela aparece sempre no mesmo local? Sempre nos mesmos horários? Por que algumas vezes está visível, outras não? É importante permitir que os alunos elaborem suas próprias hipóteses. O uso de simuladores virtuais pode ser inserido no ensino de ciências, auxiliando e enriquecendo a prática docente, inclusive minimizando a necessidade de laboratórios didáticos. Dentre os inúmeros simuladores virtuais disponíveis, podemos citar o Stellarium, que é um simulador astronômico virtual: “Com os diversos recursos oferecidos esta ferramenta é capaz de simular o céu de forma realista e em três dimensões, semelhante ao que se pode enxergar a olho nu ou mesmo com auxílio de telescópio” (SANTOS; SANTOS, 2022, p. 1468). A construção de modelos do sistema Sol-Terra-Lua também é de grande importância para a compreensão dos movimentos realizados por estes astros que ocorrem de maneira simultânea. Aqui também o corpo dos alunos pode ser utilizado como representação desses movimentos. O mesmo raciocínio poderá ser aplicado para a compreensão do movimento de translação da Terra: a construção de modelos, a representação dos movimentos com os corpos das crianças e a observação, registros e problematizações. VÍDEO RESUMO Nesta videoaula você terá a oportunidade de rever os conceitos e aprofundar seus conhecimentos em relação ao processo de ensino-aprendizagem sobre a Terra e o Universo. Os principais conteúdos abordados serão: a origem do Universo, os pontos cardeais e colaterais, alguns calendários criados ao longo do tempo por diferentes culturas, fases da Lua e eclipse lunar, além de constelação e mapas celestes. Saiba mais Resultado de um mestrado pro�ssional em Ensino de Física na Universidade Federal de Alagoas (UNIFAL) e com apoio da Sociedade Brasileira de Física, o site conta com inúmeras informações e experimentos que envolvem a astronomia, voltados para professores do ensino fundamental e médio. Medindo direções - Construindo um gnômon Disponível em: http://www.astronomiapratica.com.br/experimentos/medindo-direcoes-construindo-um- gnomon/. Acesso em: set. 2022. O site abaixo é resultado de um projeto de extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora, e tem como objetivo apresentar conceitos e teorias da física de maneira lúdica e didática. Além da discussão conceitual, o material apresenta inúmeras atividades e experimentos para serem desenvolvidos com os alunos. Disponível em: https://www.ufjf.br/�sicaecidadania/. Acesso em: set. 2022. INTRODUÇÃO Aula 3 RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS E A INTERDISCIPLINARIDADE Nesta aula você irá aprender sobre recursos didáticos. Mas o que são recursos e qual sua importância no processo educativo? 35 minutos http://www.astronomiapratica.com.br/experimentos/medindo-direcoes-construindo-um-gnomon/ https://www.ufjf.br/fisicaecidadania/ 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+DA… 8/16 Nesta aula você irá aprender sobre recursos didáticos. Mas o que são recursos e qual sua importância no processo educativo? Recursos são suportes, apoios pedagógicos que irão auxiliar e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. Abordaremos o uso de recursos tecnológicos e a utilização de múltiplas linguagens, bem como o uso de materiais concretos para a realização de experimentos cientí�cos e resolução de problemas no estudo das Ciências da Natureza. Analisaremos também o quanto a interdisciplinaridade pode contribuir para tornar a aprendizagem mais contextualizada e signi�cativa, contribuindo com a alfabetização cientí�ca e tecnológica. RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS Embora pareça simples, a ação docente, o ensinar algo a alguém é uma tarefa bastante complexa. Os conhecimentos especí�cos da docência são formados por múltiplos saberes, pois, além de conhecer profundamente o conteúdo a ser ensinado, é preciso saber como ensinar. É necessário planejar muitas etapas, a começar pela seleção do conceito (o que ensinar) e as maneiras mais adequadas de acordo com os objetivos de�nidos. É preciso traçar estratégias, conhecendo a maneira pela qual os alunos aprendem; é necessário lançar mão de variados recursos didáticos, sejam eles reais ou virtuais; propor desa�os; dimensionar o tempo; organizar o espaço, etc. (TARDIF, 2014; PIMENTA, 1999). Em relação à temática Terra e Universo, a BNCC aponta que é preciso que os alunos ampliem “as experiências de observação do céu, do planeta Terra, particularmente das zonas habitadas pelo ser humano e demais seres vivos, bem como de observação dos principais fenômenos celestes” (BRASIL, 2018, p. 328). Uma maneira muito interessante de colocar esta orientação em prática é utilizando metodologias ativas; para Pedro Demo (2018, p. 40), a “aprendizagem ativa pressupõe ultrapassar a passividade do aluno que só escuta a aula”. Uma importante metodologia ativa proposta por este autor é a aprendizagem baseada em pesquisa, vejamos: Para Demo, é urgente superarmos os modelos de apenas aulas expositivas; para isso, ele nos propõe caminhos para uma aprendizagem por descoberta, por meio de experiências e jogos construtivos, na qual os alunos interagem com o meio (pessoas, objetos, situações-problemas) e, assim, questionam e aprendem: “o processo de pesquisa para crianças pequenas inclui envolvimento, exploração, investigação e comunicação” (DEMO, 2018, p. 44). Considerando a criança enquanto um ser complexo e em desenvolvimento e que o letramento cientí�co pode ser obtido com o apoio de outras linguagens visando uma educação integral da criança; considerando também que nem todo conceito é passível de experimentação, apontamos o valor de uma diversi�cação quali�cada dos recursos pedagógicos, como: �lmes, músicas, poemas, vídeos (animações, documentários), jogos, notícias de jornal, histórias em quadrinhos, podcasts, imagens de satélites, mapas, fotogra�as, desenhos, lembrando que todos estes recursos podem ser consumidos e também produzidos pelos alunos como uma maneira de comunicar suas descobertas/aprendizagens (NÉBIAS, 1999). Em especial na temática Terra e Universo, a utilização de experimentos cientí�cos como a construção de modelos Sol-Terra-Lua e a observação de seus movimentos e órbitas, com a representação do Sol por uma lanterna, por exemplo, pode ser muito útil para a compreensão dos principais movimentos e órbitas dos astros citados. A internet pode ser uma grande aliada do professor, ao conter uma in�nidade de todos os recursos acima citados, lembrando a importância dos critérios na seleção do material, visto que nem todos sites podem ser fontes con�áveis de informação. Existem recursos tecnológicos especialmente pensados para o processo de ensino-aprendizagem e que podem contribuir de maneira muito signi�cativa para a aprendizagem, como os simuladores virtuais ou objetos de aprendizagem. Que tal conhecermos um pouco mais sobre esses recursos educacionais e seupotencial para tornar a aprendizagem mais atrativa e dinâmica? Aprender por pesquisa envolve desenvolver questões, fazer observações, conduzir investigação para descobrir qual informação já está registrada, desenvolver métodos para experimentos, desenvolver instrumentos para dados, coletar, analisar e interpretar dados, esboçar explanações possíveis e criar predições. — (DEMO, 2018, p. 40-41) 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+DA… 9/16 APRENDIZAGEM ATIVA E POR DESCOBERTA Para Pozo (1998), a aula deve ser pensada como um projeto de investigação. Parte-se sempre de uma pergunta; e as perguntas nascem da observação e da inquietação. Por que existem dias e noites? Ao vermos, ouvirmos, sentirmos o mundo, buscamos entender seu funcionamento e os conceitos nos auxiliam nesse objetivo. Constatamos a sucessão de dias e noites. Como explicá-lo? Quais os conceitos me permitem compreender e explicar cienti�camente este fenômeno? O movimento de rotação da Terra em torno do seu próprio eixo e o movimento da Terra em torno do Sol, são alguns dos conhecimentos básicos para responder à pergunta acima. Como mediar a aprendizagem dos conceitos de rotação e translação da Terra? É importante destacar que as experiências da criança no mundo e com o mundo são matéria-prima para seu aprendizado. Brincar com sombras, com um pião ou um bambolê, são experiências-base para a aprendizagem à medida em que irão interagir e dar sentido aos novos conceitos (POZO, 1998). Uma criança que já brincou com o pião fará facilmente analogia com a rotação da Terra. O mesmo raciocínio para as crianças que já interagiram com luz e sombra. Todas as experiências obtidas por meio das brincadeiras apoiam a compreensão de conceitos cientí�cos, por exemplo, compreender o Gnômon - aquele instrumento que permite medir, por meio da sombra projetada no chão, o ‘movimento aparente do sol’ no céu. Quando o novo conceito (rotação da Terra, eclipse, ou movimento aparente do Sol) interage com o conhecimento prévio, produzindo novo conhecimento, ocorre o que Ausubel et al. (1980) chamaram de aprendizagem signi�cativa, isto é, quando a nova informação se ancora em experiências anteriores. Para Ausubel et al. (1980), pode-se iniciar a conversa com os alunos a partir do que o autor chama de organizadores prévios, que são materiais introdutórios, apresentados antes do material a ser apreendido em si e têm como função fazer uma ponte e acessar os conhecimentos prévios. Esta pode ser uma simples palavra, uma imagem, um fato, buscando trazer as experiências que os alunos já têm sobre aquele conteúdo. Ou, se o tema selecionado for as fases da lua, podemos passar a observá-la no céu, todas as noites, local e horário onde nasce, percebendo a sua forma, com registros das observações em desenhos para compor o calendário lunar. O aluno pode fazê-lo individualmente ou pode obter um registro coletivo com cada aluno anotando um dia do ciclo da lua. Partimos para a leitura de textos diversi�cados previamente selecionados pelo professor e então as perguntas são elaboradas. ● Por que existe noite e dia? ● Existem quantas luas? ● Qual o tamanho da Terra? E da Lua? ● Qual é o formato da Terra? Como posso ter certeza disto? Lembrando que ciência é o método da descoberta incansável e sempre inconclusa (DEMO, 2018) e que a prática pedagógica é intencional, isto é, cada ação deve ser pensada e estrategicamente combinada com ações diversi�cadas, com vistas a atingir um objetivo pedagógico. Demo (2018), ao defender uma aprendizagem por descoberta, nos fala acerca da pesquisa enquanto um princípio educativo e cientí�co. Ele apresenta algumas atividades que são essenciais para a aprendizagem, que, embora mediada pelo professor, acontece na mente do aluno – ninguém pode aprender por ele. É por isso que a aprendizagem é um processo essencialmente ativo por parte do “aprendente”. As atividades fundamentais destacadas por Demo (2018, p. 87) são: ● Ler. ● Estudar (ler de autores para se tornar autor) pesquisar. ● Elaborar - de maneira autoral, usando o método cientí�co e a produção cientí�ca implica saber fundamentar, argumentar, contra-argumentar. SIMULADORES VIRTUAIS E INTERDISCIPLINARIDADE O estudo da Terra e do Universo é um tema fascinante que pode ser trabalhado com alunos de diversas etapas da escolarização em diferentes níveis de complexidade, sempre considerando que a interdisciplinaridade é inerente ao estudo dos temas relacionados à astronomia, pois são necessários saberes de diferentes áreas do 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+D… 10/16 conhecimento como a matemática, física, geogra�a, ciências, história para interpretar os fenômenos celestes observados. Dessa maneira, a aprendizagem por pesquisas de maneira interdisciplinar sobre Terra e Universo podem muito contribuir para a alfabetização cientí�ca e tecnológica dos alunos. Atualmente, graças ao avanço das ciências e das tecnologias, existe à disposição dos professores inúmeros simuladores virtuais. Os simuladores virtuais trazem uma série de vantagens ao processo de aprendizagem, pois, além de tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas, envolvendo o aluno, favorecem a compreensão ao simular/representar fenômenos abstratos e de grande complexidade, que só poderiam ser visualizados em laboratórios tradicionais. Apresentamos a seguir alguns simuladores virtuais disponíveis na internet que podem servir de inspiração para que você os conheça e pense em diferentes estratégias de utilização com os alunos. O primeiro deles é o Stellarium, um planetário virtual, gratuito e de código aberto, no qual é projetado o céu de forma muito realista, semelhante ao que se pode enxergar a olho nu ou mesmo com auxílio de telescópio (SANTOS; SANTOS, 2022, p. 1464). Nele é possível visualizar o traçado das constelações, ver o céu a partir de diferentes lugares do mundo, localizar estrelas e planetas. É um software que permite muitas possibilidades didáticas a serem exploradas pelo professor. Figura 1 | Interface online do Stellarium Fonte: Stellarium. Um projeto sem �ns lucrativos da Universidade do Colorado criou uma ferramenta muito poderosa para o ensino de ciências: trata-se do programa PhET, uma plataforma de simulação virtual que possui cerca de 98 simuladores, sendo executadas através dos navegadores Web padrão dos computadores. Envolve temas de Física, Química, Matemática e Astronomia e “contam com interfaces dinâmicas e chamativas e de fácil manuseio, sendo que a plataforma online oferece propostas de atividades simulacionais para orientar e facilitar o trabalho do docente” (SANTOS; SANTOS, 2022, p. 1466). Figura 2 | Simulação de “Gravidade e órbita” no Phet Fonte: Phet. 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+D… 11/16 O Google Earth é um programa de computador bastante popular desenvolvido pela Google a partir da sobreposição de inúmeras imagens de satélites. Ele permite a visualização do planeta em três dimensões e a sua movimentação, além da possibilidade de interação e visualização em diferentes escalas. Também é um software aberto, na medida em que permite que o professor crie e incorpore sua utilização em diferentes sequências didáticas. É ideal para identi�car características da Terra, seu formato esférico, a presença de água, solo, etc. O Scratch também é uma plataforma digital de código aberto e gratuita, que permite a criação de objetos de aprendizagem pelosalunos. É possível utilizar o encadeamento dos blocos de comando para criar narrativas, jogos, animações interativas, além da possibilidade do compartilhamento dos objetos já criados (MOURA, 2021, p. 248). VÍDEO RESUMO Neste vídeo aula você aprenderá um pouco mais acerca da maneira pela qual as teorias da aprendizagem podem contribuir para que o aluno seja de fato o protagonista de seu aprendizado. Como posso inserir os recursos didáticos em minha aula de maneira intencional e que contribua com os meus objetivos? Como trabalhar com metodologias ativas e de maneira interdisciplinar no estudo de temas contemporâneos? É sobre esses e outros temas que iremos re�etir. Vamos juntos? Saiba mais Site: Astronomia Prática. Praticando a mais antiga das Ciências. Fonte: http://www.astronomiapratica.com.br/. Acesso em: set. 2022. O site surgiu como produto do Mestrado Nacional Pro�ssional em Ensino de Física (MNPEF), cursado pelo autor e promovido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) no polo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Este espaço tem por �nalidade a divulgação da Astronomia de forma prática e objetiva. Aqui você encontrará informações que vão desde a construção de um simples Gnômon (relógio primitivo de Sol) até a montagem de radiotelescópios. ORTIZ, R. Experimentos de Astronomia para o Ensino Fundamental e Médio. Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. 2a.ed., 2011, 75p. Disponível em: http://each.uspnet.usp.br/ortiz/classes/experimentos_2011.pdf. Acesso em: set. 2022. É um trabalho que visa fornecer ao professor de ensino fundamental e médio material didático para a demonstração de fenômenos relacionados à Astronomia, sob a forma de atividades práticas. Nele, o professor irá encontrar mais de 20 roteiros de atividades. PACHECO, R. C. Atividades lúdicas e experimentais de investigação em Astronomia. Produto educacional. Universidade Federal do Pará - UFPA. Instituto de Educação Matemática e Cientí�ca – IEMCI. Disponível em: http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/565543. Acesso em: set. 2022. Ambos constam no portal eduCAPES, site da Agência de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que, em parcerias com Universidades reúne inúmeros produtos educacionais, objetos digitais de aprendizagem, artigos, voltados ao ensino-aprendizagem de conceitos escolares. INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta aula você re�etirá sobre a realização de pesquisas escolares baseadas nos métodos de investigação das pesquisas cientí�cas, utilizando a linguagem e as especi�cidades das Ciências Naturais em relação às demais linguagens, acerca dos temas relativos à origem do Universo, do Sistema Solar e da Terra. Aula 4 ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM: TERRA E UNIVERSO Olá, estudante! Nesta aula você re�etirá sobre a realização de pesquisas escolares baseadas nos métodos de investigação das pesquisas cientí�cas 31 minutos http://www.astronomiapratica.com.br/ http://each.uspnet.usp.br/ortiz/classes/experimentos_2011.pdf http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/565543 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+D… 12/16 Você vai aprender também sobre a importância de desenvolver habilidades de organização e planejamento de aulas e em como a utilização das sequências didáticas podem te auxiliar nesse processo, pois se constituem em importantes estratégias de ensino-aprendizagem. APRENDIZAGEM ATIVA E POR DESCOBERTA Para iniciar esta aula retomamos as importantes ideias apresentadas por Pozo (1998) para conduzir as aulas de Ciências Naturais enquanto um projeto de investigação. Estas premissas estão de acordo com a BNCC, que nos diz que: A metodologia de aprendizagem por investigação não pretende que o aluno seja um pequeno cientista, mas busca aproximá-lo da metodologia do trabalho cientí�co através da observação e da formulação de hipóteses (POZO, 1998). A BNCC também destaca a importância do verbo “observar” no processo de ensino e aprendizagem, pois a atitude da observação traz consigo “o aguçamento da curiosidade dos alunos sobre o mundo, em busca de questões que possibilitem elaborar hipóteses e construir explicações sobre a realidade que os cerca” (BRASIL, 2018, p. 330). Além de fomentar a curiosidade dos alunos a partir da observação e elaboração de hipóteses, pretende-se também que, ao ensinar a partir da investigação e das pequenas pesquisas, “o estudante adquira certas atitudes (questionamento, re�exões sobre o observado, etc) e aprendam alguns procedimentos úteis (estratégias de busca e sistematização de dados)” (POZO, 1998, p. 83). A aprendizagem destas atitudes e procedimentos poderão servir para o desenvolvimento de um possível futuro trabalho cientí�co, mas também e principalmente para a compreensão e a interação com o mundo que os cerca. É necessário destacar que, de acordo com a BNCC, “o conhecimento espacial é ampliado e aprofundado por meio da articulação entre os conhecimentos e as experiências de observação vivenciadas nos anos iniciais, por um lado, e os modelos explicativos desenvolvidos pela ciência, por outro” (BRASIL, 2018, p. 328-329). E que “em especial nos dois primeiros anos do ensino fundamental, em que se investe prioritariamente no processo de alfabetização das crianças, as habilidades de Ciências buscam propiciar um contexto adequado para a ampliação dos contextos de letramento” (BRASIL, 2018, p. 331). Ao conduzirmos gradativamente uma aproximação aos principais processos, práticas e procedimentos de investigação cientí�ca associando-os às vivências, saberes, interesses e curiosidades sobre o mundo natural e tecnológico que os alunos já possuem, podemos contribuir para que a aprendizagem ocorra de maneira dinâmica, situada e signi�cativa. O professor, para atingir os objetivos acima mencionados, poderá organizar sequências didáticas, que se referem a metodologias ou atividades, isto é, ações intencionais de pesquisa, criação, planejamento e desenvolvimento direcionadas ao ensino. As metodologias e atividades propostas pelo professor poderão apresentar ações diversi�cadas, tendo em vista as condições e ritmos diferenciados de aprendizagem e saberes relacionados. Falaremos mais sobre as sequências didáticas a seguir. ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO DAS AULAS: A SEQUÊNCIA DIDÁTICA Caro estudante, uma importante habilidade a ser desenvolvida no ofício do magistério é a habilidade de planejar e organizar as aulas. Após estabelecido o objetivo da aula ou da sequência de aulas é o momento de pensar em atividades que, organizadas de maneira lógica, sequencial e estratégica, irão favorecer que o objetivo pedagógico seja alcançado de maneira e�caz. [...] não basta que os conhecimentos cientí�cos sejam apresentados aos alunos. É preciso oferecer oportunidades para que eles, de fato, envolvam-se em processos de aprendizagem nos quais possam vivenciar momentos de investigação que lhes possibilitem exercitar e ampliar sua curiosidade, aperfeiçoar sua capacidade de observação, de raciocínio lógico e de criação, desenvolver posturas mais colaborativas e sistematizar suas primeiras explicações sobre o mundo natural e tecnológico, e sobre seu corpo, sua saúde e seu bem-estar, tendo como referência os conhecimentos, as linguagens e os procedimentos próprios das Ciências da Natureza. — (BRASIL, 2018, p. 331) 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+D… 13/16 Uma importante estratégia que nos auxilia neste planejamento e organização das aulas é o conceito de sequência didática. Segundo Castelar (2016, p. 11), “as sequências de atividades planejadas para a efetivação de objetivos educacionais especí�cos”são denominadas sequência didática, isto é, um termo corrente em educação para de�nir os passos, ou etapas ligadas que de maneira encadeada vão tornar mais e�ciente o processo de aprendizado. Portanto, a elaboração de um conjunto articulado de atividades irá mobilizar todo o conhecimento pedagógico e de conteúdo, exigindo planejamento e organização do professor. Como exemplo de uma sequência didática, podemos citar um projeto de estudo interdisciplinar denominado ‘O tempo no ritmo dos astros’. Ele é interdisciplinar pois envolve habilidades tanto da área das Ciências da Natureza no eixo temático Terra e Universo, como da área de Matemática no eixo Grandezas e Medidas. Este projeto “centra-se na possibilidade de explorar o modo como o homem, ao longo de sua história, valeu-se do movimento dos astros para contar e controlar o tempo” (TAMIOSSO, 2020, p. 215). Essa sequência didática busca compreender com os alunos a organização e os principais movimentos do Sistema Solar, incluindo a Terra, destacando aspectos relativos à história da Matemática, relacionados à contagem do tempo, que, por sua vez, surge a partir da observação dos astros e da periodicidade característica de seus movimentos, e que essa contagem foi diferente a depender da época e da cultura (TAMIOSSO, 2020). Quais seriam as atividades planejadas por você para que os alunos alcancem os conteúdos acima descritos? Lembrando que é necessário mobilizar conhecimentos de diferentes áreas, pois a realidade não é compartimentada como as disciplinas escolares. Dessa maneira, trabalhar temas de pesquisa, como neste caso, pressupõe uma abordagem interdisciplinar. Além da mobilização de saberes de diferentes áreas do conhecimento, é importante que as estratégias didáticas sejam as mais variadas possíveis e contemplem momentos individuais e coletivos, favorecendo o diálogo e a interação entre os alunos; mesclem momentos de aula expositiva com momentos de pesquisas, de produção escrita ou de registros pelos alunos na forma de desenhos; intercale atividades práticas, discussão e socialização de hipóteses, observações e apresentação dos resultados (VISSICAROA; ALVIM, 2017, p. 78). Da mesma maneira, os recursos pedagógicos devem ser variados, atrativos e adequados à faixa etária dos alunos: músicas, �lmes, instrumentos (bússola, quadrante, astrolábio, que inclusive podem ser construídos com os alunos), poesias, imagens, textos, mapas e não podemos esquecer do uso dos recursos didáticos tecnológicos, como os simuladores virtuais, que trazem grandes contribuições aos processos de ensino- aprendizagem. As etapas a seguir relacionadas foram adaptadas do projeto: “O tempo no ritmo dos astros” e descritas no artigo intitulado Terra e universo nos anos iniciais: interlocuções no ensino de ciências e matemática e são um bom exemplo de sequência didática. Vamos a elas? O TEMPO NO RITMO DOS ASTROS. EXEMPLO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA Segundo os autores, essa sequência didática foi construída com base na perspectiva da “evolução tecnológica utilizada pelas civilizações, considerando-se as diferentes maneiras de contagem do tempo e, consequentemente, associando-se os ciclos dos astros a diferentes épocas e culturas” (TAMIOSSO, 2020, p. 218). As atividades foram divididas em quatro etapas, apresentadas de maneira sintética a seguir: Etapa 1: A contagem do tempo em dia e noite. Foram utilizados como materiais uma roleta com 24h e um globo terrestre posicionado ao centro visando representar que o movimento da Terra é utilizado como referência para a contagem do tempo. Os alunos foram convidados a citarem os instrumentos mais antigos utilizados para contar o tempo (relógio de sol, ampulheta) e participaram da construção das relações entre a rotação da Terra e a passagem do tempo, incluindo a sucessão de dias e noites. Foi também construído um painel ilustrativo para agrupamento de atividades realizadas durante o dia e a noite com o auxílio de imagens. Etapa 2: Agrupando o tempo, calendário lunar e instrumentos de contagem. Os alunos foram convidados a observarem a Lua ao longo de um ciclo, com o objetivo de explorar suas fases e compreender seus movimentos. Durante a realização desta atividade, é importante chamar a atenção dos alunos para o fato de que tais fenômenos ocorrem de modo cíclico no sistema solar, sendo, por isso, utilizado para a contagem do tempo por determinados povos. Pode-se neste momento incluir pesquisas acerca de diferentes culturas e seus calendários. Orienta-se retomar o diálogo sobre instrumentos de contagem do tempo, incluindo os mais modernos, como o relógio, celulares, etc. 29/01/2023 09:06 wlldd_231_u4_ens_apr_cie_nat https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cfagundes07%40gmail.com&usuarioNome=CRISTIANE+FAGUNDES+DE+BRITO&disciplinaDescricao=ENSINO+E+APRENDIZAGEM+D… 14/16 Etapa 3: Os pontos cardeais, pontos de referência. Como foi possível aos nossos antepassados saírem com seus navios da Europa e chegarem até a América? Como puderam se localizar no imenso oceano? Com essa pergunta, dá-se início à investigação acerca da importância dos pontos cardeais e como eles podem ser obtidos a partir da localização dos astros no céu (Sol, estrelas). Pode-se realizar dinâmicas de localização posicionado uma rosa dos ventos no chão e criando um oceano imaginário, por exemplo. É interessante nesta etapa pesquisar e buscar conhecer alguns instrumentos utilizados nas grandes navegações como a bússola. Nesta etapa, os autores realizaram com os alunos um jogo em que deveriam responder questões do conteúdo trabalhado até o momento, como: Cite um movimento que a Terra realiza; você saberia dizer duas fases da Lua? O Sol realiza movimentos? A Lua possui luz própria? E a Terra possui luz própria?. Essas questões, no contexto dinâmico de um jogo, permitem retomar o conteúdo e aprofundar alguns tópicos de maneira lúdica e interativa. (TAMIOSSO, 2020, p. 224). Etapa 4: Nesta última etapa pode-se lançar mão dos recursos tecnológicos disponíveis, como a visita virtual ao planetário a partir do Stellarium ou Cellestia. A exibição de �lmes e documentários sobre a temática também pode ser um recurso tecnológico muito interessante. Para �nalizar os trabalhos, é sempre importante que os alunos possam registrar os conhecimentos adquiridos, seja na forma de textos, desenhos ou apresentações artísticas para que os resultados sejam divulgados. VÍDEO RESUMO Caro estudante, nesta videoaula você vai aprender um pouco mais sobre a maneira pela qual a utilização de recursos didáticos e recursos tecnológicos, a partir de uma diversi�cação quali�cada, podem contribuir para aulas mais interativas e signi�cativas, contribuindo para a alfabetização cientí�ca e tecnológica. Vai também ter a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre uma abordagem interdisciplinar no processo de ensino e aprendizagem sobre Terra e Universo. Vamos lá! Saiba mais SASSERON, L. H. Alfabetização cientí�ca, ensino por investigação e argumentação: Relações entre ciências da Natureza e escola. Ens. Pesqui. Educ. Ciência, Belo Horizonte, 17 spe, Nov, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/epec/a/K556Lc5V7Lnh8QcckBTTMcq/?lang=pt. Acesso em: set. 2022. Neste artigo, a autora discute movimentos para a concretização de uma cultura híbrida nas aulas de ciências da natureza: a cultura cientí�ca escolar. Destaca de que modo a Alfabetização Cientí�ca, o Ensino por investigação e a argumentação permitem a concretização do estabelecimento da cultura cientí�ca escolar. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. Aula 1 Carl Sagan mostra como gregos antigos já sabiam que a Terra era redonda. Revista Galileu. Publicado em: 24 mar. 2017. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/03/carl-sagan-mostra-como- gregos-antigos-ja-sabiam-que-terra-era-redonda.html. Acesso em: 10 set. 2022. MACIEL, W.J. (Edit.). Astronomia e Astrofísica. Curso de extensão universitária.Depart.de Astronomia - IAG/USP. São Paulo: IAG/USP, 2022. Disponível em: https://www.iag.usp.br/astronomia/sites/default/�les/aea1991f.pdf. Acesso em: 10 set. 2022. MCGRAW-HILL, do Brasil (Edit.) Investigando a Terra. São Paulo: Editora MacGraw-Hill do Brasil, 1978. 571p. PACHECO, R. C. Atividades lúdicas e experimentais de investigação em astronomia. Produto educacional. 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