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Exame físico do tórax Linhas do tórax Linhas torácicas verticais • Linha medioesternal; • Linha esternal lateral; • Linha hemiclavicular; • Linha paraesternal; • Linha axilar anterior; • Linha axilar posterior; • Linha axilar média; • Linha vertebral; • Linha escapular. Linhas torácicas horizontais • Linha da 2ª articulação esternocondral; • Linha da 6ª articulação esternocondral; • Linha clavicular; • Linha escapular superior; • Linha escapular inferior. Linhas torácicas Vista anterior Linhas torácicas Vista lateral Linhas torácicas Vista anterior Regiões do tórax Vista anterior • Região esternal; • Região esternal inferior; • Região esternal superior; • Região infraclavicular; • Região mamária; • Região inframamária ou hipocondríaca. Vista lateral • Região axilar; • Região infra-axilar. Vista posterior • Região supraescapular; • Região supraespinhal; • Região infraespinhal; • Região interescapulovertebral; • Região infraescapular. Sinais e sintomas Dor • Dor mediastínica; • Dor pleurática; • Dor torácica; • Dissecção aguda de aorta; • Esofagite; • Pneumonia alveolar; • Pneumotórax espontâneo benigno; • Traqueobronquites e laringotraqueites; • Viroses respiratórias. To!e • Resulta da estimulação dos receptores da mucosa das vias respiratórias; • Estímulos pode ser de natureza inflamatória (edema, secreções), mecânica (poeira, corpos estranhos), química (gases irritantes) e térmica (frio ou calor excessivo). Tipos de to!e • Produtiva; • Seca; • Quintosa; • Síncope; • Bitonal; • Rouca; • Reprimida; • Associada a comer e beber. Expectoração • Presença de escarro; • Suas características compreendem o volume, cor, odor, transparência e consistência; • Mulheres e crianças tem costume de deglutir. Tipos de esca"o • Seroso; • Mucoide; • Purulento; • Hemoptoico. Dispneia • Dificuldade de respirar; • Paciente pode ter ou não consciência de estado; • Subjetiva quando é percebida pelo paciente; • Objetiva quando acompanhada de manifestações que evidenciam ao exame fisico. Vòmica • Eliminação através da glote de pus ou líquido de outra natureza. Rouquidão ou disfonia • Mudança no timbre da voz. Cornagem • Dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, na altura laringe, que se manifesta por um ruído e tiragem. Inspeção • Deve ser observado tanto com o paciente sentado como deitado; • Inspeção estática: examina-se a forma do tórax e suas anomalias estruturais, congênitas ou adquiridas, localizaras ou difusas, simétricas ou não; • Inspeção dinâmica: observam-se os movimentos respiratórios, suas características e alterações; • Deve-se avaliar o estado de consciência do paciente. Pele • Observa-se a coloração, destaca-se a cianose e palidez); • Grau de hidratação; • Se há lesões elementares sólidas, correlacionando-as com doenças pulmonares (ex.: tubérculos com a tuberculose e a sarcoidose); • Avaliar de maneira comparativa; • Sinal de Ramond: contratura da musculatura paravertebral torácica unilateral, relacionado ao comprometimento pleural inflamatório homolateral; • Sinal de Lemos Torres: abaulamento dos espaços intercostais durante a expiração, sinal de derrame pleural; Sistema Muscular Sistema Ó!eo • Procurar retrações e abaulamentos difusos ou localizados; • Sulcos de Harrison e rosário raquítico são deformidade bilateral, quase sempre simétrica, • Sulcos resultam da redução da curvatura dos arcos costais na altura das articulações condroesternais, formando um canal raso em cada hemitórax; • Rosário é uma série de pequenas saliências ósseas que surgem na união das costelas com as cartilagens esternais. Tipos de tórax • Normal: sem anormalidades; • Chato: perde a convexidade normal da parede anterior, reduz diâmetro anteroposterior, costelas aumentam sua inclinação, espaços intercostais se reduzem, ângulo do esterno mais nítido, clavículas mais oblíquas e salientes com fossas supras e infraclaviculares mais profundas; • Alado: musculatura pouco desenvolvida, escápulas mais baixas afastando-se da caixa torácica, próprio dos longelíneos; • Em tonel: aumento exagerado do diâmetro anteroposterior, horizontalização dos arcos costais e abaulamento da coluna dorsal, tórax mais curto, doenças associadas são DPCO e enfisema pulmonar; • Infundibuliforme: depressão na parte inferior do esterno e região epigástrica, é de natureza congênita, radiografia apresenta contorno do átrio direito borrado; • Cariniforme: esterno proeminente e costelas horizontalizadas, tórax se assemelha ao das aves; • Cônico: parte inferior exageradamente alargada, lembra op tronco de cone ou de um sino; • Cifótico: curvatura da coluna dorsal, formando uma gibosidade; • Cifoescoliótico: cifose, desvio da coluna para o lado (escoliose). Tipos de tórax Frequència respiratória • Eupneia: frequência normal entre 12 e 20 ipm; • Taquipneia: frequência respiratória elevada, igual ou acima de 25 ipm; • Bradipneia: frequência respiratória diminuída, abaixo de 8 ipm; • Observar sincronismo entre os movimentos respiratórios abdominais e torácicos, caso não tenha sincronia suspeitar de fadiga muscular diafragmática; • Tipo respiratório: movimentação do tórax e abdome, com o objetivo de reconhecer em que regiões os movimentos são mais amplos; • Observação do tipo respiratório tem importância no diagnóstico da fadiga e da paralisia diafragmática; • Pode ser subcostal (torácico) que utiliza mais a caixa torácica para respiração e abdominal (diafragmática) que utiliza musculatura abdominal para auxiliar na respiração. Ritmo respiratório • Normalmente a inspiração dura o mesmo tempo que a expiração, sucedendo-se os dois movimentos com a mesma amplitude, intercalados por leve pausa; • Quando uma dessas características modifica-se surgem os ritmos respiratórios anormais. Palpação • Permite examinar lesões superficiais quanto a forma, volume e consistência; • Avaliar sensibilidade superficial e profunda, dor provocada e espontânea ou qualquer manifestação dolorosa; • Palpar com cuidado qualquer área onde o paciente relatar dor ou lesões visíveis ou contusões; • Com o dorso das mãos verificar a temperatura cutânea comprando com o lado oposto; • Avaliar anormalidades cutâneas com massas tumorais ou trajetos fistulosos; • Edemas e enfisemas subcutâneos são mais bem observados nas fossas supraclaviculares e espaços intercostais; • Edema é identificado na palpação por crepitação, indicando pneumotórax e o enfisema sinal precoce de obstrução da veia cava superior; • Linfonodos devem ser palpados cuidadosamente, os axilares, supraclaviculares quando duros e isolados de aparecimento recente levam a supeita de malignidade. Expansibilidade • Ápices pulmonares: ambas as mãos espalmadas de modo que as bordas internas toquem a base do pescoço, os polegares se apoiam na coluna vertebral e os demais dedos nas fossas supraclaviculares; • Bases pulmonares: polegares nas linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos recobrem os últimos arcos costais, útil na identificação dos processos localizados nas bases que reduzem a mobilidade da região; • Em ambas o médico fica atrás do paciente em posição sentada e o paciente deve respirar profunda e pausadamente Frèmitos • Toracovocal (FTV): vibrações das cordas vocais transmitidas para parede torácica, são mais percebidas com indivíduos de voz grave, fazer o paciente pronunciar palavras ricas em consoantes (33), médico palpa a face posterior do tórax, coloca-se a esquerda do paciente e utiliza a mão direita deslocando-a para cima e para baixo, pesquisar o FTV nas fossas supraclaviculares e após realizar o procedimento do lado direito; • Brônquico: tátil dos estertores; • Pleural: sensação tátil de atrito provocado pelas duas superfícies rugosasdos folhetos pleurais e que pode proceder o derrame. Palpação do FTV Percu!ão • Iniciar pela face posterior, de cima para baixo; • Percutir separadamente cada hemitórax; • Em um segunda etapa percutir comparativa e simetricamente as regiões; • Mão esquerda, com os dedos separados, deve se apoiar sobre a parede do tórax e o dedo médio da mão direita exerce uma leve pressão sobre o tórax; • Movimento da mão que percute é de flexão e extensão sobre o punho, nunca envolver articulação do cotovelo e do ombro; • Golpes com o dedo médio devem ser de mesma intensidade. Tonalidades obtidas • Som claro e pulmonar: áreas de projeções dos pulmões; • Som timpânico: espaço de Traube; • Som maciço: região inferior do esterno e inframamária direita; • Som submaciço: região precordial. Ausculta • Método mais importante no exame físico dos pulmões; • Possibilita analisar o funcionamento pulmonar; • Exige-se máximo de silêncio, posição cômoda do paciente e do médico; • Examinador coloca-se atrás do paciente e não deve forçar a cabeça nem dobrar excessivamente o tronco; • Paciente deve estar com tórax despedido e respirar pausada e profundamente, com a boca aberta e sem fazer ruído; • É realizada de maneira simétrica nas faces posterior, laterais e anterior do tórax. Sons respiratórios normais • Som traqueal; • Som brônquico; • Murmúrio vesicular; • Som broncovesicular. Sons anormais descontínuos • Estertores finos ou crepitantes; • Estertores grossos ou bolhosos. Sons anormais contínuos • Roncos; • Sibilos; • Estridor; • Sopros; • Atrito pleural. Sons vocais • Ressonância vocal; • Broncofonia; • Egofonia; • Pectorilóquia fônica; • Pectorilóquia afônica.