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E-book Completo Eletroterapia Facial e Corporal Básica e Avançada

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ELETROTERAPIA FACIAL 
E CORPORAL BÁSICA
ORGANIZADORES RENATA CRISTINA D MARTINS PIRES; ALINE ANDRESSA MATIELLO
Eletroterapia facial e corporal básica
GRUPO SER EDUCACIONAL
Você verá neste livro temas imprescindíveis para iniciar o estudo dos 
recursos que utilizam a eletroterapia nos tratamentos estéticos. Os temas 
que são a base para dar continuidade à especialização nessa área tão em 
voga atualmente serão amplamente discutidos nesta obra abrangente.
Entenda os conceitos e os detalhes da aplicação dos recursos tratados 
aqui, os benefícios de cada aparelho, indicações e contraindicações, além 
de seus mecanismos de ação, mostrando os cuidados necessários para um 
atendimento efetivo e seguro.
Bons estudos!
ELETROTERAPIA 
FACIAL E CORPORAL 
BÁSICA E AVANÇADA
ORGANIZADORES: RENATA CRISTINA D MARTINS PIRES; ALINE 
ANDRESSA MATIELLO; MILLIANA HENRIQUE DEVILLA; ROSÂNGELA 
FAÇANHA
gente criando futuro
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
20/11/2019 17:26:50eBook Completo para Impressao - Fundamentos da Educacao - Aberto.indd 1
LIVRO 1
ELETROTERAPIA FACIAL E 
CORPORAL BÁSICA
LIVRO 2
ELETROTERAPIA FACIAL E 
CORPORAL AVANÇADA
ELETROTERAPIA 
FACIAL E 
CORPORAL BÁSICA 
(LIVRO 1)
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. 
Diretor de EAD: Enzo Moreira
Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato 
Coordenadora de projetos EAD: Manuela Martins Alves Gomes
Coordenadora educacional: Pamela Marques
Equipe de apoio educacional: Caroline Guglielmi, Danise Grimm, Jaqueline Morais, Laís Pessoa
Designers gráficos: Kamilla Moreira, Mário Gomes, Sérgio Ramos,Tiago da Rocha
Ilustradores: Anderson Eloy, Luiz Meneghel, Vinícius Manzi 
 
Pires, Renata Cristina D. Martins.
 Eletroterapia Facial e Corporal Básica / Renata Cristina D. Martins Pires ; Aline Andressa 
Matiello. – São Paulo: Cengage, 2020.
 Bibliografia.
 ISBN 9786555580921
 1. Estética. 2. Estética - eletroterapia. 3. Matiello, Aline Andressa.
Grupo Ser Educacional
 Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro 
CEP: 50100-160, Recife - PE 
PABX: (81) 3413-4611 
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
“É através da educação que a igualdade de oportunidades surge, e, com 
isso, há um maior desenvolvimento econômico e social para a nação. Há alguns 
anos, o Brasil vive um período de mudanças, e, assim, a educação também 
passa por tais transformações. A demanda por mão de obra qualificada, o 
aumento da competitividade e a produtividade fizeram com que o Ensino 
Superior ganhasse força e fosse tratado como prioridade para o Brasil.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec, 
tem como objetivo atender a essa demanda e ajudar o País a qualificar 
seus cidadãos em suas formações, contribuindo para o desenvolvimento 
da economia, da crescente globalização, além de garantir o exercício da 
democracia com a ampliação da escolaridade.
Dessa forma, as instituições do Grupo Ser Educacional buscam ampliar 
as competências básicas da educação de seus estudantes, além de oferecer-
lhes uma sólida formação técnica, sempre pensando nas ações dos alunos no 
contexto da sociedade.”
Janguiê Diniz
PALAVRA DO GRUPO SER EDUCACIONAL
Autoria
Renata Cristina Darienso Martins
Graduada em Tecnóloga em Estética e Cosmetologia pela Unipar – 2009 Pós Graduada em Estética 
Corporal e Facial pela Unicesumar - 2013
Aline Andressa Matiello
Graduada em fisioterapia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina. Especialista em Fisioterapia 
Dermatofuncional pelo Instituto Brasileiro de Terapias e Ensino, especialista em Saúde Coletiva pela 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS e em Saúde da Família pela Universidade Federal de 
Santa Catarina – UFSC. Atualmente presta atendimento nas áreas de fisioterapia dermato funcional, 
ortopédica e pilates. É professora conteudista nas áreas de fisioterapia, estética facial, corporal e 
capilar.
SUMÁRIO
Prefácio .................................................................................................................................................8
UNIDADE 1 - História e fundamentos da eletroterapia ...................................................................11
Introdução.............................................................................................................................................12
1 História e fundamentos da eletroterapia .......................................................................................... 13
2 Termoterapia ...................................................................................................................................... 15
3 Corrente Russa ................................................................................................................................... 18
4 Eletrolipólise ...................................................................................................................................... 20
5 Ultrassom ...........................................................................................................................................22
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................24
UNIDADE 2 - TTécnicas de alta frequência, endermologia, iontoforese e pressoterapia 
aplicadas à estética facial e corporal .............................................................................................25
Introdução.............................................................................................................................................26
1 Alta frequência ................................................................................................................................... 27
2 Endermologia ..................................................................................................................................... 32
3 Iontoforese ........................................................................................................................................ 36
4 Pressoterapia ..................................................................................................................................... 46
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................52
UNIDADE 3 - Eletroterapia: conceitos e aplicações do ultrassom, peeling ultrassônico e vapor de ozônio ..................................................................................................................................................53
Introdução.............................................................................................................................................54
1 Eletroterapia ...................................................................................................................................... 55
2 Ultrassom ...........................................................................................................................................56
3 Vapor de Ozônio ................................................................................................................................. 61
4 Peeling Ultrassônico ........................................................................................................................... 64
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................68REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................69
UNIDADE 4 - Técnica de microcorrentes, endermologia vibratória e manta térmica .......................71
Introdução.............................................................................................................................................72
1. Microcorrentes.................................................................................................................................. 73
2. Endermologia vibratória ................................................................................................................... 80
3. Manta térmica................................................................................................................................... 83
4. Sugestões de protocolos estéticos ................................................................................................... 89
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................93
Você verá neste livro temas imprescindíveis para o estudo de recursos que utilizam 
a eletroterapia nos tratamentos estéticos. Serão abordados os temas que são a base 
para dar continuidade à especialização nessa área tão em voga atualmente. Veja a 
seguir os temas abordados divididos em quatro unidades.
Na primeira unidade, abordaremos a história e os fundamentos da eletroterapia 
e descreveremos a origem das correntes elétricas utilizadas para tratamentos em 
patologias, em tempos antigos, e hoje sendo cada vez mais usada na área estética 
como abordagem complementar ou até mesmo sendo única. São muitos os 
equipamentos com tecnologia e com o propósito de estimular diferentes partes do 
corpo como complemento terapêutico aos tratamentos estéticos propostos ou até 
mesmo sendo a principal indicação nos protocolos estéticos. Aqui você vai aprender 
sobre os fundamentos desses tratamentos e de que maneira aplicá-los com segurança.
Na unidade 2, apresentaremos as técnicas de alta frequência, endermologia, 
iontoforese e pressoterapia aplicadas à estética facial e corporal. Aqui, apresentaremos 
os recursos de eletroterapia utilizados para tratamentos em uma série de disfunções 
estéticas faciais e corporais. Abordaremos a definição destas técnicas, os equipamentos 
utilizados, os mecanismos de ação, os efeitos fisiológicos e terapêuticos promovidos pela 
aplicação da técnica, as indicações e contraindicações e, ainda, as aplicações corretas das 
técnicas. Ao terminar o estudo de cada recurso de eletroterapia, serão sugeridos alguns 
protocolos com uso do recurso, associado a outras modalidades de tratamento. 
Já na unidade 3, o tema será eletroterapia: conceitos e aplicações do ultrassom, 
peeling ultrassônico e vapor de ozônio. Apresentaremos os conceitos fundamentais 
da aplicação do ultrassom estético, vapor de ozônio e peeling ultrassônico, mostrando 
os mecanismos de ação durante a aplicação desses aparelhos e os efeitos fisiológicos 
desencadeados no organismo por essa interação. Discutiremos as possíveis associações 
estéticas faciais e corporais nas quais podem ser introduzidos os benefícios de cada 
aparelho. Por fim, serão relacionadas as indicações e contraindicações de cada um 
desses recursos eletroterápicos dentro da estética.
A técnica de microcorrentes, endermologia vibratória e manta térmica será 
apresentada na unidade 4, onde serão conhecidas estas três técnicas de tratamento 
amplamente utilizadas nos protocolos para manejo de disfunções estéticas. 
Discutiremos as principais informações acerca destes equipamentos, seus mecanismos 
PREFÁCIO
de ação, indicações, contraindicações e, ainda, como é feita a aplicação da técnica 
de tratamento. Ao final, serão sugeridos alguns protocolos de tratamentos estéticos 
corporais e faciais utilizando estas modalidades de tratamento em associação com 
outros recursos terapêuticos estéticos.
O estudante e futuro profissional da área da estética poderá utilizar os recursos 
apresentados nesta obra em seus tratamentos de maneira efetiva e, sobretudo, segura. 
Mãos à obra!
UNIDADE 1
História e fundamentos da eletroterapia
Olá,
Você está na unidade História e fundamentos da eletroterapia. Conheça aqui a origem e 
os principais conceitos referentes às correntes elétricas utilizadas para tratamentos em 
patologias, e sua evolução até os dias de hoje.
Conheça também técnicas de estímulo às diferentes partes do corpo humano, visando 
uma forma de complemento terapêutico aos tratamentos estéticos propostos. Você 
ainda verá como os profissionais da área podem procurar diferentes alternativas para 
potencializar os protocolos de atendimento, com o objetivo de satisfazer a clientela.
Bons estudos!
Introdução
13
1 HISTÓRIA E FUNDAMENTOS DA ELETROTERAPIA
O corpo humano é uma massa composta de tecidos e fluidos com a capacidade de variação no 
deslocamento elétrico. A estimulação por meio de corrente elétrica tem sido de grande utilidade 
nos tempos de hoje e vem sendo aperfeiçoada, frequentemente.
A condutividade do deslocamento dessas correntes está relacionada com a quantidade de 
água no tecido. Sendo assim, quanto maior a quantidade de água, maior será a capacidade de 
condução.
Os Tendões, fáscias e tecido adiposo se encontram na camada mais externa da pele possuindo 
assim menos teor de água. Com maior quantidade de água, temos os músculos, nervos e sangue.
1.1 Eletricidade
Há tempos que observamos os fenômenos físicos envolvendo a eletricidade, seja por meio de 
enguias, raios e o peixe elétrico. 
Entretanto, somente nos últimos séculos que os pesquisadores foram entender sua serventia 
para efeitos elétricos internos e externos do corpo, sendo possível registro de tais atividades em 
produzir efeitos significativos sobre os tecidos. Segundo Faraday, a eletricidade produz efeitos 
fisiológicos com mecanismos básicos, sendo estes os fenômenos de campo e movimento de 
cargas. (GUIRRO; GUIRRO 2004)
1.2. Carga elétrica
A carga, propriedade da corrente elétrica, consiste em positiva ou negativa da matéria, sendo 
à base da força eletromagnética. 
1.3 Corrente elétrica e frequência
Toda corrente elétrica se dá através das partículas carregadas por meio de um condutor em 
resposta a um campo elétrico denominando corrente. A condução elétrica através da matéria de um 
ponto a outro causa as mudanças fisiológicas durante a aplicação da estimulação por eletricidade.
A unidade, calculada em Hertz, representa os números de oscilações completas ocorridas 
em um determinado tempo. Quanto maior a frequência, maior será a profundidade dos efeitos 
terapêuticos (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Já a intensidade da corrente é a quantidade de cargas elétricas que flui no circuito, calculada 
por unidade de tempo. 
14
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
1.4 Tipos de corrente elétrica
Classificação das correntes:
• Alternada
Os fluidos uma hora fluem em uma direção, depois em outra.
• Contínua
Os fluidos seguem apenas em uma direção.
• Pulsada
As partículas carregadas seguem um fluxo uni ou bidirecional e param, constantemente, por 
um período de tempo.
Além da classificação das correntes, podemos destacar as correntes de baixa, média e alta 
frequência:
• Correntes de baixa frequência
Estimulação do tecido muscular nervoso; Estimulação do nervo sensitivo e motor; Sensação 
de formigamento e leve contração muscular; Intensidade de acordo com o cliente; Corrente 
polarizada. Exemplo: Corrente Galvânica.
• Correntes de média frequência
Efeito eletrotônus; Corrente despolarizada; Não produz hiperemia; Adequadas para 
tratamentos mais profundos; Intensidades maiores; Exemplo: Corrente Russa
15
• Correntes de alta frequência
Não possui estimulo sensitivos e motores; Efeitotérmico; Atinge a musculatura mais profunda. 
Exemplo: Eletroporação.
1.5 Eletrodos
A ligação entre o aparelho e o cliente que se faz através de eletrodos. A função dessas 
estruturas é transmitir o fluxo de corrente para o corpo. Os eletrodos podem ser placas, flexível, 
maleável, luvas, rolos, puntiformes, ganchos ou em forma de caneta.
Fonte: Studio Peace, Shutterstock, 2020.
#ParaCegoVer: a imagem mostra eletrodos utilizados para os diferentes tipos de correntes 
elétricas disponíveis.
2 TERMOTERAPIA
Há muito tempo, como medida terapêutica, as irradiações térmicas eram apresentadas em 
diferentes modalidades. Na atualidade, tais irradiações são habituais em tratamentos como 
redução de peso devido à comprovação de que os tecidos orgânicos quando submetidos às altas 
FIQUE DE OLHO
Certas áreas do corpo conduzem melhor a estimulação elétrica e são chamados de pontos 
motores. Por isso, é importante o posicionamento e cuidado ao colocar um eletrodo sob a 
pele, considerando que cada músculo possui uma ou mais áreas na superfície da pele que 
são hipersensíveis.
16
temperaturas, aumentam as suas respostas metabólicas, gerando assim, consequentemente, um 
gasto de energia.
A terapia térmica encontra-se em um campo de aplicação ainda maior no tratamento de 
obesidade, gordura localizada e celulite. A técnica não é invasiva, causando apenas efeitos nas 
áreas de tratamento. O objetivo é elevar a temperatura do tecido subcutâneo até 39° a 42° e 
mantê-la por um determinado tempo para ativação fisiológica.
Fonte: Iakov Filimonov, Shutterstock, 2020.
#ParaCegoVer: a imagem mostra uma modelo utilizando uma manta térmica como recurso 
de um tratamento de termoterapia.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
2.1 Ação do calor
Conheça abaixo os tipos de ação do calor que podemos observar em Termoterapia:
Atividade metabólica
17
Através da produção do calor, chega-se a uma ampliação da atividade metabólica do tecido 
gorduroso. Essa técnica obtém um efeito maior em pessoas obesas quando comparadas aos 
indivíduos com peso normal.
Ativação do hipotálamo
Com o amplo aquecimento ocorre o estímulo dos receptores internos localizados no 
hipotálamo, que por sua vez, na tentativa de manter a temperatura corporal constante, aumenta 
o consumo de energia. 
Estimulação do tecido sanguíneo da pele e do tecido adiposo
Com o aumento da temperatura, desencadeamos uma vasodilatação dos vasos sanguíneos 
que irrigam o tecido gorduroso causando um efeito energético nas células adiposas onde o calor 
foi gerado.
A maioria dos aparelhos de Termoterapia usados na estética é à base de termolipólise por 
calor infravermelho, lembrando que a radiação por infravermelho tem o mesmo comportamento 
fisiológico dos demais meios termoterápicos.
Com o intuito de obter melhores resultados com a Termoterapia aplicada em estética, faz se 
necessário o uso de combinações de princípios ativos combinados com outras terapias, aplicados 
nas regiões tratadas, aumentando assim a capacidade de aquecimento e absorção dessas 
substâncias.
Desta forma, podemos concluir que os efeitos do calor provocam o relaxamento muscular, 
vasodilatação, aumento do fluxo sanguíneo superficial, da sudorese e da permeabilidade cutânea.
Situações em que a Termoterapia é ou não recomendada:
Indicações
Gordura localizada; Fibroedema gelólide; Dores musculares; Relaxamento muscular.
Contra indicações
Hipertensão ou hipotensão descompensada; Trombose; Gestantes e Lactantes; Pessoas com 
sensibilidade térmica; Lesões cutâneas; Cancêr; Edemas e inflamações agudas.
18
 2.2 Forma de aplicação da Termoterapia
O tempo de aplicação da Termoterapia é de 5 a 30 minutos. Os primeiros 5 minutos devem 
ser destinados às baixas temperaturas, que devem ser aumentadas, gradativamente, até atingir a 
temperatura ideal, respeitando o limite individual de cada cliente de 40° a 45°.
3 CORRENTE RUSSA
A Corrente Russa é muito utilizada, atualmente, em tratamentos estéticos com o objetivo de 
tratar a flacidez e a modelagem corporal. O propósito é promover melhora no tônus muscular, 
ocasionando uma remodelação das fibras superficiais que as envolve.
Em se tratando de sua funcionalidade, essa técnica é usada pela grande maioria dos 
profissionais pelo fato de ser uma das terapias que proporcionam melhores resultados de 
hipotonia cutânea.
A Corrente Russa ou corrente de kots se classifica como uma corrente despolarizada de 
média frequência, alternada senoidal pulsada, com maior profundidade de uma corrente de 
baixa frequência, tendo a capacidade da estimulação das fibras musculares. Proporcionando 
um aumento de massa muscular, a Corrente Russa favorece também a irrigação sanguínea, 
melhorando o retorno venoso por meio das suas contrações.
O nome “Corrente Russa” surgiu em homenagem ao russo Yakon Kotz, cientista que conduziu 
diversos trabalhos em que relatou ganhos de força bastante significativos com jovens atletas, 
como exemplo, uso da eletroestimulação com corrente variável e frequência de 2,5 kHz e bursts 
de 10ms, aplicados em 10 s on e 50 s off (WARD; SHKURATOVA, 2002).
3.1 Funcionalidade da corrente russa
Peres et al. (2014, p.214) afirmam que a Corrente Russa é uma corrente variável de média 
frequência (2.500Hz), que pode ser modulada em bursts (rajadas) e 50 Hz (50 ciclos por segundo) 
e ciclos de trabalho dis bursts de 50%, utilizada com fins excitomotores.
19
Fonte: elenavolf, Shutterstock, 2020.
#ParaCegoVer: a imagem mostra um exemplo de estimulação por corrente para tonificação 
muscular em quadríceps.
Para que a Corrente Russa apresente melhores resultados, são trabalhados os pontos de 
origem e inserção muscular, com preferência a um tempo de subida (contração) mais longo, 
sempre que realizar esse tipo de estimulação. Desta forma, essa ação causará uma amplitude do 
estimulo maior, sendo elevada gradativamente. O objetivo é proporcionar ao cliente o contato 
com a corrente seja mais suave, com uma contração mais natural.
3.2 Indicações e contra indicações da corrente russa
Situações em que a Corrente Russa é ou não recomendada:
Indicações
Estimulação e ou fortalecimento em determinadas condições patológicas; Fortalecimento em 
esporte de alto nível; Estética; Modificação do tecido.
FIQUE DE OLHO
Nas primeiras sessões de um protocolo de tratamento por meio de estimulação elétrica, 
recomendamos elevar, gradualmente, a intensidade da corrente, de modo a atender os 
clientes iniciantes, ou seja, sem experiência no tratamento.
20
Contra indicações
Lesões Musculares, tendinosas e ligamentares; Inflamação da articulação em fase aguda; 
Fraturas não consolidada;
4 ELETROLIPÓLISE
A Eletrolipólise uma técnica que utiliza uma corrente elétrica de baixa frequência com ondas 
variáveis. O objetivo é reduzir o tecido adiposo agindo diretamente nas células de gordura 
(adipócitos) e dos lipídios acumulados, produzindo assim a sua destruição e favorecendo a sua 
eliminação.
Em se tratando da funcionalidade da Eletrolipólise, seu mecanismo age aumentando o calor 
local, atuando, diretamente, no nível dos adipócitos. Essa ação traz como resultados uma melhora 
do sistema circulatório, eliminação das toxinas e degradação da gordura, além de uma melhora 
nas células musculares.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
4.1 Forma das correntes mistas
A aplicação da Eletrolipólise se divide em quatro etapas para assim, obter melhores resultados, 
que são elas:
Primeira etapa
Onda retangular aguda, com uma frequência ajustada em 50Hz com tempo de 5 minutos em 
média. Reage na derme-epiderme, com propósito de analgesia.
21
Segunda etapa
Onda retangular ampla, com uma frequência ajustada em 30Hz com tempo de 10 minutos 
em média. Reage no tecido dérmico, aumentando a circulação que promove uma drenagem 
periférica.
Terceira etapa
Onda trapezoidal aguda com uma frequência de 10Hz com tempo de 25 minutos em média. 
Reage em nível hipodérmico promovendo uma ressonância celular.
Quarta etapa
Onda trapezoidalampla com uma frequência de 5Hz com tempo de 5 minutos em média. 
Reage no nível muscular, melhorando a nutrição das células musculares, o que beneficia o seu 
trofismo.
Existem dois tipos de aplicação da Eletrolipólise, são elas:
Sem agulhas
Nessa aplicação, utilizam-se placas de borracha com gel condutor sem princípios ativos nas 
regiões com gordura localizada. Essas placas devem ter um distanciamento de aproximadamente 
5 cm uma da outra, intercaladas entre positivo e negativo.
Com agulhas
Nessa aplicação, utilizam-se agulhas com 0,25 a 0,3 mm, inserindo-as no tecido subcutâneo, 
fazendo assim o uso da corrente elétrica para modificar o meio intersticial das células de gordura. 
O objetivo é melhorar as trocas metabólicas, beneficiando assim a eliminação dos ácidos graxos.
4.2 Intensidade e frequência da eletrolipólise
Principais Conceitos:
Intensidade
A intensidade da aplicação da Eletrolipólise depende da sensibilidade de cada cliente, sendo 
ajustada, gradualmente, a cada sessão, respeitando a intensidade de até 20mA no caso do uso 
com agulhas.
22
Frequência
A frequência da aplicação da Eletrolipólise é variável de acordo com a escolha do método de 
aplicação. Em casos da aplicação com agulhas, é recomendável uma vez na semana, uma média 
de 6 a 15 aplicações. Já no caso de aplicação por meio de placas, faz-se necessário a frequência 
de 2 a 3 vezes na semana e com o número de 30 sessões em média.
4.3 Indicações e contra indicações
Situações em que a Eletrolipólise é ou não recomendada:
Indicações
Gordura localizada; Fibroedema gelóide.
Contra indicações
Lesões na pele; Gestantes; Hipertensão e hipotensão; Diabetes descompensadas; Processos 
inflamatórios ou infeciosos; Diu e uso de corticoides; Clientes com câncer
5 ULTRASSOM
O ultrassom consiste em um conjunto de vibrações mecânicas de alta frequência terapêuticas 
de 1 a 3 MHz, produzidas por um transdutor. A propagação do ultrassom é retilínea e excelente 
em meio sólido ou liquido. A passagem dessas vibrações se dá através de substâncias.
5.1 Funcionalidade do ultrassom
O ultrassom é um recurso bastante utilizado no tratamento de gordura localizada pelos 
profissionais da estética. Nessa técnica, utiliza-se o ultrassom de 3 MHz, com intensidade que 
variam de doses médias a altas, onde o objetivo é promover um efeito de cavitação instável 
na membrana do adipócito, fazendo com que ocorra uma dissolução da célula, proporcionando 
assim a redução de medidas.
5.2 Fonoforese
Para tratamento de gordura localizada, também utiliza-se a fonoforese, uma técnica em que 
se aplica o ultrassom utilizando um gel com princípios ativos específicos para a disfunção estética 
a ser tratada.
23
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Conhecer a introdução da eletroterapia nos tratamentos estéticos.
• Descobrir como utilizar a Termoterapia em protocolos de redução do peso.
• Entender as intenções dos tratamentos com Corrente Russa.
• Complementar os protocolos sugeridos aos seus futuros clientes.
PARA RESUMIR
PERES, E.; OLIVEIRA, A. L.; SOUZA, J.B.; VASCONCELOS, M.G. Curso didático de estética. 
2.ed.). Yendis, v.2, 2014.
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia dermato funcional – fundamentos, recur-
sos e patologias. 3.ed.). Revisada e ampliada. São Paulo: Manole, 2002.
MUNHOZ CAVALHEIRO, C.; SILVA FERREIRA, A.; OLIVEIRA ASSUNÇÃO, F. F. Leitura: o uso 
da eletrolipólise no tratamento da adiposidade localizada, Revisão integrativa Ensaios e 
Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v.16, n.3, p.157-165, 2012.
Disponível em www.redalyc.org/pdf/260/26029237013.pdf
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 2
Técnicas de alta frequência, ender-
mologia, iontoforese e pressoterapia 
aplicadas à estética facial e corporal
Você está na unidade Técnicas de alta frequência, endermologia, iontoforese e pressoterapia 
aplicadas à estética facial e corporal. Conheça aqui estes recursos de eletroterapia utilizados 
para tratamentos em uma série de disfunções estéticas faciais e corporais.
Nesta unidade serão abordadas a definição destas técnicas, os equipamentos utilizados, 
os mecanismos de ação destes recursos, os efeitos fisiológicos e terapêuticos promovidos 
pela aplicação da técnica, as indicações e contra indicações e, ainda, serão abordadas 
as aplicações corretas das técnicas. Ao final de cada recurso de eletroterapia abordado, 
serão sugeridos alguns protocolos com uso do recurso, associado a outras modalidades de 
tratamento. Deste modo, você estudante e futuro profissional da área da estética poderá 
utilizar estes recursos em seus tratamentos de maneira efetiva e, sobretudo, segura. 
Bons estudos!
Introdução
27
1 ALTA FREQUÊNCIA
A alta frequência é um recurso de eletroterapia aplicado em disfunções estética faciais, 
corporais e ainda, capilares. Costuma ser utilizada associada a outras modalidades terapêuticas, 
de modo a potencializar os resultados obtidos com os tratamentos estéticos. 
1.1 Definição da terapia de alta frequência
Trata-se de um recurso de eletroterapia feito através de um equipamento gerador de alta 
frequência, para promover efeitos terapêuticos nos tecidos humanos. Segundo Kamizatto (2014), 
este equipamento emite faíscas eletromagnéticas através de um campo eletromagnético, criado 
com a utilização de uma corrente elétrica alternada de alta frequência, cujos parâmetros de 
tensão, intensidade e frequência são variáveis de acordo com o fabricante do equipamento.
Para transmitir a corrente para os tecidos desejados, o equipamento emissor de alta 
frequência faz utilização de eletrodos específicos, que são confeccionados em vidro e estão 
acoplados em uma base metálica (BORGES, 2010). Dentro destes eletrodos há a presença de 
gases, que pode ser gás árgon, xenôn ou neônio, ou ainda ar rarefeito, que transmitem a corrente 
elétrica ao longo do eletrodo e facilitam que a corrente passe de uma extremidade do eletrodo 
para a outra extremidade, que se encontra em contato com a pele. Ao chegar na superfície da 
pele, a corrente elétrica provoca a formação de faíscamento e consequente formação de uma 
substância chamada de ozônio (O3). 
O ozônio é um gás presente naturalmente na atmosfera e é utilizado terapeuticamente em 
uma série de tratamentos. No caso da alta frequência, o ozônio que é formado artificialmente 
pelo equipamento, transforma-se em sequência em uma substâncias instável, pois decompõem-
se muito rapidamente, formando oxigênio molecular (O2) e oxigênio atômico (O). Esta última 
molécula, chamada de oxigênio atômico possui uma grande agressividade quando aplicada sobre 
os tecidos, principalmente relacionada a ação de destruição de certos microrganismos presentes 
no tecido (BORGES, 2010).l
1.2 Efeitos fisiológicos e terapêuticos da alta frequência
Os principais efeitos esperados com a aplicação da alta frequência dizem respeito à formação 
de um efeito térmico nos tecidos, promoção de vasodilatação, hiperemia e aumento da oxigenação 
tecidual. Segundo Kamizato e Brito (2014), o efeito térmico está relacionado a produção de calor 
pela aplicação das ondas eletromagnéticas nos tecidos, que geram consequente vasodilatação 
local, hiperemia e melhoram deste modo a oxigenação dos tecidos.
28
Como resultado dos efeitos fisiológicos promovidos pela alta frequência, podem ser atingidos 
efeitos terapêuticos com o uso deste recurso. Segundo Borges (2010), a alta frequência gera 
efeitos bactericidas e antissépticos, efeitos antifúngicos, melhora do trofismo dérmico e ainda, 
possui ação anti-inflamatória. Vejamos cada um destes efeitos mais a fundo:
Efeito bactericida e antisséptico
O efeito bactericida está relacionado à formação de ozônio, que, ao entrar em contato com 
a superfície da pele, possui ação oxidante sobre as bactérias, promovendo tanto a redução da 
quantidade de bactérias no local (efeito bacteriostático), quanto a morte das bactérias (efeito 
bactericida). O efeito antisséptico promove uma assepsia no local de tratamento, sendoimportante na prevenção de infecções por microrganismos diversos.
Efeito antifúngico
Ao entrar em contato com a pele, o ozônio é capaz de gerar a morte de microrganismos 
fúngicos envolvidos em algumas disfunções de pele, cabelos e unhas.
Efeito de melhora do trofismo dérmico
Este efeito está relacionado com a ação bactericida, uma vez que a regeneração tecidual está 
diretamente ligada a não presença de bactérias oportunistas no local. Com a aplicação da alta 
frequência, há uma redução na quantidade de bactérias na pele e o reparo tecidual é acelerado.
Efeito anti-inflamatório
A ação anti-inflamatória promovida por este recurso eletro terapêutico está relacionada tanto 
à melhora da circulação no local da lesão, como, também, a redução de microrganismos locais. 
1.3 Indicações e contra indicações no uso de alta frequência
Considerando os efeitos fisiológicos e terapêuticos da técnica de alta frequência, este recurso 
pode ser indicado para uma série de disfunções estéticas faciais, corporais e capilares que visam 
ação anti-inflamatória, bactericida e antisséptica.
FIQUE DE OLHO
O efeito térmico promovido pelo equipamento de alta frequência é inversamente 
proporcional à área do eletrodo utilizado no tratamento. Isso significa que, quanto menor a 
área do eletrodo, maior a concentração da corrente e, deste modo, maior o efeito térmico 
produzido. Por este motivo, há necessidade de cuidados na aplicação, evitando queimaduras 
no local de tratamento por excesso de calor (KAMIZATO, BRITO, 2014).
29
Borges (2010) cita como indicações para o uso da alta frequência: 
Desinfecção da pele acneica após a extração de lesões
Nas peles acometidas por acne, a aplicação da alta frequência após a extração de lesões gera 
um efeito bactericida local, evitando formação de processos infecciosos locais.
Desinfecção do couro cabeludo que apresenta dermatite seborreica
No couro cabeludo, a alta frequência pode ser utilizada no manejo da dermatite seborreica, uma 
vez que este recurso possui ação fungicida, melhorando o quadro de inflamação do couro cabeludo.
Prevenção de foliculite pós depilação
Após a depilação, a alta frequência pode ser aplicada em peles com tendência a foliculite, de 
modo a gerar efeitos bactericidas e bacteriostáticos locais e, com isso, evitar a formação de um 
quadro infeccioso no local onde o pelo foi removido.
Tratamento de feridas
A aplicação sobre feridas permite uma ação anti-inflamatória e bactericida, melhorando o 
processo de regeneração tecidual e com isso, promovendo uma aceleração na cicatrização. 
Manejo de psoríase
Age sobre as lesões promovendo redução da inflamação e ainda, melhora do trofismo 
dérmico.
Protocolos faciais e corporais de hidratação e revitalização cutânea
Atua nestes casos promovendo a melhora da circulação local e do trofismo dérmico.
Contudo, mesmo apresentando uma serie de indicações, há algumas situações onde o uso da 
alta frequência esta contraindicado. Pacientes com presença de marca passo cardíaco não devem 
utilizar este recurso pelo risco de o campo eletromagnético causar alterações no funcionamento 
do equipamento cardíaco. Gestantes também não devem ser submetidas a este tratamento, 
assim como, paciente com neoplasias. Pacientes que apresentem alterações de sensibilidade no 
local de aplicação da técnica também não devem receber o tratamento (BORGES, 2010).
1.4 Aplicação da técnica de alta frequência
Alguns parâmetros de tratamento com uso da alta frequência devem ser conhecidos pelo 
profissional de estética, de modo a utiliza-lo com segurança e efetividade. 
30
Sobre o tempo de aplicação, Kamizato e Brito (2014) sugerem que dure, em média, de 3 a 
5 minutos nos tratamentos faciais e capilares, podendo durar até 10 minutos em tratamento 
corporais. Contudo, este tempo varia bastante conforme a área de tratamento.
Quanto a intensidade da corrente a ser utilizada, busca-se, no tratamento, o máximo de 
faíscamento, desde que respeitando a tolerância e sensibilidade do paciente. Esta técnica 
depende diretamente do tipo de eletrodo utilizado. Atualmente, há à disposição do profissional 
de estética uma serie de eletrodos de diferentes formatos, destinados a tratamentos específicos. 
De acordo com a área de tratamento, o profissional pode fazer a escolha do mais adequado. 
(KAMIZATO, BRITO, 2014).
Dentre os eletrodos mais utilizados, citam-se: os eletrodos em rolo, pente, saturador, 
fulgurador, cebola e forquilha. 
Eletrodo rolo
Indicado para efeitos anti-inflamatórios na pele, especialmente em peles mais sensíveis após 
limpeza de pele, ou também, para protocolos de tratamentos de hidratação e revitalização.
Eletrodo pente
É indicado para tratamentos capilares, como no caso dos clientes acometidos por dermatite 
seborreica.
Eletrodo saturador
Indicado para tratamentos de aumento da permeação de ativos na pele.
Eletrodo fulgurador
Possui uma ponta em forma de bico e pode ser utilizado no tratamento após a extração de 
lesões de acne.
Eletrodo cebola
Disponível em tamanho maior e menor, desliza facilmente pele pela em virtude de seu 
formato plano.
Eletrodo forquilha
Indicado para uso em tratamentos de seios, braços e região de pescoço, pois se adapta bem 
a estas regiões.
31
Para a aplicação da técnica, após escolher o eletrodo, o profissional deve optar por uma das 
técnicas de aplicação da alta frequência. Segundo Borges (2010), as três técnicas de aplicação da 
alta frequência mais utilizadas são:
Técnica de aplicação direta ou efluviação
Nesta técnica o eletrodo é aplicado diretamente sobre a área a ser tratada, efetuando uma 
leve massagem com o eletrodo sobre o tecido. Neste caso, utiliza-se eletrodos de base plana, 
como o eletrodo cebola, por exemplo, que pode ser utilizado em tamanho maior para tratamentos 
corporais e em tamanho menor para tratamentos faciais.
Técnica de aplicação a distância ou com faíscas
Esta técnica se caracteriza pelo eletrodo ser mantido a uma curta distância da pele e 
em nenhum momento o eletrodo deve encostar na pele. Em virtude da alta frequência do 
equipamento, é possível visualizar algumas faíscas, desde o eletrodo até a superfície da pele da 
área tratada. Para este tipo de tratamento, opta-se por eletrodos em forma de bico, também 
chamado de cauterizador, que, ao ser aplicado na pele, provoca uma chuva de faíscas. Durante a 
aplicação desta técnica, o eletrodo é levemente aproximado da pele, especificamente na área a 
ser tratada, sem que encoste. As faíscas produzidas devem, neste caso, atingir a área desejada. 
Técnica de aplicação indireta ou saturação
Esta técnica faz uso especificamente do eletrodo saturador, que possui uma forma vidro 
com um espiral metálico na parte interna. Neste caso, o eletrodo não fica em contato com a 
área de tratamento, nem de maneira direta nem indireta. Comumente, pede-se que o cliente 
segure o eletrodo saturador com as mãos, enquanto a profissional aplica pequenos movimentos, 
semelhantes a uma massagem, com as pontas dos dedos, na região de tratamento desejada. 
Nesta técnica, os efeitos acontecem na área que está sendo massageada pelo profissional e não 
na área onde o eletrodo saturador está localizado.
1.5 Exemplos de protocolos estéticos faciais e corporais utilizando a 
alta frequência
Dentre os protocolos estéticos onde a alta frequência pode ser inserida, citam-se os 
protocolos destinados a tratamento de pele acneica. Neste sentido, Oliveira (2014) sugere os 
seguintes protocolos:
Em caso de extração de acnes:
Passo 1: higienização facial com uso de sabonete antisséptico;
32
Passo 2: esfoliação com ativos queratolíticos;
Passo 3: aplicação do tônico facial adstringente;
Passo 4: aplicação da emoliência;
Passo 5: extração das lesões;
Passo 6: aplicação da alta frequência em toda a região facial, de 5 a 10 minutos;
Passo 7: finalização com aplicação de máscara secativa ou calmante e, em seguida, aplicação 
do filtro solar
Em casos sem a extração de acnes:
Passo 1: higienização com sabonete glicólico;Passo 2: esfoliação com esfoliante físico-químico;
Passo 3: aplicação do tônico calmante;
Passo 4: aplicação da técnica de alta frequência em toda a face de modo a gerar efeito 
bactericida e bacteriostático;
Passo 5: aplicação da máscara secativa;
Passo 6: aplicação de filtro solar em gel.
2 ENDERMOLOGIA
A endermologia é um recurso da eletroterapia utilizado para manejo de disfunções estéticas 
corporais e faciais, e, atualmente, é muito utilizado por profissionais da área da estética
2.1 Definição da terapia de endermologia
O tratamento de endermologia consiste na aplicação de uma pressão negativa sobre os tecidos 
com um equipamento que, ao ser conectado em uma fonte de energia elétrica e acoplado a eletrodos 
em forma de ventosas, é capaz de produzir vácuo nos tecidos. (PEREZ, VASCONCELOS, 2014)
Este tratamento promove uma ação nos tecidos puramente mecânica, ou seja, a aplicação 
dos eletrodos sobre o tecido, associado a pressão negativa, promove uma massagem mecânica 
nos tecidos, e isso permite uma melhora do fluxo linfático e mobilização dos tecidos, sem que 
haja efeitos da corrente elétrica, que é utilizada apenas para alimentar o equipamento de vácuo.
33
Segundo Borges (2010), o vácuo funciona como uma espécie de garrote, pois, inicialmente, gera 
a vasoconstrição dos tecidos e, logo na sequência, ao ser suspensa a pressão negativa, acontece 
uma vasodilatação. Neste sentido, o uso desta modalidade de tratamento promove uma ginastica 
circulatória nos tecidos, que ativa as trocas metabólicas e estimula a drenagem dos líquidos. A
Nesta modalidade de tratamento, as ventosas utilizadas possuem, em sua estrutura, um 
rolete que promove rolamento do tecido, associado ao vácuo que é produzido. Este movimento 
proporcionado pela endermologia se assemelha ao movimento de pinçamento rolante, utilizado 
na massagem clássica (PEREZ, VASCONCELOS, 2014). Por isso, a endermologia é considerada 
semelhante a uma massagem mecânica promovida por um equipamento, associada a uma 
drenagem linfática mecânica, pela ativação dos vasos linfáticos.
Alguns autores utilizam o termo vacuoterapia para se referir a endermologia. Contudo, existe 
uma diferença entre estes tratamentos, que se encontra no tipo de ventosa utilizado. Na vacuoterapia 
faz-se a utilização de ventosas parecidas com copos, que, quando aplicadas sobre os tecidos, fazem 
a sucção do tecido, sem, no entanto, gerar o rolamento do tecido, como na endermologia. 
Neste sentido, dentre as vantagens do uso da endermologia, cita-se a capacidade que este 
recurso estético possui de mobilizar os tecidos corporais através da sucção e rolamento dos 
tecidos, de modo a reorganizar as fibras existentes nos tecidos de tratamento.
2.2 Efeitos fisiológicos da endermologia
Os efeitos fisiológicos promovidos pela endermologia se assemelham aos efeitos promovidos 
pelas técnicas de massagem e de drenagem linfática manual. Dentre os principais efeitos 
esperados com este tratamento, Perez e Vasconcelos (2014) citam:
• Melhora da circulação sanguínea;
• Incremento na circulação linfática;
• Melhora da oxigenação tecidual;
• Redução de edemas;
• Aumento no metabolismo local;
• Incremento na tonificação tissular;
• Aceleração do processo cicatricial.
34
2.3 Indicações e contra indicações no uso da endermologia
Considerando os efeitos fisiológicos da técnica de endermologia e o fato de a mesma simular 
os efeitos dos tratamentos de massagem e drenagem linfática manual, ela está indicada para 
tratamentos estéticos, onde a massagem e a drenagem linfática manual também estariam indicadas. 
Perez e Vasconcelos (2014) citam como indicações do uso da endermologia:
• Tratamentos para manejo do fibro edema geloide (celulite);
• Tratamento de fibroses pós-cirúrgicas;
• Tratamento de estrias atróficas, no manejo de lipodistrofia localizada, e, ainda, no mane-
jo do edema.
No caso das disfunções estéticas que cursam com fibrose (cicatrizes e fibro edema geloide), o 
tratamento promove uma reorganização das fibras de colágeno existentes no tecido, promovendo 
uma nova cicatrização local e reorganização do tecido conjuntivo, reduzindo os quadros de 
fibrose. Nas estrias, ele atua de modo a ativar os fibroblastos, células responsáveis pela síntese 
de colágeno e elastina na pele, sendo considerado um recurso complementar deste tratamento.
Assim como as indicações do uso da endermologia são semelhantes às indicações de 
massagem e drenagem linfática manual, as contra indicações também se assemelham. Orienta-se 
que paciente com neoplasias, presença de infecções, insuficiência cardíaca ou renal e gestantes, 
não sejam submetidos a este tratamento. Além disto, deve-se ter um cuidado redobrado na 
aplicação em pacientes com hipertensão arterial sistêmica, sendo contraindicado o tratamento 
em casos de hipertensão descompensada. Nos pacientes com a pele acometida por lesões na 
região de tratamento, como dermatites, irritações ou feridas, também não devem receber o 
tratamento sob risco de piorar as lesões previamente existentes (PEREZ, VASCONCELOS, 2014).
Além disso, sugere-se que, antes do início do tratamento, o profissional realize uma avaliação 
visual da pele do paciente, verificando a presença de vasos dilatados ou telangiectasias. Nestes 
casos, a endermologia não está absolutamente contraindicada, contudo, deve-se analisar o caso 
FIQUE DE OLHO
Uma das grandes aplicações da endermologia está no manejo do fibro edema geloide, 
conhecido popularmente como celulite. Para adquirir mais conhecimento sobre este tema, 
acesse, na íntegra, o artigo “Atuação da endermoterapia/vacuoterapia no tratamento do 
fibro edema gelóide – Revisão de literatura” pelo link presente nas referências bibliográficas.
35
e verificar a indicação deste tratamento. Quando possível de utilização em pacientes acometidos 
por telangiectasis, a pressão de vácuo utilizada deve ser bem menor, evitando novas lesões 
vasculares. 
2.4 Aplicação da técnica de endermologia
Para a aplicação da técnica, é necessário que se faça a utilização de um óleo de massagem, 
para facilitar o deslizamento das ventosas sobre a pele, evitando, deste modo, o excesso de atrito 
(PEREZ, VASCONCELOS, 2014).
Para a aplicação, o profissional deve modular o equipamento, escolhendo a pressão a ser utilizada. 
Quando o objetivo é promover apenas uma drenagem linfática mecânica, o profissional deve modular 
o equipamento com uma pressão de 40 mmHg e mover as ventosas através de movimentos lentos, 
sempre sendo realizados no sentido das vias linfáticas (PEREZ, VASCONCELOS, 2014).
Para promover uma massagem mecânica, a pressão indicada é superior a 100mmHg e, neste 
caso, o profissional deve deslizar o cabeçote sobre a área de tratamento com movimentos rápidos 
e firmes, no sentido das fibras musculares do local (PEREZ, VASCONCELOS, 2014),
Espera-se que, com a aplicação, a pele do paciente apresente uma hiperemia local, contudo, 
não pode causar dor. Neste tratamento, a dor é um indicativo de que a pressão que está sendo 
utilizada encontra-se alta demais e, neste caso, precisa ser ajustada.
Após a finalização do tratamento, as ventosas devem ser higienizadas com utilização de água 
e sabão, de modo a remover completamente o óleo utilizado para o deslizamento e as células 
mortas que ficam retidas na ventosa (PEREZ, VASCONCELOS, 2014).
2.5 Sugestões de protocolos com utilização da endermologia
Oliveira (2014) sugere a realização da endermologia em tratamentos destinados a lipodistrofia 
localizada (gordura localizada) e ao fibro edema geloide (celulite).
A seguir, é apresentado duas sugestões de protocolo de tratamento para manejo da 
lipodistrofia localizada:
Em casos sem flacidez muscular:
Passo 1: esfoliação do local;
Passo 2: realização da técnica de ultrassom com terapia combinada (tempo de acordo com 
as regiões e
recomendações técnicas);
36
Passo 3: realização da endermoterapia por 30 minutos, divididos entre as regiões tratadas;
Passo 4: finalizar com gel lipolítico.
Emcasos de flacidez muscular:
Passo 1: esfoliação do local;
Passo 2: realização da técnica de endermoterapia no local, por aproximadamente 20 minutos 
(divididos por área de gordura localizada);
Passo 3: realização da técnica de eletroestimulação no local por 30 minutos;
Passo 4: finalização com spray lipolítico.
O uso da endermologia pode ser feito também em protocolos destinados a tratamentos faciais, 
isso porque a endermologia pode estimular os tecidos cutâneos e melhorar o metabolismo local. 
Oliveira (2014) cita um exemplo de aplicação da endermologia num protocolo de tratamento 
facial destinado a revitalização.
Passo 1: higienização com sabonete de limpeza;
Passo 2: esfoliação química;
Passo 3: tonificação com ativos hidratantes;
Passo 4: aplicação da endermologia facial nas linhas de expressão;
Passo 5: drenagem linfática manual em toda a face;
Passo 6: aplicação de máscara revitalizante;
Passo 7: finalização com aplicação do filtro solar.
3 IONTOFORESE 
A iontoforese constitui-se de um recurso terapêutico utilizado há muito tempo, mais 
especificamente, desde o século XVIII. Esta técnica também pode ser conhecida pelo nome de 
ionização, iontopenentração, dieletrólise, dieletroforese e, ainda, iontoforese (BORGES, 2010).
A iontoforese é uma técnica terapêutica que se caracteriza pela introdução de íons para 
dentro dos tecidos humanos, através da aplicação de uma corrente elétrica terapêutica do tipo 
continua (PRENTICE, 2014). Antes de entender como acontece o tratamento da iontoforese, é 
37
necessário compreender como a corrente contínua age nos tecidos humanos.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
3.1 Mecanismo de ação da corrente contínua
No organismo humano, as substâncias presentes nos fluidos corporais possuem em sua 
composição cargas elétricas, que podem ser positivas ou negativas, chamados de íons. Isso permite 
que exista um campo elétrico fisiológico nos tecidos humanos, que permite que estas substâncias se 
movimentem através dos compartimentos celulares de acordo com a sua carga iônica (positiva ou 
negativa), entrando e saindo das células, de modo a manter o funcionamento celular equilibrado.
Esta movimentação, que acontece fisiologicamente no organismo humano, ocorre sem que 
haja ação de alguma corrente elétrica externa. Prentice (2014) define os íons como partículas 
carregadas eletricamente, seja positivamente ou negativamente. Estes íons se movimentam 
dentro de uma substância e dentro dos compartimentos celulares, conforme a carga elétrica que 
possuem. Um exemplo disto, é a movimentação de substâncias através da membrana celular, 
que acontece graças à carga elétrica que as substâncias possuem, mantendo, por exemplo, uma 
quantidade de substâncias adequadas dentro da célula e de outras substâncias fora da célula. 
Ao ser aplicada uma corrente elétrica terapêutica do tipo continua nos tecidos corporais, 
esta movimentação de íons, que acontece fisiologicamente, é intensificada. A corrente contínua, 
também chamada de corrente galvânica, trata-se de uma corrente terapêutica unidirecional, 
direta e constante, que, quando aplicadas sobre os tecidos através da via transdérmica, tem a 
possibilidade de influenciar na movimentação das substâncias, quando estas possuem cargas 
iônicas definidas. (BORGES, 2010) Alterna-se, deste modo, as concentrações de determinadas 
substâncias nos tecidos, intensificando os movimentos e gerando, deste modo, a melhora do 
fluxo de substâncias, além de proporcionar à célula melhores condições de funcionamento.
A aplicação da corrente contínua sobre os tecidos humanos aumenta a movimentação de 
38
íons e, com isso, incrementa o metabolismo celular. Este processo é feito através do uso de um 
equipamento gerador de corrente contínua. Este equipamento está acoplado a eletrodos que 
servem de interface, transferindo a corrente contínua do equipamento para a pele do paciente.
Os eletrodos utilizados na corrente contínua possuem polaridade definida. Um eletrodo serve de 
polo positivo, enquanto o outro serve de polo negativo. A aplicação da corrente contínua nos tecidos 
corporais gera efeitos polares, ou seja, de acordo com o polo do eletrodo, são gerados efeitos específicos.
Segundo Borges (2010), os efeitos promovidos pela corrente contínua em cada polo são 
descritos a seguir:
Polo negativo
Este polo é chamado de cátodo e é capaz de atrair a água e o hidrogênio do corpo para 
perto dele. Quando utilizado, gera efeitos estimulantes e irritantes sobre o tecido, promovendo 
vasodilatação e hiperemia da pele, por isso é capaz de melhorar a circulação tecidual, a hidratação 
e, ainda, promover amolecimento dos tecidos corporais. 
Polo positivo
É chamado de ânodo. Ele atrai o oxigênio e a água do corpo e, quando aplicado, promove 
efeitos analgésicos, sedativos, provoca vasoconstricção e, por isso, gera menos hiperemia na 
pele. É utilizado de modo a reduzir sangramentos na pele, endurecer um tecido corporal e ainda, 
drenar os líquidos corporais que se encontram acumulados
Figura 1 – Esquema de corrente contínua aplicada aos tecidos humanos.
#ParaCegoVer: Nesta imagem, é possível verificar que há um gerador que fornece a corrente 
contínua. Desta fonte, saem os dois eletrodos que serão acoplados na pele do paciente, um 
eletrodo de polo positivo e um eletrodo de polo negativo, de modo a fechar um circuito elétrico. 
Lembrando que cada polo possui ações distintas nos tecidos humanos.
39
Deste modo, ao utilizar a corrente contínua, é primordial que o profissional esteja atento aos 
objetivos de tratamento e aos efeitos de cada um dos polos, de modo a atender as necessidades 
do cliente. 
Quanto aos eletrodos utilizados, estes podem se apresentar de diversos modelos, de 
acordo com a área que se destinam ao tratamento e, também, de acordo com as preferencias 
do profissional. Os mais utilizados para a aplicação da corrente contínua são: placas metálicas 
confeccionadas em alumínio, placas de borracha de silicone, canetas, rolos, tubos ou bastões, 
máscara e eletrodos autoadesivos. (BORGES, 2010)
Além de intensificar as movimentações de íons presentes nos líquidos corporais, a aplicação 
da corrente contínua nos tecidos corporais promove uma série de outros efeitos fisiológicos nos 
tecidos. (PRENTICE, 2014)
Conhecer os efeitos promovidos pela corrente contínua utilizada na eletroterapia e como ela 
é transmitida aos tecidos é essencial para que o profissional compreenda os princípios básicos de 
tratamento através da iontoforese.
3.2 Mecanismo de ação da iontoforese
Assim como as substâncias presentes nos fluidos corporais possuem cargas elétricas 
definidas, algumas formulações cosméticas também podem possuir uma carga iônica definida, 
sendo substâncias carregadas positivamente ou negativamente.
Neste sentido, surge o princípio de tratamento da iontoforese, que faz a associação de duas 
modalidades de tratamento: a corrente elétrica terapêutica contínua, associada ao uso de alguma 
formulação cosmética com carga elétrica, de modo que a corrente contínua facilite a entrada 
desta substância nos tecidos corporais. Segundo Borges (2010), as formulações com carga 
utilizadas na iontoforese são chamadas de soluções ionizáveis. 
FIQUE DE OLHO
No uso da iontoforese, não é possível utilizar qualquer formulação cosmética para o 
tratamento. É necessário que a formulação escolhida pelo profissional tenha carga iônica, 
positiva ou negativa, do contrário, não serão promovidos os efeitos deste tratamento. As 
formulações que possuem cargas definidas devem possuir em seu rótulo a descrição da 
polaridade e deve, obrigatoriamente, ser conhecidas pelo profissional afim de garantir um 
efeito de tratamento.
40
Resumidamente, a iontoforese trata-se de uma modalidade terapêutica que pode promover 
uma série de efeitos terapêuticos quando aplicada aos tecidos. Além dos efeitos promovidos pela 
aplicação da corrente contínua, há a presença dos efeitos promovidos pela substância ionizável, 
que pode ter inúmerasfinalidades, de acordo com o objetivo de tratamento. 
Ao associar a corrente contínua com a o uso da solução ionizável, promove-se um aumento 
nas taxas de permeação cutânea do ativo presente na solução. Um grande desafio dos produtos 
cosméticos aplicados a pele é permear para as camadas mais profundas da pele, em virtude de a 
pele representar uma barreira a penetração de substâncias externas (BORGES, 2010). 
Com a aplicação da iontoforese, os ativos presentes na solução ionizável conseguem permear 
mais facilmente e mais rapidamente a barreira da pele e, com isso, conseguem atingir os tecidos 
mais profundos, promovendo efeitos terapêuticos mais efetivos quando comparados apenas a 
utilização da formulação cosmética na pele. 
Mas como estes ativos presentes na solução ionizável penetram na pele? Através dos efeitos polares 
dos eletrodos utilizados no tratamento. Os íons presentes na solução ionizável são carreados para a pele 
através de um mecanismo chamado de repulsão continua, que faz com que os íons, presentes na solução 
ionizável, sejam repelidos do polo do eletrodo e, com isso, penetrem na pele através de diferentes vias 
de permeação, que podem ser através dos espaços entre as células, por dentro dos espaços celulares ou, 
ainda, através dos folículos pilosos e das glândulas sebáceas e sudoríparas (BORGES, 2010). 
Mas, para que esta repulsão entre a substância ionizável e o eletrodo aconteça e permita que 
a substância penetre na pele, a substâncias ionizável precisa ser introduzida através de um polo 
especifico dos eletrodos. Isso porque, para haver a repulsão, o polo do eletrodo tem que ser de 
mesma polaridade que a solução ionizável utilizada, de modo que cargas iguais possam se repelir 
e, com isso, penetrar na pele. Resumidamente, é como se a substância negativa, aplicada no 
eletrodo negativo sofra a repulsão e, assim, se afaste do eletrodo, penetrando na pele. O mesmo 
acontece se uma solução ionizável positiva for aplicada no polo positivo. 
Em contraponto, se o profissional fizer uso de uma solução carregada negativamente e aplicá-
la no polo positivo, não haverá repulsão e, sim, atração, pois cargas diferentes se aproximam e, 
deste modo, o ativo presente na solução ionizável ficará próximo do eletrodo e não penetrará 
na pele do cliente. Deste modo, o tratamento da iontoforese está diretamente ligado a carga da 
solução ionizável utilizada e ao eletrodo em que é aplicada.
Neste sentido, considerando os efeitos polares dos eletrodos, ao utilizar a técnica de 
iontoforese, um dos eletrodos será chamado de ativo, que é aquele eletrodo onde será aplicada 
a solução ionizável na região de tratamento, que pode ser tanto positivo quanto negativo, 
dependendo da solução, enquanto o outro será chamado de passivo, posicionado distante da 
área de tratamento, não recebe a solução ionizável e apenas é utilizado de modo a fechar o 
41
circuito elétrico (KAMIZATO, BRITO, 2014).
Na figura a seguir é possível visualizar o efeito de repulsão que acontece ao utilizar-se uma 
solução ionizável carregada com a mesma carga elétrica do eletrodo e o modo com que a mesma 
penetra nos tecidos.
Figura 2 – Esquema de funcionamento da iontoforese.
#ParaCegoVer: Na figura é possível verificar que há um gerador que fornece a corrente contínua. 
Desta fonte, saem os dois eletrodos que serão acoplados na pele do paciente. No eletrodo de polo 
positivo, é introduzida a solução ionizável de carga positiva, representada por (+). Como possui a 
mesma carga do eletrodo, a solução ionizável se repele do eletrodo e penetra na pele.
Em contrapartida, se for aplicada uma solução ionizável de carga elétrica diferente do eletrodo 
ativo, haverá uma força de atração entre eles e, deste modo, a solução ficara bem próxima do 
eletrodo, não penetrando na pele. A figura a seguir mostra esta força de atração que acontece 
quando se utiliza a polaridade errada na aplicação da iontoforese.
Figura 3 – Esquema de funcionamento incorreto da iontoforese.
#ParaCegoVer: Na figura, é possível verificar que há um gerador que fornece a corrente 
contínua. Desta fonte, saem os dois eletrodos que serão acoplados na pele do paciente. No 
eletrodo de polo positivo é introduzida a solução ionizável de carga negativa, representada por 
(-). Como possui a carga diferente do eletrodo, a solução ionizável é atraída pelo eletrodo e 
permanece na superfície da pele, não sendo possível que haja o mecanismo da iontoforese. 
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Por isso, toda a solução ionizável deve ser aplicada no eletrodo ativo de igual carga, para 
garantir que haja a força de repulsão e os ativos presentes na solução ionizável penetrem nas 
camadas da pele desejada.
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3.3 Efeitos fisiológicos e terapêuticos da iontoforese
 Os efeitos fisiológicos e terapêuticos da iontoforese dependem incialmente da ação da 
corrente contínua e da natureza da solução ionizável introduzida na pele. A seleção da solução 
ionizável dependerá do objetivo de tratamento. Neste sentido, há soluções destinadas ao 
tratamento de disfunções corporais, faciais e capilares, como: acne, flacidez, envelhecimento, 
desidratação tecidual, seborreia, gordura localizada, enfim, de uma série de disfunções. 
A seguir é apresentada uma tabela com alguns exemplos de soluções ionizáveis, a indicação e 
em qual polo do eletrodo devem ser introduzidas. 
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Tabela 1 – Soluções ionizaveis e as indicações relativas.
#ParaCegoVer: Na tabela é possível ver 3 colunas, nas quais uma descreve as principais 
substâncias utilizadas em iontoforese, em outra suas respectivas indicações terapêuticas e, na 
última, o polo em que devem ser utilizadas. 
É importante lembrar que, além destas soluções ionizáveis, outras soluções podem ser 
utilizadas de acordo com o objetivo de tratamento do paciente. 
3.4 Indicações e contra indicações no uso da iontoforese
Em virtude dos efeitos fisiológicos e terapêuticos estarem diretamente relacionados ao tipo 
de solução ionizável utilizado, a iontoforese pode ser uma modalidade de tratamento inserida 
em uma série de protocolos destinados ao manejo de disfunções estéticas. Em geral, é uma 
modalidade terapêutica utilizada em associação com outras técnicas e recursos terapêuticos. 
Entretanto, para que seja um tratamento seguro, existem algumas contraindicações ao uso 
desta modalidade de tratamento. Estas contraindicações podem estar relacionadas aos efeitos 
promovidos pela corrente contínua ou também, relacionadas ao tipo de solução ionizável 
utilizada 9BORGES, 2010). 
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Em relação ao uso da corrente contínua, pacientes com marcapasso cardíaco ou problemas 
cardíacos descompensados não devem realizar o tratamento com iontoforese. Assim como, a 
técnica não deve ser aplicada sobre regiões corporais que possuam implantes metálicos, pois a 
corrente contínua pode gerar aquecimento excessivo. Em relação ao uso de soluções ionizáveis, 
é importante que o profissional questione o paciente acerca da hipersensibilidade a alguma 
substância, de modo a reduzir o risco de reação alérgica. (BORGES, 2010)
Além disso, vale ressaltar que pacientes com alterações de sensibilidade no local de aplicação 
não devem ser submetidos ao tratamento, em virtude do risco de queimaduras por excesso de 
corrente, uma vez que o paciente não consegue referir a sensação percebida de maneira correta.
3.5 Aplicação da técnica de iontoforese
Inicialmente, o profissional deve selecionar os parâmetros da corrente continua, os eletrodos 
a serem utilizados, e a solução ionizável. Esta escolha deve ser feita antes mesmo da aplicação 
da técnica. 
Quanto aos parâmetros, Borges (2010) cita que a intensidade da corrente a ser utilizada 
costuma ser semelhante à técnica de aplicação da corrente contínua, que varia de 0 a 20 mA. 
Contudo, a intensidade deve ser definida pela sensação percebida pelo paciente. O paciente 
necessita relatar durante o tratamento uma sensação de formigamento, contudo, sem que gere 
dor. Deste modo, a intensidade deve seriniciada em zero e aumentada gradativamente conforme 
tolerância do paciente. 
A escolha dos eletrodos tem início com a definição de qual eletrodo será o ativo (aplicado na 
região de tratamento) e qual eletrodo será passivo. Em geral, segundo Kamizato e Brito (2014), 
o eletrodo ativo normalmente se apresenta em forma de rolete metálico, enquanto o passivo se 
apresenta em forma de bastão metálico, eletrodo de borracha ou de placa metálica envolvida em 
esponja embebida em água durante a aplicação da corrente. 
Neste caso, o profissional deve posicionar o eletrodo passivo em contato com a pele do 
cliente, em uma região diferente da área de tratamento. No caso do uso de um eletrodo passivo 
de bastão metálico, o paciente pode segurá-lo na mão, ou, no caso do uso de eletrodo passivo do 
tipo placa metálica ou eletrodo autoadesivo, este pode ser posicionado em região escapular do 
paciente. O eletrodo ativo, por sua vez, será aplicado na área de tratamento. Em geral, opta-se 
por utilizar eletrodo ativo em forma de rolo. 
Para dar início a terapia, o profissional deve aplicar a solução ionizável na área de tratamento 
desejada, através do gotejamento da substância, e deslizar o rolete do eletrodo ativo sobre a 
região durante todo o tempo de tratamento, de maneira lenta, continua e regular. (KAMIZATO, 
BRITO, 2014) Durante o tratamento, a pele deve estar umedecida com a solução e, caso seja 
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totalmente absorvida, o profissional deve gotejar um pouco mais de solução na pele para dar 
continuidade ao tratamento. A figura a seguir mostra um exemplo de aplicação da iontoforese 
para tratamento facial.
Em relação ao tempo total de tratamento, a penetração maior dos ativos presentes na solução 
ionizável acontece nos primeiros 6 minutos de aplicação da corrente, podendo se estender a 12 
minutos. Acima deste período, a absorção é muito pequena, por isso, não se indica estender o 
tempo de aplicação para mais de 12 minutos por área de tratamento. (KAMIZATO, BRITO, 2014)
3.6 Exemplos de protocolos estéticos faciais e corporais utilizando a 
iontoforese
A iontoforese pode ser inserida como tratamento coadjuvante em uma série de disfunções 
estéticas faciais e corporais. A seguir são citados alguns exemplos de protocolos estéticos com 
utilização da iontoforese.
Protocolo para hidratação facial:
Passo 1: higienização com sabonete de limpeza;
Passo 2: esfoliação física da pele;
Passo 3: aplicação do agente tonificante com princípios ativos hidratantes;
Passo 4: aplicação da técnica de ionização com utilização de soluções ionizáveis com princípios 
hidratantes como, por exemplo, cloreto de sódio aplicado no polo negativo;
Passo 5: aplicação de máscara hidratante cremosa;
Passo 6: finalização com aplicação do filtro solar.
Nos tratamentos corporais, a iontoforese pode ser aplicada de modo a tratar as principais 
disfunções estéticas, como fibro edema geloide, gordura localiza, flacidez, estrias etc. A seguir, 
uma sugestão de protocolo destinado ao manejo de fibro edema geloide:
Passo 1: higienização da pele da região de tratamento com sabonete líquido;
Passo 2: aplicação de tônico;
Passo 3: aplicação da iontoforese na área de tratamento, com uso de solução ionizável a base 
de hialuronidase (no polo positivo). Este ativo tem função antiedematosa, linfoedema e atua 
efetivamente no tratamento do fibroedema geloide;
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Passo 4: realize a drenagem linfática manual.
Além destes protocolos, o profissional pode fazer a utilização de uma série de soluções 
ionizáveis de diferentes finalidades, de modo a tratar as disfunções estéticas. Para ampliar os 
estudos, a seguir, é apresentada uma dica de utilização da iontoforese no tratamento de flacidez 
tissular.
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4 PRESSOTERAPIA
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (2019), a pressoterapia é um recurso 
terapêutico que pode ser utilizado em tratamentos estéticos corporais visando a melhoria das 
funções do sistema linfático, e, com isso, tratar ou prevenir o edema. Trata-se de um recurso 
terapêutico não invasivo, através do uso de equipamentos específicos.
4.1 Definição da terapia de pressoterapia
A técnica de pressoterapia trata-se de um recurso muito utilizado na área da estética. 
Consiste numa massagem pneumática, realizada na direção do fluxo circulatório por meio de 
pressão positiva sob o segmento corporal, de modo a incrementar o retorno venoso e linfático 
local. Por isso, é amplamente utilizada para minimizar as disfunções circulatórias presentes na 
área da estética que cursam com edema, como nos casos de pós-operatório de cirurgias plásticas, 
no linfedema e no tratamento do fibro edema geloide (BORGES, 2010).
A técnica de pressoterapia se pauta no conhecimento da hidrodinâmica dos fluidos circulatórios 
no corpo humano e sua aplicação visa “simular” o deslocamento dos fluidos corporais através 
da circulação sanguíneo venosa e linfática, no mesmo sentido do fluxo fisiológico, através da 
aplicação de pressão específica pelo trajeto do sistema circulatório (BORGES, 2010).
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Esta pressão especifica gerada pela pressoterapia permite que os líquidos sejam conduzidos 
de maneira mais efetiva pelos vasos circulatórios na direção desejada, tratando e prevenindo 
condições estéticas que cursem com o surgimento de edema.
Basicamente, a técnica visa intensificar a ação do sistema linfático e, com isso, prevenir ou 
tratar o edema.
O equipamento utilizado na pressoterapia consiste em um compressor conectado por 
mangueiras plásticas a artefatos pneumáticos, formados por zonas independentes entre si, os 
quais inflam e desinflam de maneira sequencial ou não, de acordo com o objetivo de tratamento. 
Estes artefatos podem ser luvas, cintas ou botas, dependendo da área a ser tratada. 
Segundo Borges (2010), estes artefatos são confeccionados em plástico e possuem várias 
cavidades de enchimento, que podem ser separados em alguns compartimentos individuais, 
sendo que, de acordo com o número de compartimentos disponíveis no equipamento, eles são 
classificados como uni compartimentais (um compartimento) ou multicompartimentais (mínimo 
de 3 compartimentos).
Equipamentos unicompartimentiais
A pressão exercida é uniforme e apenas se diferencia conforme o diâmetro da área que 
está recebendo o tratamento. Neste equipamento a pressão se estabelece da porção distal do 
membro para a proximal, isso significa que, quando aplicada a membros inferiores, a pressão 
no tornozelo é maior e vai diminuindo de maneira gradativa até a virilha, onde existe um maior 
diâmetro (BORGES, 2010).
Equipamentos multicompartimentais
Nestes equipamentos há, no mínimo, três compartimentos que se encontram divididos e são 
confeccionados em sobreposição, evitando a formação de garrote no membro. Deste modo, os três 
compartimentos enchem separadamente, e, assim como nos equipamentos unicompartimentais, 
a pressão intermitente infla o artefato de distal para proximal, de modo que reduz a pressão, à 
medida que o membro começa a apresentar maior diâmetro. 
Considerando um equipamento de 3 compartimentos, o mecanismo de funcionamento 
tem início com o insuflar do compartimento mais distal, por 90 segundos. Após este período de 
pressurização do compartimento distal, espera-se 20 segundos e, em seguida, o compartimento 
médio é insuflado. Decorridos mais 20 segundos, o compartimento proximal é insuflado e, após 
30 segundos, todos os compartimentos são desinsuflados, iniciando-se um novo ciclo que se 
repete durante todo o tratamento (BORGES, 2010).
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Independentemente do tipo de equipamento de pressoterapia utilizado, o compressor de 
todos eles tem seus parâmetros modulados pelos profissionais de estética, que definem os 
parâmetros conforme objetivos de tratamento. 
4.2 Técnica de aplicação da pressoterapia
Inicialmente, antes da aplicação da técnica de pressoterapia propriamente dita, é necessário 
que o profissional tome alguns cuidados, de modo a garantir que a técnica seja aplicada com 
segurança.Dentre estes cuidados, Borges (2010) comenta que é necessário inspecionar a pele 
do paciente antes da terapia, remover acessórios, como joias, e informar ao paciente como 
acontecera o tratamento. 
Nesta fase, alguns autores ainda sugerem que o profissional realize o desbloqueio dos 
linfonodos, através de técnicas especificas da drenagem linfática manual, de modo a incrementar 
o tratamento. Após isso, deve-se posicionar adequadamente e confortavelmente o paciente, e 
inserir o membro a ser tratado no compartimento. 
Posteriormente, o profissional deve proceder com o ajuste dos parâmetros do equipamento. 
Neste sentido, cabe ao profissional selecionar a pressão adequada, o tempo de compressão, e o 
tempo de tratamento total.
Quanto à pressão adequada, Borges (2010) comenta que a pressão adequada a ser modulada 
no equipamento deve ser uma média entre a pressão sistólica e diastólica normal do sistema 
circulatório, considerando, como média, a pressão de 120mm/Hg do sistema arterial, 40 mmHg de 
pressão venosa e 20 mmHg de pressão linfática. Por isso, nesta possibilidade, se o objetivo for atuar 
somente sobre o sistema linfático indica-se uma pressão de 20mmHg, enquanto, para tratamentos 
nos quais se objetiva melhorar o retorno venolinfático, utiliza-se 40 mmHg de pressão. 
Além disso, a pressão pode ainda variar com a área de tratamento, onde é indicada a utilização 
de 40 a 60 mmHg para tratamento de membros superiores e de 60 a 100mmHg para tratamento 
de membros inferiores, para efeitos de melhoria do retorno venoso e linfático, e pressões que 
variam de 20 a 30 mmHg, para estimular apenas a ação do sistema linfático. 
FIQUE DE OLHO
No mercado, o profissional pode contar com equipamentos de pressoterapia que dispõem 
de pressão positiva ou também de pressão negativa. No uso da pressão negativa, estes 
equipamentos funcionam como ventosas, através de um tudo de aspiração, e são acoplados 
a aplicadores de metal, plástico ou cristal, que produzem vácuo. Contudo, vale ressaltar 
que os aparelhos que possuem um sistema de pressão positiva são os considerados os 
verdadeiros aparelhos de pressoterapia (BORGES, 2010).
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Quanto ao tempo de compressão, indica-se geralmente a utilização de 30 segundos com 
o aparelho ligado para 30 segundos com ele desligado, mas alguns autores sugerem 1 minuto 
ligado e 2 minutos desligado ou, ainda, o inverso, com 2 minutos ligado para 1 minuto desligado 
(BORGES, 2010). Em relação ao tempo total de tratamento, 10 a 30 minutos é um tempo 
considerado adequado.
4.3 Efeitos fisiológicos e terapêuticos da pressoterapia
Segundo Borges (2010), espera-se como efeitos fisiológicos e terapêuticos da técnica de 
pressoterapia:
Aumento na reabsorção de edemas;
Efeito relaxante;
Melhora da drenagem linfática;
Estimulação da absorção dos líquidos;
Favorecimento do retorno venoso e linfático.
4.4 Indicações e contra indicações no uso da pressoterapia
Considerando os efeitos fisiológicos apresentados, a pressoterapia pode ser inserida na área 
da estética, em protocolos de tratamento voltados ao manejo do fibroedema geloide (celulite), 
obesidade, linfedema pós mastectomia, no manejo no edema pós cirurgias plásticas como 
lipoescultura e lipossucção.
Além disso, pode também ser utilizada como terapia coadjuvante na prevenção de varizes, 
no tratamento de edema traumático e em edemas de causas relacionadas a inabilidade de 
movimentar algum membro. 
Deste modo, pode ser aplicada em situações que cursem com formação de edema, onde, neste 
caso, o objetivo de tratamento se pauta na melhoria da drenagem linfática e venosa dos tecidos.
Entretanto, para que a pressoterapia seja realizada de maneira segura, o profissional deve 
estar atento a algumas contra indicações. Pacientes com trombose venosa profunda, neoplasias, 
insuficiência cardíaca congestiva, processos inflamatórios agudos, varizes importantes, fraturas 
ainda não consolidadas e pacientes com doenças relacionadas ao sistema arterial não devem ser 
submetidos ao tratamento com pressoterapia (BORGES, 2010).
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4.5 Exemplo de protocolo com uso da pressoterapia
A pressoterapia pode ser indicada como tratamento coadjuvante para o fibro edema geloide. 
A seguir, é apresentado um exemplo de protocolo de tratamento para esta disfunção, com sinais 
e sintomas na região de coxas, utilizando a pressoterapia.
Passo 1: higienização da pele do paciente com sabonete líquido;
Passo 2: aplicação a técnica de radiofrequência nas áreas acometidas pela disfunção;
Passo 3: aplicação da pressoterapia de membros inferiores.
Em uma sessão de tratamento, o profissional pode utilizar apenas a pressoterapia ou associa-
la a outras modalidades de tratamento, de acordo com os objetivos do paciente.
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Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Conhecer diferentes tipos de procedimentos estéticos;
• Aprofundar seu conhecimento sobre a terapia de alta frequência.
• Entender o mecanismo de ação da endermologia;
• Ser introduzido à terapia de pressoterapia;
• Conhecer a iontoforese e sua aplicação;
• Compreender as indicações e as contra indicações de cada procedimento.
PARA RESUMIR
BORGES, F. S. Dermato-funcional: Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2 
ed. rev. e ampl. São Paulo: Phorte, 2010.
GOUVEA, L e outros. Atuação da endermoterapia/vacuoterapia no tratamento do 
fibro edema gelóide - Revisão de literatura. Revista Saúde em Foco. São Lourenço 
ed. 10, 2018. Disponível em: portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/
sites/10001/2018/07/066_ATUAÇÃO_DA_ENDERMOTERAPIAVACUOTERAPIA.pdf 
Acesso em: 23 mar. 2020
KAMIZATO, K. K.; BRITO, S. G. Técnicas estéticas faciais. 1 ed. São Paulo: Érica, 2014.
OLIVEIRA, A. L. de. De esteticista para esteticista: diversificando os protocolos faciais e 
corporais aplicados na área da estética. 1 ed. São Paulo: Matrix Editora. 2014. 
PEREZ, E.; VASCONCELOS, M. G. de. Técnicas estéticas corporais. 1 ed. São Paulo: Érica, 
2014.
PRENTICE, W. E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. 4. ed. Porto Alegre: 
AMGH, 2014.
Sociedade Brasileira de Dermatologia. Drenagem Linfática, 2019. DisponÍvel em: https://
www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/drenagem-linfatica/19/ Acesso 
em: 23 mar. 2020.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 3
Eletroterapia: conceitos e aplicações 
do ultrassom, peeling ultrassônico e 
vapor de ozônio
Introdução
Você está na unidade Eletroterapia: conceitos e aplicações do ultrassom, peeling 
ultrassônico e vapor de ozônio. Conheça aqui os conceitos fundamentais da aplicação 
do ultrassom estético, vapor de ozônio e peeling ultrassônico. Entenda os mecanismos 
de ação durante a aplicação desses aparelhos e os efeitos fisiológicos desencadeados no 
organismo por essa interação. Aprenda também as possíveis associações estéticas faciais 
e corporais nas quais podem ser introduzidos os benefícios de cada aparelho. Por fim, 
conheça as indicações e contra indicações de cada um desses recursos eleroterápicos 
dentro da estética.
Bons estudos!
55
1 ELETROTERAPIA
A eletroterapia consiste no uso de energia no organismo, com a finalidade de gerar um efeito 
fisiológico de modulação, estímulo ou correção estrutural da função da área tratada. A energia 
pode apresentar-se de diversas maneiras, como, por exemplo, a energia luminosa, na qual temos 
a aplicação da luz por meio de estímulo de suas unidades de energia, conhecidas como fótons e 
podemos citar como aparelhos que utilizam a energia luminosa:
• os LEDs,
• Lasers,
• e Luz Intensa Pulsada. 
Podemos falar também sobre a energia térmica, na qual uma fonte de calor é aplicada sobre o 
tecido com finalidade terapêutica, como ocorre com as mantas térmicas, por exemplo; ou mesmo 
a energia elétrica, na qual temos a aplicação de correntes elétricas biocompatíveis para promover 
estímulos e mediar funções celulares, como ocorre com a aplicação das correntes galvânicas e 
farádicas nos tratamentos estéticos. A eletroterapia é um recurso valioso nos tratamentos

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