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AULA-02-FUNDAMENTOS-FILOSÓFICOS-DA-EDUCAÇÃO

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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS 
DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá! 
 
 
O pensamento filosófico não é estático. Desde a Antiguidade, inúmeras 
mudanças e transformações ocorreram nessa área do saber e ao longo de sua 
história, ela contribuiu para o entendimento da ciência e da vida humana de 
diferentes formas. 
Nesta aula, você vai estudar as principais disciplinas que balizam as 
discussões no campo da filosofia, como a metafísica, a lógica, a epistemologia, a 
estética, a política e a ética. Além disso, vai conhecer o pensamento de diferentes 
filósofos que se destacaram desde a Antiguidade, passando pela Idade Média e 
pela Idade Moderna e chegando às reflexões dos pensadores contemporâneos. 
 
 
Bons estudos! 
AULA 02 – A EVOLUÇÃO 
DO PENSAMENTO 
FILOSÓFICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia 
entenderá como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá 
a oportunidade de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, 
behaviorismo, psicanálise e Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo. 
 
Compreender o conceito de psicologia 
Identificar as diferentes áreas de atuação da 
psicologia 
Conhecer as áreas de atuação do psicólogo. 
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: 
 
 Descrever os pilares básicos da filosofia. 
 Elencar cronologicamente os principais filósofos da humanidade. 
 Identificar as principais referências filosóficas contemporâneas. 
 
 
2. PILARES BÁSICOS DA FILOSOFIA 
 
A filosofia é uma disciplina que às vezes produz admiração e estranheza. 
Muitos já ouviram falar, mas poucos conhecem os filósofos e seus pensamentos. As 
pessoas costumam imaginar que a filosofia trata de assuntos abstratos, linguagem 
complexa e quase incompreensível, ou mesmo que é uma reflexão pouco relevante 
para o cotidiano. Finalmente, o que é filosofia e quais são suas origens? Por que é 
importante estudar filosofia? E quais são os principais pilares desse conhecimento? 
Você pode pensar nessas questões como diretrizes para entender o reino da reflexão 
filosófica. A primeira abordagem proposta por Marilena Chauí (2012, p. 21) é a 
seguinte: 
 
[...] uma primeira resposta à pergunta “o que é filosofia” poderia ser: “a 
decisão de não aceitar como naturais, óbvias e evidentes as coisas, as ideias, 
os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência 
cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido”. 
(CHAUÍ, 2012) 
 
Chauí (2012) sugere que fazer perguntas deve ser a primeira reação a vários 
incidentes da vida cotidiana. Idéias ou visões nunca devem ser aceitas sem 
consideração crítica. Nesse sentido, o autor aponta que a filosofia surge justamente 
quando as pessoas começam a exigir evidências e argumentos racionais que 
confirmem ou invalidem as crenças e ideias cotidianas. Strenger (1998) argumenta 
que a filosofia grega cobre o período seis séculos antes de Jesus Cristo e seis séculos 
depois. Pode ser dividido em quatro períodos principais: 
 
1. de Tales de Mileto até Sócrates (do séc. VII ao séc. V a.C.) — preocupações 
de cunho cosmológico; 
2. Sócrates, Platão e Aristóteles (séc. V e IV a.C.) — preocupações 
psicológicas; 
3. depois da morte de Aristóteles até o surgimento da escola neoplatônica (fim 
do séc. IV a.C. ao séc. III d.C.) — preocupações de cunho moral; 
4. escola neoplatônica (do séc. I d.C. até o fim da filosofia grega, no séc. VI 
d.C.) — preocupações místicas. 
 
 
 
 
Como você sabe, o pensamento grego continua a influenciar o pensamento 
filosófico contemporâneo. Não é incomum que intelectuais e filósofos retornem a 
Sócrates ou Aristóteles para olhar a ética e a felicidade da sociedade de diferentes 
perspectivas, como o epicurismo ou o estoicismo. E aí reside um grande interesse 
pela história da filosofia e o que ela pode oferecer à vida humana (STRENGER, 1998). 
Ao longo dos séculos, a filosofia tornou-se um campo de reflexão 
sistematizada. Sua história foi dividida nas seguintes fases: filosofia antiga, filosofia 
medieval, filosofia moderna e filosofia moderna. Vários filósofos criaram inúmeros 
conceitos e estabeleceram os chamados pilares da filosofia ou seus grandes temas. 
Kleinman (201 ) os descreve da seguinte forma: 
 
 metafísica; 
 lógica; 
 epistemologia; 
 estética; 
 política; 
 ética. 
 
Metafísica é o estudo filosófico do que é a realidade, o que existe e qual é a 
essência do que existe. Filósofos gregos como Platão e Aristóteles buscaram estudar 
a própria realidade. Isso não é baseado em conhecimento derivado da experiência 
racional, mas em conceitos puros formulados pela mente humana. O filósofo escocês 
David Hume (século XVIII) afirma que os conceitos metafísicos nada mais são do que 
nomes gerais dados às coisas a partir de um modo de pensar que associa 
sentimentos, emoções, sentimentos etc. a ideias (CHAUÍ, 2012). 
Para Kant, a metafísica deve ser uma forma de conhecimento sobre a 
capacidade do homem de conhecer a si mesmo, uma crítica da razão pura teórica. A 
metafísica moderna é chamada de ontologia e examina as várias maneiras pelas quais 
entidades ou seres existem; para analisar a natureza ou o significado desses seres 
ou seres. Em resumo, a ontologia descreve as estruturas do mundo e o pensamento 
humano. (CHAUÍ, 2012) 
A lógica é um ramo da filosofia que estuda o desenvolvimento do raciocínio e 
dos argumentos. Em geral, os pesquisadores dessa área estão interessados em 
 
 
entender as conexões que surgem quando as pessoas raciocinam, ou seja, as 
conexões entre o que é conhecido, pressuposto (suposições) e conclusões. Assim, 
como apontam Bonjour e Baker (2010), fazer outras reivindicações fornece um 
argumento em apoio a uma reivindicação defendida. Na filosofia, este é o momento 
de justificar e justificar logicamente os argumentos. 
Epistemologia é o estudo do conhecimento e as formas pelas quais ele é 
adquirido. Filósofos e outros intelectuais há muito tentam explicar como surge o 
fenômeno do conhecimento e qual é a sua confiabilidade. Bonjour e Baker (2010) 
argumentam que a epistemologia lida com as conexões entre pensar, conhecer e 
compreender os aspectos cognitivos da realidade. A epistemologia também pode ser 
entendida como o estudo das possibilidades de conhecimento, da origem do 
conhecimento, da natureza do objeto do conhecimento, dos tipos de conhecimento e 
dos métodos de aquisição do conhecimento (CASTANON, 2007). 
A estética, segundo Chauí, refere-se ao estudo da sensibilização das obras de 
arte (as experiências dos cinco sentidos e as emoções por elas evocadas), cujo 
objetivo é sempre a beleza. Ao longo de sua história, a estética significou o campo da 
filosofia cujo objeto é a arte especificamente: 
 
Do lado do artista e da obra, a estética busca compreender como se dá a 
realização da beleza; do lado do espectador e receptor, busca compreender 
como se dá a reação à obra de arte sob a forma do juízo de gosto ou do bom 
gosto. [...] Como seu nome indica, a estética se ocupa preferencialmente com 
a expressão da sensibilidade e da fantasia do artista e com o sentimento 
produzido pela obra sobre o espectador ou receptor (CHAUÍ, 2012). 
 
A política, por outro lado, examina os direitos, as relações de poder e o papel 
dos cidadãos. A palavra "política" vem da palavra grega ta politika, que vem da palavra 
polis (cidade como espaço cívico, comunidade organizada formada por cidadãos). O 
filósofo Aristóteles entendia a política como a capacidade de uma pessoa organizar e 
dirigir as relações internas e externas de grupos sociais, criar normas e agir para 
superar as adversidades e para o bem comum. No entanto, a política se desenvolvede forma diferente em diferentes sociedades. Está relacionado, entre outras coisas, 
ao poder do Estado, ao poder ideológico, ao poder econômico (KLEINMAN, 2014). 
Finalmente, outro ramo importante da filosofia é a ética, um conjunto de 
princípios e padrões que ajudam as pessoas a distinguir o bem do mal, o certo do 
errado, o certo do errado. O objetivo final da ética é criar uma boa convivência na 
 
 
sociedade. É importante considerar que a ética não pode ser pensada sem outro termo 
importante: moralidade (CHAUÍ, 2012). 
A moralidade também se refere a um conjunto de normas e princípios, mas 
orienta o comportamento de um indivíduo. A ética como parte da filosofia é uma 
ciência que estuda o comportamento moral das pessoas na sociedade e apóia a 
moralidade (PASSOS, 2004). 
 
2.1 Os principais filósofos da humanidade 
 
Até agora você viu os principais pilares da filosofia, que formam os principais 
tópicos de reflexão no campo filosófico. Agora você pode conhecer os pensadores 
que participaram da sistematização da filosofia nos países ocidentais em ordem 
cronológica. Observe que não é possível listar todos os filósofos importantes da 
história aqui. É por isso que você estuda esses pensadores cujas teorias ainda são 
debatidas hoje. 
 
2.1.1 Idade Antiga 
 
O período antigo começa por volta de 4000 aC, quando surgiram as primeiras 
formas de escrita, e continua até 476 dC, quando caiu o Império Romano do Ocidente. 
Nessa época, destacam-se filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles. 
Sócrates (Grécia, 469–399 a.C.) - A reflexão filosófica de Sócrates estava 
voltada para a experiência humana, com foco na moral individual. Ele questionou o 
que faz uma vida boa e considerou aspectos políticos e sociais. O pensamento de 
Sócrates é indispensável na construção da filosofia ocidental. No entanto, este filósofo 
não deixou nenhuma evidência escrita. O que se sabe sobre ele é baseado nas obras 
de seus discípulos e alunos, especialmente Platão. Sócrates argumentou que, para 
se tornar sábio, uma pessoa deve ser capaz de entender a si mesma. Assim, as 
atividades humanas estariam diretamente relacionadas à inteligência e ignorância 
humanas (KLEINMAN, 2014). 
Platão (Grécia, 428–348 a.C.) - Platão acreditava que a filosofia é um processo 
de questionamento e diálogo contínuos. Suas obras são escritas desta forma. 
Segundo Kleinman (2014), Platão nunca expressou diretamente sua opinião sobre as 
 
 
questões e nunca se posicionou como participante de diálogos. Com isso, ele queria 
que as pessoas formassem sua própria opinião. Assim, seu diálogo trata de muitos 
assuntos como arte, teatro, ética, imortalidade, mente e metafísica. Uma das 
principais teorias de Platão é a teoria das formas. Segundo ele, a realidade existe em 
dois níveis distintos: o mundo visível, que consiste em imagens e sons; e o mundo 
inteligível, que dá sentido e existência ao mundo visível. 
Aristóteles (Macedônia, 384–322 a.C.) - Aristóteles contribuiu para reflexões 
sobre diversos assuntos, mas uma de suas contribuições mais importantes para a 
filosofia e para o pensamento ocidental foi a criação da lógica. Para ele, o aprendizado 
é baseado em três categorias: teoria, prática e produção. A lógica, por outro lado, não 
pertence a nenhum deles. Pode ser usado para obter conhecimento sobre algo, 
tornando-se o primeiro passo no aprendizado. Assim, a lógica permite que as pessoas 
encontrem erros e confirmem a verdade (KLEINMAN, 2014). 
 
2.1.2 Idade Média 
 
A Idade Média começou por volta de 476 dC e continuou até 1453, quando 
terminou a Guerra dos Cem Anos e os turcos otomanos conquistaram Constantinopla 
(a capital do Império Romano do Oriente). Segundo Marias (2004), a filosofia medieval 
começa no século IX. Entre os pensadores desse período, destacam-se Santo 
Anselmo, São Tomás de Aquino e Roger Bacon. 
Santo Anselmo (Reino da Borgonha, 1033–1109 d.C.), foi um dos maiores 
filósofos da Idade Média, o fundador da escolástica. Seu trabalho teológico e filosófico 
visa provar a existência de Deus. Santo Anselmo abandona a fé. Demonstrações não 
são destinadas a apoiar crenças, elas as apóiam. Para ele, para entender é preciso 
acreditar, e não o contrário. No entanto, a fé e a razão não estão separadas, mas a fé 
que busca a razão. Assim, o cristão deve chegar à inteligência pela fé e não chegar à 
fé pela inteligência. Se ele não entender isso, ele deve renunciar à fé (MARÍAS, 2004). 
Santo Tomás de Aquino (Itália, 1225–1274 d.C.),segundo Marias (2004), foi um 
homem espiritual puro porque toda a sua vida foi dedicada à teologia e à filosofia 
motivada pela religião. Em relação à filosofia, ele adaptou o pensamento de Aristóteles 
à escolástica. Um dos pontos importantes de sua filosofia é provar a existência de 
Deus de cinco maneiras: 
 
 
 pelo movimento; 
 pela causa eficiente; 
 pelo possível e pelo necessário; 
 pelos graus da perfeição; 
 pelo governo do mundo. 
 
Para Santo Tomás de Aquino, a presença de Deus no mundo é perceptível 
porque todos os caminhos se desviam da realidade verificável. Desta forma, São 
Tomás de Aquino não tentou definir Deus, mas provar sua existência. 
Roger Bacon (Reino Unido, 1214–1292 d.C.), estudou em Oxford e Paris, 
juntou-se à ordem franciscana e dedicou-se principalmente ao estudo da filosofia, 
línguas e ciências. Para ele, a filosofia não tem outro significado senão a explicação 
da verdade revelada nas escrituras. Roger Bacon distingue três formas de 
conhecimento: autoridade, razão e experiência. A autoridade por si só não é 
suficiente; requer justificação. Mas não é certo até ser confirmado pela experiência, 
que é a principal fonte de certeza (MARÍAS, 2004). 
 
2.1.3 Idade Moderna 
 
A era moderna começa aproximadamente em 1453 e continua até a Revolução 
Francesa em 1789. É caracterizada por grandes mudanças sociais, como a ascensão 
da burguesia, o intenso desenvolvimento do comércio, novas descobertas científicas, 
o desenvolvimento de vários princípios filosóficos. teorias e a diferença de valores 
religiosos nascidos na Idade Média. Este período marca o surgimento de novas 
correntes filosóficas de pensadores como René Descartes, Francis Bacon, John 
Locke e Immanuel Kant. 
René Descartes (França, 1596–1650 d.C.) - O projeto filosófico de Descartes 
pode ser visto como uma defesa do novo modelo científico iniciado por Copérnico, 
Kepler e Galileu contra o entendimento escolástico que prevalecia na Idade Média. 
Para tanto, Descartes propõe um método que visa garantir o sucesso da teoria 
científica. A primeira regra é apresentar as coisas como evidência, questionar tudo; a 
segunda regra é descobrir os graus de dificuldade; a terceira regra é a síntese, que 
exige a derivação das ideias das mais simples às mais complexas; a quarta regra é 
 
 
preparar listas completas e resumos dos objetos a serem analisados. Para Descartes, 
todo conhecimento científico deve começar com a dúvida e depois exigir uma atitude 
crítica (MARCONDES, 2001). 
Francis Bacon (Reino Unido, 1561–1626 d.C.), é considerado um dos 
fundadores do pensamento moderno porque defendeu o método experimental contra 
a ciência clássica teórica e especulativa e rejeitou a escolástica. Segundo Marcondes 
(2001), há dois aspectos na filosofia de Bacon: sua compreensão do pensamento 
crítico embutido na teoria do ídolo; e sua defesa do método científico indutivo e do 
modelo de ciência integrado à tecnologia. Segundo Bacon, os ídolos atrapalham a 
mente humana e impedem a formação do verdadeiro conhecimento. Os ídolos podem 
ser de quatro tipos: ídolos tribais, ídolos das cavernas, ídolos do fórum e ídolos do 
teatro. Em suma, Bacon oferece um modelo para uma nova ciência: o homem se 
liberta de seus preconceitos, "torna-se criança diante da natureza". Só assim ele pode 
obter conhecimento. 
John Locke (Reino Unido, 1632–1704 d.C.), teve uma grandeinfluência em seu 
tempo. Sua principal obra foi escrita ao longo de 20 anos e se chama Ensaio sobre o 
entendimento humano (1689). Locke vê a filosofia como uma tarefa crítica e 
preparatória para a ciência. Neste trabalho ele desenvolve um conceito empírico, anti-
especulativo e anti-metafísico de conhecimento. Segundo Locke, todo conhecimento 
e ideias vêm da experiência racional e não existem outras formas de conhecimento. 
Portanto, para ele, não há conhecimento inato, mas conhecimento desenvolvido a 
partir do conhecimento adquirido por meio da experiência da realidade concreta. 
Nesse sentido, Locke afirma que a mente humana é como uma tabula rasa, uma 
página em branco na qual a experiência deixa sua marca (MARCONDES, 2001). 
Immanuel Kant (Prússia, 1724–1804 d.C.) é considerado um dos maiores 
filósofos que já existiram, pois sua obra mudou para sempre a estrutura da filosofia 
ocidental (KLEINMAN, 2014). Ele trabalhou como professor na Universidade de 
Königsberg por 15 anos, até que em 1770 tornou-se professor de lógica e metafísica. 
Aos 57 anos, Kant publicou uma de suas obras mais importantes chamada Crítica da 
Razão Pura, na qual argumentava que a mente humana organiza a experiência de 
duas maneiras: como o mundo aparece para o indivíduo e como o indivíduo pensa 
sobre o mundo . Segundo Kleinman (2014), um tema recorrente na obra de Kant é o 
uso do método crítico para entender e chegar a um acordo com os problemas 
 
 
filosóficos. A filosofia não podia especular sobre o mundo; Em vez disso, todos devem 
criticar suas habilidades mentais. Segundo Kant, o sujeito encontraria respostas para 
muitas questões filosóficas olhando para dentro de si mesmo. É assim que Kant passa 
da metafísica para a epistemologia. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BONJOUR, L.; BAKER, A. Filosofia: textos fundamentais comentados. 2. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2010. 
 
CASTANON, G. Introdução à epistemologia. São Paulo: EPU, 2007. 
 
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 14. ed. São Paulo: Ática, 2012. 
 
KLEINMAN, P. Filosofia. São Paulo: Gente, 2014. 
 
MARCONDES, D. Iniciação à filosofia: dos pré-socráticos à Wittgenstein. 6. ed. Rio 
de Janeiro: Zahar, 2001. 
 
MARÍAS, J. História da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2004. 
 
PASSOS, E. Ética nas organizações. São Paulo: Atlas, 2004. 
 
STRENGER, I. História da filosofia. São Paulo: LTR, 1998.

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