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Estácio Fap 
Curso: Direito 
Professor: Ricardo Thomaz Santos 
Disciplina: Prática Simulada do Trabalho 
Aluna: Graziele da Silva de Assunção 
Matrícula: 202109105825 
Turma: CCJ0262 Turno: Vespertino 
 
 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DO TRABALHO DE BELÉM/PA. 
 
Leia Organa, inscrito no CPF sob nº XXXX, CTPS XXXX, PIS nº XXXX, residente e 
domiciliado na XXXX, XX, na Cidade de XXXX, vem à presença de Vossa Excelência, por 
meio do seu Advogado, infra assinado, com fulcro no artigo 840, § 1º Consolidação da Leis 
Trabalhistas e 319 do Código de Processo Civil ajuizar; 
 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
Em face da Empresa de Viagens Galáxia Distante, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ sob nº XXXX, com sede em XXXX pelos motivos e fatos que passa a expor; 
 
 
I. DA SITUAÇÃO FÁTICA 
 Leia foi contratada na cidade de Abaetetuba por meio de uma seleção para prestar 
serviço para a Reclamante na cidade de Belém do Pará. Acontece que, a mesma durante 
os anos de 10/01/2015 até 10/02/2021 nunca teve sua carteira de trabalho assinada, além 
disso, teve somente uma férias que foi no ano de 10/01/2019. Além disso, sofreu descontos 
ilegais em decorrência a sua visita ao médico, sofreu assédio moral pelo dono da empresa, 
quando dispensada, recebeu somente os dias trabalhados. 
 
II. DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
A Reforma Trabalhista, ao alterar o Art. 790 da CLT, trouxe expressamente o cabimento do 
benefício à gratuidade de justiça ao dispor o Art. 790, § 4º que diz que o benefício da justiça 
gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento 
das custas do processo. 
 
III. DOS FUNDAMENTOS 
 
 
a) DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
 
Trata-se de vínculo empregatício que merece ser reconhecido, pois a atividade 
desempenhada pela Reclamante preenchem exatamente os requisitos previstos no art. 3º da 
CLT que diz: Considera-se empregada toda pessoa física que prestar serviços de natureza 
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário". Afinal, o 
Reclamante, sempre cumpriu determinações da reclamada mediante remuneração pactuada, 
preenchendo todos os requisitos do referido artigo. 
 
b) DO NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS 
 
Conforme narrado, o Reclamante prestou serviços para a Reclamada entre 10/01/2015 até 
10/02/2021 data em que foi despedido sem justa causa, e, sem receber nenhuma verba 
rescisória. Ocorre que, por tratar-se de contrato por prazo indeterminado, além dos 
pagamentos proporcionais de salário, férias e 13º devidos, o Autor ainda faz jus ao aviso 
prévio, nos termos do Art. 487 da CLT; FGTS sobre verbas rescisórias e Multa de 40% sobre 
saldo do FGTS; Liberação das guias do seguro desemprego, sob pena de incidência da 
indenização substitutiva prevista na Súmula 389 do TST; Multa do Art. 477, § 8º, da CLT. 
Diante de todo o exposto, o Reclamante requer a procedência dos pedidos veiculados na 
presente reclamação trabalhista, com a condenação da Reclamada no pagamento das verbas 
rescisórias, conforme valores indicados nos pedidos. 
 
c) DO DIREITO À FÉRIAS 
 
O direito às férias é consagrado pela Constituição Federal (art. 7.º, XVII da CF/1988) ao 
proteger corretamente o direito ao descanso, sem prejuízo da remuneração acrescidos de 1/3. 
Este direito vem perfeitamente tipificado na CLT em seu Art. 129 e a doutrina ao disciplinar 
sobre o tema, destaca a sua importância na preservação da higidez física e mental do 
trabalhador. Portanto, não observar este direito ultrapassa a esfera pecuniária para atingir a 
dignidade do ser humano, devendo ser coibido pelo judiciário. 
 
d) DO ASSÉDIO MORAL 
 
Conforme destaca a Constituição Federal, em seu art. 3º, inciso IV, elenca, como um dos 
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, a erradicação do preconceito e de 
quaisquer outras formas de discriminação, o art. 3º, IV da Constituição Federal diz: promover o 
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação. Além disso, o regulamentar referido princípio constitucional, a Lei 9.029/95 
previu expressamente: Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa 
para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, 
origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idade, 
entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao adolescente 
previstas no Inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal. 
 
IV. DOS PEDIDOS 
 
Diante todo o exposto REQUER: 
 
a) A admissibilidade de referido recurso 
b) Seja reconhecido o vínculo empregatício e consequente retificação da anotação da 
CTPS da Reclamante, devendo constar a efetiva data de admissão e consequente baixa 
na CTPS com baixa do pacto laboral; 
c) Seja condenada a reclamada ao pagamento das verbas rescisórias devidas, 
conforme indicação abaixo; 
d) Seja a reclamada condenada à devolução dos valores descontados indevidamente, 
acrescidos de juros e correção monetária; 
e) Seja o reclamado condenado ao pagamento de férias e 13º proporcional ao 
período trabalhado, devidamente atualizado; 
f) A condenação da reclamada ao pagamento indenizatório de danos morais por todo 
exposto 
 
 
 
Nestes termos 
 
 
 
Pede deferimento 
 
 
 
Local, Data 
 
 
 
Advogado(a) 
 
	Estácio Fap
	Curso: Direito
	Professor: Ricardo Thomaz Santos
	Disciplina: Prática Simulada do Trabalho
	Aluna: Graziele da Silva de Assunção
	Matrícula: 202109105825
	Turma: CCJ0262 Turno: Vespertino