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Diagnóstico por Imagem Maria Eduarda Cabral Apostila com base nas anotações realizadas em sala de aula e com os slides. O presente conteúdo não é de minha autoria. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 1 Radiografia (Raio X). Ultrassonografia. Tomografia Computadorizada. Ressonância Magnética. Cintilografia. Melhor qualidade no atendimento clínico cirúrgico de animais; Forma complementar para auxiliar o diagnóstico clínico; Auxílio no direcionamento da melhor escolha para o tratamento de animais enfermos; Facilitar exata localização anatômica para tratamentos cirúrgicos; Técnicas não invasivas, baixo risco. Parte da ciência que estuda os órgãos e estruturas internas do corpo com o auxílio de equipamentos que emitem feixes de radiação para formar imagens. É um exame de imagem não invasivo, onde ondas sonoras são emitidas pelo transdutor e atravessam os órgãos e tecidos do paciente. As ondas são refletidas de volta ao transdutor e são convertidas pelo computador do aparelho de ultrassonografia, produzindo imagens em tempo real. Exame de imagem que utiliza raios X para captar imagens detalhadas de ossos, órgãos e outras estruturas do corpo com uma máquina que faz radiografias transversais, como se fossem fatias do corpo. Uma vez registradas, essas imagens são processadas por um computador para formar uma série de imagens detalhadas do que se quer analisar. Utiliza um equipamento que fornece imagens em três planos, criando um campo magnético que envia ondas de rádio ao corpo e mede a liberação de energia das células. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 2 É como uma fotografia tridimensional do corpo visto por dentro. A cintilografia é um método de diagnóstico por imagem da Medicina Nuclear. Na tela no computador, são geradas fotos ou filmes da distribuição de um radiotraçador injetado no paciente que podem ser analisadas da forma visual ou quantitativa através de cálculos da concentração e velocidade de movimento desse radiotraçador. Os Raios X foram descobertos em 08 de novembro de 1895 pelo físico alemão: Wilhelm Conrad Roentgen (Prêmio Nobel de Física). Estudando a luminescência. Antigamente ninguém usava proteção, então muitas pessoas morreram na época. O cientista chegou ao resultado quando estudava o fenômeno da luminescência gerada por raios catódicos dentro do chamado Tubo de Crookes. A denominação “raio X” foi usada por Conrad porque ele não conhecia a natureza da luz que ele tinha acabado de descobrir, ou seja, para ele tratava-se de um raio desconhecido. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 3 A descoberta dos Raios X revolucionou o diagnóstico e tratamento de doenças no homem e nos animais. Quando o físico descobriu o RX ele tinha feito um tubo (ampola). O raio X é uma foto, é tirado uma foto de uma parte do corpo, precisa ser revelado em alguns tipos de aparelhos. Toda energia para ser calculada quanto foi gerada em uma ação, é calculado como: constante de Planck X velocidade da luz comprimento da onda É importante saber por causa do comprimento da onda. A constante de Planck é que para cada partícula de átomo (elétrons, prótons…), há uma quantidade específica de energia consumida (E) e de frequência de radiação emitida (v). A constante de Planck (representada pelo símbolo h) é o número que se obtém sempre que se divide uma pela outra. E ela é chamada de “constante” porque é sempre a mesma, não importa qual partícula seja considerada. h = 6.62607015 x 10^-34 J.s É um tipo de radiação eletromagnética com frequências superiores às radiações ultravioletas, ou seja, maiores que 1018Hz. A onda do raio X é curta quando comparada com a do rádio, além do comprimento ser curto. Por conta dessas características ela passa por dentro do corpo. O RX tem capacidade de penetrar dentro do organismo, porém, não passa dentro do osso, penetra materiais que absorvem e refletem luz. 1. Possuem capacidade de penetrar materiais que absorvem ou refletem luz (número atômico, densidade do objeto e energia dos raios X). 2. Fazem com certas substâncias emitam radiação com elevado comprimento de ondas, ou com que fluoresçam. 3. Podem produzir uma imagem latente em um filme fotográfico (ou radiográfico), a qual pode se tornar visível pelo processo de revelação. 4. Habilidade de excitar ou ionizar átomos e moléculas de uma substância. Podem afetar células vivas. 5. Podem ionizar gases que podem ser usados para mensurar e controlar a exposição. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 4 O tubo de Coolidge é uma ampola de vidro, que em um dos polos tem o cátodo e no outro um ânodo, esse cátodo gera elétrons que é negativo em cima e nessa região tem filamentos de tungstênio, esse elétron começa a se agitar e os opostos se atraem, a carga positiva estará no ânodo e puxará a carga negativa, esses elétrons começam a chocar no ânodo, quando esses elétrons começam a bater gera energia, essa energia 99% é calor e 1% é RX, nessa caixa não passa os RX para não ficarem dispersos na sala. O tubo é circundado por óleo, age como uma barreira elétrica enquanto absorve o calor gerado pelo tubo. O tubo e o óleo são envoltos em uma caixa de metal para prevenir danos ao invólucro de vidro e para absorção de raios X dispersos. 1. Elétrons são gerados no cátodo (filamento de tungstênio), os elétrons em rápida movimentação colidem com qualquer outra forma de matéria; 2. Fluxo de elétron é direcionado a um alvo de meta -> ânodo (tungstênio); 3. Energia gerada (elétrons com átomo do alvo) é convertida em calor (99%) e radiação X (1%); 4. Quanto mais aquecido o filamento do cátodo fica mais elétrons se tornam disponíveis e mais Raios X são produzidos. 5. O controle da miliamperagem (mA) na máquina afeta a corrente que chega ao cátodo, controlando a quantidade de radiação produzida. ] O Raios X são ondas eletromagnéticas, semelhantes à luz, diferindo no comprimento da onda (λ). O comprimento das ondas de Raios X variam entre 100 a 0,01Å (angstrom). Em Radiodiagnóstico, os Raios X mais empregados estão entre 0,5 a 0,4Å, na dependência da quilovoltagem empregada: 40 a 60 kV λ = 0,5Å 60 a 80 kV λ = 0,45Å 80 a 100 kV λ = 0,4Å Acima de 100 kV obtêm-se raios chamados ultra-duros. Quanto menor o comprimento de onda dos raios-X, ou seja, OS RX podem ser mole, médio e duro, que é o comprimento da onda quando regula a máquina, o kV não pode passar de 80kV, mais de 80kV vira um raio duro e pode fazer mal para o organismo. Quanto menor o comprimento da onda maior é o kV. É importante para realização da radiografia compreender como os controles da máquina de Raios X podem ser utilizados para a produção de radiografias de qualidade: 1. (mA) está relacionado com o aquecimento do cátodo (potencial negativo). Mais aquecido, maior a produção de elétrons e maior é a quantidade de produção de Raios X. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 5 2. (s) a quantidade de Raios X é diretamente proporcional ao tempo, caso o tempo de exposição seja dobrado, o número de Raios X também dobra, pois os elétron têm mais tempo para bombardear o alvo e produzir mais Raios X. 1 2 1 3. (kVp) controla principalmente a qualidade do feixe de raios X, mais alto o kVp mais o potencial é aplicado através dos terminais do tubo de Raios X. O colimador serve como guiapara saber onde está saindo a imagem. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 6 é o local adequado para o processamento radiográfico, protegido da luz branca comum, a luz que pode atingir o filme é filtrada para um comprimento de onda que não influi na emulsão e não provoca velamento na radiografia. local para manipulação dos chassis e filmes. local de armazenamento das caixas de filmes. local de identificação dos dados do paciente no filme. Etapas: 1. 2. 3. 4. O Filme de Raios X é o meio usado para conter a imagem radiográfica. É um filme fotográfico que contém uma emulsão, sensível a luz, com halogeneto de prata. Cristais expostos ao Raio X: enegrecido (prata precipitada). Cristais não expostos são removidos durante a fixação, deixando áreas claras sobre o filme. Se colocar o filme exposto à luz o halogeneto de prata precipita, deixando o filme negro: perda do filme. O Filme de Raios X ficam dentro do Chassi Radiográfico (chumbo), na parte interna tem o Ecran. – as radiografias feitas com auxílio dos écrans intensificadores requerem em média 20 kV a menos do que as radiografias feitas com filmes Non Screen (filmes sem auxílio dos écrans). Em consequência dessa redução na kV, o paciente é favorecido por receber menos radiação são formadas por objetos que não apresentam resistência à passagem da radiação. é a parte mais escura do RX. são formadas por objetos que apresentam resistência à passagem da radiação. áreas esbranquiçadas. O osso é mais radiopaco que o ar! Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 7 Para a obtenção da radiografia digital, é necessária a utilização de todos os equipamentos radiográficos convencionais, desde a técnica até a fonte de energia utilizada para a sua obtenção. Entretanto, o método de obtenção é feito substituindo o filme e o processamento convencionais por receptores ou sensores e um computador. Radiografia digital direta: o raios-X são capturados por uma placa de circuitos sensíveis à radiação que gera uma imagem digital e a envia ao computador na forma de sinais elétricos. Radiografia digital indireta: os raios são capturados por uma placa de fósforo que precisa ser escaneada a fim de que a imagem seja transmitida ao computador. A partir daí, ela pode ser processada e destinada para os mais diversos locais, da mesma forma que a radiografia direta. 1. Ausência de processamento químico (menor custo com instalação); 2. Redução da dose de exposição dos pacientes aos raios X, visto que o sistema digital direto requer entre 5% e 50% da dose necessária no RX convencional; 3. Diminuição do tempo de atendimento; 4. Redução do número de repetições que ocorrem devido a falhas no processamento; 5. Eliminação do custo de filmes e de soluções processadoras; 6. Obtenção de cópias de imagem sem a necessidade de novas tomadas radiográficas; 7. Melhor interpretação de imagens; 8. Acompanhamento mais acurado utilizando subtração de imagem; 9. Imagem com 256 tonalidades cinza, enquanto que, a olho nu, na radiografia tradicional, é possível diferenciar apenas 25; 10. Capacidade de ajustes e melhoramentos das imagens, permitindo alterações de contraste e densidade, ampliação e colocação de cores e texturas nas imagens, de modo a auxiliar no diagnóstico; 11. Facilidade de comunicação com outros profissionais; 12. Possibilidade de exibição de imagens ao paciente, aumentando a confiança e a credibilidade no tratamento realizado. 1. Elétrons são gerados no cátodo (filamento de tungstênio), os elétrons em rápida movimentação colidem com qualquer outra forma de matéria; 2. Fluxo de elétron é direcionado a um alvo de meta -> ânodo (tungstênio); 3. Energia gerada (elétrons com átomo do alvo) é convertida em calor (99%) e radiação X (1%); Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 8 4. Quanto mais aquecido o filamento do cátodo fica mais elétrons se tornam disponíveis e mais Raios X são produzidos. 5. O controle da miliamperagem (mA) na máquina afeta a corrente que chega ao cátodo, controlando a quantidade de radiação produzida. Choca nesse momento os elétrons com as cargas positivas e resulta na formação de 99% de calor e 1% é raio X. O ponto de fusão é de 2000 a 3000, então essa ampola é protegida por uma caixa e um óleo para dissipar o calor. Para produzir mais raio X precisa de mais elétrons, para que isso aconteça tem que aumentar a mA, dessa forma, consegue produzir mais raio X. A onda do raio X é menor que a onda do rádio, mas, a onda do raio X não consegue passar pelo osso. A distância para o raio X passar por um animal mais gordo, se comparado com um animal saudável será maior, então, a onda é encurtada, para isso, mudamos ela pelo kV para a onda chegar até o osso. Toda vez que aumenta a mA diminui o tempo (s). Por causa da densidade, essa densidade varia conforme o componente, por exemplo, o osso é formado principalmente por Ca e P, o músculo por N e H. Osso Número atômico do cálcio: 20. Número atômico do fósforo: 15. Ca + P = 20 + 15 = 35 Músculo Número atômico do hidrogênio: 1. Número atômico do nitrogênio: 7. H + N = 1 + 7 = 8 Pelo número dos componentes do osso ser maior do que o do músculo, a onda não consegue penetrar, por isso, o osso fica radiopaco. Os componentes do osso têm número atômico 35, o osso fica radiopaco, pois o RX não consegue penetrar e por isso reflete. grau de enegrecimento da radiografia. Para aumentar a densidade radiográfica pode elevar os valores de (ex: como se tivesse aumentado a potência de uma lâmpada: mais quente o filamento e emite mais raios); alto fornece mais densidade radiográfica pelo aumento do poder de penetração do feixe de raios X. A densidade do material está relacionada com a capacidade de absorver os Raios X – – menos denso para mais denso: Ar Gordura Água ou músculo Osso Metal Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 9 O ar é mais radioluscente comparado com a gordura. O metal é o mais radiopaco. Duplica mAs e duplica a quantidade de Raios X emitidas (mais elétrons). Uma boa regra geral: geralmente uma alteração mínima de 50% do mAs é necessário para corrigir uma radiografia subexposta. Toda vez que faz uma técnica e precisa de mais RX dobramos a mA. Quanto mais kV mais escura fica a imagem, determinando o contraste. Quanto maior a espessura da estrutura a ser radiografada, maior o número de kV a ser aplicado. A espessura também muda a quantidade de kV, um cão grande precisa de mais kV. A espessura da área também afeta a quantidade de Raios X absorvida. por exemplo: um cão de porte grande requererá maior poder de penetração dos raios para imprimir imagem no filme, do que um cão de pequeno porte. Quando estruturas de mesma densidade se sobrepõem produzem efeito de adição de imagem. por exemplo: dois ossos sobrepostos determinam imagem mais radiopaca que a determinada por um único osso. o efeito de adição pode ser visualizado por um RX tirado lateralmente, o rim direito por ser mais cranial que o esquerdo irá se sobrepor, dessa forma, teremos esse efeito de adição. O contraste do filme também afeta o contraste. composto à base de sulfato de bário, iodo, gadolíneo. utiliza-se ar: óxido nitroso, dióxido de carbono. Fica radioluscente para verificar se tem ruptura. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o10 Raio X contrastado é utilizado em animas de companhia em suspeitas de obstrução, faz o RX de trânsito intestinal. Contraste só em órgãos ocos. Mais radiopaco. Densidade menos radiopaca que a característica do órgão. Órgão com ar na frente. Fatores que podem afetar o detalhe de uma radiografia: 1. perda do detalhe devido a interfaces tremidas. Diminui tempo de exposição. 2. penumbra excessiva promove o embaçamento das extremidades das sombras formadas pela exposição aos raios X, é uma sombra no RX. tamanho do ponto focal: maior ponto focal, mais pronunciado é o efeito penumbra. menos penumbra = menor o tamanho do ponto focal. Distância foco-filme (DFF): 80 a 100cm é o suficiente para minimizar o efeito penumbra – efeito de magnificação. Tem que ser maior. Distância filme-objeto (DFO): penumbra é diminuída ao se manter a DFO mais curta possível -> ideal 70cm. Tem que ser menor. RX da mão diminui a distância para ir menos sombra Pequeno ponto focal: usar pequeno ponto focal, sempre que possível, para melhorar os detalhes. Menor tempo de exposição: usar menor tempo de exposição possível para controle voluntário e movimento involuntário. Velocidade filme/écran: usar velocidade filme écran mais rápida para controlar os movimentos voluntários e involuntários. DFF: usar maior DFF para melhorar os detalhes. DFO: usar menor DFO para melhorar os detalhes. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 11 1. altera se objeto não estiver paralelo à superfície (ex encurtamento ósseo, estreitamento espaço disco vertebral). 2. maior kVp maior a radiação dispersa -> diminui contraste. Em alguns casos, usa-se grades ou técnica com intervalo de ar para diminuir a radiação dispersa. Quatro fatores de exposição controlam a densidade, contraste e detalhes radiográficos: 1. Miliamperagem (mAs). 2. Pico de quilovoltagem (kVp). 3. Distância foco-filme (DFF). 4. Distância filme-objeto (DFO). A mudança em um desses fatores normalmente requer ajustes em outros fatores para manter a mesma densidade radiográfica. mAs mA aumentado – temperatura do filamento também aumenta -> mais elétrons produzidos. mA e tempo de exposição são inversamente relacionados -> quanto maior a mA, menor o tempo de exposição requerido para manter o número desejável de Raios X gerados. mAs: o “s” significa tempo, pois está junto. Se a mA é 10 e precisa de mais raio X, dobra-se a mA, ou seja, vai para 20 mA. Caso esteja 40 mA e esteja com muito raio X, divide-se pela metade. > > kVp é a voltagem aplicada entre o cátodo e o ânodo -> aceleram os elétrons em direção ao alvo. Aumenta carga positiva do cátodo. Mais kVp -> menor comprimento da onda -> maior poder de penetração. > % > % kV = E x 2 + K E = Espessura K = Constante do Aparelho, geralmente é 20, mas, pode ser 30. kV = 10 cm (espessura de um fêmur) x 2 + 20 kV = 40. 80 – 100cm. Caso a DFF seja dobrada: aumentar 4x mAs. Não altera o poder de penetração do feixe – kV permanece. Quanto mais aumenta a distância mais aumenta a mA, pois está mais longe e mais raio X precisa. Sempre a menor possível. Para chegar na Técnica Radiográfica realiza-se o ajuste das técnicas com um animal para definir a tabela conforme a máquina disponível. Exercícios Necessita-se radiografar um canino que sofreu atropelamento e há suspeita de fratura do fêmur direito. Medindo-se a espessura da região encontrou-se, em Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 12 razão do edema, a região mede 20 cm. (Constante Filme = 20) kV = E x 2 + K = 20 x 2 + 20 = 60 kV Ossos: kV = mAs mAs = KV x CM (coeficiente miliampérico) Então em um exame de coluna lombar, com um paciente com espessura de 25cm. e uma constante igual a 20, o cálculo total fica: Medicina Veterinária Parte óssea KV = mAs (Kv+ 10 = mAs/2) Tórax mAs = KV/10 Abdômen mAs = KVx2 São quaisquer densidades radiográficas indesejáveis sob forma de marca que surgem a partir de manuseio, exposição, processamento ou manutenção inadequados. 1. (aparência acinzentada generalizada): vencimento, vazamento luz, umidade, radiação durante armazenamento. 2. manuseio grosseiro do filme, superfície arranhada. 3. exposição luz A medula óssea é uma das primeiras a serem afetadas, afetam a suas células, depois da medula óssea, afeta as células reprodutoras e depois a pele. A radiação pode ter 4 efeitos quando entra em contato com as células dos tecidos vivos: 1. 2. 3. 4. Considerando-se que a radiação é nociva à saúde, procura- se proteger ao máximo as pessoas envolvidas no exame: Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 13 Radiologistas, técnicos e auxiliares devem, sempre, usar avental, luvas, óculos e protetor de tireóide plumbíferos e dosímetro para medir a radiação recebida durante determinado período de tempo (normalmente mensal). Quando possível, proteger-se atrás de biombo de chumbo ou paredes espessas e fazer controle hematológico periodicamente (6 em 6 meses). Solicita-se ao cliente (tutor) que auxilie na contenção do paciente. Colima-se o feixe de radiação através de cones ou diafragmas, dirigindo-o, sempre que possível, para o chão. Radioterapia mata as células de rápido crescimento, ou seja, as células tumorais, porém, também afeta as outras células do organismo, afeta a medula óssea. Ao posicionar o paciente com o propósito de efetuar uma radiografia, deve-se dar nome a este posicionamento, levando em conta a face do corpo do animal onde incide e a face onde emerge a radiação. A má interpretação pode ser resultante de um posicionamento incorreto. Sempre tire duas projeções com 90º entre uma e outra. O feixe de raios incide no dorso e emerge no ventre do animal, atingindo o filme. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 14 O feixe incide no ventre e emerge dorsalmente. O feixe incide em um lado e emerge no outro (não especifica o lado). : Lateral direito. : Lateral esquerdo. Usado para membros de proximal até a extremidade distal de rádio e ulna/tíbia e fíbula. Posicionamento da articulação do ombro e do braço. Usado para membros a partir de carpo/tarso inclusive, para a extremidade. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 15 O feixe de radiação incide tangencialmente à estrutura em estudo. São incidências complementares - áreas sobrepostas. Usadas com maior frequência em extremidades de equinos: o feixe de raios incide no ângulo formado pelas superfícies dorsal e medial e emerge no ângulo formado pelas superfícies palmar e lateral/ plantar e lateral do membro. a radiação incide cranialmente à face do paciente, emergindo na superfície caudal do crânio. Látero-lateral Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 16 material estranho entre filme e écran, respingos químicos no écran, impressões digitais. movimentação do paciente, pouco contato filme-écran, aumento distância filme-objeto Artefatos durante processo de revelação. Ventro-dorsal Látero-lateral Caudo-cranial Cranio-caudal Dorso-plantar Rostro-caudal Dorso-palmar Mediolateral Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 17 Sempre ao realizar o RX coloca-sea identificação do lado direito do paciente e na leitura no negatoscópio ao lado ESQUERDO do radiologista. Negatoscópio é quando tinha o RX antigo que era na chapa, colocava o aparelho na parede para ver o RX. Laterolateral. Dorsoventral. Ventrodorsal. Rostrocaudal. Obliquadas. Em alguns casos necessário que o animal fique de boca aberta. Para as incidências de maxila ou mandíbula com boca aberta e trans-orais, é necessário que os animais estejam anestesiados. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 18 Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 19 tecido mole aparece radioluscente na radiografia. tubo endotraqueal avaliada para casos de otite. para casos de sinusite. Para ver osso abaixa o kV e aumenta a mA. a radiografia de crânio não é a mais feita na rotina porque já tem tomografia, se for SNC prefere a ressonância. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 20 Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 21 A radiografia craniana tem sido substituída por tomografia e ressonância magnética. Exame radiográfico de menor frequência. Posicionamento mais usado: DV (dorso ventral) e L (laterolateral). Avaliar: boca aberta rostrocaudal. rostrocaudal dos seios frontais. baixo kV e alta mAs para osso, alto kVp e baixo mAs para tecidos ósseos. Acúmulo excessivo de fluido cerebroespinhal no interior do sistema ventricular do cérebro que ocorre secundariamente a defeitos estruturais que obstruem ou impedem a saída ou absorção do líquido cerebrospinal (congênito). É um problema que pode ser por uma produção excessiva de líquido ou problema na drenagem, com isso, comprimi o SNC e começa a ter sintomatologia neurológica. Raças predispostas: maltês, yorkshire terrier, buldogue inglês, chihuahua, lhasa apso, pug chinês, poodle toy, pequinês, spitz e boston terrier (menos frequente em gatos). Imagem radiográfica Aumento de radiopacidade e homogeneidade na região do neurocrânio, aumento do vértice craniano, abaulamento dos ossos do crânio adelgaçamento do osso e retardamento no fechamento das suturas ósseas (persistência das fontanelas). Outros exames: ultrassom (tamanho ventricular), tomografia, ressonância magnética. associa o RX com a US se não tem tomografia. fontanela Aumento de radiopacidade e homogeneidade na região do neurocrânio, abaulamento dos ossos do crânio adelgaçamento do osso e retardamento no fechamento das suturas ósseas (persistência das fontanelas, aberta no RX de hidrocefalia). Não tem tratamento na veterinária. Extensão dorsal do forame magno, secundária a um defeito de desenvolvimento no osso occipital. Lenda (Ronaldo Casemiro) Sinais: neurológicos. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 22 Raças predispostas: miniaturas e toy. Posicionamento: frontal para avaliação do forame magno. TC e RM é o mais recomendado melhor. Não existe displasia do occipital, algumas raças possuem essa conformação do forame magno normalmente. Displasia do occipital é apenas um achado radiográfico sem significância clínica! frontal para avaliação do forame magno. Imagem Radiográfica: aumento dorsal do forame magno - porém segundo estudos o toy tem essa variação anatômica. Diferencial: síndrome de Chiari (má-formação de Chiari) e siringomielia. siringomielia só vê com ressonância, vê uma deformidade do osso occipital que comprime o cerebelo. Secreção excessiva do hormônio da paratireoide (PTH estimula a captação de cálcio para o meio extracelular) por uma neoplasia (primária) ou por doenças renais crônicas (secundária à hipocalcemia), que aumentam os níveis hormonais. Imagem Radiográfica: desmineralização óssea, primeiramente no crânio, afetando maxila e mandíbula que têm a radiopacidade diminuída. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 23 Tem mais cálcio no osso, a paratireoide fica ao lado da tireoide e produz o paratormônio que regula as concentrações de cálcio, junto com a calcitonina. A calcitonina faz o cálcio entrar no osso e o paratormônio retira o cálcio do organismo, jogando- o na corrente sanguínea. Um tumor na paratireoide pode aumentar ou diminuir a produção do PTH, se aumentar a produção de PTH começa a retirar mais cálcio do osso, o osso fica desmineralizado, no RX o dente ficará mais radiopaco se tiver mais cálcio lá. é no local, o primário o problema é na paratireoide. é algo que está acontecendo no corpo que aumenta PTH, como em insuficiência renal crônica, ocorre hipocalcemia que aumenta o PTH para conseguir mais cálcio no sangue. O RX vai sugerir hiperparatireoidismo, faz um exame de sangue para ver a dosagem de hormônios (PTH). É um novo crescimento, pode ser benigno ou maligno. Sarcoma e carcinoma são ruins. Oma é benigno, com exceção do mastocitoma e linfoma. As neoplasias nasais surgem mais comumente a partir de tecidos moles, se propagando e destruindo os ossos adjacentes: 1-2% de todas as neoplasias. Tipos: tumores epiteliais (adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas (espinocelular), carcinoma indifereciado), tumores mesenquimais (fibrossarcoma, condrossarcoma, osteossarcoma, sarcoma indiferenciado), linfoma intranasal (gatos). Imagem Radiográfica: aumento da opacidade da cavidade nasal, destruição das conchas, desvio do septo nasal e lise do septo. Perda da arquitetura óssea, rarefação óssea. Tumores orais são responsáveis por 6% dos tumores caninos 3% nos cães. Tumores mais comuns: carcinoma de células escamosas. Fibrossarcoma, melanoma maligno, tumores do ligamento periodontal (epúlide) mais comuns em cães. Fibrossarcoma no maxilar de cão: evidenciando formação osteoblástica e de moderada radiopacidade em região rostral de maxila, à direita do plano mediano (setas). Percebe-se integridade das estruturas dentais e periodontais periféricas. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 24 Osteossarcoma Mandibular em cães (padrão de “raios de sol” – radiopaciadade e radioluscência). Rinite fúngica (Aspergillus fumigatus) destrutiva envolvendo a cavidade nasal e seios paranasais de cães. Cães jovens: menos de 04 anos de idade. Imagem Radiográfica: lise das conchas com luscências puntiformes do osso, aumento localizado da opacidade dos tecidos moles da cavidade nasal. Mais frequente em gatos, raro em cães. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 25 Para diagnóstico de otite média, que é frequentemente secundária à otite externa crônica. Nem todos os casos são diagnosticados com o RX. Imagem Radiográfica: avaliação da bula timpânica. presença de aumento da opacidade ou espessamento da bula óssea – LL boca aberta. Infecção periapical. Para diagnóstico de doenças periodontais uso de radiografia odontológica, com projeções oblíquas com a boca aberta. Imagem Radiográfica: halo radioluscente ao redor da raiz dentária com destruição do osso alveolar, alargamento do espaço periodontal em torno do vértice, a lise ou esclerose óssea adjacente ao vértice, reabsorção da raiz do dente. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c om b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 26 Fraturas pequenas são de difícil observação, sobretudo na cabeça, pela sobreposição das estruturas. Em geral decorrem de traumas e quando se estendem à cavidade nasal ou seios frontais, podem provocar enfisema subcutâneo e/ou processos hemorrágicos. Várias incidências radiográficas podem ser necessárias para obtenção do diagnóstico. 07. 13 07 03 6-20 Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 27 Revisão semiologia – reflexo aumentado, tônus muscular aumentado – corpo celular e dendritos no encéfalo. – reflexo diminuído, tônus muscular diminuído – recebem o impulso e estão na medula espinhal. C1 – C5 C6 – T2 T3 – L3 L4 – S1 NMS aumentado NMI diminuído NMS aumentado NMI diminuído todos os membros em NMS torácico NMI pélvico NMS torácico normal pélvico NMS torácico normal pélvico NMI Atenta-se para: Mudança de posição de um órgão ou parte dele. ex: alças intestinais desviadas para um lado, por tumoração na cavidade abdominal. Variação no tamanho. ex: cardiomegalia. Variação no contorno ou forma. ex: bexiga com divertículo. Alteração na densidade. ex: rarefação óssea. Alteração na função. ex: rim afuncional (evidenciado na urografia excretora). Mudança na arquitetura. ex: neoplasias ósseas. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 28 Saber localizar a região e local da suspeita diagnóstica, por isso precisa de um bom exame neurológico. é importante verificar a necessidade de tranquilização do paciente. sempre no mínimo 2 projeções. kV e mAs é diferente para tórax: mAs para osso. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 29 – Introdução de meio de contraste no espaço subaracnóideo. Quando pensa em coluna fazemos associado a mielografia para conseguir visualizar a medula espinhal. A mielografia é a introdução de contraste no espaço subaracnóide. Indicação Lesões no interior da medula. Lesões que causam pressão sobre a medula. Quando outros métodos não foram conclusivos. Demonstrar a compressão medular antes da cirurgia. É necessário anestesia geral e radiografia simples antes da mielografia. Contraindicado em casos de doenças inflamatórias. Meios de contraste ® São compostos de iodo, solúveis em água, não iônicos, de baixa osmolaridade e neurotoxicidade e são excretados pelos rins em 48 horas. Volume É dependente do tamanho do animal e da área. Se ocorrerem convulsões ou espasmos musculares após a injeção do meio de contraste, poderão ser controlados por administração de diazepam, que deverá estar a mão antes que o procedimento inicie Entre as membranas pia-máter e aracnoide existe o espaço subaracnóide que contém o líquido cefalorraquidiano (LCR), produzido pelo plexo coroide dos ventrículos cerebrais e responsável pelo amortecimento dos impactos da medula. A passagem da agulha pelos ligamentos nucais é sentida, e ao chegar no espaço subaracnóide, o LCR fluirá. É recomendada a remoção do LCR, no volume equivalente ao meio de contraste que será injetado. Uma amostra de LCR deve ser enviada ao laboratório para análise. Existem 3 meninges revestindo a medula, sendo a dura- máter, aracnoide e a pia-máter. A pia-máter é a meninge que está em contato com a medula espinhal. Anestesia epidural coloca entre a dura-máter e aracnoide. Na mielografia coloca no espaço subaracnóide, estando abaixo do aracnoide (entre a aracnoide e a pia-máter, nesse espaço passa o líquido cefalorraquidiano). Para colocar tem que retirar a quantidade de líquor que vai colocar de contraste na mielografia. Ao tirar o líquor manda para a análise. Técnica da mielografia Agulha de 20 - 22G. Tricotomia, antissepsia cisterna magna (protuberância occipital e asas do atlas) 0,3mL/Kg. entre L5-L6 0,45mL/Kg. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 30 Animal nasce com essa doença. Vértebras em bloco Fusão de 2 ou mais corpos vertebrais. Espaco intervertebral: fina linha radioluscente – não visualizado em fusão completa. Mais comum no segmento cervical (pode acontecer em lombar). Atuam como ponto de apoio – sobrecarga dos discos adjacentes, pode implicar subluxação atlantoaxial. Normalmente é achado de necropsia. Durante o desenvolvimento do animal, pode ser que a vértebra não deixe um espaço intervertebral entre a vértebra posterior, sendo chamada de vértebra em bloco, geralmente o animal não tem sintomatologia. Se for entre o atlas e áxis e pode desenvolver subluxação atlantoaxial. Comum na coluna cervical e na lombar. Hemivértebras Falha no desenvolvimento e eventual ossificação de parte de uma vértebra – geralmente o corpo. Vértebra em forma de cunha (LL) – pode levar a cifose, que leva compressão medular ou em forma borboleta (VD) – aspecto médio do corpo vertebral não desenvolve. buldogue, buldogue francês, boston terrier, pugs. Nem todas as hemivértebras são clinicamente significativas. SIFOSE Não tem a formação do corpo vertebral inteiro, hemi equivale à metade. A vértebra fica em forma de cunha porque não forma todo o corpo vertebral. Uma vértebra em cunha pode causar um problema de angulação na coluna. Vértebras transicionais São vértebras nas junções C7-T1, T13-L1 e L7-S1 com características comuns a ambos tipos de vértebras. Cuidado para não errar na hora de ter um ponto de referência para um acesso cirúrgico. Aumento de casos de DDIV (doença do disco intervertebral) lombossacro em vértebras transicionais lombossacra. Pode acontecer nas junções, por causa dessa vértebra pode causar problemas biomecânicos, pode predispor a ter DDIV principalmente se for lombrossacro. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 31 Espinha bífida Falta de desenvolvimento do arco vertebral e pode estar associada com defeitos do tubo neural. Radiograficamente visualiza-se uma divisão do processo espinhoso. Comum em Buldogue e gatos Manx. Tem uma falha no desenvolvimento. Ao fazer o corpo vertebral, o processo espinhoso não fecha, a vértebra fica aberta, existem vários graus de espinha bífida. A espinha bífida em graus altos muitas vezes não tem fechamento da pele, é um problema na formação. Geralmente em graus altos é incompatível com a vida. Em alguns casos o grau pode ser leve sendo compatível com vida, geralmente em buldogue ou síndrome do cão nadador. Subluxação atlantoaxial compressão da medula espinhal entre C1-C2. malformação congênita, processo odontoide ausente, deficiência nos ligamentos que sustentem a articulação ou trauma. É o deslocamento parcial do atlas com o áxis, se o animal já nasce com o problema pode ser alguma deformidade do processo odontoide. Espondilomielopatia cervical Sindrome de Wobbler. Dogue Alemão, Doberman Pinscher. São Bernardo, Rotweiller, Pastor Alemão, Labrador. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 32 Considerada como síndrome causa multifatorial: malformação do corpo vertebral e processos articulares, má articulação, instabilidade, mau alinhamento e estenose do canal vertebral – C5-C6- C7. Necessário mielografia. Geralmente em cães de raças gigantes, o cão apresenta ataxia,é considerada uma síndrome, sendo uma má formação na coluna cervical, geralmente entre C5 e C6 e C6 e C7. Causa uma estenose no canal intervertebral. Fraturas e luxações Resultantes de atropelamento, queda ou ferimentos por arma de fogo. Podem haver lesões dos tecidos moles e envolver medula espinhal, disco intervertebrais e tecido conjuntivo – junções regionais. Assimetria, desalinhamento, fragmentação, protrusão do disco intervertebral. Podem causar estreitamento do canal vertebral – contusão e/ou compressão da medula espinhal. Fratura pode ser por trauma e a luxação também, quando tem fratura ou luxação decorrente de traumas tem o envolvimento de tecidos moles. Espera uma assimetria, desalinhamento, fragmentação e protrusão do disco (o disco sai), pode causar estreitamento e compressão da medula. (T10-T11 -> subluxação). Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 33 Doença do disco intervertebral (DDIV) – discopatias Dois tipos: Hansen tipo I e Hansen tipo II. Conhecida como hérnia de disco, mas não é o correto a se falar, é o nome popular. A nomenclatura correta é DDIV, o problema está no disco intervertebral que está entre as vértebras, o disco intervertebral tem o núcleo pulposo e um anel fibroso ao redor, o núcleo tem que ser gelatinoso para amortecer os impactos. Nessa doença temos uma compressão da medula pela saída do disco. Hansen tipo 1: tem a extrusão do disco intervertebral, nesse caso, apenas o núcleo pulposo sai. Hansen tipo 2: protusão, o disco inteiro sai para fora e comprimi a medula. Sinais clínicos dos dois tipos de Hansen: plegia ou paresia (parcialmente), ataxia, dor, ausência de dor profunda, dor superficial, pode ter propriocepção e reflexos alterados, se o animal não tem dor profunda a cirurgia tem que ser imediata. Comum em cães de pequeno porte com características condrodistróficas 3 a 6 anos - Dachshund, Poodle Toy, Pequinês, Beagle, Lhasa Apso, Shih-tzu, Chihuahua e Cocker Spaniel. Em cães de grande porte de meia idade como Labrador, Basset Hound, Dobermann e Pastor Alemão. Raro em gatos (idosos – toracolombar ou lombar). Regiões mais comuns em cães: C2-C3, C3-C4, T12- T13 e T13-L1. Ruptura aguda de um disco intervertebral causada por uma degeneração condroide. O núcleo pulposo que normalmente é gelatinoso perde a capacidade de se ligar a água, sofrendo degradação dos componentes glicosaminoglicanos e frequentemente se torna calcificado. O anel dorsal vertebral normalmente enfraquece e ocorre extrusão do conteúdo do núcleo pulposo anormal, através do anel do canal vertebral enfraquecido comprimindo a medula espinhal. Geralmente ocorre na coluna toracolombar devido a maior pressão mecânica- casos agudos. Verifica-se dor intensa e aguda e com ou sem déficits neurológicos associados. As manifestações clínicas dependem da localização e da gravidade da lesão espinhal. Geralmente os sinais são simétricos, a menos que a extrusão seja lateralizada, causando simetria dos sinais. Essa doença pode acometer os discos cervicais, torácicos posteriores e lombares. O disco é gelatinoso, existem algumas raças chamadas de condrodistróficas, essas raças tem uma predisposição em ter uma alteração condroide, o núcleo começa a ressecar e começa a ser mineralizado e calcificado, por causa dessa rigidez comprimi o anel fibroso e o núcleo sai para fora, fazendo a medula sofrer uma compressão, o núcleo faz a extrusão e é de forma aguda. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 34 Caracteriza-se pela saliência do disco, sem que ocorra uma ruptura completa do anel fibroso e está associada à degeneração da porção fibroide. O prolapso parcial repetido causa sinais lentamente progressivos e crônicos da compressão da medula espinhal. Cães idosos com mais de 5 anos de idade e em raças de grande porte não condrodistróficas, mas pode acometer as raças de pequeno porte. animais que realizaram exercício intenso durante a vida. Os sinais clínicos resultam da compressão da medula espinhal, embora o desconforto vertebral seja aparente em alguns cães. A doença do disco toracolombar do tipo II é muito comum, resultando em sinais neurônio motor superior nos membros posteriores, com os anteriores permanecendo normais. No tipo 2, o disco inteiro sai e comprimi a medula, sendo a protrusão, animais de raças grandes que não são condrodistróficos, com a velhice pode ter uma protrusão do disco, é um processo crônico. O tratamento é o mesmo, faz fisioterapia, acupuntura, ômega 3, muitas vezes tem que fazer cirurgia quando perde dor profunda. cuidado posicionamento – resultado errado. Pode-se visualizar calcificação de disco intervertebral. por estar calcificado vê radiopaco, mas as vezes pode não estar muito calcificado. Estreitamento do espaço intervertebral. Presença de material mineralizado (radiopacidade) na região do for ame intervertebral. Há deslocamento dorsal e estreitamento da coluna de contraste na mielografia. Pode haver presença de calcificação e estreitamento do espaço intervertebral sem a presença de sinais neurológicos. Mielografia. A calcificação pode acontecer com a idade. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 35 Espondilose deformante Formação de osteófitos (neoformações ósseas) nas regiões cranioventrais e caudoventrais dos corpos vertebrais, pode ocorrer na superfície lateral dos corpos vertebrais e pode formar pontes transvertebrais (anquiloses). Causa desconhecida – traumas repetitivos, instabilidade, envelhecimento, predisposição hereditária. Cães de raças grandes, Boxer – região toracolombar e lombossacra. DDIV do tipo II pode ser parte da patogênese da doença. Sozinha a Espondilose Deformante não é clinicamente importante, apenas se associada a DDIV. É a formação de novos ossos (osteófitos) no corpo vertebral na região cranioventral e caudoventral. A junção dos dois osteófitos forma a anquilose (junção do caudoventral com o Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 36 cranioventral). Não tem sinal clínico, mas por instabilidade associada a DDIV tem sinal. Síndrome da cauda equina O termo síndrome de cauda equina é utilizado para descrever lesões localizadas no final da medula vertebral denominada de ramos de cauda equina. Cães medula termina em L6, L7 e gatos L7 (taxas de crescimento diferente medula e vértebra). Causas primárias: DDIV, instabilidade na região, espondilose deformante, osteartrose, fratura. compressão, inflamação, isquemia e/ou ruptura cauda equina. no RX pode encontrar Espondilose e a Mielografia é limitada. É o final da medula, quando vai diminuindo tem poucos feixes, sendo a cauda equina, entre a L7 e S1, essa região ainda tem disco intervertebral. Sai da cauda equina os nervos que inervam a bexiga e o cólon, o animal pode ter incontinência urinaria e incontinência fecal. Espondilose deformante pode causar doença da cauda equina, a mielografia as vezes não chega ao final da medula. A cauda equina é anatomicamente diminuída. Neoplasias Primárias ou metastáticas. osteossarcomas, condrossarcoma, hemangiossarcoma e fibrossarcoma. Mieloma múltiplo e linfoma. reação esclerótica, lise óssea, fraturas patológicas e proliferação óssea. Pode ser primárias como tumores no osso ou de vasos. Quando tem tumor perde a estrutura/arquitetura, tem lise óssea, não é algo raro. Espondilite Inflamação das vértebras. Osteomielite no corpovertebral. aumento radiopacidade e resposta periosteal. Espondilose o final ose é algo degenerativo, espondilite é inflamatória, sendo a inflamação das vértebras. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 37 Discoespondilite bactérias ou fungos. raro em gatos. diminuição do espaço intervertebral, neoformação periosteal, fusão das vértebras encurtadas. A mielografia é útil. É uma inflamação no disco intervertebral, a brucelose é a maior causadora de Discoespondilite em cães. Ossos: radiopacos (formado de cálcio e fósforo), ou seja, apresentam maior resistência a passagem do RX. E o mAs e o kV ? o mA é a quantidade de RX produzido, enquanto que o kV está relacionado ao poder de penetração. A radiografia é o método principal para avaliação do esqueleto podendo oferecer informações valiosas sobre doenças do esqueleto. acidentes, quedas, atropelamentos e nutricionais (osteoporose e deficiência nutricionais). Ao avaliar a radiografia é importante observar: número de ossos envolvidos; local onde está o osso; partes dos ossos envolvidas. Lembrando que: escápula, úmero, rádio, ulna, ossos do carpo, metacarpo, falanges proximais, médias e distais e ossos sesamoides. fêmur, tíbia, fíbula, patela, ossos do tarso, metatarso, falanges proximais, médias e distais e ossos. Ossos longos: são aqueles onde o comprimento predomina sobre as demais dimensões. Possuem duas epífises, uma Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 38 diáfise e uma cavidade medular. A dimensão do comprimento é maior que a espessura. ex: fêmur, úmero, ulna. Ossos curtos: são aqueles onde suas dimensões são equivalentes. ex: ossos do carpo e tarso. Ossos laminares: são aqueles em que a largura e o comprimento predominam sobre a sua espessura, tem forma de lâmina. Espessura menor que o comprimento. ex: escápula. Ossos sesamoides: são também ossos curtos, que oferecem apoio para músculos e tendões. Epífise: centros de crescimento nas extremidades da diáfise. Metáfise: área de osso esponjoso entre a diáfise e cartilagem epifiseal (animal em crescimento). Diáfise: osso denso que circunda a cavidade medular. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 39 Sempre 2 posições. Projeções em ângulo reto uma em relação à outra em incidências padronizadas: craniocaudal, (dorsopalmar/ dorso-plantar) e mediolateral. Outros tipos: incidências obliquadas e flexionadas podem contribuir. Usado para membros a partir de carpo/tarso inclusive, para a extremidade. O feixe de radiação incide tangencialmente à estrutura em estudo. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 40 São incidências complementares - áreas sobrepostas. produção óssea anormal, podendo estar localizada próxima a um osso – comum na artrose. saliência óssea, crescimento patogênico ósseo, que surge na origem de tendões ou ligamentos – origem degenerativa, inflamatória ou pós- traumática. pequeno fragmento de um osso fraturado. condição anormal, com aumento da densidade óssea. Quebra da continuidade óssea: trauma ou enfraquecimento ósseo. Forame nutrício Local de passagem dos vasos. Fises abertas Aberta em filhotes. Ossos sesamoides Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 41 Salter e Harris SALTER & HARRIS (1963) classificaram originalmente as fraturas da placa de crescimento em cinco grupos, tipo I, II, III, IV e V ( ) TIPO I A metáfise se destaca da cartilagem, perde a comunicação com a epífise. TIPO II É a mais comum, fratura envolve a cartilagem e metáfise. TIPO III Envolve cartilagem e epífise. TIPO IV TIPO V Ocorre por esmagamento. Localização (nome do osso e localização) Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 42 Aberta (exposta) ou fechada Ferida aberta exposta é contaminada ou suja (após 4 horas). Ferida fechada não tem ruptura de tecido mole. Completa (envolve todo o osso) ou incompleta FERIDA COMPLETA: vai de cortical a cortical. FERIDA INCOMPLETA: conhecida como fissura, sai de uma cortical mas não chega na outra cortical. DIREÇÃO DA FRATURA Em fraturas completas. 1. 2. 3. Tem a rotação do osso, consegue visualizar o canal medular. Linhas de fratura uma linha de fratura com 2 fragmentos ósseos. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 43 mais de 2 linhas de fratura com fragmentos ósseos. Deslocamento da fratura Usar proximal como padrão. Durante a fratura uma parte óssea se desloca. Fratura por avulsão Destacamento do fragmento de osso resultado de uma tração do ligamento, tendão ou cápsula articular do seu ponto de inserção óssea. Fraturas em lasca Pequenos fragmentos ósseos. Fraturas patológicas Sem trauma anormal ou evidente. Ex: deficiência nutricional. Fraturas múltiplas Mais de uma linha de fratura. Fratura por compressão Trauma que esmaga o osso. Fratura em terço médio da diáfise da tíbia e fíbula, aparentemente fechada, completa, espiral, cominutiva, deslocamento cranial Fratura simples completa transversa em terço médio da diáfise da tíbia Fratura por avulsão em tíbia Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 44 É essencial para avaliação da redução e alinhamento da fratura. 10 – 20 dias início da formação do calo. desaparecimento gradual das linhas de fratura, calo aumenta radiopacidade remodelamento contínuo dos calos externos, continuidade da cavidade medular é gradualmente restabelecida, remodelamento cortical das linhas de estresse. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 45 Alinhamento. Osso (Bone). Cartilagem. Aparelho (Device). Tecidos Moles (Soft Tissues). Fratura mal unida teve deslocamento com movimentação do osso, não tendo esse alinhamento correto do osso, o calo ósseo ficará torto. União retardada da fratura Fatores que afetam o tempo de consolidação: idade, raça, localização, tipo, estado dos tecidos moles, defeitos no local da fratura, tipo fixação usada. Demora muito para consolidar. O estado do tecido mole pode retardar a cicatrização da fratura por conta dos vasos sanguíneos presentes no tecido mole, quanto maior a lesão do tecido mole menos vasos tem chegando e consequentemente menos células chegam, idade muito velho e muito novo pode interferir, raça também, demora para formar o calo ósseo. Não união da fratura Intervenção com melhor estabilização ou enxerto. Redução inicial ruim, deslocamento fragmento durante fase inicial da cicatrização. Remoção precoce dos aparelhos de fixação antes da fratura estabilizar. Tem um alinhamento anatômico anormal, ou Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 46 Não forma calo ósseo, pode ser por lesões de tecidos moles, geralmente, opta por colocar enxerto que serve como leito biológico para ajudar na formação do calo ósseo. Osteomielite Grave dano nos tecidos moles. Dor, edema, calor, com ou sem febre. reação periosteal com mineralização precoce, radioluscência ao redor dos pinos ou parafusos com esclerose endosteral e reação periosteal. . Doença Articular Degenerativa (DAD) Pode ser mudança primária de envelhecimento (idiopática) ou de uma desordem de desenvolvimento (displasia coxofemoral, luxação patela, osteocondrose, não união do processo ancôneo, deformidades valgo ou varo do carpos) ou adquirida (trauma, necrose asséptica da cabeça do fêmur, instabilidade articular). Pode acontecer com a idade, espera que um animal mais velho tenha DAD, não ocorre melhora com o tempo, porém, existe algumas malformações que favorecem a DAD precocemente antes do animal ser velho, é uma doença lentamente progressiva que degrada a cartilagem e derrama o líquido sinovial. Pode ser uma desordem no desenvolvimento, como por exemplo, a displasia coxofemoral favorece a DAD em animais mais novos. Pode acontecer por sobrecarga mecânica ou resposta a outras doenças começam a degenerar. a DAD pode ser por uma sobrecarga em uma articulação sadia ao longo do tempo ou a carga está normal e a articulação acelera alterações de remodelação nas superfícies articulares, promovendo a neoformação óssea, entesófitos (saliência óssea que surge na origem Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 47 ou na inserção de tendões ou ligamentos) e osteófitos ao redor das margens da articulação. diminuição do espaço articular. aumento da densidade do osso subcondral (esclerose óssea subcondral). neoformações ósseas nas margens articulares (osteofitose). remodelação óssea. luxações. ressonância magnética e tomografia computadorizada. OSTEOCONDROSE (OC) E OSTEOCONDRITE DISSECANTE (OCD) Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 48 Geralmente é bilateral e afeta as articulações escápulo- umeral, úmero-rádio-ulnar, fêmoro-tíbio-patelar e tarso de cães jovens com crescimento rápido 6-9 meses. manejo, a genética, sexo, fatores hormonais e nutrição. DISPLASIA DO COTOVELO Cães entre 4-10 meses de idade, Pode ser uni ou bilateral, única ou associada. Usualmente progride para um processo degenerativo úmero-rádio-ulnar. fragmentação do processo coronóide medial; não união do processo ancôneo; osteocondrose do côndilo medial do úmero; incongruência articular ulnar. Pode ter 1 ou mais lesões associadas, geralmente bilateral. DISPLASIA COXOFEMORAL Cães de grande porte (pode afetar pequenos e gatos). Tipicamente bilateral. Distúrbio hereditário. Não tem alterações ao nascimento, progridem com a idade. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 49 Diagnóstico definitivo para o Pastor Alemão, Labrador é feito com 1 ano de idade, Rottweiler, Fila Brasileiro, Mastif, Dogue Alemão e demais raças gigantes, este é feito com 1 ano e seis meses. radiografia ventrodorsal estendida: evidenciam a radiografia de dad. radiografia ventrodorsal em distração: evidencia frouxidão coxofemoral. formação osteófitos pericondrais (porção lateral do osso). remodelamento da cabeça e colo do fêmur. remodelamento do acetábulo. aumento da opacidade do osso subcondral da cabeça do fêmur e acetábulo. sinal precoce da DAD coxofemoral. cães que vão ter displasia coxofemoral podem apresentar quando jovens a linha de Morgan Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 50 LUXAÇÃO DE PATELA Pode ser medial ou lateral. craniocaudal, mediolateral e skyline da articulação fêmorotíbio-patelar. a patela se encontrará deslocada lateral ou medialmente. Na incidência médio-lateral, a patela não se encontra no sulco troclear e está sobreposta aos côndilos femorais. Outras anormalidades ósseas poderão estar presentes. Numa skyline a partir do grau 3 consegue visualizar. Predispõe a DAD. NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR Doença de Legg-Perthes, Doença de Legg-Calvé-Perthes. Raças de pequeno porte, em crescimento, geralmente unilateral, etiologia não esclarecida. Geralmente em Poodle. densidade óssea da cabeça do fêmur diminuída (rarefação óssea), podendo haver fragmentação da mesma, encurtamento de colofemoral. Osteoartrose. DAD. Fraturas. RUPTURA LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL Acomete a articulação fêmoro-tíbio-patelar do cão. Produz instabilidade e processos degenerativos das articulações. Ocorre com maior frequência em cães de grande porte. movimento de gaveta e RX (deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur). Difícil diagnosticar no RX. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 51 Panosteíte Alteração também conhecida como Panosteíte Canina e Panosteíte ocorre em cães jovens e tem etiologia desconhecida. É na diáfise de ossos longos de cães jovens (5 – 12 meses) de raças de grande porte aumento de radiopacidade na medula dos ossos longos, geralmente, mais evidente próximo ao forame nutrício. Perda do padrão trabecular normal do osso. Lesões são tão intensas que chegam a tomar por completo a cavidade medular. Osteossarcoma Este é o mais frequente, representando 50% dos tumores ósseos dos caninos e felinos, atingindo principalmente ossos longos, podendo ocorrer também em ossos do crânio, vértebras, escápula e costelas. Idade média de aparecimento é de 7,7 anos. As raças caninas mais atingidas são as de grande porte como Dogue Alemão, Pastor Alemão, São Bernardo, Boxer, Labrador, Doberman e Collie. É um dos exames mais comuns na rotina da clínica veterinária. um dos exames mais utilizados no RX é o abdominal no cão e gato, pode pedir por corpo estranho (é um dos problemas mais recorrentes em cachorros). Posicionamento: lateral (direita ou esquerda), VD ou DV (raro). Destruição da cortical óssea. Neoformação óssea e possível progressão para os tecidos moles adjacentes (calcificação). Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 52 apresentação do estômago diferente no posicionamento direito ou esquerdo. No RX de abdômen consegue ver diafragma, estômago, intestino delgado e intestino grosso, as bordas do fígado e bexiga. Os rins dependem da gordura, animal mais gordinho não vê tanto. O tempo não é crítico como no tórax. Preferível baixo kVp e alto mAs. Gás intestinal fornece contraste para avaliar o lúmen do intestino e gordura peritoneal no mesentério e omento fornece contraste entre órgãos. Lateral direito: gás se eleva em direção ao fundo e líquido em direção ao piloro. Lateral esquerdo: o gás sobe para o piloro enquanto o líquido precipita para o corpo. Na avaliação radiográfica do abdome, o diafragma, parede abdominal, estômago, ID, IG, o fígado e a bexiga urinária geralmente podem ser reconhecidos. Na projeção VD e LL direita: o baço também costuma ser identificado. Os rins podem ou não estar evidentes, dependendo da quantidade de gordura peri renal presente. RX só vê cálculo de oxalato de cálcio, se suspeita de constipação, obstrução pede RX, ascite também. O rim esquerdo é visto na maioria dos cães, enquanto apenas o polo caudal do direito costuma ser visível. Estômago sobreposto ao fígado. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a bi a n e S a b i n o 53 eleição (cuidado com perfuração de parede, pois não pode ser realizado nesses casos). No RX não consegue ver objetos que não refletem o Raio X, não consegue ver algodão, pelúcia, plástico, por isso faz o exame contrastado, faz sulfato de bário, se tem perfuração ou suspeita, opta por iodo. O contraste é por via oral, anestesia o animal e passa uma sonda para fazer direto no estômago. Tem que acompanhar o trânsito intestinal. entre 6 a 12mL/kg, por via oral ou através de sondagem gástrica. Formulários com esclarecimentos Riscos do contraste Riscos da anestesia Termos de autorização. Necessita de jejum, verificar necessidade de enema. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 54 Bário + ar – contraste pode ir para o pulmão, ao sondar o animal, sondou errado, sondou a traqueia e o contraste foi para o pulmão podendo dar pneumonia. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 55 Pouca gordura abdominal; Cães e gatos filhotes; filhotes por ter pouca gordura abdominal. Efusão abdominal (opacidade líquida). transudato, exsudato, sangue, urina, bile, quilo, ascite... Gás livre intrabdominal (ferida penetrante, pós cirurgias); Peritonite; Neoplasias (faz ultrassom, não RX). não permite a passagem, na efusão abdominal o líquido oblitera a visão dos órgãos abdominais. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 56 Setas pretas indicam bolsões de gás. ) radioluscência entre diafragma e fígado. Lateral direito: gás se eleva em direção ao fundo e líquido em direção ao piloro. Lateral esquerdo: o gás sobe para o piloro enquanto o líquido precipita para o corpo sempre realizar antes do contrastados. gastrografia com sulfato de bário, gastrografia com duplo contraste, pneumograstrografia, gastrografia com contraste iodado e estudo do esvaziamento gástrico com bário/alimento. Geralmente simples, alguns casos faz o contrastado, o nome do exame contrastado é gastrografia. Sinais radiográficos que podem ser observados em caso de corpo estranho não linear gástrico ou intestinal Visualização direta do corpo estranho. Espessamento da parede do órgão em causa, por reação inflamatória. Dilatação gástrica e/ou intestinal, em caso de obstrução completa. Alterações de radiopacidade nas regiões circundantes, pode indicar reação inflamatória por ruptura da parede. CORPO ESTRANHO RADIOPACO Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 57 CORPO ESTRANHO RADIOTRANSPARENTE Apenas com radiografia contrastada. pneumogastrografia é fácil e rápida, e baixo custo. DILATAÇÃO GÁSTRICA AGUDA E VÔLVULO Distensão gástrica por fluido e gás, mas a distensão gasosa é predominante. Mais comum em cães. Causas: aerofagia por dispneia ou dor. Importante verificar se o piloro ainda encontra localizado à direita e região fúndica à esquerda. alteração posicionamento dos órgãos. baço também desloca-se. sinal C invertido. Sinais radiográficos que podem ser observados em caso de dilatação e/ou torção gástrica: Na dilatação gástrica visualiza-se um aumento do tamanho gástrico, estando este órgão geralmente distendido com gás. Sinal de compartimentalização do estômago na torção e o piloro que fisiologicamente se encontra ventralmente ao fundo em plano LL e à direita da linha média em plano VD, encontra-se cheio de gás e localizado dorsalmente em relação ao fundo em plano LL, e à esquerda da linha média em plano VD. Deslocamento do baço, que pode ser visualizado em várias posições. Esplenomegalia. Íleo paralítico, que visualmente se distingue através da dilatação moderada a severa do intestino delgado. Dilatação do esôfago na região caudal, com gás e fluidos. Diminuição da silhueta hepática, devido ao aumento gástrico. Presença de líquido ou gás livre no abdómen é indicador de perfuração gástrica. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 58 Dilatação Gástrica Dilatação Vôlvulo Gástrica LL direita: piloro cranial ao corpo do estômago e está separado do resto do estômago por tecido mole (sinal de C invertido ou bolha dupla). ÚLCERA GÁSTRICA Dificilmente identificadas em exames RX simples, tem que realizar o contraste visualização de crateras na parede do estômago, invaginações do contraste na parede voltada para o lúmen. NEOPLASIA GÁSTRICA RX varia e depende do tamanho, forma e localização. Adenocarcinoma malignos mais comuns. massa projetada para dentro do lúmen gástrico, falha de preenchimento do meio de contraste. Auxílio de outros exames auxiliares As alças intestinais serão mais facilmente distinguidas ao exame radiológico quando apresentarem gás em sua luz ou conteúdo de densidade diferente dos tecidos adjacentes. trânsito intestinal. 1 hora: todo intestino delgado; 3 horas: esvaziamento gástrico e passagem contraste no cólon. vômitos agudos e persistentes, massa abdominal palpável, dor abdominal aguda, melena, hematêmese. Vê bem por causa dos gases. Paciente chega com vomito intermitente, dor abdominal, hematêmese, melena. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 59 O que avaliar – Sinais de Roentgen definição superfície serosa. diâmetro do lúmen e/ou serosa a serosa. localização na cavidade abdominal. contorno das alças intestinais. conteúdo luminal e parede intestinal. aspecto liso da mucosa e da parede intestinal. estreitamento intermitente devido a contrações. Obstrução intestinal Parcial ou cometa. visualiza gás ou conteúdo alimentar. sem retenção significativa de gás – contraste para concluir. Causas: intussuscepção, corpos estranhos, massa originária da parede do órgão ou lesões extrínsecas. Sinal RX mais condizente: dilatação intestinal oralmente ao ponto de obstrução. Pode ser parcial ou completa, a gente procura gás acumulado, não vê o corpo estranho, mas cranialmente o intestino está distendido e cheio de gás. Pelo aumento da motilidade intestinal, uma alça intestina pode englobar a outra, uma alça invagina a outra, geralmente craniocaudal. Melhor exame é a ultrassom. Geralmente intestino delgado o intestino fica engruvinhado, geralmente por linha. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 60 Constipação intestinal Sinais radiográficos que podem ser observados em caso de constipação: presença de fezes no cólon e reto, com aumento da sua radiopacidade, que muitas vezes se torna próxima da radiopacidade óssea, sendo este achado radiográfico designado por fecaloma; Aumento do diâmetro do lúmen intestinal. Só do intestino grosso, as fezes são formadas no intestino grosso, acontece quando para a defecação e fica um monte de fezes. Vê presença de fezes no cólon, fica tão parado que as fezes começam a ficam radiopacas (chamada de fecaloma, são as fezes ressecadas), pode fazer megacólon. Dilatação cólon o ceco no cão, com sua forma de “C”, cheio de gás, é identificado no lado direito do abdome em projeção VD. colonografia ou enema baritado – é o exame contrastado do intestino grosso. megacólon e fecaloma, hérnia perineal, atresia anal, intussuscepçãoíleo-cólica. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 61 Sinais radiográficos que podem ser observados em caso de megacólon: observação de fezes, geralmente com radiopacidade aumentada, na região do cólon dilatada. dilatação do cólon, que acaba abruptamente. ausência de fezes no cólon e/ ou reto, após a zona dilatada. São visualizados radiograficamente apenas se estiver aumentado ou mineralizado. causa comum de peritonite localizada. opacidade de tecidos mole aumentada e irregular na região média a cranial direita do abdômen; deslocamento das estruturas intestinas adjacentes ou radiografias podem estar normais. São visualizados radiograficamente apenas se estiverem aumentadas ou mineralizadas. Tumores: feocromocitoma, carcinoma cortical ou adenoma. pode notar massa de tecido mole ou parcialmente mineralizada craniomedial a um rim; deslocamento caudal do rim pela massa – mais fácil detectar da glândula esquerda. hepatomegalia, mineralização broncopulmonar, mineralização tecidos moles. A adrenalina é produzida na região medular e o cortisol no córtex da adrenal, o ACTH faz ter a produção de cortisol, caso tenha um tumor na hipófise irá aumentar o ACTH e aumenta, consequentemente, a produção de cortisol, sendo o hiperadrenocorticismo, as vezes o tumor pode ser na adrenal ai pede RX quando é na adrenal. Faz mais ultrassom para ver se o tumor é na adrenal, mas geralmente é na hipófise. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 62 São visualizados alterações tamanho, formato, localização e opacidade hepática. Fígado geralmente está quase inteiramente no arco costal. Vê normalmente quando está aumentado, sai do arco vertebral, faz mais ultrassom para definir o porquê está aumentado. Hepatomegalia (aumento do fígado) arredondamento das margens caudoventrais do fígado, extensão além do arco costal e deslocamento caudal. congestão hepática, ICCD, lipidose hepática, doenças inflamatórias e infiltrativas, neoplasias, metástase. Hepatomegalia: fígado com margens arredondadas e abauladas, ultrapassa limite arco costal. Micro-hepatia (diminuição do tamanho do fígado) deslocamento cranial do estômago e diminuição da distância entre o diafragma e lúmen gástrico. desvio portossitêmico congênito (shunt) e cirrose hepática. Geralmente cirrose (doenças degenerativas). Tamanho e localização variam amplamente - avaliação radiográfica é muito subjetiva. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 63 extremidade proximal fixa craniodorsal esquerdo do abdome – ligamento gastroesplênico. localizado dorsalmente, caudal ao estômago. é mais fino e menor, menos variável que o cão. Esplenomegalia generalizada. Avaliação subjetiva. margens espessas e abauladas, deslocamento dorsal e caudal do jejuno. depende da porção aumentada do baço – jejuno deslocado para esquerda ou direita. Só vê se está aumentado, o melhor exame é a ultrassom. esenomegalia difusa: inflamação (toxoplasmose, fúngica, erliquiose); congest ao (hipertensão portal, torção esplênica, administração barbitúricos, pós-vacinal); doencas infiltrativa (neoplasia primária, metástase) Radiografias não são tão precisas para avaliar a função ou morfologia cardiovascular. Cuidado: cães musculosos e tórax em forma de barril possuem coração com aspecto aumentado. O posicionamento é essencial e técnica também para ter mais informações no RX. A avaliação radiográfica é muito importante para cardiologia, pois faz uma triagem. O RX é uma foto e por conta disso não consegue falar muito sobre a circulação, consegue ver o tamanho do coração por fora, a ultrassom com doppler faz a avaliação circulatória do coração. Cavidade torácica profunda e estreita pode parecer anormalmente pequeno. Sempre avaliar a raça e estrutura corporal dos cães. A avaliação radiográfica é mais valiosa quando as anomalias cardíacas são pronunciadas. Quando deve ser solicitada: 1. Como ferramenta de triagem para avaliar as anomalias cardíacas acentuadas. 2. Avaliar a circulação pulmonar. 3. Avaliar se ocorreu descompensação cardíaca. 4. Avaliar a resposta à terapia. Para avaliar coração, as projeções recomendadas são lateral direita e dorsoventral. na radiografia lateral não tem todo o aspecto do lobo pulmonar, consegue ver a traqueia e a carina. Distância foco-filme: 1m a 1,2m, para obter-se imagem proporcional do órgão em relação ao tórax. o ideal é a maior distância foco filme para ter um tamanho ideal de coração. Cães pequenos: distância foco-filme 90 cm. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 64 O mA é aumentado e é importante uma boa qualidade da imagem para ver se tem alguma alteração nos tons de cinza. Borda direita mais arredondada. Borda esquerda mais aplainada. Eixo desvio para esquerda. Ápice toca o esterno, forma e posicionamento depende raça. Filhotes: tamanho cardíaco maior em relação ao tórax. Gatos: coração menor com relação ao tórax, mais obliquamente. Faz em projeção lateral direita para ver as horas. Método subjetivo: experiência do radiologista, considerando-se o tamanho do coração em relação ao tórax. Métodos objetivos: VHS (vertebral heart size). utilizando o sistema de unidade vertebral, o método compara as dimensões cardíacas com o comprimento das vértebras torácicas, de forma a se determinar o VHS (normal até 10,5). a mensuração cardíaca não alcançou grande popularidade clínica na medicina veterinária, possui uma variação racial e consequente diminuição da sensibilidade do exame. se for utilizada recomenda-se adotar uma ampla base de controle para cada raça avaliada. método pode ser muito útil, sobretudo na análise comparativa da evolução da doença cardíaca. VHS: quando faz o RX temos as vértebras torácicas que estão acima, se pegar o comprimento do coração e ver o tamanho, após isso, pega essa medida e vai do começo ao final para traçar quantas vértebras tem, pega esse tamanho e depois faz o comprimento do átrio na horizontal e mede nas vértebras, soma os dois comprimentos de vértebras, até 10 vértebras e meia o tamanho está normal. Maria Eduarda Cabral C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª F a b i a n e S a b i n o 65 Mais frequente. Dilatação atrial esquerda: doença da valva mitral, hipercirculação pulmonar da esquerda para direita. Quando o animal tem um sopro o problema está na valva, se o problema for na valva mitral (esquerda) o sangue começa a voltar para o átrio, toda vez que tem um problema na valva o coração tem que bombear mais, essa força que ele faz pela falha através da quantidade que está voltando, faz com que o coração sofra uma hipertrofia, se for na mitral, aumenta o átrio e ventrículo esquerdo. Na esquerda ele volta para o pulmão e o animal tem edema LL: elevação da bifurcação da traqueia, mudança dorsocaudal da silhueta cardíaca e aumento radiopacidade na silhueta cardíaca. A traqueia sobe devido ao aumento do átrio esquerdo. Hipertrofia concêntrica (aumento massa ventricular, espessura da parede – redução diâmetros cavitários): estenose aórtica e sinais radiográficos inespecíficos. aumenta a massa ventricular para o lúmen do ventrículo, dentro da câmara, consequentemente, reduz o tamanho da câmara cardíaca. Hipertrofia excêntrica (aumento massa ventricular, espessura da parede – aumento diâmetros cavitários): persistência ducto arterioso,
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