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Hipopituitarismo: causas, sintomas e diagnóstico

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1 Gabi Vieira/ MedFipGBI 2023.1 
Hipopituitarismo 
Hipofise 
A regiao anterior da hipofise ou adenohipofise, de origem ectoderma, produz o GH, as gonadotrofinas (LH e FSH), o 
hormonio TSH, ACTH e a prolactina. 
A região posterior, ou neurohipofise, de origem neural, produz o ADH e a ocitocina. 
A deficiencia na produção ou na ação de qualquer um dos hormonios da adenohipofise é denominada 
hipopituitarismo. Quando ocorre deficiencia de mais de um hormonio denominamos panhipopituitarismo. 
Fisiopatologia 
A fisiopatologia depende da etiologia, assim como as manifestações olínicas relacionadas. 
Como a reserva funcional da hipófise é grande, faz-se necessario comprometimento de mais de 75% do parênquima 
para que ocorram sinais e sintomas de defibiência hormonal 
 
 
Manifestações clinicas 
O quadro clínico é variável, dependendo da etiologia, da Idade do paciente, da velocidade de evolução, dos 
hormônios acometidos e da magnitude da deficiência hormonal. 
A ordem de acometimento hormonal costuma iniciar com deficiência de GH, seguindo com deficiências de 
gonadotrofinas, TSH e ACTH, principalmente se a causa do hipopituitarismo for tumor ou radioterapia. 
Em casos de tumores da região selar, podemos observar sinais e sintomas relacionados ao efeito de massa, Incluindo 
cefaleia, distúrbios visuais (ex.: diminuição do campo visual) e paralisia de pares cranianos. 
 
2 Gabi Vieira/ MedFipGBI 2023.1 
História clínica detalhada + exame clínico + laboratorial e Imagem 
Setor corticotrófico (acth) 
Costuma se manifestar de forma Inespecífica com cansaço, anorexia, náusea, perda de peso, tonteira e hipotensão. 
Em casos leves, o diagnóstico pode ficar evidente apenas durante um estado de estresse. 
Alterações laboratoriais podem estar presentes, como anemia normocítica e normocrômica, eosinofilia, 
hiponatremia, hipoglicemia e eventualmente hipercalemia. 
SETOR GONADOTRÓFICO (FSH E LH) 
Crianças: Puberdade atrasada, em meninas amenorreia e em meninos pode se manifestar com micropênis e 
hipotrofia testicular. 
Homens: Diminuição da libido; disfunção erétil; infertilidade, diminuição dos pelos corporais, diminuição da massa 
muscular e da densidade mineral óssea, atrofia testicular, eritropoiese diminuída. 
Mulheres: Diminuição da libido, amenorreia ou oligomenorreia, atrofia mamária, ressecamento vaginal, diminuição 
da massa muscular e da densidade mineral óssea. 
Setor tireotrófico (tsh) 
• Fadiga, intolerância ao frio, constipação, pele seca, bradicardia, sonolência, anemia. 
Setor somatotrófico (gh) 
Crianças: Retardo de crescimento baixa estatura, micropênis, hipoglicemia. 
Adultos: Redução da capacidade de exercício, fadiga, adiposidade central, diminuição da massa magra e da 
densidade mineral óssea, prejuízo na qualidade de vida, diminuição na sensibilidade à Insulina, aumento do risco 
cardiovascular. 
Setor lactotrófico (prl) 
Raro. Ausência de lactação. 
Diagnostico 
O diagnóstico envolve incialmente as dosagens basais de hormônios, o que poderá ser suficiente para confirmar o 
hipopituitarismo. 
Para o diagnóstico de deficiência de GH e ACTH, costuma ser necessária a realização de testes de estímulo. 
Exames de rotina: 
Cortisol e ACTH; 
TSH e T4 livre; 
IGF-1; 
* Prolactina; LH, FSH, - testosterona (homens) ou estradiol (mulheres). 
RESULTADOS CONFIRMATÓRIOS: 
• Deficiência de ACTH: A dosagem de cortisol < 3 microgramas/dL em pacientes com sintomas compatíveis 
praticamente confirma o diagnóstico, enquanto o cortisol > 15 microgramas/dL exclui. 
• Deficiência de TSH: TSH baixo ou normal e T4 livre baixo; 
• Deficiência de GH: Baixo de acordo com a faixa etária, associado a manifestações clínicas; 
• Deficiência de prolactina: Baixa. E bastante rara, pois ocorre apenas quando a hipófise anterior é completamente 
destruída; 
 
3 Gabi Vieira/ MedFipGBI 2023.1 
• Deficiência de LH e FSH: Níveis baixos de testosterona em homens e estradiol nas mulheres na presença de valores 
de FSH e LH baixos ou normais. 
Testes dinâmicos da função hipofisária 
Devem ser realizados nos casos em que a dosagem dos hormônios basais não é suficiente para confirmar o 
diagnóstico. 
São usados em casos de Insuficiência adrenal a deficiência de GH. 
Deficiência de ACTH: Para diagnóstico de Insuficiência adrenal secundária, além da dosagem do cortisol basal, em 
geral, serão necessários testes dinâmicos. E Indicado quando a dosagem de cortisol basal está entre 3-15 
microgramas/dL 
Teste de tolerância à insulina (itt): 
O teste é realizado administrando 0,05-0,1 unidades/kg de insulina regular EV e medindo glicose e cortisol séricos 
antes e 30, 60, 90 e 120 minutos após a Injeção. 
Um resultado normal é um cortisol sérico ≥ 18 microgramas/dL na presença de uma glicose sérica < 40 mg/dL. E o 
método padrão-ouro para o diagnóstico de insuficiência adrenal. 
O risco do teste é a hipoglicemia grave. Contraindicações incluem Idosos, portadores de doenças cardiovasculares e 
história de convulsão. 
Tratamento 
Os hormônios hipofisários possuem secreção pulsátil, sendo assim, a maioria das reposições é feita com o hormônio 
do órgão-alvo, com exceção do GH 
Deficiência de GH 
Crianças: O objetivo do tratamento é a normalização da velocidade de crescimento durante a infância a 
adolescência, para alcançar uma estatura final dentro do alvo familiar: 
A dose da reposição do GH humano é calculada pelo peso (0.1 unidade/kg/dia) e administrada pela via subcutânea à 
noite. 
Adultos: A reposição deve ser continuada nos pacientes que mantém a deficiência de GH e apresentem sintomas 
que comprometam a qualidade de vida, assim como baixe massa óssea e alterações na composição corporal; Dose:-
GH humano recombinante subcutâneo dose Inicial de 0,45-0,9 unidade/dia (ou 0,1-0,3 mg/dia) à noite, devendo ser 
ajustada a cada 4-6 semanas, de acordo com os níveis do IGF-1 e efeitos colaterais; Efeitos colaterais: Retenção 
hídrica, edema de extremidades, mialgia, artralgia e cefaleia

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