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Contabilidade_Básica_2011

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Início e Evolução da Contabilidade
	O início da contabilidade como ciência é atribuído ao Frei Lucca Pacciolo, que escreveu, num livro sobre Geometria e Aritmética, o princípio da partida dobrada, isto é, que cada débito corresponde a um crédito de igual valor.
	Contava-se que ele foi convidado, pelo Papa, para tomar conta de um convento localizado numa pequena cidade italiana, próxima a Roma. Para aceitar tal incumbência solicitou ao Sumo Pontífice uma lista de tudo que pertencia ao convento.
	A lista lhe foi fornecida e continha as seguintes informações:
Caixa			2.000
Valores a Receber	4.000
Convento (casa)	7.000
Valores a Pagar	2.000
		 15.000
	No caixa estava todo o dinheiro, em espécie, que pertencia ao convento. Os valores a receber eram representados por pedaços de papel, onde estavam descritos as mercadorias e serviços que as pessoas tinham adquirido do convento, para pagamento no futuro. O valor da casa representava o custo pelo qual tinha sido adquirida. E os valores a pagar eram anotações que relatavam os serviços e mercadorias adquiridas, pelo convento, às pessoas da cidade, para pagamento posterior.
	De posse destas informações, o Frei Lucca começou a refletir sobre o significado daquela lista. Logo ele percebeu que aquelas informações continham os valores de todos os bens, direitos e obrigações que pertenciam ao convento. O caixa (2.000) e a casa (7.000) eram os bens materiais. Os pedaços de papel que registravam os valores (4.000) que o convento tinha a receber da comunidade eram os direitos (bens imateriais) e, finalmente, os papéis que registravam os valores a pagar (2.000) eram as obrigações do convento.
	Desta maneira ele chegou a um conceito muito importante para a contabilidade, o conceito de patrimônio: é o conjunto de bens, direitos e obrigações que pertence a uma pessoa física ou jurídica. Este conceito ele expressou, matematicamente, através da seguinte equação:
a)	Bens (B) + Direitos (D) + Obrigações (O) = Patrimônio
Conceito de Patrimônio Líquido (PL)
	Lucca Paccilo achou que esta informação era importante, porém, merecia ser refinada. Para isto pensou: qual seria o valor do “convento” se todos os seus valores a receber fosse recebidos, a casa fosse vendida pelo valor registrado e, finalmente, pagasse todas as suas dívidas? Para responder a esta questão, ele transformou a equação (a) na equação seguinte:
b)	B + D - O = PL ou 
	9.000 + 4.000 - 2.000 = 11.000
	E assim, ele chegou a outro conceito de fundamental importância para a contabilidade - o conceito de patrimônio líquido. O patrimônio líquido pode, portanto, ser definido como resultado da soma do conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica, levando em consideração, porém, que os bens e direitos são valores positivos e as obrigações são valores negativos.
A Equação do Balanço
	Diante da equação (b) que formulou para explicar o conceito de patrimônio líquido, o Frei, como bom matemático que era, fez o seguinte raciocínio: “se eu colocar de um lado da equação os valores positivos do patrimônio e do outro os seus valores negativos, mais a diferença entre eles, terei uma equação perfeitamente equilibrada”. E, agindo desta maneira, transformou a equação (b) na seguinte equação:
c)	B + D = O + PL ou
	9.000 + 4.000 = 2.000 + 11.000
	Observando esta equação ele decidiu arrumar as contas representativas do convento da mesma forma, isto é:
Caixa			 2.000			Valores a Pagar	 2.000
Valores a Receber	 4.000			Patrimônio Líquido 11.000		 Casa			 7.000					
 13.000					 13.000
	Esta forma de apresentação do patrimônio de uma empresa, muitos anos mais tarde, passou a ser chamada de balanço devido ao equilíbrio sugerido por ela. Este formato se assemelha a uma balança com dois pratos de peso exatamente iguais. Aliás, balança é uma palavra grega composta de duas partes: “bi” e “lancis”. “Bi” significa dois e “lancis” é traduzido por pratos de balança.
	Posteriormente, o lado esquerdo do balanço foi chamado de Ativo devido ao fato destas contas representarem a parte viva ativa da empresa. Este lado registra, em última instância, todas as aplicações da empresa, como Caixa, Valores a Receber, Imobilizado, Investimentos, etc.
	O lado direito foi denominado de Passivo em virtude de suas contas registrarem, passivamente, a origem de recursos que foram aplicados nos ativos. O passivo total de uma empresa pode ser dividido em duas partes: passivo fictício que representa os recursos dos proprietários e, por isso, também chamado de recursos próprios, e o passivo propriamente dito, que representa as exigibilidades da empresa para com terceiros.
Receitas e Despesas
	Diz a história que o Frei mal acabara de ter arrumado o convento e já apareciam os primeiros fregueses: um grupo de tropeiros que passavam pela cidade - que não tinha hotéis - foi direto ao convento e pediu para passar a noite lá. O Frei aceitou sob a condição de receber o equivalente, hoje, a $ 500.
	Após, recebido o dinheiro, Paccilo satisfeito com o seu primeiro negócio registrou esta receita na sua incipiente contabilidade. E o seu balanço representou a seguinte posição:
BALANÇO
Caixa			 2.500				Valores a Pagar	 2.000
Valores a Receber	 4.000				Patrimônio Líquido	11.500
Casa			 7.000								
			13.500							13.500
	Conforme podemos constatar, comparando este balanço com o anterior, apenas o Caixa, entre as contas patrimoniais, foi alterado passando de $ 2.000 para $ 2.500. Como conseqüência desta modificação o patrimônio líquido, que é um valor diferencial, pois registra a diferença entre bens, direitos e obrigações, evoluiu para $ 11.500.
	Entusiasmado com a primeira transação, Lucca Pacciolo enviou uma cópia do novo balanço para o Papa, que ficou altamente satisfeito com o resultado, principalmente porque a decisão da escolha sobre Lucca Pacciolo para dirigir o convento, foi dele.
	Mas o seu contentamento durou pouco. Após a saída dos tropeiros o Frei pagou $ 20 para fazer a limpeza do convento e arrumar as camas. Ao registrar esta despesa na sua contabilidade, o balanço passou a ter a seguinte forma:
Caixa			 2.480				Valores a Pagar	 2.000
Valores a Receber	 4.000				Patrimônio Líquido	11.480
Casa			 7.000								
			13.480							13.480
	Mais uma vez ao compararmos o novo balanço com o imediatamente anterior é notado que houve apenas uma redução no caixa no valor de $ 20, permanecendo os demais itens do patrimônio inalterados. Como conseqüência disto, por força da lógica da equação do balanço, o patrimônio líquido foi também reduzido em $ 20.
	Como bom administrador que era, Lucca a cada alteração no patrimônio líquido do Convento, enviava uma cópia do balanço para o seu chefe. Desta vez, porém, a reação do Papa foi inversa a anterior.
	O santo Padre observou que o caixa havia sido reduzido e, também, o patrimônio líquido o que, para ele, isso era um absurdo. Imediatamente, convocou o Frei para ir à Roma dar pessoalmente as devidas explicações. Pacciolo foi até lá e mostrou ao Chefe da Igreja que aquela alteração não era tão absurda como poderia parecer à primeira vista. Os seus argumentos surtiram bons efeitos, pois o Papa ficou satisfeito com a explicação e Pacciolo continuou gerenciando o Convento. 
	O nosso Frei, contudo, não ficou nada satisfeito de ter ido à Roma dar explicações que poderiam ser evidentes. E, muito pior pensou ele, ter que ir novamente dar explicações banais toda vez que ocorrer alterações no patrimônio líquido do Convento, principalmente quando elas forem negativas. Diante deste quadro, ele começou a pensar em como registrar estas operações na contabilidade de uma maneira tal que não houvesse necessidade de explicações adicionais, para que elas fossem entendidas.
A Solução Milagrosa
	Evidentemente que se, para cada despesa ou receita, houvesse uma alteração imediata do patrimônio líquido - sem que elas fossem registradas - após várias despesas e receitas, ao final de um determinadoperíodo, não se poderia dizer ou entender como um resultado foi obtido. Poder-se-ia, é verdade, dizer que houve um resultado no período, positivo ou negativo. Para isto, bastaria comparar o patrimônio líquido do final do período, em questão, com o do período anterior. Porém não se saberia dizer como o resultado foi constituído, quanto foi a receita, e assim como não saberiam, quais foram as despesas nem quanto somaram.
	O Frei Lucca, como já sabemos, era um matemático. Devido a isto, resolveu aplicar no balanço atual a equação do patrimônio líquido (b) e observar o resultado:
b)	B + D - O = PL ou
	9.480 + 4.000 - 2.000 = 11.480
	Ele notou que o patrimônio líquido, agora, era $ 11.480 de acordo com a equação (b). Esse valor tem uma diferença, a maior, de $ 480 em relação ao patrimônio líquido, ou seja, aquele antes das operações de receitas e despesas. E, na realidade, esta diferença era exatamente o lucro do convento no período, isto é, receitas ($ 500) menos despesas ($ 20).
	 Ora raciocinou o bom Frei, se chamarmos o patrimônio líquido, de antes do início das operações, de Patrimônio Líquido Inicial ou capital e o fixarmos, passando a registrar na contabilidade as despesas e receitas ocorridas, poderemos acompanhar “pari passu” a evolução do resultado da empresa e, ao final de um período qualquer, poderemos informar quais foram as receitas e despesas do exercício e, consequentemente, o resultado que a empresa obteve. Poderemos informar, também o patrimônio líquido do final do período, que nada mais é do que o valor do patrimônio inicial mais o resultado do exercício.
	Portanto, este problema estava resolvido. O Frei colocou a sua idéia em prática desenvolvendo a equação do balanço (c) da seguinte maneira:
c)	B + D = O + PLI ou
	9.000 + 4.000 = 2.000 + 11.000
	Para registrar o dinheiro recebido dos tropeiros, a receita R de $ 500, a equação (c) se transformou na equação (d):
d)	B + D = O + PLI + R
	9.500 + 4.000 = 2.000 + 11.000 + 500
	E para registrar a despesa (DE) de $ 20, referente à limpeza do Convento e arrumação das camas, a equação (d) evoluiu para a (e):
	B + D + DE = O + PLI + R
	9.480 + 4.000 + 20 = 2.000 + 11.000 + 500
	Assim como a equação (c) representa o balanço, a equação (e) diz respeito ao balancete e pode ser assim representada:
BALANCETE
Caixa			 2.480			Valores a Pagar		 2.000
 Valores a Receber	 4.000			 Patrimônio Líquido		11.000
Casa			 7.000			Receitas de Hospedagem	 500
 Despesa (limpeza)	 20							 ______
 13.500 13.500
Diferença entre Balanço e Balancete
	E assim podemos concluir que a diferença entre balanço e balancete é que este, além de apresentar as contas patrimoniais, apresenta também, as contas de receitas e despesas. O balanço pode apresentar contas de despesas e receitas, porém são despesas e receitas que, devido ao princípio contábil de competência do exercício, não foram consideradas para apuração do resultado do período para o qual o balanço foi levantado. Elas serão levadas em consideração para a apuração de resultado nos exercícios subseqüentes.
A Apuração de Resultados e o Levantamento de Balanço
	Resolvido o problema do registro de despesas e receitas, conforme vimos acima, o Frei se deparou com a seguinte questão: Qual o patrimônio da empresa e qual o resultado do exercício?
	Evidentemente, que o balancete não responde diretamente estas perguntas. É preciso que se faça cálculos aritméticos para respondê-las. Por isso, o Frei não ficou completamente satisfeito com esta peça contábil. O ideal seria elaborar uma demonstração que evidenciasse estas respostas, da melhor maneira possível. Pensando assim, Lucca resolveu separar as contas que diferenciam o balancete do balanço, ou seja, as contas que representam as receitas e despesas consideradas para apuração do resultado econômico de um período. E assim fez:
Parte de Cima
Caixa			 2.480				Valores a Pagar		 2.000
Valores a Receber	 4.000				Patrimônio Líquido Inicial	11.000
Casa			 7.000									
			13.480								13.000
Parte de Baixo
Despesa: Limpeza	 20			 Receita: Hospedagem	 500
	Ele observou que na parte de cima o ativo total superava o passivo total em $ 480 e, na parte de baixo, era exatamente o contrário. Esta diferença era semelhante a diferença entre o patrimônio líquido do início do período e o do final, conforme ele já tinha percebido quando aplicou a equação (b) (B + D - O = PL) no balancete final do exercício. Como o patrimônio líquido inicial era de $ 11.000 e agora, no final do período, evoluiu para $ 11.480 significa que o Convento obteve o lucro de $ 480. E isto é que as contas da “Parte de Baixo” traduzem: a diferença entre receitas e despesas de um período, nada mais é do que o resultado da empresa, neste período.
	Desta maneira, o Frei observou que as contas de resultado (Receitas e Despesas) apenas registram os aumento (receitas) e as diminuições (despesas) do patrimônio líquido. Portanto, ao final de um período qualquer, para apuração do seu resultado, é necessário que se faça uma comparação entre as somas das despesas e das receitas. Se as receitas forem maiores que as despesas, o resultado do período será um lucro. Neste caso, o lucro será adicionado ao patrimônio líquido do início do exercício, aumentando o valor contábil da empresa e, conseqüentemente, aumentando a riqueza dos seus proprietários. Se, ao contrário, as despesas forem maiores, o resultado será um prejuízo que reduzirá o patrimônio líquido inicial e, conseqüentemente, tornará menor a riqueza dos proprietários da empresa.
	Com estas observações o Frei então elaborou o Balanço Final e o Demonstrativo de Resultado do Convento, daquele período:
Balanço Final
Caixa			 2.480				Valores a Pagar		 2.000
Valores a Receber	 4.000				Patrimônio Líquido Final	11.480
Casa			 7.000				Patrimônio Líquido Inicial	11.000
						 Lucro do Período		 480
			13.480								13.480
Demonstrativo de Resultado
Receitas: Hospedagem			500
Despesa: Limpeza				 20
 Lucro do Período		 480
A Importância da Fixação do Patrimônio Líquido Inicial
	Observando o mecanismo de registro de receitas e despesas, conforme vimos acima, podemos concluir que as receitas e despesas alteram o patrimônio líquido aumentando-o e as despesas o modificam também, porém diminuindo-o.
	Devemos nos deter um pouco sobre a decisão do Frei Lucca em fixar o patrimônio líquido inicial ou capital e focalizar a nossa atenção sobre esta sistemática de registro para entendermos, claramente, como funciona a contabilidade em relação à apuração de resultados.
	Quando há uma receita - à vista ou a prazo - o valor recebido dela, seja dinheiro ou títulos a receber, será registrado na contabilidade como uma aplicação ou ativo. Este valor aumentará os bens, se for em dinheiro, ou os direitos, se for em títulos, e com isto, por força da equação do balanço (B + D - O = PL), o patrimônio líquido será aumentado, fazendo com que o balanço permaneça equilibrado. Por outro lado, quando uma empresa incorre numa despesa, paga à vista ou a prazo, esta será registrada como redução dos bens (diminuição de caixa) ou como um aumento das obrigações (contas a pagar). De qualquer maneira que a despesa seja registrada, quer como redução dos bens, quer como aumento das obrigações, ela provocará uma diminuição do patrimônio líquido, mantendo o balanço equilibrado. Como já vimos, esta sistemática de alteração direta do patrimônio líquido não permite informações sobre totais de receitas, tipos de receitas, despesas totais, tipos de despesas, etc. e, portanto, ela é extremamente ineficiente. Ao fixar, porém, o valor do patrimônio líquido no início das atividades de um período qualquer, na realidade as alterações do patrimônio líquido,que permitirão o equilíbrio do balanço, serão consideradas indiretamente através do registro das contas de receitas e despesas. Uma receita representa o valor que será acrescido ao patrimônio líquido inicial, quando o resultado for apurado. E uma despesa, evidentemente, significa o valor que reduzirá o patrimônio líquido inicial quando da apuração do resultado. Desta maneira, ao final de qualquer período, que pode ser de um, dois, três ou doze meses, a contabilidade poderá apurar o resultado daquele período, simplesmente comparando o total das receitas acumuladas com o total das despesas incorridas durante o mesmo período.
	Se o total das receitas for superior ao total das despesas, haverá um lucro cujo montante será adicionado ao patrimônio líquido inicial, formando o novo valor do patrimônio líquido que será o inicial do próximo período. Se as despesas forem maiores do que as receitas, haverá um prejuízo que reduzirá o patrimônio líquido inicial.
	Com a fixação do patrimônio líquido, a contabilidade ganhou um potencial enorme sobre as suas possibilidades de dar informações a respeito das receitas, despesas, lucros e etc. E isto tem grande importância para a administração e condução dos negócios empresariais. 
Débito e Crédito
	Tendo em vista um balanço ou balancete, podemos dizer que o objetivo da contabilidade é registrar, organizar e controlar as aplicações de uma empresa, assim como as origens destas aplicações.
	No balanço patrimonial anterior pode-se observar que o convento aplicou seus recursos em Caixa (2.480), Valores a Receber (4.000) e Casa (7.000). Estas aplicações tiveram como origem o Patrimônio Líquido Inicial ou Capital (11.000) injetado pelos proprietários, sócios, acionistas ou quotistas da empresa, Valores a Pagar (2.000) referentes a créditos concedidos por terceiros e os recursos gerados pela própria atividade operacional da empresa: o lucro de $ 480. Na realidade o Ativo representa todas as aplicações de recursos efetuadas pela empresa e o Passivo indica de onde eles vieram. 
	Se considerarmos que a empresa é uma entidade que tem vida própria, independente dos seus proprietários ou administradores, podemos entender, claramente que todas as suas aplicações (ativo) representam débitos e responsabilidades dos seus administradores ou proprietários para com a empresa. Por outro lado, entendemos que as origens (passivo) indicam os créditos de terceiros e dos acionistas junto à companhia.
	Podemos, então, concluir que o ativo é constituído de contas que representam aplicações e estas, por sua vez, significam débitos. Por outro lado, o passivo é formado com contas que indicam as origens dos recursos que, por sua vez, representam créditos.
	Finalmente, podemos inferir que as contas do ativo são contas devedoras, assim como, as contas do passivo são consideradas como credoras.
	Um exemplo prático nos ajudará a entender melhor o conceito de débito e crédito.
Uma empresa adquiriu, à vista, $ 800 de mercadorias para revender. Ela obteve, também, um empréstimo junto à rede bancária, no valor de $ 1.000. Vejamos como a contabilidade registrará estas transações:
Empréstimo Bancário
				Débito [D] D - Caixa
					Crédito [C] C - Empréstimo Bancário 1.000
	Podemos explicar o lançamento acima da seguinte maneira: houve uma aplicação no Caixa cuja origem foi um empréstimo bancário.
Compra de Estoque à Vista
							D - Estoque
							C - Caixa 800
	Este lançamento tem a seguinte explicação: a empresa fez uma aplicação em estoque e, portanto, ele é debitado. Por outro lado, o recurso utilizado nesta aplicação veio do Caixa, que por ser uma conta devedora (ativo), ao ser creditada, terá o seu valor reduzido indicando uma saída de dinheiro. 
	Pelo que vimos até aqui, podemos concluir que o objetivo principal da contabilidade é registrar e controlar todas as variações que ocorrem no patrimônio de uma pessoa jurídica ou física e, ao mesmo tempo, apurar o resultado econômico delas, durante um determinado período.
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
A contabilidade tem dois objetivos primordiais:
Apresentar o patrimônio de uma empresa da maneira mais real possível, e
Apurar o resultado econômico das transações negociais de uma empresa, num determinado período com a maior precisão possível.
Evidentemente, que para entender a estes dois objetivos, que em alguns casos são conflitantes, a contabilidade necessita registrar e controlar as variações patrimoniais produzidas pelos negócios empresariais, durante períodos determinados. Estas variações, embora sempre afetem o patrimônio, só em determinados casos afetam o valor patrimonial da companhia, isto é, o patrimônio líquido.
CLASSIFICAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
De uma maneira geral podemos classificar as variações patrimoniais da seguinte maneira:
Variações que não afetam o patrimônio líquido.
a.1) Variações Compensativas
a.2) Variações Permutativas
Variações que afetam o patrimônio líquido da empresa
b.1) Variações Modificativas de Receitas
b.2) Variações Modificativas de Despesas
Variações Mistas
Variações Compensativas
Estas variações são características das operações que, se por um lado alteram o valor do total do passivo, pelo outro, alteram também o total do ativo. Mas não modificam o valor do patrimônio líquido. Exemplos destas operações são: empréstimos, compra de estoques a prazo, etc.
Variações Permutativas
Variações deste tipo são características de operações que provocam alterações nas contas do mesmo lado do balanço: ativo ou passivo. Por exemplo, temos: Compra de estoque à vista. Neste caso, a conta Caixa será reduzida do mesmo valor que a conta Estoque será aumentada e, portanto, o total do ativo não será modificado. E o valor do patrimônio líquido, também, não será alterado.
Variações Modificativas de Receitas
As receitas provocam variações positivas e imediatas no patrimônio líquido de uma empresa. Os recursos provenientes delas são somados aos bens e / ou direitos da empresa, que são as parcelas positivas da equação patrimonial.
Se as receitas são recebidas em dinheiro o caixa, que faz parte dos bens empresariais é aumentado e, em decorrência disto, o patrimônio líquido é acrescido de igual montante. Se não a prazo, os valores a receber, que são direitos de recebimentos futuros, aumentarão. E o mesmo acontecerá com o patrimônio líquido, que terá um aumento do mesmo valor.
Variações Modificativas de Despesas
Ao contrário das receitas, as despesas provocam uma diminuição nos bens de uma companhia ou aumento de suas obrigações. E o efeito disto é uma imediata redução do patrimônio líquido.
Se a despesa é paga à vista, há uma redução no caixa. E se for paga a prazo há um aumento em contas a pagar. De qualquer maneira o patrimônio líquido é reduzido.
Variações Mistas
Quando um item do ativo é vendido por um valor diferente do registrado pela contabilidade, esta operação provocará dois tipos de variações: permutativa e modificativa de receita ou de despesa.
Se o valor de venda do item for superior ao de custo, ou seja, o valor registrado pela contabilidade, a parcela correspondente ao custo é uma variação permutativa e, até este valor, não haveria modificação no valor do patrimônio líquido. Contudo, a parcela referente à diferença, provocará uma modificação positiva no patrimônio líquido.
Se, porém, o valor de venda do item for inferior ao valor do seu custo, a parcela referente a diferença reduzirá o patrimônio líquido.
Analogamente, a liquidação de um passivo provocará uma variação mista: compensativa e modificativa de receita ou de despesa.
Se a dívida for liquidada por um valor superior ao registrado pela contabilidade, o valor pago a mais modificará negativamente o patrimônio líquido. Neste caso, a redução do passivo, provocada pelo valor contábil da dívida liquidada, será compensada por uma redução de igual valor do ativo.
No caso de uma liquidação de dívida, por um valor inferior ao contabilizado, o valor de compensação será osaldo liquidado. A diferença ou desconto obtido, será uma variação modificativa da receita.
OS ASPECTOS FINANCEIROS E ECONÔMICOS DAS TRANSAÇÕES
As operações de negócio de uma empresa apresentam dois aspectos que são vitais para a contabilidade: aspectos financeiros e econômicos.
De uma maneira geral podemos dizer que as empresas compram e / ou fabricam e vendem coisas e, também, prestam serviços. E para realizar tais atividades elas incorrem em despesas.
Nas transações relativas à sua atividade de compra e / ou fabricação de produtos, só aparece o lado financeiro da operação, o qual é registrado pelas contas patrimoniais (caixa, estoque, fornecedores, etc.). Por exemplo, a compra de estoques, pela empresa, para revenda, provoca apenas mudança na sua situação financeira. Isto é, a empresa, depois desta operação, tem mais estoque e menos caixa ou mais dívida. E, portanto, a situação econômica dela não foi alterada.
Já, as operações que dizem respeito à venda, receitas e despesas provocam mudanças na posição financeira e econômica da empresa. Se por um lado os aspectos financeiros são registrados pelas contas patrimoniais, pelo outro os aspectos econômicos são registrados pelas contas de resultados (vendas, receitas, custos e despesas).
Para maiores esclarecimentos vejamos, os exemplos a seguir:
Exemplo 1
A venda de estoque à vista ou a prazo, por um valor diferente do custo dele, provoca mudança na posição econômico-financeira da empresa. Suponhamos uma venda por $ 100.000 de um estoque comercializado por $80.000. A mudança na posição financeira acontecerá da seguinte maneira: a empresa terá mais $1000.000 no caixa ou em duplicatas a receber (se a venda for a prazo) e $100.000 a menos no estoque. E a alteração na posição econômica será assim: realizou uma venda de $1000.000 cujo foi $80.000 gerando, desta maneira, um lucro de $20.000.
Exemplo 2
Imaginemos uma despesa de energia no valor de $20.000. A mudança na posição financeira ocorrerá do seguinte modo: A companhia terá menos $20.000 no caixa, se a despesa for paga à vista, ou mais $20.000 em contas a pagar, se a despesa não for paga à vista. E alteração econômica será deste modo: a empresa consumiu energia, portanto, uma despesa que afetará negativamente o seu resultado econômico e que, conseqüentemente, modificará o seu patrimônio líquido.
Podemos observar ainda, que os aspectos financeiros das operações são registrados imediatamente pelo balanço, alterando o patrimônio líquido (Bens + Direitos – Obrigações). Os aspectos econômicos, contudo, apesar de serem também registrados imediatamente, só alteram o patrimônio líquido contábil, quando da apuração dos resultados econômicos.
APURAÇÃO DO RESULTADO ECONÔMICO
Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas pessoas que começam a ter contato com a ciência contábil é entender quando uma receita ou despesa deve ser considerada para apuração do resultado econômico de um determinado período.
A Lei 6.404 trata deste assunto e estabeleceu no parágrafo 1º do art. 187 o seguinte:
§ 1º - Na determinação do resultado do exercício serão computados:
as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e
os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos correspondentes a estas receitas e rendimentos.
Na realidade, essas conceituações legais foram inspiradas, basicamente, em dois princípios da contabilidade:
Princípio da realização da Receita
Princípio da Contraposição de Receitas e Despesas.
PRINCÍPIOS DA REALIZAÇÃO DA RECEITA
De acordo com este princípio, as receitas são reconhecidas no exercício em que os bens e serviços foram vendidos e entregues, à vista ou a prazo.
A venda de mercadorias, ou serviço, que não for entregue no mesmo exercício, será considerada como Adiantamento de Cliente e só será considerada como realizada, no exercício em que for entregue.
PRINCÍPIO DA CONTRAPOSIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS
Por este princípio, para toda e qualquer receita considerada como realizada dever-se-á registrar, no mesmo período, todos os custos e despesas referentes a ela.
COMPETÊNCIA DO EXERCÍCIO
A contabilidade tem dois regimes para apuração de resultados e regime de caixa e o de competência do exercício.
O regime de caixa considera para apuração de resultados apenas as receitas e despesas que foram realizadas em dinheiro. Obviamente que este regime só pode ser utilizado por empresas individuais e de volume de negócio irrelevante.
O regime de competência do exercício tem um conceito mais abrangente: as receitas, custos e despesas são consideradas para apuração de resultados no período da ocorrência do seu fato gerador e não quando são recebidas ou pagas.
DIFERENÇA ENTRE CUSTO, DESPESA E INVESTIMENTO
É fundamental, para o aprendizado da contabilidade, o entendimento claro dos conceitos de custo, despesa e investimento.
CUSTO
É todo o gasto necessário para o desenvolvimento de um produto. Ou seja, é todo aquele gasto para se fabricar um produto e, sem o qual, ele não se completaria.
Exemplo: Numa fábrica de sapatos o que é custo?
A quantia gasta com couro que está sendo empregada na elaboração do produto;
Os salários pagos a operários que trabalham diretamente na produção de sapatos;
A depreciação das máquinas e equipamentos utilizados diretamente na produção;
A energia consumida por estas máquinas e equipamentos, etc.
A característica principal do custo é que se o produto for vendido haverá um aumento ou diminuição do patrimônio líquido contábil, a depender do valor de venda. Se este for maior que o valor de custo haverá um aumento e se for menor, uma diminuição.
Entretanto se o produto não for vendido, o valor contábil da empresa não será modificado. Neste caso houve apenas uma permuta de ativos (dinheiro por produto) ou uma compensação (dívidas em troca de produtos). Em nenhuma das hipóteses o valor do patrimônio líquido será alterado.
DESPESA
É todo aquele gasto, pago, ou incorrido, relativo a benefícios obtidos ou consumidos.
Exemplos:
Salários pagos ou incorridos – geralmente os salários são pagos ou incorridos após a prestação dos serviços pelos funcionários.
Energia Elétrica – Quando do pagamento da despesa, a energia já foi consumida.
A principal característica da despesa é que ela reduz o valor contábil da empresa, isto é o patrimônio líquido sendo paga ou incorrida. Há um gasto de dinheiro ou assunção de uma dívida devido a benefícios consumidos e, portanto, o patrimônio líquido é reduzido.
INVESTIMENTO
É todo o valor aplicado ou gasto em troca de algo, sobre o qual se espera obter um benefício ou consumo futuro.
Exemplos:
A aquisição de uma máquina: é um investimento porque se espera que ela ajude na fabricação de produtos que serão vendidos com resultados positivos para a empresa.
Aquisição de matérias-primas: É um investimento porque se espera que elas sejam consumidas na fabricação de produtos
A característica principal; d investimento é que a sua aquisição ou aplicação não altera o valor patrimonial da empresa. O que existe é a troca de um ativo, dinheiro, por outro ativo, matéria-prima (por exemplo). Ou a aceitação de uma dívida em troca de um ativo. De qualquer maneira não haverá redução do valor contábil da empresa.
CONTABILIZAÇÃO DOS DIVEROS TIPOS DE RECEITAS
Quando uma empresa é estabelecida o seu patrimônio inicial é registrado pela contabilidade. E daí por diante, conforme vimos, a contabilidade passa a registrar e controlar todas as operações que provocam alteração neste patrimônio, com o objetivo de, periodicamente, apresentar a situação econômico-financeira da empresa, da maneira mais real possível.
Nas suas atividades, a empresa pode obter, basicamente, 3 tipos de receitas, a saber:
Vendas: Operacionais
Não operacionais
Receitas Financeiras
Prestação de Serviços
E a contabilidade registra, estas receitas, de acordo com as características e particularidades de cada tipo.
VENDAS NÃO OEPRACIONAIS
Algumas vezes, por diversosmotivos, a empresa se dispõe a vender ativos que ela adquiriu com o objetivo de possuí-los até o final da vida útil deles, ou mesmo ativos que foram comprados oportunamente, visando um ganho extraordinário. Enfim, produtos que a empresa vende esporadicamente, mas cuja venda não faz parte da atividade normal e/ou operacional da empresa. Estas vendas são consideradas não operacionais.
Vejamos o exemplo a seguir, a título de maior esclarecimento:
Suponhamos uma empresa com o seguinte balanço inicial:
	Balanço Inicial
	Caixa
	10.000
	Capital
	60.000
	Equipamento
	50.000
	
	 
	Total
	60.000
	Total
	60.000
Imaginemos, agora, que por um motivo qualquer esta empresa, vendeu este equipamento, que ela havia comprado para ajudá-la a atender os seus objetivos sociais, por $ 65.000, à vista.
Vejamos agora, como a contabilidade registraria tal tomada de decisão:
D- Caixa				65.000
C- Equipamento			50.000
C- Resultado não Operacional	15.000
Evidentemente, como este tipo de transação acontece com pouca freqüência, e não constitui uma atividade relevante da empresa, estas informações contidas, neste lançamento, são plenamente satisfatórias. E o balanço inicial se transformaria no seguinte balancete:
	Balanço Inicial
	Caixa
	75.000
	Capital
	60.000
	
	
	Resultado não Oper.
	15.000
	Total
	75.000
	Total
	75.000
Conforme podemos observar, este balancete não informa o valor da venda do equipamento, nem o seu custo. Informa apenas o resultado da transação. Dado o caráter de extraordinariedade da operação, estas informações são suficientes.
VENDAS OPERACIONAIS
Diz-se que uma venda é operacional quando o ativo vendido é um produto que a empresa fabricou com o objetivo de vendê-lo, ou o adquiriu para revendê-lo.
Neste caso, como a venda é operacional, isto significa que elas serão constantes e volumosas e, sendo assim, é necessário que a contabilidade as registre de maneira que permita fornecer todas as informações que serão necessárias para o devido controle delas.
Assim sendo, a contabilidade usa de um artifício contábil para registrá-las. Vejamos isto no exemplo a seguir:
Imaginemos uma empresa com o seguinte balanço inicial:
	Balanço Inicial
	Caixa
	10.000
	Capital
	60.000
	Estoque
	50.000
	
	 
	Total
	60.000
	Total
	60.000
Suponhamos ainda, que todo o estoque foi vendido por $ 70.000 à vista, e vejamos como a contabilidade registraria tal fato. Primeiramente ela registraria as vendas, da seguinte forma:
D- Caixa
C- Vendas				 70.000
Em seguida, ela transformaria o valor do estoque vendido num registro de custo das mercadorias vendidas, do seguinte modo:
O lançamento contábil desta operação foi assim:
D- Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
C- Estoque					 50.000
Com estes lançamentos contábeis o balanço inicial se transformaria no seguinte balancete:
	Balancete
	Caixa
	80.000
	Capital
	60.000
	CMV
	50.000
	Vendas
	70.000
	Total
	130.000
	Total
	130.000
Assim, podemos observar as vantagens desta maneira de contabilização, em relação à anterior. Através dela, sabemos qual é o montante das nossas vendas, em qualquer momento, assim como, qual o custo delas. E finalmente, com uma simples operação aritmética, podemos determinar o lucro bruto (vendas – CMV) do momento.
RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
As receitas provenientes de prestação de serviços, (operacionais ou não), tem características diferentes das anteriores. Não há troca nem aplicação de dinheiro e, portanto, o patrimônio da empresa terá uma variação igual ao valor do serviço prestado. Evidentemente que o patrimônio líquido será, também, afetado pelas despesas relativas a prestação de serviços. Contudo, isto não é uma característica somente deste tipo de receitas, mas de todos os outros tipos, também.
Vejamos o tratamento contábil dado a este tipo de receita, através do exemplo seguinte.
Suponhamos uma empresa prestadora de serviços cio o seguinte balanço inicial:
	Balanço Inicial
	Caixa
	60.000
	Capital
	60.000
	Total
	60.000
	Total
	60.000
Imaginemos que ela, durante o exercício, prestou serviços no valor de $20.000. Desta maneira, ao final do exercício o seu balancete seria apresentado da seguinte maneira:
	Balanço Final
	Caixa
	80.000
	Capital
	60.000
	
	
	Prestação de Serviços
	20.000
	Total
	80.000
	Total
	80.000
E o lançamento contábil efetuado, foi o seguinte:
D- Caixa
C- Prestação de Serviços			20.000
Evidentemente, esta maneira de contabilizar as receitas provenientes de prestação de serviços atende as características deste tipo de operação.
RECEITAS FINANCEIRAS
Este tipo de receita, provenientes de aplicações financeiras difere substancialmente das descritas anteriormente. Neste caso, não há troca ou permuta. O dinheiro é aplicado por um determinado período e ao final deste ele retorna acrescido do rendimento. Vejamos como a contabilidade registra esta operação no exercício seguinte.
Suponhamos uma empresa com o seguinte balanço inicial:
	Balanço Inicial
	Caixa
	10.000
	Capital
	60.000
	Titulo
	50.000
	
	 
	Total
	60.000
	Total
	60.000
Suponhamos ainda, que este titulo será resgatado no final do período por $ 60.000. Sendo assim, no final deste período o balancete, desta empresa, terá a seguinte apresentação:
	Balanço Final
	Caixa
	70.000
	Capital
	60.000
	Titulo
	
	Receita Financeira
	10.000
	Total
	70.000
	Total
	70.000
REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA, A. G. Contabilidade financeira para executivos. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1998.
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