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Peixes12
 Capítulo
A carne de peixe é rica em proteínas: um filé de 100 g contém cerca de 20 g de pro-
teínas, quantidade que equivale ao valor proteico de uma coxa de galinha ou três ovos.
Ao comprar peixe em feiras ou mercados, é importante observar o seguinte: os 
olhos devem estar brilhantes, as escamas não devem se desprender com facilidade 
e a carne deve ser firme ao toque. Ao levantar os opérculos, as brânquias devem 
estar bem vermelhas. Esses cuidados são necessários pois o peixe tem uma carne 
facilmente perecível.
O peixe deve ser consumido fresco, ou então conservado no congelador.
12.1 Peixes de Cananeia 
(SP), foto de julho de 2013.
 A questão é
Que adaptações à vida aquática podem ser observadas na parte externa do 
corpo dos peixes? Como esses animais respiram dentro da água? Quais os 
dois tipos de esqueletos encontrados nos peixes? E a fecundação, ocorre 
sempre na água?
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1 O corpo dos peixes
Os peixes, assim como os demais vertebrados, possuem 
um esqueleto interno com uma coluna vertebral. A maioria dos 
peixes possui esqueleto formado por ossos e pertence à clas-
se dos osteíctes. Veja exemplos desses peixes na figura 12.2.
Osteícte vem de osteon, que 
significa ‘osso’, e ichthyes, 
que significa ‘peixe’.
12.2 Alguns peixes 
ósseos encontrados no 
litoral brasileiro com 
características 
interessantes.
Moreia. O corpo é alongado, semelhante ao de uma cobra (mede de 1 m a 1,5 m 
de comprimento e ocorre em toda a costa brasileira).
Poraquê, ou peixe-elétrico (2 m de comprimento), encontrado na Amazônia e em 
Mato Grosso; suas descargas elétricas paralisam os peixes de que se alimenta.
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Linguado. O corpo é 
achatado; vive no fundo do 
mar, camuflado. Os dois 
olhos ficam no lado de cima 
do corpo (de 30 cm a 50 cm 
de comprimento).
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Peixe-voador (mede de 25 cm a 40 cm de comprimento), 
com nadadeiras que lhe permitem planar fora da água.
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G. 
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/Photor
esearchers, Inc./Latinstock
Cavalo-marinho macho com ovos no 
abdome (até 20 cm de comprimento).
165Unidade 3 • O reino animal
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Condricte vem de 
chondros, que quer dizer 
‘cartilagem’, e ichthyes, 
que significa ‘peixe’. 
Condrictes são, 
portanto, os peixes 
cartilaginosos, ou seja, 
que possuem esqueleto 
de cartilagem.
Mas existem também peixes que têm o esqueleto de carti-
lagem (tecido de sustentação mais mole que o osso, encontrado, 
por exemplo, na orelha e no nariz dos seres humanos). Esses 
peixes, representados pelos tubarões e pelas raias, formam a 
classe dos condrictes. Veja a figura 12.3.
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
Norbert Wu/Minden Pictures/Latinstock
Tubarão-lixa (Ginglymostoma cirratum; 
atinge até 4 m de comprimento).
Foto de quimera (até 1 m de 
comprimento).
Tubarão-marrom 
(Carcharhinus plumbeus; 
de 1,3 m a 2 m 
de comprimento).
12.3 Alguns condrictes encontrados no litoral brasileiro.
Muitas raias apresentam espinhos com peçonha 
na cauda (50 cm a 1 m de comprimento).
Brandon D. Cole/Corbis/Latinstock
Mas existem também peixes que têm o esqueleto de carti-
lagem (tecido de sustentação mais mole que o osso, encontrado, 
por exemplo, na orelha e no nariz dos seres humanos). Esses 
peixes, representados pelos tubarões e pelas raias, formam a 
. Veja a figura 12.3.
Norbert Wu/Minden Pictures/Latinstock
Carcharhinus plumbeus; 
Muitas raias apresentam espinhos com peçonha 
na cauda (50 cm a 1 m de comprimento).
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Os peixes por fora
Todos os peixes são aquáticos e apresentam no corpo uma série de adaptações 
à vida na água. Veja a figura 12.4.
12.4 O formato do 
corpo e a presença de 
nadadeiras são 
características 
importantes para a vida 
aquática.
opérculo
nadadeiras dorsais
abertura do ânus
nadadeira anal
escamas
nadadeiras pélvicas
nadadeira peitoral
nadadeira caudal
narina
olho
boca
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A água opõe mais resistência ao movimento do corpo do que o ar. A forma hi-
drodinâmica (corpo alongado e achatado lateralmente) da maioria dos peixes é justa-
mente uma adaptação à vida aquática, pois diminui a resistência da água e facilita o 
deslocamento do animal.
Outras adaptações à vida aquática são as nadadeiras e a cauda. Auxiliadas pelos 
movimentos sinuosos e ondulantes do corpo, elas impulsionam o peixe, dão equilíbrio 
e servem de freio para o movimento.
Quase todos os peixes têm o corpo coberto por pequenas lâminas, chamadas de 
escamas. Elas são voltadas para a parte de trás do corpo do animal e encaixadas umas 
nas outras como as telhas de um telhado. 
Os peixes por dentro
Quase todos os peixes possuem mandíbulas ou maxilas — peças de osso ou 
cartilagem, geralmente com dentes, com as quais o peixe morde e mastiga o alimento. 
Assim como os outros vertebrados, eles têm um crânio e uma coluna vertebral que dá 
sustentação ao corpo. Veja a figura 12.5. 
12.5 Esqueleto de peixe 
(linguado; seu 
comprimento varia de 
30 cm a 50 cm). Observe 
a coluna vertebral.
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As escamas são 
cobertas por um líquido 
grosso (muco), 
produzido por glândulas 
da pele (é por isso que o 
peixe escorrega 
facilmente quando 
tentamos segurá-lo). 
O muco protege o peixe 
contra parasitas.
Além de proteger o 
peixe, as escamas e o 
muco deixam o corpo 
dele bem liso, o que 
diminui o atrito com a 
água. Como se vê, as 
escamas e o muco 
também são adaptações 
à vida aquática.
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O tubo digestório dos peixes possui duas aberturas (boca e ânus) e glândulas 
digestórias: o fígado e o pâncreas. Nos peixes ósseos, o tubo digestório termina no 
ânus. Nos peixes cartilaginosos, termina em uma abertura única, a cloaca, que serve 
também para os sistemas excretor e reprodutor. Veja a figura 12.6. 
coluna vertebral
bexiga natatória
bexiga urináriagônadaestômago
fígado
faringe
coração
brânquias
cérebro
medula espinal
boca
intestino ânus
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12.6 Órgãos internos 
dos osteíctes. (Esquema 
simplificado. Cores 
fantasia.)
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Você sabe dizer como o peixe consegue respirar dentro da água?
Os peixes respiram por brânquias (também chamadas de guelras), que são lâmi-
nas finas e cheias de pequenos vasos sanguíneos. A água, que contém oxigênio dis-
solvido, entra pela boca do peixe e sai por aberturas existentes na faringe, as fendas 
branquiais.
Ao sair, a água entra em contato com as brânquias. O oxigênio da água passa 
então para o sangue, e o gás carbônico passa do sangue para a água, que sai do corpo. 
Veja a figura 12.7.
12.7 Respiração branquial nos osteíctes: a água penetra na boca e passa 
pelas brânquias, formadas por filamentos sustentados pelos arcos 
branquiais por onde o sangue circula, recebendo o oxigênio da água e 
eliminando o gás carbônico. A água com gás carbônico é eliminada através 
do opérculo. (Os elementos ilustrados não estão na mesma escala; cores 
fantasia.)
brânquias
fluxo de água 
Foto de brânquias, 
sob o opérculo.
Fabio C
olombini/Acervodo fotógrafo
168 Capítulo 12 • Peixes
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Nos peixes ósseos, o bombeamento da água é auxiliado por uma 
espécie de tampa, o opérculo, que cobre as brânquias. Quando a água en-
tra pela boca do peixe, o opérculo está fechado. Depois, a boca se fecha, os 
opérculos se abrem e a água é forçada a sair, passando pelas brânquias. 
Reveja a figura 12.7.
Alguns peixes que nadam rapidamente, como o atum e o tubarão-
-branco, usam o próprio impulso do corpo para fazer a água entrar pela boca 
e passar pelas brânquias.
Existe um grupo de peixes, porém, que possui pulmão: são os peixes 
pulmonados. Esses peixes possuem brânquias reduzidas, insuficientes para 
a sua respiração. Faz parte desse grupo a piramboia, peixe que pode medir 
mais de 1 metro de comprimento e é encontrado na América do Sul. Na épo-
ca das secas, a piramboia escava tocas no leito seco dos rios, respirando 
apenas pelo pulmão. No Brasil, esse peixe aparece na Amazônia e em Mato 
Grosso. Veja a figura 12.8.
A maioria dos peixes ósseos possui um órgão chamado de bexiga 
natatória. Trata-se de um saco que armazena gás e pode aumentar ou 
diminuir de volume. A bexiga natatória ajuda o peixe a flutuar, permitindo 
que ele mantenha o equilíbrio em diferentes profundidades sem fazer mui-
to esforço. 
Os peixes cartilaginosos não possuem bexiga natatória, mas seu fígado acu-
mula gordura, o que ajuda na flutuação.
Os peixes possuem um coração com duas cavidades: um átrio e um ventrí-
culo. Quando se contrai, o coração manda sangue cheio de gás carbônico para as 
brânquias. Nas brânquias, o gás carbônico do sangue passa para a água, e o oxigênio 
contido nelas passa para o sangue, que se transforma em sangue oxigenado.
O sangue oxigenado é levado para todo o corpo, deixando o oxigênio nas célu-
las e recebendo delas o gás carbônico. Esse sangue, rico em gás carbônico, volta ao 
coração para ser bombeado para as brânquias. Observe a figura 12.9.
A excreção é feita por um par de rins, que retira do sangue do animal as subs-
tâncias tóxicas (como a amônia) produzidas pelas células do corpo e regula a quan-
tidade de água e de sais minerais eliminados pela urina.
12.8 Um peixe com pulmão, a 
piramboia (Lepidosiren paradoxa; 
chega a 1,20 m de comprimento).
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12.8 Um peixe com pulmão, a 
piramboia (Lepidosiren paradoxa; 
chega a 1,20 m de comprimento).
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Piramboia vem da língua 
tupi: pi’rá, que significa 
‘peixe’, e mboy, ‘cobra’.
aorta dorsal
brânquias
aorta ventral
ventrículo átrio veia
capilares
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12.9 Esquema simplificado da circulação dos peixes. As estruturas representadas em vermelho levam 
sangue rico em oxigênio para as partes do corpo. As representadas em azul levam sangue pobre em oxigênio 
para as brânquias. (Os elementos da ilustração não estão na mesma escala. Cores fantasia.)
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Como outros vertebrados, os peixes têm órgãos para a visão, a audição, o 
olfato, o tato e o paladar.
Os olhos são semelhantes aos dos demais vertebrados e permitem a forma-
ção de imagens. O olfato costuma ser bem desenvolvido. Nas narinas, na boca e 
em outras partes do corpo, há receptores químicos que acusam a presença de 
partículas dissolvidas na água.
Por baixo da pele, em cada lado da cabeça e do corpo, os peixes possuem uma 
linha — chamada de linha lateral — formada por canais que se comunicam com o 
exterior por pequenos poros. A linha lateral capta vibrações na água e indica que 
há outros animais nas proximidades.
O sistema nervoso dos peixes, formado pelo encéfalo (protegido pelo crânio) e 
pela medula espinal (protegida pela coluna vertebral), recebe os estímulos captados 
pelos órgãos dos sentidos. Ele envia mensagens para os músculos do corpo, levan-
do-os a se contrair. Desse modo, controla as reações do animal aos estímulos.
A temperatura do corpo da maioria dos peixes acompanha mais ou menos a 
temperatura da água: quando ela está mais quente, a temperatura do corpo desses 
animais aumenta; quando esfria, a temperatura diminui. Por isso, dizemos que 
esses animais são ectotérmicos, isto é, seu corpo é aquecido com fontes externas 
de calor. 
No capítulo 15 você vai ver que as aves e os mamíferos mantêm a tempera-
tura do corpo constante, independentemente da temperatura ambiente. São, por 
isso, chamados endotérmicos. 
2 A reprodução dos peixes
Na maioria dos osteíctes, as fêmeas e os machos lançam os gametas (esper-
matozoides e óvulos) na água. O encontro do espermatozoide com o óvulo se dá fora 
do corpo da fêmea. Esse tipo de fecundação é chamado de fecundação externa.
Em geral, um grande número de gametas é produzido, porém muitos se perdem 
na água, sem que ocorra o encontro entre eles. Além disso, muitos filhotes são de-
vorados assim que se formam.
Em algumas espécies ocorre a fecundação interna: os espermatozoides são 
depositados dentro do corpo da fêmea, onde ocorre a fecundação do óvulo. Nesse 
caso, depois da fecundação, as fêmeas lançam o ovo na água com uma reserva de 
alimento. 
O embrião se desenvolve fora do corpo da mãe, à custa dessa reserva de ali-
mento. Essas espécies são chamadas de ovíparas.
Em outras espécies, o embrião permanece no corpo da mãe e se alimenta das 
reservas nutritivas do ovo. Nesse caso, o filhote sai do corpo da mãe completamen-
te formado. São as espécies chamadas de ovovivíparas, que incluem a maioria dos 
tubarões e algumas espécies de osteíctes.
Em alguns casos, o embrião se desenvolve dentro do útero e recebe alimento 
diretamente do sangue da mãe, por meio de um órgão chamado de placenta. Essas 
espécies, chamadas de vivíparas, são encontradas também entre os tubarões.
Do ovo da maioria dos peixes sai um filhote parecido com o adulto: é o alevino.
Ectotérmico vem de 
ectos, que quer dizer 
‘fora’, e thermos, ‘calor’.
Ovíparo é um termo de 
origem latina: ovi quer 
dizer ‘ovo’, e parere, ‘dar 
à luz’.
Ovovivíparo vem de 
vivus, uma palavra de 
origem latina que 
significa ‘vivo’. Portanto, 
ovovivíparos são os 
animais que dão à luz 
ovos com filhotes já 
formados.
Como você verá mais 
adiante, isso acontece 
também com os 
anfíbios e os répteis.
Nós, os mamíferos, 
também somos, quase 
todos, vivíparos.
170 Capítulo 12 • Peixes
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3 A evolução dos peixes
Os fósseis mais antigos de peixes datam de cerca de 500 
milhões de anos. Esses peixes eram desprovidos de mandíbulas 
e pertenciam ao grupo dos ostracodermos. Eles foram suplanta-
dos pelo grupo dos placodermos, que possuíam mandíbulas e uma 
armadura óssea.
Ainda hoje existem peixes sem mandíbulas, que pertencem ao grupo dos agna-
tos. Nesse grupo se encontram as lampreias (figura 12.11). Quando a lampreia se ali-
menta de outros peixes, sua boca funciona como uma ventosa: ela gruda na presa, faz 
um buraco em sua pele com a língua e suga seu sangue.
12.11 Na foto, lampreia 
(Petromyzon marinus; 
cerca de 1 m de 
comprimento) e 
ilustração da boca do 
animal mostrando os 
dentes e a língua. 
(Ilustração sem escala. 
Cores fantasia).
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e pertenciam ao grupo dos ostracodermos. Eles foram suplanta-
dos pelo grupo dos placodermos, que possuíam mandíbulas e uma 
armadura óssea.
Ainda hoje existem peixes sem mandíbulas, que pertencem ao grupo dos agna-
tos. Nesse grupo se encontram as lampreias (figura 12.11). Quando alampreia se ali-
Bothriolepis 
(cerca de 30 cm de comprimento).
Cladoselache: 
media cerca de 1 m.
Christian Darkin/SPL/Latinstock
Christian Darkin/SPL/Latinstock
Pteraspir 
(cerca de 20 cm 
de comprimento).
Dorling Kindersley/Getty Im
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Hemicyclaspis (cerca de 13 cm 
de comprimento).
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12.10 Alguns representantes dos 
ostracodermos (gêneros Hemicyclaspis e 
Pteraspir) e dos placodermos (gêneros 
Dunkleosteus, Cladoselache e 
Bothriolepsis). (Os elementos da figura não 
estão na mesma escala; cores fantasia.)
Dunkleosteus: 
um dos maiores 
peixes da época; 
chegava a medir 9 m.
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Nas rochas da região do Ceará há muitos fósseis 
de peixes. Veja a figura 12.12.
Nas rochas da região do Ceará há muitos fósseis 
12.12 Fóssil de peixe (Vinctifer comptoni) 
de 110 milhões de anos encontrado na 
Chapada do Araripe (CE).
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Ciência e ambiente
O fim da pesca em escala industrial
A pesca em escala industrial utiliza grandes 
navios pesqueiros capazes de localizar os cardu-
mes por satélite ou sonar. Esses navios fazem a 
captura com imensas redes de arrasto e já reduziu 
em 90% a quantidade dos grandes peixes. Isso sig-
nifica que esses peixes estão sendo explorados 
acima de sua capacidade de reprodução. Veja a fi-
gura 12.13.
Essas grandes redes de arrasto, puxadas junto 
ao fundo do mar, acabam capturando também mo-
luscos, crustáceos e peixes pequenos demais para o 
comércio. O impacto das redes é muito grande, fazendo 
com que esses animais morram esmagados na própria 
rede ou no convés dos barcos muito antes de serem 
devolvidos ao mar. É por essas razões que a pesca em 
escala industrial deve ser repensada.
A pesca pode e deve ser feita; afinal, os peixes 
são importantes para a alimentação humana. Mas tem 
de ser realizada de forma controlada, sem ameaçar as 
espécies. 
Muitos cientistas pedem que a indústria de pesca 
diminua em 50% o número de peixes capturados por 
ano e que sejam estabelecidas áreas de proteção ma-
rinha ao redor do mundo. É preciso também estimular 
a aquicultura — criação de peixes, moluscos, crustá-
ceos, rãs e algas.
12.13 Barco pesqueiro no mar do Norte, equipado com redes de arrasto (nas laterais do barco). Enquanto o barco se desloca, arrasta as 
redes atrás dele, capturando peixes e outros animais marinhos.
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Mundo virtual
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais
<www.icmbio.gov.br/cepta>
Site que apresenta notícias, imagens e projetos relacionados à pesquisa e conservação de 
peixes continentais brasileiros.
Coleção Ictiológica do LEP
<specify.lep.ufrrj.br/>
Banco de dados do Laboratório de Ecologia de Peixes da Universidade Federal Rural do Rio 
de Janeiro, que contém aproximadamente 3 000 lotes de cerca de 300 espécies de peixes de 
habitat dulcícolas, salobros e marinhos dos estados do sudeste brasileiro.
Acesso em: jan. 2015.
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172 Capítulo 12 • Peixes
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Atividades
De olho no filme 
 Veja o filme (animação) Procurando Nemo (Dis-
ney/Pixar, 2003, tempo de duração: 101 minutos).
 O filme conta a história de um peixe-palhaço que 
se torna órfão de mãe e cujo pai, Marlin, assume 
sua educação. 
 Chega o momento de Nemo ir à escola e o peixi-
nho, desobedecendo seu pai, vai mais longe do 
que deveria, nas águas distantes do recife de co-
ral onde a comunidade vivia, e é caçado por um 
mergulhador que o coloca em um aquário. Seu 
pai, então, empreende uma longa viagem pelo 
oceano enfrentando todos os medos que tinha 
de sair das proximidades de sua casa, para achar 
seu filho. Nessa viagem é ajudado por vários bi-
chos, inclusive um grupo de tartarugas marinhas. 
Também enfrenta a travessia através de um gru-
po de perigosas águas-vivas. 
 Enquanto isso, Nemo participa da vida do aquário, 
onde os seres que ali habitam são tristes e querem 
voltar para o mar.
Trabalhando as ideias do capítulo 
 1. No caderno, identifique as afirmativas corretas.
 a ) Tubarões e raias possuem esqueleto ósseo.
 b ) A maioria dos peixes respira por pulmões.
 c ) As brânquias absorvem o oxigênio dissolvido 
na água e eliminam o gás carbônico do sangue 
dos peixes.
 d ) A maioria das espécies de peixes pertence ao 
grupo dos osteíctes.
 e ) Ao contrário dos artrópodes, o esqueleto dos 
peixes é interno (endoesqueleto).
 f ) Na fecundação externa, o encontro do esper-
matozoide e do óvulo ocorre fora do corpo da 
fêmea, na água.
 g ) Tubarões e raias possuem opérculo.
 h ) Os peixes ovíparos apresentam fecundação 
interna.
 i ) Os peixes não possuem sistema circulatório.
 j ) Alguns peixes possuem pulmões.
 2. Cite duas adaptações do corpo dos peixes que 
facilitam o seu deslocamento na água.
 3. Como a piramboia, um peixe brasileiro, consegue 
respirar mesmo nas épocas em que o rio seca?
 4. Um aluno afirmou que mesmo que a temperatura 
da água aumente de 4 oC para 24 oC, a temperatu-
ra do corpo do peixe não varia. O aluno está certo? 
Justifique sua resposta. 
 5. Qual é a diferença entre um peixe ovíparo e um 
peixe vivíparo?
 6. Sobre a bexiga natatória, responda:
 a ) Qual a função da bexiga natatória na maioria 
dos peixes?
 b ) Peixes cartilaginosos não possuem bexiga, 
mas acumulam gordura no fígado. Como esse 
fato compensa a ausência da bexiga natatória? 
 7. Na foto abaixo de um robalo (até 1 m de compri-
mento), podemos ver um órgão que aparece como 
uma faixa mais escura ao longo do corpo do animal. 
Como se chama esse órgão e qual sua função?
12.14 Robalo (Centropumus undecimalis; 
até 1 m de comprimento).
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173Unidade 3 • O reino animal
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Pense um pouco mais 
 1. Se os peixes forem consumidos em uma veloci-
dade maior que a de sua reposição natural, seus 
estoques podem diminuir e até chegar ao fim. Por 
isso, é importante que certo número de filhotes 
consiga crescer e se reproduzir. Em alguns casos, 
porém, a pesca é feita com imensas redes de ar-
rasto, que pegam peixes pequenos demais para o 
comércio. Esses peixes acabam morrendo esma-
gados na própria rede ou no convés dos navios 
antes de serem devolvidos ao mar. Alguns países 
proíbem o uso de redes com malhas muito finas 
na pesca. Qual é a razão dessa proibição?
 2. Por que os peixes de fecundação externa produ-
zem, em geral, mais óvulos que os de fecundação 
interna?
 3. Se taparmos as narinas dos peixes, eles deixam 
de respirar e morrem? Justifique sua resposta.
 4. A foto ao lado mostra camarões (cerca de 7 cm) 
comendo restos de comida na boca de uma 
moreia (1 m a 1,5 m de comprimento). Que tipo 
de relação ecológica é essa? Que benefícios ela 
traz ao peixe e aos camarões?
12.15 Camarões (Lysmata amboinensis) e moreia 
(Gymnothorax ocellatus) nas ilhas Salomão, Oceania.
 5. Muitos peixes apresentam a parte dorsal escura e a 
ventral, clara. Por que isso constitui uma boa camu-
flagem no ambiente aquático? (Imagine-se no fun-
do da água olhando para cima e imagine-se também 
na parte de cima, agora olhando para baixo.)
Atividade em grupo 
 Escolham um dos temas a seguir para realizar a 
pesquisa. Para os dois primeiros temas, peçam o 
auxílio dos professores de Ciências e de Geografia. 
Depois que todos os grupos tiverem realizado suas 
pesquisas,organizem uma exposição para a co-
munidade escolar.
 1. Façam uma lista de peixes marinhos que se 
encontram nas águas brasileiras. Escolham al-
guns deles e pesquisem, em livros, CD-ROMs, 
na internet, etc., as características interessan-
tes que eles possuem.
 2. Façam uma lista com alguns peixes encontra-
dos nos rios e lagos brasileiros. Escolham al-
guns deles e pesquisem, em livros, CD-ROMs, 
na internet, etc., as características interessan-
tes que eles possuem.
 Depois de ver o filme:
 1. Tente identificar os grupos a que pertencem os 
animais que aparecem no filme.
 2. Pesquise que tipo de troca de favores ocorre 
entre os peixes-palhaços e as anêmonas. Pes-
quise também como esses peixes conseguem 
viver entre as anêmonas, que produzem uma 
toxina em seus tentáculos, sem se queimar.
 3. Tem uma cena em que o tubarão Bruce sente 
o cheiro do sangue e vai atrás de Marlin e Dore. 
Tubarões realmente podem sentir o cheiro do 
sangue?
 4. Em um certo momento do filme, uma lula lança 
jatos de tinta. Por que ela faz isso? Qual a van-
tagem disso para a lula?
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174 Capítulo 12 • Peixes
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Aprendendo com a prática 
 Reúnam-se em grupos e, com a ajuda do profes-
sor, sigam as orientações abaixo para realizar esta 
atividade.
Primeira etapa
 1. Cada membro do grupo deve ter em mãos lápis, 
borracha e papel de desenho.
 2. Individualmente, desenhem — sem consultar ne-
nhuma fonte que não seja a memória — um peixe 
visto externamente. Não se esqueçam de indicar 
o nome das partes principais do corpo do animal 
(escrevam os nomes de que se lembrarem).
 3. Guardem o desenho e preparem-se para a próxima 
tarefa: trabalhar com o peixe real.
Segunda etapa
Material
 • Um peixe fresco, que pode ser adquirido em mer-
cados municipais ou em feiras livres. (Peçam ao 
comerciante um peixe que ainda tenha escamas, 
barbatanas e órgãos internos intactos.)
 • Tesoura de pontas finas ou faca.
 • Luvas de látex.
 • Pinças de dissecção.
 • Panos absorventes (limpos).
 • Uma bandeja retangular de plástico (ou uma forma 
de bolo).
 • Lápis, borracha e papel de desenho.
Procedimentos
 1. O professor vai pôr o peixe deitado lateralmente 
na bandeja. Vocês não devem encostar os dedos 
no animal, pois podem se ferir com as espinhas. É 
melhor tocá-lo com um lápis ou uma espátula de 
madeira.
 2. Observem o peixe e façam um desenho que re-
presente todas as características externas obser-
vadas. Depois, comparem esse desenho com o 
que fizeram anteriormente, de memória, e confi-
ram o que faltou desenhar no primeiro.
 3. Verifiquem se o peixe está fresco (olhos brilhan-
tes e transparentes, brânquias vermelhas, pele 
firme e elástica, que não se desmancha ao ser 
tocada com o lápis ou a espátula, e sem cheiro 
desagradável).
 4. Levantem um dos opérculos com a pinça e obser-
vem as brânquias do animal. Como elas são? Que 
cor elas têm? Por que são dessa cor?
 5. O professor vai enfiar um lápis pela boca do peixe 
e mostrar que ele sai pela abertura das brânquias. 
Por que isso acontece?
 6. O professor vai abrir o ventre do peixe com uma 
tesoura ou uma faca e expor os órgãos internos do 
animal. Procurem identificar alguns órgãos, dese-
nhar o peixe em corte e indicar com legendas os 
órgãos que foram identificados pelo grupo.
 7. Verifiquem se na região em que vocês moram 
existe alguma instituição educacional (universida-
de, museu ou centro de ciências) que trabalhe com 
peixes ou mantenha uma exposição sobre esses 
animais. Se for possível, façam uma visita ao local. 
Outra opção é pesquisar na internet sites de uni-
versidades, museus, etc. que disponibilizem uma 
exposição virtual sobre o tema.
 3. Pesquisem quais são os peixes mais vendidos 
em um supermercado ou uma peixaria. Com-
parem os preços dos diversos peixes com os 
de outros dois alimentos que também são ricos 
em proteínas: o frango e a carne. Pesquisem 
também quais são os sinais de que o peixe está 
fresco e quais devem ser os cuidados para 
conservá-los em casa. Por fim, procurem algu-
ma receita de um prato típico do estado em que 
vocês moram no qual os peixes sejam o prin-
cipal ingrediente.
 4. Pesquisem o que é piracema e como o ser 
humano tem interferido nesse processo 
natural.
175Unidade 3 • O reino animal
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