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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO PROCESSUAL 
PENAL MILITAR
Polícia Judiciária Militar e Inquérito 
Policial Militar
Livro Eletrônico
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Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
Douglas Vargas
Sumário
Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar ................................................................ 4
1. Persecução Penal e IPM ............................................................................................................. 4
2. Competência Específica da Polícia Judiciária Militar .......................................................... 9
3. Inquérito Policial Militar ........................................................................................................... 11
4. Observação de Leitura ..............................................................................................................15
5. Prazos para Finalização do IMP ............................................................................................. 22
Resumo ............................................................................................................................................ 27
Questões de Concurso ................................................................................................................. 30
Gabarito ........................................................................................................................................... 37
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Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
Douglas Vargas
Apresentação
Saudações, querido(a) aluno(a)!
Continuaremos nessa aula o estudo do Direito Penal Militar no âmbito do nosso edital.
Nesse sentido, estudaremos os seguintes tópicos:
• 1. Capítulo da Polícia Judiciária Militar
• 2. Capítulo do Inquérito Policial Militar
Vamos, é claro, iniciar nossa aula contextualizando o assunto, pois sei que é muito confu-
so, para vários alunos, o conceito de Polícia Judiciária Militar. Quase todo candidato já ouviu 
falar do conceito de Polícia Judiciária, mas não no contexto militar, motivo pelo qual tratare-
mos do tema com toda a calma do mundo.
Por fim, gostaria de informar que infelizmente, como ocorre com toda a disciplina de Direito 
Processual Penal Militar, não temos tantas questões da organizadora sobre o tema – mas ire-
mos incluir tantas questões atualizadas e pertinentes ao nosso estudo quanto possível. A lista 
é pequena, mas bastante importante para a absorção do conteúdo. Desejo a todos vocês uma 
excelente sessão de estudos.
Prof. Douglas Vargas
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Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar
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Douglas Vargas
POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR E INQUÉRITO POLICIAL 
MILITAR
1. Persecução Penal e IPM
Existe Inquérito Policial Militar?
E Autoridade Judiciária Militar?
Vamos começar pelo básico: Quando um indivíduo pratica um crime comum, o que acontece?
Um dos fluxos possíveis (e mais comuns) da persecução penal em nosso país seria 
o seguinte:
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Esse é o fluxo básico para os crimes comuns, sendo que a maior parte dos crimes pratica-
dos em nosso país são apurados dessa forma (pois a maioria esmagadora de procedimentos 
que tramitam na justiça são originados de prisões em flagrante).
E como você já pode deduzir do fluxograma acima, temos os seguintes órgãos envolvidos 
na persecução penal:
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Essa parte é tranquila, mas a questão é a seguinte: Sabemos que a Polícia Judiciária (seja 
Civil ou Federal) é responsável por atuar apoiando o judiciário em suas atividades na perse-
cução penal.
É para a polícia judiciária que o magistrado irá enviar os Mandados de Prisão, Mandados de 
Busca e Apreensão, bem como demais ordens de atuação policial, em apoio ao poder Judiciário.
E sendo assim, fica o questionamento: Existe Polícia Judiciária MILITAR?
Afinal de contas, estamos acostumados a ver as Polícias Militares como órgãos com a 
função quase exclusiva de realizar policiamento ostensivo, apresentando situações de fla-
grante às autoridades judiciárias (Delegados da Polícia Civil ou da Polícia Federal, dependen-
do do caso).
Mas o que acontece se o caso for de CRIME MILITAR?
E a resposta, que surpreende a muitos, é que existe sim Polícia Judiciária Militar, a qual é 
responsável por apurar as infrações penais e sua autoria no âmbito castrense.
Crimes militares não são apurados através do Inquérito Policial comum, e sim através do cha-
mado IPM, que tramita na Polícia Judiciaria Militar.
Vejamos o que diz o CPPM:
Exercício da polícia judiciária militar
Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, con-
forme as respectivas jurisdições:
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a) pelos ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em todo o território nacional e fora dele, 
em relação às forças e órgãos que constituem seus Ministérios, bem como a militares que, neste 
caráter, desempenhem missão oficial, permanente ou transitória, em país estrangeiro;
b) pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, em relação a entidades que, por disposição 
legal, estejam sob sua jurisdição;
c) pelos chefes de Estado-Maior e pelo secretário-geral da Marinha, nos órgãos, forças e unidades 
que lhes são subordinados;
d) pelos comandantes de Exército e pelo comandante-chefe da Esquadra, nos órgãos, forças e uni-
dades compreendidos no âmbito da respectiva ação de comando;
e) pelos comandantes de Região Militar, Distrito Naval ou Zona Aérea, nos órgãos e unidades dos 
respectivos territórios;
f) pelo secretário do Ministério do Exército e pelo chefe de Gabinete do Ministério da Aeronáutica, 
nos órgãos e serviços que lhes são subordinados;
g) pelos diretores e chefes de órgãos, repartições, estabelecimentos ou serviços previstos nas leis 
de organização básica da Marinha,do Exército e da Aeronáutica;
h) pelos comandantes de forças, unidades ou navios;
Veja, portanto, que quando estamos diante de crime militar, quem atua é a Polícia Judiciá-
ria Militar – e não a Polícia Civil ou a Polícia Federal, como de costume.
Uma excelente síntese deste conceito está nos ensinamentos de Fabiano Caetano e Maria-
na Lucena, dos quais transcrevemos um breve trecho abaixo:
Polícia Judiciária Militar
“A Polícia Judiciária é um órgão da segurança do Estado que tem como principal função apurar as 
infrações penais e sua autoria por meio da investigação policial [...]
Ao contrário da justiça estadual e federal, que possuem a polícia civil e federal para investigar seus 
feitos, a polícia judiciária militar é exercida pelas autoridades castrenses, conforme suas áreas de 
atuação, que poderão ser delegadas a oficiais da ativa para fins especificados e por tempo limitado.”
O art. 7º do CPPM apresenta, portanto, quem são as autoridades com o poder de exercer a 
função de Polícia Judiciária Militar. Tendo em vista o alto escalão daqueles que possuem tal 
poder (como Comandantes das Forças, chefes de Estado-Maior, entre outros), comumente as 
atribuições são delegadas a outros oficiais da ativa para a realização dos trabalhos.
Na esfera estadual, embora não expressamente previsto no CPPM, quem exerce a função 
de Polícia Judiciária Militar é o Comandante Geral da Corporação e os oficiais que exerçam 
comando ou chefia.
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Por exemplo:
É por esse motivo que quando um Policial Militar pratica um delito em serviço, em regra 
acaba tendo sua conduta apurada através de um IPM, presidido por um Oficial da corporação, 
o qual é encaminhado à Justiça Militar. Veja que não há comunicação de um delito em uma 
delegacia da Polícia Civil – e que a autoridade responsável não será o Delegado de Polícia, mas 
sim seu equivalente na esfera castrense.
Sobre esse assunto, ainda é interessante observar o seguinte:
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Portanto, supondo que um determinado indiciado seja o de maior patente e mais antigo na 
ativa, deverá o ministro competente (na esfera federal) designar oficial da reserva de posto 
mais elevado que o do indiciado para instaurar o IPM.
2. coMPetêncIa esPecífIca da PolícIa JudIcIárIa MIlItar
Já conhecemos a Polícia Judiciária Militar, sua função, e quem a exerce. Você também já 
possui uma ideia geral de quais são as competências de tal órgão (pois sabe que ele atua na 
apuração das infrações penais de cunho militar). Mas resta saber, especificamente, quais ou-
tras atribuições também são exercidas pelas autoridades policiais militares:
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Veja que as atribuições são muito parecidas com as da Polícia Civil – afinal de contas, tra-
ta-se também de atribuições de Polícia Judiciária, apenas atendendo a uma esfera diferente 
(a justiça castrense)!
Em certames anteriores, algumas bancas já afirmaram que as atribuições da Polícia Judiciária 
MILITAR são idênticas as da Polícia Judiciária comum. Essa afirmação está CORRETA!
Isso ocorre, pois, as ATRIBUIÇÕES são idênticas – o que muda é a ESFERA em que tais atribui-
ções irão ser executadas (militar ou comum).
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3. InquérIto PolIcIal MIlItar
Cena do Filme “Questão de Honra, 1992”
Muitos de vocês já devem ter assistido o filme “Questão de Honra”, estrelado por Tom 
Cruise, no qual dois fuzileiros americanos são acusados de ter participado de uma punição 
extraoficial que resultou na morte de um soldado em sua base militar.
No filme, Tom Cruise interpreta o advogado dos fuzileiros, atuando em juízo com o objetivo 
de inocentá-los das acusações e de encontrar o verdadeiro culpado pela morte da vítima.
Fato é que, nesse contexto, estamos falando da persecução penal de um crime militar 
(praticado por militares, contra um militar e dentro de uma base militar). Mas a questão que o 
filme não apresenta é a seguinte: Como começou (ou deveria começar) a persecução penal na 
esfera militar?
Primeiramente, vamos relembrar um dos tópicos da aula passada. O fluxo processual pe-
nal, na esfera COMUM, normalmente segue os seguintes estágios:
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Isso é básico, eu sei. Mas é muito importante relembrar esse conceito (extraído do Direito 
Processual Penal), pois a regra geral para os crimes militares é a mesma: Será instaurado um 
Inquérito Policial Militar (IPM) para a apuração dos crimes militares, porém sob competência 
da Polícia Judiciária Militar, e sendo conduzido por uma autoridade de tal órgão.
Veja que a finalidade é a mesma, e o resultado é o mesmo (o IPM será encaminhado para 
o Poder Judiciário e servirá como base para o oferecimento da denúncia):
Veja, portanto, que o filme Questão de Honra “pula” uma etapa preliminar da persecução 
penal, visto que a narrativa já nos leva para a fase judicial da apuração do delito. Mas como 
você acabou de aprender, via de regra o início da apuração criminal se dá com a instauração 
do inquérito (IPM), sendo que apenas posteriormente adentra-se a fase processual.
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Por exemplo:
Veja como a conduta de John, Rey e Logan é praticamente a mesma (furto, ou seja, subtrair 
coisa alheia móvel) mas varia entre crime militar e crime comum, bem como em relação à 
esfera em que o delito foi praticado (Estadualou Federal).
Mesmo assim, é possível verificar como os procedimentos (o IP e o IPM) são parecidos. 
O nome do procedimento muda, mas a finalidade é a mesma: obter elementos de prova para 
subsidiar a formação da opinião do membro do Ministério Público!
Ótimo. Já sabemos que o IPM é a peça PRELIMINAR instaurada pela Polícia Judiciária Mili-
tar na apuração de um determinado crime militar, e que tal procedimento muito se assemelha 
com o Inquérito Policial Comum. Mas qual o conceito FORMAL para fins de prova?
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Conceito:
“O inquérito policial militar é o conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária (militar) 
com o objetivo de apurar fato que configure crime militar, e de sua autoria, ministrando elementos 
necessários à propositura da ação penal.”
Fabiano Prestes
No mesmo sentido, ainda é obrigatória a leitura do CPPM:
Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure 
crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a 
de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.
Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os exames, perícias e ava-
liações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às 
formalidades previstas neste Código.
Não há dúvida, portanto, quanto às inúmeras semelhanças entre o inquérito policial (IP) e 
o IPM. E é muito importante que você perceba que a principal diferença entre ambos está nas 
autoridades responsáveis por conduzi-los e no seu objeto. Vejamos:
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4. observação de leItura
Em nossa aula introdutória, deixei claro que o estudo do Direito Processual Penal é indispen-
sável para um bom entendimento do Direito Processual Penal Militar. Isso porque grande parte 
das normas são aproveitadas pelo CPPM, que utiliza o CPP de forma subsidiária (até para não 
ter que reescrever tudo que está no CPP e resultar em uma enorme duplicação de normas).
Para você ter uma ideia, o CPPM possui 20 artigos (art. 9º ao 28º) tratando do Inquérito 
Policial Militar). O CPP possui também 20 artigos (art. 4º ao 23º) tratando sobre o Inquérito 
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Policial – e todas as normas ali contidas são aplicáveis subsidiariamente ao inquérito policial 
militar, naquilo em que não conflitarem com o CPPM!
Em termos de Direito Processual Penal e Processual Penal Militar, a leitura dos pontos impor-
tantes de cada Código é OBRIGATÓRIA.
Faça a leitura do texto de lei, principalmente dos capítulos que receberam destaque em nosso 
edital (Art. 7º ao Art. 28º do CPPM).
Início do IPM
Você já sabe que o IPM é a base para a apuração dos crimes militares, nos termos do 
art. 9º do CPPM. Mas como é que se inicia, formalmente, um Inquérito Policial Militar?
A resposta para isso está no art. 10º do CPPM, que também DEVE ser lido:
a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou comando haja ocorrido a infra-
ção penal, atendida a hierarquia do infrator;
Você se lembra que falamos que, na esfera militar, a hierarquia deve ser respeitada? Pois 
olhe aí uma menção à essa característica! A autoridade militar que irá conduzir o IPM deve 
ocupar um posto SUPERIOR ao indivíduo contra quem se está instaurando o procedimento!
b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência, poderá 
ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício;
Como também observamos na aula introdutória, via de regra quem possui a competência 
de polícia judiciária militar são os membros do mais alto escalão – que nem sempre podem 
instaurar e conduzir os IPMs diretamente.
Nesses casos, é permitida a delegação da competência, de modo que tal autoridade irá 
determinar que um outro membro da carreira conduza um determinado IPM – desde que 
também seja respeitada a regra de superioridade hierárquica entre autoridade processante e 
processada.
c) em virtude de requisição do Ministério Público;
O Ministério Público é o titular da ação penal pública, e como muitos de vocês já sabem, 
quem pode o mais, pode o menos. Oras, se o promotor de justiça (ou procurador, dependendo 
da esfera) tem o poder de oferecer a denúncia contra um determinado investigado, é claro 
que este também pode determinar a instauração de IPM para apurar um determinado fato 
criminoso.
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d) por decisão do Superior Tribunal Militar, nos termos do art. 25;
O CPPM prevê, expressamente, a possibilidade de instauração de novo inquérito quando 
surgem novas provas sobre um fato cujo inquérito anterior já foi arquivado, através de deci-
são do STM.
e) a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a represente, ou em virtude de repre-
sentação devidamente autorizada de quem tenha conhecimento de infração penal, cuja repressão 
caiba à Justiça Militar;
Aqui temos a famosa Notitia Criminis, ou Notícia do Crime, na qual a vítima de um crime mi-
litar dá causa para a instauração de Inquérito Policial Militar para apurar um determinado fato.
Do mesmo modo que o indivíduo pode ir à delegacia da Polícia Civil registrar uma ocor-
rência e dar causa à instauração de um Inquérito Policial, o  mesmo também é possível na 
esfera Militar!
f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência de infra-
ção penal militar.
Por fim, temos a possibilidade de que uma sindicância (procedimento administrativo) en-
contre, durante a realização de seus trabalhos, evidências de que houve uma possível infração 
penal – o que resultará na instauração de um IPM.
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Resumindo:
Formas de Instauração do IPM (Art. 10,CPPM)
Sigilo
Sigilo do inquérito
Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome conhecimento o 
advogado do indiciado.
O inquérito – tanto o militar quanto o comum – é um procedimento administrativo sigiloso. 
Embora a administração pública seja regida pela publicidade, excepcionalmente alguns atos 
necessitam de sigilo (tendo em vista o possível dano causado com sua divulgação).
Imagine um inocente que é investigado pela polícia. O mero ato de ser investigado (mesmo 
sendo inocente) já é capaz de gerar efeitos negativos em sua vida – de modo que a manuten-
ção do sigilo até a finalização do procedimento se mostra útil e até mesmo ideal para reduzir 
tal repercussão.
Lembre-se, no entanto, de que o sigilo do inquérito não pode ser oposto ao defensor do in-
vestigado. Tal previsão está tanto na Súmula vinculante 14 do STF quanto no próprio Estatuto 
da OAB, e somente não se aplicará no caso de diligências em andamento que puderem vir a ser 
prejudicadas com sua divulgação.
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Resumindo:
• O inquérito, em regra, é sigiloso;
• O sigilo não se aplica ao Juiz, ao MP e ao Defensor do acusado;
• Medidas excepcionais que possam vir a ser prejudicadas com sua divulgação não serão 
comunicadas ao defensor, enquanto estiverem em execução (como a interceptação te-
lefônica).
Investigação pelo MP
A investigação realizada pela polícia judiciária (seja ela militar ou comum), via de regra é 
conduzida nos autos de um inquérito policial. Isso você já sabe.
Outro ponto que é bastante conhecido pelos alunos trata do fato que o próprio Ministério 
Público também pode investigar, haja vista que quem pode o mais, pode o menos (aquele que 
pode oferecer a denúncia pode também investigar). A diferença é que a investigação do MP é 
realizada através do chamado PIC (Procedimento de Investigação Criminal).
Isso nos leva à seguinte pergunta:
Pode o MP atuar em investigações de crimes militares?
E a resposta é: depende do tribunal citado em sua prova.
Para o STM, é inadmissível a investigação direta pelo MP, o que deve resultar no tranca-
mento da ação penal.
Já o STF considera possível a investigação de qualquer delito pelo parquet.
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E agora, professor? O que faço na hora da prova?
Nesse caso, é melhor optar pela estratégia mais segura. Se o examinador citar expressa-
mente o STM, você irá dizer que tal tribunal entende pela impossibilidade da investigação pelo 
Ministério Público.
Já se o examinador citar o STF ou não especificar o tribunal, se posicione no sentido de 
que é possível sim a investigação pelo MP.
É importante verificar, ainda, se a elaboração da questão foi realizada no âmbito do Direito 
Processual Penal Militar ou no âmbito do Direito Processual Penal comum, haja vista que, no 
âmbito do CPP, não há divergência – a investigação pelo MP é admissível de forma pacífica.
Posto do Infrator
Conforme já mencionamos em nossa aula anterior, existem restrições em relação à instau-
ração do IMP de acordo com a hierarquia do indivíduo que está sendo investigado ou indiciado 
(haja vista a vedação de que o procedimento seja conduzido por uma autoridade de posto 
inferior).
Quando o infrator tem posto superior ao do comandante, diretor ou chefe de serviço em cujo 
âmbito ocorreu a infração penal militar, a regra é a seguinte:
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Este assunto é interessante pois, no curso do IMP, pode acontecer de que a autoridade en-
carregada se depare com dois problemas:
1) O procedimento inicia de forma regular e posteriormente surgem indícios contra 
oficial de posto superior, mais antigo;
2) A autoridade responsável pelo procedimento vir a ficar doente, ser transferida de 
local ou para a reserva (aposentadoria).
Embora sejam casos diferentes, em ambos o procedimento é o mesmo: A autoridade res-
ponsável deverá OFICIAR à autoridade delegante para que suas funções sejam atribuídas a ou-
tro oficial.
No caso em que surgirem indícios contra oficial de posto superior, até que seja designado o 
novo encarregado com posto adequado para a tarefa, o prazo de conclusão do inquérito deve 
ser interrompido.
Já no caso de doença ou transferência da autoridade, o prazo não se interrompe.
Designação do escrivão
Uma vez que o IPM é instaurado, é necessário saber quais são os procedimentos que de-
vem ser realizados pela autoridade. Em primeiro lugar, é responsabilidade do encarregado do 
IMP designar um escrivão, salvo se tal designação já tiver sido feita pela autoridade delegante.
Se o indiciado é oficial, o posto de escrivão será exercido por um segundo ou primeiro 
tenente. Nos demais casos, será exercido por um sargento, subtenente ou suboficial.
Responsabilidades da Autoridade
Uma vez que ocorre a infração penal militar e a autoridade responsável tem notícia dela, 
deve, se possível, realizar algumas diligências (do mesmo modo como ocorre no Inquérito Po-
licial comum). São elas:
1) Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e a situação das 
coisas, enquanto necessário;
2) Apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato.
3) Efetuar a prisão do infrator, em caso de flagrância;
4) Colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas cir-
cunstâncias.
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Uma vez realizados tais procedimentos, o encarregado do inquérito deve ainda:
a) Ouvir o ofendido, o indiciado e as testemunhas;
b) Proceder ao reconhecimento de pessoas, coisas e acareações;
c) Determinar a realização de exame de corpo de delito e de perícias relevantes;
d) Determinar a avaliação e a identificação da coisa subtraída, desviada ou destruída;
e) Proceder às buscas e apreensões;
f) Tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de testemunhas, peritos ou 
do ofendido.
É muito importante perceber a grande semelhança entre o IPM e o IP, nesses casos. Afinal 
de contas, estamos tratando da apuração de uma infração penal militar, que embora atinja 
um bem jurídico diferente e possua uma previsão processual especial, não deixa de ser uma 
infração penal em sua essência – necessitando da realização de diligências muito parecidas 
(senão idênticas) para sua correta apuração.O IPM também admite a reprodução simulada dos fatos, nos mesmos moldes processuais 
penais comuns.
É interessante ainda observar a previsão do art. 14 do CPPM:
Assistência de procurador
Art. 14. Em se tratando da apuração de fato delituoso de excepcional importância ou de difícil elu-
cidação, o encarregado do inquérito poderá solicitar do procurador-geral a indicação de procurador 
que lhe dê assistência.
O artigo 14 trata da chamada assistência do Membro do Ministério Público Militar, a qual 
é uma faculdade do encarregado do IMP em casos de excepcional importância ou difícil 
elucidação.
5. Prazos Para fInalIzação do IMP
O IPM possui um PRAZO especial para sua finalização, que difere dos prazos processuais 
do Inquérito Policial comum. Esse é um tópico muito importante, e você não pode confundir 
esses prazos na hora da prova!
O IMP deve terminar dentro de 20 dias se o indiciado estiver PRESO e em 40 dias, se o indicia-
do estiver SOLTO. Nesse último caso (indiciado SOLTO) cabe prorrogação por mais 20 dias.
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O prazo de 20 dias deve ser contado a partir da data da execução da ordem de prisão, e o 
de 40 dias deve ser contado a partir da data da instauração do inquérito.
Esquematizando para você não esquecer:
Encerramento do IPM
O encerramento do IMP se dá com um relatório, assim como ocorre no inquérito policial 
comum. A autoridade (no caso o encarregado) irá mencionar as diligências feitas, as pessoas 
ouvidas e os resultados obtidos.
Ao final, o encarregado dirá se há infração disciplinar a punir ou indício de crime, e deverá 
se pronunciar, JUSTIFICADAMENTE, se há conveniência na prisão preventiva do indiciado.
Se porventura a atribuição de abertura do IPM foi DELEGADA, o encarregado deve enviar 
a autoridade delegante, para que lhe homologue a solução, aplique a penalidade por infração 
disciplinar, ou determine novas diligências se for o caso.
Indiciamento
Indiciar é o ato PRIVATIVO da autoridade policial, segundo sua análise técnico jurídica do 
fato, na qual é apontado um determinado indivíduo como um provável autor de um fato delituoso.
Em palavras mais simples: O indiciamento é o ato formal no qual a autoridade responsável 
por um inquérito (seja ele policial ou policial militar) declara que acredita ser uma determinada 
pessoa o autor de um determinado crime.
Esse ato é privativo da autoridade policial, de modo que o JUIZ não pode determinar que 
um Delegado de Polícia (ou encarregado de um IMP) faça o indiciamento de uma determinada 
pessoa. Este é o posicionamento do STF!
Outras observações sobre o indiciamento e o relatório final do IPM:
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Arquivamento
Você já deve ter ouvido falar, em algum momento da sua vida, sobre o arquivamento de um 
inquérito policial. Uma vez que a autoridade (seja ela civil, federal ou militar) finaliza a apuração 
de uma determinada infração penal, são possíveis dois caminhos:
Veja que se a autoridade entende que um determinado indivíduo praticou um infração pe-
nal, deverá indiciá-lo. Mas se suas diligências lhe fizeram crer que não houve crime, ou que 
houve crime mas que não existem sequer indícios contra o investigado, não lhe cabe opinar 
pelo arquivamento – deverá apenas relatar os fatos apurados.
Isso ocorre pois o titular da ação penal é o Ministério Público, e é a ele que cabe a respon-
sabilidade de oferecer a denúncia ou solicitar o arquivamento do inquérito.
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Simplificando:
Veja, portanto, que o MP não fica vinculado ao posicionamento da autoridade responsável 
pelo inquérito. Isso pois o IPM é uma peça DISPENSÁVEL, administrativa, que serve apenas 
para subsidiar a formação da opinião do membro do MP!
É claro que a liberdade do MP não é absoluta – tal órgão ainda deverá observar as provas 
contidas nos autos para que possa oferecer a denúncia ou pedir arquivamento. O promotor 
não pode denunciar alguém sem prova de materialidade e indícios de autoria (pois nesse caso, 
é dever do magistrado rejeitar a denúncia).
O que acontece é que, algumas vezes, a interpretação dos fatos pode variar – e nesse caso, 
entre o posicionamento da autoridade do inquérito e o do membro do MP, prevalecerá a opinião 
deste último.
Por isso, lembre-se sempre: Autoridade (seja policial ou militar) não pode mandar arquivar 
autos de inquérito. Essa atribuição é do membro do MP!
Outro ponto relevante está na Súmula 524 do STF:
Arquivado o inquérito policial, por despacho do Juiz, a requerimento do promotor de jus-
tiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
Ou seja: Uma vez que não foram descobertas provas suficientes pela autoridade responsá-
vel, e tal insuficiência de provas resulte no arquivamento do inquérito (seja ele IP ou IPM), este 
não pode ser aberto, a não ser que surjam novas provas.
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Simplificando o que estudamos até aqui:
Devolução do IPM
Existe ainda outra possibilidade. O  IPM, uma vez nas mãos do Ministério Público, pode 
retornar às mãos da autoridade policial militar, no caso em que o MP requisite diligências que 
são por ele consideradas imprescindíveis para o oferecimento da denúncia. Nesse caso, o  pra-
zo não poderá ultrapassar 20 dias.
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RESUMO
Persecução Penal Militar
Inquérito Policial Militar
Conceito
• O inquérito policial militar é o conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária 
(militar) com o objetivo de apurar fato que configure crime militar, e de sua autoria, mi-
nistrando elementos necessários à propositura da ação penal.
IP x IPM
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Formas de Instauração do IPM
Sigilo
• Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome conhe-
cimento o advogado do indiciado.
Investigação pelo MP
• Para o STM, não é admissível.
• Para o STF, é admissível.
Posto do Infrator x IPM
• O que ocorre se o posto do infrator é superior ao do comandante, diretor ou chefe de 
serviço?
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Responsabilidades da Autoridade
• Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e a situação das 
coisas, enquanto necessário;
• Apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato.
• Efetuar a prisão do infrator, em caso de flagrância;
• Colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias.
• Ouvir o ofendido, o indiciado e as testemunhas;
• Proceder ao reconhecimento de pessoas, coisas e acareações;
• Determinar a realização de exame de corpo de delito e de perícias relevantes;
• Determinar a avaliação e a identificação da coisa subtraída, desviada ou destruída;
• Proceder à buscas e apreensões;
• Tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de testemunhas, peritos ou do 
ofendido.
Prazos
Finalização do IPM e Arquivamento
• O titular da ação penal é o Ministério Público, e é a ele que cabe a responsabilidade de 
oferecer a denúncia ou solicitar o arquivamento do inquérito.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2017) Cada um do item a seguir, que tratam 
de IPM e(ou) ação penal militar, apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva 
a ser julgada.
Um general, ao ser informado da prática de crime militar em uma organização militar a ele su-
bordinada, sediada em outro estado da Federação, determinou ao comandante da unidade, por 
via radiotelefônica, a instauração de IPM. Nessa situação, mesmo considerando o caráter de 
urgência que a medida exigia, a ordem foi indevida em razão do meio de transmissão empre-
gado e também pelo fato de que a única autoridade competente para determinar a instauração 
do IPM seria o próprio comandante da unidade onde ocorreu o crime militar.
Mais uma questão que parece complexa – mas que demonstra a importância da leitura do 
texto de lei. Dessa vez, estamos diante da aplicação do art. 10 do CPPM. Vejamos:
Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria:
b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência, poderá 
ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício;
A via radiotelefônica, portanto, é meio idôneo para a delegação da competência de instauração 
do IPM – não havendo, portanto, a ordem indevida como afirma o examinador.
Errado.
002. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2017) Em determinada organização mili-
tar, um major cometeu crime militar e o comandante da unidade, dada a indisponibilidade de 
oficial de posto superior ao do indiciado, designou outro major, o mais antigo da unidade, para 
apurar os fatos por meio de IPM. Nessa situação, o ato de designação deverá ser considerado 
nulo: o IPM só poderá ser conduzido por oficial de posto superior ao do indiciado.
Questão muito boa! Vamos relembrar o que diz o art. 7º do CPPM e seus parágrafos relevantes:
Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, con-
forme as respectivas jurisdições:
(...)
§ 2º Em se tratando de delegação para instauração de inquérito policial militar, deverá aquela recair 
em oficial de posto superior ao do indiciado, seja este oficial da ativa, da reserva, remunerada ou 
não, ou reformado.
§ 3º Não sendo possível a designação de oficial de posto superior ao do indiciado, poderá ser feita 
a de oficial do mesmo posto, desde que mais antigo.
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Nesse caso, portanto, veja que é possível que o IPM seja conduzido por oficial de mesmo pos-
to, desde que mais antigo – o que torna a assertiva incorreta!
Errado.
003. (CESPE/DPU/ANALISTA TÉCNICO/2016) O objeto do inquérito policial militar é a apura-
ção sumária de fato que configure crime militar, bem como de sua autoria. Se ficar evidenciado 
que a infração penal cometida não configura crime militar, o encarregado do inquérito deverá 
comunicar o fato à autoridade policial competente.
Outra questão unicamente baseada no texto do CPPM. Vejamos:
Finalidade do inquérito
Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure 
crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de 
ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.
§ 3º Se a infração penal não for, evidentemente, de natureza militar, comunicará o fato à autoridade 
policial competente, a quem fará apresentar o infrator. Em se tratando de civil, menor de dezoito 
anos, a apresentação será feita ao Juiz de Menores.
Item, portanto, correto – perfeitamente alinhado aos dizeres do art. 9º do CPPM!
Certo.
004. (CESPE/DPU/ANALISTA TÉCNICO/2016) Na hipótese de o indiciado ser oficial do Exér-
cito e estar na situação de inatividade, a autoridade policial militar poderá delegar um oficial da 
ativa do mesmo posto do indiciado para ser o encarregado do inquérito policial militar, obser-
vado o critério de antiguidade.
Questão boa, um pouquinho mais elaborada, mas que ainda assim se baseia quase unicamen-
te na leitura do texto de lei.
A afirmação do examinador passou bem perto de ser correta. No entanto, é errôneo dizer que 
no caso de indiciado em situação de atividade, observa-se o critério de antiguidade para a de-
nominação do encarregado do IPM. Nesse caso específico, o CPPM apresenta uma exceção 
– e a antiguidade não se aplica.
Vejamos:
Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, con-
forme as respectivas jurisdições:
§ 4º Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, não prevalece, para a delegação, a antiguidade 
de posto.
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Errado.
005. (CESPE/DPU/ANALISTA TÉCNICO/2016) Diferentemente do inquérito policial civil, o in-
quérito policial militar é um procedimento sigiloso, razão por que o advogado do indiciado não 
tem acesso ao inquérito nem aos elementos de provas em andamento.
É claro que o IPM é um procedimento sigiloso – mas assim como ocorre com o IP comum, 
trata-se de procedimento cujo acesso deve ser facultado ao advogado do indiciado.
Essa é a regra geral, inclusive prevista expressamente no art. 16 do CPPM:
Sigilo do inquérito
Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome conhecimento o 
advogado do indiciado.
Errado.
006. (IADES/PM-DF/SOLDADO/2018) Considerando as disposições do Código de Processo 
Penal Militar (CPPM) acerca do inquérito policial militar (IPM), assinale a alternativa correta.
a) Se, no curso do inquérito, o encarregado deste verificar a existência de indícios contra oficial 
de posto superior ao seu, ou mais antigo, nada obsta que ele conserve consigo a delegação e 
prossiga nas investigações até o encerramento do IPM.
b) O IPM tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elemen-
tos necessários à propositura da ação penal, sendo, porém, efetivamente instrutórios da ação 
penal exames, perícias e avaliações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos 
idôneos e com obediência às formalidades previstas no CPPM.
c) Se o IPM concluir a inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado, a autoridade 
militar que mandou instaurar o inquérito deve arquivá-lo, sob pena de prevaricação.
d) Ainda que o auto de flagrante delito seja, por si só, suficiente para a elucidação do fato e da 
respectiva autoria, deve ser sempre instaurado o IPM, porque se trata de peça indispensável 
para o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público Militar.
e) Não é possível prorrogar o prazo para terminação do IPM, tampouco se permite a devolução 
do IPM para a realização de diligências, devendo, para esse fim, ser instaurado outro inquérito.
Vejamos, item por item:
a) Errada. Na verdade, devem ser tomadas providências para que as funções sejam delegadas 
a outro oficial, nos termos do Art. 10, § 5º, CPPM.
b) Certa. É exatamente o que prevê o art. 9º do CPPM:
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O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure crime mi-
litar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar 
elementos necessários à propositura da ação penal.
Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os exames, perícias e ava-
liações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às 
formalidades previstas neste Código.
c) Errada. Assim como a autoridade policial no âmbito civil, a autoridade do IPM não pode man-
dar arquivar os autos de inquérito, nos termos do art. 24 do CPPM, a saber:
A autoridade militar não poderá mandar arquivar autos de inquérito, embora conclusivo da inexistên-
cia de crime ou de inimputabilidade do indiciado.
d) Errada. Trata de previsão contrária aos dizeres específicos no Art. 27 do CPPM, a saber:
Se, por si só, for suficiente para a elucidação do fato e sua autoria, o auto de flagrante delito cons-
tituirá o inquérito, dispensando outras diligências, salvo o exame de corpo de delito no crime que 
deixe vestígios, a identificação da coisa e a sua avaliação, quando o seu valor influir na aplicação da 
pena. A remessa dos autos, com breve relatório da autoridade policial militar, far-se-á sem demora 
ao juiz competente, nos termos do art. 20.
e) Errada. Conforme estudamos, existe possibilidade de prorrogação e prazo.
Letra b.
007. (IADES/PM-DF/SOLDADO/2018) No que concerne ao exercício da polícia judiciária mili-
tar, é correto afirmar que o Código de Processo Penal Militar expressamente
a) determina que, se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, a delegação do exercício da 
atribuição de polícia judiciária militar deverá recair sobre oficial da ativa de maior antiguidade 
no posto que o indiciado.
b) fixa que compete à polícia judiciária militar apurar tanto os crimes militares quanto quais-
quer crimes comuns, ainda que da competência da Justiça Comum, desde que praticados por 
militares da ativa.
c) estipula que, não sendo possível delegar as atribuições de polícia judiciária militar a oficial 
de posto superior ao do indiciado na ativa, nem a designação de oficial do mesmo posto e que 
seja mais antigo, a atividade de polícia judiciária militar deverá ser conferida a delegado de 
carreira da polícia civil.
d) proíbe requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis as pesquisas e os exames 
necessários ao complemento e subsídio de inquérito policial militar.
e) prevê que as atribuições de polícia judiciária militar poderão ser delegadas a oficiais da ati-
va, para fins especificados e por tempo limitado.
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Vejamos, mais uma vez, item por item:
a) Errada. Por descumprir o art. 7º, §4º do CPPM:
Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, não prevalece, para a delegação, a antiguidade de 
posto.
b) Errada. Ao prever competência da polícia judiciária militar para crimes comuns.
c) Errada. Ao descumprir o art. 7º, §5º do CPPM, apresentando previsão inexistente sobre a 
polícia civil:
Se o posto e a antiguidade de oficial da ativa excluírem, de modo absoluto, a existência de outro 
oficial da ativa nas condições do § 3º, caberá ao ministro competente a designação de oficial da 
reserva de posto mais elevado para a instauração do inquérito policial militar; e, se este estiver ini-
ciado, avocá-lo, para tomar essa providência.
d) Errada. Na verdade, o CPPM prevê expressamente (art. 8º) a possibilidade de requisições 
englobando as repartições técnicas civis e a própria polícia civil.
e) Certa. É exatamente o que prevê o CPPM.
Letra e.
008. (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) A respeito do Processo Penal Militar, do Inquérito Policial 
Militar, do exercício da Polícia Judiciária Militar e do exercício da Ação Penal Militar, consideran-
do as disposições do Código de Processo Penal Militar (CPPM), assinale a alternativa correta.
a) A legislação de processo penal comum não pode ser aplicada aos casos omissos no CPPM.
b) Compete à Polícia Judiciária Militar apurar os crimes militares, bem como os que, por lei 
especial, estão sujeitos à jurisdição militar, e sua autoria.
c) A designação de escrivão para o inquérito caberá somente ao respectivo encarregado e re-
cairá sempre em sargento, subtenente ou suboficial.
d) Caso o Inquérito Policial Militar conclua pela inexistência de crime, a autoridade militar po-
derá mandar arquivar os autos do inquérito.
e) A Ação Penal Militar é sempre condicionada à representação do ofendido e pode ser promo-
vida tanto por denúncia do Ministério Público Militar quanto mediante queixa do ofendido ou 
de quem tenha qualidade para representá-lo.
Questão que extrapola o conteúdoda aula de hoje (ao tratar de ação penal militar e de aplica-
ção da lei processual penal militar) mas que é importante em razão dos itens B, C e D (os quais 
guardam relação com nosso estudo atual).
Nesse sentido, está correta a assertiva B, embasada perfeitamente no art. 8º do CPPM.
Letra b.
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Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
Douglas Vargas
009. (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) Uma competência da Polícia Judiciária Militar é
a) apurar os crimes militares e civis de toda ordem, bem como os que, por lei especial, estão 
sujeitos à jurisdição militar, e a respectiva autoria.
b) cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar e pela Justiça Civil.
c) prestar aos órgãos e aos juízes da Justiça do Trabalho as informações necessárias à instru-
ção e ao julgamento dos processos criminais, bem como realizar as diligências que por eles 
forem requisitadas.
d) expedir mandados de prisão, quando julgar a medida útil para a elucidação das infrações 
penais que estejam ao respectivo cargo.
e) encaminhar o inquérito policial militar, quando não houver prova cabal da materialidade ou 
indícios suficientes de autoria para que o Ministério Público Militar solicite o arquivamento dos 
autos perante o juízo.
A Polícia Judiciária Militar não possui atribuições sobre crimes civis, e não é polícia relaciona-
da a apoiar as ações da justiça comum, o que invalida as assertivas A e B.
Ademais, não possui atribuições relacionadas à justiça do trabalho, o que invalida a assertiva C.
Por sua vez, também não tem o poder de expedir mandados de prisão, mas tão somente de dar 
cumprimento a estes, no âmbito da Justiça Militar, o que invalida a assertiva D.
Resta, portanto a assertiva E, a  qual está, sem dúvidas, alinhada ao que estudamos na 
aula de hoje.
Letra e.
010. (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) Segundo o art. 20 do Código de Processo Penal Militar, 
o inquérito policial militar deve findar em
a) quarenta dias, se o indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir do dia em que se 
executar a ordem de prisão.
b) noventa dias, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em que se instaurar 
o inquérito.
c) vinte dias, se o indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar 
a ordem de prisão.
d) cento e vinte dias, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em que se 
instaurar o inquérito.
e) trinta dias, se o indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir do dia em que se execu-
tar a ordem de prisão.
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Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
Douglas Vargas
Não poderia, é claro, faltar uma questão sobre o prazo do IMP, certo?
Conforme estudamos, o prazo regular é de 20 dias improrrogáveis (investigado preso) e de 40 
dias, prorrogável por mais 20, no caso de investigado solto.
Letra c.
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Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
Douglas Vargas
GABARITO
1. E
2. E
3. C
4. E
5. E
6. b
7. e
8. b
9. e
10. c
Douglas Vargas
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado 
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério 
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
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	_Hlk503366488
	art1§2
	Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar
	1. Persecução Penal e IPM
	2. Competência Específica da Polícia Judiciária Militar
	3. Inquérito Policial Militar
	4. Observação de Leitura
	5. Prazos para Finalização do IMP
	Resumo
	Questões de Concurso
	Gabarito
	AVALIAR 5: 
	Página 38:

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