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SISTEMA DE ENSINO DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar Livro Eletrônico 2 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Sumário Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar ................................................................ 4 1. Persecução Penal e IPM ............................................................................................................. 4 2. Competência Específica da Polícia Judiciária Militar .......................................................... 9 3. Inquérito Policial Militar ........................................................................................................... 11 4. Observação de Leitura ..............................................................................................................15 5. Prazos para Finalização do IMP ............................................................................................. 22 Resumo ............................................................................................................................................ 27 Questões de Concurso ................................................................................................................. 30 Gabarito ........................................................................................................................................... 37 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Apresentação Saudações, querido(a) aluno(a)! Continuaremos nessa aula o estudo do Direito Penal Militar no âmbito do nosso edital. Nesse sentido, estudaremos os seguintes tópicos: • 1. Capítulo da Polícia Judiciária Militar • 2. Capítulo do Inquérito Policial Militar Vamos, é claro, iniciar nossa aula contextualizando o assunto, pois sei que é muito confu- so, para vários alunos, o conceito de Polícia Judiciária Militar. Quase todo candidato já ouviu falar do conceito de Polícia Judiciária, mas não no contexto militar, motivo pelo qual tratare- mos do tema com toda a calma do mundo. Por fim, gostaria de informar que infelizmente, como ocorre com toda a disciplina de Direito Processual Penal Militar, não temos tantas questões da organizadora sobre o tema – mas ire- mos incluir tantas questões atualizadas e pertinentes ao nosso estudo quanto possível. A lista é pequena, mas bastante importante para a absorção do conteúdo. Desejo a todos vocês uma excelente sessão de estudos. Prof. Douglas Vargas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR E INQUÉRITO POLICIAL MILITAR 1. Persecução Penal e IPM Existe Inquérito Policial Militar? E Autoridade Judiciária Militar? Vamos começar pelo básico: Quando um indivíduo pratica um crime comum, o que acontece? Um dos fluxos possíveis (e mais comuns) da persecução penal em nosso país seria o seguinte: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Esse é o fluxo básico para os crimes comuns, sendo que a maior parte dos crimes pratica- dos em nosso país são apurados dessa forma (pois a maioria esmagadora de procedimentos que tramitam na justiça são originados de prisões em flagrante). E como você já pode deduzir do fluxograma acima, temos os seguintes órgãos envolvidos na persecução penal: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Essa parte é tranquila, mas a questão é a seguinte: Sabemos que a Polícia Judiciária (seja Civil ou Federal) é responsável por atuar apoiando o judiciário em suas atividades na perse- cução penal. É para a polícia judiciária que o magistrado irá enviar os Mandados de Prisão, Mandados de Busca e Apreensão, bem como demais ordens de atuação policial, em apoio ao poder Judiciário. E sendo assim, fica o questionamento: Existe Polícia Judiciária MILITAR? Afinal de contas, estamos acostumados a ver as Polícias Militares como órgãos com a função quase exclusiva de realizar policiamento ostensivo, apresentando situações de fla- grante às autoridades judiciárias (Delegados da Polícia Civil ou da Polícia Federal, dependen- do do caso). Mas o que acontece se o caso for de CRIME MILITAR? E a resposta, que surpreende a muitos, é que existe sim Polícia Judiciária Militar, a qual é responsável por apurar as infrações penais e sua autoria no âmbito castrense. Crimes militares não são apurados através do Inquérito Policial comum, e sim através do cha- mado IPM, que tramita na Polícia Judiciaria Militar. Vejamos o que diz o CPPM: Exercício da polícia judiciária militar Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, con- forme as respectivas jurisdições: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas a) pelos ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, em todo o território nacional e fora dele, em relação às forças e órgãos que constituem seus Ministérios, bem como a militares que, neste caráter, desempenhem missão oficial, permanente ou transitória, em país estrangeiro; b) pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, em relação a entidades que, por disposição legal, estejam sob sua jurisdição; c) pelos chefes de Estado-Maior e pelo secretário-geral da Marinha, nos órgãos, forças e unidades que lhes são subordinados; d) pelos comandantes de Exército e pelo comandante-chefe da Esquadra, nos órgãos, forças e uni- dades compreendidos no âmbito da respectiva ação de comando; e) pelos comandantes de Região Militar, Distrito Naval ou Zona Aérea, nos órgãos e unidades dos respectivos territórios; f) pelo secretário do Ministério do Exército e pelo chefe de Gabinete do Ministério da Aeronáutica, nos órgãos e serviços que lhes são subordinados; g) pelos diretores e chefes de órgãos, repartições, estabelecimentos ou serviços previstos nas leis de organização básica da Marinha,do Exército e da Aeronáutica; h) pelos comandantes de forças, unidades ou navios; Veja, portanto, que quando estamos diante de crime militar, quem atua é a Polícia Judiciá- ria Militar – e não a Polícia Civil ou a Polícia Federal, como de costume. Uma excelente síntese deste conceito está nos ensinamentos de Fabiano Caetano e Maria- na Lucena, dos quais transcrevemos um breve trecho abaixo: Polícia Judiciária Militar “A Polícia Judiciária é um órgão da segurança do Estado que tem como principal função apurar as infrações penais e sua autoria por meio da investigação policial [...] Ao contrário da justiça estadual e federal, que possuem a polícia civil e federal para investigar seus feitos, a polícia judiciária militar é exercida pelas autoridades castrenses, conforme suas áreas de atuação, que poderão ser delegadas a oficiais da ativa para fins especificados e por tempo limitado.” O art. 7º do CPPM apresenta, portanto, quem são as autoridades com o poder de exercer a função de Polícia Judiciária Militar. Tendo em vista o alto escalão daqueles que possuem tal poder (como Comandantes das Forças, chefes de Estado-Maior, entre outros), comumente as atribuições são delegadas a outros oficiais da ativa para a realização dos trabalhos. Na esfera estadual, embora não expressamente previsto no CPPM, quem exerce a função de Polícia Judiciária Militar é o Comandante Geral da Corporação e os oficiais que exerçam comando ou chefia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Por exemplo: É por esse motivo que quando um Policial Militar pratica um delito em serviço, em regra acaba tendo sua conduta apurada através de um IPM, presidido por um Oficial da corporação, o qual é encaminhado à Justiça Militar. Veja que não há comunicação de um delito em uma delegacia da Polícia Civil – e que a autoridade responsável não será o Delegado de Polícia, mas sim seu equivalente na esfera castrense. Sobre esse assunto, ainda é interessante observar o seguinte: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Portanto, supondo que um determinado indiciado seja o de maior patente e mais antigo na ativa, deverá o ministro competente (na esfera federal) designar oficial da reserva de posto mais elevado que o do indiciado para instaurar o IPM. 2. coMPetêncIa esPecífIca da PolícIa JudIcIárIa MIlItar Já conhecemos a Polícia Judiciária Militar, sua função, e quem a exerce. Você também já possui uma ideia geral de quais são as competências de tal órgão (pois sabe que ele atua na apuração das infrações penais de cunho militar). Mas resta saber, especificamente, quais ou- tras atribuições também são exercidas pelas autoridades policiais militares: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Veja que as atribuições são muito parecidas com as da Polícia Civil – afinal de contas, tra- ta-se também de atribuições de Polícia Judiciária, apenas atendendo a uma esfera diferente (a justiça castrense)! Em certames anteriores, algumas bancas já afirmaram que as atribuições da Polícia Judiciária MILITAR são idênticas as da Polícia Judiciária comum. Essa afirmação está CORRETA! Isso ocorre, pois, as ATRIBUIÇÕES são idênticas – o que muda é a ESFERA em que tais atribui- ções irão ser executadas (militar ou comum). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas 3. InquérIto PolIcIal MIlItar Cena do Filme “Questão de Honra, 1992” Muitos de vocês já devem ter assistido o filme “Questão de Honra”, estrelado por Tom Cruise, no qual dois fuzileiros americanos são acusados de ter participado de uma punição extraoficial que resultou na morte de um soldado em sua base militar. No filme, Tom Cruise interpreta o advogado dos fuzileiros, atuando em juízo com o objetivo de inocentá-los das acusações e de encontrar o verdadeiro culpado pela morte da vítima. Fato é que, nesse contexto, estamos falando da persecução penal de um crime militar (praticado por militares, contra um militar e dentro de uma base militar). Mas a questão que o filme não apresenta é a seguinte: Como começou (ou deveria começar) a persecução penal na esfera militar? Primeiramente, vamos relembrar um dos tópicos da aula passada. O fluxo processual pe- nal, na esfera COMUM, normalmente segue os seguintes estágios: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Isso é básico, eu sei. Mas é muito importante relembrar esse conceito (extraído do Direito Processual Penal), pois a regra geral para os crimes militares é a mesma: Será instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para a apuração dos crimes militares, porém sob competência da Polícia Judiciária Militar, e sendo conduzido por uma autoridade de tal órgão. Veja que a finalidade é a mesma, e o resultado é o mesmo (o IPM será encaminhado para o Poder Judiciário e servirá como base para o oferecimento da denúncia): Veja, portanto, que o filme Questão de Honra “pula” uma etapa preliminar da persecução penal, visto que a narrativa já nos leva para a fase judicial da apuração do delito. Mas como você acabou de aprender, via de regra o início da apuração criminal se dá com a instauração do inquérito (IPM), sendo que apenas posteriormente adentra-se a fase processual. 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Já sabemos que o IPM é a peça PRELIMINAR instaurada pela Polícia Judiciária Mili- tar na apuração de um determinado crime militar, e que tal procedimento muito se assemelha com o Inquérito Policial Comum. Mas qual o conceito FORMAL para fins de prova? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Conceito: “O inquérito policial militar é o conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária (militar) com o objetivo de apurar fato que configure crime militar, e de sua autoria, ministrando elementos necessários à propositura da ação penal.” Fabiano Prestes No mesmo sentido, ainda é obrigatória a leitura do CPPM: Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal. Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os exames, perícias e ava- liações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às formalidades previstas neste Código. Não há dúvida, portanto, quanto às inúmeras semelhanças entre o inquérito policial (IP) e o IPM. E é muito importante que você perceba que a principal diferença entre ambos está nas autoridades responsáveis por conduzi-los e no seu objeto. Vejamos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas 4. observação de leItura Em nossa aula introdutória, deixei claro que o estudo do Direito Processual Penal é indispen- sável para um bom entendimento do Direito Processual Penal Militar. Isso porque grande parte das normas são aproveitadas pelo CPPM, que utiliza o CPP de forma subsidiária (até para não ter que reescrever tudo que está no CPP e resultar em uma enorme duplicação de normas). Para você ter uma ideia, o CPPM possui 20 artigos (art. 9º ao 28º) tratando do Inquérito Policial Militar). O CPP possui também 20 artigos (art. 4º ao 23º) tratando sobre o Inquérito O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Policial – e todas as normas ali contidas são aplicáveis subsidiariamente ao inquérito policial militar, naquilo em que não conflitarem com o CPPM! Em termos de Direito Processual Penal e Processual Penal Militar, a leitura dos pontos impor- tantes de cada Código é OBRIGATÓRIA. Faça a leitura do texto de lei, principalmente dos capítulos que receberam destaque em nosso edital (Art. 7º ao Art. 28º do CPPM). Início do IPM Você já sabe que o IPM é a base para a apuração dos crimes militares, nos termos do art. 9º do CPPM. Mas como é que se inicia, formalmente, um Inquérito Policial Militar? A resposta para isso está no art. 10º do CPPM, que também DEVE ser lido: a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou comando haja ocorrido a infra- ção penal, atendida a hierarquia do infrator; Você se lembra que falamos que, na esfera militar, a hierarquia deve ser respeitada? Pois olhe aí uma menção à essa característica! A autoridade militar que irá conduzir o IPM deve ocupar um posto SUPERIOR ao indivíduo contra quem se está instaurando o procedimento! b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência, poderá ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício; Como também observamos na aula introdutória, via de regra quem possui a competência de polícia judiciária militar são os membros do mais alto escalão – que nem sempre podem instaurar e conduzir os IPMs diretamente. Nesses casos, é permitida a delegação da competência, de modo que tal autoridade irá determinar que um outro membro da carreira conduza um determinado IPM – desde que também seja respeitada a regra de superioridade hierárquica entre autoridade processante e processada. c) em virtude de requisição do Ministério Público; O Ministério Público é o titular da ação penal pública, e como muitos de vocês já sabem, quem pode o mais, pode o menos. Oras, se o promotor de justiça (ou procurador, dependendo da esfera) tem o poder de oferecer a denúncia contra um determinado investigado, é claro que este também pode determinar a instauração de IPM para apurar um determinado fato criminoso. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas d) por decisão do Superior Tribunal Militar, nos termos do art. 25; O CPPM prevê, expressamente, a possibilidade de instauração de novo inquérito quando surgem novas provas sobre um fato cujo inquérito anterior já foi arquivado, através de deci- são do STM. e) a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a represente, ou em virtude de repre- sentação devidamente autorizada de quem tenha conhecimento de infração penal, cuja repressão caiba à Justiça Militar; Aqui temos a famosa Notitia Criminis, ou Notícia do Crime, na qual a vítima de um crime mi- litar dá causa para a instauração de Inquérito Policial Militar para apurar um determinado fato. Do mesmo modo que o indivíduo pode ir à delegacia da Polícia Civil registrar uma ocor- rência e dar causa à instauração de um Inquérito Policial, o mesmo também é possível na esfera Militar! f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência de infra- ção penal militar. Por fim, temos a possibilidade de que uma sindicância (procedimento administrativo) en- contre, durante a realização de seus trabalhos, evidências de que houve uma possível infração penal – o que resultará na instauração de um IPM. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Resumindo: Formas de Instauração do IPM (Art. 10,CPPM) Sigilo Sigilo do inquérito Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome conhecimento o advogado do indiciado. O inquérito – tanto o militar quanto o comum – é um procedimento administrativo sigiloso. Embora a administração pública seja regida pela publicidade, excepcionalmente alguns atos necessitam de sigilo (tendo em vista o possível dano causado com sua divulgação). Imagine um inocente que é investigado pela polícia. O mero ato de ser investigado (mesmo sendo inocente) já é capaz de gerar efeitos negativos em sua vida – de modo que a manuten- ção do sigilo até a finalização do procedimento se mostra útil e até mesmo ideal para reduzir tal repercussão. Lembre-se, no entanto, de que o sigilo do inquérito não pode ser oposto ao defensor do in- vestigado. Tal previsão está tanto na Súmula vinculante 14 do STF quanto no próprio Estatuto da OAB, e somente não se aplicará no caso de diligências em andamento que puderem vir a ser prejudicadas com sua divulgação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Resumindo: • O inquérito, em regra, é sigiloso; • O sigilo não se aplica ao Juiz, ao MP e ao Defensor do acusado; • Medidas excepcionais que possam vir a ser prejudicadas com sua divulgação não serão comunicadas ao defensor, enquanto estiverem em execução (como a interceptação te- lefônica). Investigação pelo MP A investigação realizada pela polícia judiciária (seja ela militar ou comum), via de regra é conduzida nos autos de um inquérito policial. Isso você já sabe. Outro ponto que é bastante conhecido pelos alunos trata do fato que o próprio Ministério Público também pode investigar, haja vista que quem pode o mais, pode o menos (aquele que pode oferecer a denúncia pode também investigar). A diferença é que a investigação do MP é realizada através do chamado PIC (Procedimento de Investigação Criminal). Isso nos leva à seguinte pergunta: Pode o MP atuar em investigações de crimes militares? E a resposta é: depende do tribunal citado em sua prova. Para o STM, é inadmissível a investigação direta pelo MP, o que deve resultar no tranca- mento da ação penal. Já o STF considera possível a investigação de qualquer delito pelo parquet. 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É importante verificar, ainda, se a elaboração da questão foi realizada no âmbito do Direito Processual Penal Militar ou no âmbito do Direito Processual Penal comum, haja vista que, no âmbito do CPP, não há divergência – a investigação pelo MP é admissível de forma pacífica. Posto do Infrator Conforme já mencionamos em nossa aula anterior, existem restrições em relação à instau- ração do IMP de acordo com a hierarquia do indivíduo que está sendo investigado ou indiciado (haja vista a vedação de que o procedimento seja conduzido por uma autoridade de posto inferior). Quando o infrator tem posto superior ao do comandante, diretor ou chefe de serviço em cujo âmbito ocorreu a infração penal militar, a regra é a seguinte: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Este assunto é interessante pois, no curso do IMP, pode acontecer de que a autoridade en- carregada se depare com dois problemas: 1) O procedimento inicia de forma regular e posteriormente surgem indícios contra oficial de posto superior, mais antigo; 2) A autoridade responsável pelo procedimento vir a ficar doente, ser transferida de local ou para a reserva (aposentadoria). Embora sejam casos diferentes, em ambos o procedimento é o mesmo: A autoridade res- ponsável deverá OFICIAR à autoridade delegante para que suas funções sejam atribuídas a ou- tro oficial. No caso em que surgirem indícios contra oficial de posto superior, até que seja designado o novo encarregado com posto adequado para a tarefa, o prazo de conclusão do inquérito deve ser interrompido. Já no caso de doença ou transferência da autoridade, o prazo não se interrompe. Designação do escrivão Uma vez que o IPM é instaurado, é necessário saber quais são os procedimentos que de- vem ser realizados pela autoridade. Em primeiro lugar, é responsabilidade do encarregado do IMP designar um escrivão, salvo se tal designação já tiver sido feita pela autoridade delegante. Se o indiciado é oficial, o posto de escrivão será exercido por um segundo ou primeiro tenente. Nos demais casos, será exercido por um sargento, subtenente ou suboficial. Responsabilidades da Autoridade Uma vez que ocorre a infração penal militar e a autoridade responsável tem notícia dela, deve, se possível, realizar algumas diligências (do mesmo modo como ocorre no Inquérito Po- licial comum). São elas: 1) Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e a situação das coisas, enquanto necessário; 2) Apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato. 3) Efetuar a prisão do infrator, em caso de flagrância; 4) Colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas cir- cunstâncias. 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É muito importante perceber a grande semelhança entre o IPM e o IP, nesses casos. Afinal de contas, estamos tratando da apuração de uma infração penal militar, que embora atinja um bem jurídico diferente e possua uma previsão processual especial, não deixa de ser uma infração penal em sua essência – necessitando da realização de diligências muito parecidas (senão idênticas) para sua correta apuração.O IPM também admite a reprodução simulada dos fatos, nos mesmos moldes processuais penais comuns. É interessante ainda observar a previsão do art. 14 do CPPM: Assistência de procurador Art. 14. Em se tratando da apuração de fato delituoso de excepcional importância ou de difícil elu- cidação, o encarregado do inquérito poderá solicitar do procurador-geral a indicação de procurador que lhe dê assistência. O artigo 14 trata da chamada assistência do Membro do Ministério Público Militar, a qual é uma faculdade do encarregado do IMP em casos de excepcional importância ou difícil elucidação. 5. Prazos Para fInalIzação do IMP O IPM possui um PRAZO especial para sua finalização, que difere dos prazos processuais do Inquérito Policial comum. Esse é um tópico muito importante, e você não pode confundir esses prazos na hora da prova! O IMP deve terminar dentro de 20 dias se o indiciado estiver PRESO e em 40 dias, se o indicia- do estiver SOLTO. Nesse último caso (indiciado SOLTO) cabe prorrogação por mais 20 dias. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas O prazo de 20 dias deve ser contado a partir da data da execução da ordem de prisão, e o de 40 dias deve ser contado a partir da data da instauração do inquérito. Esquematizando para você não esquecer: Encerramento do IPM O encerramento do IMP se dá com um relatório, assim como ocorre no inquérito policial comum. A autoridade (no caso o encarregado) irá mencionar as diligências feitas, as pessoas ouvidas e os resultados obtidos. Ao final, o encarregado dirá se há infração disciplinar a punir ou indício de crime, e deverá se pronunciar, JUSTIFICADAMENTE, se há conveniência na prisão preventiva do indiciado. Se porventura a atribuição de abertura do IPM foi DELEGADA, o encarregado deve enviar a autoridade delegante, para que lhe homologue a solução, aplique a penalidade por infração disciplinar, ou determine novas diligências se for o caso. Indiciamento Indiciar é o ato PRIVATIVO da autoridade policial, segundo sua análise técnico jurídica do fato, na qual é apontado um determinado indivíduo como um provável autor de um fato delituoso. Em palavras mais simples: O indiciamento é o ato formal no qual a autoridade responsável por um inquérito (seja ele policial ou policial militar) declara que acredita ser uma determinada pessoa o autor de um determinado crime. Esse ato é privativo da autoridade policial, de modo que o JUIZ não pode determinar que um Delegado de Polícia (ou encarregado de um IMP) faça o indiciamento de uma determinada pessoa. Este é o posicionamento do STF! Outras observações sobre o indiciamento e o relatório final do IPM: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Arquivamento Você já deve ter ouvido falar, em algum momento da sua vida, sobre o arquivamento de um inquérito policial. Uma vez que a autoridade (seja ela civil, federal ou militar) finaliza a apuração de uma determinada infração penal, são possíveis dois caminhos: Veja que se a autoridade entende que um determinado indivíduo praticou um infração pe- nal, deverá indiciá-lo. Mas se suas diligências lhe fizeram crer que não houve crime, ou que houve crime mas que não existem sequer indícios contra o investigado, não lhe cabe opinar pelo arquivamento – deverá apenas relatar os fatos apurados. Isso ocorre pois o titular da ação penal é o Ministério Público, e é a ele que cabe a respon- sabilidade de oferecer a denúncia ou solicitar o arquivamento do inquérito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Simplificando: Veja, portanto, que o MP não fica vinculado ao posicionamento da autoridade responsável pelo inquérito. Isso pois o IPM é uma peça DISPENSÁVEL, administrativa, que serve apenas para subsidiar a formação da opinião do membro do MP! É claro que a liberdade do MP não é absoluta – tal órgão ainda deverá observar as provas contidas nos autos para que possa oferecer a denúncia ou pedir arquivamento. O promotor não pode denunciar alguém sem prova de materialidade e indícios de autoria (pois nesse caso, é dever do magistrado rejeitar a denúncia). O que acontece é que, algumas vezes, a interpretação dos fatos pode variar – e nesse caso, entre o posicionamento da autoridade do inquérito e o do membro do MP, prevalecerá a opinião deste último. Por isso, lembre-se sempre: Autoridade (seja policial ou militar) não pode mandar arquivar autos de inquérito. Essa atribuição é do membro do MP! Outro ponto relevante está na Súmula 524 do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do Juiz, a requerimento do promotor de jus- tiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. Ou seja: Uma vez que não foram descobertas provas suficientes pela autoridade responsá- vel, e tal insuficiência de provas resulte no arquivamento do inquérito (seja ele IP ou IPM), este não pode ser aberto, a não ser que surjam novas provas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Simplificando o que estudamos até aqui: Devolução do IPM Existe ainda outra possibilidade. O IPM, uma vez nas mãos do Ministério Público, pode retornar às mãos da autoridade policial militar, no caso em que o MP requisite diligências que são por ele consideradas imprescindíveis para o oferecimento da denúncia. Nesse caso, o pra- zo não poderá ultrapassar 20 dias. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas RESUMO Persecução Penal Militar Inquérito Policial Militar Conceito • O inquérito policial militar é o conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária (militar) com o objetivo de apurar fato que configure crime militar, e de sua autoria, mi- nistrando elementos necessários à propositura da ação penal. IP x IPM O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição,sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Formas de Instauração do IPM Sigilo • Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome conhe- cimento o advogado do indiciado. Investigação pelo MP • Para o STM, não é admissível. • Para o STF, é admissível. Posto do Infrator x IPM • O que ocorre se o posto do infrator é superior ao do comandante, diretor ou chefe de serviço? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Responsabilidades da Autoridade • Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e a situação das coisas, enquanto necessário; • Apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato. • Efetuar a prisão do infrator, em caso de flagrância; • Colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias. • Ouvir o ofendido, o indiciado e as testemunhas; • Proceder ao reconhecimento de pessoas, coisas e acareações; • Determinar a realização de exame de corpo de delito e de perícias relevantes; • Determinar a avaliação e a identificação da coisa subtraída, desviada ou destruída; • Proceder à buscas e apreensões; • Tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de testemunhas, peritos ou do ofendido. Prazos Finalização do IPM e Arquivamento • O titular da ação penal é o Ministério Público, e é a ele que cabe a responsabilidade de oferecer a denúncia ou solicitar o arquivamento do inquérito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas QUESTÕES DE CONCURSO 001. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2017) Cada um do item a seguir, que tratam de IPM e(ou) ação penal militar, apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada. Um general, ao ser informado da prática de crime militar em uma organização militar a ele su- bordinada, sediada em outro estado da Federação, determinou ao comandante da unidade, por via radiotelefônica, a instauração de IPM. Nessa situação, mesmo considerando o caráter de urgência que a medida exigia, a ordem foi indevida em razão do meio de transmissão empre- gado e também pelo fato de que a única autoridade competente para determinar a instauração do IPM seria o próprio comandante da unidade onde ocorreu o crime militar. Mais uma questão que parece complexa – mas que demonstra a importância da leitura do texto de lei. Dessa vez, estamos diante da aplicação do art. 10 do CPPM. Vejamos: Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria: b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência, poderá ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício; A via radiotelefônica, portanto, é meio idôneo para a delegação da competência de instauração do IPM – não havendo, portanto, a ordem indevida como afirma o examinador. Errado. 002. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2017) Em determinada organização mili- tar, um major cometeu crime militar e o comandante da unidade, dada a indisponibilidade de oficial de posto superior ao do indiciado, designou outro major, o mais antigo da unidade, para apurar os fatos por meio de IPM. Nessa situação, o ato de designação deverá ser considerado nulo: o IPM só poderá ser conduzido por oficial de posto superior ao do indiciado. Questão muito boa! Vamos relembrar o que diz o art. 7º do CPPM e seus parágrafos relevantes: Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, con- forme as respectivas jurisdições: (...) § 2º Em se tratando de delegação para instauração de inquérito policial militar, deverá aquela recair em oficial de posto superior ao do indiciado, seja este oficial da ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado. § 3º Não sendo possível a designação de oficial de posto superior ao do indiciado, poderá ser feita a de oficial do mesmo posto, desde que mais antigo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Nesse caso, portanto, veja que é possível que o IPM seja conduzido por oficial de mesmo pos- to, desde que mais antigo – o que torna a assertiva incorreta! Errado. 003. (CESPE/DPU/ANALISTA TÉCNICO/2016) O objeto do inquérito policial militar é a apura- ção sumária de fato que configure crime militar, bem como de sua autoria. Se ficar evidenciado que a infração penal cometida não configura crime militar, o encarregado do inquérito deverá comunicar o fato à autoridade policial competente. Outra questão unicamente baseada no texto do CPPM. Vejamos: Finalidade do inquérito Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal. § 3º Se a infração penal não for, evidentemente, de natureza militar, comunicará o fato à autoridade policial competente, a quem fará apresentar o infrator. Em se tratando de civil, menor de dezoito anos, a apresentação será feita ao Juiz de Menores. Item, portanto, correto – perfeitamente alinhado aos dizeres do art. 9º do CPPM! Certo. 004. (CESPE/DPU/ANALISTA TÉCNICO/2016) Na hipótese de o indiciado ser oficial do Exér- cito e estar na situação de inatividade, a autoridade policial militar poderá delegar um oficial da ativa do mesmo posto do indiciado para ser o encarregado do inquérito policial militar, obser- vado o critério de antiguidade. Questão boa, um pouquinho mais elaborada, mas que ainda assim se baseia quase unicamen- te na leitura do texto de lei. A afirmação do examinador passou bem perto de ser correta. No entanto, é errôneo dizer que no caso de indiciado em situação de atividade, observa-se o critério de antiguidade para a de- nominação do encarregado do IPM. Nesse caso específico, o CPPM apresenta uma exceção – e a antiguidade não se aplica. Vejamos: Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, con- forme as respectivas jurisdições: § 4º Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, não prevalece, para a delegação, a antiguidade de posto. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 38www.grancursosonline.com.br PolíciaJudiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Errado. 005. (CESPE/DPU/ANALISTA TÉCNICO/2016) Diferentemente do inquérito policial civil, o in- quérito policial militar é um procedimento sigiloso, razão por que o advogado do indiciado não tem acesso ao inquérito nem aos elementos de provas em andamento. É claro que o IPM é um procedimento sigiloso – mas assim como ocorre com o IP comum, trata-se de procedimento cujo acesso deve ser facultado ao advogado do indiciado. Essa é a regra geral, inclusive prevista expressamente no art. 16 do CPPM: Sigilo do inquérito Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome conhecimento o advogado do indiciado. Errado. 006. (IADES/PM-DF/SOLDADO/2018) Considerando as disposições do Código de Processo Penal Militar (CPPM) acerca do inquérito policial militar (IPM), assinale a alternativa correta. a) Se, no curso do inquérito, o encarregado deste verificar a existência de indícios contra oficial de posto superior ao seu, ou mais antigo, nada obsta que ele conserve consigo a delegação e prossiga nas investigações até o encerramento do IPM. b) O IPM tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elemen- tos necessários à propositura da ação penal, sendo, porém, efetivamente instrutórios da ação penal exames, perícias e avaliações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às formalidades previstas no CPPM. c) Se o IPM concluir a inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado, a autoridade militar que mandou instaurar o inquérito deve arquivá-lo, sob pena de prevaricação. d) Ainda que o auto de flagrante delito seja, por si só, suficiente para a elucidação do fato e da respectiva autoria, deve ser sempre instaurado o IPM, porque se trata de peça indispensável para o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público Militar. e) Não é possível prorrogar o prazo para terminação do IPM, tampouco se permite a devolução do IPM para a realização de diligências, devendo, para esse fim, ser instaurado outro inquérito. Vejamos, item por item: a) Errada. Na verdade, devem ser tomadas providências para que as funções sejam delegadas a outro oficial, nos termos do Art. 10, § 5º, CPPM. b) Certa. É exatamente o que prevê o art. 9º do CPPM: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure crime mi- litar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal. Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os exames, perícias e ava- liações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às formalidades previstas neste Código. c) Errada. Assim como a autoridade policial no âmbito civil, a autoridade do IPM não pode man- dar arquivar os autos de inquérito, nos termos do art. 24 do CPPM, a saber: A autoridade militar não poderá mandar arquivar autos de inquérito, embora conclusivo da inexistên- cia de crime ou de inimputabilidade do indiciado. d) Errada. Trata de previsão contrária aos dizeres específicos no Art. 27 do CPPM, a saber: Se, por si só, for suficiente para a elucidação do fato e sua autoria, o auto de flagrante delito cons- tituirá o inquérito, dispensando outras diligências, salvo o exame de corpo de delito no crime que deixe vestígios, a identificação da coisa e a sua avaliação, quando o seu valor influir na aplicação da pena. A remessa dos autos, com breve relatório da autoridade policial militar, far-se-á sem demora ao juiz competente, nos termos do art. 20. e) Errada. Conforme estudamos, existe possibilidade de prorrogação e prazo. Letra b. 007. (IADES/PM-DF/SOLDADO/2018) No que concerne ao exercício da polícia judiciária mili- tar, é correto afirmar que o Código de Processo Penal Militar expressamente a) determina que, se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, a delegação do exercício da atribuição de polícia judiciária militar deverá recair sobre oficial da ativa de maior antiguidade no posto que o indiciado. b) fixa que compete à polícia judiciária militar apurar tanto os crimes militares quanto quais- quer crimes comuns, ainda que da competência da Justiça Comum, desde que praticados por militares da ativa. c) estipula que, não sendo possível delegar as atribuições de polícia judiciária militar a oficial de posto superior ao do indiciado na ativa, nem a designação de oficial do mesmo posto e que seja mais antigo, a atividade de polícia judiciária militar deverá ser conferida a delegado de carreira da polícia civil. d) proíbe requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis as pesquisas e os exames necessários ao complemento e subsídio de inquérito policial militar. e) prevê que as atribuições de polícia judiciária militar poderão ser delegadas a oficiais da ati- va, para fins especificados e por tempo limitado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas Vejamos, mais uma vez, item por item: a) Errada. Por descumprir o art. 7º, §4º do CPPM: Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, não prevalece, para a delegação, a antiguidade de posto. b) Errada. Ao prever competência da polícia judiciária militar para crimes comuns. c) Errada. Ao descumprir o art. 7º, §5º do CPPM, apresentando previsão inexistente sobre a polícia civil: Se o posto e a antiguidade de oficial da ativa excluírem, de modo absoluto, a existência de outro oficial da ativa nas condições do § 3º, caberá ao ministro competente a designação de oficial da reserva de posto mais elevado para a instauração do inquérito policial militar; e, se este estiver ini- ciado, avocá-lo, para tomar essa providência. d) Errada. Na verdade, o CPPM prevê expressamente (art. 8º) a possibilidade de requisições englobando as repartições técnicas civis e a própria polícia civil. e) Certa. É exatamente o que prevê o CPPM. Letra e. 008. (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) A respeito do Processo Penal Militar, do Inquérito Policial Militar, do exercício da Polícia Judiciária Militar e do exercício da Ação Penal Militar, consideran- do as disposições do Código de Processo Penal Militar (CPPM), assinale a alternativa correta. a) A legislação de processo penal comum não pode ser aplicada aos casos omissos no CPPM. b) Compete à Polícia Judiciária Militar apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, estão sujeitos à jurisdição militar, e sua autoria. c) A designação de escrivão para o inquérito caberá somente ao respectivo encarregado e re- cairá sempre em sargento, subtenente ou suboficial. d) Caso o Inquérito Policial Militar conclua pela inexistência de crime, a autoridade militar po- derá mandar arquivar os autos do inquérito. e) A Ação Penal Militar é sempre condicionada à representação do ofendido e pode ser promo- vida tanto por denúncia do Ministério Público Militar quanto mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. Questão que extrapola o conteúdoda aula de hoje (ao tratar de ação penal militar e de aplica- ção da lei processual penal militar) mas que é importante em razão dos itens B, C e D (os quais guardam relação com nosso estudo atual). Nesse sentido, está correta a assertiva B, embasada perfeitamente no art. 8º do CPPM. Letra b. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 38www.grancursosonline.com.br Polícia Judiciária Militar e Inquérito Policial Militar DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Douglas Vargas 009. (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) Uma competência da Polícia Judiciária Militar é a) apurar os crimes militares e civis de toda ordem, bem como os que, por lei especial, estão sujeitos à jurisdição militar, e a respectiva autoria. b) cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar e pela Justiça Civil. c) prestar aos órgãos e aos juízes da Justiça do Trabalho as informações necessárias à instru- ção e ao julgamento dos processos criminais, bem como realizar as diligências que por eles forem requisitadas. d) expedir mandados de prisão, quando julgar a medida útil para a elucidação das infrações penais que estejam ao respectivo cargo. e) encaminhar o inquérito policial militar, quando não houver prova cabal da materialidade ou indícios suficientes de autoria para que o Ministério Público Militar solicite o arquivamento dos autos perante o juízo. A Polícia Judiciária Militar não possui atribuições sobre crimes civis, e não é polícia relaciona- da a apoiar as ações da justiça comum, o que invalida as assertivas A e B. Ademais, não possui atribuições relacionadas à justiça do trabalho, o que invalida a assertiva C. Por sua vez, também não tem o poder de expedir mandados de prisão, mas tão somente de dar cumprimento a estes, no âmbito da Justiça Militar, o que invalida a assertiva D. Resta, portanto a assertiva E, a qual está, sem dúvidas, alinhada ao que estudamos na aula de hoje. Letra e. 010. (IADES/PM-DF/OFICIAL/2017) Segundo o art. 20 do Código de Processo Penal Militar, o inquérito policial militar deve findar em a) quarenta dias, se o indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão. b) noventa dias, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em que se instaurar o inquérito. c) vinte dias, se o indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão. d) cento e vinte dias, quando o indiciado estiver solto, contados a partir da data em que se instaurar o inquérito. e) trinta dias, se o indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir do dia em que se execu- tar a ordem de prisão. 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