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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CIÊNCIAS ECÔNOMICAS
DIREITO PARA A ECONOMIA
Ética e Economia
Acadêmico: Patrick S. B. Margarida.
Santa Maria, 25 de Julho de 2013 
Introdução
O presente artigo tem por objetivo abortar, relacionar e exemplificar a Ética na Economia, seus conceitos e relação, assim como a exposição da ideia de um autor, Amartya Sem, filósofo e economista, sobe a relação ética e economia. 
Sabemos que a ética tem um elo com a economia, pois seria como um fator de existência da economia, já que os economistas têm valores éticos que influenciam a produção da ciência econômica. 
Podemos então a partir deste principio interligar de fato a ética com a economia. Faremos isso de uma forma bem simples, que é dando exemplos, conceitos, fazendo isso de uma forma clara e prática.
Ética e Economia
Poderíamos estabelecer uma relação entre ética e economia pelo simples fato de que a economia sendo uma ciência social, que busca o estudo do homem, se aproximaria que questões éticas inevitavelmente. Wilbor sugeriria que economia e ética se cruzam em três pontos:
Em primeiro, na situação que de que os economistas têm valores éticos que influenciam a produção da ciência econômica;
Os agentes econômicos – consumidores, empresários e trabalhadores, etc. – tem valores éticos que modelam os seus comportamentos;
Finalmente, as instituições e as políticas econômicas têm impactos diferenciados sobre as pessoas, daí decorrem importantes avaliações econômicas e éticas.
Os valores éticos empregados na economia recaem em diferentes áreas econômicas.
De acordo com Antônio Castro Guerra, a economia pode ser dividida em três grandes grupos. Economia positiva, economia normativa e economia prática. Porem a primeira se encontra neutra aos valores éticos, já as outras duas tem seus valores amplamente discutidos. A primeira se preocupa com a questão de “o que é”, a segunda “o que deve ser”, já a terceira com “o que é” para “o que deve ser”.
A ética em toda a sua conduta econômica é o resultado de um ato da decisão, de uma escolha entre o que é bom, mau, melhor ou pior para si e para os outros, até onde parece estritamente técnico e nada relacionado com a moral, como, por exemplo, a fixação de um determinado preço. Assim, fixado um custo de produção, ainda resta uma decisão sobre a quantidade do produto almejado e do rendimento esperado. Esta decisão é injusta se o produtor aproveita a escassez do produto ou a necessidade do consumidor e fixa um preço alto que exige do consumidor enorme sacrifício para pagá-lo ou o impede de adquirir o bem necessário. Esse resultado prejudicial, que pode chegar a por em risco a própria vida das pessoas, é uma consequência antiética de obter um exagerado percentual de lucro. É contrária à ética toda a decisão econômica de produzir produtos de má qualidade ou de fazer publicidade mentirosa.
Sobre o que Amartya Sen pode-se dizer que o economista e filósofo indiano ocupa um lugar único na economia moderna. Por suas contribuições à economia do bem-estar, ganhou, em 1998, o prêmio Nobel. Dentre suas obras, destacam-se estudos mostrando que as verdadeiras causas da pobreza (e da fome) não são eliminadas pelos booms econômicos e consequentes aumentos de renda média anual. Existem mais coisas envolvidas no "desenvolvimento humano" do que o vão reducionismo do bem-estar econômico permite conceber. Sobre ética e economia, o seu primeiro livro publicado no Brasil, é uma síntese impressionante, das linhas de pesquisa que desenvolve. Sobre ele, escreve o economista Eduardo Giannetti: 
"Qual a relação entre o ético e o útil? Que papel teria virtudes como honestidade e confiabilidade no desempenho econômico de indivíduos, empresas e nações? Como definir e alcançar a justiça distributiva? O que fazer quando direitos individuais se chocam com o interesse público? Até que ponto valeria a pena sacrificar o nosso bem-estar em nome das gerações futuras? Qual o lugar do econômico na sociedade ideal?	
A economia é parte de um todo. As questões econômicas não são apenas questões de praticidade e eficiência, mas também de moralidade e justiça. As questões éticas não são apenas questões de valor e intenções generosas, mas também de lógica fria e exequibilidade.”
Ética e economia na era da globalização
E em uma era de globalização, como ética e economia poderia estabelecer uma “união”? Essa pergunta será facilmente respondida com uma breve exemplificação.
Ainda hoje vale a definição de ciência de Aristóteles, formulada na sua obra Organon, como conhecimento certo pelas causas. Para saber algo em profundidade é preciso relacionar conceitos, saber as causas, o porquê das coisas. Este é um dos grandes dilemas do nosso século, impulsionado pelo rápido e fácil acesso a fontes de informação. Podemos obter instantaneamente milhões de informações, mas corremos o perigo de tornarmo-nos incapazes de processá-las de um modo orgânico, integrado, coerente, através da relação causa-efeito que caracteriza o conhecimento científico.
Assistimos perplexos a um distanciamento cada vez maior entre educação e formação. Crianças e adolescentes recebem oceanos de informações prontas, desconexas, e muitas vezes fúteis, que são incapazes de processar e integrar em um projeto de crescimento em conhecimento e sabedoria. A informação não é formação. O simples acúmulo de informações, onde o raciocínio não tem lugar e a reflexão ética não encontra espaço, está longe de contribuir para forjar a personalidade e nortear a vida.
As considerações precedentes são apenas um exemplo para ilustrar a questão da globalização, mas um exemplo significativo do paradoxo da evolução das comunicações em relação aos ideais da cultura humana.
Por isso, para uma reflexão mais clara, propomos as definições dos conceitos-chave do tema em destaque:
Ética - É uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma espécie de “consciência moral”, estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas. 
A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com as outras relações justas e aceitáveis. Via de regra está fundamentada nas ideias de bem e virtude, enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz. Ao iniciar um trabalho que envolve a ética como objeto de estudo, consideramos importante, como ponto de partida, estudar o conceito de ética, estabelecendo seu campo de aplicação numa pequena abordagem. A ética não é algo superposto à conduta humana, pois todas as nossas atividades envolvem uma carga moral. 
A ética seria então uma espécie de teoria sobre a prática moral, uma reflexão teórica que analisa e critica os fundamentos e princípios que regem um determinado sistema moral. A ética é “em geral, a ciência da conduta”. Em outras palavras, podemos ampliar a definição afirmando que a ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano.
Economia - Trata-se de uma ciência social que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Uma das definições que captura muito da ciência econômica moderna é a de Lionel Robbins em um ensaio de 1932: “a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos”. Estando ausentes a escassez dos recursos e a possibilidade de fazer usos alternativos desses recursos, não haverá problema econômico. 
A disciplina assim definida envolve, portanto o estudo das escolhas uma vez que são afetadas por incentivos e recursos. Um dos usos da economia é explicar como as economias ou como os sistemas econômicos funcionam e quais são as relações entre agentes econômicos na sociedade em geral. Métodos de análiseeconômica têm sido cada vez mais aplicados em campos de estudo que envolvem pessoas que tomam decisões em um contexto social, como crime, educação, família, saúde, direito, política, religião, instituições sociais, guerra, etc.
Globalização: É um termo utilizado para tudo e, por essa razão, pode chegar a não significar nada. É necessário, portanto, começar procurando definir bem o significado do termo. Globalização é um processo, e um processo que ocorre no tempo. Seria um processo de integração global do planeta Terra. O papel essencial dos meios de comunicação nesse processo. Sem comunicação não há o que partilhar o que “globalizar”.
A comunicação exige um instrumento para transmitir a linguagem, seja por meio de sinais de fumaça, luminosos, alto-falantes, rádio, televisão, celular ou internet. Duas barreiras, portanto, limitam a comunicação: uma linguagem comum, que permita a compreensão; e um instrumento que permita e facilite a comunicação. A diferença de línguas é um obstáculo para a comunicação e, indiretamente, para a globalização.
O homem primitivo não era globalizado porque não se integrava, e não se integrava porque não se comunicava. Por isso uma língua universal permite a integração. É o papel que o inglês está desempenhando no mundo hodierno.
Por conseguinte, a globalização é um processo que se inicia com a comunicação. O advento da globalização traz inúmeras vantagens, porém apresenta sofismas e desafios. A análise desse processo exige reflexão. A comunicação é a ponta do iceberg. A comunicação favorece o relacionamento econômico, o diálogo político e tem um papel importante também cultural e em termos de valores. Para ir ao âmago da globalização é preciso analisar não só a comunicação, mas também a economia, a política e os valores. 
 Economia e ética: em tempos de globalização - O primeiro dos desafios na economia é classificar objetivamente algo muito subjetivo nas pessoas humanas: a fronteira entre a necessidade e o desejo. O ser humano tem desejos ilimitados e recursos limitados para satisfazer-se. E a lei do mercado segue uma lógica bem determinada: o recurso que tem maior procura torna-se mais valioso porque se esgota mais facilmente.
Ao mesmo tempo, já se sabe de antemão ser impossível saciar um desejo ilimitado, sendo necessário criar prioridades e definir quais áreas podem ou não ser sacrificadas para a satisfação de um maior número de pessoas. Nesse ponto é importante definir quais os valores nortearão as opções. Se o critério será ético ou econômico.
Em outras palavras, isso significa que se pode, por exemplo, sacrificar a eficiência e o lucro máximo em prol de um maior número de trabalhadores. Ou, numa opção utilitarista, alcançar o lucro máximo em detrimento dos trabalhadores. A necessidade da reflexão ética na economia é justamente aliar os valores imprescindíveis, que muitas vezes são atropelados pela lógica do mercado, às necessidades da produção e do consumo, ajudando a definir o que pode ou não pode ser sacrificado nesse sistema. Valores como justiça social e direitos humanos não podem ser deixados de lado.
Cabe, no entanto, indagações a respeito dos valores que regem a economia e seus rumos. Sabe-se que vivemos em um mundo de muitas transformações, de globalização, com suas consequências de otimização do processo produtivo, com novas tecnologias que substituem o trabalho humano e com o aumento progressivo de uma massa de desempregados. As empresas grandes engolem as pequenas e, em nome da sobrevivência, a concorrência precisa diminuir os custos, cortar empregos, automatizar e colocar um produto similar no mercado.
A rapidez dessas transformações não foi acompanhada por uma reflexão ética capaz de propor um modelo econômico alternativo que não abrisse mão dos direitos trabalhistas, como vem ocorrendo. Assim, patrões não querem arcar com os custos de um trabalhador garantidos na constituição. Os trabalhadores, por sua vez, para não perderem o emprego submetem-se a contratos que limitam seus direitos. Ao mesmo tempo, o processo de globalização favorece as grandes empresas, enfraquece a atuação dos sindicatos e criam concentração de renda. Alguns aspectos são observados em tempos de crise mundial: reportagens sobre a diminuição da produção, sobre a taxa de desemprego, a possibilidade de diminuição de carga horária com consequentes reduções salariais.
Portanto, o papel da ética na economia é alertar para o sacrifício da maior parcela da população mundial nessa lógica utilitarista e propor um modelo mais ecológico, ou seja, da interdependência de todos os seres no planeta. Ética na economia exige a convocação de todos os governantes e condutores da economia a rever se os benefícios do progresso chegam à maior parcela da população e convencer que só será possível a vida para todos os seres humanos se a lógica da justiça e da vida prevalecer. 
Conclusão
 Concluímos, portanto que a economia não pode ignorar a ética, pois ela não a limita, somente impõe algumas “regras” as quais devem e podem ser seguidos sem prejudicar, ou prejudicando menos, ambos os lados.
Enquanto que a economia funciona na base ‘do que é’, a ética funciona com ‘ o que deveria ser’. Torna-se necessário então, estabelecer uma relação entre estes dois polos. Embora a maioria dos economistas admita que os valores éticos premeiam a economia de bem estar e a politica económica, eles prosseguem com alguma confiança na crença de que o seu trabalho no que respeita ao âmbito da aplicação pura da teoria económica é eticamente neutra. Adam Smith admite que a maioria das pessoas, na maioria do tempo procedem de acordo com a lei moral institucionalizada no tempo e espaço onde se encontram.
Se a economia desligada da ética é cega, a ética desligada da economia é vazia. Sendo assim, uma necessita da outra, para que as duas possam funcionar em perfeita ordem.
Referências Bibliográficas
GUERRA, Antônio Castro – 01/97 (http://www.gee.mineconomia.pt/resources/docs/publicacao/DT/dt03.pdf).
WILBOR, C. K. (http://www.nd.edu/~cwilber/pub/recent/ ethicsh - bk.htlm)
SEN, Amartya (Sobre Ética e Economia) Cia. das Letras.
ABBAGNANO, Nicola. Diccionario de filosofia. México: Fondo de Cultura Econômica, 1992.
CHACON, Suely Salgueiro. Crise e oportunidade: para compreender o papel do economista diante dos novos paradigmas. Disponível in: http://www.cofecon.org.br.
 
DRUMMOND, Arnaldo Fortes. Morte do mercado: ensaio do agir econômico. São Leopoldo: Unisinos, 2004.
GIANNETTI, Eduardo. Globalização, transição econômica e infraestrutura no Brasil. Texto preparado para o Seminário “Competitividade na infraestrutura para o Século XXI”, promovido pelo Instituto de Engenharia, São Paulo, realizado em 24/09/96.
MACHADO, Luiz. Ética  e globalização. Disponível in: http://www.cofecon.org.br. 
MARKS, Sikberto R.. Bento XVI pede ética na economia. Disponível in: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1297455-5602,00-BENTO+XVI+INCENTIVA+ RETORNO+A+ETICA+NA+ECONOMIA.html. Publicado em 09/09. 
RODRÍGUEZ RAMOS, José Maria. Globalização e comunicação. Disponível in: http://www.cieep.org.br/index.php?page=artigossemana&codigo=292. Publicado em 15 de março de 2006.

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