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Resumo Filosofia Geral Epistemologia

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Avaliação Filosofia Geral. 
 
Conhecimento não-proposital 
O conhecimento não proposital não pode ser definido 
como verdadeiro ou falso e pode ser classificado 
como: 1) o conhecimento impessoal, que consiste no 
conjunto de informação reunidas por veículos de mera 
transmissão de conhecimento (ex. página do 
Wikipedia) 
2) o conhecimento por familiaridade, que existe 
quando há um grau de familiariedade com o objeto 
conhecido, como quando, por exemplo, alguém 
conhece uma pessoa ou conhece um filme 
3) o “saber-como”, sendo este, por fim, o 
conhecimento atrelado à competência no exercício de 
uma dada atividade, como a habilidade de pessoas que 
sabem como nadar. 
ex. "eu sei andar de bicicleta." 
 
Conhecimento proposital 
O conhecimento proposicional possui a estrutura de 
crenças que podem ser verdadeiras ou falsas. 
 
Conceito de Conhecimento 
Conhecimento é toda crença verdadeira e justificada, 
e ele necessariamente precisa ser verdadeiro. 
A justificação é um fator importante para comprovar 
que é um conhecimento verdadeiro. 
ex. "a terra gira ao redor do sol porque esse fato foi 
comprovado cientificamente." 
 
Crença 
A crença não pode ser classificada como verdadeira ou 
falsa, apenas seu conteúdo pode ser questionado se é 
verdadeiro ou falso. Ou seja, uma pessoa pode ter 
certeza de que uma dada proposição é verdadeira e, 
ainda sim, estar diante de uma crença cujo conteúdo é 
falso. 
A epistemologia defende que a crença é um fator 
involuntário. 
Uma crença verdadeira não necessariamente é 
justificada. 
ex. "a terra gira ao redor do sol porque eu sonhei com 
isso." 
 
Verdade como correspondência 
Nessa teoria a verdade precisa corresponder a 
realidade. 
1. problema: algumas frases não possuem 
correspondência clara com a realidade. 
frases sobre o futuro / frases matemáticas / frases 
contrafactuais. 
2. problema: crença e realidade/mundo são ideias 
distintas. Isto é, as ideias que temos sobre o mundo 
passam pelo filtro da subjetividade humana. 
 
 
 
Verdade como coerência 
Nessa teoria a crença é verdadeira se estiver 
coerente em um sistema de crenças. 
Crenças consistentes não se contradizem e 
crenças coerentes estão numa rede ligada pela 
consistência. 
ex. "a terra gira ao redor do sol é coerente com 
a lei da gravidade." 
1. problema: perda da relação com a 
realidade porque compara crença com crença e 
não correspondência com o mundo. 
2. problema: relatividade do sistema em 
que a crença está inserida. 
Dessa forma, o ideal seria conciliar coerência 
com correspondência. 
 
Justificação 
A justificativa pode se dar por diversos 
motivos: 
1. Empirismo (John Locke): crença 
justificada de acordo com nossos sentidos. 
2. Racionalismo: crença de acordo com a 
razão. 
3. Ceticismo: Não é possível ter 
conhecimento seguro sobre o mundo porque 
podemos estar a todo momento sendo 
enganados. 
 
Justificação de Descartes 
O objetivo de Descartes é o de verificar se é 
possível estabelecer um fundamento seguro 
para as pretensões de conhecimento detidas 
pelo ser humano, visto que muitas das fontes 
de conhecimento que pensamos ser seguras 
são, na verdade, duvidosas, o meio utilizado para 
isso consiste na formulação de dúvidas céticas. 
A crença verdadeira precisa superar todas as 
dúvidas céticas. 
Segundo Descartes, só existe uma única proposição 
verdadeira "Penso, logo existo", mesmo que os 
sentidos sejam ilusórios, o fato mesmo de eu ter 
pensamentos, ou seja, de eu ter percepções visuais, 
auditivas etc., sejam elas verdadeiras ou falsas, não 
pode ser colocado em dúvida. 
 
Filosofia da Linguagem 
O uso geral da linguagem consiste em passar nosso 
discurso mental para um discurso verbal. 
 
Proposição x Frase 
Proposição é o significado da frase. 
ex. "eu estou com fome / eu estou com muita 
vontade de comer / i am hungry" – mesma 
proposição diferentes frases. 
 
Concepção Mentalista de Significado 
Na mente dos sujeitos, existem significados 
(proposições) anterior à formulação linguística. Ou 
seja, o discurso mental é anterior ao discurso verbal. 
Um sujeito, ao falar, estaria expressando ideias da 
sua própria mente. Diante disso, o significado das 
palavras seriam as próprias ideias presentes na 
mente do sujeito 
 
1. problema: as pessoas não tem acesso direto a 
mente das outras e o significado é algo que 
existe, na concepção mentalista, privadamente 
na MENTE de cada indivíduo. 
dessa forma, não há como termos certeza de que 
os significados na mente de uma pessoa 
correspondam aos significados na mente de 
outra pessoa. 
 
Círculo de Viena: Pseudoproblemas 
O objetivo é delimitar o que deve ser 
estudado/analisado por outras áreas da investigação 
cientifica e o que NÃO deve ser estudado. 
O método é a analise lógica da linguagem – definir 
as proposições que fazem sentido (teorias) e as 
proposições que não fazem sentido (pseudoteorias) 
ex. "a cor de 2 + 2 é azul / deus existe" – é 
pseudoteoria porque não faz sentido e não podem 
ser verificadas. 
Apenas as proposições passíveis de verificação 
empírica possuem significado para o Círculo de 
Viena. 
 
O significado é o próprio método de verificação de 
veracidade ou falsidade da proposição. 
ex. "está chovendo lá fora" – o próprio significado é 
o procedimento de ir verificar se está ou não 
chovendo. 
Para o Circulo de Viena o significado é algo 
PÚBLICO. Existe fora da mente das pessoas. 
Para a Concepção Mentalista de Significado o 
significado é algo PRIVADO. Existe na MENTE 
das pessoas. 
 
Círculo de Viena: Proposições Normativas 
As proposições normativas são proposições morais 
e éticas. 
De acordo com o Circulo de Viena proposições 
normativas não possuem sentido, porque não é 
possível verificar empiricamente que são 
verdadeiras ou falsas. 
ex. matar pessoas é errado / discriminar pessoas é 
injusto 
Embora não possuam significado, proposições 
normativas, para o Círculo de Viena, desempenham 
certas funções. (expressar sentimentos e expressar 
comandos) 
 
Importante: Proposições sem significado/sentido 
não são verdadeiras e nem falsas.

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