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Terapêutica de afecções do Sistema Respiratório -afecções desse sistema têm variada etiologia, podendo ser de origem infecciosa, parasitária, alérgica ou multifatorial. -fundamental, para o pleno êxito neste tratamento, o diagnóstico correto para combate ao agente agressor. Portanto, somente após a identificação da causa e o início do tratamento específico (i. e., quimioterápicos, antibióticos etc.), indica- se o uso de medicamentos que aliviarão o desconforto respiratório, melhorando a troca gasosa e, consequentemente, promovendo o bem estar do paciente. - ANTIMICROBIANOS, ANTITUSSÍGENOS, EXPECTORANTES (reflexo, mucolítico, inalante), BRONCODILATADORES, ANALÉPTICOS, ANTI-HISTAMÍNICOS, ANTINFLAMATÓRIOS, ANTIPARASITÁRIOS. descongestionantes (antihistamínicos e agonistas β1 adrenérgicos) ● termo doença respiratória -Qualquer transtorno da árvore pulmonar, incluindo doenças infecciosas e não infecciosas da cavidade nasal, seios da face, orofaringe, laringe, traqueia, brônquios, parênquima pulmonar e cavidade pleural ; -Sinais clínicos: espirros, espirros invertidos (reflexo de aspiração mecanossensitiva), tosse, engasgos, corrimento nasal, respiração ruidosa, alteração na frequência e profundidade respiratória, letargia e intolerância a exercícios; ● Princípios de tratamento das afecções respiratórias -Combate ao agente causador da enfermidade -diminuição da gravidade e frequência da tosse seca, improdutiva e persistente -diminuição da viscosidade das secreções broncopulmonares, visando a eliminação -Melhoria da ventilação broncoalveolar -Estímulo à função respiratória, nos casos de depressão -Adoção de medidas auxiliares, conforme a natureza da enfermidade ● ANTIMICROBIANOS -INDICAÇÕES: Combate a microrganismos patogênicos; ● EXPECTORANTES -sistema mucociliar -importância no processo de defesa dos pulmões; o ar, após penetrar no sistema respiratório superior (o qual é delimitado pela borda inferior da cartilagem cricoide), alcança a traqueia, já filtrado e umidificado. Na porção inferior existem importantes sistemas de defesa, dos quais salientam se o sistema mucociliar e o reflexo da tosse. O sistema mucociliar é responsável pela movimentação de fluidos (muco), os quais são produzidos pelas células caliciformes e pelas glândulas brônquicas. Diariamente, é produzida uma determinada quantidade de muco que, em condições normais, contém aproximadamente 95% de água, sendo os 5% restantes compostos de carboidratos, lipídios, material inorgânico, imunoglobulinas, enzimas e outras proteínas. Este muco é empurrado para a glote por meio dos movimentos extremamente rápidos e sincrônicos dos cílios. Durante este trajeto, grande parte do muco é absorvida pela mucosa, chegando apenas aproximadamente 10% à glote, quantidade esta que é deglutida. Em condições patológicas, há secreção excessiva de muco, além de este se apresentar mais viscoso, pois ocorre mudança na proporção de água e outros elementos, com aumento principalmente de mucopolissacarídeos e proteínas. Este muco espesso é, então, denominado catarro ou esputo. A redução na viscosidade das secreções é de extremo interesse para o paciente, pois só assim haverá eliminação eficiente, e é com esta finalidade que se utilizam os expectorantes; - objetivo de aumentar a quantidade de secreções/catarro e diminuir a viscosidade das secreções, promovendo, consequentemente, a remoção destas da árvore respiratória . -possuem propriedades que ajudam a promover a expulsão das secreções bronquiais que ficam acumuladas nas vias respiratórias. -usados, principalmente, para o tratamento da tosse, dos resfriados e de outros problemas respiratórios caracterizados pela congestão, mucos e incômodos sintomas que impedem uma respiração natural; -classificados em três categorias: 1. expectorantes reflexos - atuam por meio de estimulação de terminações nervosas vagais, na faringe, no esôfago e até mesmo na mucosa gástrica, levando ao aumento da produção de muco pelas células aumentando a quantidade de muco (aumenta o reflexo da atividade glandular), em particular da mucosa respiratória; Neste sentido, sabe -se que a ingestão de substâncias nauseantes promove o aumento das secreções salivar, nasal, lacrimal e, por contiguidade, da traqueobrônquica; Promover irritação brônquica e, consequentemente, o estímulo do reflexo da tosse . iodeto de potássio, a guaifenesina e a ipecacuanha . -Iodeto de potássio (Broncofisin ® , Broncofedrin ® , Iodetox ® , Killtosse ® ) > – 10 a 20 mg/kg, VO, QID; Após a administração oral e sua associação (Alivic ® , Iodepol ® Lasa ® )*; latência de aproximadamente 15 a 30 min, dependendo da espécie animal e da repleção gástrica; duração do efeito é de, no máximo, 6 h; expectorante salino, que tem a capacidade de aumentar as secreções em até 150%. principal efeito indesejável do uso é a ocorrência de náuseas e vômito, já que o iodeto de potássio produz irritação gástrica; uso continuado por 3 semanas ou mais poderá causar hipotireoidismo com consequente depressão da função da glândula tireoide. Além disso, pode se ainda verificar aumento das glândulas parótidas e submaxilares. Deve se evitar o uso deste durante a prenhez, já que atravessa a barreira placentária, podendo produzir disfunção da tireoide fetal; não se recomenda a administração em animais lactantes. -Guaifenesina > 5 a 10 mg/kg, VO, TID ; conhecida como guaiacolato de glicerila (Asmatoss ® , Bromax ® , Broncofenil ® , Glicotosse ® , Frenotosse ® , Glyteol ® , guaifenesina – genéricos, Xarope Vick ® , Xarope Vick Mel ® ) e suas associações (Aeroflux ® , Broncocilin ® , † Bronquitoss ® , Bricanyl Composto ® , ‡ Deflux Expectorante § ); são derivados da degradação da lignina, polímero não hidrocarboneto, presente na madeira; além de ser um potente relaxante muscular de ação central, é também empregado como expectorante. absorvida pelo trato gastrintestinal, onde parece atuar como irritante idêntico aos iodetos. duração de efeito de aproximadamente 4 a 6 h. uso em pacientes com distúrbios de coagulação ou com úlceras no trato gastrintestinal não é indicado, já que este medicamento produz diminuição da adesividade plaquetária. Como esta substância é um derivado do creosato, não é indicado o seu uso em gatos. Ef. adversos: (-) agregação plaquetária; -Ipeca > obtida da raiz ou rizoma seco da planta Cephaelis ipecacuanha (Xarope Creosotado ® ), podendo também ser encontrada em outros vários produtos, associada a diversas plantas medicinais. estimulação das terminações nervosas vagais ocorre por meio de um princípio ativo emetina, um alcaloide com potente atividade emética, sendo, ainda hoje, utilizado com esta finalidade; Em dosesbaixas, é um expectorante reflexo, atuando por várias horas. Devido ao potente efeito emético do alcaloide, verifica se normalmente êmese nas espécies animais que vomitam, além de diarreia. Não se recomenda o uso de expectorantes à base deste alcaloide em animais cardíacos e/ou idosos , pois a emetina pode produzir hipotensão, taquicardia e alterações eletrocardiográficas. 2. expectorantes mucolíticos - produzem diminuição da viscosidade das secreções pulmonares, facilitando, consequentemente, a sua eliminação; uso relativamente https://www.infoescola.com/fisiologia/tosse/ recente em Medicina Veterinária; principais representantes a bromexina e a N- acetilcisteína. -Bromexina (Bromesol ®vet , Fluibron ®vet , Beneflux ® , Bequidex ® , Bisolphar ® , Bisolvon ® , Bispect ® , Bissuran ® , Bontoss ® , Broncotoss ® , Bronxina ® , Clarus ® , cloridrato de bromexina – genéricos) > derivado sintético da molécula vasicina, um alcaloide presente na planta Adhatoda vasica. aumenta a função lisossômica e as enzimas lisossômicas hidrolisam as fibras de mucopolissacarídeos do catarro, reduzindo a sua viscosidade . Outros efeitos são o aumento de imunoglobulinas no muco e efeito broncodilatador. Em seres humanos relatam- se náuseas. pode também ser encontrado em associação com antimicrobianos, tais como oxitetraciclina, amoxicilina e cefaloridina; Gr.: 0,2 a 0,5 mg/kg; Peq.: 0,5 a 1,0 mg/kg, VO, IM, BID ou TID -dembrexina (Sputolysin ®vet ) > metabólito ativo da bromexina; utilizado principalmente na clínica de equinos; atua no nível das células serosas das mucosas nasal, traqueal e brônquica e das células alveolares tipo II, aumentando a produção de surfactante; relatado aumento na concentração de antibióticos em secreções pulmonares de animais tratados com este expectorante. equinos: 0,3 a 0,5 mg/kg, VO, IV, BID -N-acetilcisteína (Bromuc ® , Cetilplex ® , Cisteil ® , Flucistein ® , Fluicis ® , Fluimucil ® , Mucocetil ® , Mucolator ® , Nac ® , Pneumucil ® e acetilcisteína – genéricos) > ação mucolítica, em virtude do grupamento tiólico livre, o qual interage com as pontes dissulfídricas das mucoproteínas, bem como com aquelas do DNA, integrantes do catarro. Essas ligações promovem alterações na composição do muco, tornando -o menos viscoso. ação mucolítica mais intensa ocorre em pH de 7 e 9. Quando administrada por inalação, o início do efeito ocorre dentro de 1 min; quando instilada, seu efeito é imediato. uso em Veterinária se faz tanto por via oral como, principalmente, por inalação e aerossol , utilizando- se a concentração de Nacetilcisteína a 20%, normalmente associada à isoprenalina; - isoprenalina é um agonista beta- adrenérgico utilizado com a finalidade de evitar o broncospasmo, efeito que normalmente é produzido pela N acetilcisteína. acetilcisteína pode também ser encontrada comercialmente associada ao cloreto de benzalcônio (Fluimucil ® solução nasal) ou ao sulfato de tuaminoeptano e fludrocortisona (Rinofluimucil ® ). A N acetilcisteína pode ser encontrada também sob as formas de pó e de xarope, para administração oral, sendo possível a adequação de sua dose para as diferentes espécies animais; Como a N acetilcisteína é biotransformada em compostos que contêm enxofre, deve se utilizar com precaução este medicamento em animais hepatopatas. Este mucocinético promove a inativação de antibióticos do grupo das penicilinas, as tetraciclinas e o peróxido de hidrogênio; portanto, estes medicamentos, quando usados sob a forma de aerossol, não devem ser utilizados junto com a N acetilcisteína. 3. expectorantes inalantes - administração de expectorantes por inalação requer o uso de aparelhos para a produção de vapores; há necessidade do uso de máscaras e/ou um local apropriado para o confinamento do animal; considerar que, em geral, os animais se ressentem, no início da administração, do forte odor do expectorante vaporizado. mais utilizados: benzoína , uma resina aromática, e o óleo de eucalipto, terpina (penetro ®) ; ; dióxido de carbono (gás usado principalmente quando houver necessidade de remover secreções na parte inferior do sistema respiratório; causa hiperemia da mucosa dos bronquíolos, produzindo secreções menos viscosas, facilitando assim a sua eliminação; produz movimentos respiratórios mais profundos e ativos, auxiliando a excreção do catarro; Normalmente em concentração a 5%); nebulização de solução fisiológica de NaCl a 0,9% tem também sido empregada com a finalidade de fluidificar o catarro, promovendo, consequentemente, a diminuição da viscosidade ; usar um nebulizador que libere partículas de até no máximo 5 μm de diâmetro, para que estas penetrem nos bronquíolos menores ; dióxido de carbono e solução fisiológica: ideal é que se use associado com broncodilatadores; Remover secreções profundas no TR, Reduzir viscosidade, Movim. respirat. profundos e ativos; ● ANTITUSSÍGENOS ( ou Béquicos) - reflexo da tosse: também função de defesa e limpeza; fisiológico que protege a árvore respiratória, eliminando secreções exageradas ou substâncias irritantes e, portanto, em geral não deve ser abolido; se a tosse for produtiva, isto é, se seu aparecimento tiver por finalidade favorecer a eliminação das secreções, limpando as vias respiratórias, esta não deverá ser suprimida; quando a tosse se apresentar crônica, contínua e não produtiva, deve se procurar eliminá -la, a fim de que este processo não promova o aparecimento de alterações crônicas no parênquima respiratório, como o enfisema e a fibrose; pode promover ainda efeitos indesejáveis no sistema circulatório, reduzindo o fluxo cardíaco e acarretando, consequentemente, diminuição do débito cardíaco; reflexo involuntário, que poderá ser suprimido ou iniciado voluntariamente; vias neurais envolvidas envolvem receptores sensoriais de fibras nervosas que vão de células epiteliais até a árvore traqueobrônquica, no nível da laringe até os bronquíolos > receptores irritantes, que respondem a estímulos químicos e físicos; numerosos na traqueia e nos brônquios, especialmente em volta do hilo pulmonar e bifurcação do brônquio; fibras mielinizadas aferentes desses receptores chegam ao centro da tosse na bulbota, de onde fibras eferentes partem, indo suprir os músculos da laringe, árvore traqueobrônquica, bem como os músculos intercostais e abdominais; participação do sistema nervoso autônomo > parassimpático, que libera acetilcolina, é o responsável pela manutenção do tônus basal das vias respiratórias (estimulação do vago provoca broncoconstrição); norepinefrina liberada pelo sistema nervoso autônomo simpático produz broncodilatação, por meio da ativação de receptores beta- adrenérgicos; receptores irritantes são estimulados por deformação mecânica, como, por exemplo, na broncoconstrição . Assim, propõe-se que, embora possa haver outros fatores responsáveis pela deflagração da tosse, a broncoconstrição é o estímulo primário para seu início; Portanto, a liberação de substâncias broncoconstritoras, como acetilcolina, histamina, serotonina, leucotrienos, prostaglandina, entre outras, pode desencadear o reflexo da tosse . -não são usados isoladamente, sendo com frequência incorporados a preparações que contêm expectorantes mucolíticos e substâncias demulcentes (xaropes); -objetivo primário da terapia antitussígena: promover a diminuição tanto da gravidade quanto da frequência da tosse, mas sem comprometer a defesa promovida pelo sistema mucociliar; sempre deverão ser medicamentos coadjuvantes; -procurar a causa da tosse para que possa ser realizado o tratamento adequado. -ação ocorre no sistema nervoso central (SNC), onde estes medicamentos inibem as respostas do centro da tosse aos estímulos que lá chegam; -INDICAÇÕES: Tosse seca e improdutiva; - Coadjuvante – tratar a causa da tosse -diminui a Gravidade e frequência – sist. mucocicilar -tosse pode causar Enfisema, pneumotórax e Exaustão ★ Antitussígenos que atuam no SNC : agentes narcóticos (codeína e butorfanol), e agentes não narcóticos (dextrometorfano e noscapina) ; não devem ser associados aos expectorantes, nem ser utilizados em pacientes com secreção abundante, pois esta secreção poderá acumular- se no sistema respiratório, promovendo asfixia; 1. Antitussígenos narcóticos ou opióides - comercialização sujeita a notificação de receita ou receita de controle especial, em função do seu potencial para causar abuso/dependência em seres humanos; maioria dos hipnoanalgésicos tem propriedades antitussígenas > mas somente alguns deles, como a codeína, hidrocodona e butorfanol , vêm sendo empregados como béquicos, pois estes opioides apresentam menor risco de dependência e são efetivos por via oral; como possuem potente efeito analgésico, podem mascarar um processo doloroso associado à afecção do sistema respiratório, ou a outra afecção concomitante, prejudicando o tratamento - codeína ou metilmorfina (Belacodid ® , Codaten ® , Codex ® , Paco ® , Tylex ® , Vicodil ® , paracetamol + fosfato de codeína genéricos) > derivado fenantrênico do ópio; potente antitussígeno e um analgésico de ação moderada; ação analgésica e sedativa; administração principalmente por via oral, sendo rapidamente absorvida; efeitos duram aproximadamente 3 a 4 h; dose 1-2 mg/kg, , VO, QID ; efeitos colaterais indesejáveis > vômito, constipação intestinal, sonolência (em cães), ou excitação (como ocorre em felinos e equinos); -hidrocodona (Codofen ® : associação de hidrocodona + paracetamol) > derivado fenantrênico do ópio; antitussígeno mais potente do que a codeína, causando menor depressão respiratória; utilizado principalmente em cães, dose cães - 0,25 mg/kg,VO, a cada 6 a 12 h; dose felinos - 2,5 a 5 mg/animal, a cada 8 a 12 h, devendo ser usado com precaução nesta espécie animal; efeitos colaterais são os mesmos que os da codeína; -butorfanol (Torbugesic ® ) > vem sendo amplamente utilizado, principalmente em cães, como antitussígeno; potência antitussígena 20 vezes maior do que a codeína, permanecendo seus efeitos por um tempo 2 vezes maior do que este último opioide; potência analgésica de 5 a 7 vezes maior do que a da morfina - analgesia imediata; dose cães (finalidade antitussígena) - 0,05 a 0,1 mg/kg, de 2 a 4 vezes/dia, SC , seguindo- se o tratamento , mediante administração oral na formulação em tabletes, na dose de 0,5 a 1,1 mg/kg, por 3 a 4 dias, a cada 6 a 12 h. Pode ser empregada em felinos > dose 0,1-0,4 mg/kg SC, 2 a 4 vezes/dia . Para equinos e bovinos, dose de 0,01 a 0,1 mg/kg, por via intravenosa ou intramuscular; ou 0,01 a 0,1 mg/kg - SC, IM ou 0,1 a 0,5 mg/kg, VO, BID efeitos colaterais > Sedação, anorexia, náusea; 2. Antitussígenos não narcóticos - - dextrometorfano (Benalet TSC ® , Bisoltussin ® , Trimedal Tosse ® ), também encontrado em associações (Dibendril ® , Silencium® , Xarope 44E ® )* > opioide sintético não narcótico; eleva o limiar central p/ reflexo da tosse; A atividade antitussígena deste medicamento é 15 a 20 vezes menor que a do butorfanol e igual à da codeína; no entanto, ao contrário deste último opioide, não produz depressão respiratória, efeito analgésico, tontura, narcose ou irritação no trato gastrintestinal; Além disso, não induz dependência; Em seres humanos, é o antitussígeno mais utilizado e seguro que se conhece atualmente; poucas são as informações sobre o uso nas diferentes espécies de animais domésticos; cães e gatos dose - 2 mg/kg, até 4 vezes/dia VO; 1 a 2 mg/kg, VO, IM, SC, TID/QID ; administrado por via oral; entretanto, poderá também ser prescrito para administração por via parenteral; efeitos colaterais descritos em seres humanos - sonolência, tontura, gastralgia e reações cutâneas alérgicas; Em doses elevadas poderá causar depressão respiratória; 3. RECURSOS PARA ACALMAR A TOSSE: Demulcentes (rebuçados e xaropes) > Ação calmante sobre a mucosa; Revulsivos ( álcool etílico/água – 1:1) > intensifica a irrigação sanguínea, diminuindo a irritação; ● BRONCODILATADORES -com frequência, usados em Medicina Veterinária, para evitar o aparecimento da broncoconstrição, que é parte de uma complexa série de eventos que iniciam a tosse. - três grupos: agonistas beta- adrenérgicos; Xantinas (metilxantinas) ; anticolinérgicos ; -INDICAÇÕES: dilatação e aumento do lúmen das vias aéreas, favorecendo a ventilação pulmonar; 1. Agonistas beta-adrenérgicos: se deve ao efeito broncodilatador, que se faz por ação direta nos receptores beta- adrenérgicos (B2) do músculo liso do brônquio; inibição da liberação de serotonina e histamina pelos mastócitos e de um dos principais mediadores da inflamação, o TNF α, liberado pelos monócitos; também estimulam os cílios e reduzem a viscosidade do muco; deve- se escolher preferencialmente aqueles com ação direta em receptores β2 , uma vez que estes últimos agonistas são livres de efeitos estimulantes cardíacos; ★ agonistas β2 adrenérgicos seletivos - FENOTEROL, SALBUTAMOL, TERBUTALINA, METAPROTERENOL; -salbutamol ou albutamol > pode ser encontrado no comércio como princípio ativo único (Aerotide ® , Aerojet ® , Aerogold ® , Aerolin ® , Aerotrat ® , Bronconal ® , Sulfato de salbutamol – genéricos), ou em associações (Aeroflux Edulito ® , Beclotamol ® , Clenil Compositum A ® , Combivent ®); dose cães - 0,02 a 0,04 mg/kg, BID ou 1 a 3 vezes/dia, VO; dose equinos - 8 μg (microgramas), 2 vezes/dia, por via oral, ou 2 a 3 μg, por meio de inalação; Embora sejam praticamente desprovidos de efeitos tóxicos, em doses terapêuticas, podem- se observar tremores e alteração da pressão arterial, uma vez que os receptores β2 adrenérgicos são encontrados não só na árvore respiratória, mas também no músculo liso da vasculatura. lembrar que, DEVIDO AOS EFEITOS RELAXANTES NA MUSCULATURA UTERINA, ESTES MEDICAMENTOS NÃO DEVERÃO SER UTILIZADOS EM FÊMEAS EM FASE DE PARIÇÃO (efeito tocolítico - Suprimem contrações uterinas). -terbutalina > como princípio ativo único (Adrenyl ® , Bricanyl ® , Terbutil ® ), ou em associações com a guaifenesina (Bricanyl ® , Expectalina ® , Terbutoss ® e sulfato de terbutalina + guaifenesina – genéricos); dose cães - 2,5 mg/dia, VO ou SC; dose gatos - 1,25 mg/12 h, VO; equinos dose - 0,02 a 0,06 mg/kg/12 h, EV; -clembuterol (Pulmonil ®vet , Ventipulmin ® vet – disponível no Brasil apenas para uso em equinos) > usado na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), atualmente denominada obstrução aérea recorrente (RAO, recurrent airway obstruction), em alergias crônicas, na bronquite e na influenza, em equinos; dose 0,8-3 μg/kg/dia, durante 10 dias, por via intravenosa ou oral. efeitos adversos associados a uso crônico > queda de performance aeróbica, impacto negativo na performance cardíaca, hipertrofia cardíaca; em ratos morte súbita; uso dem animais de produção não é permitido em muitos países, já que há relatos de diversos efeitos adversos em seres humanos que ingeriram alimentos com resíduos deste agonista β2 adrenérgico. -outros: bambuterol, salmeterol e formoterol; até o momento não existem dados disponíveis quanto ao uso destes na clínica veterinária. -Fenoterol - peq.: aerosol – 1 a 2 gotas/ 5kg; ★ Beta-Agonistas De Ação Direta - - Adrenalina – Simpaticomimético com ação estimulante de receptores alfa (1, 2) E beta (1, 2 E 3) -Efedrina – Maior ação em beta2; cães: 5 a 15 mg total, VO, BID ou TID; gatos: 2 a 5 mg total, VO, BID; 2. Metilxantinas - há três de ocorrência natural, farmacologicamente ativas: teofilina, teobromina e a cafeína; AMINOFILINA, OXITRIFILINA, TEOFILINA SÓDICA; promovem a broncodilatação pela inibição competitiva da fosfodiesterase nucleotídiocíclica, enzima que catalisa a conversão de 3′5′ adenosina monofosfato cíclico (cAMP) a adenosina monofosfato (5′ AMP); Esta inibição resulta em aumento da concentração de 3′5′ cAMP, que estimula uma proteinoquinase, e esta, por sua vez, fosforila (inibindo) a enzima quinase da cadeia leve da miosina, a qual promove a contração da musculatura lisa. A broncodilatação resulta da inibição da fosfodiesterase (PDE) com acúmulo de AMPc intracelular; Antagonistas competitivos de receptores da adenosina (a-1 e a-2) e purinas (P-1 E P-2); -teofilina > mais utilizada com finalidade broncodilatadora; normalmente é associada à etilenodiamina, um bloqueador de receptor histaminérgico H1 , sendo o produto conhecido como aminofilina (IVB aminofilina ® , Lapefe ® , Aminocris ® , Aminofil ® , Aminofilon ® , Aminofinil ® , Aminogel ® , Aminoima ® , Aminolex ® , Aminoliv ® , Aminosantisa ® , Aminotil ® ,Aminotrat ® , Asmafen ® , Asmodrin ® , Hyfilina ® , Eufilin ® , aminofilina – genéricos); (Codrinan ® , Drylina ® , Filinasma ® , Talofina ® , Teolong ® , Teo Bras ® , Teobronc ® , Teofilab ® , Teosin ® , teofilina – genéricos); vantagem terapêutica sobre os outros broncodilatadores seria de que esta metilxantina promoveria aumento na força de músculos respiratórios e, com isto, o decréscimo do trabalho associado à respiração; dose cães - 6 a 11 mg/kg, a cada 8 a 12 h, VO ou EV (em situações de emergência); dose gatos - 4 mg/kg, a cada 8 a 12 h, VO; se a administração for EV, preconiza- se a dose de 0,1 mg/kg. Para equinos, em situações de emergência (p. ex., edema pulmonar), deve se administrar a teofilina por via intravenosa na dose de 2 a 7 mg/kg, diluída em solução salina (100 mℓ), por um período de 30 min; em outras situações, recomenda se a dose de 11 mg/kg, por via oral, a cada 8 a 12 h. pode também ser encontrada em associações com sulfato de efedrina (Franol ® ) ou com sulfato de efedrina e cloridrato de hidroxizina (Marax ® ). vários os efeitos adversos associados, como excitação do SNC (como insônia e tremores), alterações no trato gastrintestinal (em geral, vômito), também estimulação cardíaca e aumento da diurese. Ressalta se que a teofilina tem um índice terapêutico baixo; portanto, a dose deve ser determinada com muito cuidado para que não haja o aparecimento dos efeitos tóxicos; -Aminofilina - 5 a 10 mg/Kg, VO, IM, IV, BID ou TID 3. ANTICOLINÉRGICOS ou AGONISTAS β2 ADRENÉRGICOS - principal inervação do músculo liso brônquico se faz pelo sistema nervoso autônomo parassimpático, produzindo a broncoconstrição; uso tem por finalidade antagonizar este efeito, produzindo a broncodilatação ; Antagonizam os efeitos resultantes da estimulação parassimpática, produzindo broncodilatação; Estimulam os efeitos simpáticos produzindo broncodilatação ( salbutamol, terbutalina ); broncodilatação resulta da ação anticolinérgica antimuscarínica, que provoca redução do tônus bronquial; -atropina > alcaloide extraído da Atropa belladona; devido aos diversos efeitos indesejáveis que este alcaloide produz, como taquicardia, midríase e depressão do SNC, limitou se seu uso por via sistêmica; contudo, pode ser administrada também por aerossol, reduzindo a incidência destes efeitos indesejáveis; -glicopirrolato > não existe produto comercial no Brasil; composto de amônio quaternário; pequena capacidade de atravessar a barreira hematencefálica; portanto, diferentemente do que ocorre com a atropina, não são observados efeitos no nível do SNC; não atravessa a barreira placentária; vem sendo particularmente empregado na clínica de equinos, no tratamento da doença pulmonar crônica obstrutiva > dose 2 a 3 μg, a cada 8 a 12 h, IM. -ipratrópio > pode ser encontrado como princípio ativo único (Aerodivent ® , Ares ® , Asmaliv ® , Atrovent ® , Bromovent ® , Broncovent ® , Iprabon ® , Ipraflux ® , Ipraneo ® , Iprat ® , Alvent ® , Brometo de Ipratróprio – genéricos), ou associado (Conbivent ® : brometo de ipratróprio + salbutamol); anticolinérgico, derivado amônio quaternário; amplamente utilizado em humanos, principalmente no tratamento da asma; porém, em Medicina Veterinária, seu uso é restrito paraequinos, sendo preconizada a dose de 2 a 3 μg/kg, por inalação; - tiotrópio (Spiriva Respimat ® ) > características semelhantes às do ipratrópio, sendo também aplicado por inalação; duração de efeitos mais longa; estudos relativos a este medicamento incluíram apenas em seres humanos, não existindo avaliação do uso do tiotrópio em animais; OBS: no nível do sistema respiratório, existem três tipos de receptores muscarínicos. Assim, enquanto os receptores M3 liberam acetilcolina, os receptores M2 bloqueiam esta liberação; portanto, medicamentos anticolinérgicos não muito seletivos, como a atropina e o ipratrópio, podem, em algumas situações, potencializar a liberação de acetilcolina por bloquearem os receptores M2 . ● ANALÉPTICOS/ESTIMULANTES RESPIRATÓRIOS -INDICAÇÕES: Estimulação respiratória; - usados na reversão da depressão respiratória central causada por agentes depressores do SNC, como os barbitúricos e outros anestésicos gerais. Esses medicamentos também são empregados com o objetivo de antagonizar os efeitos depressores da xilazina, da acepromazina e de barbitúricos de curta duração em cães.; - estimulantes bulbares, haja vista que suas ações estimulantes se fazem nos centros bulbares, em particular no centro respiratório e, em segunda instância, no centro vasomotor, causando exagerada excitabilidade reflexa, e em doses maiores, convulsões. -existem várias substâncias, como o doxapram, niquetamida, amifenazol, o etamivam, picrotoxina e pentilenotetrazol ; somente o doxapram vem sendo usado como estimulante respiratório, pois outros medicamentos podem apresentar pequena margem de segurança ou não serem tão eficazes na reversão da depressão respiratória; 1. Doxapram (Dopram V ® , Viviram V ® – produtos veterinários) > ação estimulante em quimiorreceptores das regiões carotídea e aórtica cujo estímulo é levado, via nervo do seio carotídeo, um ramo do nervo glossofaríngeo, ao SNC;, também pode estimular diretamente o centro respiratório bulbar; Quando usado em altas doses pode haver também estimulação de outras áreas do SNC. estimula a atividade respiratória no período pós -anestésico ou de recuperação da anestesia. excelente agente analéptico e pode ser usado em associação com outros medicamentos analépticos para melhorar a atividade respiratória; efeitos estimulantes respiratórios e cardiovasculares ocorrem após circulação completa do agente no organismo, causando aumento no volume minuto respiratório corrente e na frequência respiratória; a melhora na ventilação pulmonar reflete se por alterações no equilíbrio acidobásico do organismo, bem como na tensão de oxigênio do sangue arterial. tem curto período de ação no SNC quando administrado por via intravenosa. Simultaneamente aos seus efeitos respiratórios, pode também produzir um efeito hipotensor arterial de curta duração, talvez por ativação do sistema nervoso simpático; doses terapêuticas nas diferentes espécies animais devem ser repetidas a cada 15 a 20 min. doses mais baixas referem- se ao uso clínico nas depressões causadas por anestésicos inalatórios; Efeitos colaterais > náuseas, tosse e agitação; potencializa a toxicidade hepática do paracetamol; Em neonatos com isquemia cerebral, o doxapram piora a lesão da substância branca; Cães e gatos: 5,5 a 11 mg/kg, por via intravenosa; cães neonatos: 1 a 5 mg (dose total – SC ou SL); gatos neonatos: 1 a 2 mg (dose total – SC ou SL); peq. an: 5 a 10 mg/kg (adultos) 1 a 2 mg/kg (jovens) gr. an.: 0,3 a 0,6 mg/kg ● DESCONGESTIONANTES - usados no tratamento sintomático das rinites e das sinusites alérgicas ou virais; - anti histamínicos e agonistas de receptores α1 adrenérgicos . ★ Anti-histamínicos - histamina tem importante papel na etiologia da broncoconstrição e, consequentemente, da tosse, justifica- se o amplo uso de anti histamínicos (antagonistas de receptores H1 ) como auxiliares no tratamento de diversas afecções do sistema respiratório; efeitos parassimpatolítico (efeito semelhante ao da atropina, diminuindo as secreções) e anestésico local, os quais contribuem sobremaneira para o bem- estar do paciente; INDICAÇÕES: Processos alérgicos antagonistas de receptores H1 utilizados como descongestionantes: dimenidrinato (Agasten ®, dramin ®), clorfeniramina (Polaramine ® ), hidroxizina (Hixizine ® ) edifenidramina – que normalmente vem associada,* mas que pode também ser encontrada sem associação (Benadryl ® , cloridrato de difenidramina – genérico) –, segunda geração: cetirizina (Cetrizin ® , Zyrtec ® , cloridrato de cetirizina – genérico) e loratadina (Atinac ® , Claritin ® e loratadina – genérico). -Difenidramina (difenidrin) – 1 a 4 mg/kg, VO, IM, SC, IV – BID/ TID -Dimenidrinato (dramin) – 5 a 8 mg/kg, VO, IM, SC, IV – BID/ TID -Prometazina (fenergan) – 0,2 a 2,0 mg/kg, VO, IM, SC, IV – BID/ TID -Clemastina (alergovet) – 0,5 a 5 mg/kg, VO, IM, SC – BID ★ Agonistas α1-adrenérgicos - causam vasoconstrição, promovendo, consequentemente, a redução do fluido exsudato; principais utilizados > efedrina (Abbot Efedrina ® , Efedrin ® , Hosphedrin ® , Unifedrine ® , sulfato de efedrina – genérico), que também pode ser encontrada em associação (Franol ® , Marax ® ) † , e a pseudoefedrina ; Devido aos vários efeitos produzidos quando da administração sistêmica, como estimulação do SNC, hipertensão, alterações cardíacas, alteração na drenagem do humor aquoso e retenção urinária, recomenda se que a utilização destes descongestionantes seja realizada, sempre que possível, por via tópica (spray nasal); dose de efedrina quando administrada por via sistêmica (oral ou intramuscular), para cães é de 5 a 15 mg (dose total) e, para gatos, de 0,44 mg/kg, a cada 6 h; ● ANTINFLAMATÓRIOS -Esteroidais / não esteroidais - finalidade de reduzir o edema de mucosa nos brônquios e bronquíolos; por meio de inibição de alguns efeitos dos mediadores da inflamação, como os das prostaglandinas, que produzem broncoconstrição, podem promover o alívio da tosse; -efeito na redução da inflamação e a liberação de produtos inflamatórios como histamina; -Redução da liberação de histamina pelos basófilos; ● ANTIPARASITÁRIOS -usados quando a causa da afecção é por parasitos; -Nas broncopneumonias verminóticas (Assoc. a antimicrobianos); Toxocara canis, Ancylostoma caninum, Strongyloides stercoralis
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