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Traumatismos em dentes permanentes

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TRAUMATISMOS EM DENTES 
PERMANENTES 
 
 São divididos em fraturas que acometem os 
tecidos dentários duros (trinca e fraturas) e os que 
acometem os tecidos de suporte (concussão, 
luxações e avulsão). 
Em um trauma, mais de um dente pode ser 
acometido por lesões diferentes e por isso é 
importante examinar os dentes adjacentes mesmo 
que não tenham fratura visível, pois podem ter 
sofrido trauma somente nos tecidos de suporte. 
Uma observação importante é que o testes de 
percussão e palpação positivos (com dor) 
geralmente indicam traumatismos nos tecidos de 
suporte, mesmo que associado a algum ou 
nenhum traumatismo nos tecidos duros. Esses 
testes não precisam ser feitos logo após o 
acidente para não causar um desconforto tão 
intenso. 
Uma outra situação é que um dente traumatizado 
pode apresentar uma parestesia temporária, ou 
seja, não responde aos testes de sensibilidade 
positivamente. É importante lembrar que isso não 
significa necrose do dente e por isso deveremos 
esperar um segundo sinal clínico de necrose 
(escurecimento da coroa, lesão radiográfica, 
fístula) para intervir com um TE. 
ETIOLOGIA/CAUSA DOS TRAUMATISMOS 
DENTOALVEOLARES 
Quedas, violência interpessoal, trauma 
ocupacional, colisão entre indivíduos, abuso 
infantil, mordida de cães, prática de esportes, 
acidentes de bicicleta e automobilístico. 
FATORES DE RISCO DOS 
TRAUMATISMOS DENTOALVEOLARES 
Dentição decídua: Maloclusão classe III, overjet 
acentuado e selamento labial insuficiente, mordida 
aberta anterior, hiperatividade, má coordenação 
motora ou epilepsia e maiores rendimentos e 
níveis de educação. 
Dentição permanente: cárie, obesidade, 
consumo excessivo de álcool, uso de drogas, 
overjet acentuado, mordida aberta anterior e 
selamento labial inadequado. 
PREVENÇÃO 
Passiva: educação em saúde e aplicativo da AST; 
Ativa: equipamentos de segurança, protetores 
bucais, avaliação/intervenção ortodôntica, 
investimento, estrutura e equipamento de 
segurança. 
CLASSIFICAÇÃO 
Tecidos dentários e tecidos de sustentação. 
MEDIDAS IMEDIATAS 
Limpar a região com água e soro → hemostasia → 
limpar a vítima → encaminhar ao pronto-socorro 
ou dentista. 
Instruções aos pais/parentes: 
- Fratura do dente: procurar o fragmento → 
colocar em água ou soro → ir ao dentista. 
- Deslocamento do dente: para lateral → com 
gaze, realinhar; para fora do alvéolo → 
reposicionar; ir ao dentista. 
DURANTE A CONSULTA 
Anamnese: 
1- Avaliação dos sinais de emergência: período 
de inconsciência, cefaléia, náuseas, vômitos, 
amnésia e qualquer sinal de traumatismo 
craniano; 
2- História médica (condição sistêmica): 
quando? Onde? Como? 
3- História do trauma: 
- Quando: o tempo decorrido entre o trauma e 
o primeiro atendimento orientam o tratamento e 
prognóstico. 
- Onde: implicações legais, possibilidade de 
contaminação dos ferimentos e profilaxia para 
o tétano. 
- Como: localização e intensidade do trauma 
Superfícies 
duras 
Impacto 
amortecido 
Trauma 
em 
anteriores 
Trauma 
no mento 
Fraturas 
coronárias 
Fraturas de 
raiz 
Fraturas 
coronárias 
Fraturas 
em dentes 
posteriores 
 Deslocamentos Fraturas 
radiculares 
Fratura de 
mandíbula 
 Fraturas 
ósseas 
Fratura de 
côndilo 
 
Exame físico: 
1- Extraoral; 
2- Intraoral: palpação, mobilidade, 
sensibilidade e percussão; 
3- Exames complementares: 
Transiluminação, exames radiográficos e 
fotografias. 
LOCALIZAÇÃO E TIPOS DE LESÕES 
TRAUMÁTICAS 
TECIDOS DENTÁRIOS 
TRINCA DE ESMALTE 
 
 
 
 
Definição: Fratura incompleta do esmalte 
(rachadura, fissura) sem perda de estrutura 
dentária. 
 Características clínicas: ausência de 
sensibilidade a percussão e palpação, mobilidade 
normal e teste de sensibilidade positivo (testes 
normais). 
- Facilitada sua visualização quando realizada 
transiluminação: feixe de luz direcionado 
perpendicularmente ao longo do dente. 
Características radiográficas: sem 
anormalidades radiográficas 
Tratamento: caso a trinca seja muito visível, ela 
pode ser selada com aplicação de ácido, adesivo 
e resina composta para prevenir descoloração ou 
contaminação bacteriana. Caso contrário, nenhum 
tratamento e acompanhamen-to são necessários 
(sempre avaliar a presença de traumatismo de 
tecidos de suporte). 
FRATURA DE ESMALTE 
 
 
 
 
Definição: fratura não complicada envolvendo 
apenas esmalte, com perda da estrutura dentária. 
Características clínicas: Perda de esmalte sem 
sinais visíveis de dentina exposta. Testes normais 
e se apresentar sensibilidade aos testes 
perirradiculares avaliar ocorrência de lesão nos 
tecidos se suporte. 
Características radiográficas: 
Radiograficamente pode visualizar a perda do 
esmalte. Caso o fragmento tenha sido perdido, 
pode tentar localizar o fragmento nos tecidos 
moles pela radiografia. 
Tratamento: Intervenção somente se alterar 
estética ou função: suavização das bordas da 
fratura, recontorno, colagem do fragmento ou 
restauração. 
O acompanhamento não é tão necessário (se não 
associado com outro traumatismo), mas pode ser 
feito dentro de alguns meses ou um ano. 
FRATURA DE ESMALTE E DENTINA SEM 
EXPOSIÇÃO PULPAR 
 
Definição: Fratura envolvendo esmalte e dentina, 
sem exposição pulpar e com perda de estrutura. 
Características clínicas: A dentina é um tecido 
permeável, por isso, mesmo sem exposição 
pulpar, pode haver inflamação e infecção através 
dos túbulos dentinários expostos, sem mobilidade. 
Testes normais: teste de sensibilidade pode dar 
mais exacerbado devido a dentina exposta e a 
proximidade com a polpa. Se na percussão tem 
dor, provavelmente tem lesão no tecido de 
suporte. 
Características radiográficas: Há perda de 
estrutura visível na radiografia. Exame 
radiográfico pode ser usado para localização de 
fragmentos. 
Tratamento: colagem do fragmento*, restauração 
direta ou indireta. Se a fratura estiver próxima da 
polpa, pode fazer capeamento pulpar indireto 
(com hidróxido de cálcio ou MTA) se julgar 
necessário. 
* Colagem do fragmento: ele precisa estar 
hidratado no momento da colagem. O ideal é que 
o paciente tenha armazenado o fragmento em 
água ou soro fisiológico, porém se ele trouxe ele 
seco é preciso reidratar esse fragmento em soro 
fisiológico por pelo menos 15-20 minutos para que 
a colagem obtenha sucesso clínico. 
Acompanhamento normal de restauração, em 
algumas semanas (6-8) e anualmente. Se houver 
falha na restauração, reparar ou substituir. 
FRATURA DE ESMALTE E DENTINA COM 
EXPOSIÇÃO PULPAR 
 
 
 
 
Definição: Fratura complicada envolvendo 
esmalte e dentina, com exposição pulpar e perda 
de estrutura. 
Testes normais: A polpa exposta se apresenta 
obviamente mais sensível a estímulos. 
Características clínicas: Há perda de estrutura 
visível na radiografia. Exame radiográfico pode ser 
usado para localização de fragmentos. 
A abordagem endodôntica é recomendada, mas 
a abordagem depende e será ditada pelo estágio 
da rizogênese e o diagnóstico pulpar: 
1) Rizogênese incompleta e vitalidade pulpar: 
tratamentos conservadores para manter a polpa 
vital (para manter o desenvolvimento da raiz): 
capeamento pulpar direto (em exposições 
menores) ou pulpotomia (principalmente em casos 
em que o dente ficou muito tempo exposto ou em 
exposições maiores). 
2) Rizogênese incompleta e necrose pulpar: 
faz-se o tratamento endodôntico de fato, mas com 
procedimentos diferenciados para tentar promover 
o desenvolvimento radicular: apicificação* e 
revascularização**. 
3) Rizogênese completa: tratamento 
endodôntico em casos de exposições maiores ou 
prolongadas. Se a exposição foi pequena ou 
recente, prefere-se tratamentos conservadores 
para tentar preservar a polpa com um capeamento 
pulpar direto com hidróxido de cálcio PA ou a 
pulpotomia parcial. 
Com a necessidade de colocar pino intrarradicular, 
o tratamento endodôntico deveser realizado. 
Pode ser realizada a colagem do fragmento se for 
indicado (reidratar o fragmento). 
- O acompanhamento deve ser feito com 
semanas, 3 meses, 6 meses e 1 ano. É uma 
fratura mais complicada que requer mais 
acompanhamento. 
- O ideal é que os dentes com rizogênese 
incompleta continuem o desenvolvimento 
radicular e que não haja necrose pulpar e 
infecção. 
* Apicificação: indução do fechamento apical ao 
desenvolver uma barreira de tecido calcificado na 
porção apical. A raiz não continua crescendo, mas 
há o estreitamento do forame para que haja o 
adequado suporte para o material do TE. É feito 
com várias trocas de medicação intracanal com 
hidróxido de cálcio (TE vai ser realizado depois 
que confirmada a deposição de cálcio no ápice) ou 
com o tampão apical de MTA (TE feito na mesma 
sessão). Ambos estimulam a calcificação apical. 
** Revascularização: retira a polpa e faz a 
descontaminação com hipoclorito de sódio de 
baixa concentração e EDTA. Coloca medicação 
intracanal com hidróxido de cálcio por 1 a 4 
semanas. Remover a medicação e levar uma lima 
até o periápice e ficar agitando a região para 
provocar um sangramento. Esse sangue entra no 
canal e forma um coágulo e um material 
biocerâmico é colocado por cima (TE normal para 
cima). Esse coágulo possui células mesenquimais 
indiferenciadas que vão se diferenciar para 
depositar tecido calcificado dentro do canal, dando 
continuidade ao desenvolvimento radicular, 
podendo haver aumento no comprimento do 
canal. 
- Tratamento: RESUMO 
→ Rizogênese incompleta: capeamento pulpar 
ou pulpotomia parcial. Utilizar hidróxido de cálcio 
para biopulpectomia, pode ser realizado 
apicificação ou ainda endodontia se não for 
possível manter a vitalidade do dente; 
→ Rizogênese completa: capeamento pulpar, 
pulpotomia parcial ou pulpectomia; 
→Avaliações clínicas e radiográficas são 
necessárias: após 6-8 semanas → após 3 
meses → após 6 meses → após 1 ano. 
FRATURA CORONORRADICULAR 
 
Definição: A fratura envolvendo esmalte, dentina 
e cemento (vai da coroa até a raiz) e pode ser não 
complicada (sem exposição pulpar) ou complicada 
(com exposição pulpar). Normalmente se 
estendem abaixo da margem gengival. 
- Teste de sensibilidade positivo, sensibilidade a 
percussão positiva, fragmento normalmente está 
presente e móvel. A avaliação da extensão da 
fratura (supra ou subalveolar) deve ser feita. 
Características radiográficas: 
Radiograficamente a extensão apical da fratura 
geralmente não é visível. Pode ser usada a TCFC 
para melhor visualização do trajeto da fratura. 
Tratamento: 
- Fragmento preso: deve ser estabilizado com 
contenção flexível ou resina à outros dentes ou a 
um segmento sem mobilidade. 
- Se a polpa não estiver exposta, pode ser feita 
a remoção do fragmento coronário/com 
mobilidade e fazer a restauração do dente 
- Com a polpa exposta, a abordagem é a mesma 
que na exposição pulpar na fratura somente 
coronária (depende do grau de desenvolvimento 
da raiz e da condição pulpar), visando tratamentos 
conservadores e a continuidade do 
desenvolvimento da raiz. 
- Dependendo do resultado desses tratamentos 
iniciais, no futuro pode ser necessário a extrusão 
ortodôntica ou cirúrgica do fragmento apical/sem 
mobilidade, tratamento endodôntico e 
restauração, sepultamento da raiz, reimplante, 
extração e autotransplante. 
- Por isso, o acompanhamento deve ser com 1 
semana, 6-8 semanas, 3 meses, 6 meses, 1 ano e 
anualmente por pelo menos 5 anos. Realizar 
avaliações clínicas e radiográficas. 
- A perda de margem óssea e inflamação 
periodontal são consideradas falhas. 
- Rizogênese incompleta: 
Urgência – estabilização temporária do fragmento 
/ pulpotomia parcial (se houver exposição); 
Remoção do fragmento e restauração; 
Pulpotomia parcial; 
Remoção do fragmento + endodontia + pino + 
coroa (necrose – apicificação); 
Remoção do fragmento e reposicionamento 
cirúrgico, ortodôntico; 
Sepultamento radicular; 
Extração + implantes / prótese fixa; 
Autotransplante. 
- Rizogênese completa: pulpectomia; 
FRATURA RADICULAR 
Definição: Fratura que envolve 
dentina, polpa e cemento. Pode ser 
horizontal, vertical ou oblíqua. A 
fratura horizontal tem um 
prognóstico bom, enquanto a 
oblíqua e vertical geralmente são 
catastróficas. 
Características clínicas: O 
fragmento coronário pode apresentar mobilidade e 
estar deslocado e geralmente apresenta 
sangramento no sulco gengival. 
Testes: Pode apresentar sensibilidade a 
percussão positiva e inicialmente o teste de 
sensibilidade pode se apresentar negativo, mas é 
comum esse dano pulpar ser transitório (esperar 
segundo sinal clínico de necrose para intervir). 
Características radiográficas: 
Radiograficamente pode-se localizar a fratura em 
qualquer nível da raiz (no terço cervical o 
prognóstico é pior) e pode ser necessária uma 
TCFC para determinar a localização, extensão e 
direção da fratura. 
Tratamento: 
- Reposicionar o fragmento coronário com o 
paciente anestesiado e instalar uma contenção 
flexível* por 4 semanas (terço apical e médio) ou 
até por 4 meses (terço cervical – tempo de 
cicatrização mais demorada). 
* Instalação da contenção flexível: usar fio de 
nylon 0.6 ou fio de aço 0.04 ou fio ortodôntico 
flexível. Dois dentes para mesial e dois dentes 
para distal do dente traumatizado. Faz 
condicionamen-to no centro da face vestibular, 
aplicação do adesivo e fixar o fio com resina 
composta em cada dente. Os componentes da 
contenção devem ser distantes da gengiva e áreas 
proximais para evitar retenção de placa e infecção 
secundária, permitindo a melhor cicatrização do 
osso e da gengiva marginal. 
- O fragmento coronário pode estar móvel se a 
fratura foi na cervical, nesses casos, pode ser 
necessária a remoção do fragmento, tratamento 
endodôntico e restauração com pino de retenção 
intrarradicular. O prognóstico de uma fratura no 
terço médio ou apical é melhor pois estando 
abaixo da crista óssea, não tem contato com meio 
bucal. 
- A cicatrização deve ser monitorada, assim 
como a vitalidade pulpar por pelo menos 1 ano e 
nenhum tratamento endodôntico deve ser 
realizado de início, sempre acompanhar dentro de 
semanas e meses (4 semanas, 6-8 semanas, 4 
meses, 6 meses, 1 ano e anualmente por 5 anos). 
- O fragmento apical raramente desenvolve 
alterações patológicas e o prognóstico é de 80% 
pra cicatrização satisfatória de fraturas horizontais 
nos terços apical e médio. 
Tratamento para fratura radicular horizontal, 
oblíqua ou ambas: 
- Rizogênese incompleta: fraturas cervicais 
podem cicatrizar. O fragmento coronário não deve 
ser removido na consulta de emergência, 
principalmente se não apresentar mobilidade; 
- Rizogênese completa: linha de fratura cervical 
acima da crista óssea alveolar e o fragmento 
coronário está com grande mobilidade. Remoção 
do fragmento coronário + pino + coroa; 
- Proservação: após 4 semanas (remoção da 
contenção, se for fraturas no terço médio e apical 
da raiz) → 6-8 semanas → 4 meses ( remoção da 
contenção para fraturas no terço cervical) → 6 
meses → 1 ano. 
OBS.: Se deslocou, reposicionar o fragmento, 
estabilizar com contenção flexível por 4 semanas 
ou mais; se necrosar realizar apicificação + 
endodontia. 
Tipos de cicatrização de fratura: 
1)Interposição de tecido calcificado: formação 
de tecido calcificado na linha de fratura e os 
fragmentos se unem e 
radiograficamente a linha 
de fratura não é mais 
visível. Raiz com 
rizogênese incompleta 
pode até continuar o 
desenvolvimento. 
2) Interposição de 
tecido conjuntivo: na 
linha de fratura há a 
formação de tecido 
conjuntivo proveniente 
do osso e do ligamento 
periodontal. É favorável, 
geralmente mantém 
vitalidade pulpar. 
Em alguns casos, a 
interposição do tecido 
conjuntivo vem somente 
do ligamento periodontal,sem formação de osso 
(visualiza até lâmina 
dura). Também é 
satisfatório. 
3) Interposição de tecido de granulação: 
formação desse tecido 
na linha de fratura 
indica a necrose pulpar 
e o TE geralmente é 
feito somente na porção 
coronária até a linha de 
fratura. 
 
TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO 
CONCUSSÃO 
Definição: Traumas nos tecidos de suporte que 
não levou ao rompimento das fibras do ligamento 
periodontal 
Testes: Não há alteração da mobilidade e teste de 
sensibilidade positivo, mas o teste de percussão 
mostra grande sensibilidade, até ao toque. É 
possível que haja uma resposta falso negativa 
para o teste de sensibilidade pulpar que pode 
durar por vários meses, portanto, sempre esperar 
um segundo sinal clínico de necrose, monitorar a 
vitalidade pulpar após 1 mês e 1 ano. 
Características radiográficas: Ausência de 
alterações radiográficas (observar a integridade 
da lâmina dura sempre). Lembrar que podem 
ocorrer mais de uma lesão ao mesmo tempo e 
saber avaliar essa diversidade. 
Tratamento: Nenhum tratamento ou contenção 
são necessários, mas monitorar a vitalidade pulpar 
por pelo menos um ano e ficar atento a sinais de 
necrose ou lesão periapical. 
SUBLUXAÇÃO 
Definição: Trauma nos tecidos de suporte que 
levou ao rompimento de algumas fibras do 
ligamento. 
Características clínicas: mobilidade dentária, 
sem deslocamento, sensibilidade ao toque ou 
batida leve, dano pulpar transitório ou 
permanente. Se ocorrer reabsorção inflamatória 
externa, deve ser iniciado tratamento endodôntico 
imediatamente. Pode ser observado um 
sangramento na margem gengival devido a 
quebra das fibras (similar à fratura radicular: 
avaliar radiograficamente). 
Testes: Apresenta sensibilidade exacerbada no 
teste de palpação e percussão, apresenta 
mobilidade aumentada (mas não está deslocado) 
e o teste de sensibilidade geralmente é positivo, 
mas pode dar falso negativo ou negativo (aguardar 
segundo sinal de necrose). 
Características radiográficas: A aparência 
radiográfica é normal e normalmente nenhum 
tratamento é necessário. 
Tratamento: Uma contenção flexível para 
estabilizar o dente pode ser indicada por 2 
semanas se o dente apresentar mobilidade 
excessiva. Monitorar a vitalidade por 1 ano. 
Monitorar por pelo menos 1 ano. 
 
LUXAÇÃO EXTRUSIVA 
 
Definição: Trauma leva ao deslocamento do 
dente para fora do alvéolo em uma direção 
incisal/axial. 
Características clínicas: O dente parece 
alongado fora do plano oclusal do paciente, com 
mobilidade aumentada. 
Testes: provavelmente não responde aos testes 
pulpares, enquanto responde de forma 
exacerbada os testes de palpação e percussão. 
Características radiográficas: 
Radiograficamente pode-se observar o aumento 
do espaço do ligamento periodontal tanto 
apicalmente quanto lateralmente. O dente não 
parece encaixado no alvéolo e alongado. 
Tratamento: Reposicionar o dente no alvéolo sob 
anestesia local e estabilizar com contenção 
flexível por 2 semanas (se houver colapso do osso 
marginal, prolongar a contenção para 4 semanas). 
Monitorar a condição pulpar e se tiver necrose 
realizar o TE de acordo com o estágio da 
rizogênese. 
- Acompanhamento: 2 semanas (remoção da 
contenção), 4 semanas, 8 semanas, 12 semanas, 
6 meses, 1 ano e anualmente por 5 anos. 
Lembrando que a remoção da contenção é uma 
data flexível pois depende da recuperação de 
cada paciente e pode prolongar o período de 
acordo com isso. 
- Um prognóstico favorável envolve a resposta 
pulpar positiva (avaliar o falso negativo) com 
ausência de sintomatologia a percussão e 
palpação. Lesão periapical, colapso do osso 
marginal e a ocorrência de reabsorção inflamatória 
externa são prognósticos desfavoráveis. 
LUXAÇÃO LATERAL 
 
Definição: Trauma que leva ao deslocamento do 
dente em qualquer direção lateral (vestibular, 
lingual), normalmente associado com uma fratura 
ou compressão da parede do alvéolo ou osso 
cortical. 
Características clínicas: Dente deslocado com 
fratura alveolar associada. Dente pode não 
apresentar mobilidade (o ápice da raiz está 
travado na fratura óssea) apresentando som 
metálico a percussão (anquilose). 
Testes: som metálico a percussão (anquilose). 
Provavelmente não responde a testes de 
sensibilidade pulpar. 
Características radiográficas: 
Radiograficamente há aumento do espaço do 
ligamento periodontal bem visualizado em 
radiografias com alteração do ângulo horizontal ou 
oclusais. 
Tratamento: Reposicionar o dente digitalmente 
para seu local de origem (apalpar o ápice do dente 
e empurrar para baixo, de volta ao alvéolo) sob 
anestesia local. Estabilizar o dente por 4 semanas 
com contenção flexível podendo prolongar esse 
tempo ao acompanhar a cicatrização do paciente. 
Monitorar a condição pulpar sempre. 
- Se o dente tiver rizogênese incompleta pode 
ocorrer a revascularização espontânea. Se for 
diagnosticada a necrose ou reabsorção 
inflamatória externa, iniciar as técnicas de TE para 
dentes com rizogênese incompleta. 
- Em dentes com rizogênese completa, 
provavelmente haverá necrose pulpar e o TE deve 
ser realizado após a confirmação do diagnóstico. 
- Acompanhamento: 2 semanas, 4 semanas 
(remoção da contenção), 8 semanas, 12 semanas, 
6 meses, 1 ano e anualmente por 5 anos. 
- Deve haver sinais clínicos e radiográficos de um 
periodonto normal e cicatrizado. Prognósticos 
desfavoráveis envolvem colapso do osso 
marginal, lesão periapical, anquilose, reabsorção 
externa inflamatória ou por substituição. 
LUXAÇÃO INTRUSIVA 
 
Definição: Trauma leva a um deslocamento do 
dente para dentro do alvéolo em direção apical 
Características clínicas: O dente parece estar 
dentro do osso e não apresenta mobilidade 
Testes: e som metálico a percussão 
(anquilosado). Provavelmente não responde aos 
testes de sensibilidade pulpar. 
Características radiográficas: 
Radiograficamente o espaço do ligamento 
periodontal pode estar ausente em toda porção 
radicular (principalmente apical). A junção 
cemento - esmalte está mais apicalmente em 
relação aos dentes adjacentes. 
Tratamento: 
- Dentes com rizogênese incompleta: permitir a 
erupção sem intervenção (reposicionamento 
espontâneo) para todos os dentes, independente 
do grau de intrusão. Se nenhuma reerupção for 
observada dentro de 4 semanas, iniciar o 
tratamento ortodôntico para evitar a anquilose. 
Sempre monitorar a condição pulpar. Pode ocorrer 
a revascularização espontânea, mas se for 
contatada necrose ou reabsorção radicular 
inflamatória externa, realizar o TE para dente com 
ápice aberto. 
- Dentes com rizogênese completa: < 3mm → 
permitir a erupção sem intervenção. Se nenhuma 
movimentação for observada após 8 semanas, 
reposicionar cirurgicamente seguido de contenção 
por 4 semanas; 3-7mm → reposicionar 
cirurgicamente (preferível) ou orto; mais que 7mm 
→ reposicionar cirurgicamente e iniciar endo após 
2 semanas. 
- Com o dente em posição, sempre manter a 
contenção flexível por 4 a 8 semanas. 
- Há alta incidência de anquilose após o 
reposicionamento cirúrgico e bastante reabsorção 
por substituição. Lembrando que quando se trata 
de trauma, o intuito é sempre tentar deixar o dente 
mais tempo possível na boca. 
- Acompanhamento: 2 semanas, 4 semanas 
(remoção da contenção), 8 semanas, 12 semanas, 
6 meses, 1 ano e anualmente por 5 anos. 
- Prognósticos favoráveis envolvem conseguir 
voltar com o dente em posição com lâmina dura 
intacta e resposta pulpar positiva. Mas o 
prognóstico desfavorável prevalece: anquilose, 
necrose pulpar, reabsorção externa. 
FRATURA ALVEOLAR 
 
 
 
 
 
Definição: Trauma leva a fratura do osso alveolar 
e pode se estender para os ossos adjacente. 
Características clínicas: Uma fratura completa 
se estende do osso vestibular ao palatino e 
comumente se observa mobilidade e 
deslocamento do segmento comdiversos dentes 
ao mesmo tempo. É frequente a observação de 
alteração e desalinhamento oclusal. 
Testes: Os dentes do segmento fraturado podem 
não responder aos testes de sensibilidade 
Características radiográficas: 
Radiograficamente pode ser vista a fratura em 
qualquer altura e pode ser necessária a TCFC. 
Tratamento: Reposicionamento do segmento 
deslocado e estabilização com contenção flexível 
por 4 semanas. Se necessário, sutura de 
laceração gengival. O TE é contraindicado na 
primeira consulta e deve-se monitorar a condição 
pulpar de todos os dentes envolvidos e determinar 
a necessidade de TE futuro. 
Acompanhamento: 4 semanas (remoção da 
contenção), 8 semanas, 12 semanas, 6 meses, 1 
ano e anualmente por 5 anos. 
- Uma leve sensibilidade a palpação ou a 
mastigação pode permanecer na linha de fratura 
óssea por alguns meses =. 
- Um prognóstico favorável envolve resposta 
pulpar positiva dos dentes (se atentar ao falso 
negativo), cicatrização dos tecidos moles, sinais 
de reparo ósseo na radiografia. 
AVULSÃO 
 
Definição: deslocamento total do dente para fora 
do alvéolo com ruptura total das fibras do 
ligamento periodontal e do feixe vasculho nervoso. 
Clínica e radiograficamente o alvéolo se 
apresenta vazio ou preenchido por 
sangue/coágulo. Há um comprometimento severo 
do suprimento vasculho-nervoso do dente que 
geralmente resulta na perda da vitalidade pulpar. 
Reimplante: considerar condições gerais de 
saúde e locais. Condições ótimas de cicatrização: 
tempo fora do alvéolo, meio de transporte (leite, 
saliva, soro ou água??), contenção flexível, 
medicamentos (antibióticos), controle do biofilme 
com clorexidina 0,12%, repouso do dente, 
cuidados com a dieta e hábitos de sucção e 
curativo com hidróxido de cálcio e tratamento 
pulpar. 
Acompanhamento por 1 semana → 1 mês → 3 
meses. 
Fatores analisados para o reimplante: 
1) Estágio da rizogênese: a análise de sobrevida 
de dentes reimplantados mostrou que 69,6% dos 
dentes com rizogênese incompleta se mantiveram 
e 79,4% dentes com rizogênese completa 
permaneceram na boca. 
2) Período extra-alveolar: Diz respeito ao tempo 
que o dente permaneceu fora do alvéolo após a 
avulsão. É importante pois está relacionado a 
viabilidade das células do ligamento periodontal. 
Quanto maior o tempo fora do alvéolo, menor a 
viabilidade das células do ligamento aderidas a 
raiz e, portanto, maior a chance de anquilose. 
As células do ligamento isolam o dente do osso 
que está em constante processo de remodelação. 
Se ainda estão viáveis, o ligamento periodontal é 
capaz de isolar o dente do osso e impedir o intimo 
contato com o osso, impedindo também a 
anquilose que poderia acontecer. 
Mesmo que haja risco de anquilose, principalmen-
te em crianças, é bom fazer o reimplante pois 
ganhamos tempo de dente na boca e tempo de 
preservação óssea, o que é vantagem para o 
paciente que no futuro possa ter que colocar um 
implante dentário. 
- As células do ligamento provavelmente estão 
viáveis: o dente foi reimplantado imediatamente 
ou após um tempo muito curto (cerca de 15 
minutos) no local do acidente 
- As células do ligamento podem estar viáveis, 
mas comprometidas: o dente foi mantido em 
meio de armazenamento adequado (leite, HBSS, 
ViaSpan, saliva ou soro) e o tempo extra-alveolar 
foi menor que 60 minutos 
- As células do ligamento provavelmente não 
estão viáveis: o tempo extra-alveolar foi superior 
a 60 minutos, independente se o dente foi mantido 
ou não em um meio de armazenamento. Chamado 
de reimplante tardio (prognóstico péssimo). 
3) Meio de armazenamento: quando o reimplante 
imediato não é viável, o dente avulsionado precisa 
ser armazenado em um meio líquido. Se o dente 
passa 30 minutos sem ser reimplantado ou 
armazenado em meio líquido, muito provavel-
mente todas as células do ligamento já morreram 
e não são mais viáveis. O meio de 
armazenamento adequado deve manter a 
viabilidade das células periodontais na raiz do 
dente. 
Água é um dos piores meios de armazenamento, 
assim como o soro. A saliva é melhor que a água, 
porém ainda não é o melhor meio, pois além de 
ser muito contaminado por bactérias e não 
favorecer a viabilidade celular. Soluções como o 
HBSS e o ViaSpan são os melhores meios, porém 
se tornam inúteis pois tem baixa disponibilidade 
para o imediato armazenamento após o trauma 
(alto custo e acesso restrito). Portanto, o melhor 
meio é o LEITE (98% em 30 minutos, 84,5% em 2 
horas e 57% em 24 horas de viabilidade das 
células) que apresenta bons resultados na 
manutenção da vitalidade das células e é 
altamente disponível. 
Professora falou em aula: 
Condição das células do ligamento periodontal → 
tempo: 
* após 30min, células ficam inviáveis, se secar; 
* após 30min, se úmidas, viáveis, mas podem 
estar comprometidas; 
* após 60min, inviáveis 
TRATAMENTO DE DENTES 
AVULSIONADOS COM RIZOGÊNESE 
COMPLETA 
Dente reimplantado no local do acidente ou 
antes da chegada do paciente na clínica: 
1) Limpe a área com água, soro fisiológico ou 
clorexidina 0,12%; 
2) Verificar a posição do dente reimplantado 
clínica e radiograficamente. Se tiver mal 
posicionado, reposicionar corretamente no alvéolo 
em até 48 horas com leve pressão digital. Se tiver 
correto, mantem no lugar. 
3) Administrar anestesia local se necessário, de 
preferência sem vasoconstritor 
4) Estabilize o dente por 2 semanas com 
contenção flexível (fio de aço de diâmetro até 
0.016 ou 0.4mm) unindo o dente reimplantado 
com os dentes adjacentes. Como opção, uma 
linha de pesca de nylon (0.13 – 0.25mm) pode ser 
utilizada. 
Em caso de fratura alveolar ou óssea associada, 
uma contenção mais rígida é indicada e deve ser 
mantida por cerca de 4 semanas. 
5) Suturar as lacerações gengivais e labiais, 
sempre que presentes. 
6) Inicie o tratamento endodôntico dentro de 2 
semanas após o reimplante. 
7) Administrar antibiótico sistêmico (amoxicilina ou 
em caso de alergia a clindamicina): o dente caiu 
em local contaminado e o combate a infecções 
locais é importante para evitar reabsorção 
inflamatória. 
8) Verificar a vacinação antitetânica. 
9) Forneça as instruções aos pacientes. 
10) Realize o acompanhamento. 
Período extra-alveolar inferior a 60 minutos 
em meio de armazenamento: 
1) Se houver contaminação visível, limpe a 
superfície da raiz com soro fisiológico corrente ou 
outro meio de osmolaridade balanceada para 
remover detritos. Depois da limpeza, o dente deve 
ficar no meio até o momento do reimplante. 
2) Anestesiar o paciente 
3) Lavar o alvéolo com soro fisiológico, 
examinando-o a procura de fraturas alveolares 
(reposicionar a fratura) e coágulos sanguíneos 
(retirar o coagulo na irrigação facilita o reimplante). 
4) Reimplantar o dente com ligeira pressão digital, 
sem força excessiva 
5) Verificar a posição do dente reimplantado 
clínica e radiograficamente. 
6) Estabilize o dente por 2 semanas com 
contenção flexível unindo o dente reimplantado 
com os dentes adjacentes. 
7) Suturar as lacerações gengivais e labiais 
8) Administrar antibiótico sistêmico. 
9) Verificar a vacinação antitetânica. 
10) Iniciar o tratamento endodôntico dentro de 2 
semanas 
Período extra-alveolar superior a 60 minutos 
1) Remover os detritos soltos e qualquer 
contaminação visível agitando o dente na solução 
de armazenamento ou com uma gaze embebida 
em soro fisiológico. Nesse caso, devemos 
remover os restos celulares (não estão mais 
viáveis) da raiz de uma forma leve (remover restos 
necróticos, o que favoreceria uma infecção e 
consequentemente uma reabsorção). Depois da 
limpeza, o dente deve ficar no meio até o momento 
do reimplante. 
2) Anestesiar o paciente, preferivelmente sem 
vasoconstritor 
3) Lavar o alvéolo com soro fisiológico, 
examinando-o a procura de fraturas alveolares 
(reposicionara fratura) e coágulos sanguíneos 
(retirar o coagulo na irrigação facilita o reimplante). 
4) Reimplantar o dente com ligeira pressão digital, 
sem força excessiva 
5) Verificar a posição do dente reimplantado 
clínica e radiograficamente. 
6) Estabilize o dente por 2 semanas com 
contenção flexível unindo o dente reimplantado 
com os dentes adjacentes. 
7) Suturar as lacerações gengivais e labiais 
8) Administrar antibiótico sistêmico. 
9) Verificar a vacinação antitetânica. 
10) Iniciar o tratamento endodôntico dentro de 2 
semanas 
Nesses casos de reimplante tardio, o prognóstico 
esperado é a anquilose e reabsorção radicular. O 
objetivo do reimplante nesses casos é restaurar 
temporariamente a estética e função, enquanto 
mantém o contorno, largura e altura óssea. 
Portanto, reimplantar um dente permanente é 
quase sempre a melhor decisão, mesmo se o 
tempo extra-alveolar for maior que 60 minutos, 
pois permite mais opções de tratamentos futuros. 
Quando realizar o tratamento endodôntico em 
dentes com rizogênese completa? 
Esse dente vai precisar inevitavelmente de um 
tratamento endodôntico pois a probabilidade de 
revascularização é nula e houve rompimento do 
feixe vasculho-nervoso. Mas precisa ser feito no 
momento ideal: 15 dias após o reimplante, para 
esperar a cicatrização do periodonto. Não pode 
obturar em sessão única pois é importante a 
medicação intracanal por até 1 mês com hidróxido 
de cálcio (importante na prevenção e controle de 
reabsorção radicular inflamatória). 
Não se deve fazer o TE fora da boca, com 
antigamente era recomendado, pois isso aumento 
o tempo extra-alveolar e o extravasamento de 
hipoclorito pode invalidar as células do periodonto. 
TRATAMENTO DE DENTES 
AVULSIONADOS COM RIZOGÊNESE 
INCOMPLETA 
Revascularização pulpar, que pode levar ao 
completo desenvolvimento da raiz do elemento 
dentário. Risco de ocorrer reabsorção radicular 
externa inflamatória que evolui muito rapidamente 
em crianças. 
Presença de sintomatologia, necrose pulpar e 
infecção, lesão periapical, não-continuidade do 
desenvolvimento radicular em dentes com 
rizogênese incompleta. 
Dente reimplantado no local do acidente ou 
antes da chegada do paciente na clinica 
1) Limpe a área com água, soro fisiológico ou 
clorexidina 0,12% 
2) Verificar a posição do dente reimplantado 
clínica e radiograficamente. Se tiver mal 
posicionado, reposicionar corretamente no alvéolo 
em até 48 horas. Se tiver correto, mantem no 
lugar. 
3) Administrar anestesia local se necessário, de 
preferência sem vasoconstritor 
4) Estabilize o dente por 2 semanas com 
contenção flexível unindo o dente reimplantado 
com os dentes adjacentes. 
5) Suturar as lacerações gengivais e labiais 
6) Administrar antibiótico sistêmico. 
7) Verificar a vacinação antitetânica. 
Período extra-alveolar inferior a 60 minutos em 
meio de armazenamento 
1) Se houver contaminação visível, limpe a 
superfície da raiz com soro fisiológico corrente ou 
outro meio de osmolaridade balanceada para 
remover detritos. Depois da limpeza, o dente deve 
ficar no meio até o momento do reimplante. Não 
manipular a raiz pois pode danificar as células do 
ligamento periodontal que estão viáveis. 
2) Anestesiar o paciente 
3) Lavar o alvéolo com soro fisiológico, 
examinando-o a procura de fraturas alveolares 
(reposicionar a fratura) e coágulos sanguíneos 
(retirar o coagulo na irrigação facilita o reimplante). 
4) Reimplantar o dente com ligeira pressão digital, 
sem força excessiva 
5) Verificar a posição do dente reimplantado 
clínica e radiograficamente. 
6) Estabilize o dente por 2 semanas com 
contenção flexível unindo o dente reimplantado 
com os dentes adjacentes. 
7) Suturar as lacerações gengivais e labiais 
8) Administrar antibiótico sistêmico. 
9) Verificar a vacinação antitetânica. 
Período extra-alveolar superior a 60 minutos 
1) Remover os detritos soltos e qualquer 
contaminação visível agitando o dente na solução 
de armazenamento ou com uma gaze embebida 
em soro (não estão mais viáveis) da raiz de uma 
forma leve (remover restos necróticos, o que 
favoreceria uma infecção e consequentemente 
uma reabsorção). Depois da limpeza, o dente 
deve ficar no meio até o momento do reimplante. 
2) Anestesiar o paciente 
3) Lavar o alvéolo com soro fisiológico, 
examinando-o a procura de fraturas alveolares 
(reposicionar a fratura) e coágulos sanguíneos 
(retirar o coagulo na irrigação facilita o reimplante). 
4) Reimplantar o dente com ligeira pressão digital, 
sem força excessiva 
5) Verificar a posição do dente reimplantado 
clínica e radiograficamente. 
6) Estabilize o dente por 2 semanas com 
contenção flexível unindo o dente reimplantado 
com os dentes adjacentes. 
7) Suturar as lacerações gengivais e labiais 
8) Administrar antibiótico sistêmico. 
9) Verificar a vacinação antitetânica. 
Quando realizar o tratamento endodôntico em 
dentes com rizogênese incompleta? 
O objetivo do reimplante em dentes com 
rizogênese incompleta em crianças é permitir a 
revascularização pulpar, que pode permitir o 
completo desenvolvimento da raiz do dente e o 
fechamento apical. Porém, existe o risco de 
ocorrer reabsorção radicular externa inflamatória e 
esse tipo de reabsorção evolui muito rápido em 
crianças. Se a revascularização espontânea não 
acontecer, os procedimentos de apicificação, 
revitalização/ revascularização pulpar ou TE 
devem ser iniciados assim que for identificada a 
necrose ou infecção pulpar. 
Então, o tratamento endodôntico não deve ser 
iniciado até que se observe sinais definitivos de 
necrose. Mas como a evolução é rápida, o 
acompanhamento do paciente deve ser de perto. 
Instruções ao paciente reimplantado 
- Evitar esportes de contato físico 
- Ingerir dieta macia por até duas semanas e 
posteriormente retornar a função normal o mais 
cedo possível 
- Escovar os dentes com uma escova macia, após 
cada refeição 
- Use bochecho de clorexidina (0,12%) duas vezes 
ao dia por duas semanas 
Os pacientes e responsáveis tem que ser 
informados que no futuro possa ser necessário 
procedimentos como decoronação, auto-
transplante, implante dentário se o dente 
reimplantado se tornar anquilosado ou em infra-
oclusão. O TE também é inevitável na grande 
maioria dos casos principalmente em dentes com 
ápice fechado. A perda do dente também é 
possível. 
Pacientes e responsáveis devem ser alertados 
quanto a importância e necessidade do controle 
periódico de um dente traumatizado. Campanhas 
de prevenção devem ser realizadas por cirurgiões-
dentistas a fim de informar ao paciente o que se 
deve fazer em casos de trauma. 
Acompanhamento 
Os dentes reimplantados devem ser monitorados 
clinicamente e radiograficamente em 2 semanas 
(quando a contenção deve ser removida), 4 
semanas, 3 meses, 6 meses, 1 ano e em seguida, 
anualmente por pelo menos 5 anos. Esse exame 
irá fornecer informações para determinar o 
prognóstico do dente. 
COMPLICAÇÕES NOS TRAUMAS DE 
TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO 
L. extrusiva ( colapso do osso marginal), lateral 
e intrusiva (anquilose e reabsorção externa por 
substituição): presença de sintomatologia, 
necrose pulpar e infecção, lesão periapical, 
reabsorção inflamatória externa ( TE deve ser 
iniciado imediatamente). 
ORIENTAÇÃO AOS PAIS 
Recuperação: higiene bucal, escova macia, 
digluconato de clorexidina 0,12% - 14 dias, 
exames complementares, dieta líquida e pastosa, 
atenção a edemas, fístulas, mobilidade dentária, 
consultas de acompanhamento. 
PROFILAXIA DE TÉTANO – FERIMENTOS 
DE ALTO RISCO 
Desconhece ou < 3meses: vacina + soro 
antitetânica; 
Vacinação completa < 5 anos: nada; 
Vacinação completa entre 5 e 10 anos: vacina + 
soro antitetânico; 
Vacinação completa >10 anos: vacina + soro 
antitetânico.

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