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Patologia Amanda göedert Tumores do TGI Muito comuns Nomenclatura: Carcinoma - maligno epitelial CEC - epitélio escamosos estratificado Mesenquimais (estromais) - derivados do mesoderma TGI = Basicamente é um tubo, que muda de epitélio de acordo com a altura, e composto por diferentes camadas, cada um desses tecidos pode ter um tipo de neoplasia, por isso, há uma variedade de neoplasias de origens diferentes Esôfago: Histologia: epitélio escamoso estratificado não ceratinizado · Lâmina própria, submucosa, muscular própria e adventícia Há duas principais neoplasias no esôfago, e as duas possuem origem epitelial, a mais comum é o Carcinoma de Células Escamosas (CEC) esofágico, mas, recentemente houve um aumento do número de casos de Adenocarcinoma esofágico Benignos O mais comum é o papiloma escamoso - relacionado com o HPV ou irritação mucosa crônica Malignos: Carcinoma de Células Escamosas Esofágico: Mais comum, normalmente adultos acima de 45 anos e homens são mais afetados Fatores de risco: tabagismo, álcool, lesões esofágicas, consumo frequente de bebidas quentes, exposição a mutagênicos etc. Sintomas: geralmente são tardios, odinofagia, disfagia, perda de peso, dificuldade para engolir, hemorragias etc. Morfologia: Mais comum no terço médio do esôfago, pode se apresentar na forma polipoide, com massas sólidas se projetando para dentro do lúmen obstruindo-o ou lesões ulceradas infiltrativas e espalhadas pela parede do esôfago Microscopia: Histologia comum do CEC, citoplasma amplo, eosinofílicos, atipias nucleares, presença de ceretinização Adenocarcinoma Esofágico: Risco em pacientes que tem displasia no esôfago, obesos, tabagistas, mais frequente em caucasianos homens Incidência vem aumentando em países desenvolvidos Sintomas: Disfagia, dor para deglutir, hemorragias, emagrecimento etc. Sobrevida em 5 anos em menos de 35% quando estágio mais avançado Patogenia: Mais comum em pacientes que tem refluxo gástrico crônico, acaba lesando e irritando o terço distal do esôfago, a mucosa cronicamente irritada precisa se defender, ela sofre metaplasia, ocorre a transformação do epitélio escamoso em glandular intestinal - esôfago de Barret. O acúmulo de mutações ou falta de cuidado pode evoluir para uma displasia de Barret (lesão pré-neoplásica) que também é tratável, mas caso não seja, evolui para o carcinoma Adenocarcinoma comum na porção distal, na junção gastroesofágica Macroscopia: Se presenta como placas ou úlceras mais elevadas, produção de glândulas irregulares que secretam mucina Microscopia: Placas planas elevadas e associação com o epitélio de Barret Estômago: Histologia: Epitélio colunar simples (glandular) Mais comum adenocarcinomas · Lâmina própria, submucosa, vasos, nervos etc. = tumores mesenquimais · Células G = Tumores neuroendócrinos · MALT = Linfomas Benignos – Pólipos gástricos: Há vários tipos de pólipos, cerca de 5% das endoscopias identificam um tipo de pólipo Frequente em quem tem gastrite - benigno, retirado Pólipos glandulares fundicos: 70-90% dos pólipos analisados, tem esse nome pois é originado pelas células do fundo gástrico, é benigno, pode ser esporádico ou poliposes Proliferação de células parietais Adenomas/Pólipos adenomatosos: Menos frequentes, adenoma é uma displasia (pré-neoplásico) necessita de acompanhamento mais rigoroso Núcleos mais escuros e sobrepostos Malignos: Adenocarcinoma Gástrico: Neoplasia maligna mais comum de estômago (>90%), homens mais velhos, sintomas iniciais vagos ou assintomáticos, diagnosticado em estágios mais avançados Comum em grupos socioeconômicos baixos Comum em pacientes com atrofia da mucosa e metaplasia intestinal Patogenia: 90% esporádico Relacionado com inflamações crônicas induzida pelo H. pylori Infecção por EBV Tabagismo, álcool, dieta Há alterações moleculares no gene CDH1, que codifica uma proteína (E-caderina (aderência intercelular)( que tem função de unir as células, então, e por isso, as neoplasias e mutações ocorrem de formas mais isoladas e difusas Mutações do TP53 Indicadores prognósticos: profundidade de invasão, subtipo, diferenciação, presença e extensão de metástases (linfonodais e/ou à distância), subtipos moleculares Subtipos de adenocarcinomas gástricos: Cada um tem um padrão histológico, a patogenia e prognóstico são diferentes, os dois subtipos principais é o tubular e o pouco coeso Classificação de Lauren: Tipo difuso = pouco coeso e o tipo intestinal = tubular · Tipo Tubular: Forma túbulos ou glândulas · Pouco coeso: Mutação na E-caderina, não forma tubo, difuso, células em anel de sinete Macroscopia: Massas elevadas no tipo tubular, e lesões extensas, linite plástico “aspecto de cantil de couro no tipo pouco coeso Tipo tubular: Tipo pouco coeso: Outros tumores: Linfomas: 5% de todas as neoplasias gástricas malignas Tumores neuroendócrinos (células G) Leiomiomas Leiomiossarcomas Tumor estromal gastrointestinal – GIST Tumor mesenquimal mais comum de abdome (mais da metade no estômago, mas ocorre em qualquer altura do TGI) Origem das células de Cajal (marcapasso gastrointestinal do SNA, que auxilia no peristaltismo) Mutações no gene que codifica a tirosina cinase (KIT) Os receptores tirosina cinases de KIT constantemente ativos produzem sinais intracelulares que promovem a proliferação e sobrevivência de células tumorais Mais 60 anos, homens, assintomático inicialmente, prognóstico depende do estadiamento, tratamento envolve cirurgia ou inibidores de tirosinas cinases Pode dar sintomas quando volumoso Histo: pequenos nódulos, células fusiformes, e menos comum - epitelioide (lembrando células epiteliais) Instestino: Histologia: Epitélio colunar simples (glandular) Adenocarcinomas, Tumores mesenquimais, neuroendócrinos e linfomas Pólipos intestinais: Muito comuns no intestino grosso, sésseis ou pediculados, podem ser neoplásicos ou não neoplásicos, ou até mesmo, ser um adenoma Pólipo Hiperplásico: Totalmente benigno, muito comum, mais comum no cólon esquerdo Menos de 5 cm, podem ser únicos ou múltiplos É uma proliferação exagerada e não neoplásico As glândulas do cólon que são redondas assumem um aspecto serrilhado, e há muitas células caliciformes Ocorre devido a uma insuficiência na renovação celular devido atraso na eliminação das células superficiais Pólipos Harmatomatosos: Hamartoma: Crescimento de tecido desorganizado com tecido próprio (do próprio órgão), pode estar relacionado a alguma síndrome ou ser esporádico Pólipos hamartomatosos – Pólipos juvenis: Mais comum tipo de pólipo harmatomatoso, geralmente em crianças menores de 5 anos, mas pode estar associado a síndrome autossômica dominante da polipose juvenil No reto causa hemorragias e prolapso Esporádicos, geralmente únicos Sindrômicos variam de 3 a mais de 100 Maiores riscos de adenocarcinoma Pólipos hamartomatosos – síndrome de peutz – jeghers: Autossômica dominante rara Múltiplos pólipos hamartomatosos gastrointestinais, hiperpigmentação mucocutânea, risco aumentado para várias neoplasias Pode estar associada a mutações com perda de função do gene LKB1/STK11 (codifica uma proteína cinase supressora de tumores) Histologia: rede ramificada de tecido conjuntivo, músculo liso, lâmina própria e glândulas revestidas por epitélio normal Adenomas intestinais: Pólipos muito comuns e relevantes, considerados pré-neoplásicos e por isso, sempre apresenta displasia 50% dos adultos ocidente Sésseis ou pediculados Rastreamento importante 0,3 cm a 10cm Macro: Superfície aveludada/framboesa Histo: Displasia, alongamento e estratificação nuclear, pode haver diminuição da população caliciformes Subtipos: tubular, viloso ou túbulo-viloso - Viloso tem maior risco de evoluir para carcinoma Displasia classificada em de baixo ou alto grau, e alguns pólipos podem ter carcinomas invasivos na sua base Síndromes familiares Polipose adenomatosa familiar: Distúrbio autossômico dominante, mutações gene APC Pacientes com mais de 100 pólipos e não tratados100% viram neoplasias malignas. Risco de outras neoplasias mesmo após colectomia total Morfologia: Adenomas esporádicos Câncer colorretal hereditário não poliposo – HNPCC HNPCC = Síndrome de Lynch: Neoplasias de cólon. Ocorre em pacientes mais jovens As mutações herdadas nos genes que codificam as proteínas de reparo do DNA, paciente tem defeitos de reparo do DNA pincipalmente nas regiões com sequências curtas - microssatélites, pacientes com síndrome de Lynch diz-se que tem instabilidade microssatélite Pode ter pólipos esporádicos, mas não apresenta polipose Lesão histológica: séssil serrilhada Pode haver adenomas, mas não múltiplos Adenocarcinoma colônico: Neoplasia mais comum do TGI Grande causa de morbi/mortalidade Segunda neoplasia mais comum em homens e mulheres - Brasil Cólon tem mais tumores malignos Homens 60-70 anos, dieta pobre em fibras, tabagismo, álcool, sedentarismo alimentos processados, dieta hipercalórica, hiper proteica etc. Patogenia: Tem duas vias: Via APPC e instabilidade de microssatélites · APCC - sequência adenoma, adenocarcinoma, paciente que tinha um adenoma e virou adenocarcinoma, corresponde a 80% dos CCR esporádicos · Mutações no gene supressor de tumor APC · Com a perda da função do APC → Acúmulo de B-catenina no núcleo → mutações adicionais · Via de instabilidade de microssatélites - menos comum, defeitos de reparo de erros de pareamento do DNA, pode haver também mutações do BRAF oncogene Morfologia: Massas polipoides ou lesões ulceradas Microscopia: Formação de glândulas colunares altas infiltrativas Rastreamento importante Anemia (sangramento) pode ser um sinal Prognóstico depende do subtipo, diferenciação, nível de invasão, TMN etc. Apêndice: Tumor neuroendócrino, neoplasias mucinosas, adenomas e adenocarcinomas As vezes se encontra tumores pequenos em apêndices retirados na apendicectomia Neoplasias mucinosas de apêndice: Baixo ou alto grau, de acordo coma displasia Tumor neuroendócrino – “net” Antigo tumor carcinoide Todo TGI pode ter, mas mais de 40% estão no delgado Origem de órgãos endócrinos ou células endócrinas isoladas (células G) Semelhantes ao visto no trato respiratório Classificado quanto sua diferenciação Massas, pólipos ou nódulos submucosos Reação desmoplasmático pode causar obstrução ou torção do órgão Morfologia: Ilhas, ninhos de células, trabéculas, cromatina em "sal com pimenta" (pontos mais escuros e mais claros) Canal anal: Carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma mais comuns Tumores mesenquimais (sarcomas, Leiomiomas, hemangiomas, neuromas...) Local de transição de dois epitélios, células glandulares e escamoso Papiloma escamoso: Muito relacionado com o HPV