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O MENOR EMPRES- ¦ÁRIO NA SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL (1)

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o MENOR EMPRESÁRIO NA 
SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL 
Natália Cristina Chal'es I 
Sumário: 1. lllfrodllçiio. 2. Formas de /imifardo da respo/lsahilid(/de do 
empresário indil'idua/: 2.1 O C(lSO específico do Brasil. 3. O me/lor cmpresário 
1/(/ sociedade /in/irada l/Ilipessoa/: 3.1 O frafalllellf() do lI1('11or elllpresário anres 
do Código Cil'i1 de 2002: 3.2 Exegese do art. 974 do Código Cil'i/ de 2002; 
3.3 AlItori~(/çao para (I cOIlfim/arâo da empresa: 3.4 DiSSO/lição da $ocied(/de 
Iímitoc!a lIlIipes.wal de caráter tral1sitório e li 1'olltil1l/oÇ(10 da elllpre,w. 
4. Conc/ltscio. 5. Referências. 
INTRODUÇÃO 
o estudo acerca da sociedade uni pessoal e, mais precisamente, so­
a sua existência, ainda que transitória, com um sócio menor, é fasci­
não apenas por envolver uma interdisciplinaridade jurídica, mas 
~;,também. por revolucionar noções societárias básicas no Direito brasileiro. 
Alguns doutrinadores brasileiros, influenciados pelo pensamento 
jurídico dominante em países como a Alemanha, já em meados do século 
passado, sustentavam a viabilidade da permanência da sociedade com 
um sócio, prestigiando o princípio da preservação da empresa e 
IIT'><'t., ... rI~ a visão contratualista da sociedade. 
E prestemos, neste ponto, uma homenagem a João Eunápio Borges, 
ialista mineiro de escol que, ao contrário da maioria dos colegas 
Mestmnda em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito da UFMG. Professora-Assistente de Direito 
\CIlIPresaríal no Uni-BH e na Faculdade de Direito Padre Arnaldo Jansen. Advogada, 
de Direito Empresarial. Curitiba, n, 2005 143 
Natália Cristina Chaves 
de seu tempo, defendia, com veemência, a possibilidade de existência 
uma sociedade limitada reduzida a um sócio, mesmo que transitoria­
mente. Aliás, o eminente jurista deu um passo adicional no sentido da 
visão institucional das sociedades limitadas, posicionando-se favoravel­
mente às sociedades limitadas sem sócio algum~. 
Se com relação à limitação da responsabilidade do empresário 
dividual, pela fórmula não societária, não havia qualquer reconhecimento 
legislativo no Direito brasileiro, antes do Código Civil de 2002, no que 
tange à sociedade unipessoal com responsabilidade limitada, duas con­
cessões já eram feitas no âmbito da Lei das Sociedades por Ações (Lei 
das S/A): a primeira delas consistia na admissão da subsidiária integral, 
constituída por um único sócio'; a segunda concessão correspondia à 
tolerância da unipessoalidade superveniente durante um período transitó­
rio, equivalente ao interregno de uma assembléia geral ordinária e a do 
ano seguinte.!. 
Paralelamente, há que se falar na __~nma:~", J,llíb1jca, cuja definição 
normativa como entidade também viabilizava a sua existência sob o ca­
ráter de sociedade unipessoal'. 
2 "E, embora correndo o risco de escandalizar a muitos, dou convictamente um passo a mais no caminho da 
instituc/onalização da sociedade por quotas de responsabilidade limitada; entre nós ela poderá existir ocasio­
nalmente, não apenas com um sócio único, Mas, sem qualquer sócio", POdendo ela adquirir as próprias 
quotas, nos têrmos do art. 8" do decreto n° 3.708, quotas que ela pode conservar em carteira para ulterior 
cessão ou revenda, não existe juridicamente, nenhuma impossibilIdade na ocorrência de tal fenômeno: uma 
sociedade por quotas de responsabilidade limitada que, havendo adquirido, com estrita observância de tôdas 
as formaliciades legais, totalidade de suas quotas transformou·se em uma sociedade sem sócios.,," BORGES, 
1967, p. 54.• 
3 °caputdo art, 251 da Lei 6,404/76 assim preceitua: "Art. 251. A companhia pode ser constituída, mediante 
escritura pública, tendo como único acionista sociedade brasileira." Ao examinar o Projeto de Lei das S/A 
elaborado por Mredo Lamy Filho e José Luiz Bulhões Pedreira, Theophilo de Azeredo Santos se manifesta 
sobre a subsidiária integral nos seguintes termos: «A companhia que tem por único acionista outra sociedade 
brasileira é expressamente admitida e regulada no art. 252, que dá juridicidade ao fato diário, a que se vêem 
constrangidas as companhias, de usar 'homens de palha' para subscreverem algumas açôes, em cumpri­
mento ao requisito formal de número mínimo de acionistas." (SANTOS, 1976: 171) 
4 Nesse sentido dispõe o art. 206, I, "d", da Lei das S/A: 
"Art. 206. Dissolve-se a companhia: 1- de pleno direito: (...) d) pela existência de um único acionista, verificada 
em assembléia geral ordinária, se o mínimo de dois não for reconstituído até à do ano seguinte, ressalvado o 
disposto no art, 251:' 
O antigo Dec,-Iei 2,627/40 já dispunha acerca da matéria, admitindo, expressamente, em seu art, 137, a 
existência de sociedade anônima unipessoal de caráter transitório. 
5 De acordo com ó.ÍÍÍiWdõDiCJéiIóó:de2s:ói:iéB1)com a redação dada pelo art, lOdo Decreto 900, de 
29 99 11% empresa pública é"a entidade dotada de personalidade jurídica de Direito Privado, com patrimô­
nio prapno ecapital exclusivo da Uniáo, criada por lei para a exploraçáo de atividade econômica que o Gover­
no seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa, pOdendo revestir-se de 
qualquer das formas admitidas em Direito." (MELLO, 1999: 112-113) 
Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3, jan./jun. 2005 
omenor empresário na sociedade limitada unipessoal 
Percebe-se, pois, que tanto a legislação brasileira sobre sociedades 
por ações quanto aquela atinente à empresa pública acabaram contribuin­
do para uma maior aceitação da fórmula societária de limitação da res­
ponsabilidade do empresário individual, de modo permanente ou transi­
toriamente6• 
Respaldadas pelas legislações em apreço, doutrina e jurisprudência 
passaram a admitir a existência de sociedades limitadas uni pessoais de 
caráter transitório, na hipótese de falecimento de um dos integrantes do 
quadro societário bem como em outros casos em que a sociedade se re­
duzisse a um sócio7 • 
Em 2002, com a Lei 10.406, que instituiu o Código Civil, foi re­
gulado, expressamente, o que já vinha sendo acolhido doutrinária e juris­
prudencialmente. Assim, o art. 1.033 do referido Código dispôs sobre a 
possibilidade de as sociedades em geral permanecerem com apenas um 
sócio por um período de 180 dias, prazo este, por sinal, inferior ao aceito, 
anteriormente, no âmbito das sociedades limitadas, equivalente a um anos. 
Resta saber se essa situação é aceitável para aqueles casos em que o 
sócio remanescente é menor e, portanto, não goza de plena capacidade civil. 
A resposta para essa questão exige um enorme esforço exegético e, 
certamente, a solução que se proporá neste trabalho suscitará calorosos 
debates. 
2 	 FORMAS DE LIMITAÇÃO DA RESPONSABILIDADE DO 
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
Antes de adentrar o tema proposto, importa esclarecer que existem, 
no ordenamento jurídico, basicamente, duas formas de se instrumentali­
zar a limitação de responsabilidade do empresário individual: a forma 
societária e a não-societária. 
6 Acerca da possibilidade de empresa pública revestida sob a forma de sociedade unípessoal, assim se 
mallÍfesla Celso Antônio Bandeira de Mello: "Observe-se que a definição normativa admite uma sociedade 
unipessoaJ, forma esta, que não existe, ou pelo menos não existia no Direito brasileiro até a referida definição 
de empresa pública," (MELLO, op. cit, 113) No mesmo sentido, Osmar Brina Corrêa-Lima, ao referir-se ao art. 
S", II do Decreto 200, de 25.02,1967 e ao art, 5° do Decreto 900, de 29,09,1969, leciona: "Como se pode 
perr:eber pela conjugação dos preceitos./egais acima citados, a empresa pública pode existir sob a forma de 
socredade anônima unipessoal." (CORREA-LlMA, 2003: 496) 
7 Arespeito da matéria, citam-se os seguintes acórdãos: REsp, 61,278; REsp, 24,554-4; REsp, 138.428; 
REsp, 49.336-6: REsp, 387, Disponível em: <http://www.stj.gov.br>. Acesso em: 03 mar. 2005, Já defendiam 
este entendimento juristas como Calixto Salomão Filho, João Eunápío Borges, Rubens Requião, Fran Martins, 
8 Oinc,IV do art, 1,033 do Código Civil de 2002 preceitua o seguinte: "Art. 1.033, Dissolve-se a sociedade 
quando ocorrer: (...) IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de 180 (cento e oitenta) 
dia,,' 
Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3, jan./jun. 2005 144 145 
Natália 
A primeira delas se dá mediante a constituição de uma sociedade 
cujo quadro societário é composto por uma única pessoa. É a sociedade 
unipessoal dotada de responsabilidade limitada, formada com a perSoni_ 
ficação (no sentido de criação de um novo centro de imputação de direi_ 
tos e deveres) de um ente não-coletivo~. 
A forma não-societária, por sua vez, se dá a partir da instituição de 
patrimônios de afetação e corresponde, na linguagem corrente, à empresa 
individual de responsabilidade limitadaw• Nesse caso, há a separação de 
parte do patrimônio da pessoa natural para o exercício da atividade eco­
nômica, sem que isso implique a criação de uma sociedade. Segundo 
definição de Calixto Salomão Filho, tal fórmula de limitação da respon­
sabilidade do empresário individual equivale a um "patrimônio separado 
qual(ficado por regras sobre capacidade negocia!" 1I. 
Fiéis à concepção contratualista da sociedade, alguns países opta­
ram por adotar a fórmula não-societária de limitação da responsabilidade 
do empresário individual, dentre os quais Portugal. Por outro lado, cm 
países como Alemanha. Bélgica, França e Itália, tem prevalecido a ado­
ção da sociedade unipessoal de responsabilidade limitada. 
2. 1 O caso específico do Brasil 
Conforme dito anteriormente, no Brasil, a rigor, a única sociedade 
unipessoal de caráter não transitório é a subsidiária integral, sendo admi­
também a constituição de empresa pública com um único sócio. No 
tocante às sociedades limitadas, a existência de um único sócio somente 
é aceitá transitoriamente, mais especificamente, no prazo de 180 dias, por 
força do Código Civil de 2002. 
Insta ressaltar que, ao dispor, no seu art. 981, sobre contrato de so­
ciedade, o Código Civil vigente acabou reafirmando a visão contratua­
da sociedade, obstaculizando os avanços no sentido da adoção de 
uma forma societária de limitação da responsabilidade do empresário 
individual, pautada na concepção institucional da sociedadel~. 
9 SALOMÃO FILHO, 1995, p. 15. 
10 Apalavra empresa, aqui, está sendo usada no seu peml subjetivo, enquanto empresárto. 
11 SALOMÃO FILHO, op. cit, p. 36. 
12 °caputdo art. 981 do Código Civil de 2002 estabelece o seguinte: "Art. 981. Celebram contrato de socie­
dade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuír, com bens ou serviços, para o exercício de 
atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados." 
Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3, 2005 
omenor emoresário na sociedade limitada IJninA.<;<:;nal 
Com relação à forma não-societária (empresa individual), o aludi­
Texto codificado introduziu regra inédita, prevendo, pela primeira vez 
ordenamento jurídico brasileiro, hipótese de limitação da responsabi­
do empresário individual, sem que isso implique a constituição de 
SOCiedade. É o que se constata da redação do art. 974 do Código Civil de 
transcrita na seqüência: 
Art. 974. Poderá o incapa:::. por meio de represellfallfe ou devidamente 
assistido, cOlltinuar a empresa antes exercida por ele enquanto capa-:.. 
por seus pais ou pelo autor da herança. 
§ 1" Nos casos deste artigo, precederá autori::;ação judicial. apos exame 
das circunstâncias e dos riscos da empresa. bem como da c011l'eniêl/cia 
em continuá-Ia, podendo a autori::;ação ser rel'ogada pelo jui::.. oUl'idos os 
pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem pre­
dos direitos adquiridos por terceiros. 
§::r Ni'ioficalll sujeitos ao resultado da empresa os bem que o incapa::.já 
possuía. ao tempo da sucessão ou da illterdição. desde que estranhos ao 
acervo daquela, del'endo tais fatos constar do almrá que conceder a au­
tori::;açi'io. 
o referido dispositivo engloba duas situações específicas de inca­
pacidade, sendo elas a do empresário capaz que se tornou incapaz (inca­
pacidade superveniente) e a do menor que herdou a empresa antes exer­
cida por terceiros (seus pais ou outro autor da herança). Note-se que o 
legislador não distinguiu sociedade empresária de empresário individual, 
fazendo menção somente à continuação da atividade econômica, ou seja, 
à empresa, independentemente da fOfim exercida. 
Por se tratar de casos peculiares de exercício da empresa, o Código 
Civil de 2002 criou um mecanismo legal objetivando a limitação da res­
ponsabilidade do incapaz, possibilitando-lhe, por meio de autorização 
judicial, a continuação da empresa que, de outro modo, seria interrompida. 
Nesse contexto, a solução adotada pelo legislador foi a de institui­
ção do regime de separação entre o patrimônio não afetado ao exercício 
da empresa e aquele outro pertencente ao acervo da mesma, sendo que o 
primeiro não responderá pelos resultados da atividade econômica. 
Por outro lado, uma vez empregados no exercício da atividade. 
antes ou depois da autorização judicial, os bcns passam a integrar o pa­
trimônio empresarial e, portanto, a responder pelos resultados da empresa. 
147Revista de Direito Empresarial. n. 3, jan,/jun. 2005 146 
Natália Cristina Chaves 
Ao criar o regime de reserva do patrimônio não empresarial na hi­
pótese de continuação da empresa pelo menor, o legislador deu o primei­
ro passo no sentido da limitação da responsabilidade do empresário indi­
viduai pela fórmula não-societária, compartilhando de posicionamento 
que já existe em outros sistemas jurídicos D. 
3 	 O MENOR EMPRESÁRIO NA SOCIEDADE LIMITADA 
UNIPESSOAL 
Como asseverado acima, o art. 974 do Código Civil alcança duas 
situações distintas de exercício da empresa pelo incapaz, sendo que, para 
os fins deste trabalho, interessa-nos tão-somente a hipótese da continua­
ção da empresa pelo menor. 
3. 1 O tratamento do menor empresário antes do 
CÓdigo Civil de 2002 
o art. 974 do Código Civil de 2002 corresponde a uma interessante 
novidade legislativa, sem precedentes no Código Comercial de ISSO, 
cuja primeira parte foi revogada com a entrada em vigor do Diploma 
legal em questão. 
O Código Comercial de 1850 não admitia a continuação da empre­
sa pelo menor, sendo bastante rigoroso nesse sentido. De fato, pelo anti­
go regime, falecendo o empresário individual sem deixar herdeiros capa­
zes, a solução era a liqüidação imediata do negócio, com a apuração dos 
resultadps. 
Não se levava em consideração, à época, princípios como o da pre­
servação da empresa. Sustentava-se que o menor não teria a maturidade 
suficiente para a continuação da empresa e, portanto, melhor seria pôr 
um fim à mesma. 
No que tange às sociedades empresárias, a referida legislação esta­
belecia que, se entre os herdeiros houvesse algum menor, este não pode­
13 A idéia de limitação da responsabilidade do empresário individual já existe há algum tempo no Brasil. Em 
21.05.1947, por exemplo, o Deputado Freitas e Castro apresentou à Câmara dos Deputados o Projeto de 
lei 201. que possibilitava a constituição de empresas individuais de responsabilidade limitada. Tal projeto 
acabou não prevalecendo. Já em 1991. o Ministro Jarbas Passarinho encaminhou ao Congresso um projeto 
de lei de au10ria do Departamento Nacional do Registro do Comércio (DNRC), regulando a matéria em ques­
tão. Desconhece-se o destino de referido projeto. Existiram outras iniciativas, mas, sem um resultado prático 
até o presente momento. 
148 	 Revista de Direito Empresarial, Curitiba. n. 3, jan./jun. 2005 
omenor empresário na sociedade limitada unipessoal 
ria tomar parte nela, ainda que autorizado judicialmente, salvo sendo 
legitimamente emancipado. Era o que preceituava o art. 308 do Código 
Comercial, abaixo citado: 
Art. 308. Quando a sociedade dissolvida por morte de UIII dos sócios til'e/' 
de continuar com os herdeiros do falecido (art. 335. 11. 4), se entre os 
herdeirosalgum 01/ algulls forem menores, estes não poderão ter parte 
nela, aillda que sejam autori::.ados judicialmente; sal\'O smdo legitima­
mellfe emallcipados. 
A despeito de esse posicionamento ter prevalecido no tocante às 
sociedades que se submetiam ao regime da responsabilidade ilimitada 
dos sócios, como, por exemplo, a sociedade em nome coletivo, com rela­
ção às sociedades limitadas com mais de um sócio, a jurisprudência já 
havia se consolidado no sentido da possibilidade de o menor ser sócio, 
~u.antn..1l0 momento da COR!ltih'ü,ão Para isso, 
era consenso unânime que três requisitos deveriam ser observados: I) o 
menor deveria ser representado ou assistido, conforme o caso; 2) não 
poderia participar da gerência da sociedade; e 3) o capital da sociedade 
deveria estar totalmente integralizado I>!. 
Contudo, o aludido entendimento não alcançava a situação do me­
nor que já era sócio de uma sociedade limitada que veio a se tomar uni­
pessoal pelo falecimento do outro sócio. E nem poderia ser diferente, 
uma vez que um dos pressupostos básicos para que o menor fosse sócio 
de tal tipo societário, quando da sua constituição ou pela via hereditária, 
era, precisamente, º-não-exercício de atos de gerência. 
Ora, se o menor viesse a se tomar o único sócio de uma sociedade, 
inevitavelmente, deparar-se-ia com a necessidade de administrá-la, ainda 
que temporariamente. Isso era inadmissível à luz do Direito anterior. 
Insta saber se pela exegese do art. 974 do Código Civil essa situação 
mudou. 
o"",.. im <hI!p/Iwww"."",.t<>. """" =~2',i;'s."'jo """''' o M". """ do "","",,,.5 
149Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3. jan./jun. 2005 
......... 
Natália Cristina Chaves 
3.2 Exegese do art. 974 do Código Civil de 200215 
Como já observado, o menor poderá tomar parte na sociedade li­
mitada (com mais de um sócio), desde que preenchidos determinados 
requisitos. De igual modo, a sociedade limitada também poderá perma­
necer com apenas um sócio, durante o prazo de 6 meses. 
Então, o que impediria o menor de continuar o exercício da empre­
sa em uma sociedade limitada que se tornou unipessoal pela morte de um 
dos sócios, ainda que temporariamente? 
Os obstáculos à admissão dessa hipótese estão, precisamente, liga­
dos às responsabilidades assumidas pelo menor durante esse período em 
que exercer a empresa individualmente. Com efeito, enquanto a socieda­
de limitada perdurasse somente com o menor, este teria que administrá-la. 
Todavia, o entendimento doutrinário e jurisprudencial que vigora­
va antes do Código Civil de 2002, segundo mencionado anteriormente, 
era contrário à possibilidade de o menor exercer atos de gerência na socie­
dade limitada. 
Como, então, admiti-lo agora? 
Abandonamos aqui as opiniões mais conservadoras a fim de de­
fender, desde já, a possibilidade de o menor continuar, por um período de 
180 dias, como único sócio de sociedade limitada à luz do Código Civil 
em vigor. E vamos além. Após o aludido prazo, sustentamos que, se o 
menor não encontrar outro sócio, poderá continuar o exercício da ativi­
dade econômica através da fórmula não-societária, ou seja, como empre­
sário individual, tendo em vista a inovação legislativa referente à limita­
ção de suA responsabilidade em caso de continuação da empresa. 
Contudo, fazemos aqui algumas ressalvas. 
Considerando o que preceitua o nosso ordenamento jurídico, não 
entendemos possível a constituição de uma sociedade limitada unipessoal 
(seja o sócio único, capaz ou não), mas, simplesmente, a existência de 
sociedade unipessoal superveniente de caráter transÍtório l6 • Vale lembrar 
que a subsidiária integral é uma das únicas sociedades de cunho unipes­
soaI permanente aceita no Direito brasileiro. Ao lado dela, há apenas a 
15 Acerca da continuação da empresa pelo menor empresário, ver: CHAVES, Natália Cristina; GALlZZI, 
Gustavo Oliva. Omenor empresário. In: RODRIGUES, Frederico Viana (Coord.). Direito de empresa no novo 
código civil. Rio de Janeiro: Forense, 2004. 
16 Aunipessoalidade superveniente ocorre quando a sociedade foi constituída por mais de um sócio, mas, por 
uma eventualidade, ficou reduzida aapenas um. 
150 Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3, jan.qun, 2005 
omenor empresário na sociedade limitada tminl'l."."nai 
empresa pública que, de acordo com a legislação que a regulamenta, 
poderá ter um único sócio, 
De igual modo, não entendemos possível, consoante o Código Ci­
vil, que o menor arrisque a própria sorte na atividade econômica fi inicie, 
JIlividualmilnl,;, o seu exercício, mas tão-somente que continue a empre­
sa exerClãa anteriormente por terceiros. 
Mas, voltando ao cerne da questão, quais motivos justificam que o 
menor continue, transitoriamente, o exercício da empresa como único 
sócio de uma sociedade limitada e, após o decurso do prazo de 180 dias, 
como empresário individual? E qual relação o art. 974 do Código Civil 
guardaria com tudo isso? 
Adiantamos, desde já, que o art. 974 do Código Civil de 2002 não 
traz, à primeira vista, a resposta para o nosso problema já que não cuida 
da hipótese de continuidade da empresa por um menor que já a exercia. 
De fato, examinando-se o artigo, constata-se que regula as situações em 
que o menor não praticava a atividade empresária e, em virtude de algum 
evento, passa a exercê-Ia, dando-lhe continuidade, seja como empresário 
individual, seja como sócio de sociedade. 
Entretanto, ainda que a situação tratada no referido Diploma legal 
não seja equivalente à examinada aqui, existe um ponto de interseção 
entre as mesmas consistente na continuação da empresa. Com efeito, a 
temática ora proposta bem como aquela outra tratada pelo art. 974 do 
9Qigo Ciyil referem-se à continuação da empresa, tendo em vista o 
princípio de sua preservação ea sua função' social. 
Destarte, partindo-se de uma interpretação do referido mtigo, po­
deríamos admitir a sua aplicação, na medida do possível, ao caso em tela, 
inclusive no tocante à gerência. 
Tendo em vista que o Código Civil em vigor adm~ expressa­
mente, que o menor continue a empresa, e_~q~.:~Lj!l.d~vidualm~!!te, 
ckvidmn~nte representado.ou assistido, utili:z.ando a firma Çjw).ndQ.l?44~L 
serau~orizqdº. t:. 'pQrtantQ, gerind.o o negóciQ. p.or que. não aceitacaexis~_.. 
tên<:ia desociedad~ unipessoal superveniente de çaráteJ;' Jr~nsitó!'l.().z5.Ej~~. 
t!l!i(;() sócio s~~ . 
~---=<;:;"<'-'<' ';;~ ...'" 
Impende registrar que o Código Civil permite até que a empresa 
exercida individualmente pelo menor seja gerida por terceiros (gerentes) 
nomeados pelo juiz, o que, ao nosso ver, poderá trazer implicações bem 
mais graves. 
151Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3, jan/jun. 2005 
Natálía Cristina Chaves 
É o que dispõe o parágrafo único do art. 976 do citado Diplollla le. gal, transcrito abaixo: 
Art. 976. ( ... ) 
Parágrafo lÍnico. O uso da nova firma caberá, cOI!forme o caso, (lO ge­
rente; ou ao representallfe do incapa::;; ou a este, quando puder ser QWo­
ri::.ado. 
Considerando que, de acordo com o Código Civil, o menor poderá 
continuar a empresa como empresário individual, utilizando a firma em 
determinados casos e gerindo pessoalmente o negócio quando possível, 
não há mais impedimentos a que passe a ser o gestor de uma sociedade J7 
Iimitada • Ademais, caso não possa gerir a sociedade, por ser absoluta­
mente incapaz, o seu representante poderá gerir, nos moldes do parágrafo 
único do art. 976 supracitado. 
Trata-se de uma verdadeira revolução no que toca ao entendimento 
até então dominante com relação à continuação da empresa. 
Nota-se, pois, que em face do Código Civil, seria, perfeitamente. 
possível a existência de sociedade limitada unipessoal superveniente de 
caráter transitório, cujo único sócio seja menor. Transitório, porque, nos 
atuais moldes da nossa legislação, só é admissível a sociedade limitada 
unipessoal por um prazo de 6 (seis) meses, após o que, se não reconsti­
tuído o número de dois, a sociedade se dissolve. 
l.l 	Autorlzaçaopara a contlnuaçao da empresa 
O art. 974 do Código Civil subordina a continuação da empresa 
pelo menor à autorização judicial. Cabe, pois, ao juiz analisar as cir­
cunstâncias e os riscos da empresa, bem como a conveniência em conti­
nuá-la. 
Apesar de o referido dispositivo legal estabelecer a necessidade de 
autorização judicial para a continuação da empresa pelo menor, no caso 
ora analisado, em virtude de suas peculiaridades, tal autorização será dispensável. 
" 1ZPartimos da teoria de que "quem pode o mais pode o menos", 
152 
Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3, jan./jun. 2005 
omenor na SOciedade limitada 
Consoante esposado acima, a sociedade limitada uni pessoal super­
I!Dlvllte, cujo único sócio seja menor, somente P(~ierá existir por um 
período de 180 dias. 
Com efeito, de acordo com o inc. IV do art. 1.033 do Código Civil 
2002, já comentado, em se tratando de sociedades limitadas, caso a 
palidade de sócios não seja reconstituída no prazo aqui tratado, a solu­
será a dissolução. 
Tendo em vista a exigüidade do período em que a sociedade Iimi­
permanecerá como unipessoal, tendo como único sócio um menor, 
se justifica o procedimento de autorização judicial. Aliás, dependen­
da situação, antes mesmo da concessão da autoriZação pelo juiz, pode 
que a pluralidade de sócios já tenha sido reconstituída. 
Ademais, na hipótese específica do art. 974 do Código Civil de 
a autorização judicial faz-se necessária até mesmo para que sejam 
os representantes ou assistentes do menor que o auxiliarão no 
..vprt"tClO da empresa. 
Em se tratando de sociedade limitada que perdeu a pluralidade de 
sócios, permanecendo apenas com o menor, este já era devidamente as­
sistido ou representado. De fato, se as~m não o fo~, o 1l1ÇOor não...pode~ 
~ se t(~.r~_~~~_sóc}_~~~~?~j~d.!:':geJ!m.Hillia~. 
Destarte, se o menor já era assistido ou representado ao tempo da 
morte do seu sócio (ou sócios), em uma sociedade li1llitada, já se conhece 
(ou pressupõe-se conhecer) o comportamento e interesse daqueles que o 
ajudam no exercício da atividade, prescindindo-se de um exame judicial. 
Portanto, seja pelo caráter transitório da SOciedade limitada uni­
pessoal, seja pelo fato de que o menor já era devidamente assistido ou 
representado, ~Js~~_~~_ll.!í?~~~ç,~ºjudiciaLa·que. se_.Le.~ .. ª-rt. 21'!.. 
~CiviL~~,?_QPl.:-.. 
l.4 	 Dlssoluçao da sociedade limitada unipesSoal de caráter 
transitório e a continuaçao da empresa 
Frisamos aqui que, pela atual configuração do nosso ordenamento 
jurídico, não concordamos com a existência de un\a sociedade limitada 
unipessoal permanente, mas tão-somente, transitória. 
Nesse contexto, ultrapassado o prazo de 180 dias sem que a plura­
lidade de sócios seja recomposta, a princípio, a solução seria a dissolução 
total da sociedade, sob pena de considerar-se irregular o exercício da 
Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3. jan.!Jun. 2005 153 
Natália Cristina Chaves 
atividade e a caracterização da responsabilidade pessoal e ilimitada do 
menor. 
Entretanto, e se o menor quiser continuar a empresa, sem um novo 
sócio, após a expiração desse prazo? 
Nessa situação, o menor deverá exercê-la individualmente. Trans­
formar-se-á em empresário individual com as competentes modificações 
no registro. 
Resta, pois, uma dúvida. Como ficaria a questão da responsabili­
dade do menor como empresário individual? Será que passaria a respon­
der ilimitadamente pelos resultados da empresa? 
Por exegese do art. 974 do Código Civil de 2002, o qual institui o 
regime de separação entre o patrimônio não afetado e o afetado ao exer­
cício da atividade econônúca, na hipótese de continuação da empresa 
pelo incapaz (inclusive o menor), a responsabilidade do menor será li­
mitada nos moldes daquele dispositivo. 
Assim, somente ficarão sujeitos aos resultados da empresa os bens 
pertencentes ao acervo desta e, não, a totalidade do patrimônio do menor. 
Permanece, pois, o regime da reserva patrimonial, resguardando-se os 
interesses do menor. 
Isso porque a despeito de o ali. 974 do novo Código Civil não tra­
tar, expressamente, dessa situação, regula os casos de continuação da 
empresa, como o presente. 
Aqui se fará necessária a autorização judicial, tendo em vista que o 
exercícil"l da empresa pelo menor como empresário individual, a princí­
pio, não terá aquele caráter transitório atinente à sociedade linútada uni­
pessoal. 
Caberá, pois, ao juiz analisar a conveniência de continuidade da 
atividade, sopesando não só o princípio da preservação da empresa e a 
sua função social, mas, principalmente, os interesses do menor. 
4 CONCLUSÃO 
Ao abordarmos a temática do menor empresário na sociedade li­
mitada unipessoal, procuramos sensibilizar os leitores para uma análise 
do Direito societário brasileiro desprovida de conservadorismo e tradicio­
nalismo excessivos. 
154 Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3, ian.1un. 2005 
omenor empresário na sociedade limitada unipessoal 
Inebriados por essa atmosfera liberal, afirmamos que o art. 974 do 
Código Civil em vigor introduziu a noção de limitação da responsabili­
dade do empresário individual, atendendo aos clamores das mentes mais 
abertas que, há tempos, vêm chamando a atenção para tal fenômeno, 
presente em legislações extravagantes mais avançadas. De fato, ao insti­
tuir um regime de reserva do patrimônio do incapaz não afetado ao exer­
cício da empresa, o dispositivo legal em apreço representou um marco 
inicial no sentido da ampla aceitação da responsabilidade limitada do 
empresário individual. 
Contudo, não sejamos tão otimistas. Embora o Código Civil tenha 
instituído a noção de limitação da responsabilidade do empresário indi­
viduai no Direito brasileiro, tal se aplica em situação excepcionalíssima, 
consistente na continuação da empresa pelo incapaz. Nos demais casos, 
permanece a regra da responsabilidade ilimitada. 
Aliás, foi precisamente para viabilizar a continuação da empresa 
pelo incapaz que o legislador criou esse regime de reserva patrimonial, 
preservando, dessa forma, os interesses da palie mais frágil da relação. 
Melhor seria se tivesse admitido essa limitação da responsabilidade para 
os empresários individuais em geral, fazendo disso a regra e, não, a exce­
ção. Com isso, evitar-se-ia, em muito, a constituição de sociedades fictí­
cias, em que apenas um dos sócios tem real interesse no sucesso do em­
preendimento, investindo recursos e esforços, enquanto o outro destina­
se tão-somente a cumprir a formalidade legal consistente na pluralidade 
de sócios. 
A continuação da empresa a que se refere o art. 974 do Código Ci­
vil abrange, expressamente, duas situações: I) a do empresário capaz que 
se torna incapaz e, 2) a do menor que não exercia a empresa e que a her­
dou de terceiros (seus pais ou outro autor da herança). 
O referido dispositivo não disciplinou, especificamente, uma situa­
ção muito corriqueira consistente na continuação da empresa pelo menor 
sócio de uma sociedade linútada que se tornou unipessoal pela morte de 
outro sócio (ou outros sócios). 
Todavia, viabilizou-a, ainda que em cunho transitório, ao admitir a 
continuação da empresa pelo menor empresário individual que nem 
mesmo exercia a atividade econômica. 
O único empecilho que víamos na admissão dessa hipótese estava 
relacionado ao exercício de atos de gerência pelo menor enquanto ficasse 
sozinho na sociedade limitada. Entretanto, considerando que o Código 
Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3, jan.1un. 2005 155 
5 
Natália Cristina Chaves 
Civil possibilita ao menor (ou ao seu representante ou gerente), enquanto 
empresário individual, exercer atos de gerência, acaba permitindo, por 
analogia, que o menor sócio de uma sociedade limitada administre Os 
negócios sociais transitoriamente, na eventualidade de falecimento do 
outro sócio (ou outros sócios). 
Esclarecemos que somente se admite que o menor permaneça 
como único sócio da sociedade limitada por 180 dias. Após esseprazo, se 
não encontrar outro sócio, não terá condições de continuar a empresa sob 
a estrutura jurídica de uma sociedade, mas, poderá transformar o negócio 
em empresa individual. Optando por se tomar empresário individual. o 
patrimônio do menor contará com a proteção da reserva patrimonial 
mencionada no art. 974 do Código Civil de 2002. 
O posicionamento ora sustentado talvez encontre resistência por 
parte dos estudiosos do direito. A matéria não é pacífica e, portanto, por 
um longo período, ensejará debates fascinantes nas tribunas. 
REFER~NCIAS 
BORGES, João Eunápio. Sociedade por quotas Liquidação. Revista Forense. São 
Paulo, a. 63, fase. 763-764-765, v. 217.jan./fev.lmar. 1967. 
CHAVES, Natália Cristina; GALIZZI. Gustavo Oliva. O menor empresário. /11: 
RODRIGUES, Frederico Viana (Coord.). Direito de empresa no novo Código Civil. Rio 
de Janeiro: Forense, 2004. 
CÓDIGO COMERCIAL e legislação complementar. 47. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 
CÓDIGO CIVIL comparado. São Paulo: Saraiva, 2002. 
CORRÊA-LIMA. Osmar Brina. Sociedade anônima. Belo Horizonte: Del Rey, 2003. 
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. São Paulo: Ma­
Iheiros. 1999. 
SALOMÃO FILHO, CaIíxto. A sociedade urupessoal. São Paulo: Malheiros. 1995. 
SANTOS, Theophilo de Azeredo. A nova lei das S.A. Sindicato dos Bancos do Estado 
do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, a. IV, n. 12. jul. 1976. 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Disponível em: <http:tlwww.stj.gov.br>. Acesso 
em: OJ mar. 2005. 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Disponível em: <http://www.stf.gov.br>. Acesso 
em: 03 mar. 2005. 
Revista de Direito Empresarial, Curitiba, n. 3, jan./jun. 2005 
COMMENTARIO AL NUOVO 
ARBITRATO SOCIETARIO IN ITALIA: 
UN CONFRONTO COM LA SPAGNA 
Alessandro Pieralli1 
PREMESSA 
11 1 gennaio 2004 e entrato in vigore nell'ordinamento italiano iI 
D.lgs 17 gennaio 2003, n. 5, con il quaIe il Governo ha introdotto nuove 
norme per la definizione deI contenzioso in materia di diritto societario, 
nonché in mate ria bancaria e creditizia. 
L'intervento si colloca aU'interno della piu ampia riforma dei 
diritto societario anch' essa in vigore dali' inizio dei 2004 ed anticipa per 
certi aspetti, la riforma dei processo civil e italiano affidata ormai da 
tempo alio studio di una Commissione Ministeriale. L' obiettivo dichia­
rato della riforma societaria equello di ridurre i tempi processuali e di 
impedire che l'insorgenza di una lite, possa di fatto bloccare l'attívità 
deU' intera società. 
In quest' ottica il D.1gs 5/2003, prevede un vero e proprio rito 
speciale per iI processo societario davanti a\l' autorità giudiziaria 
caratterizzato dalla concentrazione dell'attívità dei giudice ( ), nonché 
agli artt. 34, 35 e 36 una nuova disciplina per l'arbitrato societario. 
1Pesquisador na Universidade de Florença, Itália. 
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Revista de Direito Empresarial. Curitiba. n. 3, jan.qun. 2005 156

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