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Tópico 5 - Pedras naturais como material de construção

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Pedras naturais como material de 
construção 
Apresentação
As rochas constituem os elementos em que são instaladas as obras civis como fundações, túneis, 
pontes, galerias, etc. Esses materiais são utilizados em construção em sua forma natural, 
beneficiada ou industrializada. Cada rocha possui suas características próprias, como mineralogia, 
textura, estrutura atômica, etc. que devem ser compreendidas e estudadas para que os projetos 
sejam executados conforme o escopo inicial, tendo como resultado uma obra com qualidade, 
durabilidade e segurança. 
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai estudar sobre aplicação de pedras naturais em 
construção civil, suas características e propriedades. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os principais minerais e suas propriedades.•
Conceituar pedras naturais e elencar suas principais características.•
Listar aplicações destes materiais.•
Desafio
Imagine que você seja o responsável pela obra de uma pizzaria situada à beira-mar de uma cidade 
do litoral.
 
Diante das exigências você deve optar entre uma rocha carbonática ou silicática como rocha 
ornamental para o piso do hall de entrada e rocha de revestimento para a fachada do prédio. 
Explique ao cliente quais os principais minerais representam cada tipo e qual o mais adequado.
Infográfico
As rochas, que se formam na crosta terrestre, são materiais estudados em diversas áreas de estudo, 
tais como Geologia, Geografia, Paleontologia, Química, Engenharia Civil, Engenharia Química, 
Ciência dos Materiais entre outras. O conceito que difere as classes de materiais é explicada pela 
sua respectiva aplicação. Observe no infográfico.
 
Conteúdo do livro
Os basaltos são rochas eruptivas encontradas em uma variedade de ambientes tectônicos na Terra, 
por exemplo, dorsais meso-oceânicas, arcos de ilhas, grandes províncias ígneas e riftes 
intracontinentais. Se considerarmos todas as rochas vulcânicas observadas na superfície terrestre, 
as variedades de basalto são as que ocorrem em maior volume.
Para aprofundar ainda mais seu conhecimento, acompanhe o capítulo Pedras Naturais como 
Material de Construção do livro Materiais de Construção que norteia as discussões presentes nesta 
Unidade.
MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO
André Luis Abitante
Ederval de Souza Lisboa
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
A148m Abitante, André Luís.
 Materiais de construção [recurso eletrônico] / 
 André Luís Abitante, Ederval de Souza Lisboa. – 
 Porto Alegre : SAGAH, 2017.
 Editado como livro impresso em 2017.
 ISBN 978-85-9502-009-2
 1. Materiais de construção. I. Lisboa, Ederval de Souza. 
CDU 691
Livro_Materiais_construcao.indb IILivro_Materiais_construcao.indb II 12/01/2017 15:07:4812/01/2017 15:07:48
Pedras naturais como 
material de construção
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Identifi car os principais minerais e suas propriedades.
 Conceituar pedras naturais e elencar suas principais características.
 Listar aplicações destes materiais.
Introdução
As rochas constituem os elementos em que são instaladas as obras civis 
como fundações, túneis, pontes, galerias, entre outros. Esses materiais 
são utilizados em construção em sua forma natural, beneficiada ou 
industrializada.
Já que cada rocha possui suas características próprias, como mine-
ralogia, textura, estrutura atômica, etc., você, como profissional, deve 
compreendê-las e estudá-las para que seus projetos sejam executados 
conforme o escopo inicial, e o resultado seja uma obra com qualidade, 
durabilidade e segurança. Portanto, neste capítulo você vai estudar sobre 
aplicação de pedras naturais em construção civil, suas características 
e propriedades.
Os minerais e suas propriedades
Materiais chamados pedras naturais são todos aqueles encontrados/extraídos 
prontos para uso ou que passam por processos e tratamentos simplifi cados 
para acabamento, como lavagem, polimento, redução de tamanho, fl ambagem, 
Materiais_construcao_U1_C01.indd 1Materiais_construcao_U1_C01.indd 1 22/12/2016 15:00:5222/12/2016 15:00:52
apicoamento, jateamento (com areia) e/ ou espelhamento (polimentos sucessivos 
com equipamento especializado e utilização de abrasivos).
As rochas, ou “pedras naturais”, são associações compatíveis e estáveis de 
um ou mais minerais. Sua formação se dá nos ambientes geológicos geradores, 
que variam pelos elementos atuantes de pressão, temperatura ou composição 
química. Veja a seguir os tipos de rochas:
  Rochas magmáticas: resultam do resfriamento de um líquido pastoso 
complexo, denominado magma, gerado pela fusão parcial de rochas 
no interior da Terra. As principais rochas magmáticas são granitos 
(feldspato e quartzo), dioritos (feldspato e anfibólio), sienitos (feldspato), 
gabros (feldspato, piroxênio e olivina) e basalto (feldspato, piroxênio 
e olivina).
  Rochas sedimentares: resultam da acumulação e compactação dos 
produtos gerados pelo intemperismo de rochas pré-existentes, produtos 
estes denominados de sedimentos, que se depositam de forma estra-
tificada (em camadas). O intemperismo pode ser químico ou físico. 
No primeiro caso os minerais da rocha pré-existente são alterados 
quimicamente com a produção de novos, com destaque para as argilas 
formadas à custa do feldspato e dos minerais ferromagnesianos (micas, 
anfibólios, piroxênios, olivinas). 
  Rochas metamórficas: resultam de rochas pré-existentes que sofreram 
aquecimento e deformação posterior por esforços no interior da Terra. 
Pelo aquecimento os minerais das rochas pré-existentes reagem entre si 
formando novos – os minerais metamórficos. São exemplos de rochas 
metamórficas a pedra mineira, as ardósias, os itabiritos, os micaxistos 
e os gnaisses.
Por metamorfismo as rochas naturais sofrem as seguintes alterações: 
  Os calcários transformam-se em mármores.
  Os arenitos em quartzitos.
  Os basaltos e gabros em anfibolitos.
  Os granitos em gnaisses e migmatitos.
Outra rocha metamórfica típica é o esteatito (pedra sabão), constituído 
por uma mistura de talco e serpentina, com estruturas maciças ou planares. 
Materiais de construção2
Materiais_construcao_U1_C01.indd 2Materiais_construcao_U1_C01.indd 2 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
São gerados a partir de rochas magmáticas magnesianas como os dunitos, 
peridotitos e piroxenitos.
Figura 1. Vista geral de uma jazida de basalto.
Fonte: Yoeml / Shutterstock.com.
Minerais constituintes
Tradicionalmente os minerais formadores de rochas são classifi cados em 
minerais silicatados e não silicatados. Os minerais silicáticos mais comuns 
nas rochas naturais são:
  O quartzo (incolor, leitoso, róseo, esverdeado, cinzento, azulado, cas-
tanho, preto).
  Os feldspatos (brancos, cor de creme, róseos, cor de carne, cinzentos).
  Os feldspatóides (cinzentos, azuis).
  As micas (prateadas, esverdeadas, castanhas, pretas).
  Os piroxênios (cinzas, azuis, verde-claros, verde-escuros, pretas).
  As olivinas (cinza-esverdeadas).
3Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 3Materiais_construcao_U1_C01.indd 3 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
  As granadas (vermelhas).
  As dumortieritas (azuis).
  O talco (branco, amarelado, acastanhado).
  A serpentina (branca, verde, castanha, amarelada).
  A caulinita (é o principal componente de argilas).
Entre os minerais não silicáticos destacam-se:
  Os carbonatos (calcita, magnetita, dolomita, siderita) – componentes 
principais dos calcários e mármores.
  Nos itabiritos o óxido de ferro (hematita, magnetita) – este mineral 
confere à rocha uma cor escura reluzente que pode variar para um preto 
esverdeado quando associado à clorita, uma mica verde ou anfibólibo 
(grumerita e odinolita).
Propriedades das pedras naturais
São as qualidades exteriores que caracterizam e distinguem os materiais.Um 
determinado material é conhecido e identifi cado por suas propriedades e por 
seu comportamento perante agentes exteriores. Bauer (2008) defi ne algumas 
das principais propriedades físicas dos materiais, dentre as quais as de maior 
infl uência nas características das rochas, destacam-se:
  Massa: a quantidade de matéria e é constante para o mesmo corpo, 
esteja onde estiver. 
  Peso: definido como a força com que a massa é atraída para o centro 
da Terra varia de local para local.
  Massa específica: a relação entre sua massa e seu volume. 
  Peso específico: a relação entre seu peso e seu volume. 
  Densidade: a relação entre sua massa e a massa do mesmo volume de 
água destilada a 4ºC. 
  Porosidade e compacidade: a propriedade que tem a matéria de não 
ser contínua, havendo espaços (vazios) entre as massas. 
  Dureza: definida como a resistência que os corpos opõem ao serem 
riscados.
  Tenacidade: a resistência que o material opõe ao choque ou percussão. 
Materiais de construção4
Materiais_construcao_U1_C01.indd 4Materiais_construcao_U1_C01.indd 4 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
  Durabilidade: a capacidade que os corpos apresentam de permanecerem 
inalterados com o tempo.
  Desgaste: a perda de qualidades ou de dimensões com o uso contínuo.
Estas propriedades físicas são fundamentais aos materiais de construção, 
pois estes estão constantemente submetidos a solicitações como cargas, peso 
próprio, ação do vento, entre outros – os chamados esforços. Os principais 
esforços solicitantes aos quais os materiais podem ser submetidos, caracteri-
zando as rochas mecanicamente, são: 
  Compressão: esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário 
que leva a um “encurtamento” do objeto em que está aplicado.
  Tração: esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário que leva 
o objeto a sofrer um alongamento na dire ção em que o esforço é aplicado.
  Flexão: esforço que provoca uma deformação na direção perpendicular 
ao qual é aplicado.
  Torção: esforço aplicado no sentido da rotação do material.
  Cisalhamento: esforço que provoca a ruptura por cisalhamento. 
Em relação às propriedades geológicas das rochas naturais, é importante 
a clivagem, o fraturamento e a alterabilidade:
  Clivagem: são planos de rompimento potenciais ou reais, paralelos, 
que refletem planos de fraqueza na estrutura cristalina regular dos 
minerais. As micas são minerais caracterizados por um sistema de 
clivagem muito bem desenvolvido e cerrado, fato que permite “esfoliá–
las”, subdividindo um mineral mais espesso em numerosas folhas finas. 
As serpentinas e o talco também apresentam esse tipo de clivagem. 
Minerais com clivagens bem desenvolvidas e grandes coeficientes 
de dilatação não devem ser expostos a amplas variações térmicas. 
As sucessivas dilatações e contrações destes minerais enfraquecem 
progressivamente a trama da rocha e aumentam as infiltrações de 
agentes líquidos.
  Fraturas: são fendas irregulares em minerais não controladas por sua 
estrutura cristalina. A maior ou menor facilidade de um mineral ao 
fraturamento (ou quebra) depende do seu coeficiente de elasticidade. 
Minerais que sofrem quebra são denominados de quebradiços. A quebra 
5Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 5Materiais_construcao_U1_C01.indd 5 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
depende tanto do valor do esforço aplicado quanto da velocidade de 
sua aplicação.
  Alterabilidade: minerais silicáticos são mais ou menos inertes aos 
agentes do intemperismo e a produtos da indústria química e de limpeza. 
O quartzo resiste a todos os agentes com exceção do ácido fluorídrico, 
que não tem uso em residências. A alteração de micas escuras, anfibó-
lios, piroxênios e granadas sempre se associa à liberação de óxido de 
ferro, que mancha a rocha, comprometendo sua estética. Carbonatos, 
por sua vez, são facilmente solúveis em ácidos.
Uma característica que depende diretamente das propriedades físicas, 
mecânicas e geológicas é a trabalhabilidade, isto é, a facilidade de moldar 
a pedra de acordo com o uso. Depende de fatores como a dureza e a homoge-
neidade da rocha. Como visto anteriormente, a dureza é a resistência ao risco 
ou ao corte e no caso da trabalhabilidade das rochas indicará o meio de corte 
mais adequado. De acordo com Petrucci (1975), peças mais brandas podem 
ser cortadas com serras de dentes enquanto peças mais duras demandam corte 
com diamante. Segundo o mesmo autor, uma rocha homogênea é aquela que 
apresenta as mesmas propriedades em amostras diferentes e que ao choque 
do martelo se quebra em pedaços e não em grãos, como ocorre nas rochas 
não-homogêneas. Dessa forma, a homogeneidade permite a obtenção de 
peças com formatos adequados.
Pedras naturais
Obviamente é muito mais fácil construir com tijolos ou blocos de concreto 
perfeitamente moldados, mas também é possível construir belas e sólidas 
obras com pedras. Paredes de pedra, por exemplo, apresentam excelente 
massa térmica, o que signifi ca que absorvem a temperatura externa, con-
servam-na no lado de dentro e a irradiam pelo ambiente. As estruturas 
de pedra são extremamente duráveis, mas muito trabalhosas. Durante 
um dia quente, as paredes com massa térmica absorvem e armazenam o 
calor do sol, enquanto o interior do ambiente permanece fresco. À noite, 
quando as temperaturas externas caem, o calor do dia, armazenado nas 
paredes, irradia para dentro para aquecer o ambiente. A massa térmica 
pode tornar a energia efi ciente uma vez que o ambiente esquenta e esfria 
sozinho, e não precisa de aquecedores e sistemas de calefação nem de 
condicionadores de ar.
Materiais de construção6
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Figura 2. Pedras mais utilizadas pela indústria da construção civil.
Ao tratarmos de pedras naturais para agregados, compostos por minerais fundamentais 
(pedras britadas, seixos etc.), as propriedades geológicas básicas são: massa específica 
e dureza.
Aplicação de pedras naturais
Pedras naturais como agregados
Os materiais granulosos naturais são encontrados na natureza já na forma 
particulada, se não já com o tamanho aplicável, e são submetidos à diminuição 
7Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 7Materiais_construcao_U1_C01.indd 7 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
de suas dimensões; ou seja, são divididos em partículas de formatos e tamanhos 
mais ou menos uniformes para atuar como material inerte em argamassas e 
concretos, aumentando, assim, a resistência mecânica e o volume da mistura, 
além de reduzir seu custo.
Segundo Petrucci (1975), define-se como agregado o material granular, sem forma e 
volume definidos, geralmente inerte de dimensões e propriedades adequadas para 
a engenharia. Os agregados juntamente com os aglomerantes − especificamente o 
cimento − formam o principal material de construção brasileiro: o concreto.
Classificação
Os agregados naturais mais comuns e utilizados são a areia, siltes, seixos, e 
as britas. Veja as suas subdivisões a seguir.
Quanto à massa unitária
Agregados leves: são os agregados com massa unitária inferior a 1120 kg/
m3. Essa menor massa é devido à sua microestrutura celular e altamente porosa. 
Sua aplicação principal é na produção de concretos leves. Como exemplo 
temos os produtos artificiais que você vai estudar mais adiante neste capítulo.
Agregados normais: são os agregados com massa unitária entre 1500 
e 1800 kg/m3. Temos como exemplos areia lavada de rio, britas graníticas e 
calcárias, entre outras.
Agregados pesados: são os agregados com massa unitária superior a 1800 
kg/m3. A maior massa destes agregados é devido à presença dos minerais de 
bário, ferro e titânio na estrutura dos agregados. Como exemplos, podemos 
citar barita, hematita, entre outros.
Materiais de construção8
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Quanto à dimensão das partículas – granulometria
A ABNT NBR 7211:2009 classifi ca as pedras naturais em agregados pelo seu 
tamanho como:
Agregado graúdo: materiais com diâmetro de suas partículas entre 
75 mm e 4,8 mm. Como exemplos temos: seixo rolado, cascalho e britas. 
Esses fragmentos são retidos na peneira com malha de abertura de 4,8 mm.
Agregado miúdo: materiais com diâmetro de suas partículas entre 4,8 mm e 
0,075 mm. Temos como exemplos: pó de pedra, areia e siltes. Esses fragmentos 
passam na peneira com malha de 4,8 mm de abertura.
Pedras como agregados miúdos
Pó de pedra
Por meio da mistura de pedrisco e fi ller tem-se o pó de pedra, que pode subs-
tituir a areia em algumas aplicações. Altamente utilizados nas argamassas 
e concretos para aumentar a resistência mecânica e o volume da mistura, 
reduzindo seu custo. Juntamente com os aglomerantes − especifi camente o 
cimento − formam o principal material de construção brasileiro: o concreto.
Filler
Entende-se por fi ller o pó mineral muito fi no, tendo dimensões granulares 
inferiores a 0,075 mm. Este pode ser: calcário, pó de pedra, carvão, cinzas, etc.
Pedras como agregado graúdo (ou grosso)
É um agregado originado principalmente da britagem ou diminuição de tama-
nho de uma rocha maior, que pode ser do tipo basalto, granito, gnaisse, entre 
outras. O processo de britagem dá origem a diferentes tamanhos de pedra, que 
são utilizadas nas mais diversas aplicações. De acordo com a dimensão que 
a pedra adquire depois de fraturada, recebe nomes diferentes, classifi cados 
resumidamente assim por Bauer (2008):
9Pedras naturais como material de construção
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 Fonte: Adaptado de Bauer (2008, p. 64). 
Denominação Diâmetro
Bloco de pedra maior que 1,00 m
Matacão maior que 25 cm
Pedra de mão / Rachão entre 7,60cm e 25 cm
Brita entre 4,80mm e 76 mm
 Quadro 1. Classificação dos agregados graúdos. 
Britas
Conforme visto, são produtos naturais que provêm da desagregação (fratura-
mento) das rochas em britadores e, que, após passar em peneiras selecionadoras, 
são classifi cadas de acordo com sua dimensão média (4,80 mm a 76,00 mm), 
processo que será mais bem explicado adiante. 
Procedência das britas: O processo de extração da pedra brita começa em 
blocos, que são fragmentos de rochas retirados das jazidas, com dimensões 
maiores (lados) de 1 m. A Figura 3 mostra um local de extração de blocos 
de rocha. Esses blocos alimentam o britador primário, que é o equipamento 
responsável pela primeira diminuição de tamanho da rocha. O subproduto do 
britador primário é a bica corrida primária, que pode ter aplicações específicas 
ou ser encaminhada ao britador secundário para dar continuidade ao processo 
de fabricação de pedras com tamanhos menores. Quando a fração maior que 
76 mm é separada da bica-corrida primária, temos um tipo específico de pedra 
conhecido como rachão.
Após a rocha passar pelo britador secundário, onde ocorre mais uma dimi-
nuição de tamanho, temos a bica corrida secundária. Em algumas britagens 
pode-se ter um terceiro britador. A bica-corrida secundária passa por uma 
série de peneiras com diferentes aberturas, que separam o agregado conforme 
o tamanho dos grãos. Os fragmentos de rocha que ficam retidos em cada 
Materiais de construção10
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peneira são transportados por meio de correias para as pilhas de estocagem, 
classificadas, correspondentes a cada tamanho.
Figura 3. Esquema geral do processo de britagem.
Fonte: Bauer (2008, p. 73).
Classificação: As britas são comercializadas de acordo com seu diâmetro 
máximo, classificadas por Petrucci (1982) conforme o quadro abaixo:
11Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 11Materiais_construcao_U1_C01.indd 11 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
Fonte: Adaptado de Petrucci (1975, p. 262-304).
Número
Tamanho dos grãos (mm)
Mínimo Máximo
0 4,8 9,5
1 9,5 19,0
2 19,0 25,0
3 25,0 50,0
4 50,0 76,0
5 76,0 100,0
Quadro 2. Classificação das britas.
As principais características determinadas para esses agregados são gra-
nulometria, massa unitária, massa específica e capacidade de absorção.
A determinação da granulometria do agregado graúdo é realizada da mesma 
maneira que a realizada para o agregado miúdo, mudando apenas a série de 
peneiras utilizadas (Quadro 3) e a amostra mínima que deve ser determinada, 
veja no Quadro 4.
Série normal Intermediária (mm)
76,0 mm
50,0 mm
38,0 mm
32,0 mm
25,00 mm
19,0 mm
12,50 mm
Quadro 3. Peneiras série normal e intermediária.
(Continua)
Materiais de construção12
Materiais_construcao_U1_C01.indd 12Materiais_construcao_U1_C01.indd 12 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1997, 2010a, 2010b).
Série normal Intermediária (mm)
9,50 mm
6,30 mm
4,80 mm
2,40 mm
1,20 mm
0,60 mm
0,30 mm
0,15 mm
Quadro 3. Peneiras série normal e intermediária.
 Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003). 
Dmáx (mm) Massa mínima (kg)
< 4,8 a 6,3 3,0 
> 9,5 a < 25,0 5,0
32,0 a 38,0 10,0
 Quadro 4. Amostras mínimas para ensaio. 
A determinação da massa unitária do agregado graúdo é realizada da mesma 
maneira que a realizada para o agregado miúdo, já a massa específica pode 
ser feita por imersão de uma amostra de agregado graúdo seco ao ar em uma 
proveta graduada de 1000 ml, que contenha cerca de 500 ml de água. A massa 
específica é determinada pela divisão da massa da amostra pelo volume de água 
deslocado (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOMAS TÉCNICAS, 2009a).
Agregados normais, com massa unitária entre 1500 e 1800 kg/m3, tem sua 
principal aplicação na produção de concretos e argamassas convencionais, 
(Continuação)
13Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 13Materiais_construcao_U1_C01.indd 13 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
como, por exemplo, britas graníticas e calcárias, entre outras. Esses agregados 
fazem parte da composição das argamassas e concretos de cimento Portland, 
pois contribuem para diminuição da contração volumétrica da argamassa, 
tornando-a mais econômica. Utilizadas também em concretos betuminosos, 
pavimentos rodoviários, base para assentamento de paralelepípedos (calça-
mento), confecção de filtros para tratamento de água e efluentes, filtros para 
interior de barragens, entre outras aplicações.
Brita (bica) corrida 
É a mistura de britas, sem classifi cação prévia, inclusive com pó de pedra, no 
estado em que se encontra a saída do britador, onde todos os tamanhos ainda 
estão misturados. Chama-se bica primária, quando deixa o britador primário 
(graduação na faixa de 0 a 300 mm) e, bica secundária, quando deixa o britador 
secundário (graduação na faixa de 0 a 76 mm).
As mais utilizadas são as britas número 1 e 2, normalmente para a confecção 
de concretos, podendo ser obtidas de pedras graníticas e ou calcárias. Britas 
calcárias apresentam menor dureza e normalmente menor preço. Para concreto 
armado a escolha da granulometria baseia-se no fato de que o tamanho da brita 
não deve exceder ⁄ da menor dimensão da peça a concretar. As britas podem 
ser utilizadas também soltas sobre pátios de estacionamento, como isolante 
térmico em pequenos terraços, em correção de solos, aterros, pavimentos 
rodoviários (concreto betuminoso), lastros de estradas de ferro, etc.
Agregados pesados, com massa unitária superior a 1.800 kg/m3, sua aplica-
ção principal é na produção de concretos pesados, utilizados para blindagens 
de radiação – reatores nucleares.
Rachão ou pedra de mão
É o agregado constituído do material que passa no britador primário com 
grãos de maiores dimensões, sendo retidos na peneira 76 mm (pode chegar 
até a250 mm). 
Qualidades exigidas das britas, bicas e rachões: 
a) Limpeza: ausência de matéria orgânica, argila, sais, etc.
b) Resistência: no mínimo possuírem a mesma resistência à compressão 
requerida do concreto.
c) Durabilidade: resistir às intempéries e às condições adversas.
d) Serem angulosas ou pontiagudas: para melhor aderência.
Materiais de construção14
Materiais_construcao_U1_C01.indd 14Materiais_construcao_U1_C01.indd 14 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
Os rachões são utilizados normalmente na confecção de concreto ciclópico e 
calçamentos.
Fonte: Revers / Shutterstock.com.
Cascalho ou seixo rolado
De acordo com Bauer (2008), o cascalho é um sedimento fl uvial (encontrados 
em leitos de rios) de rocha ígnea formado por grãos de diâmetro em geral supe-
rior a 5 mm, podendo chegar a 100 mm. Estes grãos são de forma arredondada 
devido ao atrito causado pelo movimento das águas onde se encontravam, 
por este motivo, também são conhecidos como pedregulho ou seixo rolado. 
Apresenta grande resistência ao desgaste, por já ter sido exposto a condições 
adversas no seu local de origem. 
Devem ser lavados para utilização em concretos como agregado graúdo, 
porém, apresentam em igualdade de condições, maior trabalhabilidade e menor 
resistência que os preparados com brita.
15Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 15Materiais_construcao_U1_C01.indd 15 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
 Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003). 
Denominação Dimensões
Fino De 5 a 15 mm
Médio De 15 a 30 mm
Grosso Acima de 30 mm
 Quadro 5. Classificação dos cascalhos. 
Os seixos rolados, depois de lavados são utilizados em concretos como 
agregado graúdo, porém, apresentam-se em condições iguais, maior traba-
lhabilidade e menor resistência que os preparados com brita.
Ensaios com agregados e / ou rochas 
Ensaio 1
Massa específi ca (ou massa específi ca real): é a massa da unidade de vo-
lume excluindo-se os vazios entre grãos e os permeáveis, ou seja, a massa 
de uma unidade de volume dos grãos do agregado. Sua determinação é feita 
através do picnômetro ou do frasco de Chapman, preferencialmente. Segundo 
Petrucci (1975), a massa específi ca real do agregado miúdo fi ca em torno de 
2,65 Kg/dm3. 
Determinação da massa específica do agregado miúdo é feita por meio 
do frasco Chapman, seguindo-se o procedimento descrito na ABNT NBR 
NM 52:2009;.
No agregado graúdo, a massa específica real é determinada pelo método 
da ABNT NBR NM 53:2009. Essa determinação é feita por meio da pesagem 
hidrostática de um cesto com agregado. É feita uma pesagem da amostra de 
agregado fora da água e, após, o agregado é pesado submerso na água. Dentro 
da água, o peso da amostra é menor em função da força de empuxo, que é 
igual ao peso do volume de água deslocado. O volume de água deslocado é 
o volume das pedras submersas. Dessa forma, determinamos o volume real 
do agregado.
Materiais de construção16
Materiais_construcao_U1_C01.indd 16Materiais_construcao_U1_C01.indd 16 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
Ensaio 2
Massa unitária (específi ca aparente): é o peso da unidade de volume, 
incluindo-se os vazios contidos nos grãos. É determinada preenchendo-se 
um recipiente paralepipédico de dimensões bem conhecidas com agregado 
deixando-o cair de uma altura de 10 a 15 cm. É também chamada de massa 
unitária. A areia, no estado solto, apresenta o peso unitário em forma de 1,50 
kg/dm3. A determinação é feita através do ensaio descrito na ABNT NBR 
NM 45:2006.
Ensaio 3
Teor de umidade: é a relação da massa de água absorvida pelo agregado que 
preenche total ou parcialmente os vazios, e a massa desse agregado quando 
seco. Sua determinação é feita, principalmente por meio da secagem em estufa; 
método da queima com álcool; método do speedy; frasco de Chapman, entre 
outros. O método mais prático para determinação em obras e controle de 
qualidade é o método do speedy test, por se constituir de um método rápido e 
prático de ser feito no canteiro de obras. Se a areia estiver úmida, por exemplo, 
e não se determinar essa umidade, a água incorporada à areia vai alterar o 
fator água / cimento do concreto, o que causa danos à resistência do mesmo. 
Conhecido o teor de umidade, você pode corrigir a quantidade de água a ser 
adicionada ao concreto, pois já terá conhecimento a respeito da quantidade 
de água que está incorporada à areia.
Normas para determinação:
  Determinação da umidade superficial do agregado miúdo por meio do 
frasco de Chapman (ABNT NBR 9775:2011).
  Determinação da umidade superficial do agregado miúdo por secagem 
em estufa (ABNT NBR 9939:2011).
Ensaio 4
Inchamento: é a propriedade dos agregados miúdos de aumentarem de volume 
com o aumento da umidade, o que provoca o afastamento entre os grãos, pela 
aderência da água a superfície dos agregados, e um inchamento do conjunto. Esse 
aumento de volume ocorre até determinado teor de umidade acima do qual o 
inchamento permanece praticamente constante. Esse teor de umidade é chamado 
Umidade Crítica. Para determinação do inchamento de agregado miúdo, você 
17Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 17Materiais_construcao_U1_C01.indd 17 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
deve seguir o procedimento descrito na ABNT NBR 6467:2006. A determinação 
do inchamento é fundamental para a medição dos traços de concreto em volume 
e para a determinação do volume das padiolas de medição de areia.
Ensaio 5
Granulometria: é a proporção relativa, em porcentagem, dos diferentes 
tamanhos dos grãos que constituem o agregado. A composição granulomé-
trica tem grande infl uência nas propriedades das argamassas e concretos. É 
determinada através de peneiramento, com peneiras de determinada abertura, 
constituindo uma série padrão ABNT NBR NM 248:2003.
A granulometria determina também mais dois parâmetros importantes. A 
dimensão máxima característica ou diâmetro máximo do agregado corres-
pondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série 
normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem 
retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa. Outro 
índice importante determinado pela granulometria é o módulo de finura, que 
é a soma das porcentagens retidas acumuladas nas peneiras divididas por 100.
No Quadro 3, foram apresentadas as peneiras da série normal para deter-
minação da granulometria do agregado miúdo, que de acordo com a ABNT 
NBR NM 248:2003, são as da malha 4,8 mm a 0,15 mm. Deve-se utilizar 
uma amostra mínima de 0,5 kg para a análise de agregado miúdo. A amostra 
para peneiramento de agregado graúdo varia entre 3 e 30 kg, dependendo do 
diâmetro máximo do agregado.
O ensaio granulométrico é preconizado na ABNT NBR 7211:2009. As 
diferenças principais do ensaio entre agregado miúdo e graúdo estão nas 
aberturas das peneiras utilizadas e o tamanho da amostra peneirada.
Ensaio 6
Resistência à abrasão: A resistência à abrasão é a resistência ao desgaste 
superfi cial sofrido pelo agregado e é determinada pelo método descrito na 
ABNT NBR NM 51:2001. Esse ensaio também é chamado de “abrasão Los 
Angeles”, pois esse é o nome dado ao aparelho em que se realiza o ensaio. A 
amostra é colocada num cilindro oco, juntamente com bolas de ferro fundido. 
O cilindro é girado por um tempo determinado, provocando o choque das 
esferas com o agregado e entre agregados. Após a amostra, é peneirada na 
peneira 1,7mm e a porcentagem do material passante em relação à massa da 
Materiais de construção18
Materiais_construcao_U1_C01.indd 18Materiais_construcao_U1_C01.indd 18 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
amostra original é o resultado do ensaio. Para aplicação em concretos e em 
pavimentos rodoviários, essa porcentagem não deve ultrapassar 50% e, para 
lastros de ferrovias, a porcentagem máxima é de 40%. 
Ensaio 7
Resistência ao esmagamento:É determinada pelo ensaio descrito na ABNT 
NBR 9938:2013, que consiste em submeter o agregado a um determinado 
esforço de compressão, capaz de causar fraturamento dos grãos. A amostra 
submetida ao ensaio é peneirada na peneira 2,4 mm e o peso retido, expresso 
em porcentagem da amostra inicial, constitui o resultado do ensaio. Agrega-
dos que serão utilizados na confecção de pavimentos rodoviários devem ter 
uma boa resistência ao esmagamento, pois são constantemente submetidos a 
esforços de compressão de diferentes magnitudes.
Ensaio 8
Formato dos grãos: De acordo com Bauer (2008), os grãos de agregados não 
têm forma geometricamente defi nida. Quanto à relação entre as dimensões 
“c” (comprimento), “l” (largura) e “e” (espessura), os agregados graúdos são 
classifi cados conforme mostrado no Quadro 6:
 Fonte: Bauer (2008, p. 86). 
 Quadro 6. Relação entre lados do agregado graúdo. 
Normalmente, os agregados naturais têm grãos cuboides, de superfície arre-
dondada e lisa, contrárias às superfícies angulosas e extremamente irregulares 
dos grãos dos agregados industrializados, o que torna a mistura com agregados 
naturais mais trabalhável do que com os industrializados. Assim, concretos 
com agregados de britagem exigem 20% mais de água de amassamento do 
19Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 19Materiais_construcao_U1_C01.indd 19 22/12/2016 15:00:5322/12/2016 15:00:53
que os preparados com agregados naturais, porém, têm maiores resistência 
ao desgaste e à tração devido à maior aderência entre os grãos e a argamassa. 
Grãos irregulares têm maior superfície específica que os cuboides e têm o 
inconveniente de poderem ficar presos entre as barras de armação do concreto 
armado resultando em enchimento irregular da fôrma. Quando se aumenta a 
porcentagem de grãos lamelares e alongados, o concreto perde trabalhabi lidade. 
Por outro lado, os grãos irregulares devido a sua forma e textura superficial, 
apresentam maior aderência da argamassa, resultando em maior resistência para 
um mesmo traço do que os constituídos com grãos cuboides e de superfície lisa.
Dependendo da aplicação existem limitações quanto ao formato dos grãos, 
como no caso de agregados para pavimentos rodoviários, que podem ter no 
máximo 10% de grãos irregulares, já o agre gado para lastro ferroviário deve 
ter no mínimo 90% de seus grãos com formato cuboide.
O tipo de rocha também influencia o formato do grão. O granito produz 
grãos de melhor forma que o basalto, que produz grande quantidade de grãos 
lamelares.
Independentemente da área de aplicação, cada rocha tem características próprias que 
influenciam no seu comportamento. Entre as principais podemos citar:
  Composição mineralógica: refere-se aos minerais que compõem cada rocha.
  Textura: é o modo como os minerais estão distribuídos.
  Estrutura: refere-se à homogeneidade ou heterogeneidade dos cristais constituintes.
Demais usos de pedras
A pedra é a base da arquitetura tradicional e é muito utilizada ainda hoje. É 
particularmente útil devido à alta inércia térmica, resistência e durabilidade. 
Não é renovável, mas é abundante.
Direcionando nosso estudo para as rochas brutas como parte da engenharia, 
podemos destacar as seguintes finalidades das mesmas: fundações de obras, 
material de base para túneis e galerias, blocos de vedação, componentes de 
misturas cerâmicas, pedras para revestimento e acabamento, matérias-primas 
da cal e do cimento.
Materiais de construção20
Materiais_construcao_U1_C01.indd 20Materiais_construcao_U1_C01.indd 20 22/12/2016 15:00:5422/12/2016 15:00:54
As alvenarias de pedras naturais dividem-se em: alvenarias de pedra bruta, 
de pedra aparelhada e em cantaria.
As alvenarias em pedra bruta são formadas de fragmentos irregulares, 
sem preparo algum, na forma em que são obtidos nas pedreiras. Elas podem 
ser assentadas a seco ou por meio de argamassa.
Alvenaria de pedra bruta é usada somente em construções secundárias. 
Os fragmentos são colocados em fiadas de altura irregular, consolidando-se, 
de distância em distância, com perpianhos, que são pedras de comprimento 
igual à sua espessura. Os intervalos, entre os blocos maiores são preenchidos 
com pedras menores, partidas convenientemente para se adaptarem melhor. 
Figura 5. Alvenaria em pedras brutas.
Fonte: Piikcoro / Shutterstock.com
Na alvenaria em pedra argamassada o procedimento é idêntico ao da 
alvenaria seca, apenas juntando-se às pedras com argamassa. As pedras 
devem ser previamente examinadas pelo pedreiro, pois elas têm saliências 
que podem dificultar o assentamento, e, neste caso, devem eliminadas com 
martelo, devendo ser experimentadas a seco para a perfeita execução. Após 
a experimentação o leito é preenchido com argamassa e a pedra colocada, 
batendo-se para refluir a argamassa e calça-se com lascas de pedra. Em se-
guida, preenche-se a junta vertical também de lascas para os interstícios. 
21Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 21Materiais_construcao_U1_C01.indd 21 22/12/2016 15:00:5422/12/2016 15:00:54
Nas camadas sucessivas deve-se tomar o cuidado de fazer as juntas verticais 
desencontradas para a necessária amarração.
A alvenaria de cantaria é a que utiliza pedras irregulares, porém com as 
faces aparelhadas (polidas). As pedras apresentam forma geométrica perfeita, 
com faces planas e arestas vivas; recebem denominações diversas, de acordo 
com o grau de acabamento, caracterizada pela última ferramenta utilizada na 
aparelhagem. Temos a cantaria de picão (martelo com duas faces pontiagudas e 
recurvadas), a de picola (martelo com duas faces em gume largo), a de escoada 
(duas faces com machadinha), a de bojarda (martelo com duas faces quadradas 
ou redondas, quadriculadas com pequenas pirâmides) e de brumida (lixada 
com ferramenta metálica).
Rocha Principais aplicações
Granito Bloco de fundação, muros, calçamentos, agregado 
para concreto, pisos, paredes, tampos de pias, 
lavatórios, bancadas e mesas, acabamentos. 
Basalto Agregados asfálticos, agregado para 
concreto, lastros de ferrovias, calçamentos, 
alvenarias, pisos e calçadas. 
Diorito Mesmas aplicações do granito e arte mortuária. 
Arenitos Revestimentos de pisos e paredes. 
Calcários e dolomitos Matéria-prima para a indústria cimenteira, de cal, 
vidreira, siderúrgica, corretor de solos, agregado. 
Ardósia Telhas, pisos, tampos e bancadas. 
Quartzitos Revestimentos, pisos e calçamentos. 
Mármores Revestimento de ambientes internos, 
pisos, paredes, lavatórios, lareiras, mesas, 
balcões, tampos e acabamentos. 
Gnaisses Rocha ornamental, agregado e pavimentação. 
 Quadro 7. Tabela com síntese das rochas naturais e suas aplicações. 
Materiais de construção22
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1. Correlacione a figura com as 
pedras naturais estudadas:
a) Arenito.
b) Basalto.
c) Mármore.
d) Granito.
e) Calcário.
2. Assinale a alternativa que contenha 
uma Rocha Carbonática. 
a) Monzonitos.
b) Calcários (limestones).
c) Granodioritos.
d) Sienitos.
e) Dioritos.
3. Na figura em anexo, podemos 
observar a pedra-sabão. Este material 
é muito utilizado em artesanato, 
utensílios domésticos, etc. Assinale 
a alternativa que contenha uma 
característica deste material.
a) Em sua constituição mineralógica 
temos quartzo e feldspato.
b) Não deve ser considerada 
como uma rocha ultramáfica.
c) Não resiste a altas temperaturas.
d) Soapstone é uma pedra 
com características 
contrárias à pedra-sabão.
e) Retém calor.
4. Com relação a propriedades dos 
materiais, assinale o texto que 
defina trabalhabilidade: 
a) É a facilidade de moldar a pedra 
de acordo com sua aplicação.
b) É a capacidade que tem 
o material de manter suas 
propriedades iniciais e 
desempenhar sua função de 
acordo com a especificação 
no decorrer do tempo.
c) Depende da textura, da estrutura 
e da coloração da pedra.
d) Alterabilidade da pedra com o 
decorrer do tempo na aplicação.
e) Resistência que a pedra 
oferece ao ser submetida 
a esforços mecânicos.
5. Assinale a alternativa que 
defina compacidade: 
a) É o volume de sólidos na unidade 
de volume da rocha natural.
b) Resistência ao risco.
c) Resistência à compressão.
d) Resistência ao corte. 
e) Resistência ao choque.
23Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 23Materiais_construcao_U1_C01.indd 23 22/12/2016 15:00:5422/12/2016 15:00:54
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6467:2006 Versão Corrigida 
2:2009. Agregados - Determinação do inchamento de agregado miúdo - Método de 
ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7211:2009. Agregados 
para concreto – Especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9775:2011. Agregado 
miúdo – Determinação do teor de umidade superfi cial por meio do frasco de Cha-
pman – Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9938:2013. Agregados — 
Determinação da resistência ao esmagamento de agregados graúdos — Método de 
ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9939:2011. Agregado 
graúdo – Determinação do teor de umidade total – Método de ensaio. Rio de Ja-
neiro: ABNT, 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 45:2006 . Agregados 
- Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 51:2001. Agregado 
graúdo - Ensaio de abrasão “Los Ángeles”. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 52:2009. Agregado 
miúdo - Determinação da massa específica e massa específica aparente. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 53:2009. Agregado 
graúdo - Determinação da massa específica, massa específica aparente e absorção 
de água. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM 248:2003. Agregados 
- Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM ISO 2395:1997. Peneira 
de ensaio e ensaio de peneiramento - Vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM ISO 3310-1:2010. Pe-
neiras de ensaio - Requisitos técnicos e verificação Parte 1: Peneiras de ensaio com 
tela de tecido metálico (ISO 3310-1, IDT). Rio de Janeiro: ABNT, 2010a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR NM ISO 3310-2:2010 . 
Peneiras de ensaio - Requisitos técnicos e verificação Parte 2: Peneiras de ensaio de 
chapa metálica perfurada (ISO 3310-2:1999, IDT). Rio de Janeiro: ABNT, 2010b.
BAUER, L. A. F. Materiais de construção. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. 
Materiais de construção24
Materiais_construcao_U1_C01.indd 24Materiais_construcao_U1_C01.indd 24 22/12/2016 15:00:5422/12/2016 15:00:54
PETRUCCI, E. G. R. Concreto de cimento portland. 9. ed. Rio de Janeiro: Globo, 1982.
PETRUCCI, E. G. R. Pedras naturais. In: PETRUCCI, E. G. R. Materiais de construção. Porto 
Alegre: Globo, 1975. p. 262-304.
Leituras recomendadas
ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO. São Paulo: Abril, 1985-
BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 9. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 
2009. v. 1.
EQUIPE DE OBRA. São Paulo: Pini, 2005-. Disponível em: <http://www.equipedeobra.
com.br/>. Acesso em: 27 nov. 2016.
FINESTRA/BRASIL. São Paulo: Arco Editorial, 1995-
SILVA, M. R. Materiais de construção. São Paulo: PINI, 1991. 
TÉCHNE: REVISTA DE TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÃO. São Paulo: Pini, 1992-
VERCOSA, E. J. Materiais de construção. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1984. 
YAZIGI, W. A técnica de edificar. 10. ed. São Paulo: Pini, 2009.
25Pedras naturais como material de construção
Materiais_construcao_U1_C01.indd 25Materiais_construcao_U1_C01.indd 25 22/12/2016 15:00:5422/12/2016 15:00:54
 
Dica do professor
Para definir se um material é adequado para determinada aplicação, é importante o estudo de suas 
propriedades e como estas correspondem ao seu comportamento durante a utilização. A seguir 
você vai assistir as principais rochas utilizadas como material de construção e algumas de suas 
características mais importantes.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/de63643e9647601f442df76445902aa2
Exercícios
1) Correlacione a figura com as pedras naturais estudadas: 
 
A) Arenito.
B) Basalto.
C) Mármore.
D) Granito.
E) Calcário.
2) Assinale a alternativa que contenha uma Rocha Carbonática. 
A) Monzonitos.
B) Calcários (limestones).
C) Granodioritos.
D) Sienitos.
E) Dioritos.
3) Na figura em anexo, podemos observar a pedra-sabão. Este material é muito utilizado em 
artesanato, utensílios domésticos, etc. Assinale a alternativa que contenha uma característica deste 
material.
 
A) Em sua constituição mineralógica temos quartzo e feldspato.
B) Não deve ser considerada como uma rocha ultramáfica.
C) Não resiste a altas temperaturas.
D) Soapstone é uma pedra com características contrárias à pedra-sabão.
E) Retém calor.
4) Com relação a propriedades dos materiais, assinale o texto que defina trabalhabilidade: 
A) É a facilidade de moldar a pedra de acordo com sua aplicação.
B) É a capacidade que tem o material de manter suas propriedades iniciais e desempenhar sua 
função de acordo com a especificação no decorrer do tempo.
C) Depende da textura, da estrutura e da coloração da pedra.
D) Alterabilidade da pedra com o decorrer do tempo na aplicação.
E) Resistência que a pedra oferece ao ser submetida a esforços mecânicos.
5) Assinale a alternativa que defina compacidade:
A) É o volume de sólidos na unidade de volume da rocha natural.
B) Resistência ao risco.
C) Resistência à compressão.
D) Resistência ao corte.
E) Resistência ao choque.
Na prática
Conheça uma pedra natural muito usada na construção civil..
O granito é uma pedra ideal para aplicação em projetos de interiores como paredes, divisórias, 
pisos (baixo tráfego) e escadas. Para aplicação em bancadas é necessário impermeabilizar o 
material.
Caso sejam aplicados a ambientes externos, a granada não poderá conter traços férricos e faz-se 
necessária a execução de ensaios complementares como: durabilidade, resistência à cristalização de 
sais, choque térmico.
 
Portanto o engenheiro responsável pelo projeto deve conhecer o ambiente em que a pedra será 
aplicada e suas respectivas características.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Propriedades dos Minerais
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Rochas e Minerais
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Extração de Granito
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Maravilhas Modernas: Minas de Diamante
https://www.youtube.com/embed/aGG9tZmAZcI
https://www.youtube.com/embed/e9E7yUP6k7A
https://www.youtube.com/embed/Q9o9fuIoUV8
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/F0NMVzAKJA8

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