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1) MEP I

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Luís Felipe Galvão, Pedro Lucas Cariri Moura – 1º Período 
FMIT – Faculdade de Medicina de Itajubá, 2019/2 
Data: 10/01/2020 
Método de Ensino e Pesquisa I - MEP I 
 
1 
 
Método de Ensino e Pesquisa I 
Artigos 
Qualis Capes – é um sistema brasileiro de 
avaliação de periódicos. Seu principal ob-
jetivo é avaliar a qualidade da produção ci-
entífica e auxiliar alunos e professores no 
processo de submissão de artigos. Seus cri-
térios de classificação estão em constante 
mudança e aprimoramento. Atualmente, as 
notas são divididas em: A1 (a melhor cate-
goria), A2, B1, B2, B3, B4 e B5. 
Fator de Impacto – método para avaliar a 
importância de periódicos científicos em 
suas respectivas áreas. Para efetuar seu cál-
culo, leva-se em consideração o número de 
citações recebidas pelos artigos publicados 
no periódico nos dois anos anteriores à ava-
liação, dividido pelo número de artigos pu-
blicados no período. 
 
Métodos de Pesquisa 
• Bibliográfica – recupera o conheci-
mento científico acumulado sobre um 
tema/problema. 
• Observacional – faz inferências sobre 
o possível efeito de um tratamento em 
um grupo de indivíduos, onde a aloca-
ção dos indivíduos em um grupo em 
comparação com um grupo pré-selecio-
nado está além do controle do pesquisa-
dor. 
• Experimental – determina um objetivo 
de estudo, seleciona variáveis capazes 
de influenciá-lo, define as formas de 
controle e de observação dos efeitos 
que cada variável produz no objeto. 
• De campo – observa os fatos e como 
eles ocorrem. Nos permite separar e 
controlar as variáveis, além de perceber 
e estudar as relações estabelecidas. 
• De laboratório – realizado em labora-
tório, ou seja, em ambiente que permita 
controlar as variáveis, reduzindo o grau 
de subjetividade na aferição dos dados. 
2 
 
Como pesquisar artigos 
 
Estudo epidemiológico 
A motivação para a criação de um estudo 
epidemiológico é gerar ou testar hipóteses. 
Esses estudos analisam se existem associa-
ções entre determinado fator, comparando 
grupos. São classificados em: 
• Experimentais – há intervenção (pes-
quisador exerce ação) e os grupos são 
estabelecidos por processos aleatórios. 
São unicamente analíticos. 
• Observacionais – não há intervenção 
direta do pesquisador com a relação 
analisada e os grupos são classificados 
no início do estudo. Esse estudo pode 
ser descritivo ou analítico. 
 
Relação temporal entre os estudos epide-
miológicos – período de tempo durante o 
qual os dados foram registrados em relação 
ao tempo no qual o estudo começou. O 
estudo prospectivo parte do risco e observa 
o desfecho, já o retrospectivo observa o 
desfecho e, assim, vai analisar o risco. 
 
Estudo transversal – baseado na prevalên-
cia, ele é seccional. Analisam um ponto es-
pecífico num dado momento. Eles descre-
vem uma espécie de fotografia dos dados 
não se incomodando com o que aconteceu 
antes ou depois do estudo. 
Estudo longitudinal – baseado na incidên-
cia, ele é sequencial. Analisam a amostra 
ao longo de um período de tempo no futuro 
ou no passo. No estudo longitudinal deve-
se observar a mesma variável várias vezes. 
 
Tipos de estudos epidemiológicos 
Estudos descritivos – descreve a frequên-
cia e a distribuição do fator estudado. Po-
dem fazer uso de ados primários (dados co-
letados para o desenvolvimento do estudo) 
ou secundários (dados pré-existentes, como 
de mortalidade e hospitalizações). Ex.: Re-
lato de caso, relato de série de casos. 
Determinam a distribuição de doenças ou 
condições relacionadas à saúde, segundo o 
3 
 
tempo, lugar ou característica dos indiví-
duos. Ou seja, responde às perguntas de 
“Quando, onde e quem adoece”. 
Examinam como a incidência (novos ca-
sos) ou a prevalência (casos existentes) de 
uma doença ou condição relacionada à sa-
úde varia de acordo com determinadas ca-
racterísticas, como sexo, idade, escolari-
dade, renda, etc. 
Estudos analíticos – são aqueles que com-
provam/relacionam os riscos, agravos e o 
estado de saúde. São delineados para exa-
minar a existência de associação entre uma 
exposição e uma doença/condição relacio-
nada à saúde entre grupos distintos. Há uma 
observação, formulação de hipóteses e o 
teste destas hipóteses. 
Os estudos transversais e ecológicos são 
estudos analíticos de baixo poder analí-
tico. Já os estudos de coorte e caso-controle 
são estudos analíticos de alto poder analí-
tico. 
Poder analítico – capacidade de demons-
trar que a ocorrência de um efeito deveu-se 
à presença do fator estudado. 
 
Estudo observacional descritivo 
Relato de caso ou de série de casos – des-
crição detalhada de um ou alguns casos clí-
nicos, geralmente de um evento clínico raro 
ou uma nova intervenção. A série de casos 
é um estudo com maior número de partici-
pantes (mais de 10) e pode ser retrospectivo 
ou prospectivo. O número geral de casos 
relatados em uma série de casos varia, pois 
não existe uma regra geral. 
O relato de caso pode estudar: doenças ra-
ras, critérios de diagnóstico ou a história 
natural de uma doença. Hipóteses são gera-
das, não levando em consideração a varia-
bilidade, havendo a necessidade de uma 
confirmação. 
Estudo de série de casos é uma coleção de 
pacientes com características comuns usa-
das para descrever algumas informações 
clínicas, fisiopatológicas de uma doença, 
tratamento, diagnóstico ou procedimentos. 
É útil para descrever a eficácia de novas in-
tervenções, diagnósticos incomuns e res-
postas incomuns (boas ou ruins) para inter-
venções. 
Estudo observacional analítico 
Estudo ecológico – estudo de uma popula-
ção (e não cada indivíduo) em uma área ge-
ográfica definida (distrito, cidade, estado, 
país). Podem ser feitos comparando-se po-
pulações em lugares diferentes ao mesmo 
tempo ou, em uma série temporal, compa-
rando-se a mesma população em diferentes 
momentos. Esse estudo gera hipóteses e 
não testa, pois não é possível medir a situ-
ação. Resultados interessantes devem ser 
avaliados por meio de outros estudos com 
4 
 
dados individuais. Pode avaliar eficácia de 
intervenção. 
• Baixo custo e execução rápida, devido 
às fontes de dados secundários disponí-
veis; 
• Conseguem estimar bem os efeitos de 
uma exposição quando ela varia pouco 
na área de estudo, pela comparação en-
tre áreas (ou estudos individuais não 
conseguem); 
• Existem efeitos que somente podem ser 
medidos no nível ecológico. 
 
• Informações sobre comportamento, ati-
tude e história clínica não estão dispo-
níveis (dados pessoais não disponíveis); 
• Difícil estabelecer temporalidade entre 
causa e efeito e associar a doença com 
a exposição; 
• Migração entre grupos (por exemplo, 
morar em uma área e trabalhar em ou-
tra); 
• Falta de informação relevante. 
 
Falácia ecológica – problema desse es-
tudo. Inferência causal inadequada so-
bre indivíduos na base de observações 
de grupos, pois não é possível ver os fa-
tores de risco de cada pessoa. Ocorre, 
pois, a associação observada entre as 
variáveis no nível de grupo não repre-
senta, necessariamente, a associação 
existente no nível individual. 
Estudo transversal (seccional) – medem a 
prevalência da doença, sendo as medidas 
da exposição e efeito (doença) realizadas 
simultaneamente. Pode ser comparado a 
um “retrato” retirado da situação no mo-
mento da análise. Nesse tipo de estudo, 
podem participar tanto pessoas doentes 
quanto saudáveis, até por que elas são es-
colhidas por amostragem (critérios de in-
clusão). 
• Relativamente baratos; 
• Fáceis de conduzir; 
• Úteis na investigação das exposições. 
 
 
• Incapacidade de testar hipóteses, pois 
as variáveis são colhidas ao mesmo 
tempo. 
Caso-controle – estudos de grupos seme-
lhantes, selecionados a partir de uma popu-
lação de risco que compara doentes versus 
não doentes, retrospectivamente,conside-
rando a exposição e os possíveis fatores de 
risco a que a amostra de doentes foi exposta 
(no passado). São analisados dois recortes 
populacionais, um com a doença estudada 
(grupo de casos) e outro com pessoas sau-
dáveis (grupo de controle). São sempre lon-
gitudinais pois há coleta de dados em dois 
momentos distintos e retrospectivos, uma 
vez que o investigador busca, no passado, 
uma determinada causa/exposição para a 
doença ocorrida. Esse estudo parte do des-
fecho da doença e observa se os fatores de 
risco estavam presentes. O objetivo princi-
pal desse estudo é analisar como está se de-
senvolvendo o processo saúde-doença na-
quele grupo de pessoas que compartilha 
uma característica em comum, chamada fa-
tor de risco. 
• Fácil e de rápida execução; 
• Custo relativamente baixo; 
• Útil para identificação de fatores de 
risco e doenças raras; 
5 
 
 
• Dificuldade de seleção; 
• Dependem do registro médico/docu-
mentação. 
 
Coorte (prospectivo) – Estudo longitudi-
nal no qual um grupo de pessoas (com de-
terminado fator de risco) é acompanhada 
por determinado tempo. Os desfechos são 
comparados a partir da exploração ou não 
de uma intervenção ou outro fator de inte-
resse para análise posterior de incidência 
da doença. 
Esse estudo pode ser utilizado para moni-
torar a incidência da doença, identificar os 
determinantes para ocorrência da doença, 
monitorar a sobrevida associada a doença 
ou identificar fatores associados à progres-
são da doença. 
A duração da pesquisa é longa, podendo 
durar dias/meses (processos agudos) ou 
anos/década (processos crônicos). Esse 
tempo é estabelecido no início do estudo. 
• Relação temporal entre exposição e 
efeito. 
• Avalia exposição rara; 
• Avalia fatores associados a doenças de 
evolução rápida. 
 
• São demorados; 
• Podem ser caros; 
• Perda dos participantes por imigração, 
desistência ou morte; 
• A exposição não está sobre o controle 
do pesquisador. 
 
 
Estudo Experimental Analítico 
Ensaio clínico randomizado – esse estudo 
de intervenção, considerado o “Padrão de 
ouro dos estudos”, é um conjunto de proce-
dimentos de investigação e desenvolvi-
mento de medicamentes, que são realiza-
dos para permitir que dados, como infor-
mações sobre reações adversas e efeitos ad-
versos de outros tratamentos e eficácia a re-
colher para as intervenções de saúde. Ele 
parte da causa da direção a um efeito. 
Os participantes do estudo são distribuídos 
aleatoriamente para aplicação de uma inter-
venção (ex.: tratamento farmacológico) 
comparado a outra intervenção (ex.: trata-
mento placebo). Os grupos são acompa-
nhados por um período de tempo e analisa-
dos por desfechos específicos, definidos no 
início do estudo. Os ensaios clínicos tem 
como características serem: 
• Randomizados – significa que os paci-
entes são alocados para um dos dois 
grupos de forma aleatória (lançando 
uma moeda, por exemplo). Essa aloca-
ção tem por função tornar os grupos se-
melhantes entre si. 
• Controlados – significa que além do 
grupo que vai receber o tratamento 
novo que se vai testar (grupo de 
6 
 
intervenção), um outro grupo (grupo 
controle) receberá placebo ou o trata-
mento até então consagrado (se houver) 
para aquela doença. 
• Duplo-cego – significa que nem o exa-
minado (objeto de estudo) nem o exa-
minador (profissional que irá avaliar a 
ocorrência do desfecho/complicação da 
doença) sabem o que está sendo utili-
zado como variável (intervenção ou 
controle) em um dado momento. 
 
• Placebo – é uma substância sem propri-
edades farmacológicas, administrada a 
pessoas ou grupo de pessoas como se ti-
vesse propriedades terapêuticas. 
 
Ensaio Comunitário – esse estudo en-
volve a intervenção em nível de comunida-
des (e não em indivíduos). São usados para 
avaliar a eficácia e efetividade de interven-
ções que busquem a prevenção primária 
através da modificação dos fatores de risco 
numa população naturalmente formada. 
Exemplos de intervenções comunitárias 
são os estudos sobre a eficácia de vacinas e 
sobre a academia ao ar livre para prevenção 
de doenças cardiovasculares. As limitações 
desse estudo são as dificuldades de isolar 
uma comunidade. 
 
 
Conceitos 
População – é a totalidade dos elementos 
de um grupo, acerca dos quais se deseja fa-
zer um determinado estudo. Os elementos 
da população são compostos por itens que 
possuem características comuns que os 
identificam dentro da mesma categoria. 
Amostra – A amostra é a fração represen-
tativa de uma população. 
Amostragem – É o processo de determina-
ção de uma amostra a ser pesquisada. Ela 
envolve o estudo apenas de uma parte dos 
elementos. A finalidade da amostragem é 
fazer generalizações sem precisar examinar 
7 
 
todos os elementos de um dado grupo. É di-
vidida em: 
• Amostragem Probabilística – é alea-
tória ou ao acaso. Este tipo de amostra-
gem é submetido a tratamento estatís-
tico que permite compensar erros amos-
trais, pois qualquer amostra tem a 
mesma probabilidade de ser selecio-
nada. 
• Amostragem não-probabilística – por 
não fazer uso de forma aleatória de se-
leção, não aceita diversas aplicações es-
tatísticas. 
Critérios de inclusão – são os requisitos 
utilizados pelos pesquisadores para seleci-
onar os sujeitos que serão convidados a 
participar da pesquisa, justamente pelas 
suas características subjetivas e peculiares. 
Já os critérios de exclusão são as caracte-
rísticas verificadas nos sujeitos seleciona-
dos que os impedem de participar da pes-
quisa, por não atenderem aos propósitos da 
pesquisa ou por possuírem um estado de sa-
úde que os excluem daquele grupo que está 
apto a participar. 
Variáveis – podemos definir variável 
como a característica que é medida ou ava-
liada em cada elemento de amostra ou po-
pulação. Há dois tipos: 
• Independentes – vem antes, é o fator 
de risco, a causa. 
• Dependentes – vem depois, é o desfe-
cho, consequência. 
Ex.: Risco para desenvolver câncer de pul-
mão. VI – Cigarro, VD – Câncer. 
Tipos de abordagem – a forma como fo-
ram coletados os dados das pesquisas. 
• Qualitativa – baseada em narrativas es-
critas ou faladas e perguntas abertas, ela 
é subjetiva e permite conhecer mais o 
indivíduo. É utilizada em pequenas 
amostragens. 
• Quantitativa – baseada em números e 
cálculos matemáticos, ela é objetiva. É 
utilizada em grandes amostragens (pes-
quisa em grande escala). 
Níveis de conhecimento – as fontes co-
muns para obtenção de informações e seus 
critérios. 
• Empírico – conhecimento popular. 
Não é exato (pois há interação com o 
ambiente). 
• Científico – conhecimentos comprova-
dos pela ciência. É aproximadamente 
exato. 
• Filosófico – conhecimento baseado em 
reflexões subjetivas. É infalível e exato 
(pois não pode ser verificado). 
• Teológico – São conhecimentos basea-
dos na religião (absoluto). É infalível e 
exato (pois não pode ser verificado). 
Mapa Conceitual e Mapa Mental 
Mapas são “diagramas de fluxo de pensa-
mento”, cujo grande objetivo é deixar o 
pensamento visual organizado, para que 
seja fácil recuperar a informação ali con-
tida. 
Mapa mental – é um estilo de mapa “jo-
gado”. Há sempre uma ideia central (raiz), 
aa partir da qual se “puxam” as ideias co-
nectadas (galhos), numa estrutura em ár-
vore. Em cada “nó”, ou “caixa” do mapa, 
há apenas uma palavra, ou uma pequena 
8 
 
frase. A organização é feita de forma a en-
cadear o pensamento. 
 
Mapa conceitual – tem uma hierarquia. Há 
a presença de uma conexão entre os concei-
tos registrados nos nós, ou caixas. Essa co-
nexão é feita sempre com um verbo, ou lo-
cução. É também muito comum que os con-
ceitos sejam interligados, numa estrutura 
mais para rede do que para árvore. 
 
Revisão Sistemática 
As revisões são estudos secundários, ou 
seja,utilizam os estudos que já existem 
(publicados) para selecionar as melhores 
evidências. Buscam estabelecer conclusões 
a partir dos estudos primários (pesquisas 
originais) com um resumo ou 
sistematização dos dados encontrados, que 
são comuns a estes estudos. 
A revisão sistemática é um método de in-
vestigação científica com planejamento e 
reunião de estudos originais, sintetizando 
os resultados de múltiplas investigações 
primárias através de estratégias que limi-
tam vieses e erros aleatórios. Ela reúne, de 
forma organizada, os resultados de estudos 
primários relacionados a uma intervenção 
específica, com aplicação de método explí-
cito, reproduzível e sistematizado de pes-
quisa, análise crítica e síntese dos estudos 
relacionados. 
A metanálise é um método estatístico 
muito utilizado na revisão sistemática para 
integrar os resultados dos estudos incluí-
dos. É uma análise de análises, ou seja, é 
um estudo de revisão da literatura em que 
os resultados de vários estudos são combi-
nados e sintetizados através de processos 
estatísticos, para produzir uma única esti-
mativa do efeito de uma determinada inter-
venção. 
 
Etapas para realizar uma revisão sistemá-
tica: 
1. Formular com precisão a pergunta; 
2. Elaborar o protocolo da revisão siste-
mática; 
9 
 
3. Identificar os estudos primários rele-
vantes; 
4. Selecionar os estudos; 
5. Extrair os dados dos estudos primários; 
6. Avaliar criticamente os estudos; 
7. Sintetizar os dados; 
8. Analisar os dados; 
9. Discutir os dados. 
Metanálise 
A metanálise consiste em uma síntese esta-
tística de dados colhidos no maior número 
possível de estudos, com o objetivo de su-
mariar a informação e, dessa forma, esti-
mar e prever os efeitos decorrentes da in-
formação sintetizada. 
Ela permite conciliar dados de diversos es-
tudos num só documento, tornando mais 
fácil a análise dos dados e permitindo tirar 
conclusões que, ao abranger mais informa-
ção, tentam refletir melhor a realidade. 
Ou seja, a metanálise tenta chegar a uma 
conclusão única a partir de vários estudos 
sobre determinado tema. Ela tem a vanta-
gem de resumir e condensar os resultados 
de vários estudos em um indicador de 
efeito. A realização da metanálise necessita 
da existência de, no mínimo, dois estudos 
que respondam a uma mesma pergunta, uti-
lizem pelo menos um desfecho em comum 
e tenham desenhos de estudo semelhantes. 
Método PICO e PVO 
Um dos grandes diferenciais da metanálise 
diz respeito ao fato de permitir o aumento 
do espaço amostral (necessário garantir a 
homogeneidade entre os estudos seleciona-
dos). Assim, esses textos são reunidos para 
análise mediante uma triagem que leva em 
consideração determinados aspectos. Uti-
liza-se, nesse processo, o acrônimo PICO 
(ou PICOS): Pacientes, Intervenção, Com-
paração, Outcomes (desfechos). Além do 
“S”, que significa desenho do estudo. Esse 
método auxilia na construção de Perguntas 
de pesquisa e Busca de evidências. Logo, é 
possível reunir artigos a partir de sua per-
gunta de pesquisa e fazer uma síntese esta-
tística do conjunto de seus resultados, per-
mitindo obter uma conclusão sobre essa 
pergunta. 
 
Há também o método PVO, utilizando 
quando não há intervenção. 
P: Definir a população, contexto e/ou situ-
ação-problema; 
V: Definir as variáveis ou limites do pro-
blema; 
O: Definir o resultado (Outcomes) dese-
jado (ou indesejável). 
Gráfico Forest Plots 
A representação gráfica das metanálise é 
feita por Forest plots, que permitem reunir 
todas as informações dos estudos avaliados 
e realizar a análise estatística pretendida. 
Essa representação permite apresentar vi-
sualmente a significância matemática de 
achados como Odds Ratio (resultado de re-
gressões logísticas) ou Risco Relativo (re-
sultado da construção de tabelas de contin-
gência). 
10 
 
 
• Título – evidencia a características que 
está sendo estudada e a comparação de 
seus atributos. 
• Coluna à esquerda – apresenta os di-
ferentes estudos encontrados na litera-
tura pesquisa que buscavam identificar 
o risco de determinada característica. 
• Coluna à direita – apresenta os valores 
estatísticos de cada estudo, tornando 
possível a comparação de estudos com 
características semelhantes e resultados 
distintos. 
• Reta horizontal principal (abcissa) – 
apresenta de maneira crescente os ris-
cos relativos comparativos. Depen-
dendo do risco relativo obtido em cada 
estudo, a caixa representando esse risco 
estará mais à direita ou mais à esquerda 
do gráfico. 
• Reta vertical (reta vertical principal) 
– normalmente no centro, representa o 
risco relativo 1. Ou seja, é a linha que 
representa riscos iguais. 
• Caixas (Quadrados) – representam, ao 
mesmo tempo, os riscos relativos de 
cada estudo (deslocamento horizontal 
no gráfico) como também a importância 
estatística de cada estudo (tamanho da 
caixa). Quanto mais à esquerda a caixa 
situa-se no gráfico, maior o risco rela-
tivo do estudo. Além disso, quanto 
maior é a caixa, maior a importância do 
estudo (número de indivíduos estuda-
dos) e, portanto, maior o impacto que 
esse estudo terá na metanálise. 
• Linhas horizontais – sempre juntas às 
caixas, representam a largura do inter-
valo de confiança. Ou seja, quanto 
maior for o intervalo de confiança (dis-
tância entre os limites inferior e supe-
rior) maior será a linha que acompanha 
as caixas. Se a linha que representa o in-
tervalo de confiança cruzar a reta verti-
cal principal (risco relativo 1), não ha-
verá valor significativo. 
• Losango – representa o resultado final 
da metanálise. Resultado da média da 
análise de todos os estudos representa-
dos. Quanto maior a caixa que repre-
senta o estudo, maior impacto esse es-
tudo terá sobre o losango resultante da 
metanálise. 
Cada estudo é representado por uma linha 
com um quadrado. O tamanho do quadrado 
representa o peso relativo de cada estudo 
no resultado final da metanálise. E o com-
primento da linha é proporcional a precisão 
da estimativa. No lado esquerdo dessa linha 
o estudo é identificado. O quadrado repre-
senta o efeito do estudo primário e alinha 
equivale ao intervalo de confiança. A linha 
central vertical representa a ausência de 
efeito. 
 
Losango/diamante – representa o resul-
tado final da metanálise. O centro do lo-
sango simboliza o efeito médio e os extre-
mos equivalem ao IC do efeito médio. O 
efeito médio é obtido através da combina-
ção das medidas sumárias dos estudos 
11 
 
incluídos atribuindo-se pesos maiores para 
os estudos mais precisos. 
 
Ponto central – em relação à linha vertical: 
• À esquerda – a intervenção reduz a 
probabilidade do desfecho. 
• Á direita – a intervenção aumenta a 
probabilidade do desfecho. 
 
Linha horizontal – em relação à linha cen-
tral vertical: 
• Com intercessão – o estudo não encon-
trou diferença estatisticamente signifi-
cativa entre os grupos sobre o benefício 
ou malefício da intervenção. 
• Sem intercessão – a diferença encon-
trada é estatisticamente significativa. 
 
Losango – em relação à linha central verti-
cal: 
• À esquerda – o resultado global indica 
que a intervenção reduz a probabilidade 
do desfecho. 
• À direita – o resultado global indica 
que a intervenção aumenta a probabili-
dade do desfecho. 
• Com intercessão – o resultado global 
não é significativo. Não há evidência de 
efeito. 
 
 
Currículo Lattes (CL) 
Criado em 1999, o currículo Lattes é indi-
cado principalmente para profissionais aca-
dêmicos. Ele é feito na plataforma Lattes 
do CNPq, um sistema de currículos virtual 
criado e mantido pelo Conselho Nacional 
de Desenvolvimento Científico e Tecnoló-
gico, pelo qual integra as bases de dados 
curriculares, grupos de pesquisa e institui-
ções em um único sistema de informações, 
das áreas da Ciênciae Tecnologia, atuando 
no Brasil. A plataforma é intuitiva e possi-
bilita ao profissional colocar todos os deta-
lhes de sua trajetória acadêmica. O acesso 
12 
 
a essa ferramenta pode ser feita por qual-
quer internauta mesmo que ele não possua 
login. 
O currículo lattes visa a construção da ima-
gem da vida e trajetória profissional do ca-
dastrado, dando especial ênfase à vida aca-
dêmica deste. Sendo assim, o Lattes é fo-
cado nas produções, áreas de atuação e ex-
periência de pesquisa em ciência e tecnolo-
gia. O CL também é necessário para possi-
bilitar a concessão de bolsas de pesquisa, 
participação em projetos acadêmicos e par-
ticipação em eventos científicos. Ele é re-
ferência em armazenamento de dados, cru-
zamento de informações e de cadastrados. 
Muitas empresas solicitam esse tipo de cur-
rículo às pessoas, pois é muito rico em in-
formação e tem ganhado cada vez mais 
confiabilidade e abrangência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Método de Ensino e Pesquisa I
	Artigos
	Métodos de Pesquisa
	Como pesquisar artigos
	Estudo epidemiológico
	Tipos de estudos epidemiológicos
	Estudo observacional descritivo
	Estudo observacional analítico
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