Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PORTFÓLIO PRÉ - CLÍNICA 3 FILOSOFIA DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO/INSTRUMENTAÇÃO E PREPARO QUÍMICO - MECÂNICO DOS CANAIS RADICULARES Ana Gisele da Silva Oliveira As condições clínicas que requerem intervenção endodôntica podem ser classificadas em três tipos: ● Dentes com polpa viva (pulpite irreversível) ● Dentes com polpa necrosada ( com ou sem lesão perirradicular primária) ● Dentes com retratamento endodôntico( com lesão perirradicular pós-tratamento) O sucesso do tratamento se dá através do domínio e conhecimento de cada uma dessas condições. Sendo a diferença fundamental entre elas o tipo de infecção: ● Polpa necrosada e retratamento: Presença de infecção no sistema de canais radiculares ( raras condições nos tecidos perirradiculares); ● Polpa viva: Livre de infecções nos canais e nos tecidos perirradiculares; O tratamento endodôntico adequado se dá através de estratégias diferentes para cada condição apresentada: 54 ● Biopulpectomia: Realizado quando existe presença de polpa vital ( pulpite irreversível), quando não existe infecção e apresenta alta taxa de sucesso: CASOS: - Pulpite irreversível sintomática - Pulpite irreversível assintomática - Falha no capeamento pulpar direto ou indireto ou pulpotomia - Casos de polpa saudável onde o dente será submetido a tratamentos periodontais, protéticos, cirúrgicos invasivos, levando o nome de biopulpectomia eletiva. ● Necropulpectomia e re-tratamento: Realizado em dente com polpa não vital e lesões perirradiculares, ou seja dentes despolpados. Lida com infecção intrarradicular primária e em casos de retratamento com lesão perirradicular pós-tratamento, está presente uma infecção intrarradicular secundária.O sucesso dessa técnica se dá através da remoção ou redução dos microorganismos no interior do canal. CASOS: - Dentes não vitais com lesão perirradicular; - Dente não vital sem lesão perirradicular; Controle da infecção | efeito do preparo químico-mecânico O objetivo do preparo químico-mecânico é ampliar, modelar e limpar o canal radicular para que o mesmo possa receber o material obturador. Nos casos infectados, acrescenta-se a desinfecção aos objetivos. Na realização do preparo, não se pode separar os procedimentos mecânicos dos químicos, quer conceitualmente, quer na sua execução prática, visto que o resultado final do preparo de um canal radicular decorre da interação dos instrumentos endodônticos com as substâncias químicas auxiliares e com a irrigação aspiração que se completam. Modelagem A modelagem é a obtenção de um canal cirúrgico, realizado através da instrumentação, com instrumentos manuais e rotatórios, que apresente conicidade.Visa a obtenção de um canal de formato cônico e continuo, com o menor diâmetro apical e maior nível coronário, onde a instrumentação deve tocar a parede. Objetivos: - Facilitar a etapa de obturação - Preparo de formato cônico -apical afunilado - Preparo no interior do canal dentinário - Manter a forma original do canal e posição foraminal Diferença: - Canal anatômico : Mais fino - Canal cirúrgico: mais alargado Instrumentais ● Terço cervical : Brocas ● Terço médio: Brocas e limas ● Terço apical: Limas Tipos de limas: ● 1/3 Cervical ● 1 /3 Médio ● ⅓ Apical PADRÃO ISO DOS INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS: ● Cor ● Diâmetro ( Conicidade) ● Conicidade ● Tamanho ( Parte ativa e intermediária ) ● Secção transversal Movimentos dos instrumentais MOVIMENTO DE REMOÇÃO: É usado na remoção da polpa dentária, sendo que, nesse caso, a penetração do instrumento deve alcançar o segmento apical do canal radicular. MOVIMENTO DE CATETERISMO: Usado na finalidade de conhecer a anatomia interna do canal radicular. O movimento de exploração ou cateterismo é realizado imprimindo-se ao instrumento pequenos avanços em sentido apical, com movimentos de rotação à direita e à esquerda com pequenos retrocessos. MOVIMENTO DE ALARGAMENTO: Alargamento é um processo mecânico de usinagem destinado a ampliar, por meio do corte de um material, o diâmetro de um furo cônico ou cilíndrico preexistente (canal). O alargamento consiste no giro (movimento de rotação) e no deslocamento compressivo (movimento de avanço) simultâneos de um alargador no interior de um furo (canal radicular). MOVIMENTO DE LIMAGEM: Movimento longitudinal alternativo com avanço do instrumento no interior do canal e de tração (retrocesso) linear curto com a aplicação de uma força lateral contra as paredes dentinárias. A tração linear é curta de amplitude entre 1 e 3 mm Sequência técnica CAD: Comprimento aparente do dente( realizado a medição do dente após radiografia) CPT: Comprimento provisório de trabalho CRT: Comprimento real do dente CRD: Comprimento real do dete POLPA NECROSADA: 1) Penetração desinfectante Lima fina: K #08 |#10|#15 Movimento de cateterismo Penetrar até ⅔ do CAD EX: CAD= 20 mm CPT= ⅔ CAD = 13 ,mm OBJETIVOS: - Verificar a direção do canal - Verificar possíveis calcificações - Neutralizar conteúdo infectado do canal L POLPA VIVA ( Pulpite irreversível) 1) Exploração inicial + pulpectomia Limas fina K: #08 |#10|#15 Movimento de cateterismo Penetrar até CAD - 3mm CPT: Comprimento provisório de trabalho EX: 20 mm CPT: CAD - 3 mm 20mm- 3 mm CPT: 17mm OBJETIVOS: - Verificar a direção do canal - Verificar possíveis calcificações 2) Preparo cervical Alargadores cervicais : *GG, Largo, LA Axxess, CP Drill Penetrar no máximo até ⅔ do CAD ● Canais amplos ( GG 5 -> GG4 -> GG3) ● Médios ( GG4 -> GG3 -> GG2) ● Estreitos ( GG3 -> GG2 → GG1) OBJETIVOS: - Remover interferências cervicais conscrescencias dentinárias - Neutralizar conteúdo infectado do canalp - Permitir maior penetração da SQA( Substâncias químicas auxiliares) 3) ODONTOMETRIA Limas finas: K #08 |#10|#15 Movimento de cateterismo Penetrar até o CRT OBJETIVO: - Verificar o CRT - Verificar possíveis calcificações apicais - Neutralizar conteúdo infectado do canal 4) Determinação do D.A|I.A.I| L.A.I Lima sequenciais de acordo com a curvatura da raiz Movimento de cateterismo Penetrar no CRT Obs: D.A corresponde ao primeiro instrumento que alcançar o CRT de forma ajustada apresentando resistência durante sua rotação; OBJETIVOS: - Identificar o diâmetro anatômico da constrição apical - Neutralizar conteúdo infectado 5) Patência foraminal Limas finas: K #08 |#10|#15 Movimento de cateterismo Penetrar CRD= CRT + 1mm Obs: Comprimento de patência (CP) = CRD CRD (localizador = 0,0) CP= CRT + 1mm OBJETIVOS - Desobstruir forame - Impedir o efeito Vapor-Lock - Neutralizar conteúdo infectado 6) PREPARO APICAL 3 Limas iniciais após o D.A (observar curvatura da raiz) Movimento de alargamento parcial Penetrar no CRT ( CRD-1mm) ● PREPARO APICAL : D.A O instrumento de memória está intimamente relacionado com a etapa de escolha do cone de guta-percha durante a obturação do canal radicular. 7) RECUOS PROGRAMADOS 3 Limas especiais após o I.M Movimentos de alargamento parcial Movimento de limagem Penetrar no CRT-1mm (-2mm, -3mm) OBJETIVOS: - Neutralizar conteúdo infectado do canal - Conferir conicidade ao canal cirúrgico
Compartilhar