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RESUMO Reformulação do papel do Psicólogo no psicodiagnóstico fenomenológico

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UNIVERSIDADE PAULISTA
ICH / INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA
Nome: Daniele Dayrell Baracat Marendaz
RA: F1343D8
Semestre: 7º semestre / Noturno
Estágio de Psicodiagnóstico
Profª Supervisora Clínica: Luciane
	FICHAMENTO DE CONTEÚDO
	Referência
LOPEZ. M.A. Reformulação do papel do Psicólogo no psicodiagnóstico fenomenológico-existencial e sua repercussão sobre os pais. In Psicodiagnóstico: processo de intervenção. (org). São Paulo: Cortez, 1995. Pg. 115-134
	
O objetivo desse resumo é descrever sobre o processo de um psicodiagnóstico fenomenológico-existencial que difere sobre o tradicional. A importância do papel dos pais durante todo esse processo da coleta de informações sobre a queixa e traçar caminhos e entendimentos para uma melhora no quadro da criança em questão.
A grande maioria dos casos que chegam no seting terapêutico para realização de psicodiagnóstico refere-se a queixas escolares de mau comportamento, uma prática exclusiva do psicólogo, para que sejam levantadas informações a fim de chegar a uma hipótese diagnóstica; e assim, a criança e a família ter uma resposta para indicação terapêutica mais bem fundamentada.
Os encontros são em duas sessões com os pais em busca de saber a queixa principal, o contexto familiar, e o desenvolvimento da criança, aplicação de testes e, depois de todo o levantamento obtido é realizada a devolutiva ao pais em aproximadamente duas sessões já com a conclusão e o caminho a ser seguido; podendo ser a orientação aos pais, psicoterapia da criança etc.
Muitos pais ao chegar na sessão da psicoterapia alegam não ter entendido ao certo do que se trata o processo pela qual enfrentaram; demonstram uma certa frustração ao ter que repetir a queixa pois tinham a esperança de que esta fosse resolvida no processo do psicodiagnóstico tradicional pelo qual haviam passado. Verdade, que foram diversas sessões que proporcionaram uma melhora inicial na criança, tendo depois um retrocesso no seu comportamento. O tempo dedicado a criança, aos pais durante o processo do psicodiagnóstico traz aos familiares a sensação de que o problema foi resolvido e, que ao término deste processo, a criança seguirá adiante sem possíveis retrocessos. 
Segundo a autora a correria do dia a dia as relações entre as pessoas têm sido mais automáticas parecendo que tudo está ocorrendo dentro do esperado de uma rotina vista como normal, inviabilizando-as de enxergar possíveis desvios de comportamentos trazidos pelos objetos. 
Quando essa ruptura acontece, vem um estralar de realidade apontando que algo de errado está acontecendo. Semelhante, quando a criança apresenta desvios de comportamento que rompem com o que é esperado pela sociedade e dentro do seio familiar, gera a busca pela ajuda psicológica. 
É neste sentido que o psicodiagnóstico aparece para explorar o significado da queixa trazida, a compreensão que têm de sua própria situação e de sua relação com o filho.
E o que o psicodiagnóstico fenomenológico-existencial tem trazido é a troca entre o cliente e o psicólogo na busca de uma melhor compreensão da vida da criança e de toda a rotina que os pais acabam se reorganizando para proporcionar a ela um eventual encaminhamento posterior. De forma clara, quando o psicólogo recebe o encaminhamento de uma escola, por exemplo, é feito todo um trabalho juntamente com os pais para entender como eles se sentem com determinada queixa apresentada; pois, assim eles se sentirão ativos para proporcionar ao filho um melhor direcionamento juntamente com a ajuda do psicólogo, e quem sabe assim poder até mesmo encaminhar o próprios pais quando visto que a queixa tende a ir mais para eles do que para a própria criança. 
Essa preocupação em demonstrar ao pais como funcionara o atendimento psicológico, o que é esperado deles para que o andamento flua de forma benéfica para todos ali inseridos, se eles estão de acordo ou não com a tal proposta é um ponto forte trazido pela autora deste texto.
A psicóloga deste texto traz esta questão de que não é a detentora de todo o conhecimento a ponto de ter respostas prontas ao cliente; ela diz que também é uma pessoa fora do consultório, que tem conhecimentos específicos sim, mas parte do pressuposto que o maior detentor de conhecimento sobre os comportamentos e a vida da criança são os próprios pais.
Esta é a grande sacada deste perfil de psicodiagnóstico, a da cooperação pais e psicólogo a trabalharem juntos nas observações, aprendizados, o olhar para si mesmo e o outro procurando compreender o que está sendo vivenciado e assim compartilhados dentro do seting terapêutico.
Por parte do psicólogo cabe compreender o que é trazido pelo cliente no objetivo de trazer a ele um direcionamento ao seu objetivo final.
Segundo a autora, as suas observações sobre os relatos dos pais desta criança; um menino que é tido como "diferente" pelos teus pais e pela escola, sua maneira de como lida com a agressividade, sua maneira de brincar e falta de sociabilidade, acarretando dúvidas a respeito de sua sexualidade o que provoca inúmeras discussões familiares e a crítica de como a mãe o educa.
A autora reitera que para compreender a situação relatada pelos responsáveis da criança, usou de conhecimentos teóricos, a sua vivência, experiência anterior e a importância atribuída aos pais daquilo que eles enxergam, percebem e pensam, trazendo contexto de maneira mais ampla a fim de clarear as ideias até então pouco diluídas.
A intenção da autora é passar aos pais o que ela observou da queixa trazida por eles e como funciona a relação entre pais e filhos. Não é uma verdade absoluta, podendo ser inviabilizada pelos pais; coisa que é esperada pela profissional.
A autora enfatiza aos pais o quanto a participação deles no processo de psicodiagnóstico é importante, porque são eles que estão mais tempo com a criança e participa da sua rotina. Ela diz que muitos pais não entendem tal importância já que procuraram o psicólogo por conta da queixa sobre o filho, e sendo assim, acabam eles passando por muitas sessões. Aí está a importância de demonstrar um trabalho claro aos pais e a parceria que precisa haver entre eles e o psicólogo para que seja feita uma devolutiva assertiva para um encaminhado focal.
Segundo o conhecimento da autora, não existe escola para superdotados e que há ideias erradas e contraditórias, em relação ao que qualquer escola deva oferecer ou não uma mudança de escola é a satisfação ou não de uma criança com ela. Por outro lado, vale ressaltar que dentro do conhecimento das literaturas sobre superdotados, o comportamento da criança em ficar sozinho a brincar com os outros, ser quieto e gostar de ler e desenhar como apresentado pelos pais, permite afirmar que são características esperadas de sujeitos deste porte. A autora procura ampliar este conhecimento aos pais. Mas, ela percebe ao longo das entrevistas que a queixa tendeu para o lado da sexualidade do filho e a maneira da qual a mãe lidava com ela.
Tendo em vista que ainda não houve o contato direto com a criança, o psicólogo utiliza o roteiro de anamnese por volta da terceira sessão. Há diferentes roteiros, ressalvadas algumas diferenças entre eles, o que mais é focado em aspectos do desenvolvimento bio-psico-social da criança. Aliás, servem para que os pais tenho contato mais amplo sobre as experiências passadas e presentes do seu filho, podendo contribuir de maneira esclarecedora sentimentos e expectativas que atuam no relacionamento com a criança. 
De maneira geral, o roteiro permitirá ao psicólogo uma visão macro sobre a dinâmica familiar, os focos de ansiedades ali inseridos. Proporcionará ao psicólogo o compartilhamento das impressões com os pais à medida que elas se tornam mais claras. A autora volta a frisar a importância da participação ativa dos pais durante todo o processo de investigação e intervenção, pois é partir disso que as falas do psicólogo terão ou não sentido. Para que todo o processo ocorra bem, a intervenção precisa correr de uma maneira pela qual o cliente entenda os caminhos que estão sendoseguidos, que não haja dúvidas quanto aos procedimentos a serem adotados.
A autora enfatiza um aspecto importante a ser trabalhado no pais: diz respeito a deixar a criança ciente de que passará pelo processo terapêutico. Porém, muitos dos pais têm receio de que o filho se sinta "diferente" das demais crianças e crie até mesmo uma certa rebeldia indo contra a vontade dos pais, podendo prejudicar o processo terapêutico. Além do mais, a autora explana que os pais não se dão conta da maneira de tratar a criança no dia a dia; nas observações e apontamentos que se tornam habituais na vida na criança. Essa por sua vez, não sabendo expressar claramente o que sente, tende a reprimir seus pensamentos e perceber que há algo diferente nela devido ao tratamento dos pais e professores da sua escola.
Quando chega o momento de o psicólogo conhecer a criança, as sessões passam a ser alternadas entre os pais e o filho. Vindo da criança suas próprias observações sobre si, sobre a relação com os pais e o contexto do qual faz parte. A partir das observações da criança abre-se um leque de aspectos que até então passaram como irrelevantes nas sessões passadas com os pais, trazendo à tona um novo viés de entendimento por parte do psicólogo que o faz pensar em outras possibilidades de compreensão.
A partir do momento em que o psicólogo iniciar as sessões com a criança usando certos instrumentos (testes, observações), o profissional comunica os responsáveis os próximos passos a serem dados e explica os pressupostos teóricos e de que forma ele chegou às suas próprias observações. Fica claro no texto a importância dada a participação ativa dos pais durante todo o processo do psicodiagnóstico fenomenológico-existencial, as explicações sobre os passos e técnicas que serão dadas para uma melhor compreensão da queixa trazida por eles.
A autora volta a mencionar sobre a questão de uma criança ter um título do senso comum de superdotada. Ela traz a questão de cada teste de nível intelectual se baseia num conceito particular de inteligência e que não há consenso a respeito do que seja este fenômeno. Ela faz uma crítica ao dizer que a noção de QI por parte dos leigos está vulgarizada e a tendência é elas valorizarem os resultados dos testes. Desta forma, cabe ao psicólogo explicar aos pais sobre tais aspectos, contextualizando o resultado obtido pela criança. 
Sendo assim, tais explicações necessitam que sejam de forma didática, sem termos técnicos para uma melhor absorção dos pais, porque eles não têm a obrigação de entender o conteúdo científico aplicado. Já que é de extrema importância a contribuição e participação dos pais, então se faz necessário que toda participação seja explicada de forma comum dentro de uma perspectiva socioeconômico-cultural, pois cada família tem a sua particularidade de vivência.
Segundo a autora tal manejo supracitado vem de anos de experiência em atendimento clínico-escola que possibilitou a ela enriquecer o seu repertorio prático e teórico proporcionando aos pais um diálogo acessível dentro do seu contexto de vida.
Para a autora, esse processo todo é uma "quebra-cabeça" que vai sendo montado a cada observação e entendimento entre as partes envolvidas no processo do psicodiagnóstico, cada qual trazendo a sua peça após reflexões obtidas durante as sessões. Para que este quebra-cabeça possa ser finalizado, é imprescindível a colaboração dos pais e da criança.
Quanto ao sigilo das sessões entre pais e criança, a autora explica sobre manter a ética em não expor o que é trazido por ambos; o QUE foi falado, mas procurar descrever COMO foi compreendida os comportamentos que apareceram. 
Diante da explicação por parte do psicólogo ainda no processo de psicodiagnóstico, o profissional pode sugerir os meios de ações dos pais mediante ao filho.
Sendo assim, o psicodiagnóstico fenomenológico-existencial implica em um redirecionamento aos pais diante das observações trazidas a partir da ótica da criança e da dinâmica familiar, com o foco em desmitificar certos preconceitos, naturalizando novas formas de interação e se permitir vivenciar novas experiências até então vistas como tabu perante uma sociedade patriarcal e tradicional.
Na grande maioria dos casos, os pais passam a experienciar novas maneiras de relacionamento com os filhos, e suas vivências podem ser trabalhadas com o psicólogo. Suas experiências, e o tipo dessas mudanças podem servir como evidências para uma agilidade dos pais, se houver a necessidade de um encaminhado psicoterápico ou prosseguir sozinhos uma vez encerrado o psicodiagnóstico.
Lendo a sequência do texto sobre o parecer dos pais, ficou claro o bom resultado obtido após as sessões. Passaram a ter uma postura menos rígida após se permitirem a mudança de comportamento adotado perante o filho. O diálogo e a empatia tornaram-se essenciais para uma aproximação entre eles e o filho, desmitificando preconceitos enraizados e dando espaço para um novo olhar sem julgamentos. Adotaram uma postura mais segura a ponto de não trocar o filho de escola, uma vez que entenderam e viram mudanças significativas no comportamento da criança e na evolução benéfica no contexto escolar.
	Palavras-chave: psicodiagnóstico tradicional - psicodiagnóstico fenomenológico-existencial – família – criança – intervenção

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