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Técnicas de Tratamento de Resíduos Material Teórico Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Marcus Vinicius Carvalho Arantes Revisão Técnica: Prof.a Dr.a Eloá Cristina Figueirinha Pelegrino Revisão Textual: Prof.ª Me. Fátima Furlan • Introdução; • Identificação de Resíduos e Rejeitos não Perigosos; • Segregação/Acondicionamento de Resíduos e Rejeitos não perigosos; • Tratamento de Resíduos e Rejeitos não Perigosos; • Destinação e Disposição Final de Resíduos e Rejeitos não perigosos; • Considerações Finais. · Abordar as principais técnicas de tratamento e gerenciamento de resíduos e rejeitos tipificados como não perigosos, estratificados em: - Resíduos orgânicos; - Resíduos recicláveis; - Rejeitos sólidos. · A abordagem dos temas supracitados será realizada por meio do material didático da unidade I, videoaula, presenter e material complementar. É importante salientar que o estudo do material didático deve ser complementado com o acesso ao material de videoaula e presenter (apresentação por áudio). OBJETIVO DE APRENDIZADO Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Contextualização Para iniciarmos esta unidade indico-lhe a breve leitura da matéria, cujo link está disponível logo abaixo. Esta matéria contextualiza o surgimento das técnicas de reciclagem e tratamento de resíduos e rejeitos. Você sabe o que é Reciclagem? E como ela surgiu? - https://goo.gl/rCL4RA Ex pl or 8 9 Introdução Na unidade didática anterior foram abordadas e descritas as principais responsabilidades dos órgãos ambientais brasileiros (CONAMA, ANVISA, ABNT, CNEN, CETESB, etc), assim como seus respectivos instrumentos legais relativos ao gerenciamento de resíduos sólidos, tais como suas normas, resoluções, decretos, etc. Pudemos observar que esses órgãos ambientais são responsáveis por traçar diretrizes e normas importantes, que por sua vez postulam quais são os mecanismos ideais para o tratamento de uma gama significativa de diversos tipos de resíduos e rejeitos gerados pelas atividades antrópicas. Observamos nas unidades anteriores que o ser humano passou a ser responsável pela geração de diversos tipos de resíduos e rejeitos, sobretudo depois das grandes revoluções industriais. Esses resíduos e rejeitos passaram a apresentar uma composição físico química complexa, ou seja, exigindo, imprescindivelmente, a implementação de um sistema de gerenciamento e tratamento desses materiais. Logo, diante do exposto, nessa unidade e nas duas subsequentes, serão abordados os principais mecanismos de tratamento de resíduos e rejeitos considerados como não perigosos que podemos adotar em nosso cotidiano. Isto é, serão ilustradas as técnicas de tratamento para esses materiais preconizados pelas normas, resoluções e decretos dos órgãos ambientais brasileiros. É importante salientar que a etapa de “Tratamento” é uma das etapas que compõe um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), ou também conhecido como um mecanismo de gestão integrada de resíduos sólidos. Ou seja, antes do tratamento há diversas etapas importantes responsáveis pelo adequado gerenciamento de resíduos e rejeitos antrópicos. Logo para fins didáticos, os métodos de tratamento de resíduos e rejeitos que serão ilustrados nesta Unidade serão compostos por quatro etapas importantes que constituem um PGRS, tais como: I. Identificação; II. Segregação/Acondicionamento; III. Tratamento; IV. Destinação ou Disposição Final. Em suma, essas quatro etapas de gerenciamento de resíduos e rejeitos são importantes para a instituição de um adequado sistema de tratamento, ou seja, cada etapa exerce um significativo grau de importância. A seguir, serão descritas as principais características de cada etapa, assim como o gerenciamento e regras, ambientalmente corretas, que se deve seguir nas respectivas etapas. 9 UNIDADE Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Identificação de Resíduos e Rejeitos não Perigosos A etapa de Identificação é descrita pela RDC da ANVISA nº 306/04 como: “Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao seu correto manejo” É oportuno enfatizar que a etapa de “Identificação” é extremamente importante, pois ela configura-se como uma etapa que sustenta todas as outras que vêm em seguida. Ou seja, a etapa de “Identificação” é o primeiro passo para se implementar um adequado sistema de tratamento de resíduos e rejeitos antrópicos. Logo, deve-se fazer uma adequada identificação de cada grupo de resíduo e rejeito não perigoso, a fim de implementar o tratamento e destinação correta desses materiais. Quanto à Identificação, segundo a NBR 10.004/2004 da ABNT, os resíduos e rejeitos não perigosos podem ser classificados como aqueles pertencentes ao grupo de: Resíduos Classe II – Não Perigosos Essa forma de classificação preconizada pela NBR 10.004/2004 leva-se em consideração o grau de periculosidade dos resíduos, ou seja, os resíduos e rejeitos não perigosos podem ser tipificados como “Classe II – Não Perigosos”. E ainda de acordo com o “Anexo H” desta norma os “Resíduos de Classe II – Não Perigosos” podem ser divididos e codificados da seguinte forma (Tabela 1): Tabela 1 - Anexo H da NBR 10.004/2004 Classificação e Descrição de Resíduos Não Perigosos Código de Identificação Descrição do Resíduo Código de Identificação Descrição do Resíduo A001 Resíduo de Restaurante (Restos de Alimentos) A009 Resíduo de Madeira A004 Sucata de Metais Ferrosos A010 Resíduo de Materiais Têxteis A005 Sucata de Metais não Ferrosos (Latão etc) A011 Resíduos de Minerais não-metálicos A006 Resíduo de Papel e Papelão A016 Areia de Fundição A007 Resíduos de Plástico Polimerizado A024 Bagaço de Cana A008 Resíduos de Borracha A099 Outros Resíduos não Perigosos NOTA: Excluídos aqueles contaminados por substâncias constantes nos anexos, C, D ou E e que apresentem característicasde periculosidade. Fonte: NBR 10.004/2004 Por meio da “Tabela 1 – Anexo H” da NBR 10.004/2004 podemos observar diversos tipos de resíduos e rejeitos não perigosos gerados pelas atividades antrópicas, além de seus respectivos códigos de identificação. No entanto, para fins de simplificação, a presente Unidade adotará a seguinte divisão e agrupamento para os resíduos e rejeitos não perigosos: 10 11 1. Resíduos Orgânicos: Restos de alimentos e matéria orgânica; 2. Resíduos Recicláveis: Materiais passíveis de reciclagem: Metais, plásticos, papéis, vidros etc.; 3. Rejeitos Sólidos: Outros resíduos não perigosos não suscetíveis à reciclagem ou reutilização. Após a divisão dos resíduos e rejeitos não perigosos em Resíduos Orgânicos, Resíduos Recicláveis e Rejeitos, serão ilustrados, no próximo tópico, os métodos de identificação que podem ser implementados para cada um desses grupos. Resíduos Orgânicos: De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os resíduos orgânicos podem ser denominados como: “Os resíduos orgânicos são constituídos basicamente por restos de animais ou vegetais. Podem ter diversas origens, como doméstica ou urbana (restos de alimentos e podas), agrícola ou industrial (resíduos de agroindústria alimentícia, indústria madeireira, frigorífi cos, etc), de saneamento básico (lodos de estações de tratamento de esgotos), entre outras”. Ex pl or Resíduos Orgânicos – Identifi cação Os Resíduos Orgânicos oriundos de atividades antrópicas podem ser identificados por meio da ilustração abaixo: Figura 2 - Resíduo Orgânico Fonte: Adaptado de iStock / Getty Images 11 UNIDADE Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Resíduos Recicláveis – Identificação Os resíduos sólidos passíveis à destinação de um sistema de tratamento denominado como reciclagem podem ser identificados com o símbolo da reciclagem padronizado universalmente. Esse símbolo de identificação esta presente na ilustração abaixo: De acordo com a Lei º 12.305/10, o processo de reciclagem pode ser denominado como: ”Processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa”. Ex pl or Figura 3 - Resíduo Reciclável Fonte: Adaptado de iStock / Getty Images Rejeitos sólidos – Identificação Já os “Rejeitos Sólidos” são caracterizados como materiais que não são susce- tíveis à reciclagem ou reutilização, isto é, esse material não apresenta outra possi- bilidade que não seja a sua disposição final ambientalmente adequada. Logo, esse material pode ser denominado como “Não reciclável”, podendo ser identificado conforme a ilustração abaixo: Resíduos Sólidos: Os rejeitos são definidos pela Lei Federal nº 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) como: “Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada”. Ex pl or 12 13 Figura 5 Segregação/Acondicionamento de Resíduos e Rejeitos não perigosos A etapa de “Segregação/Acondicionamento” vem logo após a identificação dos tipos de resíduos e rejeitos. A etapa de “Segregação/Acondicionamento” é definida pela RDC da ANVISA nº 306/04 como: Segregação “Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvido”. Acondicionamento “Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo”. Em linhas gerais, a etapa de “Segregação” visa separar os resíduos dos rejeitos sólidos, enquanto a etapa de “Acondicionamento” consiste no local (recipiente) onde cada tipo de material ficará embalado ou armazenado. 13 UNIDADE Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Essas duas etapas são realizadas, simultaneamente, tendo como principal finalidade a preservação das propriedades físico químicas dos resíduos orgânicos e recicláveis, evitando, portanto, a contaminação desses materiais. Isto é, busca-se preservar as propriedades físico químicas desses resíduos com o intuito de mantê- los aptos à reciclagem e reutilização, separando os dos rejeitos sólidos que podem provocar a contaminação desses materiais suscetíveis a reciclagem. Portanto, a implementação da segregação e acondicionamento específicos para os resíduos orgânicos, recicláveis e rejeitos sólidos são etapas imprescindíveis para o manejo adequada desses materiais, pois além de evitar a contaminação de cada um, propicia, consequentemente, o melhor reaproveitamento e tratamento desses tipos de materiais. Os resíduos orgânicos, recicláveis e os rejeitos sólidos podem ser segregados e acondicionados em recipientes de colorações diferentes, conforme preconizado pela Resolução CONAMA nº 275/01. Esse código de cores visa promover a segregação correta desses materiais, livrando os de contaminação e de um inadequado mecanismo de acondicionamento. O código de cores estabelecido pela Resolução CONAMA nº 275/01 pode ser visualizado por meio da ilustração abaixo: Resolução CONAMA nº 275/01 - Código de cores para os diferentes tipos de resíduos e rejeitos Fonte: Resolução CONAMA nº 275/01 Por meio da Resolução CONAMA nº 275/01, podemos observar que os resíduos orgânicos podem ser armazenados em recipientes acondicionados (lixeiras) de coloração marrom. Enquanto os resíduos recicláveis podem ser acondicionados em recipientes de diversas colorações, tais como: Azul (papel e papelão); Amarelo (metais); Vermelho (plástico); Verde (vidro). Já os rejeitos sólidos podem ser acondicionados em recipientes de cor cinza. Esse mecanismo de segregação/acondicionamento busca, portanto, a não contaminação ou contato dos resíduos orgânicos e recicláveis com os rejeitos sólidos. 14 15 No entanto, é importante salientar que a segregação/acondicionamento dos resíduos orgânicos, recicláveis e os rejeitos sólidos pode ser implementada de forma mais simplificada. Ou seja, atualmente vem se adotando uma forma mais simplificada de segregação/acondicionamento desses materiais, separando os em três recipientes, ilustrados abaixo: Modelos de Recipientes para Segregação e Acondicionamento de Resíduos e Rejeitos Sólidos Recipiente para Resíduo Orgânico Recipiente para Resíduo Recicláveis Recipiente para Rejeitos Sólidos Esse mecanismo mais simplificado de segregação/acondicionamento busca economizar recursos financeiro com a aquisição de diversos recipientes, e facilitar a compreensão dos cidadãos no que diz respeito a coleta seletiva e o armazenamento desses materiais. Tratamento de Resíduos e Rejeitos não Perigosos No presente tópico serão abordadas as técnicas de tratamentos que podem ser apli- cadas aos resíduos orgânicos e recicláveis oriundos de atividades antrópicas, descreven- do algumas de suas características gerais e vantagens socioambientais e econômicas. Resíduos Orgânicos: Técnicas de tratamento Os resíduos orgânicos por muito tempo foram submetidos a processos de gerenciamento que não aproveitavam suas características físico químicas, isto é, os resíduos orgânicos geralmente eram gerenciados como se fossem rejeitos, não havendo a adoção de técnicas de reciclagem e reutilização desses resíduos. Dentre as técnicas de tratamento de resíduos orgânicas utilizadas pelo ser humano será descrita nesse tópico o método conhecido como “Sistema de Com- postagem – Vermicompostagem” 15 UNIDADE Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos:Técnicas de Tratamento Sistema de Compostagem: Vermicompostagem Diante do desafio mundial de gerenciamento dos resíduos sólidos gerados pelas atividades antrópicas, o Sistema de Compostagem figura como uma interessante técnica de tratamento dos resíduos orgânicos, promovendo a sua gestão, ambientalmente correta. O Sistema de Compostagem, basicamente, tem por finalidade promover a degradação natural (biodegradação) dos resíduos orgânicos por meio do processo de “Vermicompostagem”. Esse processo promove a biodegradação da matéria orgânica (resíduo orgânico) por meio da ação de minhocas, que por sua vez transformam esse resíduo em “húmus” (adubo orgânico) e “chorume orgânico ou Biochorume” (fertilizante natural). Em linhas gerais, a Vermicompostagem dos resíduos orgânicos trata-se de um processo natural aeróbico (presença de oxigênio no processo) de decomposição que conta com a participação e auxílio de minhocas, que por sua vez transformam os restos de alimentos (resíduos orgânicos) em adubo (Húmus) e fertilizante (Chorume Orgânico) de ótima qualidade. Logo abaixo, há uma ilustração desse referido sistema: Sistema Doméstico de Compostagem dos Resíduos Orgânicos: Vermicompostagem Fonte: Adaptado de ecycle.com.br Por meio da ilustração acima podemos visualizar o funcionamento básico de um Sistema Doméstico de Compostagem. Nesse Sistema podemos identificar nas caixas digestoras, a ação das minhocas no processo de decomposição dos resíduos orgânicos. E por fim, podemos ver na “Caixa Coletora do Chorume” a contenção do “Chorume Orgânico” ou “Biochorume”. O “Chorume Orgânico” é um biofertilizante líquido rico em nutrientes, sais minerais e livre de contaminantes, podem ser diluído em água em uma proporção de 1/5 até 1/10 e, posteriormente, borrifado em jardins. 16 17 Entretanto, é importante registrar que nem todos os resíduos orgânicos podem ser submetidos a esse processo de Vermicompostagem. Logo, existem aqueles resíduos orgânicos que podem ser encaminhados para esse tipo de compostagem e outros que não podem, ou em outras palavras, há resíduos orgânicos decomponíveis e outros não decomponíveis. Na tabela abaixo, estão expostos os resíduos orgânicos que podem e não podem ser encaminhados ao “Sistema de Vermicompostagem”: Sistema de Compostagem - Vermicompostagem Resíduos orgânicos que podem ser submetidos à Vermicompostagem (Decomponíveis) Resíduos orgânicos que não podem ser submetidos à Vermicompostagem (Não Decomponíveis) • Resíduos frescos de podas de gramas e folhas; • Folhas secas; • Borra de café; • Filtro de papel com borra de café; • Serragens não tratadas (ser verniz); • Pequena quantidade de alimentos cozidos; • Esterco de boi, porco e galinha (se tiverem sido curtidos); • Frutas cítricas; • Alho e cebola; • Fezes de cães e gatos; • Carnes e laticínios; • Gorduras; • Nozes pretas; • Derivados de trigo (massas, bolos, pães, etc); • Arroz (depois de cozido); • Serragens de madeira tratadas (com verniz); • Carvão vegetal; • Plantas com fungos ou bactérias. Fonte: Adaptado de ecycle.com.br O Sistema de Compostagem de resíduos orgânicos apresenta diversas vantagens socioambientais e econômicas, tais como: » Redução significativa do volume de resíduos orgânicos domésticos encaminhados aos aterros sanitários; » Diminuição da geração e emissão de gás metano (CH4 - Gás de Efeito Estufa - GEE) na atmosfera, oriundo da decomposição dos resíduos orgânicos; » Diminuição da proliferação de doenças ocasionadas pelo mal gerenciamento dos resíduos orgânicos, como por exemplo a leptospiroses. » Diminuição da contaminação do solo e dos lençóis freáticos por conta do chorume proveniente da decomposição dos resíduos orgânicos; » Transformação dos resíduos orgânicos em adubo e fertilizantes orgânicos de ótima qualidade; » Sistemas de tratamento e destinação de resíduos orgânicos domésticos, ambientalmente corretos. Outro Mecanismo de Tratamento de Resíduos Orgânicos: Biodigestores Além do Sistema de Compostagem do tipo Vermicompostagem, podemos citar outros mecanismos de tratamento e decomposição (biodegradabilidade) dos resíduos orgânicos, os “Biodigestores”. Os “Biodigestores” são estruturas e compartimentos físicos que aplicam o tratamento dos resíduos orgânicos por meio de processo acelerado de decomposição ou biodegradação desses materiais. 17 UNIDADE Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Os Biodigestores foram criados, em 1939, na cidade de Kampur, na Índia, fruto de pesquisas e trabalhos desenvolvidos pelo Institute Gobár Gás deste país. Por meio das referidas pesquisas, foi possível estruturar a primeira usina de gás de esterco, que tinha por finalidade tratar os dejetos e estercos animais e produzir o biogás por meio da decomposição anaeróbica desse material. (GRANDINI, 2001). O processo de degradação dos resíduos orgânicos que ocorre nos Biodigestores é anaeróbico, ou seja, realizado sem a presença de oxigênio. Esse processo pode ser denominado como “Biodigestão Anaeróbica” dos resíduos orgânicos. Os produtos resultantes desse processo de tratamento denominado como “Biodigestão Anaeróbica” são: “Biofertilizantes” e o “Biogás”. Os “Biofertilizantes” configuram-se como os resíduos sólidos orgânicos resultantes do processo de “Biodigestão Anaeróbica”, sendo compostos por nutrientes e fertilizantes naturais fundamentais para o desenvolvimento das plantas como: nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre etc. Já o Biogás é formado basicamente pelos gases metano e carbônico (gases com alto poder de combustão), também produtos da degradação dos resíduos orgânicos. O Biogás pode ser utilizado como fonte de energia térmica, em processos industriais (indústrias de cerâmica e cimento) e na produção de energia elétrica. A utilização do Biogás como energia confere ao mesmo o status de Fonte de Energia Renovável. No entanto, a utilização do biogás deve ser precedida por um processo de tratamento, visando à retirada de materiais particulados indesejáveis. As ilustrações abaixo representam o funcionamento de dois tipos de Biodiges- tores estruturados para o tratamento de resíduos orgânicos, o Indiano o Chinês: Biodigestor Modelo Indiano Fonte: SEIXAS, 1980. Biodigestor Modelo Chinês Fonte: SEIXAS, 1980. Os Biodigestores oferecem uma série de vantagens nos âmbitos, ambiental, social e econômico, sendo compiladas logo abaixo: » Tratamento ambientalmente correto e eficaz dos resíduos orgânicos; » Tratamento ambientalmente correto e eficaz dos efluentes (esgotos); » Ótima alternativa para a destinação correta de resíduos orgânicos; » Redução significativa de gases de efeitos estufa, sobretudo o metano; » Geração e aproveitamento do biogás na produção de energia elétrica; » Geração de biofertilizantes; 18 19 » Inclusão social por meio da geração de empregos; » Geração de crédito de carbono. Resíduos Recicláveis – Técnicas de Tratamento Nesse tópico serão abordadas as vantagens socioambientais e econômicas proporcionadas pela reciclagem dos resíduos sólidos suscetíveis a esse processo. Além de citar as principais técnicas de reciclagem empregadas para os resíduos sólidos como vidro, plástico, papel e alumínio. Os processos de reciclagem dos resíduos sólidos supracitados são conduzidos e norteados pelos conhecidos programas de coleta seletiva, cuja principal finalidade consiste em separar os resíduos recicláveis em grupos específicos e destiná-los aos locais responsáveis pelos processos de reciclagem. As tabelas abaixo ilustrarão as técnicas de reciclagem aplicadas para os diversos resíduos sólidos, assim como as vantagens socioambientais e econômicas propiciadas por esses processos de tratamento. Tipo de Resíduo Plástico Simbolo de Identificação Tempo para Decomposição (Anos) 450 Técnicas de Reciclagem 1. Reciclagem mecânica: Método convencional que visa transformar as embalagens e materiais de plástico em pequenos grânulos que poderão ser utilizadosna produção de sacos, pisos, mangueiras, peças automotivas etc.; 2. Reciclagem química: Método de reciclagem mais complexo que realiza o reprocessamento do plástico para transformá-lo em matéria prima novamente; 3. Reciclagem energética: Método que visa transformar o plástico em energia térmica, elétrica e combustível por meio do processo de incineração desse material. 19 UNIDADE Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Tipo de Resíduo Plástico Vantagens – Redução considerável do volume de resíduos urbanos; – Destinação ambientalmente correto desse tipo de resíduo; – Economia de matéria prima (recursos naturais) e energia; – Uma tonelada de plástico gera uma economia de 130 kg de petróleo; – A reciclagem do plástico consome apenas aproximadamente 10% de energia, se comparada como processo de produção primário; – Inclusão social; – Aproveitamento da matéria prima reciclada na fabricação de inúmeros compostos e materiais. Resina Produto produzido após reciclagem PET Fibra para carpete, tecido, vassoura, embalagem de produto de limpeza, acessórios diversos. PEAD Frascos para produtos de limpeza, óleo para motor, tubulação de esgoto, conduit. PVC Mangueira para jardim, tubulação de esgoto, cones de tráfego, cabos. PEBD/PELBD Envelopes, Filmes, sacos, sacos para lixo, tubulação para irrigação. PP Caixas e cabos para bateria de carro, vassouras, escovas, funil para óleo, caixas, bandejas. PS Placas para isolamento térmico, acessórios para escritório, bandejas. Outros Madeira plástica, reciclagem energética. Fonte: ecycle Fonte: ABIPLAST Tipo de Resíduo Alumínio Símbolo de Identificação Tempo para Decomposição (anos) 200 Técnicas de Reciclagem Parte I - As latinhas de alumínio são separadas e coletadas pelas cooperativas de material reciclável e demais instituições, sendo destinadas, posteriormente às grandes indústrias de reciclagem; Parte II - Essas grandes indústrias prensam o alumínio coletado e separam as impurezas contidas nas latinhas; Parte III - Depois da separação das impurezas esse material é encaminhado para os fornos rotativos e de revérbero. Nesses fornos o alumínio é fundido à 700 ºC, sendo transformado em alumínio líquido; Parte IV - O alumínio líquido consiste na material prima que poderá ser utilizada para a fabricação de inúmeros produtos, tais como: latinhas, peças automotivas, de construção civil, aeronáutica etc. Vantagens – Redução considerável do volume de resíduos urbanos; – O alumínio pode ser reciclado infinitas vezes; – Destinação ambientalmente correto desse tipo de resíduo; – Economia de matéria prima (recursos naturais) e energia; – A cada um quilo de alumínio reciclado, cindo quilos de bauxita são poupados; – A cada tonelada de alumínio reciclado gasta somente 5% de energia que seria necessária para se produzir a mesma quantidade de alumínio primário (economia de energia de 95%); – A reciclagem de alumínio reduz as emissões de gases de efeito estufa, como o CO2; – Inclusão social: O Brasil, segundo a ABAL, recicla atualmente cerca de 97,9% das latinhas de alumínio comercializadas. Fonte: ABAL e LATASA 20 21 Tipo de Resíduo Papel Símbolo de Identificação Tempo para Decomposição (anos) 1 a 6 meses Técnicas de Reciclagem O que pode e não pode ser reciclado? Reciclável Não-Reciclável Caixa de Papelão Jornal Revista Impressos em geral Fotocópias Rascunhos Envelopes Embalagens Longa-Vida* Papel Timbrado Cartões Papel Fax Papel Sanitário Copos descartáveis Papel Carbono Fotografias Fitas Adesivas Etiquetas Adesivas. * papel + plástico + alumínio Vantagens – Economia de matéria prima (recursos naturais); – A fabricação de uma tonelada de papel reciclado consome 2.000 litros de água, enquanto o processo tradicional de fabricação consome cerca de 100.000 litros por tonelada; – A fabricação de uma tonelada de papel reciclável proporciona uma economia de 2,5 barris de petróleo e uma economia de energia elétrica de 2.500km/h (cerca de 80% de economia); – Uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4 m3 de madeira, conforme o tipo de papel a ser fabricado, o que se traduz em uma nova vida útil para de 15 a 30 árvores; – A reciclagem de uma tonelada de embalagens “Tetra Pack” poupa o corte e supressão de 20 árvores; – Papel reciclável pode ser transformado em diversos produtos (papel higiênico, guardanapo, papel para impressão, embalagens etc.); – Inclusão social, com a geração de empregos nas diversas etapas de reciclagem do papel; Fonte: ambientebrasil.com.br 21 UNIDADE Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Tipo de Resíduo Vidro Símbolo de Identificação Tempo para Decomposição (anos) Indeterminado Técnicas de Reciclagem Parte I - O processo se inicia com a separação do vidro de acordo com a sua coloração e características físicas, com o intuito de garantir a qualidade dos materiais que serão produzidos por meio dessa matéria prima reciclada. Parte II - Depois dessa primeira etapa efetua-se a lavagem do vidro, sendo que em processos mais complexos complementam-se a lavagem com a aplicação de eletroímãs (processo de magnetismo) para a separação dos metais contaminantes presentes no vidro, tais como materiais orgânicos, metais ferrosos, vidros farmacêuticos, material particulado, etc. Parte III – Logo após a lavagem e a eliminação de impurezas, o vidro é moído em um triturador, buscando formar cacos de tamanhos homogêneos (até 15 mm) que depois serão peneirados. Esse material triturado é submetido à nova separação de eletroímãs e posteriormente fundido a mais de 1300 ºC, gerando uma nova matéria prima que poderá ser moldada e utilizada na fabricação de diversos compostos. Vantagens – O vidro pode ser reciclado infinitas vezes sem nenhuma perda de material, pois é composto por areia, barrilha, calcário e feldspato; – Destinação ambientalmente correta desse tipo de resíduo, reduzindo os custos de coleta urbana de resíduos e rejeitos e aumento a vida útil dos aterros sanitários; – Economia de matéria prima (recursos naturais) e energia; – Reciclagem do vidro reduz, consideravelmente, o consumo de energia elétrica e gera menos resíduos e gases, como no caso do CO2; – Inclusão social, por meio de geração de empregos em toda a cadeia do processo de reciclagem; – Atividade econômica viável, configurando-se como um nicho de mercado inexplorado com grande potencial de lucratividade. – A matéria prima oriunda do vidro proveniente da reciclagem possibilita a fabricação de inúmeros produtos e compostos. Fonte: ANAVIDRO; ABIVIDRO; CEMPRE Rejeitos Sólidos – Técnicas de Tratamento Os rejeitos sólidos, por definição, não apresentam outra possibilidade que não seja a sua disposição final ambientalmente adequada, ou seja, em aterros sanitários. Logo, no tópico a seguir será abordada a forma ambientalmente correta empregada para a disposição final dos rejeitos sólidos gerados pelas atividades antrópicas. 22 23 Destinação e Disposição Final de Resíduos e Rejeitos não perigosos Nesse tópico serão explanados, sucintamente, os mecanismos de destinação de resíduos e a disposição final de rejeitos sólidos, que consistem na última etapa do gerenciamento, ambientalmente correto, de resíduos e rejeitos. Conforme vimos nos tópicos anteriores, os resíduos sólidos suscetíveis à reciclagem devem ser encaminhados às cooperativas e as indústrias de reciclagem. Esse processo é imprescindível, pois promove a redução de impactos ambientais e prolonga a vida útil dos aterros sanitários. Já os rejeitos sólidos não recicláveis poderão ser destinados aos aterros sanitários, devidamente certificados, e à incineração, que consiste, basicamente, na queima desses materiais. A incineração dos rejeitos sólidos não recicláveis acaba providenciando o aproveitamento energético, além de diminuir a quantidade e o volume de rejeitos encaminhados aos aterros sanitários. Considerações Finais Nessa unidade foi possívelestudar as formas de tratamento, ambientalmente corretas, de resíduos e rejeitos. Na próxima unidade, estudaremos os mecanismos de tratamento e gerenciamento de resíduos sólidos perigosos. 23 UNIDADE Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) https://goo.gl/H8caO2 Associação Nacional de Vidraçarias (ANAVIDRO) https://goo.gl/6udMKf Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE) Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE). Vidro o mercado para a reciclagem. Dados institucionais https://goo.gl/vVnf66 Latasa Reciclagem. Processo de Reciclagem do Alumínio https://goo.gl/hPGHJr 24 25 Referências ________ NBR 10.004. Resíduos sólidos. Classificação: Rio de Janeiro, 2004. ________ NBR 13.230. Embalagens e acondicionamentos plásticos recicláveis – identificação e simbologia. Rio de Janeiro, 2008. ________ Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001: Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva; ________ Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Disponível em: http://www.mma.gov.br ________ Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da União, 10 de dezembro de 2004. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br >. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Dados Institucionais. Dis- ponível em: http://portal.anvisa.gov.br/ Ambiente Brasil. Dados institucionais. Disponível em: www.ambientebrasil.com.br/ Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) Dados institucionais. Disponível em: http://www.abiplast.org.br/ Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. História da normatização brasileira. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Dados institucionais. Disponível em: http://www.abal.org.br/ Associação Nacional de Vidraçarias (ANAVIDRO). Dados institucionais. Disponível em: http://www.anavidro.com.br/ Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (ABIVIDRO). Dados institucionais. Disponível em: www.abividro.org.br Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Dados institucionais. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/ Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE). Vidro o mercado para a reciclagem. Dados institucionais. Disponível em: http://cempre.org.br/artigo- publicacao/ficha-tecnica/id/6/vidro Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Dados institucionais. Disponível em: http://www.mma.gov.br/ 25 UNIDADE Gerenciamento de Resíduos e Rejeitos – Não Perigosos: Técnicas de Tratamento Constituição da República Federativa do Brasil de 1998. Capítulo VI Do Meio Ambiente: Art. 225. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ constituicao/constituicaocompilado.htm eCycle. O que deve e o que não deve ir para composteira. Disponível em: http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/849-saiba-o- que-deve-e-o-que-nao-deve-ir-para-a-composteira.html GRANDINI, D.V. Produção de bovinos a pasto com suplementos proteicos e/ou energéticos. In: Reunião anual da sociedade brasileira de Zootecnia. Fundação de Estudos Agrários “Luiz de Queiroz”. Piracicaba, 2001. Latasa Reciclagem. Processo de reciclagem do alumínio. Dados institucionais. Disponível em: http://www.latasa.ind.br/pt/ Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2010/lei/l12305.htm LEITE, W.C.A., Estudo da gestão de resíduos sólidos: uma proposta de modelo tomando a Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI – 5) como referência. São Carlos. Tese de D.Sc., Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo (USP). São Carlos, 1997. Ministério do Meio Ambiente. Dados Institucionais – Temática: Resíduos Sólidos. Disponível em: http://www.mma.gov.br/ Portal do Biogas: Biodigestores. Dados institucionais. Disponível em: http:// www.portaldobiogas.com/biodigestao-anaerobia/ Portal Resíduos Sólidos: Biodigestores – Princípio, tipo e viabilidade econômica. Dados institucionais. Disponível em: http://www.portalresiduossolidos.com/ biodigestores-principio-tipos-e-viabilidade-economica/ SEIXAS, Jorge et al. Construção e funcionamento de biodigestores. Brasília: EMBRAPA - DID, 1980. EMBRAPA-CPAC. Circular técnica, 4. 26