Prévia do material em texto
CURSO FISIOTERAPIA ISABELLA KÉLLY DIVINO SISTEMA LINFÁTICO ITAJUBÁ 2022 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 4 2. SISTEMA LINFÁTICO ................................................................................. 5 2.2 DIVISÃO DO SISTEMA LINFÁTICO ........................................................ 7 2.3 MOVIMENTO DA LINFA .......................................................................... 8 2.4 ÓRGÃOS DO SISTEMA LINFÁTICO ....................................................... 8 3. CONCLUSÃO .............................................................................................. 9 4. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 10 4 1. INTRODUÇÃO No corpo humano existem diferentes sistemas que são responsáveis por regular as funções vitais do organismo. Dentre estes sistemas existentes, destaca-se o sistema imunológico, que é responsável pela imunização do organismo. No sistema imunológico cada tipo de célula existente é responsável por exercer uma determinada função para proteger e imunizar o organismo. (CORTEZ, 2013). Um dos principais componentes do sistema imunológico é o Sistema Linfático (SL) que é o sistema de drenagem do organismo. Esse sistema exerce as funções de remover fluidos dos tecidos corporais, absorver ácidos graxos e levá- los para o sistema respiratório e produzir células imunes. Cada uma das partes que forma o sistema linfático é responsável por diferentes tarefas que visam exercer a drenagem e a manter o organismo regulado. (CORTEZ, 2013). De acordo com TORTORA et al., (2016) o SL tem três funções principais: Drenar o excesso de líquido intersticial: Os vasos linfáticos drenam o excesso de líquido intersticial dos espaços teciduais e o devolvem ao sangue. Esta função conecta-o intimamente com o sistema circulatório. Transportar lipídios oriundos da dieta: Os vasos linfáticos transportam lipídios e vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo sistema digestório. Desempenhar respostas imunes: O tecido linfático inicia respostas altamente específicas dirigidas contra microrganismos ou células anormais específicos. Dessa forma, podemos resumir as funções básicas do sistema linfático em transporte do líquido intersticial e gorduras para o sangue, função imunológica e equilíbrio proteico dos fluidos tissulares (ANTONIO, 2010; OLIVEIRA, 2012). 5 2. SISTEMA LINFÁTICO O SL é composto por um sistema vascular muito semelhante ao sistema sanguíneo, porém no SL há uma ausência de um órgão bombeador. (GUIRRO et al. 2010). Para Leduc et al. (2015) o SL é estruturado entre capilares linfáticos, linfa, vasos linfáticos, linfonodos, troncos linfáticos e ductos linfáticos. Sendo os capilares linfáticos menores vasos do sistema linfático vascular. É nos capilares linfáticos que o líquido intersticial recebe a denominação de linfa. Os linfonodos desempenham o papel de reguladores, filtrando as impurezas da linfa e produzindo linfócitos. A Figura 1 apresenta o sistema linfático. Fonte: Netter, F. H. Netter - Atlas de Anatomia Humana. Figura 1 - Ilustração do sistema linfático 6 Como é possível notar na Figura 1, o corpo humano é formado por inúmeras linfas. A formação da linfa descrita por Leduc & Leduc (2006), indica que a hipótese de Sterling explica o equilíbrio existente entre os fenômenos de filtragem e de reabsorção no nível das terminações capilares. A maior parte dos componentes do plasma sanguíneo, como nutrientes, gases e hormônios, atravessam livremente as paredes dos capilares para formar o líquido intersticial, mas um volume maior de líquido sai dos capilares sanguíneos do que retorna a eles por reabsorção. O excesso de líquido filtrado – aproximadamente 3 ℓ/dia – drena para os vasos linfáticos e se torna a linfa. As proteínas que saem do plasma sanguíneo não conseguem retornar ao sangue por difusão, porque o gradiente de concentração (alto nível de proteínas no interior dos capilares sanguíneos, baixo nível fora) se opõe a este movimento. As proteínas conseguem, no entanto, se mover facilmente através dos capilares linfáticos, que são mais permeáveis à linfa. Assim, uma importante função dos vasos linfáticos é devolver as proteínas plasmáticas perdidas e o plasma à corrente sanguínea. (TORTORA et al., 2016). Em suma podemos dizer que nos capilares arteriais, a água carregada de elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas deixa a luz do capilar, chega ao meio intersticial e banha as células. Estas retiram desse líquido os elementos necessários a seu metabolismo e eliminam os produtos de degradação celular. Em seguida, o que sobra deste processo, é retomado pela rede de capilares venosos, através do movimento de entrada e difusão de água, gás carbônico, pequenas moléculas e catabólitos do interstício para o interior do capilar. O líquido intersticial, após adentrar nos capilares linfáticos, passa a ser chamado de Linfa. A linfa é um liquido viscoso e transparente com composição semelhante à do plasma sanguíneo. Existe ainda uma grande concentração de leucócitos, principalmente linfócitos, uma vez que o sistema linfático participa de forma ativa na resposta imunológica do organismo (BACELAR et al., 2017). A figura 2 representa o fluido intersticial. 7 Fonte: Google Imagens Figura 2 - Ilustração do fluido intersticial 2.2 DIVISÃO DO SISTEMA LINFÁTICO Anatomicamente o sistema linfático subdivide-se em (SILVA, 2010): Capilares linfáticos: menores vasos condutores do SL, constituídos de tubos de paredes finas formados por uma única camada de células endoteliais superpostas, coletam a linfa nos vários órgão e tecidos; Pré-coletores: intermediam capilares e vasos linfáticos. Possuem paredes formadas por tecido endotelial, estando o seu endotélio interno coberto por tecido conjuntivo e fibras elásticas e musculares (LEDUC et al., 2007); Sistema de vasos linfáticos: originadas dos capilares linfáticos possuem paredes formadas por três camadas de células semelhantes à parede das veias. Conduzem a linfa dos capilares linfáticos até a corrente sanguínea (sistema circulatório). Todos os vasos linfáticos possuem válvulas que impedem o retorno da linfa em seu interior, fazendo com que flua em um único sentido; Ductos linfáticos: Ducto linfático torácico: maior vaso linfático do corpo se origina no abdômen e desemboca na veia subclávia esquerda na sua junção com a veia jugular interna esquerda. 8 Ducto linfático direito: desemboca na veia subclávia direita em junção com a veia jugular interna direita; Linfonodos ou gânglios linfáticos: pequenas estruturas ovais interpostas no trajeto dos vasos linfáticos que tem como função criar uma barreira ou filtro contra a penetração de micro-organismos, toxinas ou substancias estranhas e/ou nocivas ao organismo na corrente sanguínea. Existem ainda três órgãos que são relacionados ao sistema linfático, devido à presença de tecido linfoide, são eles: Baço (participa da resposta imune através da formação de linfócitos), tonsilas (funciona como barreira contra MO da região oral e faríngea) e timo (atua no desenvolvimento do sistema imunológico, instruindo os linfócitos T e tornando-os imunocompetentes) (SILVA, 2010). 2.3 MOVIMENTO DA LINFA Como as veias, os vasos linfáticos contêm válvulas, que asseguram a circulação linfática unidirecional. Como já mencionado, a linfa drena para o sangue venoso pelo ducto linfático direito e pelo ducto torácico na junção entre as veias jugular interna e subclávia. Assim, a sequência de fluxo de líquido é dos capilares sanguíneos (sangue)→ espaços intersticiais (líquido intersticial) → capilares linfáticos (linfa) → vasos linfáticos (linfa) → ductos linfáticos (linfa) → junção entre as veias jugular interna e subclávia (sangue). (TORTORA et al., 2016). 2.4 ÓRGÃOS DO SISTEMA LINFÁTICO Os órgãos e tecidos linfáticos amplamente distribuídos são classificados em dois grupos, de acordo com suas funções. Os órgãos linfáticos primários são os locais em que as células-tronco se dividem e se tornam imunocompetentes, isto é, capazes de elaborar uma resposta imune. Os órgãos linfáticos primários são a medula óssea (dos ossos chatos e epífises de ossos longos nos adultos) e o timo. As células-tronco pluripotentes da medula óssea dão origem a linfócitos B maduros e imunocompetentes, e a células pré-T. As células pré-T por sua vez migram para o timo, onde se transformam em linfócitos T imunocompetentes. 9 Os órgãos e tecidos linfáticos secundários são os locais em que ocorre a maior parte das respostas imunes. Eles incluem os linfonodos, o baço e os nódulos linfáticos (folículos). O timo, os linfonodos e o baço são considerados órgãos porque são circundados por uma cápsula de tecido conjuntivo; os nódulos linfáticos, por outro lado, não são considerados órgãos, porque carecem de uma cápsula. (TORTORA et al., 2016). Fonte: TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia Figura 3 – Órgãos do sistema linfático 3. CONCLUSÃO Através do exposto, pode-se concluir que, o sistema linfático é uma via acessória muito semelhante as veias, que possui a função de reconduzir o liquido intersticial de volta a circulação sanguínea e esse papel é fundamental para a homeostasia do corpo, bem como ao fornecer os mecanismos de defesa contra doenças. 10 4. REFERÊNCIAS DA SILVA MARQUES, Tauge Marione Leal; SILVA, Adriane Garcia. Anatomia e fisiologia do sistema linfático: processo de formação de edema e técnica de drenagem linfática. Scire Salutis, v. 10, n. 1, p. 1-9, 2020. Disponível em: http://sustenere.co/index.php/sciresalutis/article/view/CBPC2236- 9600.2020.001.0001/1898. Acesso em: 17 fev. 2022. DA SILVA, Renata Inácia. Os benefícios da drenagem linfática: uma revisão de literatura. Medicus, v. 3, n. 1, p. 1-13, 2021. Disponível em: http://www.cognitionis.inf.br/index.php/medicus/article/view/CBPC2674- 6484.2021.001.0001/84. Acesso em: 16 fev. 2022 DE MELO CORTEZ, Lohaina Benson CA; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Efeitos sistêmicos da drenagem linfática. Disponível em: https://portalidea.com.br/cursos/drenagem-linftica-ps-cirrgica-apostila02.pdf. Acesso em: 16 fev. 2022 SOARES, Ana Luiza Nogueira; DE ABREU, Débora Chaves; DE SÁ, Mattheus Cordeiro. EFEITOS DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL NO PÓS- OPERATÓRIO DE MASTECTOMIA. Disponível em: https://revistas.unipacto.com.br/storage/publicacoes/2021/760_efeitos_da_dren agem_linfatica_manual_no_pos_operatorio_de_mastectomia.pdf. Acesso em: 17 fev. 2022. TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. 9788527728867. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/. Acesso em: 21 Feb 2022 http://sustenere.co/index.php/sciresalutis/article/view/CBPC2236-9600.2020.001.0001/1898 http://sustenere.co/index.php/sciresalutis/article/view/CBPC2236-9600.2020.001.0001/1898 http://www.cognitionis.inf.br/index.php/medicus/article/view/CBPC2674-6484.2021.001.0001/84 http://www.cognitionis.inf.br/index.php/medicus/article/view/CBPC2674-6484.2021.001.0001/84 https://portalidea.com.br/cursos/drenagem-linftica-ps-cirrgica-apostila02.pdf https://revistas.unipacto.com.br/storage/publicacoes/2021/760_efeitos_da_drenagem_linfatica_manual_no_pos_operatorio_de_mastectomia.pdf https://revistas.unipacto.com.br/storage/publicacoes/2021/760_efeitos_da_drenagem_linfatica_manual_no_pos_operatorio_de_mastectomia.pdf